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Acesso em: 1 jun. 2004
Preâmbulo SEÇÃO 1
ENCARTE ESPECIAL
1 – As normas do presente Código aplicam-se aos CAPÍTULO 1
farmacêuticos, em qualquer cargo ou função, Dos princípios fundamentais
independentemente do estabelecimento ou Art. 1º – A Farmácia é uma profissão a serviço do
instituição a que estejam prestando serviço. ser humano e tem por fim a promoção, a
2 – VETADO proteção e a recuperação da saúde, individual
3 – Para o exercício da Farmácia impõe-se o e coletiva.
cumprimento das disposições legais que
disciplinam a pratica profissional no País. Art. 2º – O farmacêutico atuara sempre com o
4 – A fim de garantir o acatamento e a execução maior respeito à vida humana e liberdade de
deste Código, cabe ao farmacêutico comunicar consciência nas situações de conflito entre a
às autoridades sanitárias e profissionais, com ciência e os direitos fundamentais do homem,
discrição e fundamento, fatos que caracterizem mantendo o princípio básico de que o homem
infringência ao presente Código e as normas é o sujeito através do qual se expressa a
que regulam o exercício da Farmácia. totalidade única da pessoa.
5 – A verificação do cumprimento das normas
estabelecidas neste Código é atribuição dos Art. 3º – A dimensão ética da profissão
Conselhos de Farmácia, das Comissões de farmacêutica esta determinada, em todos os
Ética destes, das autoridades da área de saúde, seus atos, em benefício do ser humano, da
dos farmacêuticos e da sociedade em geral. coletividade e do meio ambiente, sem
6 – A apuração das infrações éticas compete ao discriminação de qualquer natureza.
Conselho Regional no qual o profissional esta
inscrito, através de sua Comissão de Ética. Art. 4º – A fim de que possa exercer a Farmácia
7 – Os farmacêuticos respondem pelos atos que com honra e dignidade, o farmacêutico deve
praticarem ou que autorizem a praticar no dispor de boas condições de trabalho e merecer
exercício da profissão. justa remuneração por seu desempenho.
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ConScientiae Saúde, v. 3, p. 139-145. São Paulo: UNINOVE, 2004.
Art. 5º – Ao farmacêutico cabe zelar pelo perfeito a execução do trabalho técnico- científico do
desempenho ético da Farmácia e pelo farmacêutico, salvo quando em benefício do
prestígio e bom conceito da profissão. usuário de medicamento ou da coletividade.
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ENCARTE ESPECIAL
Não dedicar-se a nenhuma atividade que conceder entrevistas ou palestras com
venha trazer descrédito à profissão e finalidade educativa e de interesse social;
denunciar toda conduta ilegal ou anti-ética 12 – selecionar, com critério e escrúpulo, e nos
que observar na pratica profissional; limites da lei, os auxiliares para o exercício de
2 – colocar seus serviços profissionais à sua atividade;
disposição da comunidade em caso de conflito 13 – abster-se da pratica de atos que impliquem
social interno, catástrofe ou epidemia, sem mercantilismo ou ma conceituação da
pleitear vantagem pessoal; Farmácia;
3 – respeitar a vida humana, desde a concepção 14 – Comunicar ao Conselho Regional de
até a morte, jamais cooperando com atos que Farmácia e às autoridades sanitárias a recusa
intencionalmente atentem contra ela, ou que ou dimensão de cargo, função ou emprego,
coloque em risco sua integridade física ou motivada pela necessidade de preservar os
psíquica; legítimos interesses da profissão.
4 – respeitar o direito do usuário de conhecer o
medicamento que lhe é dispensado e de
decidir sobre sua saúde e seu bem estar; SEÇÃO 2
5 – assumir, com visão social, sanitária e Da responsabilidade profissional
política, seu papel na determinação de Art. 16 – É vedado ao farmacêutico;
padrões desejáveis do ensino e do exercício da 1 – praticar atos profissionais danosos ao
Farmácia; usuário do serviço, que possam ser
6 – contribuir para a promoção da saúde caracterizados, como imperícia, imprudência
individual e coletiva principalmente no campo ou negligência;
da prevenção, sobretudo quando, nessa área, 2 – permitir a utilização do seu nome, como
desempenhar cargo ou função pública; responsável técnico, por qualquer
7 – informar e assessorar ao paciente sobre a estabelecimento ou instituição onde não
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por seu colega ou oferecer-se a isto e 3 – fazer publicidade que explore medo ou
desrespeitar acordos ou dissídios da categoria; superstição ou que divulgue nome, endereço
3 – quando a serviço de instituição pública; ou outra que identifique usuários de serviços
a) utiliza-se da mesma para execução de farmacêuticos;
serviços de empresa privada de sua 4 – utilizar-se de locais inadequados ou que
propriedade ou de outrem, como forma comprometam a seriedade da profissão na
de obter vantagens pessoais; divulgação de serviços ou produtos
b) cobrar ou receber remuneração do farmacêuticos;
usuário do serviço como complemento 5 – divulgar assunto, ou descoberta
de salário; farmacêutica de forma sensacionalista,
c) reduzir, quando em função de chefia, a promocional ou de conteúdo inverídico;
remuneração devida a outro 6 – anunciar produtos farmacêuticos ou
farmacêutico, utilizando-se de descontos processos mediante meios capazes de induzir
a título de taxa de administração ou ao uso indiscriminado de medicamentos;
quaisquer outros artifícios; 7 – emprestar seu nome para propaganda de
4 – receber remuneração por serviços que não medicamento ou outro produto farmacêutico,
tenha efetivamente prestado; tratamento, instrumental ou equipamento
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5 – praticar a dispensação indevida como forma hospitalar, empresa industrial ou comercial
de obter vantagem econômica; com atuação no ramo farmacêutico;
6 – exercer simultaneamente a Farmácia e a 8 – declarar títulos científicos que não possa
Medicina, ou a Odontologia, ou a comprovar ou especialização para a qual não
Enfermagem; esteja qualificado;
7 – exercer a Farmácia em interação com outras 9 – publicar, em seu nome, trabalho científico do
profissões, visando exclusivamente o interesse qual não tenha participado; atribuir-se autoria
econômico e ferindo o direito do usuário de exclusiva de trabalho realizado por seus
livremente escolher o serviço e o profissional; subordinados ou outros profissionais, mesmo
8 – dispensar, ou permitir que seja dispensado, quando executados sob sua orientação;
medicamento com validade vencida, alterado 10 – utilizar-se, sem referência ao autor ou sem
ou de qualidade duvidosa; sua autorização expressa, de dados,
informações ou opiniões ainda não
publicados;
SEÇÃO 4 11 – aproveitar-se da posição hierárquica para
Da publicidade fazer constar, imerecidamente, seu nome na
e dos trabalhos científicos co-autoria de obra científica.
Art. 18 – É vedado ao farmacêutico:
1 – promover publicidade enganosa ou abusiva
da boa fé do usuário do medicamento ou do SEÇÃO 5
serviço: Da pesquisa farmacêutica
2 – anunciar serviços ou produtos Art. 19 – É vedado ao farmacêutico:
farmacêuticos fazendo referência a preços ou 1 – participar de qualquer tipo de experiência
modalidades de pagamentos, ressalvados os em ser humano com fins bélicos, políticos,
correlatos; raciais ou eugênicos;
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CAPÍTULO 5 CAPÍTULO 6
Das relações com os conselhos Disposições gerais
Art. 22 – Na relação com os Conselhos, obriga-se Art. 23 – O farmacêutico portador de doença
o Farmacêutico a: incapacitante para o exercício da Farmácia,
1 – cumprir fiel e integralmente as obrigações e apurada pelo Conselho Regional de Farmácia em
compromissos assumidos mediante contratos procedimento administrativo, com perícia
ou outros instrumentos, visados e aceitos médica, terá suas atividades profissionais
pelos Conselhos, relativos ao exercício suspensas enquanto perdurar sua incapacidade.
profissional;
2 – acatar e respeitar os Acordos e Resoluções Art. 24 – O profissional condenado por sentença
do Conselho Federal e as Deliberações dos criminal, definitivamente transitada em
Conselhos Regionais de Farmácia; julgado, por crime praticado no uso do
3 – tratar com urbanidade e respeito os exercício da profissão, ficara suspenso da
representantes do Órgão, quando no exercício atividade enquanto durar a execução da pena.
de suas funções, facilitando o seu
desempenho; Art. 25 – Por extensão, e no que couber, aplicar-
4 – propiciar com fidelidade , informações que, se-á o presente Código de Ética aos
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a respeito de exercício profissional, lhe forem provisionados e licenciados.
solicitados;
5 – informar, ao Conselho, infrações a este Art. 26 – O exercício da Profissão Farmacêutica
Código que tenha conhecimento, e ainda implica em compromisso moral, individual e
mantê-lo informado sobre os seus vínculos coletivo de seus profissionais com os
profissionais; indivíduos e a sociedade e impõe deveres e
6 – atender convocação feita pelo Órgão, a não responsabilidades indelegáveis, cuja
ser por motivo de força maior, contravenção resultara em sanções
comprovadamente justificado; disciplinares por parte do Conselho Regional
7 – recorrer à arbitragem do Conselho nos casos de Farmácia, através das suas Comissões de
de divergência de ordem profissional com Ética, independente das penalidades
colega(s) quando a conciliação de interesses estabelecidas pelas leis do País.
não for possível;
8 – manter-se quites com as taxas, anuidades Art. 27 – O Conselho Federal de Farmácia,
tanto individualmente como de ouvidos os Conselhos Regionais de Farmácia e
estabelecimento de sua propriedade. a categoria farmacêutica, promovera a revisão
e a atualização do presente Código, quando
necessárias.
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