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XVI SEMINÁRIO DE ATUALIZAÇÃO

DE PRÁTICAS DOCENTES
Competências docentes no século XXI
e em outros também...

EVANGÉLICA
CENTRO UNIVERSITÁRIO
ISSN
1 9 8 1 - 8 9 5 5

XVI SEMINÁRIO DE ATUALIZAÇÃO


DE PRÁTICAS DOCENTES

Competências docentes no século XXI


e em outros também...

Anápolis 2008

EVANGÉLICA
CENTRO UNIVERSITÁRIO
FICHA CATALOGRÁFICA

Seminário de Atualização de Práticas Docentes (16.:


2008:Anápolis, GO)
Anais do XVI Seminário de Atualização de
Práticas Docentes, 01 e 02 de agosto de 2008:
Competências docentes no século XXI e em outros
também... – Anápolis: Centro Universitário de
Anápolis, 2008. 31 p.

1.Ciências Humanas 2. Educação Superior 3. Práticas


docentes 1. Título
CDU 371.13

EVANGÉLICA
CENTRO UNIVERSITÁRIO
ANAIS - XVI Seminário de Atualização de Práticas Docentes

Prezados (as) Professores (as),

“A Associação Educativa Evangélica


fundamentada em princípios cristãos, tem como
missão promover, com excelência, o
conhecimento por meio do ensino nos diferentes
níveis, da pesquisa e da extensão, buscando a
formação de cidadãos comprometidos com o
desenvolvimento sustentável.” (PDI, 2006-2008)

Ao reiniciar o segundo semestre deste ano , com o XVI Seminário de


Atualização de Práticas Docentes, a ser realizado nos dias 1 e 2 de agosto,
queremos acolher a todos, com o entusiasmo daqueles que acreditam na
educação como um dos instrumentos fundamentais para o processo de
crescimento humano e transformação da sociedade. É com entusiasmo, fé e
esperança que compartilhamos a desafiadora missão da Associação
Educativa Evangélica, de contribuir na formação de cidadãos e profissionais
para o século XXI, por meio de suas diferentes unidades de Educação Básica e
Superior. Sejam bem-vindos!
No cumprimento desta missão o docente tem função imprescindível. Por
este motivo, a PROACAD, por meio da Coordenação de Apoio ao Docente,
preparou cuidadosamente o Seminário, propondo como tema central
“Competências docentes no século XXI e em outros também...”
Sabe-se que não basta ter conhecimentos de uma área específica para
desenvolver a atividade docente. Além do domínio científico da profissão, e
de habilidades de pesquisa, outras competências são fundamentais no
processo pedagógico. O Seminário pretende se constituir num espaço de
reflexão sobre o perfil do professor para atuar na sociedade contemporânea.
A conferência de abertura abordará as competências necessárias aos
docentes para preparar jovens e adultos, tendo em vista sua inserção numa
sociedade em processo de múltiplas e rápidas mudanças, quer científicas,
tecnológicas, quanto éticas e políticas. E, as oficinas permitirão discussões
sobre atividades acadêmicas mais específicas, nas áreas de formação dos
diferentes cursos.

EVANGÉLICA
CENTRO UNIVERSITÁRIO
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS

Ernei de Oliveira Pina


Chanceler

Carlos Hassel Mendes da Silva


Reitor

Ana Lucy Macêdo dos Santos


Pró-Reitora Acadêmica

Francisco Itami Campos


Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa,
Extensão e Ações Comunitárias

Eliseu Vieira Machado Júnior


Pró-Reitor
XVI Administrativo
SEMINÁRIO DE ATUALIZAÇÃO DE PRÁTICAS DOCENTES
Organização e realização do evento:
Pró-Reitoria Acadêmica
Núcleo de Apoio Didático-Pedagógico

Ana Lucy Macêdo dos Santos


Pró-Reitora Acadêmica

Mirza Seabra Toschi


Coordenadoria de Apoio ao Docente

Greice Helen de Melo Silva


Coordenadoria de Avaliação e Qualificação Pedagógica

Ariovaldo Lopes Pereira


Coordenadoria de Planejamento

Tatiana Valéria Emídio Moreira Roza


Assessoria Pedagógica

Cristiane Ingrid de Souza Bonfim


Valdemar Gomes de Oliveira Neto Revisão:
Capa / Diagramação: Tiragem:
Luiz Fábio da Costa
Secretaria Cláudia Oriente 400 exemplares
ANAIS - XVI Seminário de Atualização de Práticas Docentes

SUMÁRIO

Carta aos professores............................................................................................. 05

Projeto do XVI Seminário de Atualização de Práticas 08


Docentes................................
10
Programação.........................................................................................................
11

Resumo das Oficinas.............................................................................................. 11

1 - Letras - Elaboração de Projeto de Pesquisa e Orientação de 13


TCC..........................

2 - Sistemas de Informação e Ciência da Computação – Power 14


Point.......................
16
3 - Farmácia, Medicina, Odontologia, Fisioterapia - PBL – Uma
Possibilidade Metodológica no Ensino de Saúde - (Que bicho é
esse?).....................
18
4 - Matemática, Ciência da Computação e Sistemas de Informação -
P e r s p e c t i v a s d a E d u c a ç ã o o n - l i n e n a s C i ê n c i a s 20
Exatas...........................................
21
5 - Administração - Metodologia no processo de ensinagem do 3º 23
grau:
Experiência compartilhada a partir de uma visão andragógica do 26
curso de
Administração....................................................................................................... 28

6 - D i r e i t o – O e s t u d o d e c a s o n o e n s i n o d e 29
Direito....................................................

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08 ANAIS - XVI Seminário de Atualização de Práticas Docentes

Projeto do XVI Seminário de Atualização de Práticas Docentes

1 e 2 de agosto de 2008

TEMÁTICA – Competências docentes no século XXI e


em outros também...

JUSTIFICATIVA

O processo de formação docente nunca se conclui. Ele é processo e, por


isso, cada professor está sempre em construção, em aperfeiçoamento da
profissão que escolheu exercer.
Ser professor é muito bom, mas traz muitas responsabilidades a quem
assume o ofício com a seriedade dos compromissados, com o desvelo dos
responsáveis.
A docência não pode ser “bico”, acessório, de quem exerce outras
profissões. Nesses casos, mais ainda o professor carece de uma formação
consistente desta outra profissão que também abraçou.
Não dá para ser professor pela metade - ou se é, ou não se é professor.
“Dar” aulas, dominar os conteúdos do campo científico em que atua, não são
sinônimos de docência responsável.
A docência em nível superior, especialmente, requer muitos outros
saberes. Estes são chamados de “saberes docentes” e se referem ao domínio
do campo científico, domínio de conhecimentos pedagógicos e um bom uso
da experiência. Porém, ser experiente não significa ser um bom professor pois
pode-se repetir uma prática rotineira por 20 anos e não ser bem sucedido. A
experiência requer refletir sobre a própria prática docente, dialogar com os
pares sobre as dificuldades que teve, de como se pode resolver melhor alguns
conflitos comuns na relação professor, aluno, conhecimento.
Assim, inúmeras competências são exigidas do professor no
desenvolvimento de seu fazer científico-pedagógico. A competência
científica ou técnica é uma delas, ou seja, o professor deve ter domínio do seu
campo científico, saber os princípios da ciência que ensina, como também os

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ANAIS - XVI Seminário de Atualização de Práticas Docentes 09
procedimentos de produção do saber nessa área específica. Outra
competência é a política. Ou seja, cada professor deve ter a sensibilidade para
compreender a sociedade em que vive e atua, saber da classe social dos seus
alunos e ter a compreensão necessária para vivenciar a responsabilidade
social da docência, qual seja a formação de novos profissionais sensíveis aos
problemas sociais e à desigualdade que vivemos em nosso país.
A docência exige também a competência comunicativa, que se refere à
capacidade de saber dialogar, usando o tom certo, as melhores palavras a fim
de ser compreendido pelos alunos e poder fazer uma verdadeira interlocução
com eles.
A competência ética é também fundamental para uma completa e
satisfatória vivência da profissão docente. É ter a utopia de saber que é
possível construir uma sociedade melhor para todos e que está nas mãos de
cada um de nós dar a contribuição para isso. Ser ético não quer dizer ser
bonzinho, mas saber fazer bem e responsavelmente o seu ofício de mestre.
É com base nesses princípios que realizaremos o XVI Seminário de
Atualização de Práticas Docentes com o título “Competências docentes no
século XXI e em outros também...”, nos dias 1 e 2 de agosto de 2008, dando
início ao planejamento acadêmico de 2008/2.

OBJETIVOS

· Ser espaço de reflexão sobre as competências esperadas do professor


universitário em um cenário de múltiplas modificações;
· Possibilitar a compreensão do sentido de competências e suas
variedades na profissão docente;
· Atender as necessidades docentes de formação contínua.

FORMATO

O XVI Seminário de Atualização de Práticas Docentes terá o formato de


uma palestra na noite de sexta-feira (01/08) e oficinas no período da manhã
de sábado (02/08). As oficinas serão oferecidas por professores da própria

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instituição. Cada curso oferecerá uma oficina com temática que atende as
necessidades de seus professores.
Toda programação, inclusive as oficinas, são abertas aos professores que
compõem o complexo da Associação Educativa Evangélica, ou seja, do
Colégio Álvaro de Melo, do Colégio Couto Magalhães, da UniEVANGÉLICA, da
Faculdade Raízes, da Evangélica-Goianésia.

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PROGRAMAÇÃO:

Primeiro dia - 01/08 - sexta-feira


19h - Entrega das pastas
19h15min Devocional - Pastor Valter Campos
19h30h - Abertura do evento pelo Reitor - Carlos Hassel Mendes
20h às 22h30min - Palestra - Raquel Aparecida Freitas (UCG) - Competências
docentes no século XXI e em outros também...

Segundo dia – 02/08 – sábado – 8h às 12h


OFICINAS: salas do Couto Júnior e Couto Magalhães

1) Pedagogia - PESQUISA E ANÁLISE DOCUMENTAL

2) História - AS TENTATIVAS DE INTEGRAÇÃO DAS AMÉRICAS

3) Letras - ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA E ORIENTAÇÃO DE TCC

4) Matemática, Ciência da Computação e Sistemas de Informação -


PERSPECTIVAS DA EDUCAÇÃO ON-LINE NAS CIÊNCIAS EXATAS

5) Educação Física - PRIMEIROS SOCORROS

6) Farmácia, Medicina, Odontologia, Fisioterapia - PBL – UMA


POSSIBILIDADE METODOLÓGICA NO ENSINO DE SAÚDE - (QUE BICHO É
ESSE?)

7) Administração - METODOLOGIA NO PROCESSO DE ENSINAGEM DO 3º


GRAU: EXPERIÊNCIA COMPARTILHADA A PARTIR DE UMA VISÃO
ANDRAGÓGICA DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

8) Direito – O ESTUDO DE CASO NO ENSINO DE DIREITO

9) Superior de Tecnologia – RADIOLOGIA - RADIOESTERILIZAÇÃO

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10) Superior de Tecnologia – GASTRONOMIA - OFICINA DE BROWNIE

11) Sistemas de Informação e Ciência da Computação – POWER POINT

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RESUMOS DAS OFICINAS

CURSO DE LETRAS - Instituto Superior de Educação – ISE

1) ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA E ORIENTAÇÃO DE TCC

Débora Cristina Santos e SILVA. Doutora em Teoria Literária (UNESP).


Professora de Literaturas de Língua Portuguesa na UniEVANGÉLICA e UEG
(Anápolis).
Sóstenes Cezar de LIMA. Doutor em Lingüística (UnB). Professor de
Língua Latina e Língüistica na UniEVANGÉLICA e UEG (Anápolis).

O Trabalho de Conclusão de Curso é uma atividade acadêmico-científica


obrigatória –enquanto atividade prevista no PPC – realizada para a finalização
de cursos de graduação, nos gêneros artigo, monografia, relatório, entre
outros, produzido sob a orientação de um professor do curso, normatizado
pelas regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e/ou por
regulamento institucional, com defesa pública em banca de professores
qualificados.
Na UniEVANGÉLICA, desde o ano de 2006, quando foi editado o livro Do
contexto ao texto: os desafios da linguagem científica, produzido por
professores da área, este foi encaminhado à aprovação do CAS (Conselho
Acadêmico Superior) e adotado como Manual de Normas Técnicas da
instituição. Desta forma, recomendou-se aos cursos que o livro fosse utilizado
como referencial para a produção de TCCs. Embora cada curso tenha suas
especificidades, entendemos que esse Manual contempla as normas gerais
de elaboração do trabalho acadêmico, sem prejuízo às peculiaridades de cada
curso.
A despeito desse procedimento, temos percebido que ainda persistem
muitas dúvidas quanto à elaboração dos trabalhos acadêmicos na instituição,
principalmente no que concerne à produção de projetos de pesquisa, escrita

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14 ANAIS - XVI Seminário de Atualização de Práticas Docentes

e apresentação do TCC. Por essa razão, por solicitação da Pró-Reitoria


Acadêmica, têm sido oferecidos, com certa freqüência, nos eventos
institucionais, minicursos e oficinas com o objetivo de discutir o assunto com
os professores envolvidos na orientação de acadêmicos, a fim de encontrar
soluções para os problemas apresentados e descobrir estratégias de atuação
que otimizem o trabalho de orientação realizado pelos professores. É assim
que, mais uma vez, oferecemos esta oficina de Elaboração de Projetos de
Pesquisa e Orientação de TCC, no intuito de reunir os interessados para um
debate construtivo, que certamente trará bons resultados.
A oficina terá um caráter bem prático, abrindo espaço ao debate. Nossa
meta é alcançar todos os envolvidos no processo de orientação de TCC,
promovendo uma discussão que nos permita um olhar crítico sobre o nosso
Manual, no sentido de colher sugestões e questionamentos, para uma
posterior revisão do texto, com vistas a uma nova edição. Esperamos receber
a contribuição de todos os cursos nesse processo. Nesta oficina, apenas
daremos início ao debate, que terá certamente outros momentos de
discussão, até a finalização do trabalho, com a nova edição do Manual.
Inicialmente, listamos aqui o que entendemos serem os objetivos do TCC:
I – Levar o acadêmico a aprofundar os conhecimentos teóricos e
práticos de sua área de formação acadêmica, adquiridos ao longo do curso;
II – Desenvolver neste as competências e habilidades que lhe permitam
identificar problemas relativos à sua profissão, buscando investigar suas
causas e possíveis soluções;
III – Suscitar no acadêmico o interesse pela pesquisa, possibilitando a
aquisição de condições teórico-metodológicas que permitam o
prosseguimento dos estudos em nível de Pós-Graduação.
Outro aspecto relevante da questão, que se tornou uma das ênfases do
trabalho da instituição, é a formação do professor pesquisador. Nessa
perspectiva, entendemos que o papel do professor orientador de TCC é tão
importante quanto imprescindível na formação do acadêmico pesquisador.
Como referência aos nossos alunos, nossa atitude enquanto docentes que
pesquisam e se envolvem na construção efetiva do conhecimento em nossas
áreas de atuação é fundamental. Resulta daí a nossa responsabilidade em
participar de eventos científicos que possibilitem a troca de experiências e o

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ANAIS - XVI Seminário de Atualização de Práticas Docentes 15
diálogo, pois a Universidade é, efetivamente, o lugar do diálogo entre as
Ciências.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 14724, Dez/


2005(Trabalhos Acadêmicos); NBR 10520, Ago/ 2002 (Citações); NBR 6028,
Nov/ 2003 (Resumos); NBR 6023, Ago/ 2002 (Referências Bibliográficas) –
Cópias integrais na Biblioteca da UniEVANGÉLICA.
AZEVEDO, Israel Belo de. 0 prazer da produção científica. São Paulo: Hagnos,
2001.
FEITOSA, Vera Cristina. Redação de textos técnico-científicos. 6 ed. São Paulo;
Papirus, 1991.
KOCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da
ciência e prática da pesquisa. 14 ed. Petrópolis: Ed. Vozes, 1997.
_______. Pesquisa científica: critérios epistemológicos. Petrópolis: Vozes,
2005.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de A. Metodologia do trabalho
científico: São Paulo: Ed. Atlas, 2001.
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica. São Paulo: Atlas, 2004.
PIETRAFESA, José Paulo et al (org). Do contexto ao texto: os desafios da
linguagem científica. Goiânia: Kelps, 2006.
SALOMON, Décio. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes,
2001.
SEVERINO, Antônio. Metodologia do trabalho científico. São Paulo; Cortez,
2001.

CURSOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO


2) POWER POINT
Ibrahim Pereira Miranda Júnior

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16 ANAIS - XVI Seminário de Atualização de Práticas Docentes

Esta oficina objetiva explorar o uso da ferramenta Microsoft Power Point


como recurso didático para aulas expositivas aos docentes participantes da
semana pedagógica da UniEVANGÉLICA. O estudo partirá da apresentação do
software e suas funções básicas de gerenciamento e formatação de fundo de
slides e conteúdos (no estilo tópicos e sub-tópicos), passará pelo exercício de
elaboração de apresentações simples que envolvem conteúdos puramente
textuais e, por fim, culminará na elaboração de apresentações mais
elaboradas que se utilizam de recursos visuais tais como imagens, fotos e
cliparts. O curso será ministrado no laboratório de microinformática da
UniEVANGÉLICA em estilo “hands on” (exposição da teoria e imediata
aplicação prática).

Conteúdo:
1. O que é uma apresentação?
2. Noções básicas do Power Point
3. Iniciando o Power Point
4. Trabalhando o Fundo da Apresentação
5. Criando apresentações e slides
6. Colocando texto nos slides
7. Colocando arquivos gráficos nos slides

Metodologia: Exposição da teoria com aplicação prática imediata em


exercícios de assimilação.
Recursos Didáticos: Laboratório de microinformática (com PowerPoint
1
instalado nas estações), Apostila e DataShow.

1. Disciplinas do curso de Matemática: Álgebra Linear, Análise Matemática, História da Matemática e

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CURSOS DE FARMÁCIA, MEDICINA, ODONTOLOGIA E FISIOTERAPIA

3) PBL – UMA POSSIBILIDADE METODOLÓGICA2 NO ENSINO DE SAÚDE


(QUE BICHO
3
É ESSE?)
Palestrantes:
Conceitos do PBL
Prof. Dr. Kim-Ir-Sen Santos Teixeira
Diretor do Curso de Medicina da UniEVANGÉLICA
Habilidades Médicas
Prof. Dr. Abrahão Afiune Neto
Morfofuncional
Prof. Ms. Claudinei Souza de Lima
PIESF
Prof. Esp. Dayse Vieira Santos Barbosa
Tutoria
Prof. Ms. Fausto Jaime
Teoria de Estágio Supervisionado Clínico em PBL
Prof. Ms. Pedro Paulo Ferreira Spíndola
Coordenador Pedagógico do Curso de Odontologia da UniEVANGÉLICA
PBL em projeto de extensão
Profª Dra. Meire Incarnação Ribeiro Soares
Diretora do Curso de Fisioterapia da UniEVANGÉLICA

Coordenadores do Debate:
Profª. Dra. Dulcinéia Maria Barbosa Campos
Diretora do Curso de Farmácia da UniEVANGÉLICA
Profa. Ms. Odiones de Fátima Borba
Professor do Curso de Fisioterapia da UniEVANGÉLICA
Prof. Ms. Fábio Fernandes Rodrigues

2. O winplot é um software gratuito, desenvolvido por Richard Parris em 1985, que permite a construção de
gráficos a partir de funções elementares. Disponível para download em
http://math.exeter.edu/rparris/winplot.html.

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Professor do Curso de Fisioterapia da UniEVANGÉLICA

PBL (Problem-Based Learning ou Aprendizagem Baseado em


Problemas) é o aprendizado resultante do trabalho no sentido de
compreender ou resolver um problema, que constitui o início do processo de
aprendizagem, no qual os alunos lidam com os elementos do problema antes
de serem apresentados os fatos, conceitos ou princípios relacionados a ele. É
importante estabelecer esta diferença entre exercícios de solução de
problemas, que são freqüentemente e incorretamente citados como sendo
PBL. Sabe-se que resolver exercícios pode levar a uma solução, mas não
necessariamente a uma compreensão enquanto que o PBL traz uma
compreensão, mas não necessariamente uma solução para o problema
apresentado. O aprendizado no PBL pode surgir de um problema para o qual
existem múltiplas soluções ou para o qual não existe solução.
O aprendizado pode ser definido como sendo o resíduo de uma
experiência que torna mais fáceis as experiências subseqüentes. Embora essa
definição seja funcionalmente equivalente à maioria, ela destaca alguns
aspectos críticos. Um deles é que o aprendizado é o resultado das
experiências dos alunos e não dos esforços dos professores, é centrado no
aluno, os professores atuam como facilitadores, tutores, guias e os problemas
são o foco e o estímulo para o aprendizado.
Na educação de Saúde tradicional o padrão utilizado é o aprendizado
baseado em desempenho, que significa responder com ações aprendidas em
circunstâncias familiares e normalmente produz um conhecimento ou ato
específico isolado de um contexto, que tende a ser esquecido ou distorcido. O
PBL ensina como encontrar novas maneiras para responder em contextos
inéditos apresentando tarefas desafiadoras e uma estrutura suficiente para
facilitar o sucesso no aprendizado.
Na UniEVANGÉLICA alguns cursos vêm utilizando a metodologia e
experimentando na prática os resultados do PBL. O curso de Medicina que
funciona integralmente nessa metodologia mostra que é possível levar o
aluno ao desenvolvimento de habilidades e competências específicas com
alto nível de participação dos alunos e professores nessa construção coletiva,
o curso de Odontologia em disciplinas específicas de práticas clínicas

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ANAIS - XVI Seminário de Atualização de Práticas Docentes 19
consegue aperfeiçoar o tempo e abordar um número maior de conceitos em
uma carga horária teórica restrita por meio dessa metodologia e o curso de
Fisioterapia em seus estágios experimenta também o resultado das
discussões promovidas pelo PBL.
Promover a discussão da metodologia, por meio de relato de
experiências, demonstrações de resultados com relatos de participantes e
discussão estruturada na forma de debate é o objetivo desta oficina, que terá
uma palestra explicativa da metodologia, relato da experiência vivenciada no
curso de Medicina da UniEVANGÉLICA, Odontologia e Fisioterapia e um
debate coordenado pelos cursos de Farmácia e Enfermagem.
Esta iniciativa deve fortalecer o conhecimento e as práticas pedagógicas
dos cursos que já estão envolvidos nesta metodologia inovadora e estimular
novas práticas a professores que desejam levar os alunos às reflexões mais
críticas dos conceitos científicos.

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CURSOS DE CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO, SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E


MATEMÁTICA (ISE)

4) PERSPECTIVAS DA EDUCAÇÃO ON-LINE NAS CIÊNCIAS EXATAS


Ms. Moema Gomes Moraes
Ms. Eliane de Fátima R. Martins
Ms Adriano Soares de O. Bailão

A utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC's) em


ambientes de ensino-aprendizagem teve proporções redimensionadas após
a Portaria Nº 4059, de 10 de dezembro de 2004, que prevê a utilização de até
20% das atividades curriculares dos cursos de graduação presenciais
reconhecidos pelo MEC. Esta realidade trouxe uma série de desafios. Entre
eles, a escolha de recursos tecnológicos e propostas metodológicas inseridas
em ambientes de ensino-aprendizagem das mais diversas áreas do saber.
A utilização destes recursos na área de ciências exatas traz uma reflexão
em relação às propostas interativas que promovam a construção de conceitos
mediados por tecnologias que valorizem a visualização dos mesmos. Trata-se
de uma perspectiva que apóie ambientes de ensino-aprendizagem
presenciais e virtuais onde o conhecimento seja construído por meio da
participação conjunta entre quem ensina e quem aprende.
Frente a este cenário, o papel do professor ultrapassa propostas de
utilização de tecnologias educacionais com objetivos de apenas transmitir
informações ou depositar atividades em plataformas e/ou softwares. É
necessário que o professor desenvolva habilidades pedagógicas que
possibilite seu trânsito em diferentes ambientes tecnológicos, utilizando
vários tipos de mediações criativas e inovadoras.
Esta oficina relata experiências que estão sendo desenvolvidas na
UniEVANGÉLICA nos cursos de Matemática e Sistemas de Informação,
oportunizando um momento de reflexão a cerca das possibilidades e
perspectivas de desenvolver propostas metodológicas no ambiente virtual
TelEduc. O foco da reflexão será a mediação pedagógica do professor de
Matemática frente o uso dos recursos do ambiente que estão sendo utilizados
nas disciplinas semi-presenciais ou como apoio ao ensino presencial.

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ANAIS - XVI Seminário de Atualização de Práticas Docentes 21
O curso de Matemática utiliza o ambiente virtual desde o primeiro
semestre de 2007. Inicialmente com apoio ao presencial, na disciplina de
Informática Aplicada à Matemática, e nos semestres seguintes foram
oferecidas disciplinas semi-presenciais. Enquanto isto, o curso de Sistemas da
Informação oferece apoio ao presencial desde o segundo semestre do ano de
2007.
Entendendo o papel da comunicação no processo de construção do
conhecimento, percebemos que no ensino dos conteúdos da área das
ciências exatas o diálogo associado ao uso de programas de simulação é um
grande desafio em função de ser necessário o uso de ferramentas que tenham
os símbolos matemáticos.
Diante disto, a utilização de softwares como o winplot, foram associados
aos recursos de comunicação e interação do TelEduc, explorando a discussão
das idéias mediante a linguagem escrita. O objetivo das estratégias didáticas
era a construção dos conceitos matemáticos e a contextualização dos
mesmos para desenvolvermos uma aprendizagem significativa.
De maneira geral, o momento vivido nos aponta diferentes perspectivas
tecnológicas que podem contribuir com a ação pedagógica do professor:
bate-papo, fórum de discussão, vídeos, blog's, vídeo-conferência, sistemas de
co-edição de textos/gráficos/ planilhas, compartilhamento de tela para co-
edição de objetos bidimensionais e 3-D, compartilhamento de tela para co-
anotações/co-apresentações e objetos de aprendizagem de domínio
público.
Sendo assim, ao incorporar estas tecnologias na sala de aula, surge um
campo fértil para a reflexão de possibilidades e limites que poderão contribuir
para a construção de uma prática pedagógica frente a estas perspectivas de
incorporação do uso das TIC's em projetos educacionais presenciais e/ou on-
line. A ênfase é a valorização da atuação docente com atitudes criativas e
investigativas de práticas mediadas por tecnologias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BORBA, Marcelo C, MALHEIROS, Ana Paula S & ZULATTO, Rúbia B. A. Educação


on-line. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

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22 ANAIS - XVI Seminário de Atualização de Práticas Docentes

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Superior. Portaria Nº


4059, de 10 de dezembro de 2004. Disponível em <
http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/acs_portaria4059.pdf>.
Acesso em 09 jul. 2008.
CORRÊA, Juliane (org). Educação a distância-orientações metodológicas.
Porto Alegre: Artmed, 2007.
FARIA, Elaine Turk. (org). Educação presencial e virtual-espaços
complementares essenciais na escola e na empresa. Porto Alegre: EDIPUCRS,
2006.

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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

5) METODOLOGIA NO PROCESSO DE ENSINAGEM DO 3º GRAU:


EXPERIÊNCIA COMPARTILHADA A PARTIR DE UMA VISÃO ANDRAGÓGICA
DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Nelson Luiz Silva – professor do curso de Administração

INTRODUÇÃO
As formas como se repassam o conhecimento trazem uma reflexão
natural para o novo perfil da relação professor-aluno/cliente. Essas formas
exigem alterações e adaptações a cada turma conforme as expectativas,
necessidades, características e horário de aulas delas. Basicamente, é preciso
conhecer o grupo de trabalho, estabelecer uma base comum entre as partes,
planejar a disciplina adequando teoria e prática por meio de técnicas que
permitam a absorção do conteúdo, de maneira dinâmica e saudável.

OBJETIVO
Pretende-se compartilhar experiências sobre a metodologia aplicada
no curso de Administração como processo motivacional e prático da
ensinagem estabelecendo uma coerência entre discurso e ação. Assim,
também se estabelecem segurança e uma abertura ao espírito crítico do
aluno face ao conteúdo programático preconizado no competente plano de
curso.
É proposta harmonizar práticas metodológicas com os mais
“engessados” planos de cursos previstos na matriz curricular, permitindo
flexibilizar a capacidade didática com clareza e objetividade na transmissão
de informações.

METODOLOGIA
Serão abordados os seguintes pontos: novos conceitos de ensinagem;
técnicas e dinâmicas direcionadas aos aspectos multidisciplinares do curso;
promover a compreensão como fator perseverante na reconstrução da
informação; incentivo à participação, dinamismo, coordenação, interesse,

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dedicação, paixão pela ação docente.

REFERENCIAL TEÓRICO
Saber pressupõe, ao longo do processo de ensinagem, responder a
quatro questões básicas: “O quê”, que significa transmissão de conteúdo;
“Como”, que sugere estratégias; “Por quê”, sobre a justificativa do conteúdo,
e, “para quê”, relacionada a atitudes ou fatos.
Baseados nestes pressupostos, Saturnino de La Torre alega que a
formação do individuo não está necessariamente ligada à instrução dos
conteúdos culturais, mas, em preparar a pessoa para a mudança nas quatro
dimensões básicas do ser humano: conhecimentos, sentimentos e atitudes,
habilidades e vontade de executar as tarefas que lhe são confiadas.
A fim de acompanhar a modernidade deve-se estabelecer um modelo
didático que facilite essas mudanças. Há que se pensar numa construção feita
a partir da experiência e da investigação dentro de uma visão andragógica, e
porque não dizer heutagógica também, no caso, do curso de
Administração.
Para Gil (2006, p.267) o professor exerce grande poder no exercício de
suas funções, em outras palavras, eles detêm notável poder sobre a vida dos
estudantes. Nessa visão, é cabível que o docente assuma real
responsabilidade ética sobre os fins do processo de ensinagem, os quais
objetivam auxiliar o aluno no alcance dos “Objetivos educacionais”.
Depreende-se desse discurso que é fundamental entender o grau cognitivo
de cada indivíduo ou grupo dentro da sala de aula, para assim, definir as
estratégias adequadas de ensinagem.
Barros (2004, p.19) refere “... ainda que didaticamente possamos
identificar passos seqüenciais para entender a arte de pensar, a reunião
dessas etapas se faz de modo articulado e intuitivo”. Nesse sentido é que as
experiências vivenciadas em sala de aula dos cursos de Administração têm
enriquecido a didática, de uma maneira geral. Nerici (1981) já preconizava a
prática do ensino como sendo uma articulação do “apreender – assimilar
mentalmente, entender, compreender, agarrar”, com o “aprender – tomar
conhecimento, reter na memória mediante estudo, receber informação”, e,
com o “fazer aulas”.

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ANAIS - XVI Seminário de Atualização de Práticas Docentes 25
Experiências em sala de aula permitem afirmar que o aluno/cliente
demanda atenção especial quanto à absorção do conhecimento. Não se
pode, pura e simplesmente, transmitir o conteúdo sem que se tenha a certeza
do conhecimento repassado e assimilado; se torna imprescindível
desenvolver métodos e técnicas personalizadas de modo que o conteúdo
programático flua satisfatoriamente ao aluno, e mais, que se tenha à
convicção da aplicabilidade do aprendizado no mercado.
Pensando de forma personalizada cada turma exige do professor mais
criatividade, interatividade, interdisciplinaridade, transdisciplinaridade e
estratégias que envolvam conteúdos factuais, procedimentais, atitudinais e
conceituais. A ação do professor então, se torna uma lógica dialética, onde
ocorre a construção do saber em forma de parceria. Considerando que se
exige do aluno criatividade, ela também deve ser recíproca, de modo que o
professor saia do seu lugar comum e assuma uma posição muito mais ativa e
criativa no processo de ensinagem. A andragogia se traduz nisso.
Paulo Freire (1989) refere que a ousadia é ferramenta estratégica do
professor, e que este último, acaba por se tornar o maior responsável pelo
saber do aluno. Dia a dia se constrói o saber, pautando nas estratégias e
técnicas essa montagem do aprendizado.

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26 ANAIS - XVI Seminário de Atualização de Práticas Docentes

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BARROS, Jorge Pedro Dalledonne 1


de. Visão estratégica. Rio de Janeiro: ed.
SENAC Nacional. 2004
BECKER, Fernando. A epistemologia do professor – o cotidiano da escola.
Petrópolis, RJ. Vozes. 1993
CARVALHO, Irene M. O processo didático. 35 ed., Rio de Janeiro, Fundação
Getúlio Vargas,
1974.
CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática Campinas, Papirus,
1989.
FREIRE, Paulo e GUIMARÃES, Sergio. Sobre educação (diálogos). Rio de
Janeiro, Paz e Terra,1982, v. 1.
FREIRE, Paulo e EAUNDEZ, Antonio. Por uma pedagogia da pergunta. 25 ed.,
Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1985.
FREIRE, Paulo e SHOR, Ira. Medo e ousadia: o cotidiano do professor. Rio de
Janeiro, Paz e Terra,1986.
GIL, Antonio Carlos. Didática do ensino superior. São Paulo. Atlas. 2006
MARTINS, Pura Lucia O. Didática teórica, didática prática: para além do
confronto. São Paulo, Loyola, 1989.
MATOS, Luiz A. de. Sumário de didática geral. 125 ed., Rio de Janeiro, Aurora,
1976.
NËRICI, Imideo O. Metodologia do ensino: uma introdução. 25 ed., São Paulo,
Atlas, 1981.
OLIVEIRA, Alaíde L. de. Aula magistral-aula expositiva. Tecnologia
educacional. Rio de Janeiro, n? 73, pp.46-48, novembro/dezembro de 1986.
OLIVEIRA, Carla Limongi de. Aprendendo a jogar – a utilização de jogos em
workshop, palestra, treinamento e processo seletivo. Goiânia. Kelps. 2002.

1. Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Coordenadora do
Curso de Pedagogia da Unidade Universitária de Ciências Sócio-Econômicas e Humanas de Anápolis, da
Universidade Estadual de Goiás (UEG) e professora do curso de Pedagogia do Instituto Superior de

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CURSO DE DIREITO

6) O ESTUDO DE CASO NO ENSINO DE DIREITO.

O ensino do Direito em suas mais variadas vertentes tem sofrido ao


longo do tempo, diversas modificações, considerando inclusive as
peculiaridades inerentes às disciplinas específicas, de cunho evidentemente
técnico.
Assim, não há como ignorar a necessidade de utilização das mais
variadas formas de ensinagem. O curso de Direito busca, por meio desta
oficina, demonstrar aos professores que é possível aplicar o método de
estudo de caso, como uma importante estratégia para favorecer a
aprendizagem no ensino superior e em especial adequado à nossa realidade.
O que se pretende demonstrar que é possível desconstruir a forma
tradicional de apresentação do conteúdo em sala de aula, na qual o aluno
apenas “assiste” às aulas, e o professor assume a postura de fornecedor do
conhecimento, indicando a possibilidade de tornar o educando partícipe e o
docente um facilitador do processo de ensino e aprendizagem.
Nesse diapasão, a oficina será composta de dois momentos distintos: o
primeiro onde haverá uma pequena noção da estratégia em si, com
abordagem teórica. E o segundo instante, os professores das disciplinas de
Direito Civil, Direito Processual Civil, Direito Processual Penal e Direito Penal
irão apresentar suas experiências em sala de aula com a utilização do estudo
de caso.
Cada um dos professores convidados para participar da oficina tem
buscado consideráveis inovações no momento de partilhar o conteúdo com
os alunos. Assim, estes ainda que alguns de forma empírica, estes tem levado
para a sala de aula o desafio de buscar as soluções adequadas aos problemas
apresentados.
Além da disciplina em questão, que cada um leciona, estes buscam ainda
o diálogo com outras disciplinas afins, exercitando a possibilidade de
trabalhar o conteúdo de forma interdisciplinar, o que em muito tem
enriquecido as aulas.
Foram convidados os seguintes professores: Aline Seabra Toschi, na

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disciplina de Direito Penal, Prof. Luis Fernando Ferreira de Abreu na disciplina


de Direito Civil, Prof. Johnny Ricardo de Oliveira Freitas na disciplina Direito
Processual Civil, Prof. Rogério Pereira Leal na disciplina Direito Penal e por não
menos importante, Prof. Marcus da Costa Ferreira na disciplina Direito do
Consumidor.
Espera-se então, como resultado desta iniciativa, a preparação para à
disseminação do estudo de caso no curso de Direito, bem como o
conhecimento, ainda que superficial, dos fundamentos teóricos que servem
de subsídio para esta estratégia de ensino. Entendo esta como meio possível
de associação do conhecimento à ação e valorizando inclusive a experiência
pessoal que o aluno traz para a sala de aula, esperando que estes encontrem
as soluções aplicáveis aos casos previamente elaborados pelo professor e
apresentados à sala.

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

7) OFICINA DE PRIMEIROS SOCORROS

O aprendizado das técnicas de primeiros socorros compõe um


importante conjunto de conhecimentos para a vida em sociedade.
Não raro nos deparamos com situações de emergência, aonde a chegada
de uma equipe de emergência, demanda tempo ou então é inviável, o que faz
com que medidas sejam tomadas antes da chegada da equipe, ou antes, da
vítima ser conduzida ao socorro hospitalar.
Tais medidas são conhecidas como medidas salva-vidas, desencadeadas
por meio de técnicas de primeiros socorros, que na atividade de saúde
compreendem o atendimento pré-hospitalar (APM), importante fase para a
recuperação do bem estar de um paciente e até mesmo para a reanimação de
seus sinais vitais. O atendimento pré-hospitalar correto minimiza seqüelas e
evita agravamento de lesões, o que por sua vez, feito de forma inadequada,
pode gerar lesões irreversíveis ou agravar o processo de perda de sinais vitais.
No mundo de hoje onde o trauma é a principal causa de morte entre
jovens e as emergências cardíacas são as principais causa de morte no

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contexto geral, torna-se importante e até um quesito de cidadania o
conhecimento de técnicas de primeiros socorros.
Ainda dentro dessa visão, treinamento e o aprendizado de ações básicas
do socorro também se tornam importantes para o professor universitário
tendo em vista a grande concentração de alunos nos campos universitários,
em faixas etárias que variam de 18 a 60 anos de idade.
No contexto da aplicação de socorro pré-hospitalar é conveniente, para
quem não tem vivência antes de enumerar as ações, evitar aquilo que pode
agravar as lesões que são classificadas como o que não fazer:
Ø Não dar nada para a vítima ingerir;
Ø Não tecer comentários à cerca da situação da vítima ou da gravidade
do acidente;
Ø Não transportá-la de forma inadequada.
Porém a aplicação prática das ações de socorro pré-hospitalar por sua
vez compreende as primeiras ações tomadas frente a um acidentado ou
portador de mal súbito, visando manter sua vida e evitar o agravamento de
suas lesões.
O socorrista deve ao se deparar com um acidente, sempre procurar pedir
ajuda, de preferência solicitar um socorro especializado.
Assim que o socorrista assumir a situação deverá afastar os curiosos,
observar bem o local do acidente, se protegendo e protegendo também a
vítima.
Caso a vítima esteja inconsciente executar as manobras conhecidas
como salva- vidas, observando a seguinte seqüência:
A – Proteja a coluna cervical e desobstrua as vias aéreas;
B – Verifique se a vitima respira e caso contrário ventile utilizando o
processo de respiração boca-a-boca;
C – Verifique se existe pulsação e controle as grandes hemorragias, em
caso de ausência de pulso executem a manobra de
ressucitação cardio-respiratória;
D – Faça uma rápida avaliação do nível de consciência;
E – Proceda à exposição completa.
Aguarde transporte especializado, caso não seja possível, transporte a
vitima imobilizada, de preferência sobre uma maca rígida.

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A oficina de primeiros socorros tem por objetivo apresentar aos


professores as manobras básicas salva-vidas e capacitá-los nas técnicas de
aplicação das citadas manobras.
A oficina contará com explanação das ações de primeiros socorros e
atividades práticas de imobilizações, desobstrução de vias aéreas e
reanimação cardio-pulmonar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Manual do PHTLS - Edição traduzida
Manual de Socorro de Emergências – Editora Atheneu – 2ª Edição – Célio
Ribeiro Júnior e outros.

CURSO DE HISTÓRIA – ISE

8) AS TENTATIVAS DE INTEGRAÇÃO DAS AMÉRICAS


Juscelino Polonial - mestre em História / UFG – jpolonial@ig.com.br

A criação da OEA, em 1948, faz parte de uma luta antiga pela unidade das
Américas, embora diversas propostas sejam colocadas, refletindo as
divergências no continente. Desde o século XVIII que se fala em integração
das Américas. Será que essas instituições contribuíram realmente para
melhor integrar o continente americano, principalmente a parte latina, ou
essa mesma região continua tão dependente como na época do mundo
colonial? Qual a proposta de integração? Integrar o quê?
Podemos dizer que o pioneiro no pan-americanismo foi Francisco
Miranda, que em 1790 apresentou ao governo inglês um plano para libertar a
América da tutela espanhola. É um desejo de unidade que nasce como uma
resistência à presença européia na América Espanhola. Depois foi a vez do
peruano Don Pablo de Olavide que, em 1795, fundou a sociedade secreta
"Junta das cidades e Províncias da América Meridional", objetivando formar
uma resistência contra a metrópole espanhola. Mas foi em 1826, no
Congresso do Panamá, que Bolívar vai defender a tese mais consistente de

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união das ex-colônias espanholas na América. A idéia básica era integrar a


região, objetivando o desenvolvimento amplo (socioeconômico, político e
cultural) e autônomo frente à ex-metrópole. Essencialmente, a
idéia fracassou devido aos interesses contrários dos Estados Unidos e da
Inglaterra, que não queriam uma nação forte na América do Sul e às
divergências entre os líderes regionais, temendo perder o controle do seu
cercado político. Foi um congresso sem brilho, sendo mais um desejo do que
uma realidade, afinal, apenas Colômbia, México, Peru e América Central
mandaram representantes.
Ainda com a idéia do Continentalismo, em 1847 aconteceu em Lima, no
Peru, uma nova conferência para discutir as bases de um pan-americanismo,
também enfraquecido, pois participaram apenas cinco países, Bolívia, Chile,
Nova Granada, Equador e Peru. Outras tentativas foram feitas em 1856, em
1864, em 1874 e 1888, mas sempre fracassaram, pois o interesse dos países
era diminuto. É importante observar que em nenhum desses congressos os
Estados Unidos participaram. No entanto, em 2 de outubro de 1889, os
Estados Unidos promoveram um encontro em Washington com objetivo de
discutir a aproximação dos países das três Américas, tanto em questões
diplomáticas, quanto econômicas. O interessante a observar é que todos os
países do continente mandaram representantes, mostrando, concretamente,
a hegemonia norte-americana na região.
Aliás, essa presença dos EUA na América Latina tem origem com a
Doutrina Monroe a partir de 1823 que, de acordo com GOMES(1966)”... fincou
as bases da política pan-americana adotada pelos Estados Unidos e inspirou
todas as posteriores iniciativas da Grande República do Norte em relação às
nações do Sul”.(257) Como desdobramento da Doutrina Monroe, o
presidente Polk, em 1845, disse que deveria proteger os interesses das nações
latinas contra as potências européias, o que justificaria a intervenção dos
Estados Unidos na região, como foi o caso de Cuba, naquele mesmo ano.
Sem dúvida, a Doutrina Monroe definiu a política externa dos Estados
Unidos e refletiu nas políticas posteriores como o Destino Manifesto, a
Diplomacia do Dólar, a Emenda Platt, o Big Stick, a Política da Boa Vizinhança,
a Doutrina Truman, a criação do OEA, a Aliança para o Progresso, o NAFTA e,
por último, a ALCA, tudo representa práticas dos Estados Unidos na

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Provérbios 18:15

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