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DIREITO CIVIL
¾ Direito objetivo: é o complexo de normas reguladoras das relações com fixação em abstrato.
Sujeito
É o titular do direito subjetivo, poderá ser tanto uma pessoa natural como pessoa
jurídica.
Personalidade Jurídica: é a aptidão genérica reconhecida a toda e qualquer pessoa para que
possa titularizar relações jurídicas e reclamar a proteção dedicada aos direitos da
personalidade.
Início da personalidade da pessoa natural: nascimento com vida (art. 2º, CC).
Nascimento: se dá com a separação do ventre da mãe.
Vida: surge com a primeira respiração do bebê.
Obs.: Nascituro: é o ser concebido, mas que ainda não nasceu: tem seus direitos protegidos
desde a concepção (2ª metade do art. 2º do CC/02).
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NÚCLEO PREPARATÓRIO EXAME DA ORDEM
A declaração de guerra presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de
esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
2ª fase: sucessão provisória - depois de decorrido o prazo definido em lei (1 ano para a hipótese
do art. 22; e 3 anos para a hipótese do art. 23). Requerimento dos interessados (art. 27 do
CC/02).
- Art. 26 do CC/02
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3ª fase: sucessão definitiva: após 10 anos da abertura da sucessão provisória (art. 37, CC/02).
E também na hipótese do art. 38 do CC/02. Conseqüência: declaração da morte presumida do
ausente e aquisição da propriedade dos bens pelos herdeiros.
É a presunção iuris tantum de simultaneidade de mortes entre duas ou mais pessoas desde que
herdeiras entre si (é uma presunção relativa, ou seja, admite prova em contrário). Assim,
quando duas ou mais pessoas herdeiras entre si falecem, conclui-se que morreram na mesma
ocasião. A importância de se aferir tal situação reside na ordem de sucessão dos herdeiros. Em
suma, se os dois morreram na mesma ocasião, um não herdou do outro.
Atributos da Personalidade
1) Nome Civil
Art. 16: toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendido o prenome e sobrenome (apelido
de família; patronímico).
Agnome: é o elemento secundário que distingue duas pessoas de uma mesma família.
Exemplos: Júnior; Filho; Neto; Sobrinho.
Pseudônimo (art. 19, CC/02): é a designação que uma pessoa utiliza para o exercício de sua
atividade profissional (muito usado no meio artístico). Goza de proteção se utilizado para
atividades lícitas.
2) Estado Civil
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c) individual:
– sexo (masculino/feminino)
– idade
– sanidade.
Obs.: ações de estado (tem que haver intimação do Ministério Público) qualquer ação que
envolva o estado civil. Exemplos: separação judicial, divórcio, emancipação, interdição,
naturalização.
3) Domicílio
¾ Classificação
4) Capacidade
¾ De direito (aquisição ou gozo): é a aptidão para se adquirir direitos e contrair deveres (todas
as pessoas possuem capacidade de direito) – art. 1º do CC/02.
¾ De fato (exercício ou ação) é a aptidão para praticar pessoalmente, por si só, os atos da vida
civil (nem todas as pessoas a possuem). É possível suprir a falta da capacidade de fato por
meio da representação ou da assistência, a depender da situação.
Obs.: Legitimação: são requisitos especiais que a lei exige de determinadas pessoas em
determinadas situações, não pode ser confundido com a capacidade de direito e a capacidade
de fato.
Trata-se de estudo afeto ao campo da capacidade de fato /exercício/ ação, pois não existe
“incapacidade de direito”.
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b) Incapacidade: é a restrição legal à prática pessoal dos atos da vida civil (A incapacidade,
portanto, só decorre da lei. Não existe “incapacidade contratual”).
Graus de incapacidade:
b) emancipação judicial:
- Art. 5º, p. ú., I, 2ª metade do CC/02
- hipótese sui generis (não tem pai e mãe)
- o menor tem que ter no mínimo 16 anos
- quem emancipa é o juiz
- o próprio menor requererá e o tutor será somente ouvido
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c) emancipação legal:
- Art. 5º, p. ú., II, III, IV, V do CC/02
- II – pelo casamento
- III – exercício de emprego público efetivo (atenção, pegadinha de prova: não é somente a
aprovação ou posse, tem que entrar em exercício).
- IV – colação de grau em curso de ensino superior
- V – estabelecimento civil ou comercial (se estabelece com economia própria), desde que
tenha no mínimo 16 anos.
Direito que possuímos sobre nossos atributos fundamentais. Exemplo: honra, imagem,
integridade física, intimidade, privacidade, dentre outros.
¾ Art. 11 do CC/02
Traz algumas características dos direitos da personalidade:
- intransmissíveis
- irrenunciáveis
¾ Art. 12 do CC/02
Cláusula geral de tutela à pessoa humana:
- Cláusula geral: é uma maneira intencionalmente vaga e imprecisa de legislar (é uma técnica
legislativa).
- dá flexibilidade ao juiz (que continua limitado a Constituição Federal)
Obs.: a cláusula geral trata das demais espécies, não contempladas nos art.s supra citados, de
forma geral (garante proteção total).
Pessoa jurídica
É o ente moral criado pelo ser humano ao qual o ordenamento jurídico atribui personalidade.
A) Direito público
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I– associação
II– sociedades
III. – fundações (de direito privado)
IV. – organizações religiosas (art. 44, § 1º do CC/02).
V. – partidos políticos (art. 44, § 3º do CC/02 – lei específica).
Características
¾ Sociedades e associações
¾ Sociedade:
1 – possui finalidade econômica
2 – ato constitutivo: contrato social
3 – há entre os sócios direitos e obrigações recíprocos
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Algumas pessoas de direito privado deverão obter autorização do Poder Executivo antes de
submeterem o ato constitutivo ao registro. Exemplos: instituições financeiras, seguradora,
administradora de consórcio.
Obs. 2: Entes despersonalizados: são entes que não possuem personalidade, embora possuam
a chamada capacidade processual ou judiciária (art. 12, CPC). Alguns entes despersonalizados:
espólio, massa falida, herança vacante, herança jacente, sociedade de fato/ irregular e
condomínio (para alguns doutrinadores).
Novidade apresentada no Código Civil de 2002, mas que não representa novidade em nosso
ordenamento jurídico já que existia previsão em leis esparsas: no Código de Defesa do
Consumidor (Lei 8078/90), na Lei Antitruste (Lei 8884/94), na Lei de Crimes Ambientais (Lei
9605/98). A desconsideração da personalidade disposta nessas leis continuam valendo e
coexistem com a nova disposição do CC de 2002 (art. 50, CC).
Não se confunde a personalidade das pessoas naturais com a personalidade das pessoas
jurídicas, decorrência disso, o patrimônio da pessoa jurídica não se confunde com o patrimônio
da pessoa natural.
Obs.: a desconsideração não poderá ocorrer de oficio é necessário requerimento das partes ou
do MP.
- Aplicam-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade: art.
52 do CC/02 (somente no que couber).
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Bens
Classificação:
Fatos jurídicos
É a manifestação de vontade que deverá estar de acordo com o ordenamento jurídico e que
visa à produção de efeitos jurídicos (pretendidos pelas partes). Exemplo: contrato e testamento.
Necessariamente deverão estar presentes no negócio jurídico, sob pena de invalidade (ato será
nulo ou anulável).
I. Agente capaz;
II. Objeto lícito, possível, determinável, ou pelo menos, em algum momento determinável;
III. Forma prescrita ou não defesa (proibida) em lei (princípio da liberdade das formas – art. 107
do CC/02).
Elementos que poderão vir ou não no negócio jurídico (se não estiverem presentes no negócio
jurídico, não implicarão invalidade do negócio jurídico, já que são elementos acidentais).
São eles:
I. Condição (art. 121 do CC/02): “é a cláusula que derivando exclusivamente da vontade das
partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto”.
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II. Condição suspensiva (art. 125 do CC/02): inicialmente o que há é uma expectativa de direito
(direito eventual). Com o implemento da condição é que se adquire o direito.
IV. Termo: é a cláusula acessória que subordina os efeitos do negócio jurídico a evento futuro e
certo.
V. Encargo (ou modo): é a restrição que se impõe à vantagem obtida pelo beneficiário em que
se estabelece uma obrigação para com terceiro, a coletividade ou para o próprio instituidor.
Exemplo: doação modal.
B) vícios sociais
Hipóteses:
I – interessa a natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das
qualidades a ele essenciais.
II – concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira à declaração de
vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;
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III – sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal
do negócio jurídico (erro de direito).
Erro acidental:
Se o erro for meramente acidental, não caberá anulação (diz respeito a características
secundárias da pessoa ou do objeto). Exemplos: arts. 142 e 143 (erro de calculo) do CC/02.
É o processo malicioso de convencimento, em que uma das partes utiliza-se de manobras para
obter a vontade de outrem.
¾ É o equivoco induzido.
A) Dolo principal (art. 145 do CC/02): induz à anulação (anula, diz respeito à causa do negócio
jurídico).
B) Dolo acidental (art. 146 do CC/02): não caberá a anulação, tão somente haverá direito a
indenização por perdas e danos (não anula, só obriga a satisfação em perdas e danos).
Dolo:
1. ativo: decorre de uma ação positiva do agente.
2. passivo (omissão dolosa): decorre da atuação negativa do agente (art. 147 do CC/02)
Dolo recíproco (torpeza bilateral) – art. 150 do CC/02: ocorre quando ambas as partes agem
com dolo (não se pode pleitear anulação, nem indenização).
Obs.: “ninguém pode alegar a torpeza do outro em cima de sua própria torpeza”.
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Vis compulsiva: incute-se o temor de um mal injusto na vítima (o negócio jurídico será anulável).
A desproporção das prestações será apreciada segundo os valores do tempo em que foi
celebrado o negócio jurídico.
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- Requisito:
1. Dolo de aproveitamento: se traduz na má fé da outra parte, que sabe que a pessoa, diante
do estado de perigo, contratará independente do valor a ser pago (o grave dano é conhecido
pela outra parte).
Hipóteses:
1. Art. 158 do CC/02: fraude a titulo gratuito – remissão de dívidas (perdão)
2. Art. 159 do CC/02: transmissão a titulo ‘oneroso’ (fraude onerosa)
3. Art. 162 do CC/02: pagamento de divida não vencida
4. Art. 163 do CC/02: concessão de garantias (a um dos credores quirografários).
Ação Pauliana ou Revocatória: ação especifica utilizada para combater a fraude contra
credores.
Simulação
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NÚCLEO PREPARATÓRIO EXAME DA ORDEM
Obs.: art. 179 do CC/02: quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer
prazo para pleitear a anulação, será este de 2 (dois) anos, a contar da data da conclusão do ato.
Ref. Bibliográfica:
QUEIROZ, Mônica. Direito Civil. Introdução e Parte Geral. Coleção Praetorium. V. 4. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2008.
(www.lumenjuris.com.br)
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