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ECONOMIA
01. A ECONOMIA AO LONGO DA HISTÓRIA
Assim, a atividade era orientada de acordo com alguns princípios gerais de ética, justiça
e igualdade, por exemplo, conceitos de troca de Aristóteles e preço justo de Santo Tomás de
Aquino.
Antigüidade
Roma, por sua vez, não deixou nenhum escrito notável na área de economia e os poucos
trabalhos que podemos encontrar de destaque sempre permeiam questões de moral e de
justiça. A lei da usura, a moralidade de juros altos e o que deveria ser um lucro justo são
exemplos mais conhecidos.
Mercantilismo
Os Clássicos
Em sua visão harmônica do mundo real, Smith acreditava que se se deixasse atuar a
livre concorrência, uma “mão invisível” levaria a sociedade à perfeição sem a necessidade de
atuação do Estado.
Com isso, a resposta dada por Ricardo a essas questões constitui um importante item da
teoria do comércio internacional, chamada a Teoria das Vantagens Comparativas.
Os Críticos
Para ser mais abrangente, os economistas estão de acordo quanto a uma definição
geram mais ou menos assim:
A Economia faz fronteiras com outras importantes disciplinas acadêmicas, tais como,
Sociologia, Ciência Política, Psicologia, Antropologia, História.
Desde a infância, todos sabem alguma coisa sobre Economia. Este conhecimento é tão
útil quanto ilusório: útil, porque muito conhecimento pode ser considerado ponto pacífico;
ilusório, porque é natural e humano aceitar pontos de vista superficialmente plausíveis. Um
conhecimento insuficiente pode ser perigoso.
1. Quais as mercadorias que deverão ser produzidas e em que quantidades? Ou seja, qual
a quantidade e quais os bens e serviços alternativos que serão produzidos? Alimentos
ou roupas? Muito alimento e pouca roupa, ou vice-versa? Pão e manteiga hoje, ou pão e
plantações de videiras hoje, com pão, manteiga e geléia no próximo ano?
2. Como deverão ser produzidos os bens? Isto é, por quem e com que recursos, e por que
processo tecnológico irão eles ser produzidos? Quem caça, quem pesca? Eletricidade
proveniente de vapor, quedas d’água, eólicas, ou de átomos? Produção em grande ou
em pequena escala?
3. Para quem deverão ser produzidos os bens? Isto é, quem irá usufruir e obter o benefício
dos bens e serviços oferecidos? Ou, para dizer a mesma coisa de outra maneira, como
será distribuído o total do produto nacional entre diferentes indivíduos e famílias? Alguns
ricos e muitos pobres, ou pessoas que em sua maioria vivem em modesto conforto?
Estes três problemas são fundamentais e comuns a todas as economias, mas sistemas
econômicos diferentes tentam resolvê-los de modo diferente.
A Lei da Escassez
O Que produzir, Como e Para Quem não constituiriam problema se os recursos fossem
ilimitados. Se fosse possível produzir uma quantidade infinita de cada produto, ou se as
necessidades humanas estivessem plenamente satisfeitas, não faria diferença se se
produzisse uma quantidade excessiva de qualquer produto em particular. Tampouco haveria
importância se o trabalho e as matérias-primas fossem combinados de maneira insensata.
Desde que todos pudessem ter tudo o que desejassem, não importaria a maneira pela qual os
bens e as rendas fossem distribuídos entre diferentes indivíduos e famílias.
Não haveria, então, bens econômicos, isto é, bens que são relativamente escassos e
dificilmente haveria necessidade de estudar-se Economia ou como “economizar”. Todos os
bens seriam bens livres, como costumava acontecer com o ar puro.
No mundo real, até as crianças, à medida que crescem, aprendem que “ambos” não é a
resposta admissível para uma escolha de “qual dos dois”. Em comparação com países
atrasados ou séculos passados, as modernas sociedades industriais parecem realmente
ricas. No entanto, níveis de produção mais elevados parecem trazer na sua esteira padrões
de consumo muito altos.
será possível ficar bem alimentado com um mingau de aveia por dia, gastando alguns
centavos, mas essa possibilidade deixa as pessoas tão indiferentes quanto a informação de
que os elementos químicos de seus corpos valem apenas 2 dólares.
Qualquer pessoa que tenha feito um orçamento doméstico sabe que as necessidades da
vida – as obrigações indispensáveis – pouco têm a ver com as necessidades fisiológicas
mínimas de alimento, vestuário e abrigo.
Fosse ou não verdade que as pessoas ficariam “realmente” mais felizes gastando duas
vezes o que gastam agora, a observação sugere que os moradores dos subúrbios estão
agindo, no momento, como se quisessem mais renda para gastar. Fazem serviços extras,
resistem ao aumento de tributos, acabam economizando a mesma fração de sua rendas que
economizavam em 1900 e as mães da classe média parecem trabalhar mais do que suas
genitoras.
A maioria dos bens são escassos, no sentido de que as pessoas consumiriam maior
quantidade desses bens se pudessem obtê-los gratuitamente, isto é, se não precisassem
desistir de algo mais para obter o bem. Não importa se compramos o bem de outra pessoa
ou se nós mesmos o produzimos. Em ambos os casos, precisamos desistir de algo se
quisermos obter o bem.
No primeiro caso, precisamos desistir do dinheiro que devemos pagar desistindo, desta
maneira, da oportunidade de comprar algo mais; no segundo caso, do esforço e dos recursos
que entram na produção do bem. Ao comprar ou produzir algo, desistimos da oportunidade de
obter outro bem. Essas oportunidades perdidas, que são outras coisas que precisamos
sacrificar, tornam um bem escasso para nós. Mesmo quando produzimos algo, incorremos
em custos de oportunidade, porque precisamos desistir do tempo de lazer O tempo em si é
escassos, e usar uma parte do nosso tempo em dada tarefa significa que precisamos desistir
da oportunidade de fazer algo mais durante aquele tempo.
Há certos bens, neste mundo, que estão disponíveis em tal grau de abundância que são
considerados bens livres. Se desejamos obter alguns desses bens livres, não precisamos
desistir de algo mais. Bens livres podem ser nossos a um mero pedido. Sua característica
básica é a de que estão disponíveis em uma quantidade maior do que aquela que as pessoas
querem obter. A água do mar é um bom exemplo. A quantidade disponível de água salgada é
maior do que a quantidade que as pessoas querem usar; é, portanto, livre. Isso costumava
ser verdade também para a água limpa dois rios. Mas. Com nosso grande crescimento
populacional, descobrimos que água limpa para se beber, tornou-se um bem escasso, e,
portanto, devemos pagar pelo seu uso. A água não é mais um bem livre.
Conclusão
1. Toda economia tem que resolver, de uma maneira ou de outra, os três problemas
econômicos fundamentais: Que tipos e quantidades serão produzidos de todos os bens e
serviços possíveis; Como os recursos econômicos serão usados produção desses bens; e
Para Quem os bens serão produzidos, isto é, a distribuição da renda entre indivíduos e
classes diferentes.
Discutimos o fato econômico básico de que a limitação dos recursos totais capazes de
produzir diferentes mercadorias impõe uma escolha entre produtos relativamente escassos.
Isto pode ser ilustrado quantitativamente por meio de simples exemplos aritméticos e
diagramas geométricos. Os diagramas e os gráficos são auxiliares visuais indispensáveis em
Ao decidir O Que será produzido e Como, a economia terá realmente que decidir de que
maneira aqueles recursos serão alocados entre os milhares de diferentes mercadorias
possíveis:
♦ Qual a área de terra que deveria ser dedicada ao cultivo de trigo? Ou à
pastagem?
♦ Quantas fábricas deverão produzir facas?
♦ Qual a quantidade de mão-de-obra qualificada que deverá destinar-se à
indústria mecânica?
Já é complicado discutir esses problemas, quanto mais resolvê-los. Por isso, temos que
simplificar. Vamos supor que devam ser produzidos apenas dois bens econômicos (ou duas
classes de bens econômicos). Para mais efeito, podemos escolher a dupla sobra a qual Adolf
Hitler berrava em seus discursos: canhões e manteiga.
Estes dois produtos são geralmente usados para ilustrar o problema da escolha entre a
produção civil e a produção bélica, mas a mesma se aplica a qualquer escolha de bens.
Assim,:
quanto maiores forem os recursos que o governo aplicar na construção de
estradas públicas, menores serão os recursos que restarão para que se produzam
casas particulares;
quanto mais o público preferir consumir alimentos. Menor será o seu consumo
de vestuário;
quanto mais a sociedade preferir consumir hoje, menor poderá ser a sua
produção de máquinas e bens de capital para produzir maior quantidade de bens de
consumo para o próximo ano ou para a próxima década.
Temos, aí, duas possibilidades extremas. Entre elas ainda existem outras.
15
12
CANHÕES (1000)
0 1 2 3 4 5
MANTEIGA (milhões de kg)
Podemos preencher todas as posições intermediárias com novos pontos, mesmo aquelas
que envolvam frações de milhão de quilos ou de mil canhões.
Desemprego e Ineficiência
Mas, e se tiver havido um desemprego geral de fatores: homens ociosos, terra ociosa e
fábricas ociosas? Já avisamos que, nesse caso, nossas leis econômicas poderão ser
completamente diferentes. Este é um dos casos.
Poderemos, por exemplo, nos mover de U para D e , assim, conseguir mais manteiga e mais
canhões.
Isso oferece um importante esclarecimento quanto à diferente experiência de três países na II Guerra
Mundial: os Estados Unidos, a Alemanha e a Rússia.
Depois de 1940, de que maneira conseguiram os E.U.A. tornar-se o “arsenal da democracia” e gozar
os padrões de vida civil mais elevados do que jamais obtiveram? Em grande parte ocupando as áreas de
desemprego.
O esforço bélico de Hitler começou em 1933, muito antes de qualquer declaração formal, derivado de
um período de desemprego suficientemente agudo para ele conseguisse os votos que o levaram
pacificamente ao poder. Quase todos os fatores extras tornados possíveis pela utilização de trabalhadores
e fábricas inativos forma canalizados mais para a produção de material bélico alemão do que para um
consumo civil mais elevado.
Os russos tinham pouco desemprego antes da guerra e já estavam em sua fronteira de possibilidade
de produção bem baixa. Não tinham outra alternativa senão substituir os produtos civis pelos bélicos, com a
conseqüente privação.
O desemprego provocado pelo ciclo econômico não é a única maneira de estar dentro da
fronteira de possibilidade de produção. Se uma economia estiver organizada de forma
deficiente, poderá também estar bem aquém da fronteira – como aconteceu com a Alemanha
derrotada em 1947, quando todo o sistema de preços entrara em colapso; ou na China em
1960, quando o movimento ideológico no sentido de dar “um grande salto à frente” resultou
na expulsão de peritos e numa tentativa, de pouca duração, de fazer aço em fornos de
quintal; ou numa economia crivada de monopólios e sujeita a decretos arbitrários de
burocratas incapazes.
Este conceito, representado como uma curva simples, pode ajudar a apresentação de
muitos dos mais básicos conceitos da Economia – o problema da escolha entre recursos
escassos ou limitados (“meios” capazes de utilizações alternativas) a fim de atingir melhores
objetivos ("fins"). A terra, o trabalho e o capital podem ser utilizados na produção de canhões
ou de manteiga, ao longo da curva limítrofe do gráfico. Em que ponto a sociedade decide
parar? Mais canhões ou mais manteiga? Economia é matéria quantitativa: a opção não é uma
questão quantitativa de escolher entre uma coisa ou outra, mas sim de escolher a quantidade
de cada produto e o ponto exato em que traçar a linha da decisão final.
O Que é produzido e consumido pode ser demonstrado pelo ponto que escolhemos
sobre a Fronteira de Possibilidade de Produção.
Como deverão ser produzidos os bens é uma questão que implica a escolha eficiente de
métodos e a destinação adequada de diferentes quantidades e tipos de recursos limitados às
diversas indústrias.
Para Quem serão produzidos os bens é um ponto que não pode ser percebido apenas
com o exame do diagrama da possibilidade de produção. Ás vezes, porém, podemos estimá-
lo com esse exame: se encontrarmos uma sociedade sobre a sua Fronteira de Possibilidade
de Produção, com muitos iates e poucos automóveis compactos, é justo que suspeitemos que
essa comunidade goze de uma considerável desigualdade de renda e de riqueza entre as
pessoas.
O gráfico à seguir irá nos alertar para uma famosa relação econômica tecnológica, a
chamada “lei dos rendimentos decrescentes”. Esta lei exprime a relação, não entre dois
produtos (como canhões e manteiga), mas sim entre um fator de produção (como trabalho) e
a resultante produção de um bem que ele ajudar a produzir (como a manteiga ou, nos
exemplos clássicos, o milho).
De modo mais específico, a lei dos rendimentos decrescentes se refere à quantidade decrescente de
produção extra que obtemos quando adicionamos sucessivamente unidades extras iguais
de um fator variável a uma quantidade fixa de um outro fator.
3
3 C
VESTUÁRIO
B 2 C
2 A B
1
1 A
1 2 3 1 2 3
(a) (b)
ALIMENTOS (milho, etc.) ALIMENTOS (milho, etc.)
Rendimentos decrescentes
significam que a produção em área
de terra fixa não pode acompanhar
o crescimento da população
Eis um exemplo para ilustrar a lei dos rendimentos decrescentes. Fazemos o seguinte
experimento controlado: dada uma quantidade fixa de terra – 100 hectares, por exemplo – a
ela não iremos adicionar mão-de-obra alguma. Vemos que, com zero de mão-de-obra, não há
produção de milho. Por isso, registramos no gráfico 1 uma produção igual a zero quando
mão-de-obra é zero.
Será que vamos ter um total de 4.000 unidades de milho, que mais uma vez iriam
representar exatamente 2.000 unidades extras produzidas pela unidade extra da mão-de-obra
variável, ou iremos encontrar rendimentos decrescentes com a nova unidade extra do fator
adicionando uma quantidade inferior às 20.000 unidades extras de produção acrescentadas
anteriormente?
0 0
1 2.000 2.000
2 3.000 1.000
3 3.500 500
4 3.800 300
5 3.900 100
Se a lei dos rendimentos decrescentes fizer realmente efeito, nosso experimento só pode
ter um resultado: a segunda unidade extra de mão-de-obra irá acrescentar uma unidade extra
menor do que a primeira. O acréscimo de uma terceira unidade extra de mão-de-obra irá,
vigorando a lei dos rendimentos decrescentes, resultar numa produção extra ainda menor. E
assim por diante.
Por que motivo a lei dos rendimentos decrescentes é plausível? Com freqüência
achamos que, somando terra e mão-de-obra, sem que nenhum fator seja fixo e com todos
variando na mesma proporção equilibrada, de modo que toda a escala de operações vá
ficando maior, a produção também deveria crescer proporcionalmente e as produções extras
não precisariam diminuir. Por que iriam fazê-lo, se cada um dos fatores tem sempre aquela
mesma quantidade dos outros com que trabalhar?
Por outro lado, quando mantemos constante um fator ou grupo de fatores e variamos os
demais, vemos que os fatores que variam têm cada vez menos quantidade de fatores fixos
com que trabalhar. Em conseqüência, não ficamos surpresos demais com o fato de que esses
fatores variáveis extras comecem a acrescentar um produto extra cada vez menor.
Com efeito, o fator de produção fixo (terra) está decrescendo em proporção ao fator
variável (mão-de-obra). À medida que colocamos mais lavradores na terra, ainda poderemos
obter alguma quantidade extra de milho pelo cultivo intensivo do solo, mas a quantidade extra
de milho por unidade de mão-de-obra extra irá tornar-se cada vez menor.
Pensando bem, será evidente que cada uma dessas economias ou poupanças só se
encontra em ação plena se estiver sendo produzido um número de unidades suficientemente
grande para que torne vantajosa a instalação de uma organização produtiva com razoável
grau de aperfeiçoamento. Se devem ser produzidos canhões, bem poderiam ser produzidos a
mão; mas se existem recursos para produzir milhares, valerá a pena fazer certos preparativos
iniciais aperfeiçoados que não precisam ser repetidos quando se quiser produzir ainda mais.
Nesses casos, em que a simples escala tem muita importância, a tendência da fixidez da terra
em forçar os rendimentos decrescentes extras do trabalho poderia ser bloqueada durante
longo tempo por um aumento da escala total de mão-de-obra envolvida.
As economias de escala têm muita importância para explicar o motivo pelo qual tantos
dos artigos que compramos são produzidos por grandes companhias, como salientou Karl
Marx, há um século.
Por que será razoável, isso? Veremos que a lei dos custos (relativos) crescentes está
relacionada com alei dos rendimentos decrescentes, mas de forma alguma é a mesma coisa.
Vamos ver que, juntamente com alei dos rendimentos decrescentes, os economistas deverão
poder presumir que canhões e manteiga usam os fatores de produção, como mão-de-obra e
terra, em diferentes proporções ou intensidades, se quiserem deduzir esta lei de custos
(relativos) crescentes.
Para calcular a lei dos custos (relativos) crescentes, usemos o gráfico a seguir
supersimplificado:
B
MANUFATURAS
0 Z
ALIMENTO AGRÍCOLA
Conclusão
3. A lei dos rendimentos decrescentes afirma que, depois de um certo ponto, à medida
que adicionamos mais e mais doses iguais de um fator variável (como a mão-de-obra) a um
fator fixo (como a terra), a quantidade do produto extra irá diminuir. Essa lei é, na realidade,
uma questão de proporções: o fator variante tem uma parte do fator fixo, com que trabalhar,
cada vez menor.
5. De acordo com a lei dos custos relativos crescentes, para se obter quantidades extras
iguais de um produto, é preciso sacrificar quantidades cada vez maiores de outros bens. Isto
é mostrado por uma fronteira de possibilidade de produção arqueada para for a (côncava de
baixo para cima). Somente quando as duas indústrias usassem todos os fatores produtivos na
mesma proporção seria possível evitar o encontro com a lei dos rendimentos decrescentes ao
transferir uma quantidade relativamente maior de um fator variante para outro fator
relativamente fixo.
Tudo tem um preço – cada mercadoria e cada serviço. Até mesmo os diferentes tipos de
trabalho humano têm preços, ou seja, salários. Todo mundo recebe dinheiro em troca do que
vende e usa esse dinheiro para comprar o que quiser.
Por outro lado, o que acontecerá se um produto como o chá se tornar disponível em
quantidade maior do que aquela que as pessoas desejam comprar ao último preço de
mercado? Seu preço será reduzido pela concorrência. Ao preço mais baixo, as pessoas irão
beber mais chá e os produtores já não irão produzir tanto. Assim, será restaurado o equilíbrio
da oferta e da procura, como veremos mais adiante.
serviços produtivos – chá, açúcar e carne, terra, trabalho e máquinas. Existe um sistema de
preços, conceito que está longe de ser evidente.
A Escala da Procura
Todos já observaram que a quantidade de um bem que as pessoas irão adquirir numa
época qualquer depende do preço: que quanto mais alto o preço cobrado por um artigo,
menor será a quantidade que o público estará disposto a comprar; e que, permanecendo tudo
o mais inalterado, quanto mais baixo o seu preço no mercado, maior será o número de
unidades a serem procuradas.
Assim, existe em qualquer época uma relação definida entre o preço do mercado de um bem e a
quantidade desse bem que é procurada. A essa relação entre preço e quantidade
adquirida dá-se o nome de “escala da procura” ou “curva da procura”.
Q
P
A $5 9
B $4 10
C $3 12
D $2 15
E $1 20
A CURVA DA PROCURA
P
5
4
PREÇO ($ por saco)
0 5 10 15 20 Q
QUANTIDADE (milhões de sacos por mês)
A cada preço de mercado, haverá, a qualquer tempo, uma quantidade definida de trigo
que o público vai querer procurar. A um preço mais baixo, a quantidade procurada aumentará
– uma vez que maior número de pessoas substitui outros produtos pela trigo e acha que pode
pagar o atendimento de suas necessidades menos importantes com relação àquele produto.
Então, definimos:
A lei da procura decrescente: quando o preço de um bem é aumentado (ao mesmo tempo em que todos os
demais fatores são mantidos constantes), será menor a quantidade desse bem a ser
procurada. Ou, o que é a mesma coisa, se uma quantidade maior de um bem for lançada
no mercado, esse bem – com os demais fatores continuando iguais – só poderá ser
vendido a preço mais baixo.
Esta lei está de acordo com o bom senso e é conhecida desde os primórdios da nossa
história. Suas razões não são difíceis de identificar. Quando o preço do trigo é astronômico,
só os ricos poderão adquiri-lo; os pobres terão de se contentar com o pão de centeio, como
ainda ocorre nos países mais pobres. Quando o preço ainda é elevado, mas não tanto como
antes, as pessoas de posses moderadas, que também tenham preferência pelo pão branco,
serão agora induzidas a comprar certa quantidade de trigo.
Assim, uma primeira razão da validade da lei da procura decrescente provém do fato de
que uma redução de preços atrai novos compradores.
Não tão evidente, mas igualmente importante, é uma segunda razão da validade da lei,
ou seja, cada redução de preço poderá induzir certas aquisições extras por parte de cada um
dos consumidores do produto e, o que vem a dar no mesmo, uma elevação do preço poderá
fazer com que qualquer um de nós compre menos. Por que a quantidade por mim procurada
tende a cair quando o preço se eleva? Por dois motivos principais:
É evidente que irei reduzir o meu consumo da maioria dos produtos normais, quando me
sentir mais pobre e tiver uma renda real menor.
Exemplifique no espaço a seguir um caso real que tenha ocorrido com você:
A Escala da Oferta
Por escala, ou curva da oferta, entende-se a relação entre os preços de mercado e as quantidades que os
produtores estão dispostos a oferecer.
A tabela seguinte ilustra a escala da oferta de trigo e o diagrama a exibe como uma curva
da oferta. Ao contrário da curva da procura, a da oferta de trigo normalmente sugue para cima
e para a direita.
A um preço do trigo mais alto, os agricultores desviarão terras em que cultivam milho
para plantar trigo. Além disso, cada um desses fazendeiros pode, agora, arcar com o custo de
mais fertilizantes, mais empregados, mais máquinas e até mesmo fazer uma plantação extra
de trigo em terra mais pobre. Tudo isto tende a aumentar a produção aos preços mais
elevados oferecidos.
Preços os vendedores
Possíveis irão oferecer
($ por saco)
(milhões de sacos
por mês)
P Q
A $5 18
B $4 16
C $3 12
D $2 7
E $1 0
A CURVA DA OFERTA
P
5
4
PREÇO ($ por saco)
0 5 10 15 20 Q
QUANTIDADE (milhões de sacos por mês)
A Tabela fornece, para cada preço, a quantidade que os produtos irão querer levar ao
mercado.
A $5 9 18 Descende
B $4 10 16 Descende
C $3 12 12 Neutra
D $2 15 7 Crescente
E $1 20 0 Crescente
P
5
Exceden
te
4
PREÇO ($ por saco)
3 Ponto de
Equilíbrio
2
Escassez
0 5 10 15 20 Q
QUANTIDADE (milhões de sacos por mês)
O preço de equilíbrio se
encontra no ponto de interseção
onde a oferta e a procura são
iguais.
A situação A, na tabela acima, com o trigo sendo vendido a %5 por saco, poderá manter-
se por determinado período de tempo? A resposta clara é: não. A $5, os produtores estarão
oferecendo 18 milhões de sacos ao mercado por mês (coluna 3). A quantidade procurada
pelos consumidores, porém, será de apenas 9 milhões de sacos por mês (coluna 2). À
medida que se acumulam os estoques de trigo, vendedores concorrentes reduzirão um pouco
o preço. Assim, como nos mostra a coluna 4, o preço tenderá a cair, mas não cairá
indefinidamente até chegar a zero.
Conclusão
1. Por escala de procura queremos dizer uma tabela que mostra as diferentes
quantidades de um bem que – a qualquer época e com os demais elementos mantidos
constantes – as pessoas quererão comprar a cada um dos diferentes preços
2. Com exceções sem importância, quanto mais alto o preço, menor será a quantidade
p[procurada, e vice-versa. Quase todas as mercadorias obedecem a essa “lei da procura
decrescente”.
Assim, no longo prazo, quando a receita total se iguala ao custo total, o lucro
extraordinário é zero, embora existam lucros normais, pois nos custos totais estão incluídos
os custos implícitos (que não envolvem desembolso), o que inclui os lucros normais.
CONCORRÊNCIA PERFEITA
P (a) Oferta (b)
de Mercado
P
Oferta
da empresa
Po
Demanda
da empresa
Demanda
de Mercado
Q
Qo
Monopólio