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Quando Alice visitou novamente seu tio Wyrdd algumas semanas depois, ela estava
muito interessada em aprender mais. Muito mais...

"Tio" disse ela, "Eu ouvi falar de uma planta chamada de "Magic Mint", o que é isso?

O tio Wyrdd disse: "Existem um número de plantas da família das mentas que são
psicoativas. Por exemplo, uma menta intoxicante da Ásia Central, mas acredito não ser
essa a que você esteja se referindo.

"Eu acho que você está interessada numa Salva da região de Oaxaca, México conhecida
como "Magic Mint" "Magic Sage" "Divine´s Sage" "Leaves of the Shepherdess" e
outros nomes. Entretanto é mais comumente conhecida pelo seu nome botânico, Salvia
divinorum. Ou apenas Salvia. Alguns ainda a chamam de "Sally" ou "Sallye Dee´ .

Alice disse: ³Estou confusa, é uma salva ou uma menta´ ?"

O tio respondeu "Todas as espécies de salva pertencem ao gênero Salvia, o qual


pertencente a família das mentas."

Alice disse "Como as Sagebrush." (espécie de arbusto)

O tio a corrigiu: "Não, sagebrush é da família da losna. Mas, a Salva usada como
condimento é uma espécie de Salvia. É uma Salva verdadeira e psicoativa também, e
para confundir mais ainda ela contem tujone assim como as losnas."

Alice respondeu "Isso tudo é muito confuso." "A Salvia divinorum é igual a losna?"
"Eu sei que losna é usada no absinto. Eu já tomei essa bebida".

O Tio disse: "Salvia divinorum não é como o absinto, na realidade ela não se parece
com nenhuma outra erva".

Alice perguntou: "Ela vicia?"

O Tio respondeu: "De forma alguma" "É uma erva visionária única, que não forma
hábito de uso e não é tóxica."

Alice questionou: "Mas, é legal?"

O tio respondeu: ³Ainda é considerada legal nos EUA como um todo, mas infelizmente
alguns estados estão entrando com um processo de criminaliza-la, Lousiana e Nova
York brevemente a tornaram ilegal´. Já é ilegal na Australia, Dinamarca e Itália e pode
se tornar ilegal nos EUA nos próximos anos.
No Brasil é considerada uma erva legal."

Alice disse: "Se não é tóxica, não vicia, tem algum perigo?"

O tio respondeu: "É uma boa idéia manter alguém sobrio (sitter) vigiando após a
ingestão, porque algumas pessoas ficam como sonâmbulas sobre sua influência. O
perigo não é intoxicação ou envenenamento, mas acidentes ou fazer coisas num estado
de confuso de consciência que possam serem perigosas. Então deve-se ingerir num local
seguro com a presença de alguém sobrio".

Alice complementou: "Por segurança é recomendável se afastar ou retirar de perto,


fogo, armas, banheiras, piscinas ou coisas assim. E nunca usar no carro, no trabalho ou
em lugares públicos. Certo?"

O tio concordou.

Alice perguntou: "Como é ingerido?"

O tio respondeu: ³De diversas maneiras, mas nunca injetado . Os índios Mazatecas
usavam tradicionalmente mascando as folhas em suas cerimônias. Eles também bebiam
uma bebida não alcoólica feita a partir de folhas esmagadas.

Pode também ser fumada, mas os Mazatecas não faziam isso.

Entretanto fumar é o método popular, mesmo não sendo o tradicional. Folhas


fortificadas podem ser feitas mais fortes do que folhas sem tratamento. Isso é feito a
partir da extração do ingrediente ativo por álcool e outros solventes e então secando o
fluído do extrato em uma quantidade de folhas.

Alice disse: "Qual é a melhor maneira?"

O Tio sorriu ligeiramente e disse: "Eu não gosto de fumar. Mascar as folhas produz
efeitos, mas o gosto amargo delas e encher a boca de folhas é um tanto desprazeroso.
Meu método favorito é usar uma tintura alcoólica. Ela é diluída em água pouco antes de
ser usada para não queimar a boca. Então você mantém a tintura na boca para que o
composto ativo seja absorvido pelas mucosas da boca.

"O que é composto ativo?" Perguntou Alice.

O tio respondeu: "É uma substância muito potente chamada Salvinorina A, assim como
o THC ou kava-lactones, ou mesmo o álcool, ela não contém nitrogênio."

Alice perguntou "Sem nitrogênio? Então não é um alcalóide? Quanto tempo demora os
efeitos?"

O tio respondeu "Os efeitos da tintura vem entre 12 min. a meia hora após a ingestão e
duram por cerca de 30min a 1 hora, as vezes um pouco mais."

Alice perguntou: "Como a planta se parece?"

O tio Wyrdd apontou para uma de suas plantas que se parecia muito com uma Coleus,
só que com folhas largas e inteiramente verdes, não multicoloridas como a Coleus. Seu
caule era quadrado.

"Tio" disse Alice "Como são os efeitos?"


Ele respondeu: ³Bem, isso depende de como você é, o quão sensiva você é, e o quanto
você ingeriu . Mas, ela não é uma droga de festas, e você pode não acha-la divertida. É
uma droga xamânica, uma droga que cura, uma droga visionária, uma droga mística. Eu
tentarei te descrever os efeitos, mas entenda que não tem como realmente descrever os
efeitos com palavras."

"Em pequenas doses, poderá sentir mudanças sutis. Com um pouco mais perceberá
mudança na forma de pensar, ficará menos lógico e mais divertido. Tomando uma dose
maior experenciará padrões visuais com os olhos fechados que você não irá querer
confundir com as cenas reais.
Barulhos e luzes brilhantes irão interferir com a experiência."

Alice perguntou: "Isso é tudo?

O tio respondeu: "Não, tem muito mais. Tome um pouco mais do que você precisa para
ver padrões geométricos e talvez você terá uma experiência do tipo que os xamãs falam
-ou das que eles não falam- você pode ir parar em algum tipo de mundo, ou um local
diferente, ou uma era diferente nesse mundo. E com doses maiores você pode
permanecer consciente mas perder sua identidade, você existirá sem um corpo, ou sem
um nome e talvez fundir-se com a imensidão do universo, ou uma fusão mais estranha
com a parede, uma pedra, uma planta etc. Pode experienciar estranhas topologias, o
espaço se torna não euclidiano e o tempo não linear.

Alice disse: "Então isso produz experiências fora do corpo?"

O tio respondeu: "Pode acontecer, algumas pessoas comparam isso com uma
experiência de quase morte, mas sem o rico de morrer."

"Voltar de uma experiência dessa já é uma viagem por si só. Enquanto os efeitos vão
diminuindo, você verá você mesma retornando ao seu corpo e sua identidade. E esse
processo parecerá com certeza muito estranho."

Alice perguntou "Terei alguma ressaca?"

O tio respondeu: "Se salvia é tudo o que você ingere e você não a esta fumando,
dificilmente você terá efeitos colaterais desagradáveis, a não ser a boca irritada se você
não diluir o suficiente a tintura. Na verdade, você pode até ter uma "ressaca" positiva e
benéfica, após a intoxicação acabar você pode se sentir bem animada por uns dias."

Alice disse: "Eu estou interessada, mas a idéia de mascar um monte de folhas não me
soa bem, e eu não quero fumar. Você tem alguma tintura de Salvia? Posso
experimentar?

O tio disse: "Eu te darei um pouco, mas você não poderá dirigir por várias horas.
Falando nisso, eu também tenho uma garrafa de um miraculoso licor que eu inventei.
Ele contém Salvia e outras ervas psicoativas. Seus efeitos são bem similares ao elixir de
Salvia, mas mais prazeroso, mais eufórico e tranqüilizador. A Salvia sozinha pode
algumas vezes ser assustadora como uma volta numa montanha russa, mas as outras
ervas suavizam isso;
Alice pensou e disse que ela gostaria de provar primeiro o elixir puro de Salvia, mas ela
adoraria que ele desse as receitas do Elixir de Salvia e do "Miraculoso Licor".

O tio voltou com duas garrafas envoltas misteriosamente com papel alumínio.

Alice perguntou-o "Para que serve esse papel alumínio?" O tio explicou "Se a
Salvinorina A é dissolvida em álcool, a luz pode destruí-la". Então eu protejo as
garrafas contra a luz com uma camada desse papel alumínio.

Alice pediu para cheirar o elixir e o licor miraculoso. O elixir cheirava a rum e um
prazeroso e suave cheiro de menta. O Licor tinha um delicioso cheiro de flores
silvestres num dia perfeito de verão."

"Uau! Cheira como um dia de verão no campo" disse Alice. "Eu acho que irei gostar
desse. Se eu gostar de Salvia irei experimentar esse Licor em outra ocasião. Mas por
hoje apenas o Elixir de Salvia. Eu quero saber como a Salvia é e tomar algo com
diferentes ervas psicoativas faria impossível eu perceber qual efeito é de cada uma.

Alice disse: "Eu quero provar a tintura, você pode ser meu sitter?"

O tio respondeu: "Sim". E então explicou "O truque é diluir com água, então o álcool
não queimará sua boca. Como a sensitividade das pessoas varia, você deve iniciar com
não mais que uma colher de sopa (1/2 oz = ~30ml) da minha tintura, diluída em pelo
menos mais outra colher de sopa de água. Então segura na sua boca pelo máximo de
tempo que você agüentar, algo em torno de 20min. e então engula tudo. Entretanto caso
você ache que está ficando forte demais pra você cuspa tudo fora. Eu te darei um jarro
para você cuspir caso ache necessário e uma toalha para se limpar.

Alice disse: "Eu acho que entendi, primeiro diluir isso, depois segurar na boca
movimentando de vez em quando e manter na boca por um longo tempo e finalmente
engolir tudo o que está na minha boca.

O tio disse: "Uma vez que você esvaziar o copo, deite no meu sofá, as luzes da sala
serão apagadas e eu acenderei uma vela num lugar onde você não possa esbarrar
acidentalmente. Terá luz o suficiente para caso você abra os seus olhos. Mas mantenha-
se com os olhos fechados e sem se movimentar, como se estivesse dormindo até a
experiência acabar. É importante que você não saia vagando por aí num estado confuso
de consciência. Eu te trarei um cobertor para você se cobrir caso sinta frio."

Ele a ofereceu ouvir música dizendo "Se você ouvir músicas prazerosas e harmoniosas
sem palavras, ou tão cantadas, você pode deixar a música carregar você embora. Ou
então pode tentar sem música mesmo".

Alice perguntou "E assistir TV?"

O tio disse "Absolutamente sem TV. A menos que você queira experienciar o quão
infernal a TV realmente é! Eu irei colocar os cachorros lá fora para não te
incomodarem. Aproveitarei também para desligar meu telefone para que ele não toque."
"Então o melhor é tomar Salvia a noite após o Sol se por, num local privado quieto. Isso
é mesmo importante?" perguntou Alice.

O tio concordou e disse "É assim que os Mazatecas o fazem e eles sabem o que estão
fazendo. Silêncio, privacidade e segurança são essenciais. Nós não estamos falando de
uma droga para festas. Estamos falando de uma poção mágica."

Alice disse: "Eu não poderei dirigir depois?"

"Não antes de algumas horas depois de você pensar que está completamente sobria.
Melhor ainda amanhã. Eu posso lhe levar pra casa, ou então o Bob. Ou ainda você pode
passar a noite aqui, mas não irá dirigir".

Alice mediu uma colher de sopa de tintura num copo de vidro e adicionou 4 colheres de
sopa de água morna. Imediatamente a solução marrom-clara se tornou turva. Ela a
colocou na boca e deitou-se. O gosto não era tão ruim, mas segurar aquele líquido na
boca por meia hora provou ser um tanto irritante.

Tio Wyrdd colocou para tocar um CD "Mythic Dreamer" de Carlos Nakai, deixou
tocando uma música suave. As luzes foram baixadas e uma vela foi acesa num local
afastado de Alice, onde ela não poderia esbarrar. Ela se cobriu com o cobertor. Os
cachorros estavam do lado de fora, o telefone fora desligado. Ela estava pronta para a
viagem, mas não sabia o que esperar.

Por um grande período nada parecia estar acontecendo, exceto sua boca que
gradualmente enchia-se de saliva. Ela esperava que poderia segurar o líquido na boca
tempo o suficiente para que ele promovesse a magia. A tintura diluída irritava sua boca
levemente mas não de forma insuportável.

Após cerca de 10 ou 15 minutos passados, ela percebeu que parecia que algo estava
acontecendo, mas era difícil saber o que realmente era. Era algo sutil. Então ela
percebeu que sua forma de pensar estava diferente do usual, mais divertida, algo um
tanto estranho.

E então, aconteceu, a música começou a leva-la embora numa jornada interior.


Ela primeiro viu de forma fraca, depois mais vívida, formas fractais que eram visuais,
mas de alguma forma eram musicais também. Ela se lembrou da palavra sinestesia. "Ah
isso é sinestesia". Os padrões começaram a ficar mais complexos e mais reconhecíveis,
como arabescos e fantásticas arquiteturas. Nesse momento ela percebeu claramente que
aquilo que ela estava vendo-sentindo-escutando vinha da droga. De alguma maneira a
arquitetura estava na música mas estava também em sua pele. E aquilo flutuava, se
movia e se auto-transformava.

Sem entender o que havia encontrado, ela engoliu a tintura que estava segurando na
boca. "Bem, deve já ter dado tempo suficiente" ela pensou.

Então ela se encontrou deslizando para fora de sua pele e lutando para se segurar em si
mesma.

Mas, ela acabou deslizando para fora de sua pele e repentinamente se encontrou numa
floresta. Raios de luz passavam pela copa das árvores antigas e videiras se encontravam
enroladas nos seus troncos. O folhagem verde de alguma maneira era ela mesma e de
alguma maneira ainda havia uma cena aparte dela mesma. Ela disse a si própria "Salvia
é estranha". Então percebeu que alguém caminhava silenciosamente pela floresta,
aparentava um senhor de idade bem disposto, que parecia ser um nativo da Amazônia.
Ele vestia uma cinta e tinha um colorido cocar na cabeça e um colar de grãos coloridos.
Ela sabia que ele era um xamã. E ele disse algo a ela em uma língua a qual desconhecia,
mas ela se sentiu mais segura do que com medo. Ele sorriu e de forma inesperada virou
um papagaio e saiu voando em direção a um galho de árvore.

Ela para cima na árvore e o localizou, e assim que ela o fez a árvore se transformou.

Então a árvore já não era mais uma árvore, mas sim uma torre. Ela subiu por escadas de
pedra na torre e se viu numa plataforma de pedra. Ela ficou lá e o céu tornou-se negro, e
as estrelas apareceram. Uma voz falou para ela: ³Não se preocupe. Torne-se o Universo.
Todas as coisas estão conectadas entre si . Ela virou-se e olhou para a voz e viu que
estava ouvindo a uma criatura que parecia um louva-deus gigante. Ela pensou ± ³Isto é
muito estranho, eu só posso ir com a maré . E então, ela se viu voando em direção ao
céu mais e mais rápido, cada vez mais alto, e logo ela se viu na absoluta escuridão
rodeada de um número infinito de galáxias. Ela percebeu que não mais possuía um
corpo, e que seu ³ser havia se estendido ao espaço infinito.

Vagarosamente o µpasseio¶ acabou, e Alice percebeu que estava descendo para o corpo
de alguém. Mas que corpo, que vida ele teria? Esta foi a parte mais assustadora da trip.
Ela sabia que era alguém, mas havia perdido sua identidade em algum lugar do infinito.

Ela percebeu que havia um infinito número de escolhas a fazer sobre como se
materializar. Sobre que vida ela deveria escolher para viver? Que corpo escolher para
habitar?! Isto era apavorante. O que aconteceria se fizesse a escolha errada? Então ela
percebeu que não havia escolha errada, qualquer que fosse, apenas ERA.

Em seguida ela se viu escorregando para dentro de uma narina sendo tragada para
dentro por uma respiração. E de repente ela estava dentro de um corpo, que ela sabia
que seria seu pelo resto da vida.

Não, aquilo não era ³um corpo , era ela mesma. Ela lembrou-se de seu próprio nome e
que havia tomado Salvia na casa do tio Wyrdd. Ela percebeu que ainda estava muito
³alta , mas que estava voltando a si rapidamente.

Ela sentou-se, abriu seus olhos e viu a sala sob luz de velas. A sala ainda parecia muito
estranha. Muito antiga. Ela deitou-se e começou a contar ao tio Wyrdd o que tinha
acontecido ± em palavras isoladas no começo, então em frases subjetivas, e por fim
numa linguagem fluente e corrida.

Seu tio disse a ela, ³Faça um esforço para lembrar-se de alguma das lições que lhe
foram ensinadas. Faça-o agora antes que elas sumam (da memória) .

Ela percebeu que lembrava-se apenas de uma pequena parte da trip, e que muito do que
aconteceu ela nunca se lembraria, mas que ainda assim havia absorvido muitas lições,
ainda que não pudesse lembrar delas. O pouco que ela lembrava era muito mais que
suas expectativas em relação ao que a Salvia poderia fazer.

O tio Wyrdd sorriu para ela e simplesmente disse, ³A trip é diferente para cada um. Mas
eu te disse que o Reino da Salvia não poderia ser realmente descrito. Ele é mágico .

Ela disse, ³Isto é completamente diferente do que eu esperava, ainda o que eu lhe contei
não é realmente como era lá, mas é o melhor que eu posso fazer. Foi totalmente
misterioso, foi como se eu tivesse vivido apenas no µReino da Salvia¶ e depois estivesse
voltando para casa, para algo completamente familiar. Eu não consigo explicar .

O tio sorriu e disse: ³Não, você não pode. Eu também não posso. Talvez seu xamã
possa, mas de alguma forma eu duvido que ele também o possa. Você está de volta ao
seu µeu¶ normal agora, mas você nunca verá as coisas do mesmo jeito novamente. Você
tem muita sorte em ter tido uma experiência transcendental logo na sua primeira vez
com a Salvia. A maioria das pessoas não têm a mesma sorte .

Alice perguntou: ³O xamã era real? .

O tio sorriu, e disse gentilmente ³Ele era real no Reino da Salvia, não neste. Não pense
que se você viajar pro Brasil irá encontrá-lo lá .

E acrescentou, ³Pelos próximos dias, você talvez se sinta estranhamente mais feliz. Mas
não tome nenhuma decisão importante sobre sua vida nestes próximos dias .

E de fato, nos dias que se seguiram, Alice sentiu que estava um tanto mais feliz. Ela não
sentiu nenhuma intoxicação ou ressaca, mas a vida estava mais interessante. Ela se
sentiu profundamente µem casa¶ no Universo. Ela sabia que de alguma forma, apesar de
tudo que estava errado com o mundo, tudo estava bem. Algo havia sido curado nela que
ela nem sabia que precisava de cura.

½  ½ 
    ½

˜ 

RY 1 Copo com graduação de medidas de volume de precisão em ml


(mililitros);
RY 1 Moedor de café;
RY 2 Jarros com tampa de rosca e selo que não dissolva com rum. Uns
vidros grandes desses para conservas devem servir. Ou um jarro bem
limpo de algum extrato de tomate italiano (*porque são bem grandes);
RY 1 Rolo de papel alumínio (esses de enrolar comida);
RY 1 Coador de malha de metal (*qualquer coador que a malha não seja
muito fina);

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RY Folhas secas de Salvia divinorum


RY Rum Bacardi Everclear 151 proof (75% etanol)

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1.Y Moa as folhas até virarem um fino pó;


2.Y Messa um volume do pó no copo de medidas;
3.Y Coloque o pó no jarro;
4.Y Messa o volume do rum até ter 3x o volume do pó que você usou;
5.Y Junte o rum ao pó no recipiente
6.Y Feche o recipiente;
7.Y Chacoalhe bastante
8.Y Enrole o recipiente em papel alumínio para protegê-lo da luz;
9.Y Guarde o recipiente em local protegido da luz. Chacoalhe-o diariamente
durante uma semana ou mais
10.YDepois disso, cuidadosamente coe o líquido e passe-o para outro
recipiente.
11.YFeche o novo recipiente e enrole com papel alumínio. Esta é a sua
tintura!

Guarde no escuro à temperatura ambiente até o uso.

c  


Coloque uma pequena dose numa taça e adicione o dobro do volume de água morna.
Segure o líquido na boca mantendo a língua para cima encostada no céu da boca (*para
que a tintura fique em contato com a parte debaixo da língua). A dose é diferente para
cada pessoa, e deve ser averiguada individualmente. E terá ainda que ser re-averiguada
se usar uma bebida diferente (*ou outro modo de preparo). Uma dose razoável para
começar é de duas colheres de chá da tintura. Aumente a dose se os efeitos forem
fracos. Esta bebida tem aproximadamente ¼ da força das tinturas vendidas por aí e por
isso será necessário usar um volume muito maio da bebida para conseguir o mesmo
efeito.

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  Sacred Medicines
   Alkimista e Pedro
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