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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS DOS SUL E SUDESTE DO PARÁ


FACULDADE DE DIREITO
DIREITO DE FAMÍLIA
DISCENTE: WILLAMY DE OLIVEIRA CAVALCANTE

AVALIAÇÃO FINAL DE DIREITO CIVIL VI (FAMÍLIA)

1ª RESPOSTA
Cometimento de crime anterior ao casamento configura erro essencial quanto a
pessoa (art. 1557, II), e tal é fundamento para anulação do casamento (art. 1550, III). A
condição é anterior ao casamento (os crimes cometidos antes do casamento), o outro cônjuge
desconhecia tal situação e a sua descoberta tornou a vida em comum insuportável. Assim, eu
enquanto advogado, oriento a Sra. Joana Maria a ajuizar a ação de anulação de casamento por
erro essencial, já que, faz somente três meses a contar da celebração com pedido de tutela
antecipada para determinar o afastamento do lar conjugal. Como os efeitos da sentença são
retroativos, todo e qualquer vínculo com o ex-marido criminoso será apagado, voltando
inclusive, à condição de solteira. Porém, como a autora, estaria de boa-fé e o menor não
poderia ser prejudicado pela anulação do casamento, para o menor pedirá que os efeitos do
casamento não cessasse, solicitando, desta forma, uma pensão alimentícia e todos os direitos a
ele atinentes.

2ª RESPOSTA

a) A guarda compartilhada é uma tentativa válida para minimizar a separação


dos pais na vida do menor, já que o casal, mesmo separado maritalmente, continuam a exercer
igualmente o poder parental, protegendo e educando a criança. Porém a situação não é tão
simples assim. Há que se ter muito cuidado, o Juiz, ao decretar a Guarda Compartilhada, pois
são muitos os princípios que devem ser analisados e levados em consideração para se instituir
este tipo de modalidade da guarda, percorrendo desde o lado emocional, financeiro, psíquico e
moral dos pais, porém, sinteticamente, é preciso se analisar dois princípios primordiais: a
concordância dos pais, é claro, em compartilhar igualmente na criação dos filhos. Neste ponto
o Juiz, deve verificar se realmente os pais aceitam participarem discutindo juntos os rumos da
educação do filho; e, também, com a ajuda de um psicólogo, analisar a capacidade da criança
em assimilar e aceitar esse novo panorama de sua vida;
b) Mesmo sendo difícil para o Juiz analisar quando se deve ou não instituir a
guarda compartilhada, pois os princípios envolvidos que devem ser analisados são muito
subjetivos, esta nova modalidade de guarda é sim muito benéfica para a criança, pois, na
teoria, mesmo com a separação dos pais, a participação destes na vida do filho continuará
como se casados tivessem não causando muitos impactos que a separação causam na vida
desta criança.

3ª RESPOSTA

Importante frisar que a capacidade nupcial é adquirida aos dezesseis anos de


idade, sendo exigida autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto
não atingida a maioridade civil, nos termos do artigo 1.517 do Código Civil. Entretanto, no
caso proposto, deve-se atentar para a causa suspensiva prevista no inciso IV, do artigo 1.523
do Código Civil, a qual dispõe que não devem casar o tutor e os seus descendentes,
ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada, enquanto não cessar a
tutela e não estiverem saldadas as respectivas contas. Nessas hipóteses de incidência da
mencionada causa suspensiva, também é obrigatório o regime da separação de bens, nos
termos do inciso I, do artigo 1.641 do Código Civil.

Ou seja, para que possam contrair núpcias Epaminondas deve sair da condição
de tutor e, após Beatriz ser autorizada pelo novo tutor, poderão se casar, mas somente no
regime de separação de bens .

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