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TOPOGRAFIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
VITÓRIA
1998
2
SUMÁRIO
Pg.
1-) INTRODUÇÃO...................................................................... 04
9-) CONCLUSÃO........................................................................ 99
1-) INTRODUÇÃO
Segundo [ESPARTEL69] "a Topografia tem por
finalidade determinar o contorno, a dimensão e a posição relativa de uma
porção limitada da superfície terrestre". Esta determinação se dá a partir do
levantamento de pontos planimétricos e altimétricos, através de medidas
angulares e lineares, com o uso de equipamentos apropriados. O conjunto
de pontos devidamente calculados e corrigidos, dão origem, via de regra,
ao desenho topográfico, que se denomina Planta Topográfica, que é a
própria representação da "porção da superfície terrestre", que fora objeto de
levantamento. Os métodos de cálculos e a forma de tratamento e
transformação dos pontos planimétricos e altimétricos, formam as técnicas
que objetivamente serão apresentadas neste trabalho.
As técnicas topográficas para cálculos de levantamentos
planimétricos e altimétricos, bem como os cálculos geodésicos de
transformação de coordenadas, possuem conceitos e métodos consagrados
no mundo científico, e fazem uso, muito, e principalmente, dos conceitos
básicos da geometria clássica.
Neste Estudo Dirigido, serão apresentadas e discutidas
as principais definições e os métodos mais relevantes para os cálculos
planimétricos e hipsométricos de levantamentos topográficos clássicos,
além da apresentação da metodologia de transformação de coordenadas
geográficas em coordenadas planas, e vice-versa, com a oportuna
conceituação dos termos apresentados.
4
Oeste Leste
α: Ângulo vertical
Exemplo:
Onde: R1 = 30º NE
R2 = 80º SE
R3 = 30º SW
R4 = 45ºNW
Casos Especiais:
Onde : Az 1 = 45 º
Az 2 =130º
Az 3 = 220º
Az 4 = 310º
Prolongamento do
Alinhamento 1 - 2
• Retículo Superior
• Retículo Médio
• Retículo Inferior
10
Ele pode ser empregado como um levantamento único para uma área
ou como auxiliar no caminhamento, desde que as áreas sejam relativamente
pequenas. Como o método de irradiação não há possibilidade ou controle
do erro.
• MEDIDA DE DISTÂNCIA:
• Distância Horizontal:
DH = 100 × H × cos 2 α + C
DH = 100× H × cos2 α
16
a) Visada Horizontal :
Seja na figura :
Onde:
ab = h = a'b' ⇒ distância que separa os dois retículos extremos
(estadimétricos), no anel do retículo.
f d
=
h H
f
d= ×H
h
DH = d + C
f
DH = ×H + C
h
f
O fator , constante para cada instrumento, é na maioria deles
h
igual a 100, por construção. Nestes, teremos :
DH =100H + C
DH = 100H
b) Visada Vertical :
19
OR = OM x cos α
OM = 100 A’B’ + C (equação da distância horizontal,
com visada horizontal ).
OM = 100H x Cos α + C
OR = (100 H x cos α + C) cos α
OR = DH
DH = 100H cos2 α + C x cos α
DH = 100 H cos 2 α + C
DH = 100H cos 2 α
sen 2 α
DN = 100 × H × ⊕ m − i
2
21
a) Visada Ascendente :
Na figura tem-se :
i = altura do instrumento = RS
m = leitura do retículo médio = MQ
OR = distância horizontal
QS = diferença de nível
QS = RS + RM -
MQ
22
RM = OR x tg α
RM = DH x tg α
sen α
RM = (100H x cos 2 α + C x cos α )
cos α
sen 2α
sen α× cos α =
2
sen α
RM = 100 H
2
Voltando a equação inicial :
QS = RS + RM - MQ
sen 2α
DN = 100 H − m+i
2
b) Visada Descendente
Na figura , tem-se :
I = altura do instrumento = RS
M = leitura do retículo médio = MQ
OR = distância horizontal
QS = diferença de nível
QS = QM + MR – RS
sen 2α
MR = 100H + m − i (veja a dedução anterior)
2
sen 2α
DN = 100 H + m−i
2
Em resumo :
VISADA ASCENDENTE VISADA DESCENDENTE
sen 2α
100H =0
2
Onde :
Az = azimute
DD = Deflexão a Direita
DE = Deflexão a Esquerda
• Atualização de rumos :
ERROS :
c) Alinhamento incorreto :
O operador cravando as fichas ora de um lado, ora de outro do
alinhamento correto, causam erros provenientes da má orientação do
auxiliar de ré. Isto produz um erro sistemático variável, que poderá
ser reduzido pelo cuidado nas operações. Resultam valores maiores e
portanto são erros positivos.
e) Catenária :
É um erro que ocorre sempre que o diastímetro for suportado
pelas extremidades; devido ao peso próprio da corrente, faz que surja
uma curvatura ao invés de se medir em reta, ficando a distância
horizontal entre os pontos menor do que usando a corrente estivesse
inteiramente suportada ou colocada sobre o solo. A flecha formada
ou catenária pode ser diminuída, aplicando-se tensões mais fortes.
a) Determinação :
• pelas deflexões :
Exemplo:
Alinh. Distância Azim. Rumos Seno cos E ( +) W ( - ) N (+ ) S ( - )
Comp.
MP - 1 193,81 305º16' 54º44'NW 0,8165 0,5774 158,25 111,91
Σ E - Σ W = ∆X = erro de longitude
Σ N - Σ S = ∆Y = erro de latitude
ΣE = 213,20 Σ N =460,03
ΣW = 212,79 ΣS =459,47
∆X = 0,41 ∆Y = 0,56
E
e=
P
0,69 ×1000
e= = 0,62%
1.114,91
• proporcional às coordenadas :
Se na direção E-W foi encontrado um erro longitude
∆X, e na direção N-S um erro de latitude ∆Y, a distribuição
será feita proporcionalmente em cada direção. Como o erro
∆X foi encontrado no percurso Leste-oeste, esse erro
corresponderá ao total das colunas E e W; o mesmo ocorre
para o erro ∆Y em relação à soma N e S. Então, para cada
coordenada faz-se a distribuição proporcionalmente ao
comprimento da mesma. Como a soma das colunas E e W
deveriam ser iguais, o mesmo acontecendo para as colunas,
duas a duas. Isto equivale a repartir o erro de longitude (∆X)
entre E e W e o erro de latitude (∆Y) entre N e S, somando-se
metade do erro à coluna de menor soma e subtraindo-se a outra
metade da coluna de maior soma. Para cada coordenada
haveria uma correção (c) a ser adicionada ou subtraída e
proporcional ao seu comprimento.
Para Longitude :
425,99 ∆X = 0,41
158,25 c
c = 0,15 m = 15 cm
Para Latitude :
919,50 ∆Y = 0,56
111,91 c’
c’ = 0,07 m = 7 cm
Para Longitude :
Σ E + Σ W = 426,00 m
em 426,00 41 cm de erro
para cada 10 m c
c = 0,96 cm
10 - 0,96 = 1 cm 60 m - 5,76 = 6 cm
m cm cm
20 - 1,92 = 2 cm 70 m - 6,72 = 7 cm
m cm cm
30 - 2,88 = 3 cm 80 m - 7,68 = 8 cm
m cm cm
40 - 3,84 = 4 cm 90 m - 8,64 = 9 cm
m cm cm
50 - 4,80 = 5 cm 100m - 9,60 = 10cm
m cm cm
49
Para Latitude :
Σ N + Σ S = 919,50 = 920,00 m
em 920 m 56 cm de erro
para cada 10 m c’
c’ = 0,60 cm
10 - 0,60 = 1 cm 60 m - 3,60 = 4 cm
m cm cm
20 - 1,20 = 1 cm 70 m - 4,20 = 4 cm
m cm cm
30 - 1,80 = 2 cm 80 m - 4,80 = 5 cm
m cm cm
40 - 2,40 = 2 cm 90 m - 5,40 = 5 cm
m cm cm
50 - 3,00 = 3 cm 100m - 6,00 = 6 cm
m cm cm
50
• Para Longitude:
∆x c
=
p D
∆x
c= ×D
p
41cm
c= ×194 m ≈ 7 cm = 0,07 m
1.115m
• Para Latitude:
P ∆Y
D c’
∆y
c' = ×D
p
56cm
c' = × 194m ≈ 10m
1.115m
ΣE= ΣW
ΣN= ΣS
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Σ E - Σ W = ∆X = longitude parcial
Σ N - Σ S = ∆Y = latitude parcial
Como as somas terão que ser iguais, os valores encontrados
para ∆X e para ∆Y deverão ser colocados na coluna de longitude que
apresente menor soma e na coluna de latitude de menor soma.
Uma vez conhecidas as coordenadas parciais do elemento
omitido, podem ser calculados seu rumo e sua distância.
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longitude parcial
tgrumo =
latitude parcial
E o valor do rumo será dado pelo arco cuja tangente foi obtida
acima.
O quadrante do rumo será função do sentido das coordenadas
parciais do alinhamento omitido; se o valor ∆X será colocado na
coluna W e o valor ∆Y na coluna S ( colunas de menores somas),
evidentemente o alinhamento situar-se-á no quadrante SW.
Para o cálculo da distância, observando-se o mesmo triângulo,
tem-se que:
donde :
D = longitude 2 + latitude 2
Exemplo 2:
Alinh. E W N S
MP – 1 50,00 10,00 Σ E - Σ W = 10,00
1 – 2 20,00 20,00 Σ N - Σ S = 60,00
2–3 ? ? ? ?
3 – MP 80,00 30,00 Long.parcial 2-3 =
10,00 E
70,00 80,00 60,00 0,00 Latit. Parcial 2-3 =
60,00 S
55
10,00
tgR = = 0,1666
60,00
R = 9º26’ SE
D = 10 2 + 60 2 = 3700
D = 61,00 m
• CÁLCULO DE ÁREAS :
•Métodos Analíticos :
2 S = X2 Y2 - X2 Y3 + X3 Y2 - X3 Y3 + X3 Y3 - X3 Y4 + X4 Y3 – X4 Y4 + 2
X4 Y4 – X1 Y1 – X2 Y2 +
X2 Y1 –X2 Y1 – X1 Y2 + X1Y1 – X4 Y4
2S =
X1
Y1
X X X X X
↔ 2 ↔ 3 ↔ 4 ↔ 0 ↔ 1
Y2 Y4 Y4 Y0 Y1
- x +
Longitude Latitude
Alinh. Total Total
MP - 1 -158,41 111,84
1_2 -68,34 302,43
2_3 -72,6 414,17
3_4 -2,78 445,56
4_5 10,47 457,1
5_6 33,11 459,75
6_7 42,39 394,7
7_8 49,98 280,34
8_9 50,33 146,8
9_10 49,85 49,03
10_MP 0 0
− 158,41 − 68,34 − 72,60 − 2,78 10, 47 33,11 42,39 49,98 50,33 49,85 0,00
2S = × × × × × × × × × ×
111,84 302, 43 414,17 445,56 457,10 459,75 394,70 280,34 146,80 49,03 0,00
S = 59.976,15 m 2 = 5,9976 ha
• MÉTODOS DE NIVELAMENTO
• Nivelamento Barométrico
a) Barômetros de Mercúrio;
b) Barômetros Aneróides;
c) Barômetros Hipsômetro.
Apesar de ser simples, tal processo não tem a precisão requerida para
serviços topográficos, apontado neste estudo, para simples registro.
a) Definição
A.I. = cota + ré
cotas = A.I. –
vante
No exemplo :
Demais cotas :
2 , 00 = 101 , 00 = B
103 , 00 − 1 , 20 = 101 , 80 = C
0 , 80 = 102 , 20 = D
Quando :
figura
figura
68
• IRRADIAÇÃO ALTIMÉTRICA
C = C2 – C0 = C F- CI
C=A+B
A = R1 – PM1
B = R2 – PM2
C = (R 1 – PM1) + (R 2 – PM2)
C = (R 1 + R2) – (PM1 – PM2)
CN – C0 = (R 1 + R 2 + ...+ RN) – (PM1 + PM2 + ... + PMN)
Exemplo :
∑Ré = 10,00
∑PM = 5,00
∑Ré - ∑PM = 10,00 – 5,00 = 5,00 m
3º) De 2º ordem :
74
4º) De 3º ordem :
5º) De 4º ordem :
• Nivelamento Taqueométrico
a)Para visada ascendente: (0º < α < 90º ou 180º < α <
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sen 2α
DN = 100H − m+i
2
sen 2α
DN = 100H + m−i
2
c)Visadas Horizontais :
sen 2α
α = 0º / =0
2
DN = -m + i
sen 2α
α = 0º / =0
2
DN = +m - i
• CURVA DE NÍVEL
• PERFIL LONGITUDINAL
•Estaqueamento
149,00
Nº DA EST. = = 7 + 9,00m
20
84
DN
d% = x100
DH
87
• DECLIVIDADE DO TERRENO
DN [metro]
d = tgα = = = [s / unidade ]
DH [metro]
a) Diferença de altitude.
DN = 520 – 500 = 20 metros
b) Diferença de cotas.
DN = 106 – 102 = 4 metros
88
DN DN = 10m
d= x100
DH DH = 200m
10 × 100 1000
d= = = 5% ; para 100 metros, haverá uma DN de
200 200
5 metros.
DN 10,00
d = tgα = = =1
DH 10,00
10
d= x100 = 100%
10
89
• Nivelamento Taqueométrico
• Secções Transversais
Para áreas estreitas e longas, este é o método mais indicado. Os
pontos ficam melhor distribuídos no terreno, dando uma melhor
representação de seu relevo.
A planimetria é feita em geral por irradiação ou intersecção (simples,
dupla, etc.), e a altimetria é feita, locando-se uma linha principal –
"nivelada básica" e tirando-se perpendiculares a esta.
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