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CENTRO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO DO TRABALHADOR

“Luiz Adelar Sheuer”

REDES DE COMPUTADORES

Juiz de Fora
Fevereiro/2011
ALEX DA SILVA
DENILSON SOARES
CLEBER MACHADO

Trabalho entregue à disciplina de


Protocolos e Redes de Comunicação
do Curso Técnico em Mecatrônica do
Centro Integrado de Desenvolvimento
do Trabalhador “Luiz Adelar Sheuer”.
Orientador: Luiz Calos de Oliveira

Juiz de Fora
Fevereiro/2011
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................4

2. REDES WIRELESS .............................................................................................5


2.1 A topologia básica ......................................................................................5
2.2 Tipos de placas .........................................................................................12
2.3 Alcance e interferência.............................................................................16

3. CABOS DE REDE .............................................................................................22


3.1 Diagrama de cabos de rede .....................................................................22
3.2 Definindo o cabo a ser utilizado: .............................................................22
3.3 Diagrama de conexão dos cabos: ...........................................................22
3.4 Tabela 1: Patch cable CAT 5 (EIA 568B) .................................................23
3.5 Tabela 2: cabo Crossover CAT 5 .............................................................23
1. INTRODUÇÃO

Uma rede de computadores consiste em 2 ou mais computadores e


outros dispositivos interligados entre si de modo a poderem compartilhar recursos
físicos e lógicos, os quais podem ser: dados, impressoras, mensagens (e-mails),
etc.[1]
A Internet é um amplo sistema de comunicação que conecta muitas redes
de computadores. Existem várias formas e recursos de vários equipamentos que
podem ser interligados e compartilhados, mediante meios de acesso, protocolos e
requisitos de segurança.
2. REDES WIRELESS

O grande problema em utilizar cabos é que o custo do cabeamento


cresce exponencialmente junto com o número de clientes e a distância a cobrir.
Montar uma rede entre 3 ou 4 micros em um escritório acaba saindo barato,
pois você precisa apenas de um switch e alguns metros de cabos, mas cabear
uma rede com 500 estações, incluindo diversos andares de um prédio (por
exemplo) acaba sendo muito caro. Além disso, uma rede cabeada oferece
pouca flexibilidade; se você precisar mudar alguns micros de lugar ou adicionar
novas estações à rede, vai precisar alterar o cabeamento.
Existem ainda muitas situações onde simplesmente não é viável
utilizar cabos, como no caso de prédios antigos, onde não existem canaletas
disponíveis e em situações onde é necessário interligar pontos distantes, como
dois escritórios situados em dois prédios diferentes por exemplo, onde você
precisaria adquirir uma linha dedicada entre os dois pontos, com a empresa de
telefonia local (o que é caro) ou criar uma VPN, via internet (o que resultaria em
uma conexão lenta e com muita latência).
Nos últimos anos as redes wireless caíram de preço e se tornaram
extremamente populares. Configurar uma rede wireless envolve mais passos
do que uma rede cabeada e um número muito maior de escolhas, incluindo o
tipo de antenas e o sistema de encriptação a utilizar, sem falar no grande
volume de opções para otimizar a conexão presentes na interface de
administração do ponto de acesso.

2.1 A topologia básica

Em uma rede wireless, o hub é substituído pelo ponto de acesso


(access-point em inglês, comumente abreviado como "AP" ou "WAP", de
wireless access point), que tem a mesma função central que o hub
desempenha nas redes com fios: retransmitir os pacotes de dados, de forma
que todos os micros da rede os recebam. A topologia é semelhante à das
redes de par trançado, com o hub central substituído pelo ponto de acesso. A
diferença no caso é que são usados transmissores e antenas em vez de cabos.
Fig. 1

Os pontos de acesso possuem uma saída para serem conectados


em um hub/switch tradicional, permitindo que você "junte" os micros da rede
com fios com os que estão acessando através da rede wireless, formando uma
única rede, o que é justamente a configuração mais comum.
Existem poucas vantagens em utilizar uma rede wireless para
interligar micros desktops, que afinal não precisam sair do lugar. O mais
comum é utilizar uma rede cabeada normal para os desktops e utilizar uma
rede wireless complementar para os notebooks, palmtops e outros dispositivos
móveis.
Você utiliza um hub/switch tradicional para a parte cabeada, usando
cabo também para interligar o ponto de acesso à rede. O ponto de acesso
serve apenas como a "última milha", levando o sinal da rede até os micros com
placas wireless. Eles podem acessar os recursos da rede normalmente,
acessar arquivos compartilhados, imprimir, acessar a internet, etc. A única
limitação fica sendo a velocidade mais baixa e o tempo de acesso mais alto
das redes wireless.
Isso é muito parecido com juntar uma rede de 10 megabits, que
utiliza um hub "burro" a uma rede de 100 megabits (um uma rede de 100
megabits com uma rede gigabit), que utiliza um switch. Os micros da rede de
10 megabits continuam se comunicando entre si a 10 megabits, e os de 100
continuam trabalhando a 100 megabits, sem serem incomodados pelos
vizinhos. Quando um dos micros da rede de 10 precisa transmitir para um da
rede de 100, a transmissão é feita a 10 megabits, respeitando a velocidade do
mais lento.
Nesse caso, o ponto de acesso atua como um bridge, transformando
os dois segmentos em uma única rede e permitindo que eles se comuniquem
de forma transparente. Toda a comunicação flui sem problemas, incluindo
pacotes de broadcast.
Para redes mais simples, onde você precise apenas compartilhar o
acesso à internet entre poucos micros, todos com placas wireless, você pode
ligar o modem ADSL (ou cabo) direto ao ponto de acesso. Alguns pontos de
acesso trazem um switch de 4 ou 5 portas embutido, permitindo que você crie
uma pequena rede cabeada sem precisar comprar um hub/switch adicional.

Fig. 2

Com a miniaturização dos componentes e o lançamento de


controladores que incorporam cada vez mais funções, tornou-se comum o
desenvolvimento de pontos de acesso que incorporam funções adicionais.
Tudo começou com modelos que incorporavam um switch de 4 ou 8 portas que
foram logo seguidos por modelos que incorporam modelos com funções de
roteador, combinando o switch embutido com uma porta WAN, usada para
conectar o modem ADSL ou cabo, de onde vem a conexão. Estes modelos são
chamados de wireless routers (roteadores wireless).

Fig. 3
O ponto de acesso pode ser então configurado para compartilhar a
conexão entre os micros da rede (tanto os ligados nas portas do switch quanto
os clientes wireless), com direito a DHCP e outros serviços. Na maioria dos
casos, estão disponíveis apenas as funções mais básicas, mas muitos
roteadores incorporam recursos de firewall, VPN e controle de acesso.
Por estranho que possa parecer, as funções adicionais aumentam
pouco o preço final, pois devido à necessidade de oferecer uma interface de
configuração e oferecer suporte aos algoritmos de encriptação (RC4, AES,
etc.), os pontos de acesso precisam utilizar controladores relativamente
poderosos. Com isso, os fabricantes podem implementar a maior parte das
funções extras via software, ou utilizando controladores baratos. Isso faz com
que comprar um roteador wireless saia bem mais barato do que comprar os
dispositivos equivalentes separadamente. A única questão é mesmo se você
vai utilizar ou não as funções extras.
Existem ainda roteadores wireless que incluem um modem ADSL,
chamados de "ADSL Wireless Routers". Basicamente, eles incluem os circuitos
do modem ADSL e do roteador wireless na mesma placa, e rodam um firmware
que permite configurar ambos os dispositivos. O link ADSL passa então a ser a
interface WAN, que é compartilhada com os clientes wireless e com os PCs
ligados nas portas do switch. O quinto conector de rede no switch é então
substituído pelo conector para a linha de telefone (line), como neste Linksys
WAG54G:

Fig. 4

Embora mais raros, você vai encontrar também roteadores com


modems 3G integrados (chamados de Cellular Routers ou 3G Routers), que
permitem conectar via EVDO (Vivo) ou UMTS/EDGE/GPRS (Claro, Tim e
outras), usando um plano de dados. O modem pode ser tanto integrado
diretamente à placa principal quanto (mais comum) instalado em um slot PC-
Card. A segunda opção é mais interessante, pois permite que você use
qualquer placa.
Dois exemplos de roteadores 3G são o Kyocera KR1 e o ZYXEL
ZYWALL 2WG. Em ambos os casos os roteadores usam placas externas, que
são adquiridas separadamente. O Kyocera suporta tanto modems PC-Card
quanto USB, enquanto o ZYXEL suporta apenas modems PC-Card:

Fig. 5

Alguns modelos combinam o modem 3G e um modem ADSL,


oferendo a opção de usar a conexão 3G como um fallback para o ADSL,
usando-a apenas quando o ADSL perder a conexão. Esta combinação é
interessante para empresas e para quem depende da conexão para trabalhar,
mas resulta em produtos mais caros, que nem sempre são interessantes.
Continuando, além dos pontos de acesso "simples" e dos roteadores
wireless, existe ainda uma terceira categoria de dispositivos, os wireless
bridges (bridges wireless), que são versões simplificadas dos pontos de
acesso, que permitem conectar uma rede cabeada com vários micros a uma
rede wireless já existente. A diferença básica entre um bridge e um ponto de
acesso é que o ponto de acesso permite que clientes wireless se conectem e
ganhem acesso à rede cabeada ligada a ele, enquanto o bridge faz o oposto,
se conectando a um ponto de acesso já existente, como cliente.
O bridge é ligado ao switch da rede e é em seguida configurado
como cliente do ponto de acesso remoto através de uma interface web. Uma
vez conectado às duas redes, o bridge se encarrega de transmitir o tráfego de
uma rede à outra, permitindo que os PCs conectados às duas redes se
comuniquem.
Usar um ponto de acesso de um lado e um bridge do outro permite
conectar diretamente duas redes distantes, sobretudo em prédios diferentes ou
em áreas ruais, onde embora a distância seja relativamente grande, existe
linha visada entre os dois pontos. Como o trabalho de um bridge é mais
simples que o de um ponto de acesso, muitos fabricantes aproveitam para
incluir funções de bridge em seus pontos de acesso, de forma a agregar valor.

Fisicamente, os bridges são muito parecidos com um ponto de


acesso, já que os componentes básicos são os mesmos. Em geral eles são um
pouco mais baratos, mas isso varia muito de acordo com o mercado a que são
destinados. A seguir temos o D-Link DWL-3150 e o Linksys WET54G, dois
exemplos de bridges de baixo custo:

Fig. 6

Alguns modelos combinam o modem 3G e um modem ADSL,


oferendo a opção de usar a conexão 3G como um fallback para o ADSL,
usando-a apenas quando o ADSL perder a conexão. Esta combinação é
interessante para empresas e para quem depende da conexão para trabalhar,
mas resulta em produtos mais caros, que nem sempre são interessantes.
Continuando, além dos pontos de acesso "simples" e dos roteadores
wireless, existe ainda uma terceira categoria de dispositivos, os wireless
bridges (bridges wireless), que são versões simplificadas dos pontos de
acesso, que permitem conectar uma rede cabeada com vários micros a uma
rede wireless já existente. A diferença básica entre um bridge e um ponto de
acesso é que o ponto de acesso permite que clientes wireless se conectem e
ganhem acesso à rede cabeada ligada a ele, enquanto o bridge faz o oposto,
se conectando a um ponto de acesso já existente, como cliente.
O bridge é ligado ao switch da rede e é em seguida configurado
como cliente do ponto de acesso remoto através de uma interface web. Uma
vez conectado às duas redes, o bridge se encarrega de transmitir o tráfego de
uma rede à outra, permitindo que os PCs conectados às duas redes se
comuniquem.
Usar um ponto de acesso de um lado e um bridge do outro permite
conectar diretamente duas redes distantes, sobretudo em prédios diferentes ou
em áreas ruais, onde embora a distância seja relativamente grande, existe
linha visada entre os dois pontos. Como o trabalho de um bridge é mais
simples que o de um ponto de acesso, muitos fabricantes aproveitam para
incluir funções de bridge em seus pontos de acesso, de forma a agregar valor.
Fisicamente, os bridges são muito parecidos com um ponto de
acesso, já que os componentes básicos são os mesmos. Em geral eles são um
pouco mais baratos, mas isso varia muito de acordo com o mercado a que são
destinados. A seguir temos o D-Link DWL-3150 e o Linksys WET54G, dois
exemplos de bridges de baixo custo:

Fig. 7

Continuando, existe também a possibilidade de criar redes ad-hoc,


onde dois ou mais micros com placas wireless se comunicam diretamente, sem
utilizar um ponto de acesso, similar ao que temos ao conectar dois micros
usando um cabo cross-over.
No modo ad-hoc a área de cobertura da rede é bem menor, já que a
potência de transmissão das placas e a sensibilidade das antenas são quase
sempre menores que as do ponto de acesso e existem outras limitações, mas
apesar disso as redes ad-hoc são um opção interessante para criar redes
temporárias, sobretudo quando você tem vários notebooks em uma mesma
sala. Na época do 802.11b, as redes ad-hoc ofereciam a desvantagem de não
suportarem encriptação via WPA, o que tornava a rede bastante insegura. Mas,
o suporte ao WPA está disponível ao utilizar clientes com placas 802.11g ou
802.11n e pode ser ativado na configuração da rede.

2.2 Tipos de placas

Com relação às placas, é possível encontrar tanto placas PC Card,


Express Mini ou mini-PCI, para notebooks, quanto placas PCI e USB para
micros desktop. Existem inclusive placas ultra-compactas, que podem ser
instaladas em um slot SD, destinadas a palmtops.

Fig. 8

Praticamente todos os notebooks à venda atualmente, muitos


modelos de palmtops e até mesmo smartphones incluem transmissores
wireless integrados. Hoje em dia, parece inconcebível comprar um notebook
sem wireless, da mesma forma que ninguém mais imagina a idéia de um PC
sem disco rígido, como os modelos vendidos no início da década de 80.
Apesar disso, é bastante raro um notebook que venha com uma
placa wireless "onboard". Quase sempre é usada uma placa Mini-PCI (uma
versão miniaturizada de uma placa PCI tradicional, que usa um encaixe
próprio) ou Express Mini (a versão miniaturizada do PCI Express), que pode
ser substituída, assim como qualquer outro componente. Desde que não exista
nenhuma trava ou incompatibilidade por parte do BIOS, você pode
perfeitamente substituir a placa que veio pré-instalada.
Existem vários modelos de placas mini-pci no mercado, mas elas
não são um componente comum, de forma que você só vai encontrá-las em
lojas especializadas. É possível também substituir a placa que acompanha o
notebook por outro modelo, melhor ou mais bem suportado no Linux.

Fig.9

Não se engane pela foto. As placas mini-pci são muito pequenas,


quase do tamanho de uma caixa de fósforos e os conectores a antena são
quase do tamanho de uma cabeça de alfinete. Eles são frágeis, por isso é
preciso ter cuidado ao plugá-los na placa. O fio branco vai sempre no conector
no canto da placa e o preto no conector mais ao centro, como na foto.
Quase sempre, o notebook tem uma chave ou um botão que permite
ligar e desligar o transmissor wireless. Antes de testar, verifique se ele está
ativado.
Embora as placas mini-pci sejam componentes tão padronizados
quanto as placas PC Card, sempre existe a possibilidade de algumas placas
específicas não serem compatíveis com seu notebook. O ideal é sempre testar
antes de comprar, ou comprar em uma loja que aceite trocar a placa por outra
em caso de problemas.

As antenas não vão na própria placa, mas são montada na tampa do


monitor, atrás do LCD e o sinal vai até a placa através de dois cabos, que
correm dentro da carcaça do notebook. Isso visa melhorar a recepção, já que
quando o notebook está aberto, as antenas no topo da tela ficam em uma
posição mais elevada, o que melhora a recepção. Notebooks com placas
802.11b ou 802.11g utilizam duas antenas, enquanto os com placas 802.11n
tipicamente utilizam três:

Fig. 10

Isso faz com que as placas Mini-PCI e Express Mini levem uma certa
vantagem sobre as placas wireless PC Card ou USB em termos de recepção.
As placas PC Card precisam ser muito compactas, por isso invariavelmente
possuem uma antena muito pequena, com pouca sensibilidade. As antenas
incluídas nos notebooks, por sua vez, são invariavelmente muito maiores, o
que garante uma conexão muito mais estável, com um alcance muito maior e
ajuda até mesmo na autonomia das baterias (já que é possível reduzir a
potência do transmissor).
A exceção fica por conta das placas PC Card com saídas para
antenas externas, como esta Senao NL-2511CD da foto a seguir. Ela é uma
placa 802.11b, que era muito usada para fazer wardriving durante o boom
inicial das redes wireless, quando a maioria das redes wireless ainda eram
desprotegidas, ou utilizavam o WEP, que podia ser quebrado rapidamente.
Hoje em dia ela não teria muita utilidade, já que está limitada a 11 megabits e
não oferece suporte a WPA:
Fig. 11

Muitos notebooks antigos, fabricados a partir de 2001/2002 que


ainda não incluem placas wireless já possuem o slot mini-pci e a antena,
permitindo que você compre e instale uma placa mini-pci, ao invés de ficar
brigando com o alcance reduzido das placas PC Card.
Temos em seguida as placas wireless USB, que devido à praticidade
e baixo custo estão se tornando cada vez mais populares. O principal motivo é
que elas são baratas e fáceis de instalar (já que basta plugar na porta USB) e
você pode utilizar a mesma placa wireless tanto no desktop quanto no
notebook.

Fig. 12

Existem tanto placas com antena interna, como este modelo da D-


Link, quanto com antenas externas destacáveis, como no modelo abaixo.
Nesses casos é possível inclusive substituir a antena por outra de maior ganho,
melhorando a recepção e permitindo que você se conecte a pontos de acesso
muito mais distantes:
Fig. 13

As placas com antena interna geralmente sofrem com uma recepção


ruim, pois as antenas são, na verdade, simples trilhas na placa de circuito, que
oferecem pouco ganho.
As com antena externa são melhores, já que antena oferece um
maior ganho e você pode ajustar a posição da antena para obter a melhor
recepção, mas é preciso tomar cuidado ou comprar, pois existem muitos casos
de placas com antenas falsas, onde a antena externa é apenas um enfeite de
plástico, que não é sequer conectado à placa. É o mesmo que acontece com
muitos adaptadores Bluetooth.

2.3 Alcance e interferência

As placas Wi-Fi também são placas Ethernet. As diferenças com


relação às placas cabeadas se restringem às camadas 1 e 2 do modelo OSI,
ou seja na camada física (representados pelos transmissores e antenas) e link
de dados (a modulação do sinal, encriptação via WPA ou WEP, correção de
erros e outras funções executadas pelo chipset placa). Do nível 3 em diante
temos o TCP/IP e as demais camadas da rede, que funcionam da mesma
forma que em uma rede cabeada.
Com relação à transmissão dos dados, a principal diferença é que
em uma rede wireless o meio de transmissão (o ar) é compartilhado por todos
os clientes conectados ao ponto de acesso, como se todos estivessem ligados
ao mesmo cabo coaxial. Isso significa que apenas uma estação pode transmitir
de cada vez, e que todas as estações dentro da área de cobertura recebem
todos os pacotes transmitidos da rede, independentemente do destinatário.
Isso faz com que a segurança dentro de uma rede wireless seja uma questão
sempre bem mais delicada que em uma rede cabeada.
O número máximo de clientes simultâneos suportados pelo ponto de
acesso varia de acordo com o fabricante e o firmware usado. Muitos pontos de
acesso 802.11b antigos eram limitados a 30 clientes, mas os atuais suportam
um número maior. O grande problema é que a banda disponível é
compartilhada entre todos os clientes, de forma que a velocidade prática da
rede cai para níveis cada vez mais baixos conforme novos clientes são
conectados.
Uma solução para áreas onde é necessário atender a um grande
número de clientes é utilizar múltiplos pontos de acesso. Ao serem
configurados com o mesmo SSID, eles formam uma única rede, de forma que
os clientes passam a automaticamente se conectar ao ponto de acesso que
oferecer o melhor sinal. Se o objetivo é melhorar a taxa de transferência da
rede, o ideal é conectar os pontos de acesso usando cabos de rede e
configurá-los para utilizar canais diferentes (veja detalhes a seguir), de forma
que eles possam realmente transmitir simultaneamente, sem interferir entre si.
Em situações onde a prioridade é aumentar o alcance da rede, é
possível também utilizar repetidores wireless, que permitem estender o sinal do
ponto de acesso principal, sem que seja necessário puxar um cabo de rede até
eles.
Outra característica das redes wireless é que o alcance da rede
varia de forma brutal de acordo com os obstáculos pelo caminho e com o tipo
de antenas usadas, entre outros fatores.
De uma forma geral, o alcance prometido pelos fabricantes para as
redes 802.11b ou 802.11g são 100 pés para ambientes fechados e 500 pés
para ambientes abertos, o que equivale a, respectivamente, 30 e 150 metros.
Devido ao uso de mais transmissores e mais antenas, o novo padrão 802.11n
oferece um alcance um pouco maior, prometendo 70 metros em ambientes
fechados e 250 metros em campo aberto. Entretanto, estes valores são apenas
médias estimadas, tiradas em testes padronizados. Em situações reais,
podemos chegar a extremos, como links de longa distância, de 30 km e
clientes que não conseguem manter uma transmissão estável com um ponto
de acesso a apenas 6 ou 8 metros de distância.
Os três fatores que explicam diferenças tão brutais são:

a) O ganho das antenas instaladas no ponto de acesso e no cliente


b) A potência dos transmissores
c) Os obstáculos e fontes de interferência presentes no ambiente

As antenas usadas por padrão na maioria dos pontos de acesso,


placas e notebooks são antenas dipole com ganho de apenas 2 ou 2.2 dBi,
mas existem no mercado antenas com até 24 dBi. Existem ainda casos de
antenas de uso restrito, que podem superar a marca dos 30 dBi de ganho.
O "ganho" da antena diz respeito ao quanto ela consegue concentrar
o sinal transmitido. Quanto maior o ganho, mais concentrado é o sinal e maior
a distância que ele consegue percorrer. Para efeito de comparação, uma
antena de 22 dBi transmite um sinal 100 vezes mais concentrado do que uma
antena de 2 dBi.
Em seguida temos a questão da potência dos transmissores usados
nas placas e nos pontos de acesso, que é medida em milliwatts. Um ponto de
acesso típico utiliza um transmissor de 56 milliwatts (17.5 dBm) ou de 63
milliwatts (18 dBm), mas o valor varia de acordo com o modelo e o fabricante
(alguns modelos chegam a oferecer 400 milliwatts) e o sinal pode ser
amplificado para até 1 watt usando um amplificador externo.
Usar uma antena de maior ganho tem um efeito similar a aumentar a
potência de transmissão do sinal e vice-versa. É justamente a combinação do
uso de antenas de alto ganho (em muitos casos combinadas com
amplificadores) dos dois lados da conexão, com um caminho livre de
obstáculos, que permite a criação de links de longa distância.
Por outro lado, em redes domésticas você raramente usa
amplificadores ou substitui as antenas do ponto de acesso ou dos clientes e é
quase impossível oferecer um caminho livre de obstáculos. Como o sinal
wireless utiliza uma potência muito baixa, qualquer obstáculo significativo
causa uma grande perda, o que nos leva ao outro extremo, os casos em que o
sinal mal consegue percorrer uma distância de poucos metros.
As maiores inimigas do sinal são superfícies metálicas, como
grades, janelas, portas metálicas, lajes, vigas e até mesmo tintas com
pigmentos metálicos. O metal reflete a maior parte do sinal (propriedade que é
explorada por muitas antenas), deixando apenas uma pequena parte passar.
Em seguida temos materiais densos, como concreto e pedra.
Paredes leves, feitas com tijolo furado (tijolo baiano) absorvem muito menos
sinal do que paredes de construções antigas, feitas com tijolos maciços,
enquanto lajes ou vigas de concreto com armação metálica absorvem mais do
que ambas. O efeito é cumulativo, de forma que quanto mais paredes pelo
caminho, mais fraco é o sinal que chega do outro lado.
Outro obstáculo importante são corpos com grande concentração de
líquido, como aquários, piscinas, caixas d'agua e até mesmo pessoas
passeando pelo local (nosso corpo é composto de 70% de água). Ao contrário
dos metais, que refletem o sinal, a água o absorve, o que acaba tendo um
efeito ainda pior.
Além dos obstáculos, temos também focos de interferência, que
competem com o sinal do ponto de acesso, prejudicando a recepção por parte
dos clientes, assim como duas pessoas tentando falar ao mesmo tempo.
Fornos de microondas operam a 2.4 GHz, na mesma freqüência das
redes wireless, fazendo com que, quando ligados, eles se transformem em
uma forte fonte de interferência, prejudicando as transmissões em um raio de
alguns metros. Um forno de microondas é justamente um transmissor de rádio,
de altíssima potência, que opera na mesma faixa de freqüência das redes
wireless, mas que serve para cozinhar alimentos ao invés de transmitir dados.
Se você pudesse aumentar a potência de transmissão de uma placa wireless
em 10.000 vezes, teria um forno de microondas portátil.
Este é um dos motivos para a existência de normas que limitam a
potência de transmissão dos transmissores wireless domésticos a um máximo
de 1 watt. No caso do forno de microondas, é usada uma grade de metal para
evitar que o sinal de rádio escape. Ela é suficiente para evitar que ele cozinhe
as pessoas em volta, mas uma pequena porção do sinal, mais do que
suficiente para interferir com as redes wireless próximas, acaba escapando.
Telefones sem fio, além de transmissores bluetooth e outros
aparelhos que operam na faixa dos 2.4 GHz, também interferem, embora em
menor grau. Os telefones sem fio quase sempre utilizam o modo FH
(Frequency Hopping), onde a freqüência de transmissão varia em uma
sequência pré-definida, em intervalos de apenas alguns milisegundos. Com
isso o telefone interfere com a rede em alguns momentos, quando as
freqüências se cruzam (causando uma queda momentânea na taxa de
transferência e algumas retransmissões de pacotes), mas raramente o
problema é crônico. De qualquer forma, em escritórios e outros ambientes onde
vários aparelhos de telefone sem fio precisarem conviver com a rede wireless,
é recomendável utilizar aparelhos que trabalham na faixa dos 900 MHz.
Existe ainda a questão da interferência entre diferentes redes
instaladas na mesma área. Imagine um grande prédio comercial, com muitos
escritórios de empresas diferentes e cada uma com sua própria rede wireless.
Os pontos de acesso podem ser configurados para utilizarem freqüências
diferentes, divididas em 14 canais. Na maioria dos países, apenas 11 canais
podem ser utilizados (devido à questão da legislação) e destes, apenas 3
podem ser usados simultaneamente, sem perdas.
Ou seja, com várias redes instaladas próximas umas das outras, os
canais disponíveis são rapidamente saturados, fazendo com que o tráfego de
uma efetivamente reduza o desempenho da outra.
A combinação de todos esses fatores faz com que o alcance varie
muito de acordo com o ambiente. Você pode conseguir pegar o sinal de um
ponto de acesso instalado na janela de um prédio vizinho, distante 100 metros
do seu (campo aberto), mas não conseguir acessar a rede do andar de cima (a
armação de ferro e cimento da laje é um obstáculo difícil de transpor). Para
compensar grandes distâncias, obstáculos ou interferências, o ponto de acesso
reduz a velocidade de transmissão da rede, como um modem discado tentando
se adaptar a uma linha ruidosa. Os 54 megabits do 802.11g podem se
transformar rapidamente em 11, 5.5, 2 ou até mesmo 1 megabit.
Uma última observação é que muitos pontos de acesso possuem
problemas com a temperatura. Nos dias muito quentes, o ponto de acesso
superaquece e o calor prejudica a recepção do sinal, reduzindo o alcance da
rede, ou mesmo tirando-a do ar completamente. Ao desligar o ponto de acesso
da tomada e ligá-lo novamente pouco depois, tudo volta a funcionar por um
certo tempo, até que ele superaqueça e o problema se repita.
Se desconfiar do problema, experimente abrir o ponto de acesso e
colocar um ventilador próximo a ele para refrigerá-lo. Se o sinal parar de cair,
significa que o problema é mesmo a temperatura. Experimente então adaptar
algum tipo de exaustor sobre o ponto de acesso. Como os pontos de acesso
dissipam pouca energia (a maioria dissipa 5 watts ou menos), qualquer
ventilação ativa é suficiente para resolver o problema.
3. CABOS DE REDE

3.1 Diagrama de cabos de rede

Primeiramente vale a pena esclarecer que o método/diagramas


mostrados aqui é apenas 1 dos métodos de criação de cabos tipo CAT5 direto
ou cross-over. Existem outros padrões/diagramas que também funcionam.
Bem após o aviso, antes de você se aventurar a fazer seu cabo de
rede, é importante você definir que tipo de cabo precisa, e é claro, ter em mãos
o material e ferramentas necessárias para a montagem.
Não iremos nesta dica explicar em detalhes como montar um cabo
de rede (veja em outra dica aqui no site BoaDica como fazê-lo), mostraremos
apenas os diagramas de conexão/ligação do cabo.

3.2 Definindo o cabo a ser utilizado

Como falamos acima existem basicamente 2 tipos de conexão no


cabo: direta e invertida (também chamada cross-over).
Cabo direto (ou patch cable): utilizado para ligação da placa de rede
ao hub.
Cabo invertido (ou crossover cable): utilizado para ligação entre 2
hubs (também chamado cascateamento), ou então para ligar 2 micros pela
placa de rede (padrão RJ45) sem a utilização de hub.
Tenha em mãos as ferramentas/materiais necessários que são:
• Pedaço de cabo de rede padrão CAT 5 (4 pares de fios)
• Conectores RJ45
• Alicate de Crimpagem

3.3 Diagrama de conexão dos cabos:

Existem vários padrões de conexão dos cabos em uma rede, ou seja


da ordem dos cabos internamente no conector. Deixando de lado a discussão
de qual padrão é melhor, vamos apresentar o esquema de conexão no padrão
EIA 568B.
Esta é a configuração do padrão CAT 5 para cabo direto (ou patch
cable) no padrão 568B: veja Tabela 1 e Figura A abaixo.

3.4 Tabela 1: Patch cable CAT 5 (EIA 568B)

CONECTOR #1 CONECTOR #2
Branco/Laranja Branco/Laranja
Laranja Laranja
Branco/Verde Branco/Verde
Azul Azul
Branco/Azul Branco/Azul
Verde Verde
Branco/Marrom Branco/Marrom
Marrom Marrom

Fig. 14

Esta é a configuração do padrão CAT 5 para cabo invertido (ou


crossover) no padrão 568B: veja Tabela 2 e Figura B abaixo.

3.5 Tabela 2: cabo Crossover CAT 5

CONECTOR #1 CONECTOR #2
Branco/Laranja Branco/Verde
Laranja Verde
Branco/Verde Branco/Laranja
Azul Azul/Branco
Branco/Azul Branco/Azul
Verde Laranja
Branco/Marrom Branco/Marrom
Marrom Marrom/Branco

Fig. 15 Fig.16

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