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Abrast: Before the search for the maternity, the progress technology allows to the
couples and mainly the women due to the difficulty of becoming pregnant, techniques
of attended reproduction. However, there is a lot of discussion involving that theme,
once controversial subjects appear as the personality of the nascituro and their
rights.
1
Acadêmica de Direito das Faculdades Unificadas de Foz do Iguaçu.
2
Nos últimos anos vez crescendo o número de casais que buscam nas
técnicas da reprodução assistida a solução para os problemas relacionados à
infertilidade.
A inseminação artificial em seres humanos começou a ser utilizada na
Inglaterra, também no final do século XVIII, através da ação do médico John Hunter,
que, diante da dificuldade de um homem em engravidar a esposa, por ser portador
de anomalia na uretra (hipospadia), injetou o sêmen diretamente no útero da fêmea,
vindo a se desenvolver a gravidez.2
A inseminação in vitro de seres humanos teve seu ápice na Inglaterra,
quando, em 1978, Lesley Brown deu à luz a menina Louise, o primeiro bebê de
proveta da história da humanidade, hoje uma mulher plenamente saudável.
De 1978, com o nascimento do primeiro bebê de proveta, até os dias atuais,
calcula-se que 300 mil crianças foram geradas em clínicas de reprodução assistida,
espalhadas pelas diversas partes do mundo3. No Brasil, segundo dados divulgados
na revista Veja, ed. 1699, de 09 de maio de 20014, no ano de 1993, nasceram 300
crianças frutos das técnicas de reprodução assistida; sete anos após, a quantidade
destes nascimentos subiu para o impressionante número de 6.000 crianças, uma
elevação percentual de 2.000%.
Sem dúvida, essa nova realidade científica no campo da reprodução
humana, ao romper com as práticas tradicionais, projeta no plano social um sem
número de questionamentos, não apenas de conotação filosófica, moral e ética, mas
sobretudo jurídica, causando perplexidade e dúvidas quanto à implicação da R.A.
nas relações jurídicas familiares, interferindo diretamente no conceito que se tem
atualmente de pessoas e de personalidade jurídica e nas relações de parentesco,
secularmente estabelecidas pelas normas de direito.
Essa nova realidade apresenta alguns reflexos no campo jurídico, exigindo
dos profissionais da área do direito uma interpretação e aplicação da legislação
2
MENEZES, Thereza Christina Bastos de. Novas Técnicas de Reprodução Humana: útero de aluguel.
São Paulo. Revista dos Tribunais.
3
Revista Veja, Editora Abril, edição nº 1.699, 09 de maio de 2001, p. 108-115.
4
Idem.
3
5
CALLIOLI, Eugênio Carlos. Aspectos da Fecundação artificial in vitro. Revista de Direito
Civil. Rio de Janeiro, nº 44, abril/junho. 1988.
4
6
BARROS, W. Curso de Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 1998. Vol. 1.
7
NIDAÇÃO - Dias após a fusão, o ovo, com as células ainda em multiplicação, faz sua descida ao
útero e começa a procurar um lugar para se fixar.
8
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. Rio de Janeiro: Forense, Vol. 1. 1992.
5
9
CALLIOLI, Eugênio Carlos. Aspectos da Fecundação artificial in vitro. Revista de Direito Civil. Rio
de Janeiro, nº 44, abril/junho. 1988.
10
JESUS, Damásio. Direito Penal, 16ª Edição. São Paulo: Saraiva, vol. 1, 1992
11
Revista Síntese de Direito Civil e Processual Civil – nº 16 – Mar-abr/2002 – Artigo: "O Novo Código
Civil e os Nascituros, Carlos Fernando Mathias de Souza.
6
12
DINIZ, Maria Helena. Lei de introdução ao Código Civil brasileiro interpretada. São Paulo:
Saraiva, 1994
13
- "É neste sentido que devemos interpretar a frase de Ockham de que `é inútil fazer com mais o
que pode ser feito com menos´. Esta é a base da afirmação diferente e mais conhecida, de que ´não
se deve multiplicar os entes além do necessário´. Embora não conste dos seus escritos, esta máxima
acabou conhecida como a ´navalha de Ockham´". Russell, Bertrand. História do pensamento
ocidental: a aventura dos pré-socráticos a Wittgenstein. Tradução: Laura Alves e Aurélio Rebello. -
Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. Pág. 226-229.
14
Diniz, Maria Helena. O estado atual do biodireito, São Paulo: Saraiva, 2001. Pág. 127.
7
Por tudo isso, a conclusão é inevitável e irrefutável: é possível que uma mãe
morta dê a luz a um bebê.
Assim, independente da integridade física de Marion Ploch, do respeito ao
seu corpo, ainda que morto, e mesmo contra a vontade dos seus pais, deveria o feto
nascer. Não importa o valor que se contrapõe à vida: sempre esta vencerá.
Além disso, ainda em relação ao multi-citado caso verídico, era cabível a
ação de investigação de paternidade, inclusive cumulada com alimentos, desde que
o nascituro fosse representado pelo seu curador ou pelo Ministério Público.
Os médicos, por outro lado, não deveriam ser responsabilizados pelo aborto,
visto que este foi espontâneo, nem pela distanásia porventura praticada em virtude
da peculiaridade do caso (existência do feto).
Por fim, deveria ser atendida a vontade dos pais da paciente quanto a não
realização da autópsia nesta e no feto em atendimento à inviolabilidade da
integridade física.
Diante de tudo o que foi abordado, entendemos que o ser humano gerado por
meio de inseminação in vitro há de ser considerado concebido no exato instante da
fecundação, posto que ali, naquele instante, surge uma nova vida, totalmente
independente daquelas que possibilitaram o seu surgimento.
Pela mesma alheta, ousamos discordar das posições ainda consolidadas no
meio acadêmico, ao entendermos que o embrião gerado pelo processo de
fecundação in vitro há de ser considerado, para todos os efeitos da proteção jurídica
do Estado, um ser já concebido e como tal passível de desenvolvimento e de gerar
uma vida futura e autônoma, devendo ser estendida ao mesmo a proteção que se
reserva aos nascituros intra-uterinos.
Por fim, sendo o produto da fecundação in vitro merecedor da proteção
estatal, mister que se lhe garanta os mesmos direitos reservados aos embriões que
foram fecundados no interior do corpo feminino, entre eles em, principalmente, o
direito de nascer.
Muitas perguntas ainda merecem respostas. O estado de perplexidade, que
assalta a sociedade em virtude dos debates, que hoje se avolumam, sobre tema tão
instigante, continua e nos parece longe de ser contornado.
8
15
CHAVES, Benedita Inêz Lopes. Op. Cit., p. 28
16
CHINELATO, Op. Cit., pp.184-186.
10
17
BAPTISTA, Sílvio Neves. Alimentos: direitos do nascituro. Diário de Pernambuco. Recife:
14/03/1990.
18
DINIZ, Maria Helena. Lei de introdução ao Código Civil brasileiro interpretada. São Paulo:
Saraiva, 1994, p. 205
19
MIRANDA, Francisco Cavalcanti Pontes de. Tratado de Direito Privado. Tomo I: Parte geral –
Introdução, Pessoas Físicas e Jurídicas. Rio de Janeiro: Borsoi, 1954, p. 166.
20
ALMEIDA, Silmara Juny de Abreu Chinelato e. Direitos da personalidade do nascituro. Revista
do Advogado. São Paulo: n. 38, dez. 1992, p. 21-30.
11
Discute-se se o nascituro é pessoa virtual, cidadão em germe, homem in spem. Seja qual
for a conceituação, há para o feto uma expectativa de vida humana, uma pessoa em
formação. A lei não pode ignorá-lo e por isso lhe salvaguarda os eventuais direitos. Mas
para que estes se adquiram, preciso é que ocorra o nascimento com vida. Por assim dizer,
nascituro é pessoa condicional; a aquisição da personalidade acha-se sob a dependência
de condição suspensiva, o nascimento com vida. A esta situação toda especial chama
Planiol de antecipação da personalidade.
21
PAIVA, J. A. ALMEIDA. A Personalidade Civil começa com o nascimento ou com a vida.
Disponível em < http://conjur.estadao.com.br/static/text/2160,1>, acesso em 25.10.05
22
MONTEIRO, Washington de Barros, Curso de Direito Civil. Vol. 02, São Paulo: Saraiva, 2001.
12
23
PAIVA, J. A. Almeida. Op. Cit. nota 14.
24
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições do Direito Civil: Introdução. Rio de Janeiro: Forense,
2002.
25
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 2003.
13
26
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 2002.
27
Para maiores detalhes sobre o aspecto biológico do nascituro, cf. LEITE, Eduardo de Oliveira. O
Direito do Embrião Humano: Mito ou Realidade? Revista da Faculdade de Direito da UFPR.
Curitiba: a. 29, n. 29, 1996, pp. 121-146.
14
28
Cf. ALMEIDA, Silmara Juny de Abreu Chinelato e. Op. Cit., p. 182.
29
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. Vol. I, 19ª ed.. Rio de Janeiro:
Forense, 1999, p. 144.
15
30
READ, Piers Paul. Os templários. Rio de Janeiro: Imago, 2001.
31
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil, vol. 1. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 230.
16
Os bens não pertenciam aos padres ou aos bispos, mas à Igreja, sendo que,
quando do falecimento de algum de seus membros, este não legava bem nenhum a
possíveis herdeiros, pois nada era propriedade sua. "Teoricamente, esse sistema
feudal era uma pirâmide que, em sua base, abrangia toda a sociedade ocidental. Na
verdade, a posição no topo era disputada entre papas e imperadores; o vínculo era
nocional entre imperadores e reis, e problemático entre reis e seus barões32."
Surgiu, no oriente, uma religião que velozmente ganhava adeptos entre os
povos: o islamismo. A fim de garantir a hegemonia da Igreja Católica sobre todas as
religiões, os papas e muitos imperadores e senhores feudais organizaram e
financiaram cruzadas, que por muito tempo conquistaram Jerusalém, uma terra
considerada santa por três religiões: cristianismo, islamismo e judaísmo. Os
cavaleiros cruzados, em suas travessias pela costa do Mar Mediterrâneo até o
Oriente Médio, começaram a acumular propriedades, concorrendo com a Igreja e
com os soberanos, o que fez com que a sua ordem fosse extinta pelos mesmos que
a patrocinaram.
Apesar das represálias aos cruzados, estes conseguiram se firmar como
proprietários de tesouros e terras que extrapolavam os limites dos feudos, iniciando
uma era em que as conquistas particulares e os negócios tornavam as pessoas
naturais capazes de adquirirem propriedades. Tornavam-se, dessa maneira,
negociantes autônomos que tinham capacidade de ampliar seu patrimônio por meio
da iniciativa privada.
Surgiam, então, as corporações de ofício, verdadeiras associações de
profissionais que detinham segredos de suas profissões a fim de garantir sua
autonomia, o monopólio e a continuidade dos seus serviços, restringindo qualquer
possibilidade de concorrência. Diferentemente da Igreja Católica, essas corporações
se ligavam diretamente à figura dos seus associados, que a representavam e
contribuíam com bens particulares para a sua composição. COELHO33 diz: “Em
outros termos, a generalização das noções de corporação (do direito canônico) e de
separação patrimonial (do direito comercial) de que resultou o conceito de pessoa
jurídica tem lugar apenas na segunda metade do século XIX, em reflexões
desenvolvidas principalmente por doutrinadores alemães”.
32
READ, Piers Paul, op. cit., p. 68.
33
READ, Piers Paul, op. cit., p. 231.
17
34
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. 16. ed., São Paulo: Saraiva, 2005, pp. 9/10.
35
COELHO, Fábio Ulhoa, op. cit., p. 231.
36
AMARAL, Francisco. Direito Civil: introdução. 5. ed., Rio de Janeiro: Renovat, 2003, p. 140
37
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis
e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas
e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste
artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
REALE, Miguel. Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 3.
18
38
COELHO, Fábio Ulhoa. Op. cit, p. 260.
39
cfe. AMARAL, op. cit..
19
filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas
estas ao abrir a sucessão".
Tem-se duas situações distintas: na hipótese do art. 1.798, tanto na
sucessão legítima como na testamentária os nascituros são aptos a suceder, tanto
quanto as pessoas já nascidas.
A doutrinadora Giselda Maria Fernandes Novaes Hironka40 que "tanto
podem ser herdeiros legítimos, testamentários ou mesmo legatários os indivíduos
que já tivessem nascido quando no momento exato do falecimento do de cujus, bem
assim todos os que já estivessem concebidos no mesmo momento".
Se o feto nasce morto, não chega a adquirir vida. E como doutrina Giselda,
sem vida autônoma "não irão tornar titulares de personalidade jurídica, falecendo-
lhes a condição para adquirir a herança ou o legado que a lei lhes vinha
protegendo".
O feto, o embrião, o nascituro, tendo somente expectativa de direito, só
poderá ser herdeiro se nascer com vida.
Algo interessante no direito é saber se com o falecimento do autor da
herança, o nascituro herda de imediato, só pelo fato de estar concebido, recebendo
a propriedade e a posse da herança.
Há de se entender que não é possível por força do art. 2º do Código Civil
segundo o qual, "a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida".
Por a salvo o direito do nascituro como previsto na norma ora comentada,
quer dizer resguardar seus direitos se vier a nascer com vida.
Aberto o inventário, havendo capacidade sucessória de nascituro, sua
legítima deverá ser preservada aguardando o nascimento com vida; se isto não
ocorrer, os bens reservados irão para o monte; se o inventário terminar antes do seu
nascimento com vida, e esta inexistir, far-se-á a respectiva sobrepartilha.
Com relação ao inciso I, do art. 1799, o ordenamento jurídico permite ao
testador beneficiar o filho ou filhos, pouco importa se seja um ou mais, "ainda não
concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a
sucessão", por exemplo, se o testador "a" tem um amigo "b", e este não tem filho(s)
e sequer é casado, como também pode sê-lo, e na época do falecimento de "a", "b"
40
PAIVA. J.A. Amaral. Op. cit. nota 14.
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era vivo e depois teve filho(s) este(s) serão chamados à sucessão, desde que
tenham nascido com vida; este parece ser o espírito da lei.
O nascituro tem direitos, podendo ser contemplado em testamento e ter sua
legítima garantida quando no ventre materno, mas só receberá a herança se nascer
com vida.
Como diz o professor Sérgio Cavalieri Filho41, "o dano é, sem dúvida, o
grande vilão da responsabilidade civil". É elemento essencial, e principal
caracterizador do dever jurídico sucessivo de indenizar. Pode-se conceituar como
sendo a subtração ou diminuição de um bem jurídico, qualquer que seja a sua
natureza, sendo que este conceito compreende as duas maiores formas de dano:
patrimonial e moral.
O primeiro abrange os casos em que o bem atingido faz parte do patrimônio
da vítima, tendo valor econômico definível. Via de regra, o dano patrimonial pode ser
reparado através de prestação pecuniária. Esta modalidade pode ser dividida em
dois grupos: o dano emergente e o lucro cessante.
Há dano emergente quando a diminuição do patrimônio é imediata e
completa. É o desfalque propriamente dito, a lesão a um bem já determinado.
Nestes casos o quantum debeatur é de fácil avaliação: corresponde ao valor
econômico, à perda ou à quantia necessária para reparar os estragos causados ao
bem.
Já os lucros cessantes correspondem a frustração da expectativa de ganhos
futuros, rendimentos ou salários pela vítima. É necessário que esta previsão tenha o
mínimo de certeza e razoabilidade, evitando assim a consideração de lucros
imaginários e danos remotos. A mensuração pecuniária desta espécie depende
essencialmente do prudente arbítrio do juiz, uma vez que não há dados empíricos
que provem o "dano futuro". A fixação do quantum, de modo geral, é feita com a
utilização de parâmetros, que orientam o arbitramento judicial42.
O dano moral, no entanto, difere enormemente do patrimonial. Refere-se a
esfera pessoal da vítima, que é lesada em direito de valor inestimável. A ausência de
41
CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. São Paulo: Malheiros, 2000, P.
70.
42
CAVALIERI FILHO, Op. Cit., p. 72.
21
43
CAHALI, Yussef Said. Dano Moral. 2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999, p. 20.
44
DIAS, José de Aguiar. Da responsabilidade civil, Apud STOCO, Rui. Op. Cit., p. 674.
22
45
CHAVES, Benedita Inêz Lopes. Op. Cit., pp.114-117.
46
ALMEIDA, Silmara Juny de Abreu Chinelato e. Op. Cit., p.187
47
"Morte de filho menor, com 16 anos. Além da pensão mensal equivalente a 2/3 do salário mínimo, é
devida a indenização por dano moral" (STJ, 4ª Turma, REsp. 23.351, 01.09.1992).
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Indenizável é a morte acidental de menor oriunda de ato ilícito, ainda que não exercesse ele
trabalho remunerado, sendo sua família de condição econômica precária, fixando-se a
pensão a partir do óbito até a data em que a vítima completaria 25 anos de idade" (TJSP, 2ª
C., Ap., Rel. Cézar Peluso, 16.12.1996, RT 617/72)
Responsabilidade civil – Acidente de veículos - Invasão de preferencial - Morte da
companheira e nascituro, bem como da avó das menores. Culpa inequívoca do preposto do
apelante. Indenizações de ordem material e moral devidas. Legitimidade do companheiro
em exigir indenização pela morte de sua companheira, sendo que a renda mensal da vítima-
companheira é a constante de sua última indenização. Devida a indenização pela morte do
nascituro, a título de dano moral, visto que a morte prematura do feto, em conseqüência do
ato ilícito, frustra a possibilidade certa de que a vida humana intra-uterina plenificaria na vida
individual. Pensão devida ao feto. Impossibilidade. Há uma expectativa de direito em
relação ao nascimento do feto. Personalidade jurídica só inicia-se com o nascimento com
vida. Art. 4º do CC. Correta a pensão fixada e destinada ao companheiro e filhas. O limite
fixado para a cessação da pensão é de 69 anos, conforme nova orientação jurisprudencial.
(TAPR, 3ª C., AC 106.201-3, Rel. Juiz Eugênio Achille Grandinetti, 01.08.1997).
REFERÊNCIA