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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Rubem Valentim: geometria sagrada / Instituto Arte na Escola ; autoria de


Solange Utuari ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. –
São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2006.
(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 37)

Foco: SE-5/2006 Saberes Estéticos e Culturais


Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia
ISBN 85-98009-46-6

1. Artes - Estudo e ensino 2. Arte afro-brasileira 3. Artes - Forma 4.


Valentim, Rubem I. Utuari, Solange II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque,
Gisa IV. Título V. Série

CDD-700.7

Créditos
MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA
Organização: Instituto Arte na Escola
Coordenação: Mirian Celeste Martins
Gisa Picosque
Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO
Copyright: Instituto Arte na Escola
Concepção: Mirian Celeste Martins
Gisa Picosque
Concepção gráfica: Bia Fioretti

RUBEM VALENTIM: geometria sagrada


Copyright: Instituto Arte na Escola
Autor deste material: Solange Utuari
Revisão de textos: Soletra Assessoria em Língua Portuguesa
Diagramação e arte final: Jorge Monge
Autorização de imagens: Ludmilla Picosque Baltazar
Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express
Tiragem: 200 exemplares
DVD
RUBEM VALENTIM: geometria sagrada

Ficha técnica
Gênero: Documentário com narração e comentários sobre as
obras do artista.
Palavras-chave: Arte afro-brasileira; sincretismo cultural e re-
ligioso; heranças culturais; temática religiosa; forma; geometria.
Foco: Saberes Estéticos e Culturais.
Tema: Vida e obra de Rubem Valentim, um artista afro-brasileiro.
Artistas abordados: Rubem Valentim, Alfredo Volpi, Tarsila do
Amaral, Kandinsky, Malevitch, Cézanne e Paul Klee.
Indicação: A partir da 5ª série do Ensino Fundamental e Ensi-
no Médio.
Direção: Cacá Vicalvi.
Realização/Produção: Rede SescSenac de Televisão, São Paulo.
Ano de produção: 2001.
Duração: 23’.
Coleção/Série: O mundo da arte.

Sinopse
A produção de Valentim na sua trajetória artística e a influência
do candomblé, associado ao sincretismo religioso brasileiro são
assuntos que constituem este documentário, produzido a partir
da exposição Rubem Valentim: artista da luz na Pinacoteca do
Estado de São Paulo, em 2001. O documentário apresenta a
análise do crítico de arte, Olívio Tavares de Araújo, sobre a obra
desse importante artista brasileiro que criou imagens únicas,
reveladoras das heranças culturais, fruto de um país marcado
pela pluralidade que se desvela na arte afro-brasileira. O
documentário se divide em três blocos que mostram um artista
imerso em uma arte simbólica e repleta de espiritualidade.
Trama inventiva
Há saberes em arte que são como estrelas para aclarar o cami-
nho de um território que se quer conhecer. Na cartografia, para
pensar-sentir sobre uma obra ou artista, as ferramentas são
como lentes: lente microscópica, para chegar pertinho da
visualidade, dos signos e códigos da linguagem da arte, ou len-
te telescópica para o olhar ampliado sobre a experiência esté-
tica e estésica das práticas culturais, ou, ainda, lente com zoom
que vai se abrindo na história da arte, passando pela estética
e filosofia em associações com outros campos de saberes. Por
assim dizer, neste documentário, tudo parece se deixar ver pela
luz intermitente de um vaga-lume a brilhar no território dos
Saberes Estéticos e Culturais.

O passeio da câmera
A criação de Rubem Valentim dá corpo visível ao imaterial, ma-
nifesta o espírito religioso na forma da arte, construindo a pai-
xão pelo sagrado com formas e cores. O documentário apresen-
ta a obra desse artista, com depoimentos e narrações, amplian-
do a visão do leitor sobre a sua produção. Mostra seu trabalho
com as cores, sem transparências e sobreposições, recursos da
pintura não apropriados pelo artista. Valentim utiliza a cor chapada
e pura ou vai à procura da luz, o branco sobre o branco, a cor ao
lado da cor, sem matizes cromáticos. Com estilo construtivista,
combina formas de modo sensível e criativo em uma concepção
que procura a beleza dos emblemas religiosos.
A obra de Valentim é marcada pela brasilidade intrínseca com
características afro-brasileiras. O crítico de arte Olívio Tavares
de Araújo traça um paralelo entre os símbolos religiosos da
cultura ioruba e o traço representativo do imaginário que rege
o pensamento racional da composição construtivista com a in-
tuição criadora desse artista. Estabelece, também, relações
entre sua obra e as pinturas de Tarsila do Amaral e Alfredo Volpi.
A partir deste documentário, podemos considerar muitas
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material educativo para o professor-propositor
RUBEM VALENTIM – GEOMETRIA SAGRADA

proposições pedagógicas possíveis: as heranças culturais e os


bens patrimoniais no território de Patrimônio Cultural; o reper-
tório e a poética pessoal de Valentim são visíveis em Processo
de Criação; as relações entre a religião, arte e composições ge-
ométricas podem ser estudadas com o olhar em Conexões
Transdisciplinares; a articulação dos elementos de visualidade
em relação à luz, à forma, à cor, aos espaços cheios e vazios,
com representações de temáticas religiosas afro-brasileiras,
pode ser estudada em Forma-Conteúdo; além do território das
Linguagens Artísticas, focalizando a escultura, desenho e pin-
tura, como também a música e a dança.
O documentário foi alocado em Saberes Estéticos e Cultu-
rais impulsionando a investigação da arte afro-brasileira, sis-
temas simbólicos, sincretismo religioso e pluralidade cultural.
As escolhas do artista, o mundo ao seu redor, suas crenças e
valores, percepção, imaginação e memória são imagens que ali-
mentam o olhar para perceber a brasilidade. Em seu projeto,
você está convidado a inventar e recriar outras possibilidades
de investigação da arte.

Sobre Rubem Valentim


(Salvador/BA, 1922 - São Paulo/SP, 1991).
Eu uso geometria como elemento sensível.
Rubem Valentim

Simbiose entre a Bahia e a África. Ao olhar as imagens criadas


por Rubem Valentim, é possível ouvir o som dos tambores que
se manifestam nos terreiros de todo o Brasil, ritmo africano com
temperos nacionais. Em suas obras há a emoção da fé reli-
giosa, mística, que faz um convite reflexivo sobre nossas
crenças e símbolos que a representam. A formação cultu-
ral de Valentim dá o rumo da sua criação, trazendo para
sua obra o sentido místico da religião. Valentim se apro-
pria da iconografia religiosa africana para construir um
vocabulário visual próprio: poesia desvendada na geome-
tria do sagrado.
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A composição agrupa signos religiosos com elementos dese-
nhados em organização simétrica. Cor ao lado de cor, puras,
vivas. O branco, freqüentemente, aparece como fundo que
realça a intensidade cromática. Artista imerso numa obra que
estabelece diálogos entre arte e povo. “A criação para mim se
manifesta em parcelas infinitesimais, e eu, como criador, estou
criando e sendo criado”1.
Nasce mulato e pobre em Salvador no auge do modernismo
brasileiro. Logo cedo, mostra sua sensibilidade artística e mís-
tica pintando objetos de presépio católico. Em contrapartida,
seu pai o leva aos templos de candomblé. O sincretismo religi-
oso baiano contribui para traçar seu caminho, como artista
autodidata. Viaja por vários paises, mas é em Roma, na Itália,
que fixa residência por mais de 3 anos.
Faz do seu grafismo um dialeto pessoal, porém olha para as
tendências internacionais da arte como o suprematismo de
Malevitch, o abstracionismo geométrico de Kandinsky, ao mes-
mo tempo em que fortalece a sua arte com raízes nacionais.
Apesar do forte apelo popular presente em sua obra, Valentim
não é um artista ingênuo. Com consciência técnica, pesquisa
os efeitos cromáticos, a composição geométrica, estuda mate-
riais e, dessa forma, articula os elementos mágicos da cultura
afro-brasileira em suas criações.
Forma-se em odontologia, em 1946, e em jornalismo, em 1953, mas
é com a arte que constrói sua vida. Em 1954, realiza sua primeira
exposição individual, participando de várias bienais e exposições por
todo o país. No início, produz obras bidimensionais, com ele-
mentos abstratos e geométricos, porém suas imagens pedem
mais espaço. A pesquisa do artista passa a explorar o
tridimensional e a simbologia mística afro-brasileira, marca de
sua produção artística. Com a estética da geometria sagrada
é que se firma no cenário da arte brasileira e internacional.
Valentim explora as linguagens da pintura, desenho e escultura,
em composições que lembram totens e altares religiosos, com
formas que se repetem criativamente por toda sua trajetória.
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material educativo para o professor-propositor
RUBEM VALENTIM – GEOMETRIA SAGRADA

Na década de 60 do século 20, quando mora em Brasília, dedi-


ca-se a pesquisar a ocupação do espaço com elementos vaza-
dos nas formas tridimensionais. As cores também apresentam
mudanças ao longo desse processo de criação, tornam-se pu-
ras preenchendo enormes espaços da superfície da tela. Em
alguns momentos, a cor é substituída pelo branco. Nessa fase
o artista diz que está buscando a luz; “Eu procuro a claridade,
a luz da luz”. No documentário, Olívio Tavares de Araújo fala
que o artista retira a cor das suas composições como se dese-
jasse retirar o ruído, concebendo o silêncio do branco.
Valentim não persegue tendências estéticas internacionais. Ao
contrário, defende que sua arte bebe na fonte da “fala não verbal
do nosso povo 2 ”, procurando uma poética na brasilidade,
construída na iconografia afro-ameríndia-nordestina. Ele se
apropria e é apropriado pelo sincretismo sócio-religioso. Aos
69 anos, parte talvez para o mundo mágico dos orixás, nos deixa
imagens materializadas daquilo que é imaterial; o sentimento
do sagrado.
...procuro transformar em linguagem visual o mundo encantado, má-
gico, provavelmente místico que flui continuamente dentro de mim.
O substrato vem da terra, sendo eu tão ligado ao complexo cultural
da Bahia: cidade produto de uma grande síntese coletiva que se tra-
duz na fusão de elementos étnicos e culturais de origem européia,
africana e ameríndia. 3 .

Os olhos da arte
... há algo de muito específico na geometria de Valentim, que nasce
das fontes em que bebe e o distingue de todos os demais artistas
geométricos: a religiosidade.
Olívio Tavares de Araújo4

No Brasil, a partir da segunda metade do século 20, o movi-


mento concretista e neoconcreto procuram explorar a
visualidade das formas na poesia e nas artes plásticas dentro
do contexto da abstração geométrica. Rubem Valentim convi-
ve com artistas desses movimentos, porém afirma não perten-
cer a nenhum deles. Sua arte se aproxima das concepções
5
estéticas e ideo-
lógicas do cons-
trutivismo, mas
assume temá-
ticas místicas,
com consciência
dos valores cul-
turais do povo
brasileiro.
Valentim se a
Rubem Valentim - Emblema-logotipo-poético, 1975 propria consci-
Acrílica sobre tela, 35 x 50 cm
entemente dos
signos do candomblé, carregados de sentido religioso e
dominados por emblemas dos orixás, trazidos na bagagem
cultural dos escravos. Mesmo em meio a todo sofrimento a que
foram submetidos, esses povos africanos procuram dar conti-
nuidade às suas crenças numa terra distante, que se revela fértil
para a perpetuação da fé. Mais do que isso: há um sincretismo
religioso no encontro das culturas européias, africanas e
ameríndias. Os deuses africanos habitam a natureza; florestas e
rios e, no imaginário, esses seres mitológicos encontram-se e
convivem com os santos do catolicismo.
Nesse universo misto de culturas e crenças, a arte afro-brasi-
leira começa a ganhar maior atenção por parte dos críticos e
pesquisadores, ao deixar de ser entendida, apenas, como arte
utilitária, feita exclusivamente para a realização de cultos, pas-
sando a ser vista como arte popular ou primitiva. A turbulência
das idéias deflagradas por artistas modernistas como Mário de
Andrade, que coleta material africanista no norte e no nordes-
te do Brasil, continua fortalecendo seu reconhecimento.
Na concepção do antropólogo Kabengele5 , a arte caracteri-
zada como afro-brasileira deve ser vista como um sistema
aberto e híbrido que acompanha o próprio movimento da
cultura brasileira, uma arte que prima pela intensidade e for-
ça, pela beleza e riqueza da pluralidade cultural e dos emble-
mas sagrados. Os emblemas da tradição nagô-iorubá trazem para
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material educativo para o professor-propositor
RUBEM VALENTIM – GEOMETRIA SAGRADA

o meio chamado de “erudito” a


estética do universo popular.
Muitos artistas se valem do
universo das imagens da cultu-
ra africana, de modos diversos.
Alguns deles, embora utilizem
a temática da negritude, não
bebem na essência dessa cul-
tura, na iconografia e nos sis-
temas simbólicos. Ainda assim
contribuem para a cultura na-
cional com obras repletas de
brasilidade por representarem
os valores estéticos de um
povo, mesmo não sendo consi-
derados artistas afro-brasilei-
ros. Já Mestre Didi, Emanuel
Araújo, Ronaldo Rego, além da
descendência étnica, exploram
não apenas a temática, mas
articulam cores, formas e habi-
lidade técnica capaz de extrair
a síntese do sincretismo sócio-
religioso, trazendo a essência
Rubem Valentim - Escultura 78, 1978
dos símbolos da cultura afro- 4 peças de madeira pintada, 100 x 70 x 70 cm
brasileira. Valentim compartilha
com esse grupo o encontro estético da África e Brasil, a cultura
mista, religiosa regada aos sabores visuais da terra que refletem
a espiritualidade.
A obra que cria traz a pulsação dos signos de cada divindade.
Recria esses signos, como na representação do machado de
Xangô, de estrelas, luas e altares. É possível também perceber
sinais universais como a seta, presente em quase todas as cul-
turas, como signo de direcionamento, sentido e força.
Rubem Valentim ama a arte como missão, em suas obras ela é tam-
bém uma poesia que desafia o tempo, o espaço e liberta o homem6 .
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O passeio dos olhos do professor
Convidamos você a ser um leitor do documentário, antes do
planejamento de sua utilização. Neste momento, é importante
você registrar suas impressões durante a exibição. Nossa su-
gestão é que suas anotações iniciem um diário de bordo, um
instrumento para o seu pensar pedagógico, durante todo o
processo de trabalho junto aos alunos.
A seguir, uma pauta do olhar que poderá ajudá-lo.

O que o documentário desperta em você?


Como as influências culturais da vida de Rubem Valentim
encaminharam o desenvolvimento da sua obra? Nesse de-
senvolvimento, que obras lhe chamam a atenção? Por quê?
É possível perceber um percurso na criação do artista? Co-
erente ou repleto de rupturas?
Sobre o documentário: o que o caráter do depoimento do
crítico de arte provoca em você? Você percebeu os cortes
que fazem parte do documentário? Esses cortes trazem qual
temática? De que forma você poderia aproveitá-los na sala
de aula?
O documentário lhe faz perguntas? Quais?
O que você imagina que os alunos gostariam de ver no
documentário? O que causaria atração ou estranhamento?
Este documentário poderia desencadear um debate sobre
identidade cultural entre os seus alunos? Como?
Para você, qual o foco de trabalho em sala de aula pode ser
proposto?

Agora, reveja suas anotações. Elas revelam o modo singular de


sua percepção e análise. A partir delas e da escolha do foco de
trabalho, quais questões você faria numa pauta do olhar para o
passeio dos olhos dos seus alunos pelo documentário?
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material educativo para o professor-propositor
RUBEM VALENTIM – GEOMETRIA SAGRADA

Percursos com desafios estéticos


No mapa, você pode visualizar as diferentes trilhas para o foco
Saberes Estéticos e Culturais. Consideramos esse um
enfoque de relevância no documentário, mas é importante que
você trace o seu caminho para explorar as potencialidades desse
material, considerando a sensibilidade, o interesse e a motiva-
ção que ele pode gerar. Apresentamos alguns possíveis percur-
sos de trabalho que podem ser impulsionadores de projetos para
o aprender ensinar arte.

O passeio dos olhos dos alunos


Algumas possibilidades:
Valentim buscou inspiração nos signos da cultura afro-bra-
sileira. Um debate sobre a chegada dos negros e a mistura
de crenças e cultos religiosos é pertinente para a compre-
ensão dos assuntos abordados no documentário. A realida-
de local, as experiências religiosas de cada aluno, os sím-
bolos presentes em suas religiões podem ser desvelados por
meio de conversas e produções, desenhos, pinturas ou
colagens. Após a produção/reflexão, a exposição dos tra-
balhos e a leitura das características de cada religião pode
preparar os alunos para a exibição do primeiro bloco do
documentário. Que outras questões serão levantadas para
a continuidade do projeto?
Os efeitos visuais obtidos com colagens, sobrepondo formas,
cores puras, experimentando a posição das peças e obser-
vando a influência de um elemento ao lado do outro, podem
dar início ao trabalho com o documentário. A cor ao lado da
cor, o fundo branco que realça a intensidade das cores puras,
o próprio branco sobre o branco, realçado por relevos, são
assuntos interessantes para perceber a influência e interação
entre os elementos da visualidade e suas relações na ocupa-
ção do espaço. Ao expor todas as produções realizadas,
problematize sobre como aconteceu o processo de criação
9
desenho, pintura, escultura

meios artes
tradicionais visuais ritmo, equilíbrio, simetria, harmonia,
qual FOCO? música
composição, formas bidimensionais
e tridimensionais, economia de formas

dança
qual CONTEÚDO? relações entre elementos
da visualidade
o que PESQUISAR?
temáticas temática religiosa, não-figurativa

Linguagens
Artísticas elementos da forma, cor chapada, luz,
visualidade espaços cheios e vazios
bens patrimoniais
materiais e imateriais,
patrimônios ambientais,
monumentos, edificações,
sítios arqueológicos,
conjuntos arquitetônicos Forma - Conteúdo
Patrimônio
Cultural
bens simbólicos

Saberes
Estéticos e
preservação e memória Culturais

heranças culturais,
conservação, documentação,
práticas culturais sincretismo cultural e religioso, ritual
catalogação, restauro,
tombamento, IPHAN,
memória coletiva, história da arte arte afro-brasileira,
construtivismo, arte abstrata
imaginário popular, Conexões
estética do cotidiano
Transdisciplinares sistema simbólico signos da cultura afro-brasileira,
Processo de ícones, emblemas, logotipos, totens
Criação

Zarpa
ando ação criadora poética pessoal, pensamento visual

arte e ciências percepção, imaginação criadora,


humanas potências criadoras intuição, imaginário, repertório
pessoal e cultural

geometria, história,
antropologia, geografia, ambiência do trabalho viagens de estudo, ateliê
filosofia, mitologia,
candomblé
de cada aluno. Quais foram as suas escolhas, materiais,
cores, formas, linhas, texturas e temas? As produções se
centraram nas questões de formação cultural individual ou
partiram para elaborações mais externas entre arte e soci-
edade? O segundo bloco do documentário pode auxiliar a
olhar para essas questões.
No percurso do documentário o crítico de arte Olívio
Tavares de Araújo faz um paralelo entre a obra de Rubem
Valentim e as pinturas de Tarsila do Amaral e Alfredo Volpi,
que também trazem cores e temas do nosso país. Embo-
ra tenham criado em momentos e contextos diferentes
da história da arte no Brasil, é possível traçar o caminho
de percepção estética, obras marcadas pela brasilidade
intrínseca. Trazer para a sala de aula imagens desses três
artistas e propor uma discussão sobre aspectos
temáticos, compositivos e conceitos históricos/sociais/
culturais pode ampliar o olhar sobre os Saberes Estéti-
cos e Culturais. O terceiro bloco do documentário pode
ajudar nessa investigação.
Essas são algumas proposições pedagógicas para iniciar os
projetos, mas outras idéias podem surgir. O interessante é pro-
vocar uma leitura aprofundada e significativa, despertando o
olhar dos alunos e também o seu para novas inquietações e
problematizações.

Desvelando a poética pessoal


A produção pessoal e a reflexão sobre o processo de criação,
os desafios, as temáticas e a investigação das escolhas, da
materialidade, dos elementos de visualidade, da linguagem
artística, podem desvelar a poética pessoal de cada aluno.
Nesse processo, você tem um papel especial como orientador,
mediador e incentivador da criação artística. Qual a melhor
maneira de desenvolver o projeto, respeitando a opinião dos
alunos sobre os assuntos abordados, imagens apreciadas e
trabalhos produzidos por eles?
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material educativo para o professor-propositor
RUBEM VALENTIM – GEOMETRIA SAGRADA

As duas possibilidades aqui indicadas podem ser sugeridas ao


aluno para que faça sua escolha, sem perder de vista o espaço
para que ele crie suas próprias ações expressivas. Cada pro-
posta não se resume à realização de um único trabalho, mas
busca a criação de uma série que possa ser acompanhada e,
depois, apreciada e discutida sob a perspectiva da pesquisa
pessoal de linguagem.
Você pode relacionar os efeitos das formas geométricas e das
cores em trabalhos bidimensionais com papéis coloridos.
Recortes de formas geométricas podem compor um belo
painel construtivista, estimulando os alunos para a exibição
do documentário. Que tal propor a exploração de formas e
cores? Convide-os para recortar triângulos, quadrados, re-
tângulos, círculos, arcos, formas retas e curvas de vários
tamanhos e cores, utilizando como suporte folhas de papel
de uma única cor. É possível variar o suporte, experimentan-
do o uso da madeira ou outros materiais, e também diversi-
ficar as técnicas, pintando formas coloridas, por exemplo.
Outra proposta pode contar com a elaboração e criação de
objetos tridimensionais com restos de madeiras encontra-
dos em marcenarias. Estimule a pintura dessas formas e a
pesquisa sobre as possibilidades de arranjos cromáticos,
composição, volumes, equilíbrio, temáticas e outros aspec-
tos da criação artística.

Ampliando o olhar
Quais os signos africanos presentes em obras artísticas? O
encontro com as obras plásticas de Mestre Didi, Emanuel
Araújo, Ronaldo Rego podem ser somadas a elementos tam-
bém presentes na dança, na música e na moda, como ampli-
ação do olhar sobre a arte afro-brasileira, a formação étnica,
cultural e estética de nosso país. A parceria com professores
de história e literatura pode ampliar possibilidades.
Há diferenças entre aquilo que é considerado arte afro-bra-
sileira e a produção de artistas que utilizam elementos da
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cultura do negro/mestiça em suas obras como, por exem-
plo, Di Cavalcanti que soube expressar a beleza mulata em
suas telas? O que se pode ler nessas obras? Como as ques-
tões culturais e sociais aparecem? É possível ampliar o olhar
de seus alunos trazendo, por exemplo, as obras de arte con-
temporânea de Rosana Paulino? Quais outros artistas po-
dem ser pesquisados pelos alunos?
Na estética do cotidiano, estão presentes imagens e objetos
que expressam o sentimento religioso. Os alunos podem
montar uma pequena mostra com os objetos recolhidos em
suas casas. Quais leituras fazem das peças e imagens? Qual
a história desses objetos? Como poderiam montar uma ex-
posição com eles? A pesquisa sobre desenho museográfico7
poderia ser realizada, como suporte da montagem.
Assim como Rubem Valentim traduziu as formas ícones da
religiosidade em formas geométricas, os alunos podem es-
colher formas ícones do universo jovem e traduzi-las em for-
mas abstratas, pesquisando as escolhas cromáticas presen-
tes nesse universo (por exemplo, os góticos, o hip-hop, etc.),
percebendo as qualidades da cor: tom, saturação (pureza
da cor) e brilho (luminosidade).
Investigar em museus, galerias e espaços culturais cujo acervo
permanente ou exposições temporárias apresentem obras de
arte afro-brasileira. Essas informações podem ser obtidas ob-
servando as referências das imagens reproduzidas em livros,
catálogos de museus ou internet. Junto a seus alunos, você
poderá descobrir uma maneira de apreciar obras originais de
Rubem Valentim. Em São Paulo, na Pinacoteca do Estado,
ou na Bahia, no Museu de Arte Moderna da Bahia, no Solar
do Unhão, por exemplo, há salas especiais dedicadas a
Valentim, mas há outros museus e espaços culturais em todo
Brasil onde podemos visitar e encontrar suas pinturas, pai-
néis e esculturas, vale a pena pesquisar!
Ameríndios, africanos e europeus não podem ser conside-
rados povos de apenas três etnias, pois há muitas outras
14 nações e etnias em cada uma dessas culturas. Convoque
material educativo para o professor-propositor
RUBEM VALENTIM – GEOMETRIA SAGRADA

os alunos a buscar o maior número possível de etnias, tra-


zendo algo de seu universo cultural.
Para o crítico Olívio Tavares de Araújo, Rubem Valentim criou
um “dialeto particular”, construído por formas e cores. A
criação de uma espécie de “alfabeto de formas” pode ser
um desafio interessante que apura o olhar para os elemen-
tos da visualidade.
Encontros com obras suprematistas de Malevitch ou as
abstratas geométricas de Kandinsky, que influenciaram Ru-
bem Valentim, podem ser planejados. Como essas obras
podem influenciar os alunos na criação de cartazes sobre a
arte e as religiões?

Conhecendo pela pesquisa


A música e a poesia são formas de conhecer o sentimento
dos símbolos sagrados da cultura afro-brasileira, com seu
forte sincretismo. A música Meu pai Oxalá, de Vinicius de
Moraes e Toquinho, pode ser o mote de uma pesquisa so-
bre os personagens que aparecem na letra e os termos uti-
lizados, além da própria musicalidade afro-brasileira.
Atotô Abaluayê O velho Omulu
Atotô babá Atotô Abaluayê
Atotô Abaluayê Que vontade de chorar
Atotô babá No terreiro de Oxalá
Vem das águas de Oxalá Quando eu dei com a minha ingrata
Essa mágoa que me dá Que era filha de Inhansã
Ela parecia o dia Com a sua espada cor-de-prata
A romper da escuridão Em meio à multidão
Linda no seu manto todo branco Cercando Xangô num balanceio
Em meio à procissão Cheio de paixão
E eu, que ela nem via Atotô Abaluayê
Ao Deus pedia amor e proteção Atotô babá
Meu pai Oxalá é o rei Atotô Abaluayê
Venha me valer Atotô babá

A cultura afro-brasileira está presente em muitas comidas


típicas e roupas do vestuário, cujos panos são enrolados de
formas muito diversas. Os alunos, divididos em grupos,
podem buscar referências afro-brasileiras e criar painéis co-
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letivos com colagens de reportagens e produções artísticas
como pinturas, desenhos e fotografias.
A assemblage é uma espécie de colagem com formas
tridimensionais. O artista mineiro Farnese de Andrade criou
muitas assemblages partindo de objetos do cotidiano, como
gamelas, móveis, pequenos objetos. Neles, vemos imagens
de santos, ora em redomas antigas ou presas em resinas,
sempre envoltas numa áurea de mistério e estranhamento.
Iemanjá, São Jorge e os gêmeos São Cosme e São Damião
estão presentes, de um modo completamente diverso do
universo estético de Rubem Valentim. Entrar em contato com
a religiosidade por meio das produções desses dois artistas
pode trazer boas reflexões e incentivar ousadas produções.
A nossa língua portuguesa traz forte influência da língua afri-
cana. Com as palavras pesquisadas, os alunos podem criar
poesias visuais, pequenos livros com ilustrações para ditos
populares, lendas, mitos e histórias do folclore africano.
O artista plástico Carybé, que se diz argentino de nascimen-
to e baiano de coração, retrata a Bahia em suas obras com
temática figurativa. A pesquisa na internet ou em livros e a
análise comparativa com as obras de Valentim, de outros
artistas contemporâneos como Mário Cravo Júnior,
Waldemar Cordeiro e da estatuária religiosa colonial, com
Aleijadinho, Mestre Valentim, por exemplo, podem gerar um
bom panorama da arte sacra brasileira.
Uma expedição do olhar pela escola e seus arredores pode
levantar como as imagens simbólicas estão presentes na
nossa cultura visual. Com sua ajuda, os alunos podem per-
ceber certos sistemas simbólicos presentes no uso das
cores, nos tipos de letras, nos cartazes colados nos murais
da escola, nos sinais de trânsito, na arquitetura de templos
religiosos, etc.
Os percursos aqui sugeridos não correspondem a uma ordem
seqüencial. Qualquer um deles pode vir a ser o início ou ser
proposto paralelamente.
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material educativo para o professor-propositor
RUBEM VALENTIM – GEOMETRIA SAGRADA

Amarrações de sentidos: portfólio


Todo o percurso de criação/reflexão merece ser registrado. A
proposta de construção de um portfólio não está ligada apenas
à organização dos trabalhos para guardar a produção dos alu-
nos, mas consiste em mais um momento de elaboração e cria-
ção, que vai contribuir para olhar o processo percorrido duran-
te todo o projeto.
Para que a composição do portfólio ganhe uma marca pessoal,
proponha uma estética pessoal com base nas concepções de
arte apresentadas durante o projeto. Pesquisas, esboços, tra-
balhos finais, podem formar um livro como se fosse um catálo-
go de uma exposição ou de um artista. Olhar todos esses
portfólios e as produções contidas neles pode gerar novas
problematizações e inquietações para conhecer e viver arte.

Valorizando a processualidade
Houve avanços? O que os alunos puderam de fato conhecer
e estudar?
A apresentação e discussão a partir do portfólio podem desen-
cadear boas reflexões e uma avaliação, somando todas as que
foram feitas ao longo do projeto. A problematização de todo o
processo vivido, buscando cercar o que aprenderam, o que foi
mais interessante, o que levam para a vida, o que faltou, etc,
pode permitir uma visão mais ampla e crítica. No documentário,
a fala do crítico de arte, e não do próprio artista, está presente.
Assim, no momento da avaliação, os alunos podem se colocar
à distância para uma crítica mais apurada, sistematizando o que
foi aprendido e estudado.
A análise deste momento também permite a reflexão sobre suas
proposições pedagógicas. Para isso, utilize também o seu diário
de bordo. O que você percebe que aprendeu com este projeto?
Quais novos achados para sua ação pedagógica foram desco-
bertos nessa experiência? O projeto germinou novas idéias em
você? Você gostaria de trabalhar com um outro documentário?
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Glossário
Assemblage – “consiste na aproximação de elementos descontínuos, proveni-
entes de diversas origens e não de uma única peça como um mesmo bloco de
mármore, e que, portanto, têm distintas naturezas: um pedaço de madeira é liga-
do a um pedaço de ferro ou um fragmento de pedra; e um pedaço de cano, objeto
previamente manufaturado, pode entrar em composição com algum elemento
que ainda é uma matéria prima, como a argila; e papel usado, terra, plástico e
sangue do artista podem ser acrescentados, se for o caso”. Fonte: COELHO,
Teixeira. A arte de ocupar o mundo. Fonte: <www.mac.usp.br/exposicoes/01/
formas/teixeira.html>. Acesso em: 5 abr. 2005.
Arte afro-brasileira – produção artística realizada no contexto da estética que
se forma no encontro entre as culturas brasileira e africana. O termo arte afro-
brasileia aparece no século 20 e reconhece toda manifestação artística que
expresse a religiosidade, signos, emblemas do universo sociocultural do negro,
expressos nas linguagens visuais, musicais ou cênicas. Hoje, há uma preocupa-
ção em não associar essa produção a uma simples manifestação popular. Tal
produção artística apresenta proposta estética que se desencadeia desde o pós-
modernismo até os conceitos atuais de arte contemporânea. Fonte: AGUILAR,
Nelson (org.). Arte afro-brasileira. Mostra do Redescobrimento. São Paulo:
Fundação Bienal: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000, p. 112-3.
Arte concreta – movimento artístico que teve adeptos no Brasil e no mundo.
Tem como proposta a exploração dos elementos visuais (puramente plásticos)
em composições abstratas e com elementos geométricos. No Brasil, essa arte
se manifestou também na poesia. Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural de Artes
Visuais <www.itaucultural.org.br>. Acesso em: 10 jul. 2005.
Candomblé – culto de origem africana com belíssimo efeito coreográfico,
seus cânticos são utilizados para chamar os “espíritos” subordinados aos
orixás. Os cantos geralmente são entoados em dialetos nagô e iorubá. Este
culto religioso tem seu início no Brasil com a vinda dos negros escravos,
que tinham a necessidade de realizar os rituais tradicionais da sua terra
natal. Para não sofrerem represaria, os negros diziam dançar e louvar os
santos católicos, dessa prática surgiu o sincretismo religioso. Por toda
América, há manifestações da religião do candomblé, mantendo muitas
de suas características ancestrais. Para saudar cada orixá há cantos, ba-
tidas de atabaque, roupas, danças e oferendas especificadas de cada di-
vindade. Fonte: <www.orixas.com.br> Acesso em: 16 jul. 2005.
Construtivismo – a pintura e a escultura são pensadas como construções - e
não como representações -, guardando proximidade com a arquitetura em ter-
mos de materiais, procedimentos e objetivos. O termo liga-se diretamente ao
movimento de vanguarda russa e a um artigo do crítico N. Punin, de 1913, so-
bre os relevos tridimensionais de Vladimir Tatlin. Conexões são visíveis entre
outros grupos no primeiro decênio do século 20, entre eles os reunidos em tor-
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material educativo para o professor-propositor
RUBEM VALENTIM – GEOMETRIA SAGRADA

no de Wasily Kandinsky, Piet Mondrian, Theo van Doesburg e o suprematismo


de Kazimir Malevitch, além de movimentos como cubismo, o dadaísmo e o fu-
turismo. Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais <www.
itaucultural.org.br>. Acesso em 10 jul. 2005.
Iconografia – é o ramo da história da arte que estuda as questões relati-
vas aos temas ou mensagens das obras de arte, em contraposição à sua
forma. Descreve e classifica as imagens. A iconologia, por sua vez, é uma
iconografia que se torna interpretativa. Fonte: PANOVSKY, Erwin. Signi-
ficado nas artes visuais. São Paulo: Perspectiva, 1979.
Orixás – são divindades dos cultos iorubas. Mitos ligados a elementos e
fenômenos da natureza representam aspectos da personalidade humana
e cada um tem funções específicas nos cultos e rituais. No Brasil e em
outros países da América, esses seres foram associados a santos católi-
cos. Fonte: <www.orixas.com.br.> Acesso em: 16 de jul. 2005.
Nagô-ioruba – durante o período de escravidão, foram trazidos ne-
gros de várias partes da África. Essas pessoas eram de diferentes
culturas, os negros da nação iorubas, também chamados de nagôs,
foram principalmente trazidos para Salvador. Esse povo possuía rica
mitologia com deuses que governavam a natureza e o destino dos
homens. Foi com base nessa cultura que nasceu o candomblé ou culto
dos orixás. Fonte: <www.edeus.org/port/CandombleBR.htm>. Aces-
so em: 17 jul. 2005.
Símbolo/simbolismo/sistema simbólico – é portador de significação e
se caracteriza pela versatilidade e não pela uniformidade. A linguagem
verbal, a arte, o mito e a religião para o filósofo Cassirer são parte do
universo simbólico construído pelo ser humano. Fonte: CASSIRER, Ernest.
Ensaio sobre o homem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

Bibliografia
AGUILAR, Nelson (org.). Arte afro-brasileira. Mostra do Redescobrimento.
São Paulo: Fundação Bienal: Associação Brasil 500 Anos Artes Visu-
ais, 2000.
___. Negro de corpo e alma. Mostra do Redescobrimento. São Paulo:
Fundação Bienal: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000.
DEMPSEY, Amy. Estilos artísticos e movimentos. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
LEITE, José Roberto Teixeira. 500 anos da pintura brasileira. [S.l.]: Log
On Informática, 1999. 1 CD-ROM sonoro.
FONTELES, Bené; BARJA, Wagner (org.). Rubem Valentim: artista da luz.
São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2001. Catálogo.
Seleção de endereços sobre arte na rede internet
19
Os sites abaixo foram acessados em 25 fev. 2005.
ANDRADE, Farnese de. Disponível em: <www.revistamuseu.com.br/
galeria.asp>.
ARTE AFRO-BRASILEIRA. Disponível em: <www.pitoresco.com.br/espe-
lho/valeapena/afro_brasil/afro_brasil.htm>.
___. Disponível em: <www.ceao.ufba.br/mafro/apresentacao.htm>.
(Museu Afro-Brasileiro de Salvador/BA).
___. Disponível em:<www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/
index.php?p=2058>. (Museu Afro-Brasil, em São Paulo/SP).
ARTE SACRA, Museus. Disponível em: <www.mas.ufba.br/> (em Salvador/BA).
___. Disponível em: < http://artesacra.sarasa.com.br/>. (em São Paulo/SP).
___. MALEVITCH, Kazimir. Disponível em: </www1.uol.com.br/bienal/
24bienal/nuh/enuhmonmale01.htm>.
ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Artes Visuais . Disponível em: <www.
itaucultural.org.br>.
KANDINSKY, Wassily. Disponível em: <www.mac.usp.br/projetos/percur-
sos/abstracao/kandinsk.html>.
MESTRE DIDI. Disponível em: <www.mestredidi.org/>.
VALENTIM, Rubem. Disponível em: <http://mac.mac.usp.br/projetos/
seculoxx/lista.html>.
___. Disponível em: <www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/
artecult/artespla/artistas/rubemv/>.
___. Disponível em: <www.ocaixote.com.br/galeria1/GrubemValentm.html>.

Notas
1
Bené FONTELES; Wagner BARJA (org.). Rubem Valentim: artista da
luz., p. 70.
2
Bené FONTELES; Wagner BARJA (org.). Manifesto ainda que tardio. In: Op. cit.
acima, p. 28.
3
Op. cit. acima, p. 29.
4
ARAÚJO, Olívio Tavares de. Penetrar no amor e na magia. In: ALTARES
emblemáticos de Rubem Valentim. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1993.
5
MUNANGA, Kabengele. Arte afro-brasileira: o que é, afinal. In: AGUILAR, Nel-
son (org.). Arte afro-brasileira. Mostra do Redecobrimento. p. 98-110.
6
Bené FONTELES; Wagner BARJA (org.). Manifesto ainda que tardio.
In: ___. Rubem Valentim: artista da luz, p. 27 e 31.
7
Há outros DVDs que tratam sobre espaço expositivo na DVDteca Arte
na Escola. Será interessante buscá-los.
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