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4.

GREVE

A Greve no Direito Coletivo

A Negociação coletiva, ao cumprir seus objetivos gerais e específicos, alcança uma situação de
pacificação no meio econômico-profissional em que atua.

Histórico:
Praça de Paris – Reunião dos Trabalhadores.
Os Empregadores - Contratação de mão-de-obra.
Rio Sena – Enchentes – gravetos - GREVE (originário de Graveto)

Na história Mundial - Cronologia - Greve –

1-Delito, principalmente no sistema corporativo;


2- Liberdade, no sistema Estado Liberal;
3- Direito, nos regimes Democráticos.

DIREITO ROMANO e na ANTIGUIDADE

Era Delito em Relação aos Trabalhadores Livres.


Os Escravos não tinham vontade – eram coisa.

NO BRASIL:

No inicio era Liberdade, depois Delito e, posteriormente, Direito.


O Direito do Trabalho Brasileiro o Movimento Sindical e o Instituto da Greve estão atados
historicamente ao fim da Escravidão.
Marco: 1888 –Fim da Escravidão .

4.1 Conceito – art. 2º / Lei 7783/89

Licitude no ordenamento jurídico:


A lei define as atividades essenciais e regula o atendimento das necessidades inadiáveis da
comunidade;
Não versa sobre o pagamento dos dias parados, nem sobre a contagem do tempo de serviço
durante a greve;
Não trata da legalidade ou ilegalidade, porém usa o termo “abuso de direito” pelo não
cumprimento de suas prescrições

4.2. Caracterização
- Movimento coletivo
- Paralisação temporária das atividades contratuais
* Total ou parcial
* Movimentos em que não há paralisação
- Instrumento de pressão
- Objetivos sócio/econômicos-profissionais

CARÁTER COLETIVO DO MOVIMENTO


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A Greve necessariamente deve ser coletiva, assim mesmo que haja comunicação prévia ao
empregador do inconformismo, não é possível a realização de greve individualizada.
SUSTAÇÃO DE ATIVIDADES CONTRATUAIS
Na Greve há sempre uma postura omissiva dos grevistas, se opondo a realizar as atividades do
contrato de trabalho, seja diretamente em face do empregador, bem como em relação ao tomador
de serviço.

EXERCÍCIO COERCITIVO COLETIVO E DIRETO


A Greve caracteriza-se como uma autotutela dos empregados em face dos empregadores,
causando prejuízos empresariais, devido a omissão na realização das atividades empresarias,
com fito de pressionar o empregador no atendimento dos pleitos grevistas.

ENQUADRAMENTO VARIÁVEL DE SEU PRAZO DE DURAÇÃO


Segundo o art. 7º da Lei 7.783/89, a Greve significa na suspensão do contrato de trabalho, ou
seja, os dias parados não são pagos, não se computando para fins contratuais. Conf. S. 316 do
TST, é vedada a dispensa do empregado durante o período de afastamento e nem alegar justa
causa pela adesão a greve, após o retorno do empregado.

4.3. Natureza jurídica: Direito subjetivo coletivo visando solução de conflito

4.4. Tipos de greve – algumas classificações:


• Lícita / Ilícita (dentro/ fora do padrão da legislação)
• Abusiva/ não abusiva (quanto ao cometimento de excessos)
• Greves por motivos econômicos profissionais; políticos; de solidariedade

4.5. Legitimados: Trabalhadores


• Oportunidades e interesses a defender
• Participação sindical representatividade

4.6. Greve e negociação coletiva

4.7. Requisitos formais:


• Assembléia geral - Lei de greve art. 4º
• Aviso prévio - 48 hs ou 72 hs em serviços essenciais. Art. 3º, P. u.
• Negociação coletiva prévia - Lei de greve, art. 3º, caput.
• Atendimento as necessidades inadiáveis da comunidade - art. 11

4.8. Limitações ao exercício do direito de greve


Art.9º CF e Lei 7.783/89

• greve ilícita
(Ex. sem assembléia; sem comunicação)
• greve abusiva
(Ex. piquetes violentos, greve após acordo)
• greve no serviço militar- Proibição
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• Greve em serviços essenciais
* Atender necessidades inadiáveis
* Manutenção de bens
• Greve no serviço público - Não Regulamentada

4.9. Direitos dos envolvidos na greve:


- persuadir ou aliciar empregados por meios pacíficos a aderir a greve
- Arrecadar fundos
- Divulgar o movimento
- Não ser despedido ou substituído
OBS:
- Permanecer nas dependências do empregador
- Piquetes
- Impedir empregados de entrar na empresa
- Contratação de substituto

4.10.Deveres dos envolvidos na greve:


- Respeitar direitos e garantias fundamentais;
- Não praticar atos de violência contra pessoas ou bens;
OBS: Responsabilidades dos participantes
* Sabotagem

4.11. Efeitos da Greve sobre o contrato de trabalho


- Suspensão contratual
- Pagamento dos dias parados – autonomia coletiva ou sentença normativa

4.12. Lock out

Conceitos:

“ Locaute é a paralisação provisória das atividades da empresa, estabelecimento ou seu setor,


realizada por determinação empresarial, com o objetivo de exercer pressões sobre os
trabalhadores, frustrando negociações coletivas ou dificultando o atendimento a reivindicações
coletivas obreiras. “

“ È o fechamento provisório, pelo empregador, da empresa, estabelecimento ou simplesmente de


algum de seus setores, efetuado com objetivo de provocar arrefecedores de reivindicações
operários.” (Sérgio Pinto Martins).

Proibição no ordenamento jurídico


CF ART. 5º XXII – A propriedade atenderá a função social.
Se acontecer Locaute, o tempo parado será considerado como interrupção dos serviços e são
devido todas as parcelas

Histórico:

Praça de Paris – Reunião dos Trabalhadores.


Os Empregadores - Contratação de mão-de-obra.
Rio Sena – Enchentes – gravetos - GREVE (originário de Graveto)

A Palavra Greve, significava simplesmente um tipo de arbusto existente nas margens do rio Sena,
em Paris.

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Em francês, grève. Num terreno próximo a uma dessas margens, formou-se uma praça, que veio
a ser designada como Place de Grève.

A praça tornou-se um local onde se juntavam trabalhadores sem emprego em busca de alguma
ocupação.

Quando os parisienses precisavam de algum trabalhador, iam lá atrás dessa mão-de-obra.

Daí surgiu expressões como “ir à greve” (aller en grève), “estar em greve” (être en grève) e outros
correlatos, para designar o trabalhador que, sem trabalho, lá ficava de braços cruzados sem ter o
que fazer.

Remonta a época medieval, e a praça tem uma longa e até tenebrosa história. Basta dizer que
entre o século XV e finais do século XVIII serviu de palco para as execuções capitais, que na
época eram públicas.

Em 1806, mudou o nome para Place de l´Hôtel de Ville, porque ali se edificou o que ainda hoje é
um dos mais belos prédios de Paris, a prefeitura da cidade.

Mas a palavra grève não desapareceu, continuou sendo utilizada com um novo sentido, ainda
que guardando algo do significado anterior: a atitude de estar de braços cruzados.

Por causa das condições de trabalho, vez por outra os trabalhadores cruzavam os braços
exigindo melhorias.

Recuperando o antigo termo, começou-se a dizer que eles estavam en grève...

Naquele tempo, cruzar os braços não era nenhum piquenique. A brutalidade dos patrões e da
polícia não se fazia de rogada.

Numa época em que o Estado não fazia nenhuma questão de desmentir a acusação marxista de
ser o “comitê executivo da burguesia”, a repressão se fazia de forma escancarada. Prisões,
demissões, espancamentos, “listas negras”, deportações etc.

Basta lembrar que só em 1884 uma lei francesa autorizou os trabalhadores a constituírem
sindicatos. Antes disso, qualquer tentativa de organização da classe era considerada um atentado
à “liberdade do trabalho”, e, portanto duramente reprimida.

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