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0 Art. 1.417 e 1.418 do CC.
Introdução:
A promessa irretratável de venda de um bem imóvel (desde que não haja cláusula de
arrependimento e registrada no Registro de Imóveis) confere ao promissário comprador
direito real sobre a coisa.
* A regra tem origem no art. 22 do Dec.-lei n. 58, de 10.12.1937, com a redação dada
pela Lei n. 649, de 11.3.1949. Assim a Lei inseriu no rol taxativo do art. 674 do
CC/1916 mais este direito real.
** A Lei n. 4.380, de 21.8.1964, art. 69, estendeu referido direito real ao promitente
cessionário de compromissos de venda e compra, de imóveis não loteados e sem
cláusula de arrependimento. A irretratabilidade do negócio é condição de surgimento
do direito real, e não conseqüência de sua existência.
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DA NATUREZA JURÍDICA:
É direito real sobre coisa alheia, pois a coisa ainda pertence ao promitente vendedor.
Os direitos reais sobre coisa alheia, como dissemos, podem ser de gozo ou de
garantia. A promessa irretratável de venda tem o caráter de direito real de gozo, pois o
legislador não quis afetar a coisa ao pagamento preferencial do credor, mas sim
conferir ao promissário comprador prerrogativas sobre a coisa vendida: a) a de gozá-la
e de fruí-la; b) a de impedir sua válida alienação a outrem; c) a de obter sua
adjudicação compulsória, em caso de recusa do promitente em outorgar ao promissário
a escritura definitiva de venda e compra.
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O novo CC não distingue imóvel loteado e não loteado e deixa ser a promessa (sem
cláusula de arrependimento e registrada no cartório de Registro de Imóveis) por
instrumento pública ou particular. Assim se adquire direito real à aquisição do imóvel ±
art. 1.417, CC.
E a valorização das terras levou ao inadimplemento das obrigações por parte dos
promitentes vendedores. Estes recebiam o preço pelo qual prometiam vender lotes de
terrenos, percebiam que os terrenos valiam mais e, desistindo do contrato preliminar,
pagavam perdas e danos e desistiam da venda. A desistência em fase de contrato
preliminar ensejava apenas perdas e danos. Hoje, quando se desiste de obrigação de
fazer que envolve declaração de vontade, como a outorga de escritura pública, cabe a
execução especificada. ++6+/'+
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Como solução surge o Dec.-lei n. 58, de 10.12.1937, que dispõe sobre loteamento e
venda de terrenos a prestação, e INSTALA NOVO REGIME DA PROMESSA DE
COMPRA E VENDA A PRESTAÇÃO DE IMÓVEIS LOTEADOS ± CRIA PARA O
PROMISSÁRIO COMPRADOR O DIREITO REAL COM OPONIBILIDADE A
TERCEIROS E A PRERROGATIVA DE OBTER ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA.
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O que se queria era garantir a seriedade da oferta ao público. Impunha-se ao vendedor
a prestação, de terrenos loteados, a obrigação de apresentar, na circunscrição
imobiliária competente, a prova do domínio do imóvel, plano de loteamento, certidão
negativa de impostos e ônus reais, e um exemplar do contrato-tipo de vendas. O
registro desses documentos, que devia preceder ao início das vendas, feito depois da
convocação dos interessados para o impugnarem, e sob fiscalização do oficial público
e mesmo de juiz, representava segurança para que não acessassem o mercado
imobiliário aventureiros inescrupulosos.
Para não correr o risco de não receber a escritura pública, por recusa do vendedor, a
Lei (art. 16) determinou o direito à adjudicação do lote.
Como era direito pessoal, não havia como vincular terceiros ao negócio original ± se o
promitente vendedor alienasse a coisa prometida, o promissário ficava sem ação contra
o adquirente, só lhe restando o direito de reclamar, do contratante inadimplente, o
ressarcimento das perdas e danos.
*5O direito de posse e de ceder os seus direitos, que tem o promissário comprador,
não decorrem da ÷
÷ de seu direito, são acessórios da convenção ± se não
houver disposição em sentido contrário. Orlando Gomes acha o contrário: que isto
decorre de direito real.
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c Da hipoteca.
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Introdução:
É direito real de garantia em que o devedor ou outrem oferece bem de sua propriedade para
assegurar cumprimento de obrigação.
Na anticrese a coisa dada em garanta é imóvel e a posse é transmitida ao credor para que este a
explore e se pague com a renda produzida pelo prédio.
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· Com a hipoteca mobiliza-se a riqueza imobiliária, porque o proprietário sem alienar seu
imóvel e sem vê-lo sair de suas mãos, obtém a prazo mais ou menos longo dinheiro
correspondente ao seu valor.
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No direito romano primitivo não havia outros direitos reais além da propriedade e das servidões.
Não havia oferta de uma coisa em garantia de uma dívida a não ser com a transferência de
domínio. O mutuário fazia ao mutuante a venda solene de seu prédio pela à ou pela
, pelo montante do empréstimo. Mas por convenção, alheia ao contrato e constante de
um pacto de
, o comprador-mutuante se comprometia a retransferir o domínio da coisa
comprada, uma vez paga a dívida garantida.
Assim, o credor ficava protegido: era proprietário da coisa, sem perigo de os demais credores
concorrerem com ele sobre o preço da mesma. Nem sofria ameaça de o devedor alienar a coisa,
em fraude de seus direitos ± se isto ocorresse se defendia pela
.
Por outro lado, havia muitas desvantagens neste negócio para o devedor:
1. Mesmo que o prédio valesse mais que a dívida, o negócio impedia que o mutuário
obtivesse outros empréstimos garantidos pelo mesmo prédio, já que este, pela alienação, havia
passado para o domínio do adquirente.
2. Se o credor vendesse a coisa, o ato seria válido, só restando ao devedor ação fiduciária
contra o credor.
3. O devedor não podia usar a coisa dada em garantia, porque era transferida ao credor.
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Outro procedimento do Direito Romano para garantir o crédito:
à à.
Conceito: transferência ao credor não do domínio da coisa, mas apenas da posse, protegida pelos
interditos, para que o credor a defendesse e retivesse até o final pagamento da dívida.
Este sistema livrava o devedor de muitas desvantagens do instituto supra. Livra o devedor de ser
vítima de alienação desonesta, efetuada pelo credor (porque aqui não se transfere o domínio); e
como o credor podia confiar-lhe, a título precário, a posse direta da coisa dada em garantia, não
ficava o devedor privado do uso.
· A única desvantagem que persistia era o fato de a coisa não poder garantir mais de um
crédito, porque não se podia conferir a mais de uma pessoa a posse jurídica do bem.
- Como na
o credor não tem só direito aos interditos possessórios, mas à ação real
(
), em face de todos os terceiros adquirentes.
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Quanto ao objeto: (ou ordinária), que recai sobre imóveis; (ou naval), que recai
sobre navios; 9; e hipoteca , também disciplinada por regras
peculiares.
· Veremos também a hipoteca especial (das vias férreas) ± porque as demais têm as mesmas
regras.
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- 9 *! (o bem gravado responde pela dívida, pode ser
penhorado pelo credor hipotecário, embora em poder de outrem, que não o devedor)$&$é nula
a venda do imóvel hipotecado em hasta pública, em juízo de inventário, sem audiência do credor
hipotecário ± só a arrematação em execução promovida pelo credor hipotecário extingue a
hipoteca.
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Por se tratar de direito real de garantia, é de uma dívida, cujo resgate visa assegurar ± é
direito real criado para assegurar a eficácia de um direito pessoal. Então a hipoteca não existe por
si só ± o direito real na hipoteca é adjetivo, supondo o direito substantivo que garante. E
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A coisa não fica em poder físico do titular ± fica em mãos do devedor (proprietário do bem). Mas
isto não pode descaracterizar o direito real. A hipoteca gera direito real por lei.
A hipoteca como todo direito real de garantia é :$;$?<;!>. Isto é: o imóvel
dado em garantia e cada uma de suas partes ficam sujeitos ao resgate da dívida inteira e de cada
uma de suas partes. O pagamento parcial do crédito não exonera parcialmente o imóvel onerado.
· Isto porque na prática é difícil reduzir a garantia cada vez que ocorra um pagamento
parcial.
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Feita através do registro (art. 1227, CC). Sem o registro não há direito real.
E, com o registro, terceiro não pode alegar ignorância do ônus. Eventual adquirente ou credor de
segunda hipoteca sabem que o bem adquirido ou recebido em garantia era objeto de hipoteca
anterior; e que assegura preferentemente o resgate do crédito de q. é titular o primeiro credor
hipotecário.
Se não houvesse publicidade pelo registro, haveria sempre risco nos negócios imobiliários,
porque o bem alienado ou dado em hipoteca poderia constituir objeto de hipoteca anterior,
ignorada por todos, o que seria ameaça para o adquirente, ou para o credor da segunda hipoteca.
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É permitida por lei: o dono do imóvel hipotecado pode constituir sobre ele mediante novo título
uma ou mais hipotecas sucessivas. Art. 1.476, CC.
Ocorre quando o imóvel dado em garantia excede em valor o montante da dívida, e seu
proprietário, sem prejuízo do primitivo credor hipotecário, o oferece em sub-hipoteca.
Aqui, o interesse em jogo é o do novo credor: ele verifica a dívida original e o valor do prédio, e
caso se convença que este supera a dívida a ponto de o saldo bastar para resgate de novos
débitos, fica com a garantia subsidiária.
("! # evita que a execução ruinosa e inoportuna,
promovida pelo credor preferencial, conduza a se obter, em praça, apenas o bastante para
resgatar a primeira dívida, sem sobrar nada para pagar as demais.
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Imóveis e seus acessórios; domínio direto e útil do imóvel; as estradas de ferro; as minas e
pedreiras independentemente do solo onde se acham; os navios e os aviões[2].
A regra geral é que recaia sobre imóvel. Pode-se hipotecar avião e navio (exceções) porque são
suscetíveis de identificação e individuação e, tendo registro peculiar, podem ser especializados e
registrados.
Obs.: A hipoteca abrange todas as acessões do imóvel (art. 1.474, CC), pois as coisas acessórias
seguem o destino da principal.
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Mas não pode o devedor praticar atos que direta ou indiretamente desvalorizem, deteriorem ou
destruam a coisa.
Não pode o devedor alterar a substância da coisa, modificando o seu gênero, se isto implicar a
assunção de risco de diminuição de valor.
Proposta a ação executiva, o bem dado em garantia, em vista da penhora é arrancado das mãos
do devedor e entregue a depositário judicial. Desde então o devedor perde o direito de alienar e
de receber frutos. Qualquer ato de alienação ou de percepção de frutos presume-se feito em
fraude de execução.
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O credor hipotecário, como titular de direito real, tem a prerrogativa da seqüela e a ação
reivindicatória.
· Exceções à preferência:
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Com/ o registro a hipoteca cria vínculo real entre o credor e a coisa ± vínculo oponível
à. O adquirente do imóvel hipotecado não pode, alegando ignorância do fato, impedir que o
prédio seja objeto de execução.
Presume-se negligente o comprador que não se certificou, antes da aquisição, do ônus real
incidente sobre o objeto do negócio. Tal ônus consta no Reg. de Imóveis, onde é registrado
obrigatoriamente. Por isso que normalmente o adquirente nas compras e vendas de imóveis exige
do alienante certidão negativa de ônus reais incidentes sobre eles (e certidão dos distribuidores
de ações cíveis para que se verifique se há execução ± evitando a ação pauliana, usada para
desconstituir a fraude contra credores).
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É exigido porque se trata de direito real sobre imóvel (art. 1.227, CC).
A hipoteca só se constitui após o seu registro no Reg. de Imóveis da circunscrição onde se situar
o bem dado em garantia (1.492, cc e art. 167, I, n. 2 e art. 238 da Lei n. 6.015/73).
;$Dar publicidade ao negócio (para terceiro que deseja adquirir o imóvel ou para credor que
admite recebê-lo em segunda hipoteca - sub-hipoteca).
· Se o imóvel se espalha por mais de uma circunscrição, o registro deve ser feito em todas.
Porque o interessado vai verificar se há ônus real no cartório da circunscrição do imóvel.
· Por isso também que se deve fazer novo registro quando houver desmembramento de
circunscrição imobiliária. Embora já registrada na circunscrição antiga, deve a velha hipoteca ser
registrada na nova circunscrição, pois a publicidade é imprescindível para a segurança. A
hipoteca perde a eficácia em face de terceiros, pelo menos na parte do imóvel transferido para a
nova circunscrição, se ali não se renovar o registro (há jurisprud. em sentido contrário).
E a fixação da data marca o termo final também, porque a hipoteca dura no máximo 20 anos
(prazo de vigência do contrato de hipoteca), só se podendo renovar o contrato de hipoteca através
de novo título e novo registro (art. 1.485, CC).
A$ Estabelecer * (na ordem em que é feito, se houver várias hipotecas)
± art. 1.493, , CC.
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Art. 1.494, CC: não se inscreverão no mesmo dia duas hipotecas, salvo determinando-se a hora
em que se lavrou cada escritura. Isto para tornar clara a prioridade.
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Art. 1.495, CC e art. 189 da lei 6.015/73: ordena ao oficial o sobrestamento, por 30 dias, da
inscrição da segunda hipoteca, quando houver uma primeira ainda não inscrita. Quando na
segunda hipoteca há expressa menção da existência de uma hipoteca anterior, ainda não inscrita,
ocorre o sobrestamento.
Depois dos 30 dias, se não for apresentado o título anterior (a ³primeira hipoteca´), o segundo é
inscrito e obtém preferência sobre o primeiro.
Obs.: Para evitar o risco de haver o devedor concedido mais de uma hipoteca sobre o mesmo
bem, cuja escritura seria apresentada para inscrição após a emissão da certidão negativa de ônus,
muitos estabelecimentos que operam no campo hipotecário só entregam a importância mutuada
depois de se proceder o registro da hipoteca.
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· O processo de dúvida está disciplinado nos art. 198 a 207 da Lei de Regs. Públs.
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A hipoteca convencional é registrada cf. a LRP (Lei de Registros Públicos). Art. 176 da LRP: o
livro n. 2 (Registro Geral) serve para a à
dos imóveis e ao registro ou averbação de todos
os atos mencionados na lei. Cada imóvel terá matrícula própria. E na matrícula, que tem nº de
ordem, constam todos os dados referentes ao imóvel e ao seu proprietário. +
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É a que deriva da livre anuência das partes, em que para assegurar a execução de uma obrigação,
o devedor, ou alguém por ele, oferece bens em garantia de seu cumprimento.
O contrato vincula as partes; e depois, após a especialização e o registro, surge para o credor um
direito real (com seqüela e preferência para o titular).
Para constituir hipoteca convencional é preciso: capacidade em geral; capacidade para alienar
(art. 1.420, CC); e outorga conjugal, se for o caso, porque se trata de ônus real recainte sobre
imóvel (art. 1.647, I, CC).
Se um dos cônjuges está na direção dos interesses do casal, conf. Art. 1.570, CC/02, é possível
que aliene os imóveis do casal e do outro cônjuge, mediante autorização judicial. Então também
é possível hipotecar com igual autorização (porque a hipoteca é começo de alienação; e porque o
juiz fiscaliza e policia o comportamento do cônjuge à
).
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É a que não decorre de contrato, mas é imposta por lei, em garantia de algumas pessoas, que se
encontram em determinadas situações e que, para a lei, devem ser protegidas.
Primeiro ocorre o fato que dá ensejo ao nascimento da hipoteca (casamento, tutela, posse do
cargo etc.) ± neste tempo há só vínculo potencial e indeterminado sobre imóveis do devedor, pois
não vale contra terceiros. Depois vem o momento definitivo, em que através da especialização e
registro surge o direito real, provido de seqüela e preferência.
· Trata-se de garantia que a lei dá a quem tem bens administrados por outrem, sobre bens
, para assegurar a boa administração e a devolução dos mesmos, finda a
administração (por causa, por ex., da incapacidade do protegido com a hipoteca).
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II. Aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que passar a outras núpcias, antes de
fazer o inventário do casal anterior;
Obs.: entre as causas suspensivas do casamento está a do art. 1.523 do CC, que diz que não
devem casar o viúvo que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer o inventário dos
bens do casal e der a partilha aos herdeiros.
Quem não cumpre tal regra tem como pena a perda do usufruto dos bens dos filhos do primeiro
casamento e a pena de que as segundas núpcias se processem pelo regime de separação de bens.
Ao sujeitar a lei à hipoteca legal os bens do pai, quer garantir os filhos da restituição das rendas
percebidas, e dos danos resultantes da perda ou deterioração culposa de seus bens.
Isto porque o crime é ato ilícito e sujeita o seu autor a reparar o prejuízo causado (art. 186, CC),
sendo certo que seus bens respondem por essa reparação (art. 942, CC/02)[4].
· A inscrição da hipoteca legal do ofendido será requerida por ele, por seus sucessores, pelo
representante de um ou de outros, se forem incapazes, ou pelo Ministério Público.
IV. Ao co-herdeiro, para garantia do seu quinhão ou torna da partilha, sobre o imóvel
adjudicado ao herdeiro reponente;
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Obs.: CPC, art. 1.205 a 1.210 ± cuida da especialização da hipoteca legal. Trata aí da estrutura de
responsabilidade e de avaliação dos bens, o que deverá ser feito ordinariamente perante a justiça.
A lei admite, entretanto (art. 1.210, CPC), que as partes, sendo capazes, convencionem, por
escritura pública, a hipoteca legal.
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· Tal hipoteca não recai sobre bem determinado, mas sobre uma universalidade, composta de
bens móveis e imóveis, abrangendo o solo onde assentam os trilhos, a zona marginal, as
edificações destinadas à administração, e outros, inclusive as estações, a ferramentaria etc.
· Como exceção à regra geral, que vimos, de fazer o registro em todas as circunscrições por
que se espalha o imóvel dado em garantia, essa hipoteca se consubstancia com o registro no
Município da estação inicial da linha (art. 1.502, CC).
Tal regra é lógica, para evitar centenas de registros ± o que não aumentaria a segurança de
terceiros, que sabem, sem dúvida, onde verificar a existência ou não do ônus real.
Obs.: Atendendo ao interesse social de não parar a atividade da estrada, a lei concede ao
representante da União ou do Estado preferência para, dentro da execução e no prazo de 15 dias,
incorporar ao seu patrimônio a via férrea hipotecada, pagando o preço da arrematação ou o
fixado para adjudicação ao credor (art. 1.505, CC/02).
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O devedor da hipoteca pode remi-la dentro do processo de execução, depois da primeira praça e
antes da assinatura do auto de arrematação, mediante depósito do montante da dívida, ou do
valor oferecido naquela praça.
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Havendo mais de uma hipoteca a onerar o imóvel, o credor da segunda só tem como garantia
aquilo que sobrar após o pagamento do primeiro credor.
O primeiro credor tem preferência, então o produto da venda judicial da coisa dada em garantia
se destina, precipuamente, ao pagamento da primeira dívida hipotecária, só cabendo ao segundo
credor as sobras, se houver (art. 1.478, CC/02).
Pode então ocorrer que na execução da primeira hipoteca, por dolo, fraude ou mesmo
negligência do exeqüente, a cifra alcançada seja inferior à necessária para resgatar ambos os
débitos, embora suficiente para resgate do primeiro. Aliás, o exeqüente não tem interesse em
apurar cifra maior do que a suficiente para pagar-se.
Muitas vezes é aconselhável aguardar momento mais oportuno para a execução, para evitar a
crise, quando muitos licitantes se afastam dos leilões.
Então o credor da 2ª hipoteca pode remir a 1ª, sub-rogando-se nos direitos do 1º credor e sem
prejuízo dos próprios direitos. E assim, ou aguarda momento melhor para executar o débito, ou
impede que se suste indefinidamente o termo da execução. Ou ainda tenta obter no leilão o
suficiente para resgate dos dois débitos.
$o credor da 1ª hipoteca não tem qualquer prejuízo, pois recebe tudo o que tinha direito de
receber. E pelo contrário: ainda desfruta da vantagem de receber desde logo aquilo que só
receberia no final da execução.
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30 dias depois do registro do título aquisitivo, o adquirente pode citar os credores hipotecários,
propondo para remição, no mínimo, o preço por que adquiriu o imóvel (art. 1.481, CC/02).
Obs.: Ao contrário do caso anterior, em que o credor da 2ª hipoteca deve oferecer importância
correspondente ao total da dívida e mais as custas, nesta o remitente se propõe a pagar, no
mínimo, o preço por que adquiriu o prédio, que, presume-se, é o seu valor e o máximo que
alcançaria no mercado.
· Tal espécie de remição visa evitar a execução judicial e as despesas decorrentes. Sem ela,
não paga a dívida, o imóvel iria à praça, em que seria arrematado pelo preço correspondente a
seu valor, e do qual se deduziriam as custas e outras despesas processuais. De modo que o credor
receberia, a final, menos do que desde logo se lhe oferece. Ocorrendo a remição, o adquirente
paga o que a coisa vale, o credor recebe o que receberia na execução, e o devedor não tem
prejuízo, pois seu prédio alcança justo valor. E ainda, evita-se assim ou se susta o processo
executório.
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M1%%7c32
Por lei o credor hipotecário pode, se a dívida não for paga, promover processo de execução
contra o devedor. O processo se inicia pela penhora da coisa hipotecada, praça e arrematação,
preferindo o exeqüente, no preço apurado, a todos os demais credores. Deve também ser citado,
para o feito, o cônjuge do executado. :$;$C?=!! <>.
Em garantia do credor, não será válida a , de imóvel, gravado por hipoteca,
devidamente inscrita, sem que se hajam notificado judicialmente os respectivos credores
hipotecários que não forem partes na execução.
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Mc+87 c $
Art. 1.499, CC
Obs.: Também se extingue a hipoteca, então, pela prescrição da obrigação por ela garantida ± em
10 anos quando a lei não fixar prazo menor (art. 205, CC/02).
O que prescreve mesmo é a dívida, pois a hipoteca, nesse caso, só se extingue como
conseqüência.
A$Pela renúncia do credor ± e então pode ocorrer a remissão de que trata o art. 385 do CC.
Aqui a hipoteca se extingue como conseqüência da extinção da obrigação, como na primeira
hipótese analisada. "
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?$Pela remição da hipoteca, feita pelo devedor ou pelo credor da 2ª hipoteca, ou pelo
adquirente do imóvel hipotecado, representando liberação da coisa hipotecada mediante
pagamento oferecido ao credor.
N$Pela arrematação ou adjudicação, pois estes são os atos finais do processo de execução,
promovido pelo credor não pago. Pela arrematação ou adjudicação o imóvel dado em garantia sai
legalmente do domínio do devedor, não podendo, então, subsistir o direito real. A execução só
será válida se os credores hipotecários dela houverem sido notificados.
$A arrematação a que se refere o texto é a que tiver lugar no executivo hipotecário.
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É importante cancelar o registro porque assim terceiros poderão comprar o imóvel sem temer o
ônus real que não mais existe.
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! $ (art. 1.500, CC/02)
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O direito real sobre imóvel constituído ou transmitido por ato entre vivos só se adquire depois do
Registro, conforme art. 1.227, CC.
Registro público é a inscrição formal, feita por instrumento público, no cartório de registro do
foro onde se situa o imóvel, de algum dado sobre o imóvel que tenha relevância jurídica, ou seja,
cujo conhecimento seja de interesse público.
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Todas as modificações que possam repercutir em sua estabilidade devem ser registradas
(averbadas[2]).
· No direito francês, o registro visa apenas a publicidade, porque os direitos reais sobre
imóveis decorrem meramente dos contratos, por força de cláusula de estilo. O registro não induz
prova de domínio.
_______________________//__________
DA MATRÍCULA:
A matrícula é ato que caracteriza o imóvel e estabelece as suas confrontações. Por causa da
matrícula é que se tem o princípio da unidade do imóvel ± cada imóvel tem a sua matrícula
específica, tem uma folha, ou ficha, com todas as características do prédio e de seu proprietário.
E nessa folha ou ficha de matrícula se procede ao registro e à averbação dos atos mencionados na
lei.
___________//_______
Atos sujeitos a registro:
· São registrados os direitos reais sobre imóveis e o que mais a lei determinar.
· Deve-se registrar ainda ato em que a aquisição se faz não por negócio jurídico, mas por
meio autônomo, como no caso da sucessão à
.
_______//_______
· Presume-se que o direito real pertença à pessoa em nome de quem foi feito o registro.
Ainda que o contrato levado a registro seja nulo. Porque assim se protege terceiro de boa-fé que
diligentemente confere o registro (e confia no registro inexato). E a nulidade é excepcional.
Presume-se a exatidão do registro.
XXXXXX XXXXXX
[1] Transcrição era a passagem palavra por palavra, do documento (de aquisição e transmissão
da propriedade, por exemplo), para o livro público (
). Inscrição era a passagem
apenas do extrato, do sumário do negócio jurídico, para o livro público. 4
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[3] Observa Silvio Rodrigues que, por ser o Brasil muito extenso, nem existe o cadastro de todas
as propriedades, sendo impossível que o registro confira segurança absoluta aos negócios
jurídicos.
:
O CC/2002 não traz este capítulo porque de fato não se trata exatamente de direito de
propriedade sobre coisas, que também é direito fundamental, mas de direito de natureza jurídica
híbrida, com aspecto de direito da personalidade, que se refere á integridade intelectual, e
aspecto de direito de propriedade imaterial, com cunho patrimonial.
O CC/1916 ± no Livro do Direito das Coisas e dentro do título em que trata do domínio, trazia
capítulo sobre a propriedade literária, científica e artística (art. 649 a 673).
- A lei n. 5.988, de 14.12.1973, a ³Lei dos Direitos Autorais´, revogou tacitamente os art.
649 a 673 do CC/1916.
- Tanto os art. 649 a 673 do CC/1916 como a lei 5.988/73 foram expressamente revogados
pelo art. 115 da Lei nº. 9.610/98, !- #("
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- Trataremos das obras de estética, artes, ciência, educação e elevação cultural. Isto porque
as obras com fins utilitaristas, técnicos e de produção (obras de teor utilitário) têm
regulamentação própria, na matéria de Direito da Propriedade Intelectual, examinada na
disciplina de Direito Empresarial.
________//_______
Obs.: Antes da Lei em vigor, nº 9.610 de 1998, outras leis e até convenções internacionais
alteraram o sistema de proteção ao direito autoral.
_________//________
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Por isso o direito autoral tem natureza jurídica peculiar, de caráter híbrido, de aspecto
patrimonial e de aspecto extrapatrimonial (direito da personalidade).
Os direitos patrimoniais do autor são direitos de propriedade sobre bens imateriais (propriedade
sobre direitos incorpóreos, modalidade de propriedade)[1].
Os direitos intelectuais do autor em seu aspecto moral são extrapatrimoniais, situam-se acima
dos interesses pecuniários. Ex.: a prerrogativa de manter intocada a obra mesmo depois de sua
alienação; de fazê-la sempre ser acompanhada do nome de seu autor; de melhorá-la etc. (aspecto
moral, ou
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).
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· Alguns acham que não se deve proteger o direito autoral porque as obras são da
Humanidade, e não da pessoa ± as artes, o conhecimento científico etc. { à à
_________//_________
As obras arroladas em rol exemplificativo no art. 7º da Lei nº 9.610/98 são espécies protegidas
pelas regras dos direitos autorais. Ex.: textos literários, artísticos ou científicos, obras dramáticas,
composições musicais com ou sem letra, programas de computador, fotografias, desenhos,
coletâneas, traduções etc.
- Proteção econômica: exclusividade para reproduzir a sua obra ± durante a vida do autor e
fora o caso de expropriação[2] (caso especial) ninguém pode sem anuência do autor publicar
obra literária, científica ou artística.
- Tal direito de exclusividade é de caráter material, transmissível aos herdeiros do titular por
prazo que estudaremos em seguida[3].
- Então a proteção ao direito autoral é longa, pode durar mais de um século, mas é sempre
provisória. Após esse termo, a obra recai no domínio público ± passa a ser patrimônio da
coletividade, podendo quem quer que seja reproduzi-la quando quiser, desfrutando as vantagens
econômicas que sua reprodução propiciar.
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$: a cessão não envolve transmissão dos direitos morais do autor (direitos da personalidade
são inalienáveis e intransmissíveis). Não se aliena o direito de modificar a obra, nem o direito de
atribuição de paternidade.
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Para quem reproduzir, divulgar ou de qualquer forma utilizar obras sem permissão do autor, de
seus herdeiros ou representantes (Lei nº 9.610/98, art. 102).
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$o art. 104 da Lei estende responsabilidade igual à do editor àquele que negociar com obra
fraudulentamente produzida, pois sujeita quem vender ou expuser à venda obra impressa com
fraude a responder solidariamente com o editor.
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· É possível que o registro caiba em mais de um órgão, devendo o autor optar por aquele que
apresenta maior afinidade com a obra.
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E a proteção se estende no prazo legal aos sucessores, a título universal ou particular, quer a
sucessão se dê entre vivos ou à
.
A proteção ao autor é mais ampla, porque abrange além do aspecto material o aspecto moral ±
enquanto os sucessores só têm por lei o direito de receber as vantagens econômicas do trabalho
intelectual do sucedido.
Obs.: Mesmo morto o autor, sua obra não pode ser alterada por terceiros, pois assim ficaria
indefesa. Os sucessores do autor e qualquer outro interessado pode defender a integridade da
obra, impedindo alterações. O direito moral do escritor é intransmissível. Mas
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- O aspecto material do direito autoral é suscetível de cessão pelo seu titular, quer a título
provisório, como no contrato para uma ou mais edições, quer a título definitivo, como no caso de
o autor vender todos os direitos econômicos sobre uma determinada obra (um quadro, por
exemplo).
- Para efeitos econômicos, goza dos direitos do autor o editor de antologias, ou seletas. Só
poderá publicar as poesias, contos ou trechos de outros autores se obtiver, primeiro, a anuência
deles, pagando-lhes os direitos proporcionais (porque a CF garante ao escritor o direito exclusivo
de autorizar a reprodução de sua obra, então ninguém a pode publicar, no todo ou em parte, sem
a sua anuência). Mas uma vez organizada a antologia ou enciclopédia, tem o editor direito sobre
ela, como o autor sobre a obra individual.
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A obra é protegida em seu país de origem, então a tradução só pode ser feita com autorização do
autor, que normalmente a concede mediante certa remuneração ± só não precisa de autorização
se a obra caiu no domínio público.
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XXXXX XXXXXXXXXXXXXXXX
É como um condomínio ± todos os colaboradores têm entre si direitos iguais. É comunhão sobre
bem imaterial. A obra não pode ser reproduzida por nenhum dos condôminos sem o
consentimento dos consortes, a não ser quando feita na coleção das obras completas de qualquer
deles (art. 32 da Lei H$C; HG).
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A obra teatral ou musical, como qualquer outro produto da inteligência humana, enquadra-se nas
regras de proteção ora em estudo.
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&$ pode tocar a música em festas em clubes, onde não se cobra entrada; e pode encenar a peça
se for grupo teatral amador, em local em que os ingressos não são cobrados.
$ qualquer proveito do comerciante ou industrial com o uso de obra alheia deve ser pago. O
fato de o artista já ter recebido um preço de gravadora ao gravar o disco, e outro da transmissora
ao irradiá-lo, não lhe tira o direito de participar do experimentado pelo dono da
lanchonete, por exemplo, que, para assegurar clientela, coloca a música de outrem ± art. 68 da
Lei de 1998.
Deve ser remunerado lucro direto ou indireto (neste não há um pagamento em dinheiro, mas o
escopo de quem presta serviço é alcançar um proveito).
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Em tais casos a reprodução da obra alheia não é considerada ofensa ao direito autoral.
Obs.: A crítica a obra literária, artística ou científica também divulga idéias do autor e por vezes
trechos pequenos da obra e também não pode ser considerada violação do direito autoral.
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E por ter natureza jurídica de direito da personalidade, apresenta todas as suas características:
extrapatrimonialidade, impenhorabilidade, irrenunciabilidade, inalienabilidade,
intransmissibilidade.
Trata-se de prerrogativa de caráter pessoal, em vista da qual o seu titular pode ligar seu nome à
obra e sobre esta atuar, modificando-a, aperfeiçoando-a conforme seu gosto, ou impedindo sua
publicação, ou evitando que seja de modificada sem o seu consentimento.