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Documentação de

Instrumentação
Aplicação de Símbolos e Identificação
2a edição

Marco Antônio Ribeiro


VI
4
VI
VXT VYT
5
A B

VXE VYE VZT


A B A

VZE
A
Documentação de
Instrumentação
Aplicação de Símbolos e Identificação
2a edição

Marco Antônio Ribeiro


Quem pensa claramente e domina a fundo aquilo de que fala, exprime-se
claramente e de modo compreensível. Quem se exprime de modo obscuro e
pretensioso mostra logo que não entende muito bem o assunto em questão
ou então, que tem razão para evitar falar claramente (Rosa Luxemburg)

© 1998, 2003, Tek Treinamento & Consultoria Ltda.


Salvador, BA
Dedicado a Andréa Conceição, quem muito me ensina
Instrumentação, de modo simples e direto
Prefácio
A Instrumentação é um assunto que interessa e é tratada por pessoas com
interesses e formações técnicas muito diferentes. O especialista de instrumentação
é chamado indistintamente de Engenheiro de Sistema de Controle, Engenheiro de
Instrumentação e Controle, Engenheiro de Instrumento e mais recentemente,
Engenheiro de Automação.
Não apenas o engenheiro e técnico de instrumentação estão interessados neste
assunto, mas também projetistas, operadores, pessoal de compra, almoxarife e
especialista em informática. Quando todas estas pessoas querem ou precisam se
comunicar entre si para discutir instrumentação e controle é necessário haver um
meio de comunicação que seja entendido por todos. No exercício de suas várias e
variadas funções eles utilizam símbolos e códigos de identificação como meio de
comunicação. Para haver um entendimento completo, sem ambigüidade, lacunas e
discordâncias, todos devem usar as mesmas ferramentas gráficas, que embora
simplificadas consigam conceituar as idéias iniciais de engenharia. Estas
ferramentas são essenciais ao processo criativo, ao desenvolvimento lógico dos
conceitos de medição, controle e automação e para a comunicação destes conceitos
entre todos os envolvidos.
O objetivo deste trabalho é o de apresentar o simbolismo e a identificação da
instrumentação e dos equipamentos associados e especialistas e leigos do assunto.
Espera-se que seja usado para ajudar qualquer pessoa interessada a encontrar as
ferramentas necessárias para a execução de seu trabalho relacionado com a
instrumentação.
Este livro é o resultado de um curso ministrado pelo autor na Petrobrás, Fafen-
BA.
Sugestões e críticas destrutivas são benvidas, no endereço: Rua Carmem
Miranda 52, A 903, CEP 41820-230, Fone (071) 359-3195 e Fax (071) 359-3058 e
no e-mail: marcotek@uol.com.br

Marco Antônio Ribeiro


Salvador, Verão 2003

4
Autor

Marco Antônio Ribeiro se formou no ITA, em 1969, em


Engenharia de Eletrônica blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,
blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,
blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá.
Durante quase 14 anos foi Gerente Regional da Foxboro, em
Salvador, BA, período da implantação do polo petroquímico de
Camaçari blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,
blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,
blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá.
Fez vários cursos no exterior e possui dezenas de artigos
publicados nas áreas de Instrumentação, Controle de Processo,
Automação, Segurança, Vazão e Metrologia e Incerteza na Medição
blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,
blablablá, blablablá, blablablá, blablablá.
Desde 1987, é diretor da Tek Treinamento & Consultoria Ltda.
blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,
blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,
blablablá, firma que presta serviços nas áreas de Instrumentação e
Controle de Processo.

5
Documentação de
Instrumentação
1. Ferramentas de Comunicação
2. Elementos do Simbolismo
3. Elementos da Identificação
4. Diagrama de Fluxo de Processo
5. Diagrama de Fluxo de Engenharia
6. Simbologia de Controle Multivariável
7. Simbolismo Lógico
8. Diagramas de Malha
9. Diagramas de Fiação
10. Diagrama Ladder
11. Detalhes de Instalação
12. Folhas de Especificação de Instrumentos

6
1
Ferramentas de Comunicação

8. Pessoal do almoxarifado
Introdução 9. Instaladores
10. Engenheiros e técnicos de
Este capítulo mostra as bases prática e
montagem
filosófica para o simbolismo e para os
11. Pessoal de manutenção
métodos de identificação. Nenhum
12. Engenheiros de segurança
exemplo gráfico é dado – deliberadamente.
13. Programadores de computador
O entendimento completo, por
14. Pessoal de calibração e teste
necessidade, precede a aplicação racional.
O usuário final para quem se quer
Símbolos e Identificação colocar as representações gráficas de
Na engenharia de controle de processo, conceitos deve ser claramente definido,
símbolos e identificadores são usados para que a comunicação tenha sucesso.
como representações gráficas de Conceitos, não imagens, são o assunto do
conceitos, idéias acerca de coisas processo de comunicação. Conceitos, não
(equipamentos) ou funções (ações imagens, são a base para as normas bem
executadas pelos equipamentos). Os sucedidas (bem aceitas). A simplicidade
símbolos e identificadores são usados com ajuda.
dois objetivos: É necessário saber o que se quer
1. conceituar o processo comunicar e para quem. A escolha do
2. comunicar a informação documento, o grau de detalhe, o
Além de serem ferramentas de simbolismo e a identificação padrão a ser
comunicação direta, os símbolos e usada devem ser claramente definidos.
identificadores ajudam na conceituação e
registro da informação acerca dos Simbolismo, identificação e
sistemas de instrumentos. documentação
Audiência Símbolos e identificadores podem
Estas ferramentas de comunicação são representar tanto um equipamento como
de interesse de uma grande variedade de as funções de um equipamento. O grau de
pessoas tecnicamente orientadas, tais detalhes usado para representar o
como equipamento e suas funções depende do
1. Engenheiros de processo objetivo do comunicador e das
2. Engenheiros e projetistas de necessidades da audiência pretendida.
sistemas de controle Como os símbolos e identificadores são
3. Engenheiros mecânicos, eletricistas ferramentas gráficas, sempre serão
e de tubulação encontrados em uma superfície que é
4. Pessoal de inspeção de capaz de suportar uma imagem gráfica.
equipamento Esta superfície por ser papel, madeira,
5. Compradores plástico. Atualmente, é cada vez mais
6. Vendedores freqüente a mídia eletrônica, por exemplo,
7. Fabricantes de equipamentos em monitores de vídeo. Em um sentido
amplo, todos estes meios podem ser

7
Ferramentas de Comunicação

considerados como documentos, desde As normas ISA, em geral, são as mais


que todos são usados para expressar usadas, conhecidas e por isso são a
informação. principal fonte de métodos de simbolismo e
identificação.
Continuidade de conceito
As principais normas sobre símbolos e
Em projeto e em engenharia é comum identificação são as seguintes:
proceder do geral para o especifico: um 1. ANSI/ISA S5.1 (1984, R1992),
conceito geral, esquemas, diagramas mais Instrumentation Symbols and
detalhados, especificações narrativas, Identification.
folhas de dados individuais. Deve haver 2. ANSI/ISA S5.2 (1976, R1992),
uma continuidade de conceito através de Bynary Logic Diagrams for Process
todos os vários estágios do processo de Operations
projeto. 3. ANSI/ISA S5.3 (1983), Graphic
Esta continuidade é evidente em graus Symbols for Distributed Control-
de detalhe: o mesmo conceito, o mesmo Shared display Instrumentation,
equipamento, a mesma função, mas em Logic, and Computer Systems
níveis diferentes de detalhes e enfoques. 4. ANSI/ISA S5.4 (1991), Instrument
Estes diferentes níveis de detalhe são Loop Diagrams
geralmente representados por diferentes 5. ANSI/ISA S5.5 (1986), Graphic
documentos: Diagrama de Fluxo de Symbols for Process Displays
Processo, Diagrama de Fluxo de
Engenharia, diagramas de tubulação e Instrumentos e Equipamentos
instrumentos, diagramas de malhas, folhas Este trabalho é dirigido para a aplicação
de especificação de instrumento, detalhes de símbolos e identificação de
de instalação. Quando se vai de instrumentos. Porém, o instrumentista não
documento para outro não se deve alterar pode desempenhar sua função isolada do
o símbolo do mesmo conceito processo e do equipamento associado com
radicalmente, pois isso provoca mal a instrumentação de medição e controle e
entendidos e atrapalha a comunicação. este fato justifica e explica a inclusão de
Por exemplo, alterar um símbolo circular símbolos e identificadores de outros
para um símbolo quadrado para o mesmo equipamentos. Assim, por questão de
equipamento ou função em dois completude, serão incluídos símbolos de
documentos com enfoques diferentes é equipamentos de processo (reatores,
uma transição abrupta que deve ser trocadores de calor), tubulações,
evitada. equipamentos elétricos (motores,
A escolha da documentação geradores) e mecânicos (compressores,
acompanha e pode variar muito, desde bombas).
esquemas conceituais simples até
Símbolos, Identificadores e Palavras
diagramas de sistemas com detalhes
minuciosos (número de terminais de uma Além dos símbolos e identificadores,
borneira, por exemplo). Quando se move devem ser usadas poucas e escolhidas
de um tipo de documento para outro, nesta palavras. Os símbolos e seus
escada de detalhes, implica em pequena identificadores associados fornecem a
modificação de símbolos e identificadores categoria geral a qual o equipamento
usados e não uma mudança radical deles. pertence e as palavras fornecem o
qualificador que especifica o equipamento.
Linguagem comum Ou seja, a combinação de um símbolo, um
As fontes dos símbolos e dos métodos identificador e uma ou duas palavras
de identificação aplicados são usualmente criteriosamente escolhidas pode comunicar
alguma forma de normas: da companhia, um conceito de modo mais claro e explícito
institucional, nacional ou internacional. do que apenas símbolos, identificadores ou
Desde que o principal uso de símbolos e palavras isoladas.
identificadores é para a comunicação com
outros, são necessárias normas comuns.

8
2
Elementos do Simbolismo

entender os símbolos e não deve ficar


confusa ou irritada com eles, pois neste
Blocos constituintes caso a transferência de comunicação é
impedida. As normas internacionais da ISA
A instrumentação do processo não são uma boa fonte de simbolismo desde
existe sem um processo para medir ou que elas satisfizeram o teste do consenso,
controlar. Muitos instrumentistas se ou seja, elas têm sido usadas com grande
preocupam tanto com os instrumentos que concordância por um grande número de
esquecem o fato básico que o importante é usuários com enfoques diferentes. Os
a operação do processo. A aplicação da símbolos e identificação usados nas
instrumentação na medição e controle do normas devem passar pelo teste do
processo é o importante, sendo secundário consenso. Se o usuário não gosta de um
o trabalho interno dos instrumentos. A determinado símbolo, antes de inventar um
escolha dos símbolos e identificadores se novo, deve se parar para perguntar se este
torna mais fácil com esta consideração. símbolo antipático é aceito geralmente
A aplicação de instrumentação em como uma ferramenta de comunicação. Se
medição e controle de processo deve ser o for, ele deve mudar sua atitude em relação
ponto focal da representação simbólica de ao símbolo e usá-lo; com o tempo ele se
sistemas de medição e controle. A acostumará e passará a aceitar o símbolo.
tecnologia envolvida é secundária.
Simbolização é um processo de
abstração em que as características
salientes de um equipamento ou de uma
função são retratadas por alguma
construção geométrica simples. Este
processo de abstração tem sido difícil para
o entendimento de muitas pessoas, desde Fig. 2.1. Governador da máquina de vapor
que as funções, até recentemente, tem
sido usualmente associadas com
equipamentos específicos. O controle por
computador e o controle compartilhado
forçam uma aceitação mais fácil do uso de
símbolos para funções que não são
facilmente identificadas com uma única
peça de equipamento. Há porém,
geralmente uma necessidade de pensar Fig. 2.2. Válvula de alívio de pressão
em termos de equipamento e descrever
este equipamento mais especificamente.
Na escolha dos símbolos para
representar idéias, é sensato lembrar que
a pessoa que recebe a comunicação deve

9
Elementos do Simbolismo

Fig. 2.3. Instrumento montado no painel de leitura

FT
f(x)
Fig. 2.10. Elemento final SAMA (em desuso)

Figuras geométricas

Fig. 2.4. Transmissor eletrônico de vazão Desenhos com linhas com formatos
geométricos simples representam funções,
equipamentos e sistemas. Certas figuras
geométricas representam certos conceitos
em determinados tipos de desenhos.
Fig. 2.5. Linha de sinal eletrônico, 4 a 20 mA cc Círculos
Círculos podem ser usados para
representar um instrumento (ou função) ou
como uma bandeirola. Como símbolo de
instrumento, ele representa o conceito de
um equipamento ou função. Como
bandeirola, ele fornece informação acerca
Fig. 2.6. Válvula de controle, tipo borboleta de outro símbolo que representa um
equipamento ou função. Assim, usa-se um
circulo como bandeirola ao lado de uma
válvula de controle.
FIC
1

PI
1
Fig. 2.7. Controlador indicador de vazão, eletrônico,
dedicado, montado no painel de leitura

Fig. 2.11. Circulo como instrumento ou função


FIC
1

FV
2

Fig. 2.8. Controlador indicador de vazão, eletrônico,


compartilhado, montado no painel de leitura

Fig. 2.12. Circulo como bandeirola

Fig. 2.9. Válvula de controle com atuador


pneumático

10
Elementos do Simbolismo

FT FY
3 4

Fig. 2.18. Instrumento atrás de painel de leitura


FE auxiliar
3
Fig. 2.13. Bandeirola e instrumento
P1 P2 P3
TIC WIC SIC
PI 1 1 1
1

Fig. 2.14. Instrumento geral C1 C2 C3


TIC WIC SIC
PI 2 2 2
1

Fig. 2.15. Instrumento em painel de leitura R1 R1 R2


TY TY WY
1 2 2
FY
3

Fig. 2.19. Designadores de locais de montagem:


Fig. 2.16. Instrumento em painel cego ou atrás do P – Painel
painel de leitura C – Console
R – Rack (armário cego)

FI Pequenos quadrados
3 Pequenos quadrados são usados para
simbolizar funções (ou instrumentos) ou
como designadores de função (uma forma
de bandeirola). Linhas são usadas para
representar fluxo de sinal. Alguns graus de
Fig. 2.17. Instrumento em painel de leitura, auxiliar flexibilidade no nível de detalhes podem
ser escolhidos para mostrar conceitos e
por isso é uma boa idéia usar uma legenda
para definir as intenções do projetista.

11
Elementos do Simbolismo

Fig. 2.20. Instrumento em painel de leitura


Fig. 2.25. Válvula com posicionador

FY Σ
5

Fig. 2.21. Atuador de pistão, ação simples

Fig. 2.26. Somador (sigma) original

FY Σ
5

Fig. 2.22. Atuador de pistão, ação dupla

Fig. 2.27. Somador (sigma) dentro de uma caixa


E
P
Σ

Fig. 2.23. Atuador eletropneumático

Fig. 2.28. Somador (sigma) como símbolo de função

X FIC
2

Fig. 2.24. Atuador não classificado

Fig. 2.29. Símbolo da função controle compartilhado

12
Elementos do Simbolismo

FE FIC
9 2

Fig. 2.34. Designador de função

Fig. 2.30. Medidor de vazão intrusivo A combinação de grandes quadrados


(simbolizando funções compartilhadas)
com pequenos quadrados (representando
funções de condicionamento de sinais) é
possível e realizada de diferentes modos.
Pode-se colocar os dois blocos colados
T (Fig. 2.33) ou tangenciando em apenas um
LCV ponto (Fig. 2.34).
2
Triângulos e suas combinações
Fig. 2.31. Purgador (válvula controladora de nível)
Combinações de triângulos são usadas
nos símbolos de corpos de válvulas. O
Grandes quadrados símbolo geral para qualquer tipo de corpo
Com o advento do controle e display de válvula é a gravata borboleta formada
compartilhado, apareceu também a por dois triângulos isósceles, com as duas
necessidade de se diferenciar o pontas se tocando.
instrumento discreto convencional Os símbolos de válvula angular (Fig.
(dedicado) das funções de controle e 2.36), válvula de três vias (Fig. 2.37) e de
display compartilhadas que fazem o quatro vias (Fig. 2.38) utilizam triângulos.
mesmo trabalho mas que não facilmente O triângulo também aparece na
percebidas como pertencentes a um representação do disco de ruptura (Fig.
mesmo invólucro. A solução foi desenhar 2.39). O triângulo dentro de um quadrado
um quadrado externo ao circulo que representa medidor de vazão de área
representava o instrumento (Fig. 2.32). variável (Fig. 2.40).
O circulo simbolizando o instrumento
permanece. Muitos quiseram aboli-lo, mas
outros acham mais confortável manter o
círculo dentro do quadrado.

PIC
2
Fig. 2.35. Símbolo de válvula com atuador
pneumático
Fig. 2.32. Símbolo controle e display compartilhados

FIC
2

Fig. 2.33. Bloco de função Fig. 2.36. Símbolo de válvula angular

13
Elementos do Simbolismo

Losangos
Losangos são usados para representar
conexões em painéis (Fig. 2.41), purgas de
instrumentos (Fig. 2.42), funções de reset
(Fig. 2.43), símbolos genéricos de intertra-
vamento (Fig. 2.44), portas lógicas simples
em outros desenhos lógicos mais
complexos (Fig. 2.45 e 2.46).

Fig. 2.37. Símbolo de válvula de três vias


C
12
Fig. 2.41. Conexão de borneira de painel

P
Fig. 2.42. Purga

Fig. 2.38. Símbolo de válvula de quatro vias


Fig. 2.43. Função reset (rearme)

Fig. 2.44. Intertravamento genérico


Fig. 2.39. Disco de ruptura

AND

FI
2
Fig. 2.45. Fig. Porta AND em diagrama de fluxo

Fig. 2.40. Medidor de vazão de área variável OR

Fig. 2.46. Fig. Porta OR em diagrama de fluxo

14
Elementos do Simbolismo

Retângulos
Retângulos com outras linhas internas
representam retificadores
(tranquilizadores) de vazão (linhas
horizontais retas, Fig. 2.47), selos químicos
em diafragma (linhas onduladas, Fig. 2.48)
ou alguma função genérica (linhas Fig. 2.51. Atuador diafragma com dupla ação
substituídas por palavras, Fig. 2.49).

Linhas

Linhas são usadas para representar


sinais. É importante perceber a diferença
Fig. 2.47. Retificador ou tranquilizador de vazão entre sinais (informação) e fios. Os fios se
tornam importantes somente quando é
necessário saber como ligá-los. Até este
ponto, o sinal é usualmente mais
importante.
Se há muitas linhas de instrumentação
e poucas linhas de processo, uma linha
simples serve para representar o fluxo de
informação de sinal de um dispositivo ou
função para outro ou outra. Em diagramas
Fig. 2.48. Selo diafragma (químico) complexos, às vezes é necessário
distinguir os diferentes tipos de sinais
envolvidos (pneumático, eletrônico,
SP manual comunicação digital).
Os principais símbolos de linhas de
sinal são:
Fig. 2.49. Função genérica 1. sinal genérico (Fig. 2.52)
2. sinal pneumático, 20 a 100 kPa
(Fig. 2.53)
Semicírculo ou curvas 3. sinal eletrônico, 4 a 20 mA cc
(Fig. 2.54 e Fig. 2.55)
O uso mais comum do semicírculo é
4. tubo capilar (Fig. 2.56)
para representar o atuador pneumático
5. sinal hidráulico (Fig. 2.57)
com diafragma (similar a um guarda chuva,
6. sinal eletromagnético guiado
Fig. 2.50). Dois semicírculos justapostos
(Fig. 2.58)
representam um atuador com dupla ação
7. sinal eletromagnético não guiado
(Fig. 2.51).
(Fig. 2.59)
8. sinal interno, de configuração por
programação (Fig. 2.60)
9. link mecânico (Fig. 2.61).
Geralmente não é feita distinção entre
sinal analógico e binário (liga-desliga).
Porém, há casos onde se quer diferenciar
o sinal analógico do digital. Como ainda
não há uma padronização dos sinais
digitais, recomenda-se usar legenda
Fig. 2.50. Semicírculo como atuador pneumático
explicativa.

15
Elementos do Simbolismo

PT PIC
1 1 FY FIC
11 11

Fig. 2.52. Linha de sinal não diferenciado

Fig. 2.60. Sinal interno do sistema, ligação por


configuração (software)
PT PIC
1 1

Fig. 2.53. Linha de sinal pneumático: 20 a 100 kPa

PT PIC
1 1
Fig. 2.61. Elo (link) mecânico
Fig. 2.54. Linha de sinal eletrônico (menos usada)

HS
PT PIC 1
1 1

Fig. 2.55. Linha de sinal eletrônico (mais usada)

Fig. 2.61. Sinal de natureza binária subentendido

HS
1
Fig. 2.56. Sinal transmitido por capilar

Fig. 2.62. Sinal de natureza binária especificado

Fig. 2.56. Sinal sônico ou eletromagnético guiado

Fig. 2.56. Sinal sônico ou eletromagnético não


guiado

16
3
Elementos de Identificação

Nomes dos blocos constituintes Identificação básica: número de tag

Os engenheiros e projetistas de O tag de identificação é o código


sistemas de controle logo percebem a alfanumérico que identifica biunivocamente
importância de se ter um sistema de um instrumento ou função. O número de
identificação que identifique de modo tag é o número em etiqueta metálica,
simples e único cada um dos milhares de plástica ou de papel que é amarrada,
instrumentos e funções envolvidos. aparafusada ou colada no corpo do
Também o pessoal de operação e instrumento.
manutenção entende a importância de ser Como em grandes complexos
capaz de identificar e rastrear cada industriais, dezenas de milhares de
elemento que contribui com a operação equipamentos ou funções podem requerer
normal da planta. identificação, é importante usar um sistema
Embora neste capítulo vai ser discutida de identificação que seja simples e
a identificação separada do simbolismo, universal para instalação, checkout,
deve se ter em mente a ligação intima manutenção e outros objetivos. A norma
entre a identificação e os símbolos. ANSI/ISA S5.1 fornece tal sistema.
Símbolos e os número de identificação
(tag) vão de mão em mão nos desenhos, Número de tag típico
mas em folhas de dados (data sheet) e
outros identificadores de documentos TIC Número do tag ou
podem vir sozinhos. A parte funcional do 103 identificação do instrumento
identificador (FIC, por exemplo) ajuda a TIC - Identificação funcional
qualificar o símbolo geral como T 103 - Identificação da malha
pertencendo à categoria de Controlador 103 - Número da malha
Indicador de Vazão e a parte numérica T - Primeira letra (variável)
(101, por exemplo) identifica o IC - Outras letras (funções)
equipamento ou a função de controle e
indicação de vazão. Por isso, símbolos e 10-PAH-5A Número de tag
identificadores são realmente inseparáveis 10 Prefixo opcional
nos diagramas. Para índices de PAH Identificação funcional
instrumentos e folhas de dados, o tag de 10-P 5A Identificação da malha
identificação já possui significado separado P Variável inicializada
do símbolo. PAH Funções
-5 Número da malha
A Sufixo opcional

Nota: hífen é opcional como separador


Fig. 3.1. Números de tags

17
Elementos de Identificação

Identificação funcional

A porção alfabética do tag de PT


identificação fornece a identificação
funcional, enquanto a parte numérica, mais
algum sufixo, torna único o tag de
identificação.
A parte alfabética vem antes da parte
numérica. No início do projeto, pode se ter Fig. 3.2. Identificação funcional
apenas a parte alfabética e no fim do
projeto se enumeram as malhas do
sistema.
O código inteiro, por exemplo FIC 101, é A letra S como segunda letra pode ter
chamado de número de tag ou dois significados diferentes, ou seja,
identificação do instrumento. A PS - chave de pressão (pressostato).
identificação funcional é uma descrição Neste caso S é a função chave (switch).
resumida do que o instrumento ou função PSV - válvula de segurança de pressão.
faz. Agora, S é modificadora da variável
A primeira letra é a identificação da pressão, significando segurança (safety).
malha e a variável inicializada. A malha
FIC 101 é uma malha de vazão. Todos os
outros componentes desta malha também
terão tag começado com a letra F, por
PT
exemplo FE 101, FY 101, FT 101, FCV
101.
Quando há apenas duas letras no tag
(mínimo possível), a segunda letra
corresponde à função do instrumento. Por
exemplo, Fig. 3.3. Identificação específica
FE – elemento sensor de vazão
FT – transmissor de vazão
FY – condicionador do sinal de vazão Quando em uma mesma malha há dois
Quando há mais de duas letras a coisa tags iguais, por exemplo, dois
complica, pois a terceira letra pode ser condicionadores de sinal em uma malha de
modificadora da variável ou modificadora vazão (FY), é necessário usar sufixos para
da função da malha ou a malha possui diferenciar os dois tags. (Fig. 3.4)
mais de uma função. Assim, nos tags:

PDT o D (diferencial) é modificador da


variável pressão I/P
FIC I e C são letras correspondentes a
Indicação e Controle. FY FIC FY
TDAH D (diferencial) é modificador de T 2A 2 2B
(temperatura) e H (alto) é
modificador de A (alarme Fig. 3.3. Necessidade de sufixos

Assim, apenas o bom senso aliado à


experiência pode esclarecer o significado
das letras que excedem às duas mínimas.
A mesma letra pode ser significados
diferentes, dependendo de sua posição
relativa. Assim,
TA - alarme de temperatura
AT - transmissor de análise

18
Elementos de Identificação

A Tab. 3.1 mostra que todas as 26 Tab. 3.3. Outras possíveis combinações
letras do alfabeto são usadas como
primeira (variáveis) e segunda (função) Tag Significado
letras) e algumas como modificadores da FO Orifício de restrição
primeira ou da segunda. FRK, Estações de controle
Muitas letras são razoavelmente HIK
específicas, tais como T (temperatura), P FX Acessórios
(pressão), A (análise). Aliás, a língua TJR Registrador com varredura
básica é o inglês e por isso L é nível LLH Lâmpada piloto
(Level) e F é vazão (flow ou fluxo). FFR Relação
Algumas letras tiveram o significado KQI Indicador de tempo operação
modificado (revisão de 1984 da norma QQI Contador Indicador
ANSI/ISA S5.1), como V que originalmente WKIC Controlador de taxa de perda de
era viscosidade e atualmente é Vibração. peso
Outras podem significar diferentes
HMS Chave momentânea manual
variáveis, dependendo do tipo da indústria,
como C para Condutividade (química) ou
Consistência (papel e celulose).
Alguns significados requerem
Numeração da malha
explicações adicionais. Por exemplo a letra
X é usada para representar uma variável Geralmente são usados dois sistemas
que não é listada, que ocorre raramente e de numeração dentro da norma ANSI/ISA
na lista de legenda deve ser esclarecido S5.1: paralelo e serial. Ambos são
seu significado e Y é usada para evento, similares fundamentalmente. A principal
estado ou presença. Como segunda letra, diferença é que no sistema de numeração
Y é usada para uma função a ser definida. paralelo uma nova seqüência numérica é
A de análise é muito genérica e inclui começada com cada variável nova medida
análise química (composição, pH, O2, N2, ou inicializada e no sistema serial há
viscosidade) e mecânica. É comum se somente uma seqüência de numeração.
colocar o tipo de análise ao lado do Muitas pessoas querem codificar os tag
símbolo, como índice. (Fig. 3.5) de identificação. A experiência mostra que
o melhor sistema é o mais simples.
Quando se quer codificar, deve-se usar
AIC pH blocos de números e não se deve inventar
um novo sistema de numeração.

Fig. 3.3. Necessidade de índice

19
Elementos de Identificação

VI
4

VI
VXT VYT
5
A B

VXE VYE VZT


A B A
Y

Z
VZE
X A

Fig. 3.6. Análise mecânica em três planos, X, Y e Z.

20
Elementos de Identificação

Tabela 3.1. Letras de Identificação


Primeira letra Letras subsequentes
Variável Modificador Função display Função saída Modificador
A Análise (5,19) Alarme
B Queimador (Burner) Escolha (1) Escolha (1) Escolha (1)
C Escolha (1) Controle (13)
D Escolha (1) Diferencial
E Tensão (f.e.m.) Elemento sensor
F Vazão (Flow) Fração/Relação
(4)
G Escolha (1) Visor (9) ou
indicador local
H Manual (Hand) Alto (High) (7,
15, 16)
I Corrente Indicação (10)
J Potência Varredura
(scan) (7)
K Tempo Tempo de Estação controle
mudança (4,21) (22)
L Nível (Level) Lâmpada (11) Baixo (Low)
(7, 15, 16)
M Escolha (1) Momentâneo Médio (7,15)
N Escolha (1) Escolha (1) Escolha (1) Escolha (1)
O Escolha (1) Orifício ou
Restrição
P Pressão, Vácuo Ponto (teste)
Q Quantidade Integral, Total
(4)
R Radiação Registro (17)
S Velocidade Segurança (8) Chave (13)
T Temperatura Transmissão (18)
U Multivariável (6) Multifunção (12) Multifunção (12) Multifunção
(12)
V Vibração Válvula, damper
(13)
W Peso, Força Poço (Well)
X A definir(2) Eixo X Não Não classificado (2) Não
classificado (2) classificado (2)
Y Evento, Estado Eixo Y Relé, computação
(13, 14, 18)
Z Posição ou Dimensão Eixo Z Elemento final

21
Elementos de Identificação

Notas para a Tabela das Letras de Identificação


1. Uma letra de escolha do usuário tem o objetivo de cobrir significado não listado que é necessário em uma determinada aplicação. Se usada, a letra
pode ter um significado como de primeira letra ou de letras subsequentes. O significado precisa ser definido uma única vez em uma legenda. Por exemplo,
a letra N pode ser definida como módulo de elasticidade como uma primeira letra ou como osciloscópio como letra subsequente.
2. A letra X não classificada tem o objetivo de cobrir significado não listado que será usado somente uma vez ou usado em um significado limitado. Se
usada, a letra pode ter qualquer número de significados como primeira letra ou como letra subsequente. O significado da letra X deve ser definido do lado
de fora do círculo do diagrama. Por exemplo, XR pode ser registrador de consistência e XX pode ser um osciloscópio de consistência.
3. A forma gramatical do significado das letras subsequentes pode ser modificado livremente. Por exemplo, I pode significar indicador, ou indicação; T
pode significar transmissão ou transmissor.
4. Qualquer primeira letra combinada com as letras modificadoras D (diferencial), F (relação), M (momentâneo), K (tempo de alteração) e Q
(integração ou totalização) representa uma variável nova e separada e a combinação é tratada como uma entidade de primeira letra. Assim, os
instrumentos TDI e TI indicam duas variáveis diferentes: diferença de temperatura e temperatura. As letras modificadoras são usadas quando aplicável.
5. A letra A (análise) cobre todas as análises não descritas como uma escolha do usuário. O tipo de análise deve ser especificado fora do circulo de
identificação. Por exemplo, análise de pH, análise de O2. Análise é variável de processo e não função de instrumento, como muitos pensam principalmente
por causa do uso inadequado do termo analisador.
6. O uso de U como primeira letra para multivariável em lugar de uma combinação de outras primeiras letras é opcional. É recomendável usar as
primeiras letras especificas em lugar da letra U, que deve ser usada apenas quando o número de letras for muito grande. Por exemplo, é preferível usar
PR/TR para indicar um registrador de pressão e temperatura em vez de UR. Porém, quando se tem um registrador multiponto, com 24 pontos e muitas
variáveis diferentes, deve-se usar UR.
7. O uso dos termos modificadores alto (H), baixo (L), médio (M) e varredura (J) é opcional.
8. O termo segurança se aplica a elementos primários e finais de proteção de emergência. Assim, uma válvula auto atuada que evita a operação de
um sistema de fluido atingir valores elevados, aliviando o fluido do sistema tem um tag PCV (válvula controladora de pressão). Porém, o tag desta válvula
deve ser PSV (válvula de segurança de pressão) se ela protege o sistema contra condições de emergência, ou seja, condições que são perigosas para o
pessoal ou o equipamento e que são raras de aparecer. A designação PSV se aplica a todas as válvulas de proteção contra condições de alta pressão de
emergência, independente de sua construção, modo de operação, local de montagem, categoria de segurança, válvula de alívio ou de segurança. Um
disco de ruptura tem o tag PSE (elemento de segurança de pressão).
9. A função passiva G se aplica a instrumentos ou equipamentos que fornecem uma indicação não calibrada, como visor de vidro ou monitor de
televisão. Costuma-se aplicar TG para termômetro e PG para manômetro, o que não é previsto por esta norma.
10. A indicação normalmente se aplica a displays analógicos ou digitais de uma medição instantânea. No caso de uma estação manual, a indicação
pode ser usada para o dial ou indicador do ajuste.
11. Uma lâmpada piloto que é parte de uma malha de instrumento deve ser designada por uma primeira letra seguida pela letra subsequente L. Por
exemplo, uma lâmpada piloto que indica o tempo expirado deve ter o tag KQL (lâmpada de totalização de tempo). A lâmpada para indicar o funcionamento
de um motor tem o tag EL (lâmpada de voltagem), pois a voltagem é a variável medida conveniente para indicar a operação do motor ou YL (lâmpada de
evento) assumindo que o estado de operação está sendo monitorado. Não se deve usar a letra genérica X, como XL
12. O uso da letra U para multifunção, vem vez da combinação de outras letras funcionais é opcional. Este designador não específico deve ser usado
raramente.
13. Um dispositivo que liga, desliga ou transfere um ou mais circuitos pode ser uma chave, um relé, um controlador liga-desliga ou uma válvula de
controle, dependendo da aplicação. Se o equipamento manipula uma vazão de fluido do processo e não é uma válvula manual de bloqueio liga-desliga, ela
é projetada como válvula de controle. É incorreto usar o tag CV para qualquer coisa que não seja uma válvula de controle auto atuada. Para todas as
aplicações que não tenham vazão de fluido de processo, o equipamento é projetado como:
a) Chave, se for atuada manualmente.
b) Chave ou controlador liga-desliga, se for automático e for o primeiro dispositivo na malha. O termo chave é geralmente usado se o dispositivo é
aplicado para alarme, lâmpada piloto, seleção, intertravamento ou segurança. O termo controlador é usado se o dispositivo é aplicado para o controle de
operação normal.
c) Relé, se for automático e não for o primeiro dispositivo na malha, mas atuado por uma chave ou por um controlador liga-desliga.
14. As funções associadas com o uso de letras subsequentes Y devem ser definidas do lado de fora do circulo de identificação. Por exemplo, FY pode
ser o extrator de raiz quadrada na malha de vazão; TY pode ser o conversor corrente para pneumático em uma malha de controle de temperatura. Quando
a função é evidente como para uma válvula solenóide ou um conversor corrente para pneumático ou pneumático para corrente a definição pode não ser
obrigatória.
15. Os termos modificadores alto, baixo, médio ou intermediário correspondem aos valores da variável medida e não aos valores do sinal. Por
exemplo, um alarme de nível alto proveniente de um transmissor de nível com ação inversa deve ser LAH, mesmo que fisicamente o alarme seja atuado
quando o sinal atinge um valor mínimo crítico.
16. Os termos alto e baixo quando aplicados a posições de válvulas e outras dispositivos de abrir e fechar são assim definidos:
a) alto significa que a válvula está totalmente aberta
b) baixo significa que a válvula está totalmente fechada
17. O termo registrador se aplica a qualquer forma de armazenar permanentemente a informação que permita a sua recuperação por qualquer modo.
18. Elemento sensor, transdutor, transmissor e conversor são dispositivos com funções diferentes, conforme ISA S37.1.
19. A primeira letra V, vibração ou análise mecânica, destina-se a executar as tarefas em monitoração de máquinas que a letra A executa em uma
análise mais geral. Exceto para vibração, é esperado que a variável de interesse seja definida fora das letras de tag.
20. A primeira letra Y se destina ao uso quando as respostas de controle ou monitoração são acionadas por evento e não acionadas pelo tempo. A
letra Y, nesta posição, pode também significar presença ou estado.
21. A letra modificadora K, em combinação com uma primeira letra como L, T ou W, significa uma variação de taxa de tempo da quantidade medida
ou de inicialização. A variável WKIC, por exemplo, pode representar um controlador de taxa de perda de peso.
22. A letra K como modificador é uma opção do usuário para designar uma estação de controle, enquanto a letra C seguinte é usada para descrever
controlador automático ou manual.

22
Elementos de Identificação

Tab. 32. Combinações típicas de Letras


1a letra Variável Registro Indicação Cego Válvula auto-
atuada
A Análise ARC AIC AC
B Queimador/ BRC BIC BC
Combustão
C Escolha do usuário
D Escolha do usuário
E Tensão ERC EIC EC
F Vazão FRC FIC FC FCV, FICV
FF Relação de vazões FFRC FFIC FFC
FQ Totalização vazão FQRC FQIC
G Escolha do usuário
H Manual (Hand) HIC HC
I Corrente IRC IIC
J Potência JRC JIC
K Tempo KRC KIC KC KCV
L Nível LRC LIC LC LCV
M Escolha do usuário
N Escolha do usuário
O Escolha do usuário
P Pressão, vácuo PRC PIC PC PCV
PD Pressão diferencial PDRC PDIC PDC PDCV
Q Quantidade QRC QIC
R Radiação RRC RIC RC
S Velocidade/Freqüência SRC SIC SC SCV
T Temperatura TRC TIC TC TCV
TD Diferença temperatura TDRC TDIC TDC TDCV
U Multivariável
V Vibração/Análise
mecânica
W Peso/Força WRC WIC WC WCV
WD Diferença de peso WDRC WDIC WDC WDCV
X Não classificada
Y Evento, estado, YC
presença
Z Posição, dimensão ZRC ZIC ZC ZCV
ZD Desvio ZDRC ZDIC ZDC ZDCV

23
Elementos de Identificação

Tab. 3.2 (B) Combinações de letras típicas

1a letra Equipamento display Chaves e Alarmes Transmissão


Registro Indicação Alto Baixo Comb. Reg. Ind. Cego
A AR AI ASH ASL ASHL ART AIT AT
B BR BI BSH BSL BSHL BRT BIT BT
C
D
E ER EI ESH ESL ESHL ERT EIT ET
F FR FI FSH FSL FSHL FRT FIT FT
FF FFR FFI FFSH FFSL FFSHL FFIT FFT
FQ FQR FQI FQIT FQT
G
H
I IR II IRT IIT IT
J JR JI JRT JIT JT
K KR KI KSH KSL KSHL KRT KIT KT
L LR LI LSH LSL LSHL LRT LIT LT
M
N
O
P PR PI PSH PSL PSHL PRT PIT PT
PD PDR PDI PDSH PDSL PDRT PDIT PDT
Q QR QI QSH QSL QSHL QRT QIT QT
R RR RI RSH RSL RSHL RRT RIT RT
S SR SI SSH SSL SSHL SRT SIT ST
T TR TI TSH TSL TSHL TRT TIT TT
TD TDR TDI TDSH TDSL TDRT TDTI TDT
U UR UI
V VR VI VSH VSL VSHL VRT
W WR WI WSH WSL WSHL WRT WIT WT
WD WDR WDI WDSH WDSL WDSHL WDRT WDIT WDT
X
Y YSH YSL
Z ZR ZI ZSH ZSL ZSHL ZRT ZIT ZT
ZD ZDR ZDI ZDSH ZDSL ZDRT ZDIT ZDT

24
Elementos de Identificação

Tab. 3.2 (C) Combinações de letras típicas

1a letra Solenóide Elemento Ponto Poço Visor Segurança Elemento


Computação primário de Teste final
A AY AE A AW AV
B BY BE BW BG BZ
C
D
E EY EE ESL EZ
F FY FE FP FSL FG FV
FF FFSL FV
FQ FQY FE FQV
G
H
I IY IE IZ
J JY JE JV
K KY KE KSL KV
L LY LE LSL LG LV
M
N
O
P PY PE PP PSL PSV, PSE PV
PD PDY PDE PDP PDSL PDV
Q QY QE QSL QZ
R RY RE RSL RZ
S SY SE SSL SV
T TY TE TP TSL TSE TV
TD TDY TE TP TDSL TDV
U UY UV
V VY VE VSL VZ
W WY WE WSL WZ
WD WDY WE WDSL WDZ
X XZ
Y YY YE YSL YZ
Z ZY ZE ZSL ZV
ZD ZDR DEZ ZDSL ZDV

25
4
Fluxogramas de Processo
Os símbolos dos equipamentos e os
símbolos da instrumentação devem
Conhecendo o processo ambos ser simples no Diagrama de Fluxo
de Processo. Os símbolos de
Os dois principais tipos de diagramas equipamentos e da instrumentação são
de fluxo são o de Processo e o de apenas símbolos mnemônicos e ajudam
Engenharia. O Diagrama de Fluxo de visualizar e estabilizar os raciocínios.
Processo é mais padronizado nas Quando o projeto é mal feito, pobre, o
diferentes industrias do que o Diagrama simbolismo desordenado usualmente
de Fluxo de Engenharia. agride a sensibilidade estética e impede
O Diagrama de Fluxo de Processo é o o pensamento claro acerca do sistema.
trampolim para o projeto multidisciplinar
detalhado. Ele mostra
1. as operações unitárias básicas, Conteúdo do Diagrama
2. os equipamentos principais,
3. as tubulações mais importantes e O Diagrama de Fluxo de Processo é
4. o fluxo principal do processo. geralmente o primeiro desenho de
5. Dados do processo engenharia a ser desenvolvido em um
O balanço de material associado, as projeto. Ele geralmente contém uma
operações e as condições de projeto única operação unitária. A Fig. 4.1 é um
combinadas com o desenho em si dão a bom exemplo. Nele estão mostrados:
primeira vista compreensiva do processo. 1. todos os grandes equipamentos
que participam do processo
2. todas as tubulações principais
Objetivo do Diagrama 3. os fluxos de matérias primas e
produtos acabados
O Diagrama de Fluxo de Processo é 4. os fluxos de todas as utilidades
usado para ajudar a garantir a (vapor, águas, ar comprimido)
viabilidade, continuidade e integridade do Não estão indicados no Diagrama de
processo. Ele serve para ajudar a Fluxo de Processo:
desenvolver os desenhos de perfis de 1. diâmetros das tubulações
classes de pressão e temperatura, para 2. dados específicos dos
estabelecer seleção de materiais, equipamentos
flanges, vasos. 3. componentes detalhados das
O objetivo de se colocar a malhas, como sensores,
instrumentação no Diagrama de Fluxo do transmissores, condicionadores e
Processo é para documentar as acessórios.
principais variáveis controladas e É importante ler atentamente as notas
manipuladas que impactam o projeto do e as legendas associadas e considerá-las
processo. Nem todos os instrumentos posteriormente.
são, nem devem ser, mostrados em um
Diagrama de Fluxo do Processo.

26
Fluxograma de Processo

Fig. 4.1. Diagrama de Fluxo de


Processo

27
Fluxograma de Processo

Símbolos da instrumentação Por isso, os acionadores são omitidos


A quantidade de instrumentação dos desenhos, o mesmo símbolo é usado
mostrada no Diagrama de Fluxo de indistintamente para bomba rotativa,
Processo varia de acordo com as centrífuga ou reciprocante. Os arranjos de
necessidades e filosofia da indústria. Em tubulações são muito simplificados. Estas
princípio, a instrumentação deve ser simplificações são necessárias porque a
mostrada apenas onde ela altera a informação ainda não é disponível ou é
operação ou as condições de projeto. desnecessária para o objetivo do
Os símbolos de instrumentação em um documento.
Diagrama de Fluxo de Processo devem ser Todos os desenhos são enxutos. Uma
abreviados ao extremo. É muito prematuro linha é desenha somente se for necessária
neste estágio do processo entrar em para ajudar a informação que esteja dentro
detalhes. Assim, é permissível omitir do escopo de um desenho específico.
elementos sensores, transmissores, Os principais tipos de equipamentos por
alarmes, condicionadores de sinais (como função são:
extrator de raiz quadrada) e alguns outros 1. Misturadores e batedeiras
equipamentos auxiliares. O único objetivo 2. Reatores
de mostrar qualquer instrumento no 3. Separadores de material
Diagrama de Fluxo de Processo é sinalizar 4. Redutores de tamanho
a importância de uma variável para 5. Armazenadores
medição ou controle – não é o de explicar 6. Equipamentos de transferência
como isto é feito. Este detalhamento, útil e a. Gases e vapor d'água
necessário, será feito posteriormente, em b. Líquidos
algum outro documento específico. c. Sólidos
Alguns projetistas preferem colocar d. Energia (Calor)
apenas as variáveis controladas no
Diagrama de Fluxo de Processo, omitindo
as variáveis apenas indicadas ou
registradas. Eles justificam esta opção,
afirmando que apenas o controle impacta o
processo e a indicação e registro são
funções passivas e por isso não tem
nenhuma conseqüência para o objetivo do
Diagrama de Fluxo de Processo. Eles
deixam o simbolismo completo de
instrumento, com sensor, transmissor,
indicador, registrador, alarme e controlador
e atuador final para o Diagrama de Fluxo
de Engenharia ou P&I.

Símbolos de Equipamentos

Os símbolos de equipamentos do
Diagrama de Fluxo de Processo devem ser
mais simples do que os símbolos do
Diagrama de Fluxo de Engenharia por dois
motivos:
1. eles interessam apenas ao processo
e não interessam aos detalhes
auxiliares como lógica de controle
ou acionadores de bomba
2. eles contêm muito menos dados
específicos que os detalhados
Diagrama de Fluxo de Engenharia.

28
Fluxograma de Processo

Tab. 4.2 Separação de material

Letra Separação de material


A Absorção
B Adsorçao
C Centrifugação, calcinação
D Bola solida
E Vertical
F Classificação, cristalização
G Batelada agitada
H Vácuo
I Pachuca
J Ciclone, distilação
K Torre empacotada
L Coluna com bandeja
M Adsorsão
N Batelada
O Esteira
P Tambor
Q Rotação
R Bandeja rotativa
S Spray, evaporação
T Circulação forçada
U Efeito múltiplo
V Convecção natural
W Líquido/líquido
X Filtração
Y Saco
Z Plate e frame
AA Vácuo rotativo
BB Precipitação
CC Vibração
DD Hidro
EE
Scrubbing
FF Decantação

29
Fluxograma de Processo

(A) Agitador (B) Misturador em tambor (C) Misturador helicoidal

(D) Misturador em linha (E) Misturador borracha (F) Misturador de rolo

(G) Misturador estático (H) Misturador em T

Fig. 4.2. Misturadores e batedeiras

Misturadores
Nos símbolos dos equipamentos mecânicos, o que importa é sua função e não o projeto,
construção ou detalhes de montagem.
Pode-se argumentar que o símbolo de motor não é necessário no agitador (A) ou no
misturador em linha (D). Também se pode argumentar que deveria haver símbolo de motor
no misturador de tambor (B) , helicoidal (C), de borracha (E) ou de rolo (F). O fator de
decisão é uma questão de conforto e não de objetividade.
Pequenos detalhes podem fazer uma grande diferença. Um tambor inclinado em um
esquema de misturador inclui a idéia de fluxo de material.

30
Fluxograma de Processo

(A) Reator ou vaso (B) Reator com agitador

(C) Reator com jaqueta

Fig. 4.3. Reação

Reatores
Os três reatores mostrados na Fig. 4.3 são realmente vasos, de modo que reatores,
vasos e caldeira podem ser agrupados, embora sejam funcionalmente diferentes.
É importante mostrar claramente os sentidos das linhas de vazão (entrada e saída).
Geralmente, a vazão é melhor estabelecida da esquerda para a direita e de cima para baixo.
Porém, gases e vapores usualmente deixam um reator do topo e entram por baixo.
No caso de vaso com jaqueta de aquecimento, o vapor normalmente entra na jaqueta por
cima e o condensado deixa a jaqueta por baixo. A situação pode ser contrária quando se
usa líquido para fazer a transferência de calor.

31
Fluxograma de Processo

(A) Coluna de Absorção (B) Coluna de Adsorsão

(C) Calcinador rotativo (D) Centrifugador

Fig. 4.4. Separação de material

Separação de materiais

Considerando o número de exemplos disponíveis, a separação de material é feita mais


freqüentemente do que qualquer outro processo nas indústrias. (Fig. 4.4 até Fig. 4.12).
Como há muitas categorias, a Tab. 4.2 mostrada para listar as figuras. Algumas destas
categorias se superpõem. Serão mostrados os maiores e mais complexos equipamentos
usados nas indústrias de processo. Embora os equipamentos sejam complexos, os
símbolos usados no Diagrama de Fluxo de Processo utilizam poucas linhas para dar
informação e idéias sobre eles.
Aqui pode se enfatizar a integridade de um desenho. Um desenho não consiste apenas
de figuras. Títulos, nomes, notas e dados são necessários para completar o desenho total.
Por exemplo, nem todas as colunas são idênticas. Eles podem até ter a mesma aparência,
porém elas podem ter funções radicalmente diferentes e estas diferenças devem ser
explicadas explicitamente nos desenhos, através de notas e legendas.

32
Fluxograma de Processo

(A) Centrífuga vertical

(C) Cristalizador de
batelada agitado

(B) Classificador

(D) Cristalizador a vácuo (E) Cristalizador Pachuca

Fig. 4.5. Separação de material

33
Fluxograma de Processo

(A) Ciclone

(B) Coluna de distilação (B) Coluna de distilação com


empacotada bandejas

Fig. 4.6. Separação de material

34
Fluxograma de Processo

(B) Secador de batelada

(A) Secador por adsorsão

(D) Secador de tambor


(C) Secador de esteira

Fig. 4.7. Separação de material

35
Fluxograma de Processo

(A) Secador rotativo

(B) Secador de bandeja


rotativa

(C) Secador de spray

Fig. 4.8. Separação de material

36
Fluxograma de Processo

(A) Evaporador com circulação


(B) Evaporador por convecção
forçada
natural

(C) Evaporador de múltiplos efeitos

Fig. 4.9. Separação de material

37
Fluxograma de Processo

(A) Extrator centrífugo líquido/líquido


(Podbielniak)

(B) Coluna empacotada

(D) Filtro de prensa plate e frame


(C) Filtro saco

Fig. 4.10. Separação de material

38
Fluxograma de Processo

(A) Filtro rotativo


(B) Precipitador

(C) Tela vibratória (D) Hidrotela

Fig. 4.11. Separação de material

(A) Eliminador (scrubber) (B) Selecionador

Fig. 4.12. Separação de material

39
Fluxograma de Processo

(A) Triturador de rolo (B) Triturador de dente

(C) Triturador giratório (D) Moinho de esfera e barra

(D) Triturador

Fig. 4.13. Redução de tamanho

Redução de material

Os desenhos da Fig. 4.23 mostra que algum elemento do equipamento deve servir como
uma essência mnemônica da figura. Nas Fig. 4.13 (A), (b) e (c), é o elemento atuante: rolo,
dentes, cone. Nas Fig. 4.13 (D) e (E), é a forma externa. Aqui as relações entre
comprimento e diâmetro são características de moinhos e trituradores.

40
Fluxograma de Processo

(A) Tanque de teto (B) Tanque aberto

(C) Vaso de teto


(D) Vaso horizontal

(E) Hopper (F) Esfera

(G) Pilha de material (H) Acumulador de gás

Fig. 4.14. Armazenagem de material

Armazenamento de material

Alguns projetistas preferem mostrar todos os tanques sem a linha de emenda


(Fig. 4.14A). É uma questão de conforto. Quando o tanque é de teto flutuante, esta
característica deve ser mostrada no símbolo (Fig. 4.14C). Uma pilha de armazenagem pode
mostrar que nem todos os containers possuem formas regulares (Fig. 4.14G).

41
Fluxograma de Processo

(A) Aquecedor (B) Resfriador

(C) Trocador processo/processo

(E) Ventilador fino (fin fan)

(D) Refervedor (reboiler)

Fig. 4.16. Trocadores de calor

Trocador de calor

A Fig. 4.16 mostra vários tipos de trocadores de calor. Há uma grande diferença entre
eles. (A, B, C e D).
O aquecedor (A) e resfriador (B) são convenientemente diferenciados pelo desenho da
linha de utilidade, subindo para um aquecedor e descendo para um resfriador. Estes dois
trocadores são diferenciados dos trocadores de calor processo-processo (C) pela não
continuidade das linhas de utilidade, que são mostradas simplesmente como setas.
Todas as quatro linhas dos trocadores de calor processo/processo (Fig. 4.16C) são
ligados a outro equipamento. A escolha entre os dois símbolos em (C) é simplesmente uma
conveniência de desenho para simplificar as interligações.
O símbolo para o refervedor (reboiler) do vaso (Fig. 4.16D) sugere que as duas formas e
funciona como o resfriador com ventilador fino (fin fan). O ventilador não está dentro do
equipamento do processo, porém ele é colocado dentro do símbolo para economizar
espaço.

42
Fluxograma de Processo

(A) Compressor centrífugo (B) Turbina

(C) Compressor centrífugo (D) Compressor rotativo

(E) Soprador, ventilador (F) Ejetor

Fig. 4.15. Transferência de gases

Transferência de gases

Comparando o compressor centrífugo (Fig. 4.15A) com a turbina (Fig. 4.15B), tem-se os
mesmos elementos, porém o formato da figura esta invertido. Aliás, sentidos de formatos e
de setas de direção podem ser arranjados para designar diferentes funções. Na Fig. 4.15 A
tem se compressão; na Fig. 4.15B, expansão. Nos dois casos, a forma segue a função.
Um símbolo de soprador ou ventilador (Fig. 4.15E) é similar ao de uma bomba. O
contexto serve para diferenciar as duas funções.

43
Fluxograma de Processo

Bomba centrífuga genérica Bomba rotativa com engrenagens

Bomba reciprocante

Fig. 4.11. Transferência de líquidos

Transferência de líquidos

A Fig. 4.17 mostra três símbolos básicos de bombas. As linhas de sucção e descarga
devem ser claramente marcadas pelas setas direcionais. Elas devem ser orientadas por
conveniência do arranjo geral do desenho.
Pode ser argumentado que apenas o símbolo geral é necessário para um Diagrama de
Fluxo de Processo. Porém, quando os símbolos são usados para representar esquemas de
controle há um grande benefício desenhar as diferenças, desde que os métodos de controle
também devem ser diferentes para cada caso.
O acionador não é mostrado em um Diagrama de Fluxo de Processo, mas deve ser
mostrado em um diagrama de sistema de controle, se for pertinente entender os fluxos de
sinais.

44
Fluxograma de Processo

(A) Esteira transportadora (B) Parafuso transportador

(C) Elevador

Fig. 4.18. Transferência de sólidos

Transferência de sólidos

Um Diagrama de Fluxo de Processo freqüentemente omite o equipamento de transporte


de material, substituindo-o por uma linha com um número de fluxo. Porém, em outras
aplicações, os símbolos do equipamento são incluídos, pois uma das razões para se
mostrar os símbolos dos equipamentos no Diagrama de Fluxo de Processo é que eles
também podem ser usados em esquemas de controle de processo.
Estes desenhos devem ser simples (Fig. 4.18). Não é necessário mostrar os acionadores.
Um transportador pneumático não é mostrado porque ele é simplesmente uma tubulação,
que pode ser simbolizada por uma simples linha. É o equipamento final que fornece a
informação do contexto.

45
5
Diagrama de Fluxo de Engenharia

processos, utilidades e termos típicos de


medição e controle.
Introdução A legenda pode ser apresentada em
uma folha separada ou pode ser uma parte
O Diagrama de Fluxo de Engenharia é do diagrama.
uma descrição gráfica detalhada do fluxo Uma legenda permite ao leitor saber o
de processo mostrando todas as que não está tão evidente de um ponto de
tubulações, equipamentos e a maioria da vista comum, por exemplo se o símbolo de
instrumentação associada com um dado uma válvula é a de bloqueio, globo ou
processo. Ele é geralmente gerado pelo agulha. A legenda define o uso dos
engenheiro de processo e algumas vezes símbolos. A legenda é necessária porque
completado pelo engenheiro de tubulação. mesmo com a padronização de símbolos e
É um documento multidisciplinar. identificação, ainda há pequenas
O Diagrama de Fluxo de Engenharia diferenças entre eles. Uma norma não
serve como base para projeto de processo, engessa a imaginação e criação do
tubulação e estruturas e reflete o projeto usuário, de modo que sempre haverá
dos sistemas de controle. Ele está sempre detalhes que apenas o criador sabe e por
sujeito a muitas revisões e aprovações. uma gentileza técnica, estas criações
O Diagrama de Fluxo de Engenharia devem ser esclarecidas para os usuários.
serve mais ou menos como uma lista de Deve se ter uma legenda para as
compra que representa tubulação, abreviaturas, que não são normalizadas
equipamento e instrumentação para um mas são largamente usadas em códigos
dado processo. Embora ele seja tratado de equipamentos, de processos e de
como documento de projeto, de fato, ele é utilidades. Também em um projeto, há um
a conclusão do esforço de projeto do ponto código para designar áreas da planta e
de vista do engenheiro do processo. estes conjuntos alfanuméricos precisam
Também o Diagrama de Fluxo de ser esclarecidos.
Engenharia varia, de acordo com a firma A folha de legenda pode também incluir
de engenharia e a instrumentação é símbolos de válvulas de controle e
representada de vários modos diferentes. manuais e de outros equipamentos
auxiliares e miscelânea, como dispositivos
de segurança, acessórios, componentes
Folha de legenda de tubulações e detalhes de instalação.

Como há variação de estilos e símbolos,


é mandatório o uso de legendas. Nas
folhas de legenda são mostrados os
significados de letras de funções, variáveis
e modificadores. Também são definidas as
abreviações de locais, equipamentos,

46
Diagrama de Fluxo de Engenharia

A Análise
B Queimador/Combustão Alarme de *
C Escolha do usuário *A
D Escolha do usuário Alarme de alta de*
*AH
E Tensão
Alarme de baixa de *
F Vazão *AL
FF Relação de vazões Controle de* (cego)
FQ Totalização vazão *C
G Escolha do usuário Válvula de controle de *
*CV
H Manual (Hand)
I Corrente Elemento sensor de*
*E
J Potência Visor de * ou indicador local de *
K Tempo *G
L Nível Indicador de*
M Escolha do usuário *I
N Escolha do usuário Controlador indicador de *
O Escolha do usuário *IC
P Pressão, vácuo Multiplexação ou varredura
PD Pressão diferencial *J
Q Quantidade Orifício ou restrição de *
*O
R Radiação Ponto de teste de *
S Velocidade/Freqüência *P
T Temperatura Totalização ou integral de *
*Q
TD Diferença temperatura
U Multivariável Registrador de *
*R
V Vibração/Análise mecânica Chave de *
W Peso/Força *S
WD Diferença de peso Válvula de segurança de *
X Não classificada *SV
Y Evento, estado, presença Transmissor de *
*T
Z Posição, dimensão
ZD Desvio Válvula de *
*V
Poço de *
*W

* significa selecionar a primeira letra da tabela ao lado

Fig. 6.1. Folha de legenda de identificação do instrumento

47
Diagrama de Fluxo de Engenharia

Tab. 4.1. Abreviaturas


ATM Atmosfera
AG Acima da terra
BD Blowdown
BL Limites de bateria
C Dreno químico
CA Permissão de corrosão
CO Operado em cadeia
CW Água de resfriamento
CWR Retorno de água de resfriamento
CWS Suprimento de água de resfriamento
(F) Fornecido pelo vendedor
FC Falha fechada
FI Falha em posição intermediária
FL Falha bloqueada
FO Falha aberta
FP Abertura total
GO Operado por engrenagens
HIL Nível de interface alto
HLL Nível de líquido alto
HOA Manual – Desligado – Automático
HP Alta pressão
IAS Suprimento de ar de instrumento
Ic Isolação (frio)
Ih Isolação (quente)
Is Isolação (segurança)
LC Fechado trançado
LIL Nível interface baixa
LLL Nível de líquido baixo
LO Aberto trançado
LP Baixa pressão
NC Normalmente fechado
NIL Nível interface normal
NLL Nível de líquido normal
NO Normalmente aberto
O Dreno de água com óleo
PO Bombeamento para fora
RO Orifício de restrição
SC Conexão de amostragem
SD Shutdown (desligamento)
SÓ Saída de vapor
SP Set point (ponto de ajuste)
SG Gravidade específica ou densidade relativa
SSV Válvula de segurança de shutdown
T/T Tangente a tangente
VB Quebrador de vórtices
UG Enterrado
US Estação de Utilidade

48
Diagrama de Fluxo de Engenharia

Tab. 4. 11. Válvulas de controle Tab. 4.11. Válvulas manuais

(*) Válvula gaveta


Válvula de controle (*) Pode ser acoplado
com atuador atuador ao corpo
pneumático
(*)
Válvula atuada por Válvula globo
cilindro (ação dupla)

Válvula retenção
Válvula auto
regulada ou
reguladora
Válvula plug

Reguladora com Válvula controle


tomada de pressão
externa
manual
(*)
Válvula esfera
Reguladora de vazão
autocontida
(*) Válvula borboleta
ou damper

S Válvula de
Válvula solenóide
R com três vias com retenção e
reset bloqueio
Válvula de
blowdown
Atuada por
diafragma com (*)
pressão balanceada Válvula diafragma

(*)
Válvula ângulo
Válvula com atuador
a diafragma e (*)
posicionador Válvula três vias

Ação da válvula Válvula quatro vias


FC – Falha fechada
FO – Falha aberta Corpo de válvula
FO ou FC
isolado
IhV
Válvula de controle Válvula agulha
com atuador manual
NV
Outras válvulas
com abreviatura
TSO sob o corpo:

49
Diagrama de Fluxo de Engenharia

PSV Válvula de Instrumento de nível


segurança de LT tipo deslocador,
pressão, ajuste em montado externamente
100 kPa ao tanque

PSV Válvula de Filtro tipo T


segurança de vácuo,
ajuste em 50 mm Placa de orifício com
H2O vácuo FE
flange

PSE Disco de ruptura


(pressão) Totalizador indicador
FQI de vazão a DP

PSE Disco de ruptura Indicador de vazão


(vácuo) FI tipo área variável

C = selo químico
P = amortecedor de FE Tubo venturi ou bocal
pulsação medidor de vazão
C S = sifão
Turbina medidora de
FE vazão ou elemento
Plug propelente

Placa de orifício em
Mangueira FE porta placa

Filtro, tipo Y
FE Tubo pitot ou
Annubar
LSV Purgador de vapor
Espetáculo cego
T
instalado com anel
em linha (passagem
LSV livre)
Dreno contínuo Espetáculo cego
T instalado com disco
em linha (bloqueado)

Código item #1234 Transmissor de nível


a pressão diferencial
Funil de dreno
(Ver abreviaturas) LT
o

50
Diagrama de Fluxo de Engenharia

Bombas

Checklist do Diagrama de Fluxo de A Fig. 6.4 mostra um arranjo típico de


bombas em um Diagrama de Fluxo de
Engenharia
Engenharia. O bloco do titulo deve conter o
número do item, titulo, isolação, água de
resfriamento, óleo ou selagem. A
Vasos
capacidade do projeto e a pressão
A Fig. 6.2 mostra um vaso típico. diferencial também podem ser informadas.
Usualmente no topo do diagrama de fluxo, O tipo de bomba e seu acionador
aparece o bloco do tipo do vaso com um devem ser mostrados. A mínima vazão de
número e titulo, dimensões e o tipo de recirculação é mostrada, onde necessário.
isolação, quando houver. Alguns Os amortecedores de pulsação são
projetistas incluem a pressão e mostrados em bombas reciprocantes e
temperatura. vents com válvulas são mostrados
Se o vaso contiver bandejas (tray), elas usualmente em todas as bombas.
são mostradas com linhas tracejadas. A Deve se prestar atenção ao controle da
numeração das bandejas deve ser bomba, incluindo os sistemas automáticos
explicada na folha de legenda. de partidas e vents.
A altura e o tipo de enchimento O tamanho das válvulas de sucção e de
(packing) são mostrados. Os internos descarga e os flanges da bomba devem
importantes (câmara de catalisador, ser indicados.
bandejas, desembaçador) são mostrados.
É importante comparar o desenho Compressores e sopradores
mecânico do vaso com o Diagrama de
A Fig. 6.5 mostra esquemas com
Fluxo de Engenharia para verificar
compressores e sopradores típicos. O tipo
consistência. A altura da linha tangente de
do compressor (centrifugo ou reciprocante)
um vaso vertical é mostrada acima da
e o número de estágios devem ser
fundação. A altura do fundo de um vaso
mostrados.
horizontal é mostrada acima da grade.
No topo do desenho, como usual, acima
A altura do nível de líquido normal
de cada compressor aparece o número do
acima da linha tangente ou acima do fundo
item e titulo, sublinhado, seguido pela
de um vaso horizontal é mostrada. As
capacidade, pressão diferencial.
faixas dos controladores não são
A folha de especificação do compressor
mostradas aqui, pois ainda é cedo, mas
deve ser verificada, observando itens como
elas aparecerão em algum outro lugar.
tamanhos de bocais.
Deve ser informado se os vasos tiverem
alguma inclinação em relação à horizontal.
As válvulas de alívio são geralmente
mostradas no topo do vaso (indústria
química) ou nas linhas de saída de vapor
(refinarias).

Trocador de calor
Fig. 6.3 mostra um trocador de calor
típico. O número do equipamento e o titulo
são sublinhados no cabeçalho do
documento.
Se houver isolação, ela é mostrada.
A designação das classes de pressão e
temperatura é opcional.
O tipo correto do trocador é descrito,
mostrando o número de seções e o arranjo
das vazões. Todas as linhas de vent
devem ser mostradas.

51
Diagrama de Fluxo de Engenharia

Fig. 6.2. Vaso típico

52
Diagrama de Fluxo de Engenharia

Fig. 6.3. Trocador de calor típico

53
Diagrama de Fluxo de Engenharia

Fig. 6.4. Bombas

54
Diagrama de Fluxo de Engenharia

Basicamente, três categorias de


instrumentos devem aparecer no Diagrama
Conteúdo do Diagrama de Fluxo de de Fluxo de Engenharia:
Engenharia 1. controles analógicos
2. controles discretos
Deve haver um consenso quanto a 3. interface com operador.
informação de instrumentação incluída no Estes equipamentos e funções são tudo
Diagrama de Fluxo de Engenharia. Nem aquilo que o operador vê ou toca.
toda a instrumentação precisa ser O controle discreto, envolvendo a lógica
mostrada. de ligar e desligar, é mais complicado e
Deve haver espaços e locais reservados menos óbvio que o controle contínuo.
nas tubulações e equipamentos, de modo Sendo mais complicado, são também mais
que os elementos sensores e elementos difíceis de serem apresentados, de modo
finais possam ser mostrados. O mesmo se que a tendência é esquecê-los. O melhor
aplicada a válvulas, pontos de enfoque para a lógica discreta é mostrar
amostragem, válvulas de segurança, todas as entradas e saídas de uma caixa
visores de nível, indicadores locais de preta (identificada como bloco lógico) e
pressão e temperatura, elementos de depois se referir ao desenho onde a lógica
vazão. Se a instrumentação está será desenvolvida. Este enfoque tem a
diretamente ligada ao processo, ela deve vantagem de já permitir o levantamento de
ser mostrada. entradas e saídas, que será
Informações mais detalhadas, tais como posteriormente requerido para o projeto do
tamanhos de válvulas, valores de ponto de sistema de controle digital.
ajuste, posições de falha, faixas calibradas
não precisam ser mostradas, pois elas
aparecerão em outros documentos, como
folhas de dados de instrumentos. Não se
deve colocar a mesma informação em
vários documentos diferentes pois haverá
problema quando houver alteração nesta
informação comum. Mostrar detalhes pode
parecer uma boa idéia, mas pode ser
extremamente difícil alterar estes detalhes,
mais tarde, quando eles forem alterados.
As informações distantes do processo
são controversas. Alguns argumentam que
apenas as malhas básicas devem ser
mostradas – nada mais.
O objetivo do Diagrama de Fluxo de
Engenharia é mostrar o processo em
detalhe e dar alguma idéia de seu controle.
Nem todos os detalhes de instrumento são
mostrados – pois eles são muito
numerosos. O consenso é mostrar toda
instrumentação ligada diretamente ao
processo e de interesse para o operador.
O que interessa ao operador são as
funções de display (registrador, indicador,
alarme, controle) e as de atuação (chaves
de liga-desliga, botoeiras, seletoras).
Informação detalhada e de
condicionamento de sinal, como
transmissão, extração de raiz quadrada,
multiplexação, não deve ser mostrada.

55
6

Simbolismo do Controle Contínuo

4.2. Estrutura variável


Além de se analisar os diagramas sob o
Introdução ponto de vista de símbolos e
identificadores, tem-se a oportunidade de
Entre o Diagrama de Fluxo de Processo fixar conceitos de controle de processo.
e o Diagrama de Fluxo de Engenharia
ficam muitos sistemas de controle juntos,
que podem ou não ser representados em Controle com realimentação
um documento formal de projeto. O negativa
Diagrama de Fluxo de Processo
representa o processo básico e o O objetivo do controle com
Diagrama de Fluxo de Engenharia, realimentação negativa é controlar uma
também chamado de Diagrama de variável medida em um ponto de ajuste. O
Tubulações e Instrumentos (P&I, em ponto de ajuste nem sempre é aparente,
inglês, Piping and Instruments, lê-se nem é facilmente ajustável.
pienai), representa o projeto detalhado do O estado operacional é automático
equipamento de processo e suas ou manual. Os parâmetros operacionais
interligações. A representação do sistema são o ponto de ajuste (em automático) e a
de controle em um P&I varia em detalhes saída (em manual).
entre as companhias e até entre projetos. Os valores monitorados são o ponto de
Serão tratados aqui e agora os ajuste, a medição e a saída. (Monitorar não
conceitos e símbolos dos controles significa necessariamente indicar.)
estruturados, que podem servir como
blocos constituintes de um projeto
completo de instrumentação.
O controle pode ser implementado distúrbios
através das seguintes estratégias: entradas saídas
1. Controle Contínuo Linear
1.1. Realimentação negativa PROCESSO controlada
1.2. Preditivo antecipatório
1.3. Desacoplamento
1.4. Cascata manipulada Medição
1.5. Relação
2. Controle com saídas múltiplas
2.1. Balanço de cargas Controlador
2.2. Faixa dividida feedback
3. Malhas redundantes
3.1. Reserva (backup) redundante
3.2. Tomada de malha integral Ponto de ajuste
3.3. Controle de posição da válvula
4. Controle Discreto ou Chaveado Fig. 6.1. Esquema do controle a realimentação negativa
4.1. Sistemas seletores

56
Simbolismo do Controle Multivariável

A realimentação negativa é mais Na malha de controle de vazão da Fig.


um conceito do que um método ou um 6.2, a vazão é sentida pela placa (FE), o
meio. No sistema com realimentação sinal é transmitido (FT), extraída a raiz
negativa sempre há medição (na saída), quadrada (FY-A) e finalmente chega ao
ajuste do ponto de referência, comparação controlador (FIC). Este sinal de medição é
e atuação (na entrada). A saída pode comparado com o ponto de ajuste (não
alterar a variável controlada, que pode mostrado na figura) e o controlador gera
alterar a variável medida. O estado da um sinal (função matemática da diferença
variável medida é realimentado para o entre medição e ponto) que vai para a
controlador para a devida comparação e válvula de controle (FCV), passando antes
atuação. por um transdutor corrente para
Em resumo, esta é a essência do pneumático (FY-B), que compatibiliza a
controle à realimentação negativa. É operação do controlador eletrônico com a
irrelevante se há seis elementos na Fig. válvula com atuador pneumático. A
6.2 e apenas um na válvula auto regulada atuação do controlador tem o objetivo de
de pressão (Fig. 6.3). Na válvula auto- tornar a medição igual (ou próxima) do
operada, os mecanismos estão embutidos ponto de ajuste.
na própria válvula, não há display e os Na válvula auto regulada acontece a
ajustes são feitos de modo precário na mesma coisa, porém, envolvendo menor
válvula ou nem são disponíveis. Na malha quantidade de equipamentos. O valor da
de controle convencional, os instrumentos pressão a ser controlado é levado para um
podem ter até circuitos eletrônicos mecanismo de comparação que está no
microprocessados. É irrelevante também atuador do válvula. No mecanismo há um
se as variáveis medida e manipulada são ajuste (fixo ou regulável) do valor da
as mesmas na malha de vazão ou pressão a ser controlado.
diferentes na malha de pressão. O Automaticamente a válvula vai para a
conceito de controle é a realimentação posição correspondente à pressão
negativa, independente do meio ou método ajustada.
de sua obtenção. Nos dois sistemas sempre há:
1. medição da variável controlada
2. ajuste do valor desejado
FIC 3. comparação entre medição e ajuste
4. atuação para tornar medição igual
FY-A ao ponto de ajuste
i/p Enquanto a medição estiver igual ao
FY-B ponto de ajuste (situação ideal), a saída do
controlador está constante (cuidado! Não é
FT
igual a zero!). Só haverá atuação (variação
na saída) quando ocorrer diferença entre
medição e ponto de ajuste.
A maioria absoluta dos sistemas de
FE controle se baseia no conceito de
realimentação negativa. Embora seja lento
Fig. 6.2. Malha de controle de vazão e susceptível à oscilação, ele é o mais fácil
de ser realizado.
A minoria dos sistemas utiliza outras
estratégias de controle ou combinação de
várias malhas a realimentação negativa. O
advento da instrumentação
microprocessada (chamada estupidamente
de inteligente) permite a implementação
econômica e eficiente de outras técnicas
Fig. 6.3. Reguladora de pressão de controle.

57
Simbolismo do Controle Multivariável

Controle preditivo antecipatório

O objetivo do controle preditivo


antecipatório (feedforward) é evidenciar os
efeitos dos distúrbios da carga do
processo.
A Fig. 6.4 é um esquema simplificado
do conceito de controle preditivo
antecipatório. Os componentes da carga
são fluxos de materiais e de energia cujas
alterações tendem alterar a variável
controlada. Para reagir a estas tendências,
as variações de carga são medidas,
alimentadas para o controlador
feedforward que calcula estas influências,
considera o ponto de ajuste e atua na
variável manipulada que afeta o processo,
de modo a minimizar o desvio do ponto de
ajuste.

distúrbios saídas
A Fig. 6.6 mostra um sistema de
controle de alimentação de água de
PROCESSO controlada caldeira a três elementos padrão. O
exemplo é dado para enfatizar a
importância de ter conceitos claros. A
manipulada porção de feedforward é destacada.
Mesmo que esta porção esteja no lado da
Medições descarga da caldeira, é ainda feedforward,
Controlador
feedforward Ponto de ajuste desde que este conceito trata dos
distúrbios do processo onde eles ocorrem.
O objetivo desta malha feedforward é
Fig. 6.4. Conceito de feedforward calcular a vazão de alimentação de água
necessária para satisfazer a demanda, a
carga (também um distúrbio). O objetivo da
A Fig. 6.5 mostra um exemplo de um malha de controle de nível é ajustar o
esquema preditivo antecipatório para cálculo, de modo que o nível permaneça
controlar a temperatura da descarga, T2, próximo do ótimo para a eficiência e da
no lado do processo de um trocador de segurança da caldeira. A malha de controle
calor aquecido por vapor. A porção de nível é uma falha de feedback
preditiva antecipatória da malha é rodeada cascateando a malha de controle de vazão
por linhas tracejadas, para clareza. Esta da água de alimentação. O objetivo da
porção calcula a vazão necessária de malha de controle de vazão de água de
vapor, Ws, dada uma vazão de processo alimentação é melhorar a eficiência da
medida, Wp, temperatura de processo para resposta para o ponto de ajuste calculado
o trocador, T1 e a temperatura desejada do e estabelecido. Ela é também feedback.
processo, T2, fornecida pelo controle O estado operacional normal é
manual HC. A malha de controle de vazão automático. Porém, para entradas anormal,
é uma malha preditiva antecipatória pode se entrar com uma entrada fixa
padrão. Ela é uma malha cascateada cuja manualmente, sob certas circunstancias.
função é melhorar a eficiência do sistema. Os parâmetros operacionais são o ponto
de ajuste e, algumas vezes, entradas
manuais (sistema em falha).

Fig. 6.5 Controle preditivo antecipatório

58
Simbolismo do Controle Multivariável

Os valores monitorados são as entradas


medidas e a saída calculada.
Controle Cascata

Controle com desacoplamento O controle cascata permite um


controlador primário regular um
O objetivo do desacoplamento é reduzir secundário, melhorando a velocidade de
a interação em situações com várias resposta e reduzindo os distúrbios
malhas ou variáveis. causados pela malha secundaria.
A Fig. 6.6 mostra as interações e suas A Fig. 6.7 é um diagrama de blocos do
compensações. Os sinais desacoplados conceito de controle de cascata,
são as entradas negativas dos somadores. mostrando as medições (primaria e
Se o analisador de nafta demanda mais secundaria), o ponto de ajuste do primário
vazão através da entrada de topo, a estabelecido manualmente e o ponto de
relação vapor-líquido será aumentada, ajuste do secundário estabelecido pela
aumentando os componentes mais saída do controlador primário.
pesados no lado de cima para atingir o A característica principal do controle
ponto de ajuste. Componentes mais cascata é a saída do controlador primário
pesados também acharão seu caminho no ser o ponto de ajuste do secundário. Diz-se
lado do querosene, a não ser que esta que o controlador primário cascateia o
vazão seja reduzida para permitir mais secundário.
tiragem. A Fig. 6.8 é um exemplo de um controle
convencional de temperatura, envolvendo
uma única malha. Na Fig. 6.9 tem-se
controle de cascata. (É interessante notar
como um esquema simples pode esconder
fenômenos complexos. Por exemplo,
eventualmente a reação da figura pode ser
exotérmica e nada é percebido).

Elemento final
de controle

Controlador
secundário
PROCESSO

ponto de
ajuste Medição da variável
secundária

Controlador Medição da variável


primário primária

ponto de
Fig. 6.6. Esquema de desacoplamento ajuste

Fig. 6.7. Diagrama de blocos do controle cascata

59
Simbolismo do Controle Multivariável

SP TC TT
Controle de Relação de Vazões

O objetivo do controle de relação


(geralmente de vazões) é regular misturas
ou quantidades estequiométricas em
Saída proporções fixas e definidas.
Vapor

TE
Produto
r = ky e
Controlador
K Σ
m
Condensado y c=x
Fig. 6.8. Controle convencional de temperatura Processo

Fig. 6.10. Diagrama de blocos do controle de relação


SP TC1 TT1
Jaqueta
SP
vazão não controlada
TC2 TT2
B
FT2 x
SP
Saída
Vapor FFC
Produto
TE2
TE1 FT1
A
vazão controlada

Fig. 6.11. Controle de relação com divisor


Condensado

vazão não controlada


Fig. 6.9. Controle de cascata temperatura –
temperatura B
FT2 SP

No controle cascata a temperatura do


(mais lenta) vaso cascateia a temperatura : FFC
da jaqueta (mais rápida). Quando houve
distúrbio no vapor de modo que a
temperatura da jaqueta caia, o controlador FT1
secundário corrige esta varia mais A
rapidamente que o controlador primário.
vazão controlada

Fig. 6.12. Controle de relação com divisor

60
Simbolismo do Controle Multivariável

Blending é uma forma comum de Assim, é possível se ter A = r B ou


controle de relação envolvendo a mistura 1
então B = A
de vários produtos, todos em proporções r
definidas. A Fig. 6.9 mostra o diagrama de
blocos do conceito de controle de relação. No controle de relação de duas vazões,
A álgebra é feita fora do controlador para uma vazão necessariamente deve variar
evitar problemas de ganho e, como livremente e a outra é manipulada. Quando
conseqüência, de estabilidade. se tem o controle de relação de várias (n)
As Fig. 6.10 e 6.11 são diagramas mais vazões, uma delas deve ser livre e as (n-1)
comuns e já orientados para controle. É são manipuladas. Enfim, sempre deve
interessante notar que o mesmo controle haver um grau de liberdade, no mínimo.
pode ser feito por equipamentos diferentes. Os estados operacionais dependem da
Por exemplo, pode-se fazer a relação aplicação. Quando se têm várias malhas, é
através de um multiplicador ou de um possível tirar algumas do modo relação e
divisor (que é o inverso). Porém isso é fácil operá-las independentemente. É possível
de entender, a partir do conceito de também se manter a relação, mesmo com
relação das variáveis. a malha em manual. Os parâmetros
O objetivo do controle de relação é ter operacionais dependem da aplicação.
uma relação controlada fixa entre as Os valores monitorados são o ponto de
quantidades de duas substâncias, como ajuste (relação) e os valores medidos das
A duas vazões.
=r
B

Σ FC

FC

FT1

FC

FT1

FC

FT1

Fig. 6.13. Balanço de carga

61
Simbolismo do Controle Multivariável

Balanço de Cargas TC
20 - 60 kPa 60-100 kPa
O objetivo do controle com balanço de Tanque
carga é permitir a regulação da saída de TV-B
comum (somada) de várias malhas. A Fig. reação
6.13 é típica.
Os estados operacionais são qualquer Vapor aquecedor
combinação dos estados normais de
operação das malhas individuais. Qualquer
malha pode estar em manual e a malha Água refrigerante
externa ainda tenta manter a vazão total TV-A
em seu ponto de ajuste. Os parâmetros Fig. 6.14. Esquema do controle de faixa dividida
operacionais são os de todos os
controladores, incluindo o controlador mais
externo que balanceia a carga. (Isto não
Temperatura Saída do Posição da Posição da
quer dizer que todas as combinações são % span controlador válvula de válvula de
úteis.) % span água vapor

100 100 aberta fechada


Controle de Faixa Dividida
fechada
O objetivo de estender a faixa é alterar fechada
a faixa normal de um elemento da que ele
normalmente dispõe, aumentando ou
0 0 aberta
diminuindo-a. Este controle é chamado de fechada
split range.
Um exemplo de malha expandida é Fig. 6.15. Operação da válvula de controle
mostrado no diagrama da Fig. 6.15. Tem-
se duas válvulas em paralelo. Somente
depois da primeira válvula ficar totalmente
aberta, a segunda começa a modular. A
primeira válvula permanece totalmente Controle de malhas redundantes
aberta enquanto a segunda modula. Este
controle é aplicado em aplicações com O objetivo do controle com malhas
dois combustíveis, onde o segundo redundantes é fornecer controle mesmo
combustível (mais caro) só começa a ser quando há falha de uma malha ou fazer
usado depois que a válvula que manipula o controladores operarem em tempos
combustível mais barato fica totalmente diferentes, através da inclusão de ações de
aberta. controle ou ajustes de ganho ou em pontos
Outro exemplo de controle com faixa de diferentes, através de diferentes pontos
dividida é em controle de temperatura, com de ajuste.
dois meios de controle: um para aquecer A ação integral torna o controlador mais
(vapor) e outro para resfriar (água fria). lento, de modo que um controlador PI é
Também neste caso a saída do controlador mais lento que um controlador P. A ação
vai para as duas válvulas. A de vapor (ar derivativa torna o controlador mais rápido,
para fechar) opera de 60 a 100 kPa e a de de modo que um controlador PID é mais
água (ar para abrir) opera de 20 a 60 kPa. rápido que um controlador PI.
Em 60 kPa ambas estão fechadas. Controlador com ganho grande (banda
No controle de faixa dividida é proporcional estreita) é mais rápido que um
obrigatório o uso de posicionadores nas com ganho pequeno.
válvulas (o que não está mostrado no
diagrama).

62
Simbolismo do Controle Multivariável

Set @ 104 kPa Controles chaveados

Os conceitos de controle chaveados são


divididos em
Set @ 102 kPa
1. eletivo
2. seletor (alta ou baixa)
3. estrutura variável
O controle eletivo (Fig. 6.20) envolve um
Set @ 100 kPa chaveamento na entrada do controlador,
que recebe o sinal de dois transmissores
de análise. Quando um deles falha, o outro
assume a função de enviar o sinal de
Fig. 6.16. Backup simples, malhas redundantes medição.
O controle seletor (Fig. 6.21) envolve
dois (ou mais) controladores com o
rA chaveamento na saída, pois há um único
elemento final de controle. Em operação
normal o controlador de vazão (FIC) opera;
XIC quando o nível se aproxima de um valor
A crítico (muito baixo), automaticamente o
rB controlador LIC assume o controle. Nesta
configuração, é necessária a proteção
contra saturação do modo integral dos
XIC controladores, pois o controlador que está
B fora de controle, mas ligado, pode saturar
se tiver a ação integral.
O controle de estrutura variável (Fig.
6.22) permite o controlador TIC controlar o
Fig. 6.17. Malhas redundantes, com ajustes de processo com uma válvula TVA, até que a
ganhos diferentes (controlador com maior ganho pressão atinja valor perigoso. Agora o
atua primeiro) controlador de pressão assume o controle
da válvula principal e o controlador de
temperatura atua na válvula secundaria,
rA TVB. Também é necessária a
realimentação externa ao modo integral ao
PIC, para evitar a saturação da saída (não
Σ K ∫ é necessária a realimentação ao TIC pois
ele sempre está operando).
rB Todos os esquemas de controle seletor
chaveado inclui obrigatoriamente um
seletor de sinais.
Σ K
AIC

Fig. 6.17. Malhas redundantes, com ações de AT


A
> AT
B
controle diferentes (controlador P atua antes do
controlador PI) Reator

Fig. 6.18. Controle chaveado

63
Simbolismo do Controle Multivariável

realimentação externa
ao modo integral
PIC

LC
>
Tanqu
< TV
TIC ∆ A
FC

TV
B
Fig. 6.19. Controle auto seletor, com nível e
vazão. Fig. 6.20. Controle chaveado, com estrutura variável.

64
7

Simbolismo do Controle Lógico

Lógica Combinatória ou Seqüencial


Conceitos de Lógica
Geralmente, tenta-se distinguir binário,
Em sistemas de controle, a palavra acionado por evento e lógica instantânea
lógica é geralmente usada tem termos de de lógica seqüencial. Isto está mais
relé lógico ou lógica de controlador relacionado com as dificuldades
programável, o que não é muito lógico. O associadas em representar a lógica
termo lógico está geralmente associado seqüencial do que com as diferenças reais.
com o conceito de binário, que significa Não há nenhum problema prático em
possuir um de apenas dois estados considerar equivalentes todos os conceitos
possíveis, tais como liga-desliga, aceso- acima.
apagado, alto-baixo, verdadeiro-falso, A lógica seqüencial foi manipulada
presente-ausente, maior-menor, igual- menos satisfatoriamente no passado do
diferente ou 1-0. A palavra lógica se refere que a lógica combinatória. A lógica
a um sistema que obedece a um conjunto seqüência é geralmente representada de
fixo de regras e sempre apresenta o um modo que requer muito mais
mesmo conjunto de saídas para o mesmo conhecimento técnico por parte do leitor
conjunto de entradas, embora estas não técnico que deve analisar o
respostas possam ser modificadas por documento. Foi desenvolvida uma
alguma condição interna, como o estado metodologia mais simples que mudou
de uma saída de um temporizador ou estes conceitos. O IEC publicou a norma
contador. A lógica sempre trabalha com as 848 (Preparação das Cartas Funcionais
combinações de E (AND), OU (OR), NÃO para Sistemas de Controle, 1988).
(NOT) e nunca com TALVEZ. Os diagramas lógicos binários são
usados para tentar tornar o trabalho mais
fácil, para fazê-lo menos dependente do
Lógica de relé, lógica binária e
conhecimento do equipamento específico e
programas para fazê-lo mais funcional na orientação.
No início, a lógica de relé foi usada para
o simples intertravamento de circuitos de Lógica CLP
controle elétrico. Se a corrente de um
O controlador lógico programável (CLP)
motor exceder um determinado valor pré-
atualmente substitui os sistemas
estabelecido, ele deve ser desligado. Se o
complexos de relés. Suas vantagens são:
aquecedor elétrico ultrapassar determinada
1. Ocupação de menor espaço
temperatura, ele deve ser desligado. Se
2. Custo menor para sistemas grandes
uma correia de esteira estiver rodando com
3. Facilidade de modificação da lógica
uma extremidade fora, ela deve ser
O CLP é freqüentemente programado
parada. Para um dado conjunto de
emulando diagramas ladder de relés, pois
entradas, uma decisão deve ser feira e
estes diagramas são facilmente entendidos
uma ação tomada.
por muitas pessoas não instrumentistas. O
problema que permanece é que o

65
Simbolismo do Controle Lógico

diagrama ladder é orientado para de operação que permita ao operador


equipamento e requer um conhecimento intervir a qualquer momento no processo, é
de circuito elétrico. A diagramação lógica razoável incluir estes elementos em um
binária é uma tentativa de reduzir a lógica desenho ou esquema conceitual.
complexa que existe entre as entradas e A segunda fase, execução, envolve
saídas de um sistema para a detalhes de execução ou instruções para
representação mais simples possível. um CLP. Este fase requer o conhecimento
Uma grande vantagem do diagrama apenas das entradas imediatas e não das
lógico binário sobre o diagrama ladder é a condições que as geram. Nesta fase, é
facilidade com que a lógica binária pode razoável eliminar muitos detalhes
ser combinada com uma representação do irrelevantes associados com o processo ou
processo sendo controlado, que dá um com a interface do operador.
entendimento mais claro da ligação entre o
controle do processo e sua lógica. Mesmo
que o CLP seja programado através dos Tipos de documentos
símbolos do diagrama ladder, é ainda mais
fácil trabalhar e entender o esquema Quando se vai do conceito para a
básico representado por lógica binária. execução, pode-se perceber que, no
mínimo, dois tipos de documentos são
necessários. O documento de execução é
Conceituação e Execução geralmente o único que é visto
formalmente. O documento de conceito
Há uma sutil mas importante diferença existe, como um esquema de engenharia
entre as duas fases que devem ser ou como uma tentativa de combiná-lo com
consideradas para se ter um esquema de o diagrama de fluxo de engenharia. Para
controle trabalhável envolvendo lógica lógica complexa, o documento conceitual é
binária. A primeira fase é comum a todo o completamente insatisfatório. Muita
equipamento e a segunda depende muito confusão seria evitada se o documento
mais do equipamento específico usado. A conceitual fosse um desenho formal.
primeira fase responde a pergunta: O que Na realidade, mais do que estes dois
precisa ser feita para determinado tipos de documentos estão envolvidos,
processo? A segunda fase responde a quando de vai do conceito para a
questão: Sabido o que deve ser feito, como execução. Usualmente, o processo de
fazê-lo? conceitualização começa com o diagrama
Quebrando o projeto nestas duas fases, de fluxo do processo. Neste tempo, uma
O que fazer? e Como fazer?, as coisas descrição geral, resumida, narrativa
andam mais facilmente. O problema pode esquematiza o processo, o que é para ser
ser claramente definido sem a restrição da feito e as necessidades da interface do
necessidade do conhecimento detalhado operador. Quando o diagrama de fluxo do
do equipamento disponível. O projeto pode processo é desenvolvido, no mínimo, as
ser discutido entre pessoas que podem entradas e saídas são definidas. Assim
conhecer o problema mas que podem ter que as entradas e saídas do processo
diferentes graus de conhecimento do estão definidas, o documento lógico
equipamento (e programa) disponível para conceitual pode ser desenvolvido. Depois
sua solução. Quando o projeto é dividido de aprovado o documento conceitual,
em suas partes componentes deste modo pode-se começar a fazer os documentos
mais ou menos abstrato, o problema e sua de execução.
solução pode ser conceitualizada, o Pode-se ir diretamente do documento
equipamento pode ser escolhido e a lógico conceitual para um diagrama ladder,
solução pode ser executada mais como o documento final de execução para
eficientemente. relé ou CLP. Porém, em sistemas grandes
A primeira fase é a conceitualização. e complexos, é recomendável ter um
Como o objetivo é conceber esquemas de documento intermediário que seja
controle que envolvam um processo, lógica entendido por aqueles que não
para controlar este processo e a interface necessariamente entendem os detalhes do

66
Simbolismo do Controle Lógico

diagrama ladder. Este documento pode


também ser usado para verificação
(ckeckout), pois ele mostra toda a lógica Portas Lógicas
interna e simboliza todas as entradas e
saídas sem os detalhes irrelevantes do Embora as chaves e os reles sejam
processo ou da interface do operador. dispositivos digitais, o termo lógica digital é
O documento final de execução reservado para circuitos que usam
geralmente é o diagrama ladder, utilizado componentes a estado solido, conhecidos
em sistema com relé ou com CLP. No caso como portas. As portas lógicas básicas
de CLP, ele pode ser gerado por um são:
programa associado (p. ex., PGM, 1. OR (também OR EXCLUSIVO)
2. AND
Reliance)
3. NOR
4. NAND
5. INVERSOR
Documentos lógicos conceituais
Porta OR
O documento lógico conceitual tenta
responder a questão: Como se consegue ir A porta OR possui duas ou mais
até lá daqui? Um diagrama de fluxo de entradas e uma única saída. As entradas
engenharia (P&I) não é uma ferramenta são designadas por A, B, ... N e a saída
adequada para fins de lógica. Também, o por L. As entradas podem assumir só 0 ou
diagrama ladder é muito especializado 1.
para fins de conceitualização. Assim, a A expressão para o OR é: A + B = L
maior utilidade do diagrama conceitual é A saída de uma porta OR assume o
como uma ferramenta que permite ao estado 1 se uma ou mais entradas assume
projetista lógico raciocinar através do o estado 1. A saída do OR é 1 se alguma
processo presente sem muita das entrada for 1.
consideração acerca das especificações Símbolos
finais do equipamento a ser usado para Os símbolos MIL, NEMA e ANSI são:
executar a lógica.
Há três divisões básicas no documento
lógico conceitual:
1. desenho do processo sendo OR
controlado sem entrar em detalhes MIL NEMA ANSI
que são irrelevantes para o controle
deste processo Fig. 7.1.Símbolos da porta OR
2. desenho da lógica
3. desenho da interface do operador,
desde que nada é totalmente
Tabela verdade
automatizado e tudo requer a
intervenção eventual do operador. Tabela verdade 0R para duas entradas
Os símbolos lógicos básicos são
ferramentas extremamente úteis. Os A B L
símbolos podem ser usados para 0 0 0
desenvolver e representar a lógica muito 0 1 1
complexa de um modo entendível.
1 0 1
1 1 1

67
Simbolismo do Controle Lógico
A
Circuitos equivalentes
B
Exemplo do uso OR em controle de A B
processo é ligar uma lâmpada através de
qualquer uma de duas chaves ou ambas.
A B

A A
B
B
Fig. 7.4. Circuitos para OR exclusivo
A

V
B Porta NOT
A porta NOT ou inversora produz uma
Fig. 7.2. Circuitos para OR saída oposta da entrada. Esta porta é
usada para inverter ou complementar uma
função lógica. O inversor, diferente das
Porta OR Exclusivo outras portas lógicas que possuem duas
ou mais entradas e uma saída, só possui
O OR exclusivo é uma porta com duas uma entrada e uma saída. A saída é o
entradas, cuja saída é 1 se e somente se inverso ou oposto da entrada.
os sinais de entrada forem diferentes.
Quando as entradas forem iguais, a saída A equação do NOT ou inversor é A = L
é zero.
Símbolos
A Equação do OR exclusivo é A ⊕ B = L
ou AB + AB = L

Símbolos NEMA ANSI


MIL
Fig. 7.5. Símbolos da porta NOT

+ OE Tabela Verdade do NOT


MIL NEMA ANSI
A L
Fig. 7.3. Símbolos da porta OR exclusivo 0 1
1 0
Tabela Verdade OR EXCLUSIVO
Circuito equivalente
A B L O circuito equivalente para um
0 0 0 INVERSOR com reles é mostrado abaixo.
0 1 1
1 0 1
1 1 0
R
A
Circuito equivalente L R
Um circuito equivalente com duas
chaves para uma porta OR EXCLUSIVO é
mostrado abaixo. Quando qualquer uma
das duas chaves estiver ligada e a outra
desligada, a lâmpada está ligada. Quando Fig. 7.6. Circuito NOT ou inversor
as duas chaves estiverem
simultaneamente ligadas, a lâmpada fica
apagada.

68
Simbolismo do Controle Lógico

Porta AND Porta NAND


A porta AND tem duas ou mais NAND é a porta oposta à AND.
entradas e uma única saída e opera de Quando todas as entradas NAND são 1, a
acordo com a seguinte definição: a saída saída é zero. Em todas as outras
de uma porta AND assume o status 1 se e configurações, a saída do NAND é zero
somente se todas as entradas assumem 1.
A equação do NAND é
A equação do AND é
A.B=L
ou AB = L
AxB=L ou
ou A +B =L
AB = L
Símbolo:

Símbolos A
MIL NEMA ANSI
A Fig. 7.9. Símbolos da porta NAND
MIL NEMA ANSI
Tabela Verdade
Fig. 7.7. Símbolos da porta AND
A B AND NAND
Tabela Verdade 0 0 0 1
0 1 0 1
A B C 1 0 0 1
0 0 0 1 1 1 0
0 1 0
1 0 0 Circuito equivalente
1 1 1 O circuito equivalente da porta NAND
com chaves é mostrado abaixo.
Circuito equivalente
O circuito equivalente da porta AND A
com chaves é mostrado abaixo.
B
A
A B
A
B
L
L
V
A B L
B

Fig. 7.8. Circuito equivalente a AND


Fig. 7.10. Circuito equivalente a NAND

69
Simbolismo do Controle Lógico

Porta NOR
Exemplos lógicos
NOR é a porta oposta a OR. Quando
todas as entradas são 0, a saída é 1.
A equação do NOR é Circuito retentivo
Um dos circuitos lógicos mais comuns é
A +B = L o circuito retentivo (hold) para motores
elétricos (Fig. 7.13). A figura mostra a
ou
divisão do diagrama em três áreas: painel
A ×B = L
(display), lógica e campo (outras áreas
Símbolo: também poderiam ser adicionadas, como
área do painel cego). O botão PARTIDA
(HMS 500) envia um sinal para a porta OR,
OR que passa qualquer sinal recebido. O sinal
vai para uma porta AND, que produz uma
MIL NEMA ANSI saída somente quando todas as entradas
Fig. 7.11. Símbolos da porta NOR estão presentes. Como a botoeira
PARADA (HMS 501) não está sendo
apertada, a porta NOT inverte o sinal zero
Tabela Verdade para um sinal positivo, satisfazendo a porta
AND e uma saída é produzida. A saída de
AND vai para o motor e volta para a
A B OR NOR entrada da porta OR para manter a lógica,
0 0 0 1
0 1 1 0 mesmo quando o botão PARTIDA deixa de
1 0 1 0 ser pressionado. Quando o botão PARADA
1 1 1 0 é apertado, a porta NOT inverte o sinal
positivo, de modo que a porta AND não
seja mais atendida e o circuito retentivo é
Circuito equivalente desligado.
O circuito equivalente da porta NOR Note-se que são usadas muitas
com relé é mostrado abaixo. palavras para descrever um sistema
simples que pode ser facilmente
representado por poucos símbolos
A conhecidos. Note, também, que todos os
símbolos lógicos estão representados na
figura. Está mostrada a lógica do processo,
B não a proteção do equipamento. Assim, o
relé de sobrecarga, relé termal e outros
dispositivos de intertravamento não estão
A B L mostrados, embora pudessem ser também
representados. Deve-se notar ainda que
parece que o motor recebe sua potência
da lógica. Isto obviamente não ocorre, mas
Fig. 7.12. Circuito equivalente a NOR a representação é simples e não diminui o
entendimento do circuito.

70
Simbolismo do Controle Lógico

Funções de campo

PAINEL
HM HMS
S 501 O exemplo da Fig. 7.14 é mais
complexo. É mostrado como o circuito
retentivo básico pode ser expandido
quando entradas de campo e saídas
paralelas devem ser consideradas.
NOT
OR Descrição do processo
LÓGICA

O processo envolve a evacuação do


equipamento por uma bomba, que pode
A estar sob uma pressão maior do que a
especificação da caixa da bomba. A
bomba de vácuo tem dois níveis de
proteção:
1. proteção principal fornecida pela
PSV
2. proteção secundária dada pela
CAMP

PSL, que evita a operação


desnecessária da PSV.
O circuito retentivo da válvula de bloqueio
tem uma entrada permissiva da PSL, após
um atraso de tempo, para evitar ação
devida a sinais espúrios. O circuito
retentivo da bomba de vácuo tem uma
saída paralela para a válvula solenóide de
água de selo.
Fig. 7.13. Circuito retentivo A lógica da figura é positiva. A PSL coloca
um sinal positivo (lógica 1) quando a
pressão da linha estiver abaixo de
determinada pressão (1 psig). As botoeiras
PARADA tem saídas positivas somente
quando pressionadas. Seu estado normal
é uma lógica 0. Não importa se os contatos
são normalmente abertos (NA) ou
normalmente fechados (NF), pois isso
poderia distrair o projetista cujo problema é
conceituar a lógica de controle do
processo. Como a válvula de bloqueio
falha fechada (ar-para-abrir), um sinal
positivo a abre. Um sinal positivo inicializa
o motor da bomba de vácuo e abre a
válvula solenóide de falha fechada.
O exemplo também mostra como as
lâmpadas piloto podem ser representadas
como uma interface do operador. As
botoeiras também pertencem à interface
de operação.

71
Simbolismo do Controle Lógico

PLL HMS HMS ZLL HMS HMS YL

PAINEL
108 503 504 220 505 506 402

NOT NOT
OR OR

LÓGICA
A A

CAMPO
<1 psig S

ZSL
PSL
220
108

PSV
109

YV
322

Fig. 7.14. Funções de campo

72
Simbolismo do Controle Lógico

Descrição lógica
Assim que a descrição narrativa tenha
Reator Químico de Batelada sido escrita, a próxima etapa é fazer
diretamente o esquema lógico. O que se
Processo segue não é necessário para o projeto. É
1. Um reator tanque agitado e uma descrição dirigida para quem não está
jaquetado deve ter X m3 de ingrediente acostumado com diagramas lógicos.
A adicionado. Depois ele deve ser A descrição está na Fig. 7.16.
cheio até um volume definido por LSH Enchimento
2 com o ingrediente B. Um circuito de contato retentivo padrão
2. Assim que o volume medido é é usado quando uma chave
estabelecido, o agitador é inicializado e PARADA/RESET dá permissão a todas as
começa a seqüência de aquecimento. portas AND (HMS 2A, HMS 2B).
3. A seqüência de aquecimento deve Para permitir o sistema funcionar como
seguir o perfil de temperatura da Fig. um todo, a chave RESET deve ser
7.9. apertada.
4. A seqüência envolve duas rampas Apertando a botoeira PARADA,
ascendentes de temperatura com desligam-se todas as portas AND e faz o
diferentes inclinações, dois períodos sistema ir para sua condição de falha
constantes e uma rampa descendente. segura.
5. No fim da rampa descendente, o Uma restrição deve ser adicionada à
agitador é desligado e o tanque é seqüência de enchimento: nível muito alto
drenado. deve parar o enchimento. Isto é
Interface do operador conseguido através de um sinal do LSHH
A interface do operador é 3, que aciona outro circuito retentivo que
principalmente constituída de botoeiras, deve ser resetado por HMS 6, depois que
chaves seletoras, lâmpadas piloto e a condição de nível alto tenha sido
buzinas. O operador pode controlar corrigida. Uma saída deste circuito
manualmente cada etapa com algumas retentivo fecha ou evita a abertura das
restrições e pode também inicializar uma válvulas de enchimento, quando elas
seqüência completamente automática. estiverem no modo automático ou manual.
A saída pode também acionar uma buzina
Lógica e acender uma lâmpada piloto. A buzina
Descrição pode ser silenciada pelo botão
1 Verificar se tanque está vazio CONHECIMENTO
Verificar se saída do reator-tanque está (ACKNOWLEDGEMENT), HMS 7, através
fechada de seu circuito retentivo mas a lâmpada
Verificar que a válvula de B está fechada permanece acesa, até que a botoeira
Encher reator-tanque com X m3 de A RESET, HMS 6, tenha sido apertada.
2 Verificar se a saída do reator-tanque está As válvulas de enchimento YV 1A e YV
fechada 1B podem ser abertas manualmente,
Verificar se a válvula de A está fechada colocando-se a chave seletora HS 3,
Adicionar B até o nível de LSH 2 MANUAL-DESLIGADA-AUTOMÁTICA na
3 Ligar agitador posição MANUAL. A única restrição é que
Ir para o procedimento de rampa de LSHH 3 não pode estar atuada. Estas
temperatura chaves seletoras estão normalmente na
4 Seguir o perfil de temperatura estabelecido posição AUTO, bem como a chave
5 Depois de terminar o ciclo de temperatura, seletora do agitador, HS8.
desligar o agitador No modo automático, o operador
Esvaziar o reator-tanque, garantindo que precisa apenas apertar a botoeira
válvulas de enchimento estejam fechadas PARTIDA, HMS 5. As condições a serem
Circular água fria através da jaqueta durante seguidas para este comando estão
a fase de esvaziamento estabelecidas pelas entradas da porta AND
abaixo de HMS 5:

73
Simbolismo do Controle Lógico

1. YV 1C deve estar fechada (ZSL 3 LHS 2 fornece o sinal que fecha YV 1B


atuada) e reseta a lógica mencionada acima,
2. YV 1B deve estar fechada (ZSL 2 terminando o ciclo de enchimento.
atuada)
Agitador
3. a botoeira de reset manual da chave
do contador de vazão, QS1, deve O próximo passo na seqüência é ligar o
ser pressionada agitador. No modo automático, isto ocorre
4. o reator deve estar vazio (LSL 1 quando o sinal de LSH 2 habilita a porta
atuada) AND abaixo da posição AUTO da seletora
Se todas estas condições estiverem HS 8. Como nenhum sinal OFF está sendo
satisfeitas, há um sinal de saída e duas recebido do gerador de rampa, todas as
das condições são imediatamente permissões estão presentes e a porta está
bypassadas: habilitada. A saída passa através da porta
1. a atuação da botoeira PARTIDA OR e faz duas coisas:
2. a exigência que o reator esteja vazio 1. inicializa um temporizador de 10
A saída da porta AND vai para outra s
porta AND debaixo da posição AUTO da 2. parte o motor, desde que ele
chave HS 3. Como o seletor está em não esteja no estado de
AUTO, a válvula YV 1A irá abrir (sem nível sobrecarregado
muito alto). Se o motor não partir dentro do período
FQ1 começa a medir a quantidade de 10 segundos, a saída do temporizador
requerida do material de alimentação para habilita outra porta AND e anuncia a
o reator. Quando FQS 1 tripa, uma condição de falha através da buzina e da
permissão é removida da porta AND do lâmpada piloto.
circuito de partida. A porta é desabilitada, O agitador será desligado quando o
que desabilita a primeira porta no circuito sinal OFF do gerador de rampa ficar ativo.
YV 1A e faz a válvula fechar. A seqüência deste procedimento pode
O próximo passo na seqüência ser seguida na Fig. 7.9.
automática é a abertura da válvula YV 1B. HS 9 inicializa esta fase quando na
As exigências para sua abertura podem posição MANUAL e fornece uma
ser vistas das entradas para a porta AND permissão para a primeira porta AND
alimentando a porta debaixo da posição quando em AUTO. Uma segunda entrada
AUTO de HS 4. Esta porta requer vem do sinal RUN do agitador. A outra
1. LSH 2 atuada entrada da porta AND vem de LSH 2 e é
2. ZSL 1 confirme fechamento de bypassada por um circuito retentivo para
YV 1A evitar paradas falsas quando o agitador
3. ZSL 3 prove o fechamento de parte e a superfície do líquido se torna
YV 1C agitada.
4. FQS 1 esteja em zero (sinal em Como não é permitido o aquecimento
zero e invertido) sem agitação do reator, o sinal RUN do
Se todas estas condições são satisfeitas agitador também fornece uma permissão
no tempo zero, é necessário adicionar uma para a porta AND da posição MANUAL.
condição que confirme a execução da As saídas das duas portas AND passam
etapa anterior. Esta ultima permissão vem para a porta OR e vão para os solenóides,
de uma porta que é atuada quando que mantém as válvulas de aquecimento e
1. YV 1A é comandada para abrir, resfriamento em suas posições de falha,
2. o medidor de vazão FQ1 está sendo energizadas. As válvulas do sistema
operando, de faixa dividida (split range) de
3. o nível não está alto aquecimento e resfriamento seguem agora
Um circuito retentivo retém as duas a saída de TIC 2 (que possui proteção
primeiras condições e fornece a lógica contra saturação do modo integral). Ao
correta para a porta anterior. A lógica mesmo tempo, o gerador de rampa X1C 1
causa o fechamento de YV 1A ser o gatilho recebe um sinal que o obriga a seguir sua
que abre YV 1B. rampa de temperatura.

74
Simbolismo do Controle Lógico

O único conhecimento necessário do A próxima fase é o esvaziamento do


gerador de rampa é que reator. Pode-se ver da lógica abaixo de HS
1. tal dispositivo existe, 10 que o reator pode ser esvaziado
2. ele possui entradas binárias para completamente quando HS 10 estiver na
governar as inclinações e sentidos posição MANUAL. Quando em AUTO, o
da rampa e do patamar esvaziamento depende de:
3. ele possui saída analógica 1. válvulas de entrada fechadas
4. geralmente é montado no painel 2. sinal OFF enviado para o agitador
5. pode ser realizado por instrumento, no final da fase PROCEDIMENTO
software ou firmware de sistemas 3. LSL 1 não atuado
O sinal binário marcado RAMP 1 faz a O sinal OFF do agitador da lógica do
saída do gerador de rampa aumentar em gerador de rampa inicializa a fase de
uma taxa definida pela primeira parte do esvaziamento e o sinal de LSL 1 (quando o
perfil de temperatura da Fig. 7.9. Quando nível baixo do reator é atingido) o termina.
se atinge o primeiro ponto do patamar, a Todas as condições lógicas são agora
chave XS 1A inicializa o primeiro período resetadas pelos comandos do operador
de patamar através do temporizador T1. para recomeçar nova batelada.
Isto é feito através de um AND que se
habilita somente quando o temporizador for
inicializado mas ainda não terminou o
tempo ajustado. Quando o temporizador HOLD
acaba o tempo, o HOLD é removido pela
RAMP 2
porta NOT e é dado o comando para a
Temperatura

RAMP 2. RAMP 1 RAMP 3


O comando RAMP 2 causa uma HOLD
seqüência similar de eventos, embora a
inclinação da rampa seja diferente. O
segundo patamar é atingido quando XS 1B
aciona o comando HOLD e governa sua
Tempo
duração através de T2. Quando o
temporizador T2 expira, o comando RAMP
3 faz a porção negativa do perfil de
temperatura ser seguido, baixando até Fig. 7.15. Perfil do ciclo de temperatura
atingir o valor ajustado por XS 1C.
O objetivo do temporizador T3 é o de
inibir o sinal OFF de XS 1C, que ocorre no
começo de cada ciclo. Ele deve desligar o
agitador somente durante a rampa
descendente. Quando o agitador é
desligado, os sinais de permissão para as
portas PARTIDA PROCEDIMENTO são
removidos, as solenóides são
desenergizadas de modo que o fluido de
resfriamento circula na jaqueta e o
comando HOLD é enviado para o gerador
de rampa através do sinal RAMP 1
invertido.
As combinações AND-NOT-OR
presentes em cada comando RAMP
garantem que apenas um sinal está
presente, em determinado momento. Elas
também inibem estes sinais durante os
períodos de HOLD.
Esvaziamento

75
Simbolismo do Controle Lógico

Fig. 7.16. Seqüência de enchimento do vaso

76
Simbolismo do Controle Lógico

Fig. 7.17. Seqüência do procedimento

77
Simbolismo do Controle Lógico

Desenhos e Palavras Cartas de função para controle

O provérbio chinês diz que uma figura


vale mais que mil palavras. Isto se aplica Introdução
literalmente na simbologia lógica de
O Comitê Técnico IEC #3, Subcomitê
sistemas de controle e intertravamento.
3B: Documentação, publicou um método
Usam-se alguns milhares de palavras para
de descrever a função e o comportamento
descrever um processo relativamente
dos sistemas de controle que contenham o
simples. Depois que certas convenções
projeto conceitual e a descrição da
simbólicas tenham sido acordadas, a
seqüência lógica (IEC Pub. 848-1988). O
mesma quantidade de informação pode ser
método pode também ser combinado
representada de um modo não ambíguo
diretamente com a lógica combinatória
pelo uso de algumas poucas figuras
usual para formar uma poderosa
geométricas simples. Esta simplicidade e
ferramenta de projeto.
concisão constituem a beleza e a força do
Cartas funcionais são constituídas de
simbolismo lógico binário.
passos, elos dirigidos e transições (Fig.
Embora nos próximos exemplos o valor
7.18). O passo descreve um estado
do simbolismo lógico como uma
permanente (às vezes, momentânea) de
ferramenta do processo de
um processo seqüencial. O elo dirigido
conceitualização seja reforçado, sua
mostra a direção do fluxo da lógica. A
utilidade não termina aí. Uma vez as
transição é usada para mostrar a mudança
convenções tenham sido estabelecidas e
condicional entre estados permanentes.
aceitas, a lógica é muito objetiva e exata.
Ações, estados e comandos da lógica
Diferente das descrições com palavras, os
são associados com passos. Condições ou
esquemas lógicos não são abertos à
comandos para a lógica são associados
interpretação; o que se vê é o que se tem.
com transições (Fig. 7.19). Comandos ou
Os esquemas podem ser feitos por mais
ações são qualificados pelas letras símbolo
de uma pessoa, podem ser checados,
S (stored – armazenado), D (delayed –
discutidos, revisados, aprovados,
atrasado), L (limited – limitado em tempo) e
melhorados e usados para fins de
P (pulsed – pulsado, menor que limitado).
checkout e pesquisa de defeitos
As letras podem ser combinadas (Fig.
(troubleshooting). Eles também são uma
7.20). Comandos ou ações podem ser
excelente ferramenta de instrução.
condicionais (letra C, Fig. 7.21).
Condições transitórias podem ser
representadas por afirmações textuais,
expressões booleanas ou símbolos
gráficos (Fig. 7.22).
Uma poderosa capacidade destas
cartas de função é que elas podem
representar caminhos lógicos paralelos,
seleção de seqüência exclusiva (Fig. 7.23)
ou seleção de seqüência inclusive
(Fig.7.24). Na Fig. 7.23 a exclusividade é
mostrada pela lógica booleana nas
transições. Na Fig. 7.24 a simultaneidade é
mostrada pelas linhas duplas,
especialmente as mais baixas. Neste caso,
a transição c não é habilitada até que os
passos 09 e 10 sejam ativados ao mesmo
tempo. Assim, e somente assim, a
transição pode ser terminada.

78
Simbolismo do Controle Lógico

01 Passo inicial

Elo dirigido
a

Transição 02

b Passos subsequente

03

Fig. 7.7. Passos, elos dirigidos e transições

01 Esperar

HMS
101

02 Partir bomba

HMS
102

03 Parar bomba

Fig. 7.19. Comandos para e da lógica

79
Simbolismo do Controle Lógico

Comando A Status continua somente para a


18
duração do passo 18

c Condição c

Partida da Começa e contínua B


19 S
ação B

d Condição d

Comando C Comando C, dados 5 s no passo


20 D
D=5s 20, removido ao final do passo 20

Comando D Comando D, dado somente para


21 L
L=8s primeiros 8 s do passo 21

Comando E Comando E é atrasado 5 s e


22 DS
D=5s armazenado. Se ocorrer transição
antes 5 s, comando não será
ativado
g

Comando F Comando F é primeiro armazenado


23 SD
D=5s e depois atrasado. Se a transição h
ocorrer, o comando ainda será
executado
h

Fig. 7.20. Combinações de comandos ou ações

80
Simbolismo do Controle Lógico

Ação B
24 SC
se d

Ação equivalente
ocorre somente
d quando d estiver
presente
Ação B
24 SC
se d

Ação começa com


24 SC Ação d mas depois
permanece

Fig. 7.21. Comandos condicionais

81
Simbolismo do Controle Lógico

01

HMS
101

Partida
02 S Ligar motor

HMS Condições transitórias podem ser


102 representadas por declarações
textuais, expressões booleanas ou
Parada símbolos gráficos

01

Partida
• Condições
• Outras
02 SC Ligar bomba óleo
lubrificante

P > 250 kPa

03 SC Partir motor

Fig. 7.22. Condições transitórias

82
Simbolismo do Controle Lógico

01

abc abc abc

02 03 04

Fig. 7.23. Caminhos paralelos: seleção de seqüência exclusiva

83
Simbolismo do Controle Lógico

07

08

10

09

A linha dupla indica simultaneidade.


Os dois sinais devem estar
presentes antes de acontecer a
transição c. Somente então pode ser
11 terminada.

Fig. 7.24. Caminhos paralelos: seleção de seqüência inclusiva

84
Simbolismo do Controle Lógico

As diferenças básicas entre os


Documentos de execução diagramas de conceituação e de execução
são:
O objetivo de um diagrama lógico
1. O diagrama conceitual tem uma
conceitual é para resolver o problema de
orientação vertical, pois o processo
como controlar um processo; o objetivo de
é usualmente visto operando
um diagrama lógico de execução é para
horizontalmente e as linhas de sinal
realizar a solução. A lógica conceitual já foi
são melhor mostradas
discutida, a lógica de execução será vista
perpendiculares ao processo. O
agora.
diagrama de execução geralmente
Um documento lógico de execução é
tem orientação horizontal, quase
qualquer documento tomado como
como um diagrama ladder (escada)
ferramenta para ter as instruções
e possivelmente porque a lógica é
realizadas, por outros projetistas ou
seguida seqüencialmente sem muita
engenheiros ou programadores. Exemplo
ligação com o processo.
de documento de execução é a norma
2. O desenho conceitual é melhor
ANSI/ISA S5.2, Diagramas Lógicos para
desenhado em tamanho grande,
Operações de Processo, pois ele trata
enquanto o desenho lógico de
apenas de entradas, saídas e lógica. Ele é
execução é feito em folhas de
removido do processo, pois nenhum
tamanho A4 ou carga. O formato
processo é esquematizado.
grande ajuda a visualizacao de todo
A normas ANSI/IEEE STD 91 (1984):
o panorama, o formato pequeno é
Graphic Symbols for Logic Diagrams é
melhor de ser manuseado e na
outro exemplo de documento de execução.
lógica não há interesse em se ver o
Como este trabalho é orientado para
processo global.
aplicação de processo, ele assume que o
3. As portas lógicas são mais fáceis de
grau de detalhe presente em ANSI/ISA
desenhar. Como a lógica é
S5.2 é mais do que adequado para
desenhada usualmente na forma de
projetistas e engenheiros de aplicação. O
esquemas à mão livre, é importante
pessoal orientado para aplicação precisa
que haja um mínimo de linhas,
entender o processo e as funções de
símbolos e letras usadas.
caixas pretas aplicadas ao problema do
controle de processo, eles não precisam
Diagrama lógico
abrir as caixas pretas.
Antes de se desenvolver um diagrama
ANSI/ISA S5.2: Diagrama lógico lógico, deve se ter um diagrama de fluxo. A
binário para operações de processo Fig. 7.4. é um diagrama de fluxo de
processo. Deve se ter também uma breve
Esta norma tem o objetivo de fornecer descrição narrativa, ponto por ponto, do
um método de diagramação lógica de objetivo do projetista. Então segue se o
sistemas de intertravamento binário e diagrama lógico. A Fig. 7.15 é um
sequenciamento para a partida, operação, diagrama lógico associado com o diagrama
alarme e desligamento de equipamento e de fluxo da Fig. 7.14.
processos na indústria química, O diagrama mostra muitos símbolos
petroquímica, refino de metal e outras binários lógicos para operação do
indústrias. A norma pretende facilitar o processo. Os símbolos de função de
entendimento das operações binárias e entrada e saída são os balões e
melhorar as comunicações entre técnicos, bandeiroladas dos instrumentos da norma
gerentes, projetistas, operadores e pessoal ANSI/ISA S 5.1. As declarações de
de manutenção ligados ao sistema. entradas e saída são interpostas entre os
Entre a documentação conceitual e a de balões ou bandeirolas e as setas de
execução, o pessoal de gerenciamento e continuação e a lógica levam de um
operação acha maior utilidade na desenho lógico para outro. A lógica flui da
conceitual do que na de execução, pois a esquerda para a direita. As setas usados
ligação com o processo é mais explícita.

85
Simbolismo do Controle Lógico

somente onde necessário para melhor desejável manter o mesmo número


entendimento do fluxo de sinal. básico porque elas podem estar na
mesma caixa, pode se usar um número
ou letra como sufixo. Mesmo isto não é
absolutamente necessário, porém,
desde que a chave pode ser
identificada com números diferentes
separados por /.
5. Às vezes, é tentador manter o conceito
de malhas (HS1, HV1, ZSH1). Isto é
geralmente inútil, pois, na prática, é
raramente possível ser mantido. Além
disso é errado pois ANSI/ISA S5.1
requer um novo número de malha para
cada nova variável medida ou
inicializada. Somente se a malha da
variável H e a malha da variável Z
forem as duas primeiras malha para
usar estas letras e se ter
correspondência.
6. A maioria dos sistema de complexidade
moderada não tem uma relação
biunívoca entre funções de entrada e
saída. Quando eles tem, eles seriam
Fig. 7.25 Exemplo de diagrama de fluxo sistemas manuais. É melhor encarar a
complexidade na saída e dar ao
sistema lógica a designação YIC (ou
Aqui estão os principais pontos YC). O sistema é, antes de tudo, um
referentes à apresentação lógica como controlador de evento. Os elementos
mostrado na Fig. 7.26. de saída similares devem ter sufixos
1. Os desenhos são mais fáceis de seguir numéricos ou alfabéticos.
se todas as entradas são mostradas na 7. Embora a lógica seja muito abstrata, as
esquerda e todas as saídas na direita. ligações dela devem ser concretas. A
As funções lógicas são mostradas no Fig. 7.14 mostra somente uma única
meio. saída física para uma válvula solenóide
2. Embora as chaves de posição ZSH e de três vias. A ligação para a lógica
ZSL sejam atuadas pelas válvulas HV1 deve refletir isto. Não há função de
e HV2, as chaves estão na entrada saída para válvula fechada. Para fechar
para a lógica e as válvulas estão na a válvula, o sinal abrir válvula é
saída. Elas podem ser ligadas removido. São necessárias duas
fisicamente, mas na lógica as chaves saídas somente quando houver duas
são desenhadas na esquerda como solenóides.
entradas e as válvulas são desenhadas Como o diagrama lógico é documento
na direita, como saídas. de execução, é preferível usar a
3. As chaves NOT devem ser um pouco identificação dos equipamentos ligados
menores em relação aos balões de (i.e., válvulas solenóides, não as válvulas
instrumentos ou de equipamentos. Não de linha) e observar os modos de falha dos
há necessidade de parar a linha lógica equipamentos ligados.
em qualquer lado das portas. Na
prática, a linha é desenhada e o círculo
é desenhado em cima.
4. As botoeiras PARTIDA e PARADA
possuem o mesmo tag número, porém
elas tem funções totalmente diferentes
e devem ser diferenciadas. Se é

86
Simbolismo do Controle Lógico

omitidas, especialmente se HS é
substituída por HMS (chave manual
momentânea ou botoeira). Se não, então
as palavras Partida da Esteira (uma sobre
a outra) economizam espaço horizontal e,
junto com HMS, contem toda a informação
necessária sem redundância.
Função saída
Quando houver uma escolha entre
palavras e símbolos, escolher símbolos ou
uma combinação de símbolos com um
breve estado da saída. Há um impacto
muito maior no reconhecimento de
paradigmas quando se escolhe esta
alternativa
A primeira letra (H) deve ser usada
somente se há uma ligação direta com
uma chave manual. Se não, é
recomendável tratar a lógica como um
sistema e usar Y para evento ou K para
tempo, dependendo se a lógica é orientada
para evento ou para tempo. Nestes casos,
todas as saídas devem ter o mesmo
número de malha e sufixos diferentes.

Fig. 7.26. Diagrama lógico típico Função AND


As palavras nas entradas e saída
simplesmente ajudam a ligar o símbolo à
Recomenda-se observar os modos de definição. Lógica é a arte de fazer
falha segura. Não é aconselhável se ter identificações não contraditórias, não
válvula de enchimento com falha aberta, importa se com tanques, válvulas ou
porque é improvável. Também não se deve bombas.
usar nível lógico alto para desenergizar As duas entradas projetam mais
solenóides pois isto é confuso. informação de modo mais específico se
forem usados balões com os
Elementos lógicos identificadores funcionais LSH e ZSH.
Quando for necessário identificar
A Fig. 7.16 dá símbolos e funções de equipamentos (tanques, válvulas ou
funções lógicas básicas. Aqui estão mais bombas), deve se usar os identificadores
algumas recomendações úteis para um T-1, HV-2 e P-3, se existirem. Se não,
bom projeto. deve-se usar palavras especificas, tais
Geral como tanque de mistura, bomba de sucção
Não usar palavras quando símbolos e de óleo, válvula da descarga do
identificadores estiverem disponíveis. compressor.
Quando usar palavras, fazê-lo do modo A saída é também não específica.
mais conciso possível. Mesmo quando o Quando se sabe que um relé específico é
número de tag não for disponível, a parte atuado para partir a bomba, então um
do identificador deve ser usada para evitar balão com o tag número do relé deve ser
uma descrição narrativa. usado, p. ex., YY6.

Função entrada Função OR


Se as linhas lógicas forem diretamente Muitas pessoas se sentem
a uma saída chamada de Partida da desconfortáveis se uma saída positiva tem
Esteira, então as palavras devem ser de ocorrer para desligar uma máquina. Na
ausência de um comando positivo, o

87
Simbolismo do Controle Lógico

conceito de falha segura requer que a


Elementos temporizados
máquina pare. A saída é invertida usando
uma porta NOT e as palavras Permissão A norma ANSI ISA S5.2 apresenta os
Operação Compressor em vez de Parar elementos de tempo, que são basicamente
Compressor. três:
1. Inicialização atrasada da saída (DI)
Função OR Qualificado 2. Terminação atrasada da saída (DT)
O OR qualificado não é muito 3. Saída pulsada (PO)
necessário, mas é requerido quando se
necessita de lógica complicada. A mesmas
sugestões feitas acima com relação à
identificação de equipamentos de entrada
e saída são aplicadas. Também deve ser
sentido o mesmo modo de falha segura.
Se uma reação exotérmica ocorre,
perdendo-se o controle (sistema run away),
é melhor mostrar uma lógica positiva para
manter a reação ocorrendo. A falha da
lógica deve parar a reação.
Função Memória
A combinação do simbolismo e
identificação da norma ANSI ISA S5.1 com
os identificadores específicos de
equipamento permite um resultado
conciso. A aplicação de uma situação real
de processo exemplifica o princípio que
não se deve se tornar muito abstrato para
se perder o senso da realidade.
Considerações acerca de modos de falha
do vent do tanque e da permissão de
partida da bomba requerem que o vent
falhe e a permissão também falhe.
Originalmente, a norma fala das opções
relacionadas com perda, manutenção e
independência da perda da alimentação
principal. Atualmente estes conceitos são
facilmente implementados com as novas
tecnologias eletrônicas que permitem
memória permanente na ausência da
alimentação.
Quando se analisa a segura de um
sistema e os modos de falha, deve se
tomar todo o panorama e não se restringir
apenas à lógica. A potência pode falhar em
qualquer ponto – entrada, saída, motor,
pneumática, elétrica – e cada uma delas
deve ser considerada.

88
Simbolismo do Controle Lógico

Função Símbolo Exemplo


(1) Entrada A posição partida de uma chave
manual HS-1 é atuada para fornecer
Estado da uma entrada para ligar uma esteira.
entrada

HS
Número do instrumento ou do equipamento de
1
Partir esteira
inicialização, se conhecido

(2) Saída Uma saída de seqüência lógica


comanda a válvula HV-2 para abrir
Estado da
saída
Abrir
Número do Instrumento ou do equipamento HV Válvula
operado, se conhecido 2

(3) AND A saída lógica D existe se e Operar bomba se


somente todas as entradas lógicas 1. nível do tanque estiver alto e
A, B e C existirem 2. válvula de descarga aberta

A LSH Nível
5 Partir
B A alto T-3
D A bomb
C ZSH HV-3 a P-5
4 aberta

(4) OR Saída lógica D existe se e Não permitir operação do


somente se uma ou mais das compressor se
entradas lógicas A, B e C existir 1. pressão água resfriamento for baixa
2. temperatura do mancal for alta
A PSL Pressão
B OR D 14 baixa
água Permissão do
C OR Compressor
TSH Temper.
C-7 operar
17 alta

Fig. 7.27. Símbolos lógicos ISA

89
Simbolismo do Controle Lógico

Função Símbolo Exemplo


(5)
OR A Exemplo 1
Qualificado B
* D Operar misturador se dois e somente
C duas caixas estiverem em serviço
* Detalhes internos representam quantidades Caixa 1 em serviço
numéricas (ver abaixo)
Caixa 2 em serviço Operar
=2 Misturador
Caixa 3 em serviço

Saída lógica D existe se e Caixa 4 em serviço


somente se um número
especificado de entradas lógicas Exemplo 2
A, B e C existirem. Parar reator se pelo menos dois
Os seguintes símbolos dispositivos de segurança solicitarem a
matemáticos podem ser usados, parada
quando apropriado:
a. = igual a Dispositivo 1 atuado
b. ≠ não igual a Dispositivo 2 atuado
c. < menor que Dispositivo 3 atuado <2
Parar
d. > maior que Reação
Dispositivo 4 atuado
e < não menor que
Dispositivo 5 atuado
f > não maior que
g ≤ menor ou igual a (como f)
h ≥ maior ou igual a (como e) Exemplo 3
Fazer alimentação se, no mínimo um
e não mais que 2 moedores estiver em
serviço.

Moinho 1 em serviço
≥1 Operar
Moinho 2 em serviço
>2 Alimentador
Moinho 3 em serviço

Fig. 7.28. Símbolos lógicos ISA (continuação)

90
Simbolismo do Controle Lógico

Função Símbolo Exemplo


(6)
NOT Fechar válvula HV-7 quando nível do
BA B tanque T-3 não estiver alto e a bomba
P-4 não estiver operando

Saída lógica B existe se e


somente se a entrada A não existir. LSH Nível T-3
12 alto
HV Fechar
A 7 válvula
YSH P-3
1 operando

Alternativa de lógica

LSH Nível T-3


12 alto
HV Fechar
OR 7 válvula
YSH P-3
1 operando

Fig. 7.29. Símbolos lógicos ISA (continuação)

Nota Tabela verdade para mostrar equivalência


Entradas Saída

HV HV HV
7 7 7

Caso 1 Caso 2
1 1 0 0
1 0 0 0
0 1 0 0
1 0 1 1

Uma lógica 1 implica a existência de uma entrada ou saída e uma lógica 0 é a ausência
de um sinal.
Função NOT
A função NOT mostra a equivalência entre uma porta AND com portas NOT em suas
entradas e uma porta OR com um único NOT em sua saída.

91
Simbolismo do Controle Lógico

Função Símbolo Exemplo


(7) S representa set da memória
Memória A R representa reset da memória
(Flip flop) S C
A saída lógica C existe tão logo
B R D* exista a entrada A. C contínua a existir,
C independente do estado subseqüente
*A saída D não precisa ser mostrada, de A, até ser resetada pela entrada
quando não usada
lógica B. C permanece terminado,
independente do estado subseqüente
de B, até que a lógica seja resetada por
Opção de superposição de A.
entrada A saída lógica D, se usada, existe
Se as entradas A e B existirem quando C não existe e D não existe
simultaneamente e se é desejado quando C existe.
ter A superpondo B, então S deve Exemplo
ser envolvida em um circulo S Se pressão do tanque T-16 fica alta,
.Se B é para superpor A, então R abrir o tanque PV-38 para a atmosfera
deve ser envolvido por um circulo. (vent) e continuar ventando
R independente da pressão, até que a
válvula seja fechada por HS-3, desde
A C que a pressão não seja alta. Quando o
S
R vent for desligado, a bomba P-7 deve
B D
ser ligada.
C

Note que a entrada B se sobrepõe HS


Reset
à entrada A 3 Partir P-7
sistema S
PSH Pressão R PV Abrir
38
38 alta T-16 válvula

Fig. 7.30. Símbolos lógicos ISA de memória


Tabela verdade mostrando a necessidade de override:

Entradas Saídas
A B C D
1 1 * *
1 0 1 0
0 1 0 1
0 0 ** **
1 1 0 1
1 0 1 0
0 1 0 1
0 0 ** **
* Indefinido
** Determinado pelo último sinal de entrada

92
Simbolismo do Controle Lógico

Símbolo Definição Exemplo


A saída lógica B existe
* com uma relação de
BA B tempo para a entrada
lógica A. Esta relação de
tempo pode assumir
várias lógicas.

A existência contínua Se a temperatura do


da entrada lógica A reator exceder um
durante o tempo t faz a determinado valor,
BA DI B saída B existir quando t continuamente durante 10
t
expira. B termina quando segundos, bloquear a vazão
A termina do catalisador. Recomeçar
a vazão, quando a
Inicialização atrasada da saída
temperatura não exceder
(Delay Iniciation)
este valor.

Temperatura DI Boquear vazão


alta reator do catalisador
10 s

A existência contínua Se a pressão do sistema


da entrada lógica A faz a cai abaixo de um limite de
BA D B saída B existir baixa, operar o compressor
T
imediatamente. B termina ainda. Parar o compressor
quando A terminar e não quando a pressão ficar
tem ainda existido durante abaixo do limite
Terminação atrasada da saída
um tempo t. continuamente por 1
(Delay Termination )
minuto.

Pressão baixa DT Operar


compressor
60 s

A existência da entrada Se a purga do vaso falha


lógica A, independe de por um período de tempo,
seu estado subsequente, operar a bomba de vácuo
BA PO B faz a saída B existir por 3 minutos e depois
t
imediatamente. B existe parar a bomba.
durante um tempo t e
depois termina.
Saída de pulso
Purga falha PO Operar bomba
vácuo
3 min

Fig. 7.31. Símbolos lógicos ISA temporizados

93
Simbolismo do Controle Lógico

Conclusão

O engenheiro de sistema de controle necessita tratar da lógica


binária. Binário significa possuir apenas um de dois estados
possíveis: ligado ou desligado, 1 ou 0. Um sistema lógico sempre
apresenta o mesmo conjunto de saídas para o mesmo conjunto de
entradas, embora as respostas de saída possam ser modificadas por
algum programa interno.
Geralmente a lógica binária é realizada através de relés
eletromecânicos ou eletrônicos e atualmente através de Controlador
Lógico Programável, sistema que substitui os relés com vantagens.
O mesmo diagrama ladder pode ser usado para programar os dois
tipos de lógica.
O diagrama lógico binário simplifica e generaliza o simbolismo
lógico, além de reduzir o tamanho da dependência do equipamento.
As duas principais fases de realizar um sistema de controle
operável são:
1. conceituação
2. execução.
A fase de conceituação é independente do equipamento e a fase
de execução pode depender do equipamento escolhido para realizar
o esquema de controle.
Também, os dois principais tipos de documentação são
associados com as duas fases. O documento conceitual tenta
representar um esquema de controle abstrato. Seu objetivo é o de
ajudar o projetista e a todos que precisam ver o quadro panorâmico,
a conceber o esquema necessário para controlar o processo. O
documento de execução tem o objetivo de instruir os especialistas
como desenvolver especificamente um esquema lógico que já foi
definido abstratamente.
O documento conceitual mostra as partes essenciais do processo
e a interface do operador. O documento de execução mostra
simplesmente as entradas e as saídas. O diagrama ladder é um dos
documentos de execução.
Uma boa prática inclui aspectos lógicos e estéticos.
Na diagramação lógica fica mais evidente o provérbio chinês que
estabelece que uma figura vale mais que mil palavras.

Apostilas\Documentação Documentação2.doc 08 JUN 98

94
8
Diagramas de Malha

O diagrama de fiação é útil para o


instrumentista que precisa saber em que
Introdução terminal ligar determinado cabo elétrico.
O diagrama de malha não é usado
Alguns técnicos (geralmente da área para instalação, mas pode ser usado
de projeto) questionam os méritos dos para verificar a instalação. Ele pode ser a
diagramas de malha, negando sua base para desenvolver os desenhos e
utilidade, argumentando que a listas de cabeamento.
informação contida neles poderia ser O diagrama de malha é uma forma de
encontrada em outros documentos, como diagrama de blocos que mostra os locais
nos diagramas de fluxo de engenharia e gerais dos instrumentos: painel, console,
nos diagramas de fiação. sala de controle, painel cego e campo.
A grande importância dos Diagramas Os instrumentos são identificados por tag
de Malha é para o pessoal de número e os fios e tubos de interligação
manutenção, que necessita de uma são identificados especificamente como
descrição pictural, rápida, conveniente e terminais e pontos de terminação.
exata do que especificamente uma malha O diagrama de malha só pode ser
contém. Na realidade, o pessoal de completado após a escolha dos
manutenção geralmente quer mais instrumentos, usualmente depois do
detalhes no diagrama de malha do que o recebimento dos dados do vendedor. Por
projetista pensa ser necessário. isso ele não é um documento conceitual
O objetivo do Diagrama de Malha é de projeto, mas um registro do que foi
mostrar todos os detalhes de uma malha realmente projetado.
de instrumento que o técnico de O diagrama de malha mostra somente
instrumento de campo requer para os instrumentos principais na malha e
verificar e fazer pesquisa de defeito não mostra o processo.
(troubleshooting) na malha. O diagrama Uma folha de legenda deve
de malha é tão considerado um acompanhar o diagrama de malha. Não é
documento de manutenção que muitas necessário inventar nenhum símbolo
companhias insistem em colocar os novo de instrumentação ou de elétrica.
dados de calibração nele. Esta prática vai Geralmente, os diagramas de malha
contra a regra de não colocar uma são repetitivos e parecidos entre si, o que
pedaço de informação em mais de um é muito bom quando se usa computador
lugar. Os dados de calibração devem ser para fazer os desenhos.
colocados na folha de dados do
instrumento.
Embora sejam parecidos, o diagrama
de malha não é o diagrama de fiação. O
diagrama de malha mostra ao
instrumentista todas as interligações de
uma malha de um modo claro e simples.

95
informação em um documento e não o
faz em outro.
Conteúdo do Diagrama de Malha

O titulo deve ser descritivo, porém Folha de Legenda


simples. Notas suplementares podem ser
adicionadas para descrever somente o Como sempre, uma folha de legenda
que não evidente dos símbolos. deve acompanhar um conjunto de
Superposições, intertravamentos, pontos diagramas de malha. A folhe de legenda
de ajuste automáticos (cascateados), serve como uma referência rápida e
desligamento e circuitos de desligamento define as exceções da norma ou os
(shutdown) podem requerer breves casos especiais.
notas. A Fig. 8.1 é um exemplo de uma folha
Devem ser fornecidos os números dos de legenda para diagramas de malha. Ela
terminais, identificação da fiação e tubos não é completa e pode ser expandida
por número e cor, se necessário. As com as especificações de cada conjunto
caixas de passagem e terminais devem de diagramas de malha que ela
ser identificadas. representa.
Onde houver mudança na Uma definição importante que deve
continuidade do circuito (qualquer tipo de estar na folha de legenda se refere aos
terminação), deve haver um símbolo de símbolos de linhas. Alguns projetistas
identificação que ajude na verificação e preferem seguir rigorosamente a norma
pesquisa de defeitos. Os locais são ISA S5.1, colocando as linhas elétricas
normalmente mostrados dividindo-se o pontilhadas. Outros usam linhas
desenho em seções, p. ex., sala de contínuas, que são mais fáceis de
controle, painel cego e campo. desenhar e seguir, desde que já está
As fontes de alimentação elétrica e subentendido que todas as linhas são
pneumática devem ser identificadas elétricas.
especificamente. O nível de potência e
número de circuitos são informações
úteis.

Não conteúdo do diagrama de


malha

Porém não deve aparecer no


diagrama de malha:
1. Outras referências de desenho a não
ser as de continuação de desenho
(esta informação deve estar no Índice
de Instrumentos)
2. Informação de localização (já está no
diagrama de localização)
3. Informação do fabricante (está nas
folhas de dados)
4. Informação de calibração (está nas
folhas de dados)
Deve-se sempre evitar a tendência de
querer colocar as informações acima no
diagrama de malha, pois estas
informações devem estar contidas em
outros documentos e é desastroso
quando se faz a revisão de uma

96
Diagramas de Malha

Símbolo de terminal
genérico Terminais de Instrumentos Fontes de alimentação

ES, 115 V, 60 Hz

H
Identificação para TR
N
conjunto de terminação
XXX ou caixa de junção 1 105 G

2
1 1
3 FIC
2
2
4
100 AS, 120 kPa

3
TT S
5 120
4

5 Identificação da
conexão
• Usar designações ISA
HS, 300 kPa
para instrumentos
• Usar designações dos WT S
fabricantes para terminais 103

Alimentação
Linhas de sinal
ES Alimentação elétrica
Nestes diagramas de malha, todas
AS Alimentação pneumática
as linhas são sólidas, exceto as
HS Alimentação hidráulica
linhas dos blocos de configuração
S Conexão de suprimento
que seguem a convenção da ANSI-
I Entrada Onde necessário,
ISA SP 5.1.
O Saída por clareza

Fig. 8.1. Diagrama de malha de instrumentos, folha de legenda

97
Diagramas de Malha

Fig. 8.2. Diagrama de malha de instrumento, óleo combustível para Fornalha #1

Lay out de um diagrama de malha típico. Formato horizontal, tamanho A4 (ou carta). A
placa de caldeira é limitada a uma tira estreita em baixo. Os descritores de local são
limitados a tira estreita em cima. O diagrama é quebrado em seções: campo, rack, atrás do
painel e painel frontal. As interfaces não são arbitrárias. O diagrama de fluxo está mostrado
no canto direito, em baixo. Os elementos primário e finais não são mostrados no diagrama
de malha, pois está mostrado no diagrama de fluxo.
O diagrama é enxuto e simples. Ele mostra o essencial para pesquisa de defeito e nada
mais. Ele para onde a informação é obvia (equipamentos de campo) ou onde se requer mais
informação.

98
Diagramas de Malha

Típicos para indicadores de temperatura multiponto

Exemplo do uso de típico. A configuração da malha é comum a um grande número de


malhas. Os tag números, números de terminais e de identificadores podem ser dados em
forma de tabela. Típicos funcionam bem com malhas repetitivas do tipo mostrado. Porém,
seu uso é geralmente exagerado. A simplicidade do entendimento é o que conta para o
usuário final.

99
Diagramas de Malha

Fig. 8.4. Diagrama de malha de instrumento, alarme de baixa pressão do sistema de óleo
lubrificante da turbina

Este diagrama se refere a uma malha de alarme. Há uma controvérsia se os diagramas


de malhas devem ser feitos para malhas digitais (não analógicas). O usuário final e o técnico
de manutenção geralmente preferem e usam malhas de controle discreto e alarme.
Note que o Painel Auxiliar foi alterado para Painel de Anunciador de Campo. Também foi
colocada a função da chave de pressão, NA.

100
Diagramas de Malha

Fig. 8.5. Diagrama de malha de instrumento, compressor #2

O diagrama foi escolhido da vida real para ilustrar as dificuldades relacionadas com o
código de cores. É fácil para o usuário arbitrar que preto é negativo e branco é positivo (ou
vice versa). Porém, na vida real, o fornecedor do painel definiu azul para negativo e
vermelho para positivo.
Outra dificuldade está na definição da polaridade. O diagrama identifica o terminal 12
como positivo e o 13 como negativo. Deve-se lembrar sempre que a alimentação é uma
fonte e que todos os instrumentos são cargas. O primeiro instrumento ligado à fonte deve ter
os terminais ligados a terminais de mesma polaridade da fonte. Na malha as polaridades
são alternadas.

101
Diagramas de Malha

Fig. 8.6. Diagrama de malha de instrumento, típico para malha de controle distribuído

O diagrama mostra como tratar o caso em que a fiação real difere do mostrado no
diagrama de fluxo de engenharia, mostrado no bloco de configuração. O controlador
montado no armário deve ter um tag número de identificação. Se ele estiver envolvido
somente com duas malhas, ele pode ter os dois tag números.
É tentador parar o diagrama de malha nas entradas para o controlador montado no
armário , desde que isto é o bastante para a pesquisa de defeitos. Porém, o resto do
desenho da malha é necessário por questão de completude.
O controlador montado no armário é mostrado como um bloco. De fato a tira terminal
deveria ter dois balões de instrumentos adjacentes, FC 99 e TC 201, por exemplo e o
barramento de dados deveria juntá-los.

102
9

Diagramas de Fiação

21. Esquemas de plaquetas


Das duas grandes divisões do trabalho
Diagramas Elétricos elétrico, potência e controle, somente o
controle interessa à instrumentação.
Há uma grande interface entre a elétrica
e o sistema de controle. Como atualmente
a maioria da instrumentação é de natureza Símbolos de desenho e notas
elétrica, a realização do projeto dos
sistemas de controle é principalmente Como sempre, a folha de legenda vem
elétrica. antes do índice dos desenhos. Cada
O assunto de simbolismo e identificação companhia tem seu formato próprio, mas
elétrica pode preencher um livro inteiro. É os símbolos usados geralmente se
admirável a simplicidade do simbolismo baseiam nas normas ANSI e ISA.
elétrico e o modo em que este simbolismo A Fig. 9.1 mostra símbolos, definições e
é usado para expressar uma grande notas típicas que aparecem na maioria das
quantidade de informação detalhada. folhas de desenhos elétricos.
A beleza e importância de uma folha de
Tab. Lista de Desenhos de Projeto legenda é que elas dão ao projetista blocos
constituintes com os quais ele cria
1. Índice de Desenhos diagramas complexos. Ela também define
2. Notas de Símbolos e Normas símbolos e aplicações em um projeto
3. Classificação de áreas específico. Por exemplo, uma nota
4. Diagramas unifilares relacionada com cor de lâmpada piloto
5. Conjuntos de instalação poderia ser:
6. Desenhos de aterramento G para ser usado para Potência
7. Desenhos de cabos e conduites Disponível, Motor Parado ou Disjuntor
subterrâneos Aberto.
8. Esquemas de conduites R para ser usado para Motor Operando,
9. Esquemas de cabos e circuitos Disjuntor Fechado ou Condição de Alarme.
10. Desenhos de potência aérea Em aplicações de controle de motores, a
11. Desenhos da subestação convenção é geralmente inversa. Por isso
12. Desenhos de Iluminação a folha de legenda é o lugar para eliminar
13. Desenhos de instrumentação ambigüidades.
elétrica
14. Desenhos dos prédios de controle
15. Desenhos lógicos elétricos
16. Diagrama elementar (ladder)
17. Diagramas de ligação
18. Desenhos e pólos e linhas
19. Desenhos de miscelânea
20. Desenhos de aquecimento (heat
tracing)

103
Diagramas de Malha

Unifilar Detalhado Definição Notas

Mostrar o valor da
Fusível corrente de atuação

Mostrar o valor da
Fusível de encaixe corrente de atuação

Mostrar o valor de
Desligador de circuito ajuste e tamanho

Combinação de
Conector separável starters e disjuntores
em painéis de controle
de motores

400/5 • Polaridade
Transformador de 400/5 é relação de
corrente espiras

Transformador de
potencial

Delta
Transformador de
potência WYE

Terra

100
100
Chave de desligar não 100 = Ampère
fusível 3 P = trifásica
3P

Fig. 9.1. Símbolos da folha de legenda para desenho elétrico típico

104
Diagramas de Malha

PARTIDA
Contato momentâneo (não
Botoeira de partida retentivo)

PARADA Contato momentâneo (não


Botoeira de parada retentivo)

PARTIDA
Combinação de Botoeiras Funções independentes,
de partida e parada (não mecanicamente
ligadas)
PARADA

Combinação de Botoeiras Lâmpada indica


de partida e parada com normalmente ligada
PARTIDA lâmpada piloto A lâmpada esta ligada ao
relé no circuito de controle

PARADA

PARADA
MANTIDA
Estação de botoeira Especificar funções com
(Partida Momentânea e palavras
Parada Mantida)
mecanicamente ligada

PARTIDA
MOMENTANEA

A – ambar
Lâmpada piloto ou de G – verde (green)
indicação W – branca (white)
B – azul (blue)
R – vermelha (red)
Y – amarela (yellow)

Fig. 9.1. (continuação): Definições e notas típicas

105
Diagramas de Malha

Símbolo Definição Notas


Normalmente aberto se refere
Contato normalmente aberto à posição na prateleira
(NA)

Normalmente fechado se
Contato normalmente fechado refere à posição na prateleira
(NF)

Contato de sobrecarga termal

Contato de sobrecarga Contatos mostrados como


magnético contatos NF

Conexão de terra Conforme National Electric


Code (NEC)

Chave com atraso de tempo Contato NF com abertura


temporizada
TDO
Chave com atraso de tempo Contato NO com fechamento
temporizado
TDC

Bobina operando, de relé ou Designação é de acordo com


R1 R1 starter de motor o esquema de identificação

+ 12 V cc
Bateria Mostra tensão e polaridade
-

Fig. 9.1. (continuação): Definições e notas típicas

106
Diagramas de Malha

NA ou NF se referem à
Chave de vazão, FS posição da chave na
prateleira

Chave de nível, LS NA ou NF se referem à


posição da chave na
prateleira

Chave de pressão, PS NA ou NF se referem à


posição da chave na
prateleira

Chave de temperatura , TS NA ou NF se referem à


posição da chave na
prateleira

Chave de posição ou chave NA ou NF se referem à


limite, ZS posição da chave na
prateleira

Buzina ou sirene

Fig. 9.1. (continuação): Definições e notas típicas

107
Diagramas de Malha

Equipamento

Ver desenho de
planta para conduite

Item Descrição Quantidade


1 Bucha, ¾ “x ½ “ 6
2 Conexão (Nipple), ½ “ 1
3 Corpo do conduite 2
4 União, macho, ½ “ 1
5 Cabo flexível, ½ “, X-Proof 1
6 Plug, ½ “ 1

Detalhe No:
Válvula solenóide ou equipamento selado de fábrica, Classe 1, Grupos B, C e D, Divisão
1.

Fig. 9.3. Desenho de montagem de instrumentação padrão

108
Diagramas de Malha

Fig. 9.4. Aterramento de instrumento

Desenhos de aterramento são muito complexos. Há geralmente dois tipos:


1. um similar a um detalhe de instalação, consiste de uma série de detalhes de
equipamentos individuais (Fig. 9.4) e interessa ao instrumentista.
2. desenho tipo layout que mostra locais, pontos de ligação e roteamento dos cabos.
Geralmente não interessa ao projetista ou técnico de instrumentação.

109
Diagramas de Malha

Fig. 9.9. Desenho elementar de motor

Exemplo de combinação de diagrama elementar e de ligação, normalmente usado para


mostrar o controle de motor. Este diagrama permite o entendimento da lógica de controle e
fixa os locais e números de terminal de todos os equipamentos importantes.
Na porção esquemática do desenho, as linhas solidas representam a fiação interna ao
cubículo. As linhas pontilhadas representam a fiação externa, ou seja, a fiação que o
eletricista deve instalar no campo.

110
Diagramas de Malha

Fig. 9.10. Desenho chave de ligação

O diagrama é um esquema de interligação elétrico típico, usado como uma chave para
entender os equipamentos complexos. Ele mostra que as válvulas de controle e os
transmissores montados no campo são ligados a caixas de junção separadas. O roteamento
dos cabos é mostrado. Deve haver uma identificação suficiente para permitir ao usuário ter
uma visão geral e ver também os detalhes.

111
Diagramas de Malha

Fig. 9.11. Detalhe de instalação de caixa terminal

O diagrama mostra detalhes de instalação de uma caixa de terminais de campo. Ela dá


muita informação com poucas palavras. As conexões dos conduites estão na parte de baixo
para preservar a integridade do topo da caixa (para não entrar água). A fiação entra no
centro, através de conduite e vai para duas barras de terminais. A fiação de campo está do
lado de fora. A Fig. 9.12 mostra a montagem interna da caixa terminal.

112
Diagramas de Malha

Fig. 9.12. Desenho de montagem de caixa terminal

113
10
Diagrama Ladder

1. Entradas, chaves e contatos são


Introdução colocados no início da linha, no lado
esquerdo.
Diagrama ladder é uma representação 2. Saídas, bobinas e lâmpadas piloto são
ordenada em forma de escada de colocadas no fim da linha, no lado
componentes e conexões de um circuito direito.
elétrico. O diagrama ladder é também 3. Uma linha de entrada pode alimentar
chamado de diagrama elementar ou mais de uma saída. Quando isso
diagrama de linha. O termo ladder ocorre, as saídas estão ligadas em
(escada) se aplica porque ele parece com paralelo.
uma escada, contendo degraus. É o 4. Chaves, contatos e entradas podem ter
diagrama básico associado com o controle contatos múltiplos em série, paralelo
lógico programado. ou série-paralelo.
5. As linhas são numeradas
Componentes consecutivamente, à esquerda e de
cima para baixo.
Os elementos constituintes de um 6. Dá-se um único número de
diagrama ladder podem ser divididos em identificação para cada nó de ligação.
componentes de entrada e de saída. São 7. As saídas podem ser identificadas por
de entrada: função, no lado direito, em notas.
1. Contato normalmente aberto 8. Pode-se incluir um sistema de
2. Contato normalmente fechado identificação de referência cruzada, no
Os contatos podem ser retentivos (de lado direito. Os contatos associados
chaves liga-desliga), não retentivos (de com a bobina ou saída da linha são
botoeiras). Os contatos podem ser identificados pelo número da linha.
manuais (chaves manuais) ou automáticos 9. Os contatos de relé são identificados
(pressostato, termostato, chaves pelo número da bobina do relé mais
automáticas de nível e de vazão, chave um número seqüencial consecutivo.
térmica de motor). Os contatos podem ser Por exemplo, os três contatos do relé
CR7 são CR7-1, CR7-2 e CR7-3.
instantâneos ou temporizados para abrir ou
fechar.
São componentes de saída:
3. Bobina de um starter de motor L1 L2
SW1
4. bobina de um relé
5. bobina de uma solenóide saída
CR5
6. Lâmpada piloto
Existem outros símbolos, porém estes
são os mais importantes e usados e são
suficientes para o entendimento dos
Fig. 5.1. Diagrama ladder básico, para uma
diagramas encontrados nas aplicações
práticas. chave manual que liga a saída de um relé:
Todos os diagramas ladder possuem
algumas práticas comuns, como:

114
Diagrama Ladder

L1 L2
Seqüência direta
SW1
1. No início, todas as chaves estão
CR5
abertas, as bobinas estão
saída desligadas
2. Fechando SW1 ou SW2 ou ambas,
R
LS1 CR7 é energizada.
PL1 3. Na linha 3, o contato NA CR7-1
Fig. 5.2. Duas chaves em paralelo (manual SW1 fecha, habilitando a linha 3 e CR8
e automática de nível LS1) controlam a saída do relé ainda está desligada
CR5e uma lâmpada piloto PL1 vermelha (R). 4. Fechando a chave manual SW3, CR8
é energizada e a lâmpada piloto
verde (G) é acesa
L1 L2 5. Abrindo as duas chaves SW1 e SW2,
tudo é desligado
SW1
6. Em operação, desligando SW3, CR8
1 CR7 saída 1 é desligado, PL1 é desligada mas
CR7 contínua ligada.
SW2
Seqüência alternativa possível
2
SW3 1. Inicialmente, ligando SW3, nada é
CR8 saída 2 energizado (contato CR7-1 está
3
aberto pois CR7 não está
CR7-1 energizada).
2. Abrindo SW3, quando tudo estiver
4 G ligado, desliga somente CR8 e
PL1.

Exemplo 2
Fig. 5.3. Diagrama ladder com duas funções As seguintes modificações podem ser
feitas ao diagrama da Fig.5. 3:
1. SW4 deve estar ligada para CR7 ficar
Exemplo 1 ligada
2. CR7 deve estar desligada para CR8
O diagrama ladder da Fig.5.1, está
estar ligada
associado a um sistema com uma chave
3. CR9 é ligada por CR7, CR8 e SW3.
que liga-desliga um relé de saída, CR5. A
O diagrama estendido é mostrado na
Fig. 5.2 mostra um sistema de controle
Fig 5. Há uma linha pontilhada entre os
com linhas paralelas na entrada e na
dois contatos SW3, indicando uma única
saída. Qualquer uma das duas chaves liga-
chave comum com dois contatos (Se SW3
desliga a saída e a lâmpada piloto. O
estivesse na esquerda, somente um
diagrama da figura possui duas linhas
contato seria necessário para energizar as
funcionais ativas.
linhas 3, 4 e 5).
O diagrama ladder da Fig. 5.3 tem a
Uma linha adicional de operação
seguinte seqüência de operação:
poderia ser acrescentada ao diagrama
ladder, como a linha 6 mostrada na figura
5. A seqüência adicionada seria a
seguinte:
CR7 ou CR8 ou ambas, mais LS12 e CR9
ligam a saída do relé CR10.

115
Diagrama Ladder

Exemplo de um diagrama errado


O diagrama da Fig. 5.4 é um diagrama
ladder incorreto, que contem os mesmos
componentes da figura, porém, nunca irá
funcionar. Os erros são os seguintes:
1. Mesmo que houvesse potência entre
as linhas, a voltagem aplicada em cada
elemento de saída seria dividida por 3
e nenhuma bobina teria a tensão
correta de funcionamento e a lâmpada
piloto ficaria só um pouco acesa. Mas,
logicamente, as saídas nunca seriam
ligadas.
2. Mesmo fechando todas as chaves, o
contato CR7-1 ficaria sempre aberto.
Para fechar o contato CR7-1 a bobina
CR7 deve ser energizada e a bobina só
seria energizada fechando-se CR7-1,
que é impossível.

L1 L2
SW1 CR7-1 SW3
1 CR7 CR8 G
SW2
2

Fig.5. 4. Diagrama ladder incorreto

116
Diagrama Ladder

Exemplos de Diagramas Ladder


Solução

Quando o nível estiver abaixo do


máximo, a chave PS está aberta e
Circuito de Alarme de Alta Pressão 1. lâmpada R está acesa
2. motor está ligado, operando
3. lâmpada A está apagada
Descrição Quando o nível atingir o máximo, LSH
O circuito faz soar uma buzina e tripa
acender uma lâmpada piloto quando a 1. 1. apagando R 2. desligando motor
pressão atingir um valor alto perigoso. M
Depois que o alarme soa, o botão 2. acendendo A
Reconhecimento desliga a buzina e deixa Quando motor ficar sobrecarregado, OL
a lâmpada acesa. Quando a pressão abre
baixar para um valor seguro, a lâmpada se 1. desligando motor
apaga 2. mantendo A acesa

Solução
Quando a pressão atinge valor alto
perigoso, a chave PS atua, fechando o PS S1
circuito e 1
1. soando a buzina
2. acendendo lâmpada R
Quando operador toma conhecimento 2 R
do alarme e aperta a chave ACKN, a
bobina S se energiza, trocando seus ACK
contatos S1 e S2 3
1. S1 abre, desligando a buzina S 1 ,4
2. S2 fecha, mantendo S energizada
A bobina S só é desligada quando a 4
chave PS abrir, ou seja, quando a pressão S2
alta cair e ficar em valor seguro.

Controle de Bomba e duas lâmpadas


piloto com chave de nível
LS
Descrição 1 S 2,3,4
A chave de nível opera a bomba do S-1
motor. A bomba enche um tanque com 2 R
água. Quando o nível do tanque estiver
baixo, a chave liga o motor da bomba e S-2 OL
acende a lâmpada A. Quando o nível 3 M
atingir o nível máximo (tanque cheio), a
chave desliga o motor e acende a lâmpada S-3
R e A permanece acesa. Se o motor ficar 4 A
sobrecarregado, é desligado, mas a
lâmpada A contínua acesa.

117
Diagrama Ladder

Controle seqüencial de 3 motores

PARADA PARTIDA OL1 OL2 OL3


Descrição
Ligar três motores, isoladamente e um 1 M
M11 2, 3
após o outro. A parada desliga todos os
motores. Qualquer sobrecarga desliga 2
todos os motores M1-1

3 M2 4
Solução
Apertando a botoeira PARTIDA M1-2
1. M1 parte e fecha M1-1 e M1-2
2. M1-1 sela a partida de M1, mantendo 4 M3
M1 ligado depois que a botoeira M2-1
PARTIDA for solta
3. M1-2 liga M2, fechando M2-1
4. M2-1 liga M3
Qualquer sobrecarga em M1, M2 ou M3
desliga todos os três motores, pois OL1,
OL2 e OL3 são contatos NF e estão em
série

Controle temporizado de motores

Descrição PARTIDA OL1 OL2 OL3


PARADA
Ligar três motores, isoladamente e um
após o outro, com intervalos de 1 minuto. A M1 2
1
parada desliga todos os motores. Qualquer
sobrecarga desliga todos os motores 2 T1 3
M1-1
Solução
3 M2
Apertando a botoeira PARTIDA
1. M1 parte e energiza T1 T1-1
2. M1-1 sela a partida de M1, mantendo 4 T2 5
M1 ligado depois que botoeira
PARTIDA é solta T2-1
5 M3
3. T1 energizado fecha T1-1 depois de
1 min
4. T1-1 parte M2 e energiza T2, que
fecha T2-1 depois de 1 min
5. T2-1 parte M3
Qualquer sobrecarga em M1, M2 ou M3
desliga todos os três motores, pois OL1,
OL2 e OL3 são contatos NF e estão em
série

118
Diagrama Ladder

Controle seqüencial temporizado de


motores
PARADA PARTIDA
OL1
Descrição M1 2, 3
1
Três motores
M1 – motor bomba de lubrificação 2
OL2
M1 – motor principal M1-1
M1 – motor de alimentação 3 M2
devem ser ligados em seqüência e em
intervalos de tempo determinados. PSH
4 T1 5
Solução OL3
Apertando a botoeira PARTIDA 5 M3
1. M1 parte e M1-1 sela a partida de M1.
2. Quando a pressão subir, a chave T1-1
PSH tripa, fechando-se e partindo
M2 e energizando T
3. T1 energizado fecha T1-1 depois de
10 s, partindo M3
Se M1 aquecer, OL1, abre, desligando
M1 e a pressão cai.
A queda de pressão faz PSH abrir,
desligando M2 e desenergizando T.
T-1 abre, desligando M3

119
Diagrama Ladder

Controle de Velocidade de motores

Descrição
1. O motor tem três faixas de velocidades. PARAD 1a VELOCIDADE OL1
2. O motor acelera automaticamente para
1 M1 2
a velocidade selecionada.
3. Uma botoeira pode parar o motor em 2 M1-1
qualquer velocidade 3 T1-1
4. O motor possui proteção de sobrecarga
5. Três botoeiras separadas selecionam 4 C1-1
1a, 2a e 3a velocidade. 2a VELOCIDADE
6. Há um atraso de 3 segundos para 5 T1 3, 6,
passar de uma velocidade para outra 8
6 T1-2
Solução 7 C1-2
a
Apertando a botoeira 1 VELOCIDADE T1-3
8 S1 11
1. M1 parte e M1-1 sela a partida de
M1,.mantendo-o na primeira 3a VELOCIDADE
velocidade depois que a chave 4, 7
9 C1
PARTIDA é solta. 10,
2. Quando a chave 2a VELOCIDADE 10 C1-3 11
for apertada, 11 12
T2
• T1 fica energizado (Atraso
S1-1 C1-4
para Ligar)
• T1 –1 faz motor girar na 1a 12 S2
velocidade
• T1 –2 mantém T1 selado T2-1
3. Depois de 3 segundos, T1 –3 fecha,
ligando S1. S1 faz motor operar na 2a
velocidade
4. Quando a botoeira 3a VELOCIDADE
for apertada,
• C1 fica energizado
• C1 –1 faz motor girar na 1a
velocidade
• C1 –2 faz motor girar na 2a
velocidade
• C1 –3 faz motor girar na 3a
velocidade
• C1 –4 faz operar T2 (falta S1 –1
fechar)
Depois de 3 segundos, T3 fecha e
energiza S1 (motor fica na 2a velocidade).
S1 –1 fecha operando T2. Depois de 3
segundos T2 fecha e opera S2 , que coloca
o motor na 3a velocidade.
Quando houver sobrecarga, OL1, abre,
desligando M1.

120
Diagrama Ladder

circulação de ar dentro do ambiente


Unidade de Aquecimento de Óleo quando o sistema de aquecimento
estiver fora de serviço. Quando a chave
Descrição estiver em AUTO, o motor do soprador
Um motor M1 opera um bomba de alta é controlado pelo termostato TS2 .
pressão, usada para injetar óleo Quando a chave estiver em MANUAL,
combustível em um queimador. ela liga o motor M3 diretamente e
Um motor M2 opera um soprador de permite ao motor do soprador operar
indução que força o ar para o queimador, independente do sistema de
quando o óleo estiver sendo queimado. aquecimento.
Uma chave liga-desliga comanda o
circuito
Um termostato TS1 sente a temperatura
do interior do ambiente
Um termostato TS2 sente a temperatura
do trocador de calor.
Quando a chave estiver ligada (ON) e a
temperatura interna do ambiente for baixa,
TS1 fecha e parte os motores M1 e M2.
Quando a temperatura do trocador de calor
subir demais, TS2 fecha e parte M3. O
soprador circula o ar dentro do ambiente
através do trocador e aumenta a
temperatura dentro do ambiente. Quando a
temperatura do ambiente subir muito, TS1
abre e desliga o motor da bomba e o motor
do soprador de indução. O soprador do
trocador contínua operando até que o
trocador de calor seja resfriado a uma
temperatura baixa, quando TS3 abre seu
contato.
Solução
1. Ligando a chave para ON e se a
temperatura do ambiente estiver baixa,
TS1 tripa, fechado TS1 e energizando T
e M1 .
2. O temporizador é TOFF (atraso para
desligar), então T1 fecha
imediatamente, partindo M2. T fica
energizada por 1 min e depois abre,
desligando M2
3. FSL1 é uma chave de vazão que sente
a vazão de ar produzida pelo soprador
de indução e impede que o motor da
bomba de alta pressão continue
injetando óleo na câmara de
combustão.
4. M2 ligado faz FSL1 fechar, partindo M1
e permitindo a partido do motor da
bomba de alta pressão. Se o motor do
soprador de injeção de ar pára por
qualquer razão, FSL1 abre M1 .
5. A chave seletora AUTO-MANUAL
permite ao operador decidir a

121
Diagrama Ladder

2. LSH-2 fecha, ligando o motor de


Enchimento, Mistura e Esvaziamento agitação e energizando o
de Tanque temporizador TR
O motor do agitador mistura os líquidos
Descrição A e B durante 1 minuto
O funcionamento do sistema é o Depois de 1 minuto
seguinte: • TR-2 abre, desligando o motor M
1. Apertando PARTIDA, os solenóides • TR-1 abre, impedindo que os
A e B abrem, permitindo o tanque se solenóides A e B sejam ligadas
encher neste momento (interlock)
2. Quando o tanque encher, uma • TR-3 fecha, ligando a solenóide
chave de nível tipo bóia desliga A e C que esvazia o tanque
B e liga um motor M de agitação da Quando o tanque fica vazio, LSL tripa
mistura do tanque • LSL-1 fecha, permitindo ligação
3. O motor trabalha em determinado dos solenóides A e B
intervalo de tempo ajustável, T. • LSL-2 abre, desligando a
Depois de transcorrido T, o motor solenóide C
desliga e um solenóide C, na saída O ciclo se repete e os solenóides A e B
do tanque, é ligado esvaziando o são energizados, pois
tanque. • CR-2 está fechado
4. Quando o tanque ficar vazio, a • LSH-1 fechado (nível abaixo do
chave de nível desliga a solenóide C máximo)
e o ciclo recomeça. • LSL-2 fechado (nível mínimo já
5. Um relé térmico desliga o motor em atingido)
caso de sobrecarga. • TR-1 fechado (temporizador
Solução desligado)
Apertando a botoeira PARTIDA Esquema do Processo
1. CR energiza
2. CR-1 sela a partida, mantendo
motor funcionando depois de
soltada a botoeira
3. CR-2 permite os solenóides A e
B serem ligadas
4. CR-3 permite o motor M ligar e o
temporizador TR energizar L
(satisfeitas outras condições) S
5. CR-4 permite a solenóide C ser
ligada
Com CR-1 fechado (PARTIDA
acionada),
1. LSH-1 fechado (nível do tanque
abaixo do máximo)
2. LSL-1 fechado (nível do tanque
acima do mínimo)
3. TR-1 fechado (agitação ainda
não ligada)
4. os solenóides A e B se
energizam e as válvulas A e B
enchem o tanque
Tanque atinge nível máximo, LSH tripa
1. LSH-1 abre, desligando
solenóides A e B

122
Diagrama Ladder

Diagrama Ladder

PARTIDA
PARADA
OL1
2, 3
1 CR 5, 7
CR1-1
2

CR-2 LSL-1
TR-1
3 A
LSH-1

4 B

CR-3 LSH-2 TR-2


5 M

6
TR 3,5 , 7
CR-4
LSL-3
TR-3
7 C

LSL
8 LSLL 3

LSH
9 3, , 5
LSH

123
Diagrama Ladder

todos os contatos M2 mudam de


estado
Enchimento de Tanque com Duas • M2-1 abre e desenergiza CR
Bombas Alternadas • M2-2 fecha e mantém M1
energizada quando CR-3 abrir
Descrição • M2-3 abre para evitar que a
bobina M1 seja energizada
A água de alimentação é fornecida de
quando o contato CR-1 voltar à
um tanque central. O tanque é
sua posição normalmente
pressurizado pela água quando o tanque
fechada.
se enche. Dois poços separados fornecem
O circuito continua operando assim, até
água para o tanque, cada poço com uma
que o pressostato PS abra e desligue M2.
bomba independente. É desejável que a
Quando isso acontecer, todos os contatos
água seja bombeada de cada poço
de M2 mudam de estado.
igualmente, mas as duas bombas não
Uma chave seletora de três posições na
devem operar ao mesmo tempo. As
saída do pressostato permite ao operador
bombas devem operar alternadamente,
alternar a operação das duas bombas ou
mas uma chave seletora pode forçar a
operar a desejada (1 ou 2).
operação de uma bomba quando a outra
Embora a lógica já esteja completa, há
estiver com falha. Cada motor da bomba
um problema potencial: depois que a
contém um relé térmico de sobrecarga.
bomba 1 completou um ciclo, há a
Solução possibilidade do contato CR-3 reabrir antes
Assumindo a chave em AUTO e o que o contato M2-2 feche para selar o
pressostato fechado (há pressão de coluna circuito. Se isto acontecer, a bobina M2
d'água no tanque) será desenergizada e a bobina M1 será
1. energizar a bobina do starter do energizada (isto depende da operação dos
motor M1 relés). Para evitar este problema, adiciona-
• M1-1 fecha, energizando CR se um temporizador TOFF (off delay –
• M1-2 sela a partida do motor M1 atrasado para desligar). Quando a bobina
TR for energizada, o contato TR-1 fecha
• M1-3 abre, fazendo o
imediatamente, energizando CR. Quando
intertravamento com o motor M2 (M2
TR desenergiza, o contato TR-1
não funciona enquanto M1 estiver
permanece fechado por um determinado
funcionando)
tempo ajustável antes de reabrir,
2. CR energizado, todos seus contatos
garantindo que a bobina CR está
mudam:
desenergizada.
• CR-1 abre, quebrando o circuito
para bobina M1 OF #1 CR-1 M2-3 OL1
• CR-2 fecha, selando o contato P
AUTO
1 M 3, 5, 5
M1-1
ON
• CR-3 fecha para permitir ligação 2 Interlock
#2 M2-1
de M2 , que ainda não pode ser
ligado pois M1-3 está aberto CR-3 M1-3
3. Quando o pressostato PS abre, a 3 M2 1, 2,
bobina M1 desenergiza, permitindo 4 OL2
todos os contatos M1 retornarem às M2-2
posições normais. Neste momento, M1-1 M1-2
5 TR 7
o relé CR está energizado.
4. Quando o pressostato PS fecha
temporizador
novamente, o contato CR-1 evita 6
que a bobina M1 seja energizada e CR-2 TR
CR-3 permite que a bobina M2 seja 7 CR 1, 3, 6
energizada. Quando a bobina M2 é
energizada, a bomba 2 parte e memória

124
11
Detalhes de Instalação

instrumentos. Geralmente o instalador


deve:
Introdução 1. verificar no Diagrama de Fluxo de
Engenharia os detalhes do
Os detalhes de instalação dão as equipamento que vai ser instalado
instruções especificas, de um modo 2. procurar o instrumento pelo tag
conciso, para um técnico, de como número no Índice de Instrumentos
instalar um determinado instrumento e 3. achar os detalhes aplicáveis
seu equipamento correspondente. Cada 4. instalar os instrumentos de acordo
detalhe individual é geralmente com as instruções dadas no
acompanhado de uma lista de materiais Detalhe de Instalação de
associados, que identifica Instrumento.
especificamente cada item no detalhe de O detalhe pode ser de um instrumento
instalação. O desenho é usualmente determinado ou pode ser dado como
limitado para uma determinada tarefa. típico. Há também detalhes de instalação
Por exemplo, desenhos separados para categorias e funções de
devem ser feitos para a montagem do instrumentos. Por exemplo, um projetista
instrumento, ligações com o processo, geralmente possui centenas de
conexões elétricas, conexões com a desenhos, coletados durante anos, todos
tubulação. catalogados por função ou tipo. Quando
há uma nova instalação, algumas poucas
alterações nos desenhos existentes
Estilo e formato facilitam e abreviam o trabalho.
Pode haver categorias de desenhos
O formato para um detalhe de quanto à variável envolvida (pressão,
instalação de instrumento é usualmente vazão, nível, temperatura e análise), tipo
A4 ou carta, por questão de conveniência de medidor (placa de orifício, turbina),
de uso para o instalador, que só pode aplicação (medição de vazão de gases
montar um equipamento por vez. Por ou líquidos).
isso, não é recomendável usar desenho Os detalhes de instalação são
com formato grande ou combinar mais de geralmente usados para transferir
um detalhe no mesmo documento. Deve informação entre disciplinas. Por
se sempre ter em mente o usuário final. exemplo, a simples representação da
O estilo pode ser ortogonal ou folha de fluxo deve ser transformada em
isométrico. Um estilo isométrico mostra a algo mais específico para a instalação
localização relativa dos equipamentos e completa. Antes de o instrumentista
permite ao instalador alterar livremente instalar o instrumento, o projetista de
as dimensões. tubulação deve providenciado os
A numeração dos desenhos deve acessórios para receber o instrumento.
estar de conformidade com o índice dos A Fig. 10.1 é um exemplo típico de
folha de legenda.

125
Detalhes de Instalação

Fig. 10.1. Folha de legenda típica

126
Detalhes de Instalação

Fig. 10.2. Desenho isométrico da alimentação pneumática de um instrumento

Este desenho é suficientemente específico para cobrir detalhes que não podem faltar,
como as distancias acima do tubo para evitar sujeira e qualquer entrada possível de
condensado. Ele também permite a escolha do caminho e distâncias entre instrumentos
colocados lado a lado.

127
Detalhes de Instalação

Fig. 10.3. Desenho isométrico para proteção e suporte de tubo de tomada de impulso.

128
Detalhes de Instalação

Fig. 10.7. Divisão de trabalho e responsabilidade

Fig. 10.11. Exemplo de um detalhe de instalação para medição de vazão de líquido

129
Detalhes de Instalação

Fig. 10.12

130
Detalhes de Instalação

Fig. 10.13. Desenho instrucional, com quatro detalhes separados de instalação.

131
Detalhes de Instalação

Fig. 10.14 Desenho ortográfico, mostrando porque o desenho isométrico é melhor.

132
Detalhes de Instalação

Fig. 10.15. Detalhes de instalação de conexões de instrumentos de pressão

133
Detalhes de Instalação

Fig. 10.16. Detalhes de manômetros

Embora haja vários desenhos em um único diagrama, o engenheiro escolhe o tipo a ser
usado em determinada aplicação Não é o instalador que decide qual detalhe usar.
Geralmente, o Índice de Instrumento define o detalhe a ser usado em cada aplicação
específica.

134
Detalhes de Instalação

Fig. 10.21. Desenho ortográfico mostrando instrumentos de nível (visor e controlador) em um separador

135
Detalhes de Instalação

Fig. 10.22. Alimentação e tomada de processo (capilar) de transmissor pneumático.

Fig. 10.23. Três exemplos de conjuntos filtro-reguladores pneumáticos

136
Detalhes de Instalação

Fig. 10.24. Detalhe de instalação de transmissor de pressão diferencial usado em tanque fechado

137
12
Painéis de Controle

1. O operador só pode ter um controle


Painéis de controle efetivo sobre um processo se puder
receber e compreender a informação
Os painéis de controle podem ser
que chega e puder tomar a ação
divididos em duas grandes categorias:
corretiva rapidamente. Assim, o painel
1. local
de controle deve ser projetado com
2. remoto
uma faixa de controle do operador
Local se refere a proximidade com o
médio em mente.
processo. Remoto se refere distante do
2. O equipamento deve ser submetido à
processo. Remoto é sinônimo de central,
calibração e manutenção,
quando central significa centralizado, ou
periodicamente. O técnico de
seja, quando todos os sinais de toda a
manutenção deve ter fácil acesso aos
planta são levados para um local
instrumentos e os componentes chave
centralizado.
devem ser adaptáveis à rápida troca ou
Painéis locais devem suportar as
ao reparo.
condições hostis do ambiente industrial.
Eles são submetidos às intempéries Evolução
naturais (chuva, vento, maresia, neve, É interessante seguir a evolução do
geada) e industriais (respingos, gases projeto do painel de controle. Os primeiros
corrosivos). Este fato não influência os painéis simplesmente alojavam os
estilos e práticas dos desenhos, mas deve instrumentos: eles guardavam os
ser coberto por uma especificação escrita instrumentos juntos em um local
que acompanha os desenhos. conveniente e protegido. Como o espaço
Painéis centrais estão localizados em era crítico, os painéis não satisfaziam nem
salas de controle, em ambiente de ar o operador nem o instrumentista de
condicionado. Eles são construídos manutenção. Os instrumentos eram
conforme normas de uso geral. misturados confusamente e de difícil
Teclados e monitores estão substituindo acesso.
os painéis convencionais. Consoles de Quando foi verificado que o tempo de
sistemas de controle distribuído permitem produção era perdido por causa de projeto
menos licença artística para o projetista mal feito, tentou-se de tratar a parte frontal
que os painéis convencionais. A do painel como uma interface de operador
engenharia humana é importante para e a parte traseira do painel era um ponto
todos os painéis. de interface com a manutenção. Quando
Objetivo do painel de controle foi verificado que nem toda instrumentação
requeria a mesma freqüência de
Um painel de controle aloja
intervenção do operador, registradores e
instrumentos. É também um ponto de
contadores foram colocados em painéis
interface entre um operador e o processo.
verticais em pontos não acessíveis ao
O painel de controle deve ser projetado
operador. Os controladores e as chaves
com duas idéias em mente.
liga-desliga e botoeiras foram colocadas
em consoles, tão próximos ao operador

138
Painéis de Controle

que podiam ser acessadas com um giro de concentre a atenção apenas em variáveis
cadeira. críticas.
Os painéis gráficos foram desenvolvidos Acesso para manutenção é outro lado
para colocar os instrumentos dentro de da mesma moeda. Painéis locais são ainda
uma configuração gráfica do processo; por sujeitos à mesma restrição de espaço
exemplo, uma botoeira seria colocada como sempre, embora os painéis locais
dentro de um símbolo para o equipamento estejam se tornando mais compactos, por
atuado. Os painéis gráficos foram logo causa da pouca exigência de espaço dos
substituídos pelos painéis semi-gráficos, circuitos de multiplexação. Ainda, deve-se
que agrupavam os instrumentos em um fazer esforços para garantir que o
arranjo espacial lógico abaixo da equipamento escolhido e instalado seja
representação gráfica do processo. Aqui é acessível ao pessoal de manutenção.
outro caso em que as palavras podem ser As normas geralmente especificam os
mal entendidas pelo não especialista, pois parâmetros gerais de segurança, tais como
muito mais informação pode ser o mínimo espaço para acesso. Elas dizem
apresentada em um painel semigráfico do pouco acerca do projeto para permitir a
que em um totalmente gráfico. rápida localização do equipamento correto
Antes do aparecimento dos sistemas de e seus terminais.
display compartilhado, grandes plantas Salas de controle centralizadas
tinham grandes painéis semigráficos, com permitem maior separação entre estes
algumas centenas de metros. Estes controles necessários para o operador e
consoles requeriam muitos operadores, aqueles que não são essenciais para o
pois era fisicamente impossível uma única acesso do operador. Os instrumentos atrás
pessoa ver e alcançar tudo em painel tão do painel são freqüentemente removidos
grande, de modo rápido. do painel principal e colocados em painéis
Com a tecnologia de display cegos, distantes da interface do operador.
compartilhado, tornou-se possível chavear
Interface Homem-Máquina
os displays gráficos e fazer as funções
fixas do teclado corresponder ao display Os aspectos da engenharia humana da
mostrado. Uma pessoa podia então interface entre o processo e o operador se
compreender e controlar várias funções. tornam cada vez mais importantes. Em
Telas sensíveis ao toque (touch screen) se termos de projeto de painel, engenharia
tornaram comuns, substituindo teclados. humana significa estudar as capacidades
O display compartilhado acabou com a físicas e psicológicas dos operadores
discussão acerca da prevalência do painel médios e projetar e construir equipamento
gráfico ou semigráfico. Porém criou o que permita a estes operadores funcionar
problema da sobrecarga do operador. tão eficientemente quanto possível.
Comprimir o tamanho de um painel para a O operador médio pode ser homem ou
largura de uma tela de monitor é bom, mulher, alto ou baixo, gordo ou magro ou
quando a planta está funcionando até ter alguma deficiência física. Ele ou ela
normalmente, mas o que acontece quando pode ser surdo ou daltônico ou qualquer
várias unidades de processo entram em combinação das características acima. Isto
alarme simultaneamente? Obviamente, não importa. O problema permanece:
deve haver um compromisso econômico como o projetista cria uma interface
entre redundância (em termos de acesso a eficiente?
mais de um console), perigo potencial com Primeiro, se estuda os assuntos, o
o equipamento, concentração de dados e operador e a interface. Lipták recomenda
fadiga do operador. que a fonte de dados seja mantida na
Apareceram técnicas especiais, como o mente (estudantes, soldados, físicos). A
anuncio de first out de alarme, que permite cadeira deve ter ajuste de altura de
ao operador ver qual foi o primeiro alarme assento, rodinhas para se mover
que foi acionado, em uma cadeia de facilmente.
vários. A supressão do alarme secundário
foi outra técnica usada, quando múltiplos
eventos requerem que o operador

139
12
Folhas de Especificação

controle do controlador, indicação


opcional do transmissor,
Introdução posicionador na válvula)
7. Materiais envolvidos para partes
Os objetivos da Folha de Especificação molhadas, invólucro (ferro fundido,
são: aço carbono, aço inoxidável, monel)
1. Conter informação relacionada com 8. Acessórios (filtro regulador,
o processo ou com outros indicador local, tinta, gráfico,
instrumentos que são necessárias amortecedor, válvula de bloqueio,
para completar a engenharia do sifão, chave de alarme)
sistema 9. Condições de operação
2. Fornecer ao pessoal de compra e (temperatura e pressão mínima,
outras pessoas interessadas a normal e máxima)
informação necessária para 10. Local de montagem (painel de
satisfazer suas tarefas de modo leitura, painel cego, campo)
completo e eficiente –um canal de 11. Classificação do local de montagem
comunicação. (área segura ou classificada –
3. Servir como registro permanente Classe, Grupo e Zona)
para uso da planta – para 12. Classificação elétrica do instrumento
instalação, produção , operação e (prova de explosão ou de chama,
manutenção. purga ou pressurização, segurança
A Folhe de Especificação é o intrínseca, segurança aumentada,
documento que fornece as informações não incenditivo)
detalhadas e especificas do instrumento, 13. Classificação mecânica do invólucro
tais como: (NEMA ou IEC IP)
1. Função (sensor, indicação, registro, 14. Faixa calibrada e unidades SI
transmissão, tipo de 15. Tipo e tamanho de conexões com
condicionamento, controle, atuação processo (½ “ NPT)
final, segurança) Como a combinação de todas estas
2. Variável inicializada (pressão, informações resulta em uma quantidade
vazão, temperatura, nível, análise, quase infinita de documentos diferentes, é
posição, velocidade) prática comum desenvolver formulários
3. Característica (formato, tamanho, padrão, separando principalmente as
acabamento, cor) folhas por função e variável. Através
4. Montagem (superfície, painel, tubo, destes formulários padrão se propõe
pedestal) 1. Ajudar na preparação da
5. Sinais de entrada e saída especificação completa listando e
(eletrônico, pneumático, lógico, deixando espaço em branco para
digital) preenchimento das principais
6. Características funcionais (número opções descritivas.
de penas para registrador, ações de

140
Folhas de Especificação

2. Promover uniformidade de listar os tags dos vários instrumentos


terminologia especificados na anterior.
3. Facilitar cotação, compra e balanço, O cabeçalho da folha é projetado para
recebimento e pedido através da incluir o logotipo e nome da empresa,
informação uniforme nome do projeto, local da planta, data.
4. Ter um registro útil e permanente Os formulários da Folha de
para verificar a instalação. Especificação cobrem apenas os
A ISA S20 (1981): Specification Forms instrumentos mais comuns. A lista não é
for Process Measurement and Control completa nem é catálogo de instrumentos
Instruments, Primary Elements and Control e por isso ela pode ser continuamente
Valves apresenta Folhas de Especificação expandida.
padronizadas para as seguintes categorias Uma folha de instrução é dedicada a
de instrumentos: cada Folha de Especificação, explicando
1. Instrumentos receptor (indicador, as aplicações, termos usados e o
registrador) procedimento de preenchimento. As
2. Anunciadores de Alarme instruções são associadas aos números da
3. Formulários em branco linha da Folha.
4. Instrumentos potenciométricos
5. Instrumentos de temperatura
a) Enchimento termal
b) Termopares e termopoços
c) Detector de Temperatura a
Resistência e termopoços
d) Bimetal
e) Termômetro de vidro
6. Instrumentos de pressão diferencial
7. Instrumentos de vazão:
a) Placas de orifício e Flange
b) Rotâmetro de área variável
c) Tubo magnético
d) Deslocamento positivo
8. Instrumentos de nível
a) Deslocador e bóia
b) Tipo capacitivo
c) Visor
9. Instrumentos de pressão
a) Manômetros
b) Chaves
10. Válvulas de controle
11. Válvulas Piloto de controle de
pressão e Reguladores
12. Regulador de temperatura auto-
atuada
13. Válvulas de alívio de pressão
14. Discos de ruptura
15. Válvulas solenóides
Estes formulários são simples,
resumidos e podem incluir ou não todos os
dados de engenharia ou definições de
aplicação necessárias.
Algumas folhas consistem de uma
principal e outra secundaria (em forma de
tabela). A folha principal é usada
especificar um único ou vários
instrumentos e a folha auxiliar serve para Apostilas DOC\Documentação Documentação.doc 13 JAN 03

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