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EXECUTIVE

EXECUTIVE
BRIEFING
BRIEFING
GUIA EXECUTIVO
GUIA EXECUTIVO
PARA DECISÕES
PARA DECISÕES
ESTRATÉGICAS
ESTRATÉGI

CHEGOU
CHEGOU
A HORA
A HORA
DO D

CAPÍTULO 1
ITIL
ITIL
3.03.0
CAPÍTULO 1
Em maio de 2007 foi lançada
Em maioa de nova
2007
edição
foi lançada
das a nova
ITIL 3.0 É LANÇADO NO 3.0 É LANÇADO NO BRASIL 1
ITILBRASIL 1
melhores práticas damelhores
biblioteca práticas
britânicada ITIL,
biblioteca
a britâ
CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 2
versão 3.0. Em pautaversãoestão a3.0.
abordagem
Em pauta de estão
ci- a abordag
ITIL 3.0 TRAZ NOVA FORMA
ITIL 3.0 TRAZ
DE ORGANIZAÇÃO 4
NOVA FORMA DE ORGANIZAÇÃO 4
clo de vida dos serviçosclodedeTI,
vida
quedosconfere
serviços
maior
de TI, que con
CAPÍTULO 3 CAPÍTULO 3
integração às operações integração
com um àsolhar
operações
de tota-com um olh
CONHEÇA O CONTEÚDO CONHEÇA
RESUMIDO
O CONTEÚDO RESUMIDO
7 lidade, em
7 substituiçãolidade,
ao padrão
em substituição
fragmentado ao padrão fra
DOS LIVROS DE ITIL 3.0
DOS LIVROS DE ITIL 3.0
por etapas da versãopor anterior.
etapas da versão anterior.
CAPÍTULO 4 CAPÍTULO 4
Mas o que efetivamente Mas omuda
que efetivamente
com a versão muda com
CONHEÇA O QUE MUDA CONHEÇA
NA CERTIFICAÇÃO
O QUE MUDADONA 3.0 8
ITILCERTIFICAÇÃO DO ITIL 3.0 8
atualizada? O que acontece
atualizada?comOquemque acontece
já está com qu
CAPÍTULO 5 CAPÍTULO 5
9 PEQUENO certificado
9 nas edições
certificado
anteriores?
nas edições
Para solu-
anteriores?
ITIL: PENSE GRANDE,ITIL:
MASPENSE
COMECEGRANDE,
PEQUENO
MAS COMECE
cionar dúvidas comocionaressas osdúvidas
editorescomo
da COM-
essas os editore
CAPÍTULO 6 CAPÍTULO 6
PUTERWORLD prepararam PUTERWORLD
este especial
prepararam
com in-este espec
ENTREVISTA: CONVERGÊNCIA
ENTREVISTA: CONVERGÊNCIA
11 formações11 sobre a novaformações
versão, respostas
sobre a nova de es-
versão, respo
APÓIA EXCELÊNCIA OPERACIONAL
APÓIA EXCELÊNCIA OPERACIONAL
CAPÍTULO 7 pecialistas no assunto pecialistas
e também no um
assunto
conceito
e também um
CAPÍTULO 7
nascente 13no Brasil: o nascente
de implantação
no Brasil:
emopeque-
de implantação e
COMO APROVEITAR COMO ITIL-SOAA CONEXÃO 13
APROVEITAR
A CONEXÃO ITIL-SOA
na escala. Confira! na escala. Confira!

V I S Õ E S E A VNI ÁS LÕI ES SE SE DA ON SÁ LE IDS I ETSO R


D EO SS DE O
D I CT O
OMR EP SU TDEOR W
C O M
R LP DU T E R W O R
CAPÍTULO 1

ITIL 3.0 é lançado no Brasil


Nova versão completa chega ao País. Sharon Taylor, coordenadora e uma de suas au-
toras, comenta os detalhes da nova versão nessa entrevista exclusiva.

Depois de ser lançada no Reino Unido, Dinamar- CW – Alguns dos erros mais freqüentes das com-

Q ca, Estados Unidos, Coréia do Sul e Austrália, a no-


va edição das melhores práticas da biblioteca bri-
tânica ITIL, a versão 3.0, chegou ao Brasil. Em pau-
ta, especialmente, a abordagem de ciclo de vida
dos serviços de TI, que confere maior integração
às operações com um olhar de totalidade, em
substituição ao padrão fragmentado por etapas
panhias estão em não conseguir propriamente
medir os benefícios?
Taylor – Na verdade não acredito que faltem fer-
ramentas para medir esses resultados, mas expe-
riência dos profissionais atuais em como interpre-
tá-los. Além disso, também existe um desafio em
como gerenciar as expectativas sobre aquilo que
da versão anterior. O COMPUTERWORLD entre- o ITIL pode trazer por si só. ITIL não é uma pílula
vistou Sharon Taylor, coordenadora e autora de que se pode tomar e resolver todos os problemas.
livros que apresentam aos executivos brasileiros
quais as principais mudanças e o que esperar da CW – Sua presença no Brasil neste momento está
edição reformulada. Aqui ela comenta as expec- relacionada ao lançamento do ITIL 3.0. Quais as ex-
tativas, mudanças, benefícios e críticas sobre a pectativas sobre essa nova versão da biblioteca?
nova versão. Confira os principais trechos: Taylor – Acredito que veremos uma receptivida-
de semelhante àquela vista nos outros cinco paí-
COMPUTERWORLD – Tivemos a oportunidade de ses em que já lançamos a terceira versão: Reino
entrevistá-la dois anos atrás, durante o itSMF Unido, Dinamarca, Estados Unidos, Coréia do Sul
Fórum, em São Paulo, quando o ITIL estava ga- e Austrália. Claro que existiram críticas, mas a re-
nhando momento entre os executivos brasileiros. cepção foi extremamente positiva. Em menos de
Hoje, porém, a situação é bem diferente e o tema duas semanas, foram vendidos 50 mil exempla-
já está na pauta da maioria dos departamentos de res dos livros da nova versão. Esperávamos uma
TI. Qual análise da evolução é possível fazer para adoção até mais lenta do que estamos vendo ho-
esse período? je, já que acreditávamos que um bom número de
Sharon Taylor – Digo que a exposição ao ITIL pessoas esperaria as primeiras adoções para sa-
cresceu imensamente nesse período entre ou- ber os resultados. Mas a realidade foi diferente.
tros fatores pelo surgimento da ISO 20.000 que
fez com que muitas empresas se atentassem pa- CW – Você acredita que essa boa receptividade es-
ra as melhores práticas. Cresceu a consciência so- tá relacionada ao fato de o ITIL 3.0 incorporar vá-
bre os benefícios que a implantação pode trazer. rias das sugestões da indústria?
Ao mesmo tempo, porém, ainda existe uma falta Taylor – Acredito que em boa parte sim. O cená-
de maturidade no que diz respeito aos serviços rio da TI mudou. Na versão 2.0 nunca foi aborda-
profissionais relacionados ao ITIL. A percepção do o tema de terceirização, do globalsourcing e
que tenho do mercado brasileiro é que as empre- do multisourcing, cada vez mais adotado entre
sas querem fazer tudo muito rápido. Com o ITIL as companhias. Além disso, o fato de trazer um
isso não funciona. Não é possível fazer uma im- escopo muito maior sobre ciclo de vida dos ser-
plementação de forma rápida e ao mesmo tem- viços de TI faz com que as companhias possam
po boa. É algo que demanda atenção especial. As- olhar para suas operações de forma completa. Di-
sim, posso afirmar que a percepção do ITIL cres- go, na versão 2.0, os dois livros mais utilizados
ceu de forma exponencial neste período, mas eram Suporte e Entrega de Serviços. Como a ver-
2 com ressalvas. são 3.0 prevê um olhar ‘end to end’ às operações,
CAPÍTULO 1

é necessário que os CIOs prestem mais atenção demos divulgar uma coleção de estudos com ca-
aos livros. Pode ser mais trabalhoso, mas a tarefa sos de ITIL em diversas organizações. A intenção
trará um melhor gerenciamento das operações. é compartilhar mesmo as experiências e acredito
que nas próximas duas semanas os primeiros já
CW – Você também mencionou críticas sobre a no- serão divulgados. Posteriormente trabalharemos
va versão. No que elas consistiram? na elaboração de um material com o tema “ITIL pa-
Taylor – Algumas das críticas mais duras vieram ra executivos”, que é um guia prático explicativo
dos Estados Unidos, onde o mercado tende a ser e em poucas palavras sobre como a biblioteca é
mais cético. Alguns disseram que esperavam que importante para os negócios. Depois a idéia é ex-
a versão 3.0 demonstrasse por meio de evidên- pandir a abordagem sobre terceirização com a co-
cias que contém boas práticas. Mas, como eu dis- laboração de parceiros – como o Deutsche Bank
se anteriormente, não existe pílula mágica. Esse que ajudará na área de outsourcing com sua ex-
tipo de crítica, para mim representa aversão à periência – e também concentrar o detalhamen-
mudança. Outros perguntaram se não era muito to por verticais da indústria. Entre elas, especial-
cedo para uma terceira versão. Na verdade acho mente finanças e manufatura, além de setor pú-
que ela veio até tarde. No mundo de TI tudo é blico. Outro foco importante será o mapeamento
muito dinâmico. Os livros da segunda edição es- da integração do ITIL 3.0 com outros frameworks,
tiveram nas prateleiras durante dez anos. E dez como CMMI e Cobit.
anos para TI é muito tempo. Assim sendo, acredi-
to que a versão 3.0 veio em boa hora. CW – Em qual formato serão divulgados esses no-
vos conteúdos e em quanto tempo?
CW – Outro aspecto marcante que os autores es- Taylor – Poderemos ter novas publicações em li-
tão enfatizando na edição 3.0 das melhores práti- vros, white papers, conteúdos online e inclusive,
cas é seu caráter “vivo”, digo, em constante evo- posteriormente, um portal interativo que ainda
lução. Como efetivamente essa política de atuali- está na fase de planejamento, para que executi-
zação permanente vai acontecer? vos de todo o mundo tirem dúvidas online sobre
Taylor – De fato a idéia é ter uma edição viva, com a versão 3.0. A idéia é que nos próximos seis me-
atualizações constantes. Primeiramente preten- ses boa parte desse conteúdo já esteja disponível.

3
CAPÍTULO 2

ITIL 3.0 traz nova


forma de organização
Versão reformulada da biblioteca britânica traz abordagem do ciclo de vida
de serviços de TI. Saiba como as alterações afetam as companhias.

esde maio de 2007, os gestores de tecnologia da ainda é dado às melhores práticas porque elas são

D informação do mundo todo podem conhecer a


versão 3.0 das melhores práticas previstas na In-
formation Technology Infrastructure Library (-
ITIL). O Office for Government Commerce (OGC),
órgão britânico que mantém o ITIL, divulgou os
novos livros e as diretrizes que conduzirão as cer-
tificações na biblioteca nos próximos tempos.
utilizadas de formas diferentes no mercado.

O QUE MUDA PARA AS VERSÕES ANTERIORES?


Pode-se dizer que a edição 3.0 aborda o ciclo de vi-
da do gerenciamento de serviços de TI. A principal
diferença entre as versões 2.0 e 3.0 está no número
reduzido de livros. De acordo com os especialistas,
Saiba a seguir o que muda na nova versão e como a nova edição assume o conhecimento da anterior
se adaptar a ela: e presume que os executivos de TI compreendem a
existência de 10 processos de ITIL. A versão 2.0 de-
O QUE É A VERSÃO 3.0 DO ITIL? talhou os dez processos principais – divididos em
Antes de responder diretamente, vale explicar al- duas grandes áreas de estudo. Suporte a serviços in-
go mais sobre a história do ITIL. A biblioteca foi cluía diretrizes sobre incidentes, problemas, mu-
desenvolvida no final dos anos 80 pela Central danças, configuração e processos de gerenciamen-
Computer and Telecomunications Agency (- to de liberações. Já entrega de serviços provia infor-
CCTA), agora o OCG, e tinha mais de 30 livros. Na mações sobre nível de serviços financeiros, capaci-
ocasião, o órgão desenhou 10 processos-chave dades, disponibilidade e processos de gerencia-
para melhorar operações de empresas, aprimorar mento de continuidade.
os níveis de serviços e cortar custos associados ao A versão 3.0 coloca todo esse conteúdo em cin-
downtime de rede e trabalhos manuais. O ITIL não co livros, que abrangem estratégia, design, tran-
trazia, no entanto, esboços sobre como aplicar os sição e operação de serviços e melhorias contí-
processos porque não existia um conjunto de di- nuas nos serviços. Além disso, existirá uma série
retrizes capaz de ser aplicado a múltiplas organi- de livros complementares que será divulgada de-
zações. Esse conceito, no entanto, deve sofrer al- pois do lançamento, além de conteúdo web dire-
terações na atualização, que deverá incluir temas cionado aos adeptos do framework. “É como se
mais específicos sobre como adequar os proces- existissem mais passos práticos para a implemen-
sos e melhorar a entrega e o gerenciamento de tação, além da adoção cíclica com evoluções gra-
serviços de TI. duais”, ressalta Sergio Rubinato Filho, vice-presi-
O processo de atualização para a versão 3.0, ini- dente do itSMF Brasil e diretor de serviços para os
ciado em 2004 inclui participação de consultores, capítulos do itSMF Internacional.
fornecedores e comunidades de usuários. Os tex- Na avaliação de Clebert Mattos, diretor-geral da
tos novos foram escritos por cinco pares de auto- Pink Elephant no Brasil, a versão 3.0 traz um concei-
res – a maioria dos Estados Unidos e Reino Unido – to maior de linearidade. “De forma simplista pode-
e enviados para 700 revisores para edição. Segundo mos dizer que a versão 2.0 dava uma visão semelhan-
Sharon Taylor, arquiteta-chefe da nova versão do te a uma fotografia aos processos, ao passo em que
ITIL, melhorias notáveis foram feitas sobre como a 3.0 dá uma noção de continuidade, do nascimen-
4 executar as melhores práticas, mas um foco amplo to do serviço até sua produção e entrega”, afirma.
CAPÍTULO 2

O ITIL 3.0 DEVE SER COMBINADO conceitos de ITIL 2.0 em seus processos não têm
COM OUTROS FRAMEWOKS? motivo para pânico. Os princípios também conti-
O ITIL pode interagir com outras boas práticas de nuam válidos e não existe necessidade imediata
maneira a aprimorar as operações gerais de uma de atualização, a menos que alguma exigência in-
companhia independentemente de sua versão. terna e pontual demande a adaptação. A atualiza-
Por exemplo, o Control Objectives for Informa- ção deve ser baseada especialmente sobre as ne-
tion and related Technology (Cobit) fornece um cessidades da companhia, e não com base em cro-
framework complementar para desenvolver polí- nogramas de fornecedores ou consultores.
ticas sobre controles e exigências de serviço. O O gestor de uma área vai precisar ter a sensi-
Six Sigma, por sua vez, tem foco em processos re- bilidade para identificar qual o momento de sua
petitivos. O Capability Maturity Model Integra- companhia e a maturidade do ITIL. Se uma deter-
tion (CMMI) está concentrado na garantia da ma- minada companhia possui entre seis meses e um
turidade técnica e gerencial. Utilizar todos esses ano de certificação, por exemplo, não deve se
elementos combinados com o vindouro ITIL 3.0 preocupar primordialmente com a atualização,
pode ser uma ferramenta interessante de viabili- mas com a colocação na prática dos princípios
zação de operações e negócios. Por outro lado, passados pela qualificação. Caso essa mesma or-
utilizar o ITIL no vácuo pode fazer com que a TI ganização também tenha implantado um soft-
melhore suas operações, mas ainda deixe mar- ware específico para apoiar a adequação ao ITIL,
gem para controles deficientes. não deverá perdê-lo, mas talvez necessite fazer
pequenas adaptações caso opte pela atualiza-
O QUE ACONTECE COM OS PROFISSIONAIS ção. No entanto, muitos fornecedores já pro-
QUE JÁ SE CERTIFICARAM? vêem soluções com grande foco em gestão do
Como a idéia dos autores é fazer do ITIL 3.0 uma ciclo de vida em serviços, o que deve facilitar a
evolução das diretrizes, as certificações dos profis- aderência às novas soluções.
sionais de TI nas versões anteriores continuam vá-
lidas. Além disso, alertam os especialistas, a atuali- QUEM PRETENDE SE CERTIFICAR
zação na certificação deve ser feita apenas diante DEVE AGUARDAR A ADAPTAÇÃO
de uma necessidade concreta. “Podemos dizer que DOS CURSOS À NOVA VERSÃO?
é como o curso de uma faculdade. Não é porque Meses antes do lançamento do sistema opera-
houve uma eventual mudança no currículo que o cional Windows Vista, da Microsoft, alguns espe-
aluno perde o diploma. A decisão de se atualizar ou cialistas de mercado acreditavam que uma par-
não está na mão do profissional”, complementa Ru- cela dos consumidores finais deveria adiar sua
binato Filho, do itSMF Brasil e internacional. decisão de compra de um novo computador pa-
Algumas consultorias brasileiras já estimam ra esperar a novidade. Mas na prática, não houve
que farão um treinamento para atualização dos uma sanha compradora expressiva após o lança-
profissionais já certificados. No entanto, vale lem- mento do Vista. Com a nova versão do ITIL 3.0, a
brar que ainda não há definição do órgão que ge- percepção de “compasso de espera” estará con-
re o ITIL mundialmente sobre algum curso ou cer- dicionada à urgência e à necessidade de cada
tificação de transição entre as versões 2.0 e 3.0. profissional, acreditam os especialistas. “Quem
Tais informações devem ser definidas e divulga- precisa se certificar rapidamente em virtude de
das nas próximas semanas. necessidade urgente ou alguma oportunidade
profissional, não deve esperar. Agora, se a certi-
O QUE ACONTECE COM AS EMPRESAS QUE JÁ ficação está apenas nos planos futuros, ele pode
ADOTARAM ITIL E NOVAS FERRAMENTAS PARA se dar ao luxo de esperar um pouco sim. Mas de
SEGUIR AS MELHORES PRÁTICAS? qualquer forma, vale ressaltar novamente que
Da mesma forma como no caso dos profissionais ninguém perderá a certificação”, explica o exe-
5 já certificados, as empresas que implementaram cutivo do itSMF.
CAPÍTULO 2

QUAL O CRONOGRAMA DO ITIL 3.0 relações entre processos – a destinada a


PARA O BRASIL? Profissionais (Practitioner), que verifica aspectos
O lançamento oficial dos cinco livros do ITIL 3.0 mais amplos e os processos ITIL na prática; e a cer-
aconteceu em Londres, em 5 de junho. A expecta- tificação Master, que reconhece internacional-
tiva é que o prazo de tradução para o português mente a capacidade de um profissional em imple-
não ultrapasse seis meses, o que significa que até mentar e praticar os processos segundo as dire-
o fim de dezembro os livros em português devem trizes do ITIL.
estar prontos. Algumas provas em inglês para certificação na
De acordo com César Monteiro, diretor da con- versão 3.0 já deverão estar disponíveis na data do
sultoria IT Partners, continuarão existindo três li- lançamento, mas os cursos preparatórios vão le-
nhas de certificação, conforme anteciparam os var alguns meses para ficar prontos, sendo que o
autores dos livros: a de Fundamentos prazo pode variar de acordo com a consultoria ou
(Foundations) – que aborda conceitos básicos e empresa certificadora.

6
CAPÍTULO 3

Conheça o conteúdo
resumido dos livros de ITIL 3.0
De acordo com a nova versão estão incluídos os livros de Estratégia de Serviços,
Design de Serviços, Transição de serviços, Operações de Serviços e Melhorias
Contínuas. Conheça o conteúdo básico de cada um deles.

* ESTRATÉGIA DE SERVIÇOS (SERVICE STRATEGY): esse livro aborda principalmente as estratégias, políti-
cas e restrições sobre os serviços. Inclui também temas como reação de estratégias, implementação, re-
des de valor, portfólio de serviços, gerenciamento, gestão financeira e ROI.

* DESIGN DE SERVIÇOS (SERVICE DESIGN): a abordagem nesse livro engloba políticas, planejamento e im-
plementação. É baseado nos cinco aspectos principais de design de serviços: disponibilidade, capacida-
de, continuidade, gerenciamento de nível de serviços e outsourcing. Também estão presentes informa-
ções sobre gerenciamento de fornecedores e de segurança da informação.

* TRANSIÇÃO DE SERVIÇOS (SERVICE TRANSITION): o volume apresenta um novo conceito sobre o siste-
ma de gerenciamento do conhecimento dos serviços. Também inclui abordagem sobre mudanças, ris-
cos e garantia de qualidade. Os processos endereçados são planejamento e suporte, gerenciamento de
mudanças, gerenciamento de ativos e configurações, entre outros.

* OPERAÇÕES DE SERVIÇOS (SERVICE OPERATIONS): operações cotidianas de suporte são o mote princi-
pal desse livro. Existe foco principal em gerenciamento de service desk e requisições de serviços, sepa-
radamente de gerenciamento de incidentes e de problemas, que também têm espaço.

* MELHORIAS CONTÍNUAS DE SERVIÇOS (Continual Service Improvement): a ênfase do volume está nas
ações “planejar, fazer, checar e agir”, de forma a identificar e atuar em melhorias contínuas dos proces-
sos detalhados nos quatro livros anteriores. Melhorias nesses aspectos também levam os serviços apri-
morados aos clientes e usuários.

7
CAPÍTULO 4

Conheça o que muda na


certificação do ITIL 3.0
Quem já é certificado na versão 2.0 e quer obter o reconhecimento
na nova edição não precisa começar do zero. Saiba o que muda.

om o lançamento da versão 3.0 da biblioteca britâ- Service Lifecycle Modules e ITIL Service Capability

C nica ITIL, muda também o esquema de certificação


dos profissionais. No entanto, quem já era certifica-
do na versão 2.0 e quer se atualizar não precisa co-
meçar do zero.
A idéia é aproveitar parte do conteúdo que o pro-
fissional já sabe e estabelecer relações de equiva-
lência com a versão 3.0. Segundo a nova estrutura,
Modules.
O profissional que já tem a certificação de
Manager na versão 2.0 e quiser prestar o diploma de
ITIL poderá também fazer o curso de transição, com
foco apenas nos aspectos diferenciados das duas
edições. A partir, pode fazer o teste diretamente.
Já quem tem a certificação de ITIL Practitioner de-
o primeiro nível de certificação do ITIL continua verá fazer uma equivalência por créditos nas novas
sendo o Foundations, que recebe o nome de ITIL divisões Practitioner Clusters e Practitioner Singles.
Foundations for Service Management. Em um está- Na seqüência, deve realizar o teste seguinte.
gio à frente estão dois módulos, ITIL Service
Lifecycle Modules e ITIL Service Capability Modules, CALENDÁRIO DE PROVAS
prévios da certificação Managing Through De acordo com o calendário mundial do ITIL, os
Lifecycle. A certificação obtida posteriormente é o exames em inglês para o nível Foundations já es-
diploma de ITIL. tão disponíveis desde o mês de junho. No tercei-
Nesta versão atualizada, também foi incorporada ro trimestre do ano está prevista a divulgação dos
a certificação Advanced SM Professional Diploma, conteúdos dos cursos de transição da versão 2.0
em que serão testados conhecimentos práticos so- para 3.0 nos níveis Foundation e Manager e a pro-
bre as melhores práticas da biblioteca, não apenas va de certificação para Manager.
a teoria proposta pelos treinamentos anteriores. A Os conteúdos dos módulos Service Lifecycle
experiência profissional vale como créditos educa- Modules e ITIL Service Capability Modules deverão
cionais para a obtenção desse terceiro nível. estar disponíveis também no terceiro trimestre de
Quem já tinha a certificação para o nível 2007. No quarto trimestre de 2007 estão previstas
Foundations na versão 2.0 não precisa fazer o cur- as divulgações dos testes para Manager e o diplo-
so ou a prova equivalente para a nova edição dos ma de Master. Em 31 de dezembro de 2007 será
livros. A sugestão é realizar um treinamento que descontinuada a prova da versão 2.0 para o nível
aborde a transição da versão 2.0 para a versão 3.0 Foundations. Já para o quarto trimestre de 2008,
– o que em inglês tem recebido o nome de “Bridge devem ser eliminadas as provas da versão 2.0 nos
2.0 – 3.0” –, e partir diretamente para os módulos níveis Managers e Practitioners.

8
CAPÍTULO 5

ITIL: pense grande,


mas comece pequeno
Especialista Ivor Macfarlane defende que implementações em pequena
escala são ferramentas úteis para posterior adoção ampla das melhores
práticas nas companhias.

ma família acaba de mudar de endereço. Deixa sua da área de tecnologia para explicar como um iní-

U residência habitada durante anos para assumir


um espaço totalmente novo, em um prédio ele-
gante, maior. Pai, mãe, duas crianças, dezenas de
caixas chegam, enfim, ao apartamento. O pensa-
mento naquela ocasião é só um: começar a orga-
nizar as coisas.
Mas por um descuido dos pais, as crianças já co-
cio modesto pode ser proveitoso para a totalida-
de e o sucesso da implantação.

O QUE É COMEÇAR PEQUENO?


O conceito de implementação em pequena esca-
la prega que a companhia interessada em seguir
as diretrizes da biblioteca inicie sua adequação
meçam a abrir as embalagens, espalhar os objetos em um departamento, uma sucursal ou filial e
e tentar organizá-los à sua própria maneira. Em analise o comportamento dessa unidade.
minutos a sala está inabitável. Em um tom didáti- A partir dos resultados dessa adoção, os gestores
co, mas não tão paciente, o pai explica para as poderão verificar impressões gerais sobre benefí-
crianças que esta não é a melhor forma para a ar- cios, aplicabilidade e mesmo questões que necessi-
rumação. Que o melhor é começar por partes, se- tam de melhorias para depois transportar a expe-
parando cada objeto por gênero e organizando os riência de forma orquestrada para o restante da or-
ambientes de forma gradual. Tudo isso para que, ganização. “Se você tentar a aplicação em uma pe-
no final, o resultado seja o melhor possível. quena parte de sua empresa, poderá enxergar me-
Se por um lado o conceito de organização e pla- lhor o funcionamento, ver o que funciona ou não e
nejamento de certas tarefas em etapas parece tão mesmo correr mais riscos”, comenta Macfarlane.
simples nas situações cotidianas, como exempli- O executivo ilustra os fundamentos do modelo
ficado no cenário fictício acima, no mundo corpo- com o exemplo de um pequeno vilarejo. Na loca-
rativo, muitas vezes ele não é tão óbvio assim. Não lidade com população reduzida, a maioria dos ha-
são raros os casos de companhias que, por diver- bitantes se conhece e sabe sobre os afazeres dos
sas razões, decidem migrar sistemas de departa- demais. Dessa forma, executar tarefas em conjun-
mentos inteiros e acabam por amargar o fracasso to fica mais fácil. O mesmo acontece se a incor-
em suas implementações – reforçando a tese de poração dos princípios do ITIL é feita em um de-
o que famoso bordão “dar um passo maior que a partamento em que existe conhecimento sobre
perna” pode resultar em um belo tombo. os serviços prestados, os processos e a responsa-
Na área de gerenciamento de serviços de TI, al- bilidade de cada um.
guns executivos vêm se esforçando para mostrar A origem desse modelo surgiu da análise das
que o “começar por partes” também pode ser mui- práticas de ITIL em pequenas unidades de TI –
to útil, especialmente no que diz respeito às me- concentradas inclusive na primeira versão do li-
lhores práticas da biblioteca ITIL. Entre eles está o vro do executivo, publicada em 1995, o ITIL
especialista Ivor Macfarlane, co-autor do livro ITIL: Practices in Small IT Units (Práticas de ITIL em pe-
Small Scale Implementation – (Implementação em quenas unidades de TI, ainda sem tradução para o
Pequena Escala). Em visita ao Brasil durante o mês português). A versão atual e reformulada, que
9 de abril, o executivo se reuniu com profissionais aborda o conceito de pequena escala e reeditada
CAPÍTULO 5

no ano passado, não traz, entretanto, um guia de PRÁTICA POUCO DIFUNDIDA


atalhos para a implantação ou fragmentos da bi- Embora o conceito de adoção do ITIL em pequena
blioteca sobre quais passos seguir para o geren- escala não seja inédito, ainda é baixo o índice de
ciamento de serviços. incorporação, especialmente no Brasil. Na avalia-
Ele considera, primeiramente, a forma como a ção de Macfarlane, o desconhecimento do mode-
entrega eficiente dos serviços pode ser afetada lo pode ser um dos principais motivos para o pe-
pelas situações e restrições típicas de pequenas queno percentual de organizações que o adotam.
empresas e como bons resultados podem ser ob- A idéia, segundo ele, é reforçar a divulgação nos
tidos adaptando as práticas do ITIL a essas cir- próximos meses.
cunstâncias. Embora cite essas pequenas organi- Na avaliação de Sergio Rubinato Filho, vice-pre-
zações, a proposta principal do volume escrito pe- sidente do itSMF Brasil, a sensação de velocidade
lo consultor é transmitir às companhias de TI – que uma implantação ampla pode trazer é um dos
tanto grandes quanto pequenas – o conceito so- principais motivos para pular a etapa da pequena
bre como a implementação das melhores práticas escala. Para o executivo, existe entre muitos ges-
pode ser escalável. tores uma ânsia grande de se adotar as práticas do
Para Macfarlane, o primeiro passo para uma ITIL e pouca paciência para se fazer pequenas im-
adequação bem sucedida está na necessidade da plementações e analisar a resposta de seu público.
companhia em conhecer profundamente seus “É necessário encontrar o equilíbrio entre a
serviços e processos, antes mesmo de decidir pressa de implantação e a eficiência que ela pode
qual framework deverá seguir. “Acho inclusive trazer. O empenho na divulgação da pequena es-
que um dos principais erros das empresas está cala tem como objetivo fazer com que os gesto-
em achar que vão implementar ITIL. É fácil falar res fiquem mais confortáveis em testar as práti-
isso, mas é um erro muito grande. Antes de ‘- cas. A partir do momento em que eles compreen-
querer’ seguir as melhores práticas, essa organi- derem e mostrarem para a direção os benefícios
zação precisa buscar melhorar o gerenciamento que essa fase de testes traz, talvez consigam ain-
e a entrega de seus serviços. O ITIL é um tipo de da mais patrocínio do corpo executivo para seus
suporte para isso”, enfatiza. projetos”, conclui.

10
CAPÍTULO 6

Entrevista: convergência
apóia excelência operacional
Especialista Ivor Macfarlane defende que implementações em pequena escala são
ferramentas úteis para posterior adoção ampla das melhores práticas nas companhias.

tema que vem ganhando espaço nas rodas de dis- nal a biblioteca foi criada lá. Companhias estão

O cussão sobre governança de TI é a convergência.


Nesse sentido, a questão que surge é como articu-
lar diferentes frameworks e disciplinas em busca da
excelência operacional de uma companhia.
Para comentar esta tendência de convergên-
cia e detalhes da versão 3.0 da biblioteca ITIL, o
COMPUTERWORLD conversou com Vernon
muito maduras para esse assunto por lá. A Holan-
da e outros países da Europa Oriental também es-
tão amadurecendo para ITIL. O conhecimento do
framework está se disseminando também no sul
e no norte da África, assim como na Ásia. Houve
uma grande evolução principalmente no Japão,
onde há três ou quatro anos nem se ouvia falar em
Lloyd, especialista em governança e autor de vá- ITIL. Canadá e Estados Unidos também estão
rios livros originais de ITIL. O executivo também avançados. Na América Latina, especialmente no
acumula as funções de diretor de clientes inter- México e Brasil, a fase é de amadurecimento. Ago-
nacionais da Fox IT, presidente do conselho de ra, se formos falar sobre a venda de livros de ITIL,
membros do Institute of IT Service diríamos que os Estados Unidos estão mais avan-
Management e presidente do grupo de trabalho çados do que qualquer outro país. Cerca de 50%
do itSMF Qualifications. Leia os principais tre- dos livros de ITIL vendidos no mundo são comer-
chos da entrevista. cializados nos Estados Unidos.

COMPUTERWORLD – Qual sua avaliação do proje- CW – Qual sua percepção para o amadurecimento
to de atualização da biblioteca ITIL? da ISO 20.000?
Vernon Lloyd – Existia muita demanda da indústria Lloyd – A certificação ISO 20.000 começou a se
para atualização. A decisão de atualizar foi feita a popularizar em 2006. Até o momento, mais de
partir de várias discussões sobre o que as pessoas 100 companhias ao redor do mundo já têm essa
queriam a respeito do ITIL. Não houve nenhuma certificação. Acredito que o conceito vá se popu-
ruptura em relação à versão anterior do ITIL, mas larizar em breve, mas não devemos observar uma
algumas reestruturações na biblioteca foram fei- massificação em um futuro próximo. As compa-
tas para a versão 3.0. Uma das principais altera- nhias deverão ficar mais maduras, primeiramen-
ções foi a abordagem mais ampla do ciclo da bi- te, para depois conseguirem a certificação. Em
blioteca. Antes, a série de livros do ITIL tinha a me- termos de profissionais certificados em ITIL, fa-
ta de melhorar os serviços nas companhias. Ago- lamos em um universo superior a 250 milhões ao
ra a nova versão traz uma visão mais integrada redor do mundo.
com os demais frameworks. É a idéia de que ITIL
não está isolado. CW – Por fim, gostaria de saber sobre a conver-
gência de frameworks, como ITIL, Cobit e CMMI.
CW – Como o senhor avalia a maturidade do ITIL Na sua avaliação, essa é uma tendência?
ao redor do mundo? Lloyd – Sim, é uma tendência. As companhias
Lloyd – O Reino Unido adotou o ITIL antes da precisarão cada vez mais observar frameworks
11 maioria dos outros países por motivos óbvios, afi- para atingir a excelência de suas operações. ITIL
CAPÍTULO 6

ajuda nesse processo, ao mesmo tempo em que CW – Quais os benefícios dessa convergência?
não restringe as companhias de olhar para ou- Lloyd – Os benefícios serão observados no supor-
tros frameworks, como você mesmo disse: Co- te às operações de maneira geral. Quem estiver
bit, CMMI. Convergência é a melhor forma para aderente à Sarbanes-Oxley, por exemplo, perce-
atingir e articular as melhores práticas dentro de berá que Cobit e ITIL podem ser muito benéficos
uma companhia. às operações de maneira geral.

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CAPÍTULO 7

Como aproveitar a conexão


ITIL-SOA
A utilização dos ensinamentos do ITIL é uma das melhores maneiras de aumentar
a satisfação em projetos de adoção da arquitetura orientada a serviços.

ITIL pretende criar operações de TI sob a perspec- investimentos fortes em sistemas de gestão de

O tiva de serviços: sua meta é atender e antecipar


as necessidades dos clientes. A arquitetura orien-
tada a serviços, por sua vez, quer desenvolver e
utilizar o software de forma que os aplicativos
possam ser reaproveitados em diferentes proces-
sos de negócios, novos ou já existentes, de ma-
neira simples e confiável.
infra-estrutura e em ferramentas de desenvolvi-
mento. “Para ter uma infra-estrutura capaz de li-
dar com as complexas interações de seus servi-
ços, empresas que pretendem adotar SOA preci-
sam de algo como ITIL como base”, avalia Rudy
Wedenjoa, diretor de gestão de operações corpo-
rativas na General Motors, que tem projetos de
Tanto ITIL quanto SOA vão na direção do que ITIL e de SOA em andamento.
se diz há muito tempo, ou seja, que o papel de TI Um estudo da Ovum de agosto de 2006 mos-
é entregar serviços para as áreas de negócios e trou que as empresas que usam ITIL – ou práticas
atender às suas necessidades. Em algumas cor- similares – têm duas vezes ou mais sucesso no ali-
porações, a adoção de SOA pode expor os pro- nhamento entre as operações de TI e as estraté-
cessos e ferramentas tradicionais de TI, mos- gias de negócios. Combinada a processos da ar-
trando-os ineficientes para o gerenciamento e quitetura orientada a serviços, a estratégia per-
monitoramento de aplicações na arquitetura mite que o departamento de tecnologia imple-
orientada a serviços. mente processos como serviços, fornecendo uma
Portanto, para serem bem-sucedidos, projetos plataforma flexível que possibilita a adaptação
baseados em SOA precisam de muito suporte e dos processos às necessidades de negócios.

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