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 A sociologia no Brasil. 
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Visão utilitarista do ensino de sociologia = Os interesses profissionais
alimentam a presunção de que seria uma medida praticamente importante e
desejável a introdução da sociologia no currículo da escola secundária brasileira.
Admite-se que as oportunidades docentes concedidas aos licenciados em ciênci as
sociais são demasiado restritas. A ampliação do sistema de ma térias do ensino
secundário permitiria garantir uma absorção regular ou permanente dos licenciados
nesse setor... !$%

‘nsino de soc è divulgação dos conhecimentos científicos = O ensino da
sociologia no curso secundário representa a forma mais construtiva de divulgação
dos conhecimentos sociológicos e um meio ideal, por excelência, para atingir as
funções que a ciência precisa de educação dos jovens na vida moderna. !$%&'

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‘nsino de sociologia è melhor compreensão da relação entre os meios e
os fins = O ensino das ciências sociais no curso secundário seria uma condição
natural para a formação de atitudes capazes de orientar o comportamento humano
no sentido de aumentar a eficiência e a harmonia de atividades baseadas em uma
compreensão racional das relações entre os meios e os fins, em qualquer setor da
vida social. !$'.
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  exigem capacidade pronta de escolha e de
ajustamento rápido a situações extremamente instáveis, o que torna necessário um
adestramento educacional prévio para o exercício contínuo do espírito crítico com
base no conhecimento histórico -sociológico do meio social ambiente.  !$# .
        
  
   
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Antônio Cândido = munir o estudante de instru mentos de análise objetiva da
realidade social, mas também, complementarmente, o de sugerir -lhe pontos de vista
mediante os quais possa compreender o seu tempo, e normas com que poderá
construir a sua atividade na vida social. !$8
Costa Pinto = estabelecer um conjunto de noções básicar e operativas,
capazes de dar ao aluno uma visão não estática nem dramática da vida social, mas
que lhe ensine técnicas e lhe suscite atitudes mentais capazes de levá -lo a uma
posição objetiva diante dos - 9)  sociais, estimulando-lhe o espírito crítico e a
vigilância intelectual. !$8
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 a compreensão e a tolerância, polindo arestas, suavizando os
conflitos entre os indivíduos, por isso mesmo que lhes abre os olhos para as suas
causas.   *+     )
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|onald Pierson = ompreensão, por parte do homem, da natureza.
Compreensão da natureza humana e da atuação dos processos sociais, de modo
que possa acomodar-se com êxito a essa parte da realidade e assim conseguir ao
menos certo grau de controle sobre ela.  !$8 ./ +    1-    
  

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Costa ‘duardo = compreensão do homem e desenvolvimento das ciências
que dele se ocupam!$8

‘ducação e política =        - 

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|escompasso entre as correntes fundamentam o ensino de soc. e
aquelas que realmente norteiam a formação de profess ores = O programa
vigente restringe a influência propriamente educativa dos professores de sociologia
e não situa devidamente os alunos em face aos problemas que precisarão enfrentar
futuramente, como professores de escolar primárias, em diferentes tipos d e
comunidade, nas quais precisarão viver, desempenhando papéis sociais fora do
campo pedagógico. !$"

[aneira pela qual o conhecimento é passado = O ensino secundário é
-
) / por excelência. Ele não deve visar a acumulação enciclopédica de
conhecimentos, mas a formação do espírito dos que os recebem. Torna-se assim,
mais importante a maneira pela qual os conhecimentos são transmitidos, que o
conteúdo da transmissão. !!$

Êecessidade de refletir sociologicamente sobre o ensino de soc. !!$ 
!!!

[etodologia de análise = !!!

elação entre ensino médio e superior = O ensino secundário preenche no
sistema educacional brasileiro uma função educativa auxiliar e dependente . Seu
objetivo consiste em preparar os educandos para a admissão nas escolas de nível
superior. Por sua natureza e por seus fins, tem sido descrito como um ensino
aquisitivo, de caráter humanístico -literário, de extensão enciclopédica e de ação
propedêutica, mais preso à
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necessidades intelectuais impostas pelo presente.  !!; . 
  
   

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Conflito entre paradigmas educacionais =    
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‘nsino como reprodutor, religião e família =     
 
  

 ) ) *+    que visa unicamente a conservação da ordem social.
É claro que essa posição nasce da própria função por ele desempenhada no
sistema educacional geral e será mantida enquanto este não for alterado como um
todo, em sua estrutura e em seus fins. Doutro lado, também parece evidente que a
persistência da velha mentalidade educacional e a inf luência dos círculos sociais
que a sustem se explicam, sociologicamente, pelo fato das tradições e de
instituições sociais como a família ou a igreja manterem ainda uma parte
considerável de sua atividade educativa. !!;

Êecessidade de reestruturação = [antendo-se as condições atuais, o
sistema educacional brasileiro não comporta um ensino médio em que as ciências
sociais possam desempenhar algum papel. !!?

Yistema educacional e conformação social = Trata-se de saber se o
sistema educacional brasileiro se ajusta, estrutural e funcionalmente, às condições
de existência social imperantes nos tipos de comunidades em que ele se integra. .(

  
 
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elação entre ensino médio e superior = A relativa preservação da antiga
mentalidade educacional e da posição tradicional do ensino de grau médio no
sistema escolar sugere, desde logo, que algo se manteve quase inalterado nas
relações das escolas secundárias e superiores com as necessidades sociais que
satisfazem. Em outras, palavras, a conservação do caráter aquisitivo, enciclopédico
e propedêutico do ensino de grau médio se explica pela conservaçã o do caráter
jurídico-profissional do ensino superior. A análise sociológica demonstra que este
não se alterou substancialmente, quanto à sua signi ficação e à sua função sociais.
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‘nsino superior como ascensão social = Subsiste, sob o novo regime
republicano, o velho ideal de homem culto, que conferia aos diplomas de ensino
superior uma qualificação honorífica e dava aos seus portadores a regalia de
exercerem as ocupações consideradas nobilitantes. De modo que as escolas
superiores continuam a servir como canais de ascensão social ou, quando menos,
como sistema de peneiramento, destinado a selecionar as personalidades aptas
para a liderança política e administrativa. .     

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3
ârbanização e democratização do ensino = Em face das transformações
por que vem passando a sociedade brasileira, de forma variável conforme as regiões
do país, pode-se afirmar que esse é um fenômenos de demora cultural e social.
Procura-se assegurar para o ensino superior uma significação e uma função que ele
tende a perder com relativa celeridade, em particular nas zonas onde o
desenvolvimento urbano, comercial e industrial é mais intenso. Dentro de certas
condições de estabilidade o ensino superior podia realmente conferir prestígio de
fundamento honorífico, operar como meio de seleção social dentro de certas
camadas economicamente privilegiadas e, mesm o, servir como instrumento de
ascensão social de personalidades cuja lealdade para com a ordem social vigente
podia ser conhecida e controlada. [as, quando essas condições de estabilidade
deixam de existir, como passou a acontecer, nos grandes núcleos urba nos, a partir
da segunda década deste século (através principalmente da chamada
democratização do ensino), é óbvio que a preservação de antigos critérios de
avaliação só pode nascer de acomodações transitórias de interesses sociais ou de
equívocos produzidos pela força das tradições.
*radição prejudicial ao ensino = Chega-se por essa via a uma conclusão
que tem qualquer coisa de paradoxal. Em nome da tradição se mantém todo um
sistema educacional arcaico, que está justamente produzindo efeitos que, cedo ou
tarde, acabarão de solapar a ordem social defendida pela tradição.  !!B&% .
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Análise do histórico da participação política brasileira = !!'

Pertinência do ensino de sociologia no Brasil = !!#

‘nsino à subordinação = Apesar de ser o veículo de transmissão do
patrimônio cultural não só de uma civilização, mas de um povo, [o ensino br asileiro]
não fortalece os sentimentos e as convicções que resultam da aceitação plena de
uma comunidade de interesses, de idéias, de ideais e de valores existenciais de
caráter nacional. Isto porque, desde o passado colonial e imperial, o ensino
humanístico sempre representou uma fonte de complexos, de ressentimentos e de
atitude de insegurança dos brasileiros em face das chamadas nações cultas. Esse
ensino elaborou e refinou sentimentos coloniais, favorecendo a aceitação
espontânea de critérios de vida in telectual e de avaliação étnico -cultural que
educavam os brasileiros a se subordinarem aos centros culturais estrangeiros ou
aos seus representantes. !!#&8

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