You are on page 1of 2

ATIVIDADE DE LABORATÓRIO CD -ROM APOIO DIDÁTICO

Amabis e Martho

Cultivando bactérias em sala de aula


O cultivo de bactérias em laboratório, ou mesmo na sala de aula, pode ser feito com poucos recursos
técnicos, possibilitando aos estudantes simularem técnicas semelhantes às empregadas em laboratórios, in-
dústrias químicas e indústrias de alimentos.
Material necessário
✓ placas de Petri de vidro ou de plástico, esterilizadas
✓ vidros de boca larga, do tipo usado para guardar conservas
✓ vidros de boca estreita, do tipo usado para sucos
✓ algodão
✓ papel de embrulho
✓ barbante
✓ ágar
✓ gelatina incolor
✓ carne moída
✓ açúcar (sacarose)
✓ sal de cozinha (cloreto de sódio)
✓ panela de pressão
✓ tela de arame com malhas finas
✓ cotonetes
Esterilização do instrumental empregado
Para cultivar bactérias é necessário usar vidros e meios de cultura esterilizados, o que pode ser feito em
uma panela de pressão, que funcionará como autoclave. Prepare, com a tela de arame, um estrado de suporte
para ser colocado no fundo da panela de pressão, de modo a evitar que certos materiais entrem em contato
direto com a água fervente, durante a esterilização. Corte um círculo da tela de arame cerca de 10 cm maior
que o diâmetro da panela. Dobre as bordas da tela de modo a formar um estrado que encaixe no fundo da
panela e tenha cerca de 5 cm de altura. Coloque água na panela até mais ou menos 1 cm abaixo do estrado, e
ponha sobre ele o material a ser esterilizado. Feche a panela e coloque-a no fogo, até liberar vapor pela válvula.
Deixe ferver por mais 20 minutos e apague o fogo, deixando esfriar.
No mercado especializado podem-se encontrar placas de Petri de plástico já esterilizadas. Se usar placas
de vidro, sempre esterilize-as antes do uso. Para isso, elas devem ser embrulhadas em papel resistente,
amarradas com barbante e colocadas sobre o estrado, na panela de pressão.
Os meios de cultura, com ou sem ágar, devem ser colocados em recipientes de boca estreita, não ultrapassando
a metade do volume. Tampe os frascos com “rolhas” de algodão bem apertadas no gargalo. Cubra as rolhas de
algodão com papel alumínio e coloque os frascos em pé na panela de pressão, neste caso, diretamente em contato
com a água.
Preparação de meios de cultura
Prepare um caldo de carne como o mencionado na página 9 deste manual, na atividade “Simulando um
experimento sobre geração espontânea”, relativa ao capítulo 2 do volume 1 desta coleção. Adicione, em 100 ml
de caldo de carne, 1,5 g de ágar, fervendo a mistura até a dissolução completa. Coloque a solução ainda
quente em um frasco de boca estreita, tampe com uma rolha de algodão e esterilize na panela de pressão.
Retire o frasco da panela assim que a pressão permitir e, antes que a solução do frasco esfrie, distribua-a
em placas de Petri esterilizadas. Para isso, desembrulhe a placa e levante a tampa sem removê-la totalmente,
para evitar sua exposição ao ar. Despeje a solução até formar uma camada com cerca de 3 mm de altura.
Cubra imediatamente a placa e deixe que esfrie sobre uma superfície plana. O meio que eventualmente sobrar
no frasco pode ser guardado na geladeira; se precisar preparar novas placas, derreta o meio em um forno de
microondas ou em banho-maria e reutilize-o.

1
ATIVIDADE DE LABORATÓRIO CD -ROM APOIO DIDÁTICO
Amabis e Martho

Destampe uma das placas preparadas com meio solidificado e peça a um estudante para simular uma
tosse, de modo a expelir gotículas de saliva sobre a superfície de ágar. Cubra a placa imediatamente. Prepare
um controle, executando o mesmo procedimento com outra placa, exceto o de tossir sobre o ágar. Identifique
as placas com etiquetas. Depois de dois ou três dias, peça aos estudantes que comparem as duas placas.
Aquela sobre a qual o estudante tossiu deve apresentar diversas colônias de bactéria, de formas arredondadas
e aspectos e cores variados. O aspecto e a cor das colônias variam entre as diferentes espécies de bactéria.
Peça a um estudante que passe, no lado externo do nariz, um cotonete limpo, em seguida deslizando-o
suavemente sobre a superfície do ágar, tomando cuidado para não rompê-la. Feche a placa, identifique-a e
conserve-a à temperatura ambiente ou em uma estufa até o crescimento das bactérias.
Introduza uma mosca viva em uma das placas, fechando-a em seguida. Permita que a mosca ande sobre
o ágar por alguns minutos e, em seguida, abra a placa e retire a mosca. Feche a placa, identifique-a e con-
serve-a à temperatura ambiente ou na estufa até o crescimento das bactérias. Peça aos estudantes que comparem
as colônias de bactéria que surgiram, nesses dois casos.
Crescimento de bactérias do “chulé”
O mau cheiro eventualmente causado pelo suor dos pés, popularmente chamado “chulé”, é produzido
por bactérias que vivem nas reentrâncias úmidas da pele. Essas bactérias podem ser cultivadas em uma placa
de Petri contendo um meio de cultura que simule as condições de seu hábitat natural. Esse meio pode ser
facilmente preparado com gelatina e açúcar. A gelatina é constituída por colágeno, uma proteína presente em
animais, utilizada como fonte de aminoácidos para o desenvolvimento dessas bactérias.
Coloque 80 g de gelatina incolor (em folha ou em pó) e 1 colher de sopa rasa de açúcar em um copo (cerca
de 200 ml) de água. Ferva a mistura até a dissolução completa da gelatina e distribua-a, ainda quente, em
placas de Petri esterilizadas, fechando-as em seguida. Peça a um estudante que usa tênis para passar, entre os
dedos dos pés, um cotonete limpo, em seguida deslizando-o suavemente sobre a camada de gelatina solidificada,
tomando cuidado para não rompê-la. Feche a placa de Petri e conserve-a por alguns dias, até que ocorra o crescimento
das bactérias. Abrindo um pouco a placa, o odor característico do “chulé” denunciará o sucesso do cultivo.

You might also like