Professional Documents
Culture Documents
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEODÉSIA
2006/01
1
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
Departamento de Geodésia
1
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Reitora:
José Carlos Ferraz Hennemann
Vice-Reitor:
Pedro Fonseca
Diretor do Instituto de Geociências:
José Carlos Frantz
Projeto Apostila
Projetado e elaborado pelo Departamento de Geodésia
2
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 07
3
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
4
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Capítulo X – TERRAPLENAGEM
1. Terraplenagem
1.1 Introdução 117
1.2 Exercício elucidativo das diversas situações em terraplenagem 118
1.3 Exercícios aplicativos 128
5
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
APRESENTAÇÃO
A elaboração deste trabalho não tem o intuito de compará-lo a um livro didático e sim
apenas um complemento para os alunos, no acompanhamento das aulas e, também, para
futuras consultas na vida profissional dos mesmos já que a Topografia é uma ferramenta que
contribui notavelmente para a área da Engenharia Civil.
Quero expressar aqui o meu mais profundo agradecimento ao Prof. Clóvis Carlos
Carraro, meu Mestre e Professor, o qual me ensinou os primeiros passos na área da
Topografia e que me fez gostar desta ciência tornando-me, mais tarde, professor da mesma.
Agradeço a ele também, pela sua paciência em revisar estas notas e pelas inúmeras sugestões
apresentadas.
O Autor,
1
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
CAPÍTULO I
LEVANTAMENTOS PLANIMÉTRICOS
1 - INTERSECÇÃO DE RETAS
1.1. Introdução
E os elementos procurados:
I (NI-EI)
N
N
∆NB
∆EB
AzA B (NB-EB)
∆NA
AzB
∆EA
A (NA-EA)
2
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
EI = E A + ∆E A (1) N I = N A + ∆N A (3)
EI = EB + ∆EB (2) N I = N B + ∆N B (4)
logo:
∆E A = ( N I − N A ) tgAz A (5)
∆EB = ( N I − N B ) tgAz B (6)
EI = E A + ( N I − N A ) tgAz A (7)
EI = EB + ( N I − N B ) tgAzB (8)
E A + ( N I − N A ) tgAz A = EB + ( N I − N B ) tgAz B
E A + N I tgAz A − N A tgAz A = EB + N I tgAz B − N B tgAz B
( E A − N A tgAz A ) − ( EB − N B tgAz B ) = N I (tgAz B − tgAz A )
logo:
( E A − N A tgAz A ) − ( EB − N B tgAz B )
NI =
tgAz B − tgAz A
3
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
E os elementos procurados:
N
(NI-EI)
I
N
∆NA
AzA
∆EA
∆NB
A
(NA-EA)
∆EB
B (NB-EB)
(3π/2+AzA)
∆E A = ( N I − N A ) tgAz A (1)
3π
∆EB = ( N I − N B ) tg ( + Az A ) (2)
2
como
3π
tg ( + Az A ) = − cot gAz A
2
EI = E A + ( N I − N A ) tgAz A (4)
1) Seja determinar as coordenadas métricas do ponto de intersecção entre duas retas oblíquas
que apresentam as seguintes coordenadas e azimutes em seus pontos extremos:
NA=6.848.967,807m NB=6.849.025,357m
EA=673.040,056m EB=673.165,305m
AzA=182º28’16” AzB=209º00’00”
5
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
2.1 Introdução
e
δ φ
C
d γ
y
Az
A x b
β
y
6
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Dados conhecidos:
Coordenadas dos pontos “A, B e C” (Na,Ea; Nb,Eb; Nc,Ec)
Dados medidos em campo:
Ângulos α e β
Dados a serem calculados:
Coordenadas do ponto “P”
Eb − Ea
tgAz AB =
Nb − Na
E − Ea
Az AB = arctg b
Nb − Na
Az BA = Az AB + 180º
E c − Eb
tg Az BC =
Nc − Nb
Ec − Eb
Az BC = arctg Az CB = Az BC + 180º
Nc − Nb
Eb − E a
E b − E a = d × sen Az AB d=
sen Az AB
ou
Nb − Na
N b − N a = d × cos Az AB d=
cos Az AB
e
Ec − Eb
E c − E b = e × sen Az BC e=
sen Az BC
ou
Nc − Nb
N c − N b = e × cos Az BC e=
cos Az BC
7
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
b d sen x
= b=d× (1)
sen x sen α sen α
b e sen y
= b = e× (2)
sen y sen β sen β
Pela propriedade das proporções podemos escrever a equação (3) da seguinte maneira:
x+ y x− y e × sen α
2. sen × cos +1
2 2 = d × sen β
x+ y x− y e × sen α
2. cos × sen −1
2 2 d × sen β
e × sen α
+1
x+ y x − y d × sen β
tg × cot g =
2 2 e × sen α
−1
d × sen β
e × sen α
−1
x− y x + y d × sen β
tg = tg ×
2 2 e × sen α
+1
d × sen β
x+ y x− y x+ y x− y
x= + y= −
2 2 2 2
δ = 180º −( x + α ) φ = 180º −( y + β )
8
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Az AP = Az AB + x
Az BP = Az BC + φ Az BP = Az BA − δ
Az CP = Az CB − y
a d b d
= =
sen δ sen α sen x sen α
d × sen δ d × sen x
a= b=
sen α sen α
b e c e
= =
sen y sen β sen φ sen β
e × sen y e × sen φ
b= c=
sen β sen β
E AP = a × sen Az AP N AP = a × cos Az AP
E BP = b × sen Az BP N BP = b × cos Az BP
ECP = c × sen Az CP N CP = c × cos Az CP
E P = E A + E AP N P = N A + N AP
E P = E B + E BP N P = N B + N BP
E P = EC + ECP N P = N C + N CP
9
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
10
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
CAPÍTULO II
1. SISTEMA DE COORDENADAS
A superfície da terra quando projetada sobre um plano não conserva ao mesmo tempo,
em verdadeira grandeza, as distâncias, os ângulos, as áreas e ainda a verdadeira relação entre
estes elementos. A representação deve ser feita por seções, projetando-se partes da superfície
da terra sobre a superfície de uma figura geométrica que possa ser distendida em um plano.
As superfícies comumente usadas são as do cilindro, do cone e do próprio plano. Estas figuras
podem ser tangentes ao esferóide como mostrado na figura 4 ou secante como mostrado na
figura 5. A escolha da posição tangente ou secante depende da finalidade da projeção. O
sistema Universal Transverso de Mercator (UTM) utiliza o cilindro como figura de projeção e
faz com que este seja secante ao esferóide terrestre como mostrado na figura 5.
A projeção deve ser escolhida conforme o fim a que se destina, podendo-se adotar
uma das seguintes:
11
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
3) A Projeção Azimutal, que mantém corretas as direções de todas as linhas que partem de
um ponto.
Seja qual for a projeção escolhida, esta deve ser tal que dela resulte a carta que melhor
atenda os fins previstos.
A Projeção Conforme é a que melhor atende as necessidades militares. A navegação
marítima emprega a Projeção Mercator enquanto que a Projeção Azimutal é ideal para as
áreas polares e para a confecção de cartas aéreas de distâncias.
12
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
MC = 6 × F − 3 − 180º
Exemplo:
Determinar o meridiano central de um ponto situado na área abrangida pelo fuso 20.
MC = 6 × 20 − 3 − 180
MC = 120 − 3 − 180
MC = −63º
Ε=500.000
Cresce
Ν=0
Ε
Ν=10.000.000
Cresce Cresce
Ε=500.000
Cresce
NA=6.675.322,68m EA=487.866,98m
13
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
3º 3º
K=1,0010
K=1,0010
K=0,9996
K=1
K=1
Meridiano Central
Linha de secância
Linha de secância
E=680.000m
E=320.000m
E=834.000m
E=166.000m
E=500.000m
14
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Ordenada E Fator K
500.000 500.000 0.99960
490.000 510.000 0.99960
480.000 520.000 0.99960
470.000 530.000 0.99961
460.000 540.000 0.99962
450.000 550.000 0.99963
440.000 560.000 0.99964
430.000 570.000 0.99966
420.000 580.000 0.99968
410.000 590.000 0.99970
400.000 600.000 0.99972
390.000 610.000 0.99975
380.000 620.000 0.99978
370.000 630.000 0.99981
360.000 640.000 0.99984
350.000 650.000 0.99988
340.000 660.000 0.99992
330.000 670.000 0.99996
320.000 680.000 1.00000
310.000 690.000 1.00005
300.000 700.000 1.00009
290.000 710.000 1.00014
280.000 720.000 1.00020
270.000 730.000 1.00025
260.000 740.000 1.00031
250.000 750.000 1.00037
240.000 760.000 1.00043
230.000 770.000 1.00050
220.000 780.000 1.00057
210.000 790.000 1.00065
200.000 800.000 1.00071
190.000 810.000 1.00079
180.000 820.000 1.00086
170.000 830.000 1.00094
160.000 840.000 1.00103
150.000 850.000 1.00111
140.000 860.000 1.00120
130.000 870.000 1.00129
120.000 880.000 1.00138
110.000 890.000 1.00148
100.000 900.000 1.00158
15
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
54 º 53 º 52 º 50º 4 9º 4 8°
16
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
2.1 Introdução
17
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Para o cálculo da convergência meridiana (CM) pode ser usada a seguinte fórmula que
nos dá um valor aproximado mas dentro das precisão topográfica:
CM = ∆ λ. senφ
Donde:
∆λ = MC - λA
CM = -0º14'05,41" x sen-32º02'05,6"
CM = (-0.2348361111) x (-0,5304355645)
CM = 0,1245654253º
CM = 0º07'28,4"
18
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
CAPÍTULO III
180 180
arco de reiteração = = = 45º
n 4
Estabelecido o arco de reiteração, este indicará o valor correspondente ao arco de
afastamento entre cada uma das 4 série de medidas de ângulos.
A primeira reiteração partirá com a marcação do limbo em 0º, a segunda reiteração a
partir de 45º, a terceira a partir de 90º e a quarta a partir de 135º como pode ser visto no
quadro abaixo.
Reiteração PD PI
1ª 0°00’00” 180º00’00”
2ª 45º00’00” 225°00’00”
3ª 90°00´00” 270º00’00”
4ª 135º00’00” 315°00’00”
PD + PI − 180
Ângulo Médio =
2
19
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
2.1 Introdução
A Teoria dos Erros tem por finalidade estabelecer um método seguro e conveniente,
segundo o qual sempre se possa estabelecer o valor mais aceitável de uma grandeza, uma vez
que se reconhece ser impossível tornar as medidas isentas de erros. Além disso, a teoria dos
erros se preocupa em determinar o erro mais tranquilizador que se pode cometer a respeito do
valor de uma determinada grandeza que se mede.
Erro Aparente ou resíduo é o afastamento v, que existe entre o valor mais aceitável e
mais conveniente x, que se tomou para definir uma grandeza (de valor real X desconhecido) e
uma medida qualquer l.
v = x−l
Para n medidas efetuadas de uma mesma grandeza (l1, l2, l3,....,ln), o valor mais
aceitável é o que se obtém através da média aritmética dos valores dessas medidas.
l1 + l 2 + ... + l n
x=
n
20
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
v1 = x − l1 v2 = x − l 2 ........ v n = x − l n
Erro Médio Aritmético é o valor ε0, obtido através do somatório modular dos erros
aparentes (v) dividido pelo número de observações ou medidas.
Σv
ε0 = Σ v = somatório em valor absoluto
n
Σl
x=
n
Σ vv
ε1 = ±
(n − 1)
onde Σvv representa a soma dos quadrado dos resíduos (v) que são obtidos pela diferença
entre a média aritmética (x) e cada uma das medidas (l)
Erro Médio Quadrático da Média Aritmética, εm, de uma grandeza X cujo valor
mais plausível seja definido por uma média aritmética simples entre os valores das
observações é:
ε1 Σ vv
εm = ± ou εm = ±
n n(n − 1)
21
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
ε1
1,0
0 1 2 3 4 5 6 7 n
A curva obtida, como pode ser vista na figura 10, é uma curva assimtótica, o que
significa que o erro médio tende para zero à medida que se aumenta indefinidamente o
número de observações.
Σ ( xi × pi )
XP = onde “i” representa cada série de medida
Σ pi
O valor dos pesos das observações (p) são inversamente proporcionais ao valor do
quadrado do erro médio quadrático da média aritmética (εm) de cada observação.
1
pi =
(ε mi ) 2
Σ (vvi × pi )
ε mp =
Σ pi (n − 1)
onde:
vv representa o quadrado do resíduo (v) que é obtido pela diferença entre a média
ponderada e a média aritmética de cada série de medida.
22
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
1ª Série de Medidas:
Σl
Valor Angular Médio (xI) xI = = 20º21’10”
n
Resíduos +ν -ν νν
1 00 00
2 10 100
3 10 100
4 00 00
Σ= 10 10 200
Σv 20
Erro médio aritmético: ε 0 = = =5
n 4
Σ vv 200
Erro médio quadrático de uma observação: ε 1 = ± =± = ±8,16
(n − 1) 3
Σ vv 200
Erro médio quadrático da média aritmética: ε m = ± =± = ±4,08
n(n − 1) 12
2ª Série de Medidas:
Σl
Valor Angular Médio (xII) x II = = 20º21’20”
n
Resíduos +ν -ν νν
1 20 400
2 10 100
3 00 00
4 10 100
Σ= 20 20 600
Σv 40
Erro médio aritmético: ε 0 = = = 10
n 4
Σ vv 600
Erro médio quadrático de uma observação: ε 1 = ± =± = ±14,14
(n − 1) 3
Σ vv 600
Erro médio quadrático da média aritmética: ε m = ± =± = ±7,07
n(n − 1) 12
3ª Série de Medidas:
Σl
Valor Angular Médio (xIII) x III = = 20º21’35”
n
23
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Resíduos +ν -ν νν
1 15 225
2 05 25
3 15 225
4 05 25
Σ= 20 20 500
Σv 40
Erro médio aritmético: ε 0 = = = 10
n 4
Σ vv 500
Erro médio quadrático de uma observação: ε 1 = ± =± = ±12,91
(n − 1) 3
Σ vv 500
Erro médio quadrático da média aritmética: ε m = ± =± = ±6,45
n(n − 1) 12
4ª Série de Medidas:
Σl
Valor Angular Médio (xIV) x IV = = 20º21’15”
n
Resíduos +ν -ν νν
1 15 225
2 15 225
3 05 25
4 05 25
Σ= 20 20 500
Σv 40
Erro médio aritmético: ε 0 = = = 10
n 4
Σ vv 500
Erro médio quadrático de uma observação: ε 1 = ± =± = ±12,91
(n − 1) 3
Σ vv 500
Erro médio quadrático da média aritmética: ε m = ± =± = ±6,45
n(n − 1) 12
O valor da média aritmética por série de medida com seu respectivo erro médio é:
24
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Resíduos ν νν
1 7,2 51,84
2 2,8 7,84
3 17,8 316,84
4 2,5 6,25
Pede-se qual é a melhor série de medidas e qual o valor médio mais provável das três
série de medidas?
25
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
3.1 Introdução
Y ϕ
l3
P
X
ε
l2
l4
l5
l1
α γ
β l
B
A
26
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Nos pontos auxiliares, A e B, será montado o teodolito para a medidas dos ângulos α,
β, γ e δ, utilizando-se, de preferência, o método das reiterações. Esta base AB deverá,
conforme as possibilidades, ter uma orientação o mais paralela possível com o alinhamento a
ser determinado. A distância AB deverá ser medida com uma trena com grande precisão e no
mínimo duas vezes ou através de um equipamento eletrônico de medida de distância.
Para o cálculo da distância, poderemos utilizar a lei dos senos, dos cosenos e das
tangentes, de tal maneira que possamos obter a distância PQ por vários caminhos. Trata-se
apenas de uma verificação de cálculo, já que partimos dos mesmos dados iniciais e,
obviamente, os resultados devem ser iguais, salvo enganos de cálculo ou erros cometidos na
medida dos ângulos. Para o resultado final, procura-se utilizar a média da série de cálculos
que apresentarem a menor distorção, sempre dentro do erro máximo permitido para o
levantamento.
Do triângulo PAB (Fig.11), pela lei dos senos podemos determinar l1 e l4:
l l l. sen γ
= 1 l1 =
sen ε sen γ sen ε
l l4 l. sen(α + β )
= l4 =
sen ε sen(α + β ) sen ε
ε = 180º −(α + β + γ )
Do triângulo QAB (Fig.11), pela lei dos senos podemos determinar l2 e l5:
l l2 l . sen(γ + δ )
= l2 =
sen ϕ sen(γ + δ ) sen ϕ
l l l. sen β
= 5 l5 =
sen ϕ sen β sen ϕ
ϕ = 180º −( β + γ + δ )
Do triângulo APQ (Fig.11), pela lei dos cosenos, podemos determinar a distância PQ
(l3)
l 3 = l12 + l 22 − 2.l1 .l 2 . cos α
Do triângulo BPQ (Fig.11), pela lei dos cosenos, podemos determinar a distância PQ
(l3)
l 3 = l 42 + l 52 − 2.l 4 .l 5 . cos δ
( X + Y ) 180° − α
=
2 2
27
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Do triângulo PAQ (Fig.11), pela lei dos senos, podemos determinar a distância PQ (l3).
l 2 . sen α l1 . sen α
l3 = ou l3 =
sen X sen Y
l 4 . sen δ l . sen δ
l3 = ou l 3 = 5
sen(Y + ϕ ) sen( X − ε )
Para maior precisão dos cálculos deve-se levar em consideração a curvatura da terra e
efetuar a devida correção.
Seja “P” (Fig. 11a) um ponto que se quer determinar a altitude, com o auxilio de uma
base AB de comprimento medido l. Com o teodolito montado nas estações A e B, mede-se os
ângulos horizontais “α” e “β” e os ângulos verticais “V1” e “V2”.
28
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
C cr = 0,068 × DH 2 (km)
29
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Seja determinar a altitude de um ponto “P” a partir de duas estações A e B, nas quais foram
obtidas as seguintes medidas.
DN BA = hi B ± DH AB × cot gV BA − h pA
DN BA = 1,45 − 61,85 × cot g 91°04'30"−0,00
DN AB = +0,2894m
DN AB − DN BA
DN ' AB =
2
DN ' AB = −0,2385m
DH AB × sen α
DH BP =
sen(α + β )
61,85 × sen 88°52'30"
DH AP =
sen(88°52'30"+93°43'00" )
DH AP = 1.367,5637 m
30
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
DN BP = hiB + DH BP × cot gV BP − h pP
DN AP = 1,45 + 1367,5637 × cot g 82°42'00"−0,00
DN AP = 176,6389m
4. Correções
DN ' AB + DN BP + DN PA = 0
− 0,2385 + 176,6389 − 176,3042 = 0,0962
ε = 0,0962
Curvatura:
C cr = 0,068 × DH 2 (km)
C crAP = 0,068 × (1,3649505) 2
C crAP = 0,12669m
C cr = 0,068 × DH 2 (km)
C crBP = 0,068 × (1,3675637) 2
C crAP = 0,127175m
DN ' BP = DN BP − C crBP
DN ' BP = 176,6389 − 0,127175
DN ' BP = 176,511725m
5. Erro permitido:
ε = 0,06 Perímetro(km)
ε = 0,06 0,06185 + 1,3649505 + 1,3675637
ε = 0,100298m
31
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
ε
DN " BP = DN ' BP −
2
0,0962
DN " BP = 176,511725 −
2
DN " BP = 176,46362m
6. Verificação:
DN " PA + DN " BP + DN ' AB = 0
− 176,22561 + 176,46362 − 0,2385 = −0,00049m
ε = −0,00049m
Deseja-se determinar a altitude de um ponto “M” a partir de duas estações I e II, nas quais
foram obtidas as seguintes medidas.
32
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
CAPITULO IV
1.1 Introdução
A divisão de uma propriedade ocorre em situações diversas como por venda de parte
do terreno, por espólio e divisão entre os herdeiros ou por loteamento da área.
Não é possível efetuar uma divisão de terras confiável, sem proceder a um
levantamento exato do que vai ser o objeto de divisão.
Quando a divisão é feita através de uma linha já existente, a tarefa da topografia é a de
medir esta linha divisória e determinar a área de cada uma das partes. Supondo-se que uma
propriedade a ser dividida seja atravessada por um córrego e que ele seja escolhido como
linha divisória, a topografia efetuará um levantamento planimétrico geral e calculará as áreas
de cada parcela.
Aqui trataremos apenas de alguns casos de divisão de terras, pois o problema abrange
estudos sobre legislação de terras, pois sempre que houver menores na partilha a ação deve
ser judicial.
Plantas existentes, muitas das quais incompletas ou medidas toscamente, devem ser
abandonadas, dando lugar a novas medidas.
Há ocasiões, no entanto, nas quais é necessário separar determinadas áreas. Para esta
hipótese é que apresentaremos algumas soluções geométricas.
a) Seja dividir uma área triangular ABC em duas partes que estejam entre si em uma
dada relação (m,n), por meio de uma reta paralela a um dos lados do triângulo.
m
N
M
n γ
C
A
Fig.12 - Área triangular a ser dividida em duas partes proporcionais.
Seja o triângulo ABC o qual se quer dividir em duas partes que estejam entre si na
proporção "m" e "n", por meio de uma reta paralela, por exemplo, ao lado AC, conforme
mostra a figura 12.
33
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
BA 2 (m + n)
2
=
BM m
logo:
m
BM = BA
(m + n)
Donde:
m
BN = BC
(m + n )
b) Seja dividir uma área triangular em duas ou mais partes equivalentes através de
retas que passem por um ponto situado sobre um de seus lados.
P M
34
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Seja o triângulo ABC ( Figura 13) o qual se quer dividir em partes iguais ou
equivalentes e que o ponto "P", situado sobre o lado AB, o vértice de partida da linha
divisória.
Primeiramente, determina-se o ponto médio "Q" ,do lado BC. Do vértice A traça-se
uma paralela ao alinhamento PQ. A reta obtida entre o ponto "P" e o ponto "M" será a linha
divisória.
A comprovação poderá ser feita através da seguinte relação: Os triângulos AQM e
APM são equivalentes pois ambos têm a mesma base e a mesma altura. O triângulo AQC é
equivalente à metade do triângulo ABC. Tirando-se o triângulo AQM do triângulo ACQ e
substituindo-se este pelo triângulo APM chegamos a conclusão que o quadrilátero APMC é
equivalente à metade do triângulo ABC.
Conhecendo-se as coordenadas dos vértices do triângulo ABC e o comprimento de
seus respectivos lados podemos determinar o comprimento de BM para a locação do vértice
"M".
Sabendo-se que:
1
BQ = BC
2
BA BM
=
BP BQ
ou
BA × BC
BM =
2 BP
Seja dividir uma área trapezoidal em duas partes proporcionais a "m" e "n" e que a
linha divisória seja paralela às bases do trapézio.
D l3
C
δ γ
A2 n
l4 x y l
2
E G z F
A1
α m β
H B
A
l1-l3 l1
Fig.14 - Área trapezoidal
35
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
m n
A1 = × ÁreaTotal ABCD A2 = × ÁreaTotal ABCD
(m + n ) ( m + n)
Pela semelhança dos triângulos ADH e EDG (Figura 14), podemos calcular o
comprimento da linha divisória EF (z) pela seguinte fórmula:
(l 32 × n ) + (l12 × m)
EF = z =
(m + n)
Conhecendo-se o comprimento da linha divisória (z) podemos calcular as distâncias
DE (x) e CF (y) as quais possibilitarão a locação dos vértices da linha divisória.
l4 ( z − l3 ) l2 ( z − l3 )
DE = x = e CF = y =
( l1 − l 3 ) ( l1 − l 3 )
Seja dividir um quadrilátero ABCD de modo que a linha divisória seja paralela a um
de seus lados.
C
l2
γ
B
β A1 l3
n
l1
M x N
y A2 m
α δ
A D
l4
36
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
(l 4 + x ) y = 2 A2 (1)
x = l 42 − 2 A2 ( ctgα + ctgδ )
para o cálculo dos comprimentos AM e DN, para a locação dos vértices da linha divisória,
temos:
y y
AM = e DN =
sen α sen δ
E
Q
F P
Y
q2
h q1
A3 D
(p)
A A1
(m)
A2 (n) X
B
Fig.16 - Polígono ABCDEF a ser dividido analiticamente em partes proporcionais
ST × m ST × n ST × p
A1 = A2 = A3 =
(m + n + p ) (n + m + p) ( p + n + m)
S T = A1 + A2 + A3
37
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
que a equação de uma reta que passa por dois pontos dados (x',y') e (x",y") é:
y" − y '
y − y' = ( x − x' )
x"− x '
e que o ângulo formado por duas retas y=ax+b e y=a'x+b' é obtido pela seguinte equação:
a − a'
tgV =
1 + aa '
Podemos com isso determinar, em primeiro lugar, a altura (h) do triângulo BFP que é
igual a distância do ponto B a reta EF, dada pela seguinte equação:
a X + b1 − Y B
h= 1 B
a2 +1
ou
YF − YE Y − YE
y= x− F X E + YE
XF − XE XF − XE
fazendo-se:
YF − YE YF − YE
a1 = e b1 = X E + YE
XF − XE XF − XE
38
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
A determinação das coordenadas do ponto P sobre a reta EF pode ser obtida através da
determinação das projeções x e y do alinhamento FP, através das equações:
x FP = Dh FP × sen Az FP e y FP = Dh FP × cos Az FP
logo:
X P = X F + x FP e Y P = Y F + y FP
Seja a poligonal ABCDE (Fig.17) a ser dividida pelo método analítico em três partes
proporcionais a "m", "n", e "p" , cujas coordenadas de seus vértices são conhecidas e
considerando-se o ponto C como ponto comum de partida das linhas divisórias.
N
E
Q
q2
A A2 E
n d2
P A3
p
q1 D
d1
H2
B A1
m H1
C
Fig.17 - Polígono ABCDE a ser dividido em partes proporcionais
39
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
3) Cálculo da área de cada um do polígonos formados pela união do vértice C com os vértices
AeE
Área ∆ABC = S1 = 86.469,1921 m2
Área ∆ACE = S2 = 112.219,0293 m2
Área ∆CDE = S3 = 63.541,5771 m2
Área TOTAL = S1 + S2 + S3 Área TOTAL = 262.229,7985 m2
q 2 = S 3 − A3 q 2 = 63.541,5771 − 52.445,9597
q 2 = 11.095,6174m 2
d 2 = X E − X C ) 2 + (Y E − YC ) 2
d 2 = 489,72 − 471,69) 2 + (150,78 + 313,07) 2
d 2 = 464,20m
y − YA Y − YA
= B
x− XA XB − XA
y − 0 − 265,06 − 0
=
x − 0 − 153,04 − 0
− 265,06
y= x
− 153,04
y = 1,7319655 x
No nosso caso:
Para H1:
aX C + b − YC
H1 =
a2 +1
As equações das retas nos fornecem os valores de "a" e "b" e com as coordenadas do
ponto C temos:
1,7319655 × 471,69 + 0 − ( −313,07)
H1 =
(1,7319655) 2 + 1
H 1 = 565,0312m
Para H2:
aX C + b − YC
H2 =
a2 +1
41
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
2 × q1 2 × 7.800,2525
AP × H 1 = 2 × q1 AP = AP =
H1 565,0312
AP = 27,6099m
EQ × H 2 = 2 × q 2
2 × q2 2 × 11.095,6174
EQ = EQ =
H2 332,1524
EQ = 66,8104m
Coordenadas de P:
Como o ponto P está localizado sobre o alinhamento AB, temos que o Azimute de AB
é igual ao Azimute de AP, logo:
Az AP = 210º00' Dh AP = 27,6099
as projeções são:
x AP = Dh AP × sen Az AP x AP = 27,6099 × sen 210º00'
x AP = −13,8049
a coordenada de P será:
X P = X A + x AP X P = 0 + (−13,8049)
X P = −13,8049
Y P = Y A + y AP Y P = 0 + ( −23,9109)
YP = −23,9109
Coordenada de Q
Az ED = 136º32' Az EQ = 136º 32' Dh EQ = 66,8104
as projeções são:
x EQ = Dh EQ × sen Az EQ x EQ = 66,8104 × sen 136º 32'
x EQ = 45,9610
a coordenada de Q será:
X Q = X E + x EQ X Q = 489,72 + 45,9610
X Q = 535,681
YQ = Y E + y EQ YQ = 150,78 + ( −48,4893)
42
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
YQ = 102,2907
10) Cálculo do comprimento das linhas divisórias "CP" e "CQ" calculadas pelas coordenadas.
CP = ( X C − X P ) 2 + (YC − Y P ) 2
CP = ( 471,69 + 13,8049) 2 + ( −313,03 + 23,9109) 2
CP = 565,0621
CQ = ( X C − X Q ) 2 + (YC − YQ ) 2
Azimute de PC
XC − XP
Az PC = artg
YC − Y P
471,69 − ( −13,8049)
Az PC = artg
− 313,07 − ( −23,9109)
Az PC = artg − 1,678988833
Az PC = −59 º13'19,62"
Azimute de QC
XC − XQ
Az QC = artg
Y C − YQ
471,69 − 535,681
Az QC = artg
− 313,07 − 102,2907
Az QC = artg + 0,1540612773
Az QC = 8º 45'29,53"
A divisão de grandes extensões de terra devem ser efetuadas pelo processo analítico,
por ser este mais exato.
43
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
1) Seja dividir uma área triangular de vértices ABC, conforme figura 12, cujos lados medem:
AB=420,00m; BC=340,00m e CA=520,00m, em duas partes com proporcionalidade de m
e n iguais a 65% e 35% respectivamente.
2) Deseja-se dividir uma área trapezoidal, conforme figura 14, em duas partes proporcionais
a n e m, na razão 70% e 30%. Sabe-se que os lados do trapézio medem: AB=416,00m;
BC=150,00m; CD=260,00m e DA=180,00m. Os ângulos α e β medem respectivamente
52º35' e 72º30'.
3) Quer se dividir um polígono de 5 lados em duas partes iguais, sendo que a linha divisória
seja paralela ao lado 4-5 da poligonal. São conhecidas as coordenadas dos vértices da
poligonal. Pede-se para calcular todos os dados necessários a locação e caracterização da
linha divisória.
Vértices X Y
1 45,129 45,126
2 100,130 57,132
3 163,190 18,410
4 169,314 122,154
5 52,131 143,129
44
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
CAPITULO V
Az
º-ϕ
90
90
º-h
H
P 90º - δ
S
Fig.18 - Triângulo de Posição
P = Pólo
Z = Zênite do local
S = Astro ( o sol ou uma outra estrela)
Este método consiste em se observar o sol em uma posição qualquer de sua trajetória
medindo-se a distância zenital (z) entre o zênite do local e o astro observado.
O Azimute do Astro é calculado a partir da resolução do triângulo de posição (Fig.18),
do qual se conhece a co-latitude e a distância polar (co-declinação do astro). Para a obtenção
do Azimute verdadeiro de um alinhamento basta que saibamos o ângulo horizontal formado
por este com o astro observado.
45
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Esta fórmula permite calcular o azimute do astro (sol) a partir do norte (azimute
topográfico).
Nas visadas pela manhã o Azimute do Astro é o obtido diretamente pelo arco coseno
da equação (1); se as visadas forem efetuadas à tarde, devemos subtrair o valor obtido de
360º.
As medidas das distâncias zenitais efetuadas no campo devem ser corrigidas antes de
serem utilizadas nos cálculos.
Devido a imperfeições na construção dos teodolitos, pode ocorrer que o zênite do local
não coincida exatamente com o zênite do instrumento. Este erro pode ser determinado por
observação direta e inversa do teodolito.
Para determinar-se este erro do equipamento, devemos procurar um ponto fixo no qual
efetuaremos um par de medidas do ângulo vertical, na posição direta (PD) e posição inversa
(PI) da luneta. Para maior segurança, usa-se o valor médio de uma série de pelo menos seis
observações.
A fórmula a ser empregada para a determinação da Correção Instrumental (Ci) é:
360º −( PD + PI )
Ci =
2
O valor de "Ci" a ser utilizado nos cálculos deverá ser a média das repetições
efetuadas, considerando-se somente aquelas que apresentarem pequeno desvio padrão.
46
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
b) Correção da paralaxe
Este erro é devido ao desvio que ocorre nas medidas dos ângulos zenitais por serem as
observações efetuadas a partir da superfície terrestre (topocêntricas) e não a partir do centro
da terra (geocêntricas). Todas as distâncias zenitais deverão ser referidas ao centro da terra. A
correção da paralaxe (Cp) deverá ser subtraída do ângulo zenital médio de cada par de
observação.
Sol
cp
Zm cp
Zc
Zc
Terra
C p = −8,8"× sen Z m
onde
Zm é o ângulo zenital médio medido em campo
Esta correção é devida ao desvio dos raios luminosos quando atravessam as diferentes
camadas de ar que envolvem o nosso planeta. A correção da refração depende das condições
locais de pressão e temperatura.
V
S'
Z Z
Zm
CRM
S
Camadas de ar
E
O
Terra
47
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
C RM = 60,08".tgZ m − 0,067".tg 3 Z m
P 1
C R = C RM × ×
760 1 + 0,00384 × T
onde:
Z C = Z m + Ci + C p + C R
A Hora Legal (TC) deve ser transformada para a Hora Civil (TU), também
denominada Tempo Universal. Para isto basta levar em consideração o Fuso Horário do País.
TU = TC + Fuso Horário
48
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Sol
Az sol
Hz
Azsol
Hz W E
W E A
A AzM
Az M
B
B
Az M = Az ⊗ − Hz (2)
onde:
Az M = Azimute verdadeiro do alinhamento (mira)
Az ⊗ = Azimute do sol na hora da observação
Hz = ângulo horizontal entre o alinhamento e o sol na hora da observação
Se o resultado obtido através da equação (2) for negativo deve-se somar 360º,
conforme pode ser deduzido através da figura 21.
49
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
a) Extrair de uma carta da região a latitude (ϕ ) do ponto, com erro inferior a um minuto (1').
b) Obter no Anuário Astronômico o valor da declinação do sol (δ ) e a variação horária da
declinação do sol ( ∆δ ) para o dia da observação.
c) Efetuar os cálculos para a determinação do Azimute do sol e posteriormente do Azimute
Verdadeiro do alinhamento.
50
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Dados de Campo:
51
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
sen 13º 06' 05,29"−(sen − 30º 01' 55"× cos 59º 08' 28,98" )
CosAz ⊗ =
cos− 30º 01' 55"× sen 59º 08' 28,98"
0,4833845852
CosAz ⊗ =
0,7431876174
CosAz ⊗ = 0,6504206662
Como a visada ao sol foi efetuada à tarde, deve-se subtrair de 360º do valor obtido:
Dados de Campo:
52
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Dados de Campo:
Dados de Campo:
53
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
CAPÍTULO VI
1.1 Introdução
O eixo de uma estrada é formado por inúmeras linhas retas as quais encontram-se
ligadas entre si por curvas. Cada duas seqüências de linhas retas adjacentes são ligadas por
uma curva cujo raio varia de acordo com as condições de tráfego que utilizarão a via e as
condições da superfície do terreno.
As curvas empregadas em traçados de vias são geralmente circulares, havendo, porém,
casos em que curvas parabólicas podem ser empregadas. Emprego de curvas circulares
concordando com o alinhamento inicial e final, por meio de arcos de parábola ou espiral de
transição são utilizadas a fim de se obter melhor adaptação e visibilidade dos veículos.
Quando uma direção sofre mudança em sua linha de transporte, torna-se necessário a
locação de uma curva de concordância. Para as estradas rodoviárias e ferroviárias, a curva
mais indicada é a do tipo circular, isto é, um arco de circunferência de circulo.
Em áreas exclusivamente residenciais, onde a circulação de veículos deve ser de baixa
velocidade, a concordância entre as tangentes pode ser efetuada por uma curva circular, sem a
espiral de transição, com raio mínimo que permita a circulação de veículos de pequeno porte,
entretanto, deverá ser observada a sobrelevação de no máximo 6% e no mínimo 2%.
a) Curva Simples é aquela que apresenta um único valor de raio, como a curva AB
apresentada na figura 22. O ponto A é chamado de Ponto de Curva (PC) e o ponto
B é denominado de Ponto de Tangência (PT).
A B
O
Fig 22. Curva Simples
b) Curvas Compostas são aquelas curvas contínuas formadas de dois ou mais arcos de
curvas, de raios diferentes, como a curva apresentada na figura 23. Os pontos A e
D são, respectivamente, os pontos PC e PT da curva, enquanto que os pontos B e C
são Pontos de Curva Composta (PCC).
B C
A
R' O" R"
O'
D
54
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
c) Curvas Reversas são aquelas curvas contínuas formadas por arcos de dois círculos
de mesmo raio ou de raios diferentes cujos centros se encontrem em lados opostos
da curva. O ponto B, comum às duas curvas é denominado de Ponto de Curva
Reversa (PCR).
O'
R'
A
B C
O
R
B C
O' O"
R' R"
D
A
55
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
PT
59
58 59+16,00
PI
58
E
C a
57 rd
co
57
R
T 56 d20
56
I
55 I/2
D
O
PC 54+8,00 R
54
A curva será locada através de cordas com valor pré estabelecido, o qual é
normalmente de 20 metros. Este valor depende muito do raio da curva. Quanto menor for o
raio da curva, menor será o comprimento da corda, facilitando assim a locação da mesma no
campo.
O ângulo interna da curva (I) é equivalente à deflexão das tangentes e pode ser
determinado pela diferença dos azimutes das mesmas conforme figura 27.
N
I
PI
N PT
Az
Az
PC
Fig. 27
56
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
b) Comprimento da Curva
C 20 I
= logo C= × 20m
I D D
ou
C 2π R π .R.I
= logo C=
I 360 180
Chama-se Grau da Curva (D) o ângulo central, que compreende uma corda de um dado
comprimento. O grau da curva é independente do ângulo central da curva (I).
Pela figura 26 podemos dizer que:
D I I .20
= logo D=
20 C C
I
T = R × tg
2
O cálculo do Raio da Curva está relacionado diretamente com o Grau da Curva (D),
considerando-se cordas de 20 metros.
360º D 3600
= logo R=
2.π .R 20 π .D
57
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
I R R
cos = logo (R + E) =
2 (R + E) I
cos
2
R 1
E= −R sabendo-se que sec α = podemos substituir e teremos:
I cos α
cos
2
I
E = Rsec − 1
2
O ângulo de deflexão permitirá a locação, em campo, dos pontos que demarcarão o eixo
da curva.
D
d 20 =
2
58
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
8) Elaboração da Tabela
Aztg PT = Aztg PC + I
Aztg PT = 47°30'+17°36'
Aztg PT = 65°06'00"
1) Calcular o raio (R) de uma curva circular horizontal cujo comprimento entre as duas
tangentes é de 450,00m e cujos azimutes das tangentes são:
AztgPC-PI=216°32’30” à direita
AztgPI-PT=297°50’00” à direita
59
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
2) Calcular o raio (R), o grau da curva (D) e o comprimento da Curva(C) de uma curva
circular horizontal com as seguintes características:
Azimute da tg inicial=37º30’00” à esquerda
T = 419,00m
Azimute da tg final=217°20’00” á esquerda
3) Preparar a tabela para a locação de uma curva circular horizontal pelo método das
deflexões, da qual se sabe os seguintes dados:
Estaca do PI = 1.042+5,40m
I = 16º à direita
D = 2°30’
Azimute da tangente inicial = 136°50’
Usar um ponto de mudança na estaca 1042
Quando um veículo passa de um alinhamento reto para um trecho curvo, surge uma
força centrífuga que atua sobre o mesmo, tendendo a desviá-lo da trajetória que normalmente
deveria percorrer. Este fato representa um perigo e um desconforto para o usuário da estrada.
Clotóide
Parábola Cúbica
Lemniscata
X
Fig. 28
b) Lemniscata de Bernouille
A lemniscata é definida por:
R× p = K2
onde:
“R” é o raio de curvatura em seu ponto genérico
“p” é a distância polar deste ponto a origem
60
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
c) Parábola Cúbica
A parábola cúbica é definida pela equação:
Y = K2X 3
Todos estes tipos de curvas têm curvatura nula na origem (isto é, raio de curvatura
infinito), assumindo a curvatura valores crescentes com o desenvolvimento, enquanto que o
raio de curvatura assume valores decrescentes.
A maior ou menor variação da curvatura depende do valor adotado para a constante
“K”, qualquer que seja o tipo de curva de transição adotada. Essa constante é denominada
constante característica da curva de transição.
Trata-se de uma curva horizontal colocada nas saídas das curvas horizontais circulares,
com o intuito de fazer uma transição suave do raio infinito da reta com o raio reduzido da
curva circular e o inverso na saída da mesma.
Para este cálculo leva-se em consideração a velocidade (V) constante que o veículo
percorre a curva de transição para alcançar a curva circular, a taxa de variação da aceleração
centrípeta (Jmáx) e o raio da curva circular (RC).
Experimentalmente, verifica-se que a taxa de variação da aceleração centrípeta (J) não
deve exceder ao valor de 0,6m/s3. Fixados os valores da velocidade (V) e do raio (RC) da
curva circular, determina-se o valor do comprimento mínimo da curva de transição (Lsmin).
Para “V” em km/h, “RC” em m e Jmáx =0,6m/s3, resulta:
0,035 × V 3
Ls min = (em metros)
RC
bordo
H eixo
e
H lf bordo
lf
e×lf
H=
100
Ls min = 400 × H
61
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
É desejável que o tempo de percurso da curva de transição não seja inferior a um valor
mínimo, que é normalmente tomado como 2 segundos (DNER, AASHO). Fixada a
velocidade (V), resulta, em relação a este tempo mínimo (tsmin), um comprimento mínimo
(Lsmin).
Ls min = V × ts min
c) Exemplos:
1) Determinar o comprimento de transição da curva, mínimo e máximo, sabendo-se
que:
V=120km/h RC=300m e=8% lf=3,50m
Comprimento Mínimo:
62
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Comprimento Máximo
0,07 × V 3 0,07 × 120 3
a) Ls máx = = = 403,20m
RC 300
Conclusão:
O valor de Ls deverá ser:
201,60 ≤ Ls ≤ 403,20
Comprimento Mínimo:
0,035 × V 3 0,035 × 100 3
a) Ls min = = = 58,33mm
RC 600
e × l f 5 × 3,50
b) Ls min = 400 × H H= = = 0,175m
100 100
Ls min = 400 × 0,175 = 70,00m
Comprimento Máximo
0,07 × V 3 0,07 × 100 3
b) Ls máx = = = 116,66m
RC 600
Conclusão:
O valor de Ls deverá ser:
70,00 ≤ Ls ≤ 116,66
63
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
LT
TS PI
θ θs
l
Ls P ST
dl
R
dθ
θ EC
R
k
RC
θs
Fig. 29
64
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
TS dx x
P θ
dy
l dl
EC
Rc
y
Fig.30
dx = dl × cosθ
dy = dl × sen θ
l2
2
l2
4
l2
6
2 Rc × Ls 2 Rc × Ls 2 Rc × Ls
∫ dx = ∫ 1 − 2!
+
4!
−
6! dl
l4 l8 l 12
x = ∫ 1 − + − dl
(2 Rc × Ls ) × 2! (2 Rc × Ls ) × 4! (2 Rc × Ls ) × 6!
2 4 6
θ2 θ4
x = l (1 − + − ........)
10 216
θ3 θ5
dy = (θ − + − .......) dl
3! 5!
65
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
l2 l2
3
l2
5
2 Rc × Ls 2 Rc × Ls 2 Rc × Ls
∫ dy = ∫ 1! − 3! +
5! dl
l2 l6 l 10
y = ∫ − + dl
2 Rc × Ls (2 Rc × Ls ) × 3! (2 Rc × Ls ) × 5!
3 5
l2
Integrando-se a equação e levando-se em consideração a expressão de “θ” ( θ = )
2 Rc × Ls
obtemos:
θ θ3 θ5
y = l( − + − .........)
3 42 1320
Os termos seguintes das duas séries podem ser desprezados. Devemos lembrar que o
valor de “θ” nas equações deverá ser em “Radianos”.
Se fizermos “l=Ls” e “θ=θs” obtém-se “x=Xs” e “y=Ys”, coordenadas de EC em
relação ao sistema de referência indicado na figura 30. As coordenadas de qualquer ponto da
clotóide podem ser determinadas a partir das expressões “x” e “y”, acima determinadas.
A figura 31 que representa uma concordância entre duas tangentes por meio de uma
curva circular e duas clotóides simétricas, permite determinar que:
Ts
Xs
TS PI x
p
θs Ys AC
k
EC
θs
Rc
y
Fig. 31
66
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
TS = PI − Ts
EC = TS + Ls
CE = EC + C
onde:
Ic 3600
C= × 20m Dc = Ic = AC − 2θs
Dc πRc
e
ST = CE + Ls
A estaca TS é locada medindo-se a tangente total (Ts) a partir de PI, em direção a ré,
sobre a tangente anterior, da mesma maneira, em direção a vante, a partir de PI, loca-se a
estaca ST.
θ2 θ4 θ θ3 θ5
x = l (1 − + − ........) y = l( − + − .........)
10 216 3 42 1320
67
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
θs l
ψ= ( )2
3 Ls
Fig. 31a.
efetuada a partir de qualquer ponto já locado da espiral de transição, bastando que se instale o
teodolito na nova estação e que se determine à direção da nova tangente à espiral de transição
neste ponto, tangente esta que será a direção de referência para a locação dos demais pontos,
através das deflexões acumuladas.
O procedimento para a locação da espiral de transição com mudança de estação é o
mesmo que para o caso da curva circular horizontal simples, tomando-se o cuidado apenas no
cálculo dos ângulos de deflexão (vente e ré), já que a espiral de transição tem curvatura
diferente em cada ponto.
Na figura 31b, está representada uma espiral de transição, estando nela representado
três pontos (A, B e C), os ângulos centrais da espiral (φA, φB, φC), estes correspondentes as
áreas compreendidas entre a origem e os respectivos pontos.
Observando-se a figura 31b, pode-se dizer que o ângulo (ω) que será determinado para
a locação da nova direção da tangente da curva no ponto C será:
Fig. 31b.
ω = φC − ψ c
69
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
AC 32
Ts = ( Rc + p ) × tg + k = (381,97 + 1,569) × tg + 59,950 = 169,928m
2 2
70
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Ic 14º
C= × 20m = × 20 = 93,33
Dc 3º
CE = EC + C = (1.112 + 17,47) + (4 + 13,33) = 1.117 + 10,80m
ST = CE + Ls = (1.117 + 10,80) + (6 + 0,00) = 1.123 + 10,80m
As deflexões (ψ) foram calculadas a partir da fórmula: (o valor de “θs” deve ser em
graus)
θs l
ψ = ( )2
3 Ls
3 Ls 3 Ls
Para os demais pontos, calcula-se da mesma maneira.
71
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
A verificação dos cálculos pode ser feita através da comparação do resultado obtido no
Azimute da tangente final (PT) com o valor do ângulo da curva (I), os quais deverão ser
iguais.
A locação da espiral de transição de saída é feita de ST para CE, para não alterar o sistema
de cálculo, isto é, seu raio diminuindo.
Estacas l Corda l l
2 Deflexão (ψ )
Ls
Ls
ST 1.123+10,80
1.123 10,80 10,80 0,09000 0,00810 0º01’27,5”
1.122 30,80 20 0,25666 0,06587 0°11’51,4”
1.121 50,80 20 0,42333 0,17921 0º32’15,5”
1.120 70,80 20 0,59000 0,34810 1°02’39,5”
1.119 90,80 20 0,75666 0,57254 1º43’03,4”
1.118 110,80 20 0,92333 0,85254 2º33’27,4”
CE 1.117+10,80 120,00 9,20 1 1 3º00’00”
As deflexões (ψ) foram calculadas a partir da fórmula: (O valor de “θs” deve ser em
graus)
θs l
ψ= ( )2
3 Ls
72
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
l2
θ=
2 Rc × Ls
θ 1107 = 0,000025136
θ 1108 = 0,005537094
θ 1109 = 0,019731053
θ 1110 = 0,042651702
θ 1111 = 0,074299038
θ 1112 = 0,114673064
θ 1112 +17, 47 = 0,157080399
Devemos nos lembrar que os valores dos ângulos (θ) se encontram em RADIANOS
θ2 θ4 θ θ3 θ5
x = l (1 − + ) y = l( − + )
10 216) 3 42 1320
x1107 = 2,5299 y1107 = 0,000021
x1108 = 22,5299 y1108 = 0,0416
x1109 = 42,5283 y1109 = 0,2797
x1110 = 62,5186 y1110 = 0,8889
x1111 = 82,4844 y1111 = 2,0432
x1112 = 102,3952 y1112 = 3,9155
x1112 +17, 47 = 119,7042 y1112+17 , 47 = 6,2722
73
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
θ 1110 = 0,042651702rad
θ 1110 = 2º 26'37,5"
f) Cálculo das novas deflexões acumuladas a partir da nova estação (Ponto 1110).
y1111 − y1110
ψ 1110−1111 = arctg − θ 1110
x1111 − x1110
(2,0432 − 0,8889)
ψ 1110−1111 = arctg − 2º 26'37,5"
(82,4844 − 62,5186)
ψ 1110−1111 = 0º51'54,2"
y1112 − y1110
ψ 1110−1112 = arctg − θ 1110
x1112 − x1110
(3,9155 − 0,8889)
ψ 1110−1112 = arctg − 2º 26'37,5"
(102,3952 − 62,5186)
ψ 1110−1112 = 1º53'47,8"
Para a confirmação dos resultados determina-se o Azimute da tangente final que irá
ser a tangente da Curva Circular:
74
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
A curva recomendada para ligar duas rampas é o arco de parábola. Este pode ser
simétrico ou assimétrico, sendo o primeiro o recomendado.
Cotas L P
t EV
r=(r1-r2)
t' r2 (
h %
)
) f
%
r 1(
h EF
S Dh
EI
76
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
(t ' ) 2
f = ×h (3)
t2
Examinando-se a equação (3) e sabendo-se que os valores de “h” e “t” são facilmente
obtidos uma vez que seja escolhida preliminarmente a distância “L” entre os extremos da
parábola, conclui-se que a obtenção dos elementos que interessam para a locação da curva de
concordância vertical, ou seja, “f” e “(t’)”, não apresentam qualquer dificuldade.
1) Preparar a tabela da Curva vertical simétrica pelo método do arco de parábola sabendo-se
que: r1=5% r2= -3% L=200m EV=238+0,00 Estaqueamento de 20 em 20m
Cota de EV=234,50m
f) Cálculo de “h” (o sinal de “h” será (+) por ser a curva convexa)
L 200
h = r× h = 0,08 × h = 2,00m
8 8
g) Cálculo de “t”
77
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
L 200
t= t= t = 100,00m
2 2
1) Preparar a tabela para a locação de uma Curva Vertical Simétrica pelo método do arco de
parábola (Curva de depressão ou côncava):
Rampa Inicial (r1) = -2,7% Rampa Final (r2) = +4,2%
Comprimento da Curva (L) = 180m em cordas de 10 metros
Estaca do vértice (EV) = 321+10,00m Cota do vértice (CotaEv) = 123,780m
2) Preparar a tabela para a locação de uma Curva Vertical Simétrica pelo método do arco de
parábola que apresenta os seguintes dados (Curva de lombada ou convexa):
Comprimento da Curva (L) = 180m com corda de 20 metros
Estaca do Vértice (EV) = 56+10,00m Cota do Vértice (CotaEv) = 103,040m
Rampa Inicial (r1) = -0,7% Rampa Final (r2) = -5,2%
3) Preparar a tabela para a locação de uma Curva Vertical Simétrica que apresente os
seguintes dados (Curva de lombada ou convexa):
Rampa Inicial (r1) = +4,8% Rampa Final (r2) = -3,3%
Comprimento da Curva (L) = 220m em cordas de 20 metros
Estaca do Vértice (EV) 745+0,00m Cota do Vértice = 656,340m
78
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
As curvas verticais assimétricas são formadas por dois arcos de parábolas diferentes,
os quais ocasionam uma menor estabilidade para os veículos devido os mesmos não serem
constantes. Elas são utilizadas quando não há outra solução. Entretanto, apresentaremos seu
desenvolvimento.
g
EV (r1-r2) r2
h
f” EF
r1
f’ h
EI
l1 l2
sabendo-se que:
g = (r1 − r2 ) × l 2
l1 × l 2
h = (r1 − r2 )
2L
79
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
analogamente, temos:
r × l1
f " = (t ' ) 2 ×
2L × l2
1) Deseja-se preparar a tabela para a locação de uma curva vertical assimétrica por meio de
parábola sobre o eixo de uma estrada que foi estaqueado inicialmente de 20 em 20 metros.
Sabe-se que:
Rampa Inicial (r1) = +4% Rampa Final (r2) = +1%
Comprimento do 1° ramo (l1) = 40m em cordas de 10 metros
Cota do Vértice (EV) =68,250m
Comprimento da 2º ramo (l2) = 60m em corda de 10 metros
Estaca do Vértice (EV) = 72+0,00m
r = r1 − r2 r = (+4) − (+1) r = + 3%
L = l1 + l 2 L = 40 + 60 L = 100
80
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
f) Cálculo do valor de “f” e elaboração da tabela. (o sinal de “f” será (-) por ser a curva
convexa)
Estacas Rampa na Cota na (t’)2 (-f) Cota na
Tangente Tangente Curva
EI 70 - 66,650 - - 66,650
70+10 +4% 67,050 100 0,023 67,027
71 +4% 67,450 400 0,090 67,360
71+10 +4% 67,850 900 0,203 67,647
EV 72 - 68,250 1600 0,360 67,890
72+10 +1% 68,350 2500 0,250 68,100
73 +1% 68,450 1600 0,160 68,290
73+10 +1% 68,550 900 0,090 68,460
74 +1% 68,650 400 0,040 68,610
74+10 +1% 68,750 100 0,010 68,740
EF 75 - 68,850 - - 68,850
2) Preparar a tabela para uma curva vertical de depressão assimétrica com corda de 20
metros.
Estaca de Início (EI) = 136+10,00 Cota EI = 58,340m
Estaca do Vértice (EV) = 141+10,00 Cota EV = 52,940m
Estaca de Fim (EF) = 145+10,00 Cota EF = 56,620m
81
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
CAPÍTULO VII
1. LEVANTAMENTOS HIDROGRÁFICOS
1.1. Introdução
1.2.1 Hidrometria
1.2.2 Batimetria
1.3.1 Hidrometria
82
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Nas medidas de vazão são utilizados cabos aéreos, pontes ou barcos hidrométricos
(Fig. 33 a).
83
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
1.3.2 Batimetria
84
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
1.4 Alinhamentos
A operação batimétrica deve ser feita com o apoio topográfico de terra, para que se
possa conferir o posicionamento correto da embarcação, que deve ser mantida em velocidade
constante.
Para indicar as posições em que foram efetuadas as sondagens são utilizados
alinhamentos, que são estaqueados nas margens ou, em áreas de pouca profundidade por
estacas nos próprios pontos de sondagem ou bóias flutuantes (Fig. 34).
Vértice da Triangulação
Pontos Auxiliares
Pontos de Sondagem
Alinhamento
A locação dos pontos de sondagem pode ser determinada pelo método da triangulação.
Conhecendo-se as coordenadas das estações e os ângulos que os alinhamentos fazem entre si
em relação ao ponto de sondagem, podemos determinar as coordenadas destes e locá-las,
posteriormente, em cartas.
Atualmente, em trabalhos que exijam uma maior precisão na localização dos pontos de
sondagem, há uma tendência em complementar o apoio topográfico de terra com GPS ou
85
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Vazão de um curso de água é a quantidade de água que passa numa determinada seção
num certo período de tempo. A vazão de qualquer curso natural de água varia constantemente,
desde as menores, em época de seca, até as maiores, em época de chuva. O que interessa ao
Engenheiro é estabelecer a vazão média. Para isso, necessita-se de tomada de dados por um
período mais prolongado, alguns meses ou alguns anos. Os métodos que pode ser utilizado
são o do vertedor e o do molinete.
Este processo baseia-se na necessidade de se fazer toda a água que corre num
determinado canal, do qual se quer medir a vazão, passar por um vertedor que pode apresentar
forma retangular, triangular ou circular (Fig.35).
Por exemplo, vamos considerar um vertedor do tipo retangular que apresente uma
abertura de 0,60 x 0,20m (Fig.36). A parte inferior da abertura deve ser cortada de forma
chanfrada para diminuir o atrito da água. Esta barreira deve ser colocada de forma a
interceptar a passagem da água, vedando-se as partes laterais e o fundo, ou seja, represando a
água entre as margens e a barreira. Como conseqüência, o nível d’água irá se elevar até atingir
a abertura e começará a fluir por ela. Espera-se a estabilização do nível e iniciam-se as
medidas para o cálculo da vazão.
86
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
A'
0,20cm
L=0,60cm a
0,20cm
A
Corte AA'
Para determinarmos a altura “h” (altura da água sobre a aresta do vertedor) com
precisão milimétrica devemos utilizar o nivelamento geométrico. Efetua-se uma leitura de
mira com ela apoiada na aresta do vertedor (lv) e outra (le) com a mira apoiada numa estaca
localizada no leito do rio a uma distância de 4L (distância recomendada pela hidráulica), ou
seja, para nosso exemplo de L=0,60m, a distancia ficaria em 2,5m. Necessita-se medir a
leitura “n”, que corresponde à altura da água sobre a estaca (Fig.37).
le lv
n h
4L
logo temos:
h = lv − l e + n
Supomos uma barreira construída para o cálculo da vazão que tenha um vertedor de
0,60 x 0,20m e que as leituras efetuadas sobre a mira foram de: lv=1,678m; le=1,532m e a
altura n = 0,112m. Calcular a altura “h” no vertedor.
h = lv − le + n h = 1,678 − 1,532 + 0,112 h = 0,260m
O cálculo da vazão, será através das equações empíricas propostas por Bernouille ou
por Francis:
87
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
h
( Bernouille) Q = 1,78 × L × h 3 ( Francis ) Q = 1,826 × L × h 3 1 −
5
5 5
É necessário lembrar que, em ambas as equações, os valores de “L” e “h” devem ser
em metros para que a vazão resulte na unidade de metros cúbicos por segundo.
Para ambientes com vazão mais elevada, a solução para empregar o processo do
vertedor é o de construir instalações permanente de alvenaria ou concreto, desviando-se o
curso d’água temporariamente para ser construídos o vertedor e, posteriormente, fazer o curso
d’água retornar ao antigo leito.
Para a obtenção das leituras diárias “n” (altura da água sobre a estaca), podemos
instalar uma régua graduada fixa sobre esta estaca, a qual é conhecida como linígrafo ou
régua de leitura.
Além deste método, existem os métodos dos flutuadores e dos molinetes, com os
quais podemos determinar a vazão em diversos níveis de profundidade. Estes casos serão
abordados pela hidrologia, já que os mesmos não fazem parte dos métodos topográficos.
1) Seja determinar a vazão de um canal cujo vertedor apresente uma largura L=0,75m e as
leituras obtidas nas miras foram: lv=2,679, le=2,612, n=0,124.
2) 2) Deseja-se conhecer a altura (h) no vertedor e a vazão que um canal apresenta, tendo
sido obtidos os seguintes valores sobre as miras: le=1,815, lv=1,702, n=0,056, e L=1,24m.
88
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
TABELA
N° de voltas em 60s Velocidade m/s
5 0,12
10 0,23
20 0,40
30 0,56
40 0,71
50 0,85
60 0,98
89
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Fig. 37b. Visualização de uma seção transversal a um curso d’água com a localização dos
pontos de coleta de dados e seus respectivos valores.
Com os dados obtidos conforme pode ser visualizado na Figura 37b, pode-se elaborar
um mapa de curvas de igual velocidade (Curvas isovelozes) (Fig.37c), com a interpolação dos
valores obtidos em campo.
Fig.37c. Visualização de uma seção transversal a um curso d’águas com curvas de igual
velocidade (Curvas isovelozes)
90
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
59 + 68 68 + 40 40 + 19
S = × 150 + × 150 + × 100
2 2 2
20.575
Vm = Vm = 51,4375cm / s Vm = 0,514375m / s
400
A = 3,95 + 4,075
A = 8,025m 2
V = Vm × A
V = 0,514375m / s × 8,025m 2
V = 4,1278m 3 / s
91
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
1) Calcule a vazão da seção transversal de um rio, conforme dados da figura 37b, cujas
distâncias verticais entre os pontos amostrados são: Perfil 1=1,50/1,00; Perfil
2=1,50/1,50/0,50; Perfil 3=1,50/1,50/1,00; Perfil 4=1,50/1,50/1,20; Perfil
5=1,50/1,50/0,90; Perfil 6=1,50/1,00m. Distância entre os perfis verticais, a partir das
margens, é de 2,00m.
CAPÍTULO VIII
1.1 Introdução
92
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
A medida dos deslocamentos de uma barragem (vamos usar esta como exemplo) pelo
método trigonométrico tem por fim a determinação do deslocamento no espaço de pontos
localizados sobre a construção e que são materializados por marcas ou sinais especiais.
Marcas fixas são colocadas sobre a barragem e sobre as rochas encaixantes da
barragem, em pontos afastados da mesma, tais como os mostrados na figura 38 e em pontos
frontais à barragem, de tal maneira que se possa avistar todas as marcas colocadas sobre a
barragem e sobre as rochas encaixantes, a partir de pilares construídos para a sustentação dos
aparelhos (Teodolitos), normalmente em número de quatro ou mais. A partir destes pilares,
que serão as estações dos teodolitos, constrói-se uma triangulação topográfica (Fig39), de
preferência amarrada a uma ou mais Referências de Nível (RN), com a medida de uma base a
fim de se conhecer as distâncias e as posições relativas dos pilares e marcas.
M N
I II
RN
IV III
RN
93
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Consideremos uma marca "M" da barragem, dois pilares "I" e "II" engastados no
terreno e de marcas "RN" de referência, também engastadas no terreno mas distanciadas da
barragem conforme figura 40.
M'
dα dβ
α
II
I β
RN
RN
Fig.40 - Triangulação em relação a uma marca da barragem
94
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
N
EM M
M'
(NM-NI)
lα dα
α NM
EI (EM-EI)
I
NI
E
Fig.41
substituindo, temos:
95
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
lα . cos α ( dE M − dE I ) − lα . sen α ( dN M − dN I )
(N M − N I )2
dα =
(l . sen α ) 2
1+ α
(N M − N I )2
onde:
lα . cos α ( dE M − dE I ) − lα . sen α ( dN M − dN I )
(N M − N I )2
dα =
(lα . cos α ) 2 + (lα . sen α ) 2
(N M − N I )2
simplificando-se, temos:
cos α (dE M − dE I ) − sen α ( dN M − dN I )
dα =
lα
96
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
dα ".lα
+ sen α dN M
dE M = 206265 (4)
cos α
e
dβ "×l β
= cos β dE M − sen β dN M
206265
logo:
dβ ".l β
+ sen β dN M
dE M = 206265 (5)
cos β
97
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
98
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Este método é um processo de alta precisão, pois não exige medida de ângulos. São
estabelecidas marcas sobre a estrutura que se quer determinar o deslocamento vertical. Estas
marcas deverão estar engastadas e fixas sobre a estrutura e deverão estar relacionadas à
Referências de Nível (RN) localizadas fora da área de influências de qualquer movimentação
causada pela estrutura.
Sobre estas marcas é efetuado um nivelamento geométrico, em uma determinada
época, e correlacionado com os demais nivelamentos geométricos efetuadas em épocas
diferentes.
A diferença de nível entre a primeira observação e cada uma das demais nos dará o
deslocamento vertical sofrido pela estrutura.
Este método de determinação de deslocamento vertical pode ser utilizado para
barragens, pontes, estradas, vias suspensas, edificações de grande estrutura, obras
arquitetônicas sem colunas de sustentação central, etc.
Os equipamentos aqui utilizados permitem a leitura direta sobre a mira do centímetro
e, através de um micrômetro no aparelho, permite a leitura direta do milímetro e do décimo do
milímetro e a interpolação do centésimo do milímetro. Um dos aparelhos que permite esta
precisão é o Wild N3 (Figura 42).
Para se efetuar o nivelamento das marcas ou pontos engastados sobre a estrutura, com
a precisão exigida, são empregadas miras de metal formado por uma liga de cromo e níquel,
denominada INVAR (Fig.43). Somente estas miras permitem alcançar a precisão exigida para
o método. Estão graduadas de 10 em 10 milímetros e apresentam marcação dupla defasada
uma da outra, o que permite efetuar a dupla leitura, uma em cada escala, e comprovar o
resultado. Estas miras podem ter até 3 metros de comprimento e são sustentadas por um tripé
com nivelamento. Outras, para medidas de pequena amplitude, apresentam comprimento de
10 centímetros e podem ser acopladas a marcas ou pontos sobre a estrutura que se quer
determinar o deslocamento.
99
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
A leitura do nivelamento é feita diretamente sobre a mira até a casa dos centímetros;
posteriormente, através de um dispositivo do nível, se faz a coincidência do fio nivelador com
um valor inteiro da mira. O deslocamento efetuado para ocasionar esta coincidência será lido
através de um micrômetro existente no nível, conforme pode ser observado na figura 44.
Também é observada neste mesmo visor a bolha bipartida, que deverá estar nivelada antes de
cada leitura.
100
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
CAPITULO IX
1. LOCAÇÃO DE OBRAS
1.1 Introdução
O sistema de locação de um eixo de túnel por poligonal pode ser aplicado em áreas de
pouco relevo.
Este processo consiste em se efetuar um reconhecimento da área e a locação inicial das
estações correspondentes aos dois extremos do túnel, que deverão estar amarradas a
Referências de Nível (RN) e suas coordenadas estabelecidas (Fig.45)
Poligonal de Superfície
RN
RN
Eixo do Túnel
RN
Fig.45 Locação do eixo de um túnel por poligonal
101
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
B'
L 5
RN 4
3 β
2 β d
d" d'
α 1 180º l
d × (L − l) d × ( L − 2l ) d × ( L − 3l )
d' = d"= d '" = ..........
L L L
Poligonal de Superfície
RN
Chaminé RN
RN
A
Eixo do Túnel B
102
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
(AB) entre os extremos, as quais podem ser determinadas por suas coordenadas, pode-se
determinar a declividade do túnel.
Conhecida a declividade do túnel e as altitudes das estacas demarcadas sobre o
terreno, determina-se o comprimento que cada chaminé a ser aberta deverá ter para alcançar o
eixo do túnel.
RN
4
3 N
5
se A Eix
od
Ba oT
úne
l
α
1 B
6
2
7 RN
h eque
Base C
8
RN
103
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Ri
o
B
A
α
Base
Quando a base não pode ser medida na margem do rio, devemos medir a mesma em
local mais afastado e aumentar a triangulação e a precisão das medidas (Fig.50).
Rio
B
Eixo da Ponte β
E
A
φ η
σ α
ϕ
ω δ
D θ γ
ε
104
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Ri
o
B
te
Ba
Pon
o da
se d
E ix
eC
A
he q
ue
D
C
Fig.51 Locação de eixo de ponte com duas bases
D
o
G
e
da Pont
A Eixo C
Base
E
de C
F
hequ
e
105
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Ri
E
o
D
Base
B
de P4
Cheq P5
Bas
P2
e
P3
ue
A P1 F
C
Fig.53 Locação dos pilares de uma ponte
107
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
As estacas deverão ser cravadas no solo cerca de 0,60m para sua melhor fixação e
espaçadas de 2,50m, para que os vãos das tábuas das passarelas dos futuros andaimes tenham
resistência (Fig.56)
Tábua Horizontal
0,60
2,50m 2,50m
Distâncias entre estacas
Fig.56 Estaqueamento
108
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Prego 1
Estaca X
Prego 2 Prego 2
Prego 1
A estaca X da figura 57 tem seu local determinado pela interseção das duas linhas
esticadas, prego 1 ao prego 1 e prego 2 ao prego 2. Os pregos correspondentes e opostos
recebem a mesma denominação para facilitar a identificação na hora de se estabelecer um
ponto no terreno. Caso exista diversos pontos a serem locados no mesmo alinhamento, o
mesmo par de pregos servirá para todos eles. Ao esticar-se as linhas, o ponto de interseção
estará muito acima da superfície do solo; por intermédio de um fio de prumo levamos a
vertical até a superfície do solo e nele cravaremos um piquete, este deverá estar pintado de
uma cor bem marcante para facilitar sua identificação posterior. Deverá, também, estar
totalmente cravado no solo, para que o bate-estacas não o arranque ao passar sobre ele.
Fig.58. Locação dos eixos das paredes com distribuição eqüitativa das obras
109
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
A locação das paredes da obra deve ser efetuada pelo processo da tábua corrida onde é
demarcada sobre a mesma, com pinos ou pregos, a posição do eixo de cada uma delas como
pode ser visto na figura 59.
Obra 1,50
2,50
Pregos
1) Deseja-se locar o eixo de um túnel pelo método da poligonal. Sabe-se, do projeto, que as
coordenadas dos extremos do eixo do túnel são: NA=4.678.365,470m; EA=460.363,370m;
NB=4.681.346,520m; EB=463.137,470m. Ao efetuar-se a locação do eixo pelo método da
poligonal obteve-se o seguinte valor para o ponto final do eixo “B”: NB’=4.681.346,214m;
EB’=463.137,631m. Pede-se qual o valor real do deslocamento entre o ponto final do eixo
do túnel dado pelo projeto e o obtido no levantamento de campo? Qual o valor angular do
deslocamento entre a direção do eixo informado no projeto e o levantado em campo? Qual
o comprimento do eixo do túnel, em planta?
110
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
CAPÍTULO X
1. TERRAPLENAGEM
1.1 Introdução
111
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Considerando-se o terreno como reto entre dois pontos de cotas conhecidas, podemos
considerar a altura média (hm) de cada quadrícula como a média aritmética das alturas médias
de seus quatro vértices. A altura média final de todas as quadrículas será a média ponderada
das alturas de todos os vértices com os seus respectivos pesos 1, 2, 3 ou 4, conforme cada
altura pertença a 1, 2, 3 ou 4 quadrados, respectivamente. Desta maneira os vértices A1, A5,
D5 e D1, terão peso 1. Os vértices A2, A3, A4, B1, B5, C1, C5, D2, D3, D4 terão peso 2 e os
vértices internos B2, B3, B4, C2, C3 e C4 terão peso 4 (Fig.60).
Perfil A (Fig.61):
Fig. 61
113
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
2
Fig. 62
2 2
2
Fig. 63
2
2 2
114
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Perfil D (Fig.64):
Fig. 64
2
Aplicando-se a fórmula para o cálculo das áreas extremas, isto é, o volume entre as seções
“A e B”, “B e C” e entre “C e D” a qual é obtida a partir da equação proposta por Bezout.
20
VTotal Corte = × [(26,9225 + 112,3320) + 2(29,7690 + 48,1110)] = 2950,1450m 3
2
20
VTotal Aterro = × [(89,9240 + 1,3340) + 2(72,7700 + 29,1120)] = 2950,2200m 3
2
Caberá ao topógrafo determinar a cota de cada vértice do terreno tendo por base a cota
final preestabelecida pelo projeto, as áreas de corte e aterro de cada seção e os volumes de
corte e aterro finais que, naturalmente, não serão iguais.
Cota Final imposta para o terreno após a terraplenagem será de 34,00m, considerando-
se ainda a figura 60.
115
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Perfil A:
20 × [(36,3 − 34,0) + (34,8 − 34,0)] 12,31 × (34,8 − 34,0)
SC = + = 35,9240m 2
2 2
2
Perfil B:
13,85 × (34,9 − 34,0) 20 × [(36,4 − 34,0) + (34,9 − 34,0)]
SC = + = 39,2325m
2
2 2
2
Perfil C:
8,89 × (34,4 − 34,0) 20 × [(35,5 − 34,0) + (34,4 − 34,0)]
SC = + +
2 2
20 × [(36,6 − 34,0) + (35,5 − 34,0)]
+ = 61,7780m
2
2
2 2
116
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Perfil D:
18,33 × (35,1 − 34,0) 20 × [(35,8 − 34,0) + (35,1 − 34,0)]
SC = + +
2 2
20 × [(36,3 − 34,0) + (35,8 − 34,0)]
+ +
2
20 × [(37,2 − 34,0) + (36,3 − 34,0)]
+ = 135,0815m
2
2
Aplicando-se a fórmula para o cálculo das áreas extremas, como no caso anterior temos:
20
VTotal Corte = × [(35,9240 + 135,0815) + 2(39,2325 + 61,7780)] = 3730,2650m 3
2
20
VTotal Aterro = × [(74,9225 + 0,0835) + 2(58,2300 + 18,7775)] = 2290,2100m 3
2
A topografia colocará este plano numa altura tal que os volumes finais de corte e
aterro sejam iguais. A maneira de conseguir tal objetivo é manter a altura do plano inclinado
no centro de gravidade da área àquele do plano horizontal cuja curva de passagem era de
34,30m. O centro de gravidade (CG) está localizado na linha 3 entre os pontos B e C (Fig.
65).
B
Cota 33,90
Cota 34,10
Cota 34,70
Cota 34,50
Cota 34,30
CG
D
1 2 3 4 5
Fig. 65
117
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
Perfil A:
20 × [(36,3 − 34,7) + (34,8 − 34,5)] 5,45 × (34,8 − 34,5)
SC = + = 19,8175m 2
2 2
2
Perfil B:
7,27 × (34,9 − 34,5) 20 × [(36,4 − 34,7) + (34,9 − 34,5)]
SC = + = 22,4540m
2
2 2
118
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
2
Perfil C:
2,86 × (34,4 − 34,3) 20 × [(35,5 − 34,5) + (34,4 − 34,3)]
SC = + +
2 2
20 × [(36,6 − 34,7) + (35,5 − 34,5)]
+ = 40,1430m
2
2
2 2
Perfil D:
20 × (35,1 − 34,1) 20 × [(35,8 − 34,3) + (35,1 − 34,1)]
SC = + +
2 2
20 × [(36,3 − 34,5) + (35,8 − 34,3)]
+ +
2
20 × [(37,2 − 34,7) + (36,3 − 34,50)]
+ = 111,0000m
2
2
S A = 0m 2
Aplicando-se a fórmula para o cálculo das áreas extremas, como no caso anterior temos:
20
VTotal Corte = × [(19,8175 + 111,0000) + 2(22,4540 + 40,1430)] = 2560,1150m 3
2
20
VTotal Aterro = × [(82,8200 + 0) + 2(65,4550 + 21,1420)] = 2560,1400m 3
2
-1%
A
34,8#36,3 34,6#34,8 34,4#33,5 34,2#32,2 34,0#30,8
B
35,2#36,4 35,0#34,9 34,8#33,6 34,6#32,3 34,4#32,1
+2%
C
35,6#36,6 35,4#35,5 35,2#34,4 35,0#33,5 34,8#32,9
D
36,0#37,2 35,8#36,3 35,6#35,8 35,4#35,1 35,2#33,9
1 2 3 4 5
Fig. 66
Perfil A:
20 × [(36,3 − 34,8) + (34,8 − 34,6)] 3,64 × (34,8 − 34,6)
SC = + = 17,3640m 2
2 2
120
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
2
Perfil B:
18,46 × (36,4 − 35,2)
SC = = 11,0760m 2
2
2
Perfil C:
2,22 × (35,5 − 35,4) 20 × [(35,5 − 35,4) + (36,6 − 35,6)]
SC = + = 11,1110m
2
2 2
2
Perfil D:
8,00 × (35,8 − 35,6) 20 × [(35,8 − 35,6) + (36,3 − 35,8)]
SC = + +
2 2
20 × [(37,2 − 36,0) + (36,3 − 35,8)]
+ = 24,8000m
2
2
2 2
Aplicando-se a fórmula para o cálculo das áreas extremas, como no caso anterior temos:
20
VTotal Corte = × [(17,3640 + 24,8000) + 2(11,0760 + 11,1110)] = 865,3800m 3
2
20
VTotal Aterro = × [(88,3620 + 17,8000) + 2(94,0770 + 64,1120)] = 4225,4000m 3
2
1) Calcular a cota final para um plano horizontal de um terreno a ser terraplenado, com os
dados a seguir apresentados de maneira que sobrem 130m3 de terra que serão utilizados
em outro aterro. A eqüidistância entre os pontos nivelados é de 10 em 10 metros.
1 2 3 4 5
A
64,3 62,9 62,7 63,8 65,0
B
66,3 65,8 65,3 64,4 64,9
C
66,9 66,3 65,7 66,1 66,7
D
70,0 69,7 67,6 67,0 68,3
1 2 3 4 5
A
23,5 22,9 22,5 22,3 22,7
B
22,5 21,8 21,4 21,2 21,6
C
21,5 20,9 20,1 19,9 20,5
D
21,1 20,4 19,4 18,9 19,3
122
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BORGES, A.C. 1992. Topografia Aplicada à Engenharia Civil. Ed. Edgard Blücher Ltda.
São Paulo. Volume 2. 232 p.
BORGES,A C. 1975. Exercícios de Topografia. 3ª Edição. Ed. Edgard Blücher Ltda. São
Paulo. 192 p.
ESPARTEL.L. 1980. Curso de Topografia. 7ª Edição. Ed. Globo. Porto Alegre. 655 p.
MENEZES,D.L. 1935. Abecedário da Teoria dos Erros e do Cálculo das Compensações pelo
método dos mínimos quadrados. Imprensa Nacional. Rio de Janeiro. 188 p.
123
Topografia Aplicada à Engenharia Civil 2006 / 8ª Edição Iran Carlos Stalliviere Corrêa
Departamento de Geodésia – IG/UFRGS Porto Alegre/RS
PHILIP KISSAM, C.E. 1976. Topografia para Ingenieros. Ed. McGraw-Hill. México. 663 p.
SILVEIRA,L.C. 1984. Tabelas e Fórmulas para Cálculos Geodésicos no Sistema UTM. Ed.
da UFRGS. Porto Alegre-RS. 135p.
XEREZ,C. 1947. Topografia Geral. Ed. Técnica. Lisboa. Volume II. 363 p.
124