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AULA 20/10/09
- Não comete crime e sim infração funcional, o funcionário que usa o veiculo oficial
para fins particulares, desde que devolva nas mesmas condições, inclusive com o
combustível.
Pode haver peculato na utilização de energia elétrica. Ex.: gato da repartição para sua
casa.
Caracteriza o peculato o uso de serviço de telefonia.
Caracteriza o peculato a apropriação de energia genética. Ex.: o funcionário público que
retira o sémem de um cavalo da administração para vendê-lo.
O objeto jurídico no peculato é o regular funcionamento da Administração Pública, o
seu patrimônio em alguns casos patrimônio do particular logo em princípio salvo
realmente quando a conduta recaem sobre objetos de ínfimo valor haverá peculato, ou
seja, o princípio da bagatela não é de todo aplicável ao peculato. Deve-se ter em mente
que no crime em ela viola sempre o funcionário seu dever de lealdade para
administração.
AULA 27/10/09
Sujeito Ativo – No peculato apropriação, o func. Público é aquele que de tem a pose.
Obs.: Como sabemos, a apropriação pode recair sobre o bem de um particular que estar
sob a custodia da Adm., quando isso acontece são dois os sujeitos passivos, o Estado e o
Particular.
PECULATO MALVERSAÇÃO
PECULATO FURTO
É catalogado pela doutrina como peculato impróprio, e vem previsto pelo Art. 312, § 1º
Nesta figura o func. Embora não tendo a posse do bem, o subtrai ou concorre para que
seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se da facilidade que lhe
proporciona a qualidade de func. Público. Ex.: Delegado de policia por ter transito livre
nas secretarias ingressa em determinado órgão após se identificar como delegado e
subtrai um bem.
Funcionário público que voluntária e conscientemente concorre para que terceiro
subtraia um bem emprestando uma chave, deixando a porta aberta, haveria
necessariamente concurso de acertos.
Ex.: o func. Tem a senha de acesso, e ele mesmo introduz os dados falsos, caso ele
fornecesse a senha para que um terceiro inclui-se as informações a conduta seria de
facilitar.
Lembre-se que tais condutas serão gratificadas pelo func. Ou por terceiros com sua
colaboração sempre com o intuito de obtenção de vantagem devida ou para causar dano.
Em conclusão estas movimentações ilícitas nos sistemas de informações ou bancos de
dados da Adm. Pública com a inserção, modificação ou exclusão de dados é que
caracteriza o peculato eletrônico.
Conteúdo: extraviar livro oficial ou qualquer documento de que tem a guarda em razão
do cargo, sonegalo ou inutiliza-lo total ou parcialmente. São 3 as condutas puníveis.
1– Extraviar -> fazer desaparecer
Sonegar -> deixar de apresentar quando solicitado
Inutilizar -> tornar imprestável
No primeiro momento podemos perceber que o momento consumativo das três condutas
é diferente. Na 1º e 3º temos um crime instantâneo, e na 2º permanente.
Ex. funcionário de almoxarifado que joga um livro de registro no rio (extraviar)
- Presidente de comissão disciplinar que quando solicitado não apresenta documento a
autoridades superior (sonegar)
- Derramar intencionalmente tinta na prova de candidato a concurso público (inutilizar)
Documento -> É qualquer instrumento, papel, arquivo. Ex. prova de concurso, autos de
processo adm. Disciplinar.
De logo, devemos destacar o motivo de uma pena tão pequena. A verba ou renda é
aplicada na própria adm. De forma inequívoca. Não existe intenção de loclupletamento,
de enriquecimento ilícito. Ex. verba para construir um hospital é utilizada para construir
uma escola; verba para comprar material de consumo, é utilizada para comprar material
permanente.
Verba é todo e qualquer recurso do estado catalogado através de dotação orçamentária
para cobrir despesas especifica. Renda é qualquer dinheiro que entra para os cofres
públicos, com uma finalidade determinada.
OBJETO JURIDICO: regular func. Da adm. Pública, em especial correto emprego das
verbas e das rendas
SUJEITO ATIVO: func. Público, o gestor
SUJEITO PASSIVO: estado
OBJETO MATERIAL: verbas ou rendas
ELEMENTO SUBJETIVO: dolo
CONSUMAÇÃO: com uma das condutas prevista no tipo, é crime formal
TENTATIVA: é possível em tese
AULA 03/11/09
Exigir para si ou para outrem direta ou indiretamente ainda que fora da função ou antes
de assumi-la mais em razão dela vantagem indevida. Pena de reclusão 2 a oito anos,
multa.
Concurssão deriva do verbo conclutare, que significa sacudir a arvore para cair os
frutos. Alguns doutrinadores afirmam trata-se o delito sob o comando de uma extorsão
praticada pelo funcionário público em razão das suas funções. Não obstante devemos
destacar de logo que na extorção ( art. 138) existe violência ou grave ameaça, sendo que
na concurssão existe apenas o “ meto publçicare potestastis”. Ou seja, o medo que
determinadas funções acarretam no administrado. Na concussão a exigência não vem
acompanhada de violência ou grave ameaça, utiliza-se o agente do medo que a sua
função impõe e acarreta. Ex. policial rodoviário que exige dinheiro para liberar um
automóvel.
Exigir é obrigar, impor podendo vir travestido de uma solicitação. Ex. diretor de um
hospital se ajoelha aos pés de alguém solicitando R$ 2.000.00 para conseguir uma vaga
na UTI. Neste caso trata-se de exigência pois se amanha a vitima não consegue o
dinheiro ficara submetida a um grave prejuízo. Na concussão a exigência poderá ser
para si ou para outrem.
Pode ser feita direta ou por interposta pessoal oralmente ou escrita, não sendo
necessário que no momento da conduta esteja o funcionário com pleno exercício das
suas funções, embora a exigência deva ser feita em razão dela. Ex. funcionário que
estava de férias ou de licença medica, mas que faz exigência em razão da sua função.
Obs. Em que pese o que foi dito até aqui para a pratica da concussão deve ter sido o
agente pelo menos nomeado, sob pena de responder por 2 crimes: estorção e usurpação
de função pública.
§ 1º - EXECESSO DE EXAÇÃO
No excesso de exação o funcionário público exige tributo ou contribuição social que
sabe ou deveria saber indevido ou quando devido emprega na cobrança meio vexatório
ou gravoso que a lei não autoriza, a pena é de reclusão, de 3 a 8 anos e multa. O excesso
de exação, é o excesso na cobrança cabendo destacar que o montante auferido é
revertido para a própria administração não havendo intenção do funcionário de se
locupletar. Ex. funcionário da prefeitura que exige o pagamento de IPTU, que já foi
quitado, ou faz dirigindo uma Kombi importando o auto falante, meio vexatório é
humilhante.
Gravoso é o que impõe o ônus desnecessário. Ex. deste ultimo caso: funcionário exige
que a vitima desloque para a capital, quando o tributo poderia ser recolhido na sua
origem.
Obs. Inexplicavelmente a figura qualificada tem a sua pena mínima inferior a da figura
simples provocando algumas incoerências, por exemplo, a figura qualificada é
afiançável e a figura simples é inafiançável. No mais todas as considerações que
fizemos sobre a figura simples, apenas uma ressalva na figura qualificada só existe dolo
direto.
Na corrupção passiva puni-se o servidor que mercadeja com os atos de oficio, tornando-
se um verdadeiro comerciante. Solicitando ou recebendo vantagens para executar atos
funcionais. Em alguns casos o que era para ser feito de graça é cobrado, isso é o que
chamamos de mercadejar.
Solicitar ou receber para si ou para outrem direta ou indiretamente ainda que fora da
função, ou antes, de assumi-la mas em razão dela vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem. Pena de reclusão de 2 a 12 anos e multa.
Ao contrario da concussão não existe exigência tão pouco o “metu publicare postestatis”
existe mercancia no serviço público, mercancia nos atos, o servidor solicita ou recebe
vantagem indevida praticando em razão disto algum ato relacionado a suas funções. Ex.
oficial de justiça solicita dinheiro para entregar mandado mais rapidamente, ou recebe o
dinheiro que foi ofertado pelo particular. Aqui uma obs. Se faz necessário – a corrupção
passiva não é delito bilateral o que importa dizer que pode haver corrupção passiva sem
corrupção ativa, sob tudo quando a conduta do funcionário é solicitar, que pode não
merecer a equiescência do particular.
Outra conduta incriminada diz respeito a aceitar o funcionário promessa de vantagem
devendo esta ter conteúdo patrimonial. Ex. da um parecer em troca de futura nomeação
de cargo comissionário.
Obs. Como acontece na concussão para caracterização da corrupção passiva deve o
funcionário pelo menos estar nomeado, podendo a solicitação ser direta ou indireta e ser
realizada fora da função, ou antes, de assumi-la, mas sempre em razão dela.
Figura privilegiada – vem prevista no §2º do art. 317, sendo a pena bem menor,
detenção de 3 meses a um ano ou multa, pensou o legislador em punir de forma mais
branda o funcionário pusilânime (fraco de caráter) embora tenha beneficiado também os
carreiristas que são aqueles que fazem qualquer coisa para agradar os seus superiores ou
terceiros detentores de poder. A figura privilegiada ocorre quando o funcionário pratica
ou deixa de praticar ou retarda atos de oficio com inflação de dever funcional sedendo a
pedido ou influência de outrem. Ex. delegado de policia do interior que deixa de autuar
o flagrante a pedido do prefeito.
Aula 10/09