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O crime se diz tentado quando o agente não o consuma por circunstâncias alheias à sua vontade.

A
vontade nos crimes dolosos está direcionada ao resultado criminoso porque o agente agiu de vontade
própria objetivando o resultado. O agente concorda com o resultado da conduta que ele irá praticar. Ao
praticar uma conduta, assume suas conseqüências, seus riscos. A punição dos crimes dolosos justifica-se
pelo desvalor da conduta, tanto que a tentativa é punível. Nos crimes culposos, não se admite a tentativa.
É a não observância de um dever objetivo de cuidado, quando as circunstâncias objetivas tornam
previsível a produção do resultado criminoso, que poderia ter sido evitado.
Nos crimes culposos, diferentemente dos crimes dolosos, a punição justifica-se pelo desvalor do
resultado, pois a conduta considerada, sem a produção do resultado, não possui qualquer relevância
penal.
Dolo existe quando o agente quer ou consente na realização da figura típica ou, nos termos da lei,
quando quer ou consente no resultado, não importando que esse tipo (ou evento) seja de dano ou de
perigo.
O crime culpos é o comportamento voluntário desatencioso, voltado a um determinado objetivo, lícito ou
ilícito, embora produza resultado ilícito, não desejado, mas previsível, que podia ter sido evitado.

extratos mais Crime doloso e crime culposo

[...] 2-Crime Doloso 1. - Conceito e teorias sobre o dolo Art. 18. Diz-se o crime: Crime doloso I- doloso,
quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi- lo; Dolo existe quando o agente quer ou
consente na realização da figura típica ou, nos termos da lei, quando quer ou consente no resultado, não
importando que esse tipo (ou evento) seja de dano ou de perigo. Três são as teorias que procuram
estabelecer o conteúdo do dolo: a da vontade, a da representação e a do assentimento. [...]

[...] CP) e ao dolo de perigo, em que o autor da conduta quer apenas o perigo (arts. 132, 133, etc. CP).
São essas espécies, porém, substancialmente idênticas. - Dolo genérico: é a vontade de realizar o fato
descrito na lei, em seu núcleo (vontade de matar, de subtrair, de raptar, etc). Dolo específico é a vontade
de realizar o fato com um fim especial (fim libidinoso, de obter vantagem indevida, etc) item 1.2. - Dolo
cumulativo: que significa desejar o agente alcançar dois resultados, em seqüência. [...]

CRIME CULPOSO E CRIME DOLOSO

A mídia e a maior parte da população fazem confusão na


nomenclatura dos crimes culposos e dolosos. Normalmente quando
se fala em crime culposo imagina-se que o crime é mais grave que o
doloso, mas não é isso que a disciplina do Direito Penal ensina. O
Crime Culposo é aquele em que não há vontade de produzir o
resultado obtido, ou seja, o autor do crime ocorrido não quis praticá-
lo, o que ocorreu foi um descumprimento do dever objetivo de
cuidado, logo o crime culposo não admite a tentativa, não há crime
culposo tentado. Um exemplo de descumprimento do dever objetivo
de cuidado é o homicídio culposo, o autor age com negligência,
imperícia ou imprudência. Já o Crime Doloso é aquele que há
vontade de praticar o crime, é mais grave que o Crime Culposo. O
termo Doloso vem do latim “Dolores” que significa QUERER. O Crime
Doloso admite a forma tentada, um exemplo é a tentativa de
homicídio, aqui não há consumação do crime por circunstâncias
alheias à sua vontade.

CRIMES DOLOSOS, CULPOSOS E PRETERDOLOSOS


Há o crime doloso “quando o sujeito quis o resultado ou assumiu o
risco de produzi-lo” ( CP art. 18, I). Mirabete contribui para o
entendimento deste tipo de crime ao dizer que no crime doloso não
devemos apenas analisar o objetivo que o agente quis alcançar, mas
também a conduta do autor. Esta conduta é dividida em duas partes:
interna e externa. Na interna, analisamos o pensamento do autor: ele
se propõe a um fim, prepara os meios para a execução deste fim e,
por fim, considera os efeitos do fim pretendido.
A conduta externa é a exteriorização da conduta, uma “atividade em
que se utilizam os meios selecionados conforma a normal e usual
capacidade humana de previsão”.
Há o crime culposo “quando o sujeito deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia” (CP art. 18, II). Nos crimes
culposos não há a preocupação “com o fim da conduta; o que importa
não é o fim do agente, mas o modo e a forma imprópria com que
atua”, segundo Mirabete.
Crime preterdoloso ou preterintencional “é aquele em que a ação
causa um resultado mais grave que o pretendido pelo agente”.
(Damásio E. de Jesus)
É considerado por Mirabete um crime misto, “em que há uma conduta
que é dolosa, por dirigir-se a um fim típico, e que é culposa pela
causação de outro resultado que não era objeto do crime
fundamental pela inobservância do cuidado objetivo. Há no dolo no
antecedente e culpa no conseqüente”.

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