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DIREITO ADMINISTRATIVO

Aula: 05/03.

Assunto dado: Função Adm., Direito Adm., Agentes Públicos.

ÓRGÃOS PÚBLICOS
Atividade que o Estado exerce para realizar seus fins.(Obs. Estado = Pessoa Jurídica).
Nosso Estado é um ente personalizado.

Órgãos Públicos

Ente personalizado (Estado)

Federação ( suas subdivisões também são personalizadas)

Estado

Órgãos Agentes Função

Órgão / Pessoa

Três teorias:

- Mandato – não foi aceita, pois não outorga ninguém;

- Representação – também não foi aceita;

- Órgão – “dotado de uma capacidade singular, pois ele fala através de seus agentes.
O órgão não tem capacidade, quem tem capacidade é o agente.

Na Teoria do Órgão

• Princípio da Imputação volitiva : imputa a vontade do agente, o ente através do


órgão. Imputa ao agente e ao órgão a vontade do Estado.

Criação e Extinção – Compete ao Poder Legislativo

Teorias de caracterização do Órgão

• Subjetiva
• Objetiva

• Eclética – mista. É o conjunto de órgão, agente e função.

Poderes

São os poderes atribuídos do Estado, para que possam atingir a finalidade pública (os
bens públicos)

1. Poder Regulamentar – adita normas e regulamentos para que possa atingir o


fim legal. Para que a lei seja cumprida, edita-se uma lei. É a parcela do poder
conferida ao Poder público para editar regulamentos e decretos com a finalidade
de obter fiel cumprimento a lei.

2. Poder Hierárquico – o poder que a administração tem de se organizar,


subordinar-se hierarquicamente. O poder que a administração pública têm para
subsidiar de forma para operacionar os seu serviços.

3. Poder Disciplinar – o poder que a administração pública tem em punir os seus


servidores(agentes), visando a excelência da prestação da função Pública. Ex: o
poder de poder cancelar uma promoção com base no que ele fez.

Sindicância só pode punir de acordo

Processo Administrativo Disciplinar com a lei.

Lembrando que a Sindicância deve levar em conta o Princípio da ampla defesa


e contraditório. Todo processo com a nova Lei têm que ter base nesses 2
princípios.

Da Sindicância, pode verificar que o ato não ocorreu; verificar que o ato ocorreu
e foi mais grave, ai entra o Processo Administrativo disciplinar.

4. Poder Vinculado – é um poder-dever da Administração Pública, de exercer o


comando da lei.

5. Poder Discricionário – nunca pode ser “contra legis”. A discricionariedade


contra a lei é arbitrariedade. È o poder que a administração pública têm
pautado na oportunidade e na conveniência da administração pública de agir no
limite da discricionariedade, ou seja, dentro da lei.

6. Poder de Polícia – é o poder que a administração pública tem de limitar os


direitos dos particulares em prol do coletivo. Divide-se em 2 tipos:

- Administrativo – é aquele que atua nas funções administrativas do Estado. Ex:


o som muito alto e a SUCOM manda abaixar;

- Judicial – cumpre ordem judicial.


Aula: 12/03.

ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


A Administração Pública exerce a finalidade pública, através dos Serviços Públicos:é o
serviço prestado pela Administração Pública ou quem lhe faça as vezes, mediante
regras previamente estipuladas, visando o interesse público.

Quem presta serviço?

• Administração Pública (direta ou indireta);

• Particulares que atuam em colaboração

Ela pode delegar transferir a execução, não irá transferir a titularidade porque isso só
cabe ao Estado.

Como se presta o serviço público? Como o pratica?

Mediante regras previamente fixadas unilateralmente – o contrato com a


administração pública é sempre de adesão. Ex: cláusula exorbitante – vc passa no
concurso e a empresa não quer contratar.

• Classificação:

1) Serviço Público em sentido “stricto senso” – são os serviços dotados de um grau


de importância e responsabilidade tal que só podem ser exercidos pela própria
administração pública. Ex: Segurança Nacional, Usina Nuclear...

2) Serviço Público de atividade Pública – são aqueles que podem ser delegados a
particulares, ou a terceiros, ou seja, não são de execução privativa da
Administração Pública. Ex: transporte público.

Desconcentrar x Descentralizar

Desconcentrar é repartir atribuições dentro da própria administração pública.


Transferir o serviço público de um órgão para o outro. Ex: Poder Executivo,
Legislativo e Judiciário.
Descentralizar é repartir de forma hierárquica, vertical. Ex: tirar do município para o
particular. Ex2: STF, Tribunal de Justiça e Juiz.

Administração Pública Direta e Indireta


Direta: diretamente ligada ao poder. (União Federativa, Estado-membro,
D.F,Municípios) e deveria prestar os Serviços Públicos. É a desconcentração.

Indireta: é a outorga de uma parcela de serviços a entes descentralizados, ou seja,


são criadas pessoas jurídicas ( autarquias, fundações,sociedade de economia mista e
empresas públicas) para prestarem serviço público.

O Direito Administrativo Moderno, coloca ainda as Para- Estatais e Particulares em


colaboração.

AUTARQUIA
Uma Pessoa Jurídica de Direito Público para prestação do serviço público, com capital
eminentemente público, que presta serviço público.

O capital vem da Administração Direta. Exs: INSS, INCRA, CADE, Banco Central,
UFBA – todos prestam serviço público, com capital público.

Sempre é criada por lei (Princípio da Legalidade) – tem que ter uma lei que autorize –
art. 37, XIX, CF.

O Patrimônio é independente. A autonomia financeira e administrativa e os seus


diligentes são independentes Ex: o diretor da UFBA é criado pelas leis do
Regulamento das Autarquias e não o Jaques Wagner. Outros exs: todos os conselhos
de classe.

Características:

Receber verba para sua instauração, advindo de dinheiro público. Após ela tem
liberdade financeira de duas maneiras:

- através do orçamento - todo ano o ente da administração pública é obrigado a


passar para autarquia;

- verbas próprias – aquelas adquiridas pela própria autarquia Ex: a cobrança de uma
taxa. Essas verbas próprias geram um patrimônio próprio.
• Liberdade Administrativa:

A autarquia não está subordinada ao ente que lhe dá dinheiro.

Existe uma vistoria para ver se a autarquia está cumprindo a função destinada.

• Dirigentes próprios:

Apesar de poder ser indicado em alguns cargos, a lei diz como serão feitas as suas
nomeações.

• Criação:

Feita por lei. Previsto no art. 38, XIX, CF.

• Extinção:

Feita por lei também.

• Subordinação:

Não existe, se não à legalidade.

• Privilégios:

Estendem a autarquia, todos os privilégios da Administração Pública Direta. Ex: art.


188 CPC (Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para
recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.)

• Falência:

Não existe falência porque não tem relação econômica na autarquia.

Lembrar: Insolvência Civil (pessoal) ≠ Falência (empresa)

FALÊNCIA
É um ente da Administração Pública Indireta, que o seu patrimônio é personificado
(para o início da fundação, necessita da afetação do patrimônio, uma doação).
No ato da doação diz qual a finalidade da Fundação. Possui uma finalidade específica,
que deve ser:

- Pública

- Privada

• Públicas:

Art. 37,XIX,CF. Estão autorizadas suas criações por lei.

Características:

• Autorizada por lei, para a criação depende da transferência do patrimônio;

• Patrimônio – próprio;

• Liberdade – sim;

• Não tem subordinação, mas o controle de legalidade que verifica a finalidade.

• Finalidade – o ente que a criou(doou) irá dizer a finalidade.

• Privilégios: os mesmos da autarquia;

• Falência – não pode falir, pelos mesmos motivos da autarquia.

A Fundação responde contra atos de terceiros. O Estado responde subsidiariamente,


se a fundação não pagar.

OBS: Se a autarquia deixar de existir, retorna ao ente de origem. Se a fundação for


extinta, o patrimônio será distribuído dentro da Administração Pública.

A Fundação Pública pode ser de REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO OU DE


DIREITO PRIVADO.

Aula: 19/03.

SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA


É UMA Pessoa Jurídica de Direito Privado, para prestação de serviço público ou
exercer atividade econômica com capital misto, sob a forma de sociedade anônima.

O controle acionário tem que estar na mão do Poder Público, ou parte do Estado e
parte de terceiros. Art. 173,I
Diferenças da Sociedade Econômica Mista que Presta Serviço Público e da que Exerce
atividade Econômica.

Características:

• Autonomia Financeira;

• Autonomia Administrativa;

• Dirigentes Próprios;

• Patrimônio Próprio;

• Controle – Não está vinculado nem subordinadamente, nem hierarquicamente


ao ente que a criou.

• Criação – Mediante autorização Legislativa;

• Privilégios – se for prestadora de serviço público, tem os mesmos privilégios da


Administração Pública Direta; se for participante na atividade Econômica, não
tem privilégios, salvo os concedidos aos particulares (art. 173,II)

• Falência – recuperação judicial. Se for prestadora de serviço público,não é


sujeita ao regime falimentar, se exercer atividade econômica, sim.

Exemplo de Sociedade de Economia Mista – Banco do Brasil.

• Exemplo de Sociedade de Economia Mista que presta serviço – Petrobrás S/A –


extração e refinação de Petróleo – assemelha-se ao particular (art. 173,II).

EMPRESA PÚBLICA
É uma Pessoa Jurídica de Direito Privado, criada para Prestar Serviço Público ou
exercer atividade Econômica. De capital Exclusivamente Público e em qualquer uma
das modalidades de sociedade empresária (pode ser uma limitada, simples, S/A,
comandita.)

Características:

• Criação – autorizada por lei. A lei não cria a personalidade jurídica. Autoriza e o
Poder Público opta pela modalidade.

• Autonomia mista;

• Autonomia Administrativa;

• Dirigentes Políticos;

• Patrimônio Próprio;
• Controle – não estão vinculados nem subordinadamente, nem hierarquicamente
ao ente que a criou. Salvo ao controle de legalidade.

• Privilégios – os mesmos da Sociedade de Economia Mista;

• Falência – mesmo da Sociedade de Economia Mista;

A Responsabilidade, tanto da Sociedade de Economia Mista, como a Empresa


Pública,que participa da atividade econômica, é SUBJETIVA – que é a mesma do
Particular.

A responsabilidade do Estado é Objetiva.

Aula: 20/03.

AUTO TUTELA

É a faculdade de a Administração rever seus próprios atos.

1. Aspectos da Legalidade

2. Aspectos de Mérito

Súmula 346: “ A Administração Pública pode declarar nulidade dos seus atos”

Súmula 473: “....”

Poder Disciplinar

É o poder que a Administração Pública para forçar seus subordinados a agir.

Só pode exercer o Poder discricionário a favor da lei.

Princípio da imputação da Pena – meios necessários para a punição.

Todo abuso de poder é uma ilegalidade!

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