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Alice:I’m very glad I happened to be in the way.

2. Sistemas de Equações Lineares

• Sistemas de Equações Lineares


• Método de eliminação de Gauss
• Operações elementares
• Caracterı́stica de uma matriz
• Classificação de Sistemas
• Sistemas Homogéneos. Núcleo de uma matriz
• Inversa de uma matriz

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 1 / 37


conjunto solução

equação linear ax + by = c S = {(x, y ) : ax + by = c}


2x + 3y = −5
x/3 = 25 S = {75}

equação não linear x + y2 = 6


2x + 3xy − 4y = 10
√ √
u + v = −10
b
ax + c
y

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 2 / 37


conjunto solução

equação linear ax + by = c S = {(x, y ) : ax + by = c}


2x + 3y = −5
x/3 = 25 S = {75}

equação não linear x + y2 = 6


2x + 3xy − 4y = 10
√ √
u + v = −10
b
ax + c
y

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 2 / 37


½
ax + by = c
sist. de duas equações
a0 x + b 0 y = c 0
com duas incógnitas ½
x +y =0
exemplo
2x − y = 3
conjto solução S = {(x, y ) : ax + by = c e a0 x + b 0 y = c 0 }
S conjto vazio, finito, infinito


 ax + by + cz = d
sist. de três equações a0 x + b 0 y + c 0 z = d 0
 00
a x + b 00 y + c 00 z = d 0
com três incógnitas

conjto solução S = {(x, y , z) : ax + by + cz = d e a0 x + b 0 y + c 0 z = d 0


a00 x + b 00 y + c 0 z = d 00 }

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 3 / 37


½
ax + by = c
sist. de duas equações
a0 x + b 0 y = c 0
com duas incógnitas ½
x +y =0
exemplo
2x − y = 3
conjto solução S = {(x, y ) : ax + by = c e a0 x + b 0 y = c 0 }
S conjto vazio, finito, infinito


 ax + by + cz = d
sist. de três equações a0 x + b 0 y + c 0 z = d 0
 00
a x + b 00 y + c 00 z = d 0
com três incógnitas

conjto solução S = {(x, y , z) : ax + by + cz = d e a0 x + b 0 y + c 0 z = d 0


a00 x + b 00 y + c 0 z = d 00 }

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 3 / 37


Equações Linear
Uma equação linear nas incógnitas x1 , . . . xn e uma equação do tipo

a1 x1 + · · · + an xn = b
onde a1 , . . . , an e b são números.

À expressão a1 x1 + · · · + an xn é chamada o primeiro membro ou termo


dependente da equação.

O número b é chamado o segundo membro ou termo independente da


equação.

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 4 / 37


Sistema de m equações nas n incógnitas


 a11 x1 + a12 x2 + · · · + a1n xn = b1


 21 x1 + a22 x2 + · · · + a2n xn = b2
a
...



 a x + am2 x2 + · · · + amn xn = bm
 m1 1

na forma matricial
    
a11 a12 ... a1n x1 b1
 a21 a22 ... a2n  x2   b2 
    
 .. .. .. ..  .. = .. 
 . . . .  .   . 
am1 am2 . . . amn xn bm
e em notação abreviada
Ax = b
com: A = (Aij ) matriz dos coeficientes, m × n,
x = (xi ) matriz-coluna das incógnitas,
b = (bi ) matriz-coluna dos termos independentes.
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 5 / 37
Sistema de m equações nas n incógnitas


 a11 x1 + a12 x2 + · · · + a1n xn = b1


 21 x1 + a22 x2 + · · · + a2n xn = b2
a
...



 a x + am2 x2 + · · · + amn xn = bm
 m1 1

na forma matricial
    
a11 a12 ... a1n x1 b1
 a21 a22 ... a2n  x2   b2 
    
 .. .. .. ..  .. = .. 
 . . . .  .   . 
am1 am2 . . . amn xn bm
e em notação abreviada
Ax = b
com: A = (Aij ) matriz dos coeficientes, m × n,
x = (xi ) matriz-coluna das incógnitas,
b = (bi ) matriz-coluna dos termos independentes.
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 5 / 37
Uma solução de um sistema de equações lineares nas incógnitas x1 , . . . , xn
é uma sequência (α1 , α2 , . . . , αn ) de números tais que as substituições
xi = αi (i = 1, ..., n) transformam todas as equações do sistema em
identidades verdadeiras. Uma solução também pode ser apresentada sob a
forma de uma matriz coluna
 
α1
 α2 
 
 .. 
 . 
αm

Resolver um sistema de equações lineares e determinar todas as suas


soluções ou provar que não existe nenhuma.

Um sistema de equações lineares que tenha pelo menos uma solução diz-se
possı́vel (determinado se tiver uma única, indeterminado se tiver mais do
que uma). Caso contrário, o sistema diz-se impossı́vel.
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 6 / 37
Uma solução de um sistema de equações lineares nas incógnitas x1 , . . . , xn
é uma sequência (α1 , α2 , . . . , αn ) de números tais que as substituições
xi = αi (i = 1, ..., n) transformam todas as equações do sistema em
identidades verdadeiras. Uma solução também pode ser apresentada sob a
forma de uma matriz coluna
 
α1
 α2 
 
 .. 
 . 
αm

Resolver um sistema de equações lineares e determinar todas as suas


soluções ou provar que não existe nenhuma.

Um sistema de equações lineares que tenha pelo menos uma solução diz-se
possı́vel (determinado se tiver uma única, indeterminado se tiver mais do
que uma). Caso contrário, o sistema diz-se impossı́vel.
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 6 / 37
Dado um sistema de equações lineares Ax = b, colocam-se naturalmente
duas questões.

QUESTÃO 1 Como resolver Ax = b?

QUESTÃO 2 Como discutir Ax = b? (Isto é, como saber se o sistema é


possı́vel ou não? E no caso de ser possı́vel, se ele é
determinado ou não?)

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 7 / 37


Consideremos os dois seguintes sistemas
 
 x1 + x2 = 1  x1 + x2 = 1
2x1 + x3 = 0 x1 + x2 + 3x3 = −3
 
x2 + x3 = −1 x2 + x3 = −1
Verificamos que ambos os sistemas têm solução única igual a
(2/3, 1/3, −4/3).

O que podemos dizer da 2a equação do 20 sistema?


Note-se que: −1 (x1 + x2 ) +1 × (2x1 + x3 ) +2 × (x2 + x3 ) = x1 + x2 + 3x3
| {z } | {z } | {z }
linha 1 linha 2 linha 3

Os sistemas dizem-se equivalentes

Definição
Dois sistemas dizem-se equivalentes se admitem o mesmo conjunto
solução.

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 8 / 37


Consideremos os dois seguintes sistemas
 
 x1 + x2 = 1  x1 + x2 = 1
2x1 + x3 = 0 x1 + x2 + 3x3 = −3
 
x2 + x3 = −1 x2 + x3 = −1
Verificamos que ambos os sistemas têm solução única igual a
(2/3, 1/3, −4/3).

O que podemos dizer da 2a equação do 20 sistema?


Note-se que: −1 (x1 + x2 ) +1 × (2x1 + x3 ) +2 × (x2 + x3 ) = x1 + x2 + 3x3
| {z } | {z } | {z }
linha 1 linha 2 linha 3

Os sistemas dizem-se equivalentes

Definição
Dois sistemas dizem-se equivalentes se admitem o mesmo conjunto
solução.

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 8 / 37


Consideremos os dois seguintes sistemas
 
 x1 + x2 = 1  x1 + x2 = 1
2x1 + x3 = 0 x1 + x2 + 3x3 = −3
 
x2 + x3 = −1 x2 + x3 = −1
Verificamos que ambos os sistemas têm solução única igual a
(2/3, 1/3, −4/3).

O que podemos dizer da 2a equação do 20 sistema?


Note-se que: −1 (x1 + x2 ) +1 × (2x1 + x3 ) +2 × (x2 + x3 ) = x1 + x2 + 3x3
| {z } | {z } | {z }
linha 1 linha 2 linha 3

Os sistemas dizem-se equivalentes

Definição
Dois sistemas dizem-se equivalentes se admitem o mesmo conjunto
solução.

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 8 / 37


Consideremos os dois seguintes sistemas
 
 x1 + x2 = 1  x1 + x2 = 1
2x1 + x3 = 0 x1 + x2 + 3x3 = −3
 
x2 + x3 = −1 x2 + x3 = −1
Verificamos que ambos os sistemas têm solução única igual a
(2/3, 1/3, −4/3).

O que podemos dizer da 2a equação do 20 sistema?


Note-se que: −1 (x1 + x2 ) +1 × (2x1 + x3 ) +2 × (x2 + x3 ) = x1 + x2 + 3x3
| {z } | {z } | {z }
linha 1 linha 2 linha 3

Os sistemas dizem-se equivalentes

Definição
Dois sistemas dizem-se equivalentes se admitem o mesmo conjunto
solução.

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 8 / 37


Consideremos os dois seguintes sistemas
 
 x1 + x2 = 1  x1 + x2 = 1
2x1 + x3 = 0 x1 + x2 + 3x3 = −3
 
x2 + x3 = −1 x2 + x3 = −1
Verificamos que ambos os sistemas têm solução única igual a
(2/3, 1/3, −4/3).

O que podemos dizer da 2a equação do 20 sistema?


Note-se que: −1 (x1 + x2 ) +1 × (2x1 + x3 ) +2 × (x2 + x3 ) = x1 + x2 + 3x3
| {z } | {z } | {z }
linha 1 linha 2 linha 3

Os sistemas dizem-se equivalentes

Definição
Dois sistemas dizem-se equivalentes se admitem o mesmo conjunto
solução.

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 8 / 37


Que operações se podem fazer sobre as equações de um sistema de modo
aobter um sistema equivalente?
 y +z =3
x + 2y − z = 1

x +y +z =4
 E1 ↔ E2
 x + 2y − z = 1
⇔ y +z =3

x +y +z =4

 E3 ← (−1)E1 + E3
 x + 2y − z = 1
⇔ y +z =3

−y + 2z = 3
 E3 ← E3 + E2
 x + 2y − z = 1
⇔ y +z =3 substituindo da 3a equação para a 1a ,

3z = 6 obtemos z = 2, y = 1 e x = 1.
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 9 / 37
Que operações se podem fazer sobre as equações de um sistema de modo
aobter um sistema equivalente?
 y +z =3
x + 2y − z = 1

x +y +z =4
 E1 ↔ E2
 x + 2y − z = 1
⇔ y +z =3

x +y +z =4

 E3 ← (−1)E1 + E3
 x + 2y − z = 1
⇔ y +z =3

−y + 2z = 3
 E3 ← E3 + E2
 x + 2y − z = 1
⇔ y +z =3 substituindo da 3a equação para a 1a ,

3z = 6 obtemos z = 2, y = 1 e x = 1.
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 9 / 37
As operações se podem efectuar num sistema de modo a obter-se um
sistema equivalente são:
OE1 troca da ordem das equações,
OE2 multiplicar por um escalar, não nulo, ambos os membros de
uma equação,
OE3 substituir uma equação pela soma com outra multiplicada
por um escalar.

Estas operações designam-se por operações elementares.

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 10 / 37


Consideremos, em paralelo, dois modos de escrita da resolução de um
sistemaa
 (usando chavetas e com notação matricial)     
 y +z =3 0 1 1 x 3
x + 2y − z = 1  1 2 −1   y   1 

x +y +z =4 1 1 1 z 4
 E1 ↔ E2   L 1 ↔L2
 x + 2y − z = 3 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

x +y +z =4 1 1 1 z 4

 E3 ← (−1)E1 + E3  L3 ←(−1)L
 1 +
L3 
 x + 2y − z = 1 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

−y + 2z = 3 0 −1 2 z 3
 E3 ← E3 + E2  L
3 ←
 L3 
+L2 
 x + 2y − z = 1 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

3z = 6 0 0 3 z 6
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 11 / 37
Consideremos, em paralelo, dois modos de escrita da resolução de um
sistemaa
 (usando chavetas e com notação matricial)     
 y +z =3 0 1 1 x 3
x + 2y − z = 1  1 2 −1   y   1 

x +y +z =4 1 1 1 z 4
 E1 ↔ E2   L 1 ↔L2
 x + 2y − z = 3 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

x +y +z =4 1 1 1 z 4

 E3 ← (−1)E1 + E3  L3 ←(−1)L
 1 +
L3 
 x + 2y − z = 1 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

−y + 2z = 3 0 −1 2 z 3
 E3 ← E3 + E2  L
3 ←
 L3 
+L2 
 x + 2y − z = 1 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

3z = 6 0 0 3 z 6
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 11 / 37
Consideremos, em paralelo, dois modos de escrita da resolução de um
sistemaa
 (usando chavetas e com notação matricial)     
 y +z =3 0 1 1 x 3
x + 2y − z = 1  1 2 −1   y   1 

x +y +z =4 1 1 1 z 4
 E1 ↔ E2   L 1 ↔L2
 x + 2y − z = 3 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

x +y +z =4 1 1 1 z 4

 E3 ← (−1)E1 + E3  L3 ←(−1)L
 1 +
L3 
 x + 2y − z = 1 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

−y + 2z = 3 0 −1 2 z 3
 E3 ← E3 + E2  L
3 ←
 L3 
+L2 
 x + 2y − z = 1 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

3z = 6 0 0 3 z 6
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 11 / 37
Consideremos, em paralelo, dois modos de escrita da resolução de um
sistemaa
 (usando chavetas e com notação matricial)     
 y +z =3 0 1 1 x 3
x + 2y − z = 1  1 2 −1   y   1 

x +y +z =4 1 1 1 z 4
 E1 ↔ E2   L 1 ↔L2
 x + 2y − z = 3 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

x +y +z =4 1 1 1 z 4

 E3 ← (−1)E1 + E3  L3 ←(−1)L
 1 +
L3 
 x + 2y − z = 1 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

−y + 2z = 3 0 −1 2 z 3
 E3 ← E3 + E2  L
3 ←
 L3 
+L2 
 x + 2y − z = 1 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

3z = 6 0 0 3 z 6
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 11 / 37
Consideremos, em paralelo, dois modos de escrita da resolução de um
sistemaa
 (usando chavetas e com notação matricial)     
 y +z =3 0 1 1 x 3
x + 2y − z = 1  1 2 −1   y   1 

x +y +z =4 1 1 1 z 4
 E1 ↔ E2   L 1 ↔L2
 x + 2y − z = 3 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

x +y +z =4 1 1 1 z 4

 E3 ← (−1)E1 + E3  L3 ←(−1)L
 1 +
L3 
 x + 2y − z = 1 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

−y + 2z = 3 0 −1 2 z 3
 E3 ← E3 + E2  L
3 ←
 L3 
+L2 
 x + 2y − z = 1 1 2 −1 x 1
y +z =3  0 1 1  y  3 

3z = 6 0 0 3 z 6
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 11 / 37
obtendo-se o sistema simplificado, e para o qual é fácil obter a solução
(primeiro o valor de z, depois de y e depois de x)
 
 x + 2y − z = 1  x =1
y +z =3 ⇔ y =1
 
3z = 6 z =2

S = {(1, 1, 2)}

     
0 1 1 1 3
Observação: Note-se que  1 2 −1  .  1  =  1 
1 1 1 2 4
| {z } | {z } | {z }
A solução b

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 12 / 37


As operações se podem efectuar sobre as linhas de uma matriz são:
OL1 troca da ordem das linhas,
OL2 multiplicação de uma linha por um escalar, não nulo,
OL3 substituir uma linha pela soma com outra linha multiplicada
por um escalar.

Estas operações designam-se por operações elementares.

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 13 / 37


Considerandoa matriz ampliada do sistema (A|b) podemos escrever:
   
0 1 1 | 3 1 2 −1 | 1
 1 2 −1 | 1  →  0 1 1 | 3 
1 1 1 | 4 1 1 1 | 4
L1 ↔ L2
   
1 2 −1 | 1 1 2 −1 | 1
→ 0 1 1 | 3 →  0 1 1 | 3 
0 −1 2 | 3 0 0 3 | 6
L3 ← (−1)L1 + L3 L3 ← L2 + L3 matriz triangular superior

terminamos o método de eliminação de Gauss

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 14 / 37


Considerandoa matriz ampliada do sistema (A|b) podemos escrever:
   
0 1 1 | 3 1 2 −1 | 1
 1 2 −1 | 1  →  0 1 1 | 3 
1 1 1 | 4 1 1 1 | 4
L1 ↔ L2
   
1 2 −1 | 1 1 2 −1 | 1
→ 0 1 1 | 3 →  0 1 1 | 3 
0 −1 2 | 3 0 0 3 | 6
L3 ← (−1)L1 + L3 L3 ← L2 + L3 matriz triangular superior

terminamos o método de eliminação de Gauss

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 14 / 37


Considerandoa matriz ampliada do sistema (A|b) podemos escrever:
   
0 1 1 | 3 1 2 −1 | 1
 1 2 −1 | 1  →  0 1 1 | 3 
1 1 1 | 4 1 1 1 | 4
L1 ↔ L2
   
1 2 −1 | 1 1 2 −1 | 1
→ 0 1 1 | 3 →  0 1 1 | 3 
0 −1 2 | 3 0 0 3 | 6
L3 ← (−1)L1 + L3 L3 ← L2 + L3 matriz triangular superior

terminamos o método de eliminação de Gauss

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 14 / 37


Considerandoa matriz ampliada do sistema (A|b) podemos escrever:
   
0 1 1 | 3 1 2 −1 | 1
 1 2 −1 | 1  →  0 1 1 | 3 
1 1 1 | 4 1 1 1 | 4
L1 ↔ L2
   
1 2 −1 | 1 1 2 −1 | 1
→ 0 1 1 | 3 →  0 1 1 | 3 
0 −1 2 | 3 0 0 3 | 6
L3 ← (−1)L1 + L3 L3 ← L2 + L3 matriz triangular superior

terminamos o método de eliminação de Gauss

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 14 / 37


Considerandoa matriz ampliada do sistema (A|b) podemos escrever:
   
0 1 1 | 3 1 2 −1 | 1
 1 2 −1 | 1  →  0 1 1 | 3 
1 1 1 | 4 1 1 1 | 4
L1 ↔ L2
   
1 2 −1 | 1 1 2 −1 | 1
→ 0 1 1 | 3 →  0 1 1 | 3 
0 −1 2 | 3 0 0 3 | 6
L3 ← (−1)L1 + L3 L3 ← L2 + L3 matriz triangular superior

terminamos o método de eliminação de Gauss

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 14 / 37


Considerandoa matriz ampliada do sistema (A|b) podemos escrever:
   
0 1 1 | 3 1 2 −1 | 1
 1 2 −1 | 1  →  0 1 1 | 3 
1 1 1 | 4 1 1 1 | 4
L1 ↔ L2
   
1 2 −1 | 1 1 2 −1 | 1
→ 0 1 1 | 3 →  0 1 1 | 3 
0 −1 2 | 3 0 0 3 | 6
L3 ← (−1)L1 + L3 L3 ← L2 + L3 matriz triangular superior

terminamos o método de eliminação de Gauss

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 14 / 37


Considerandoa matriz ampliada do sistema (A|b) podemos escrever:
   
0 1 1 | 3 1 2 −1 | 1
 1 2 −1 | 1  →  0 1 1 | 3 
1 1 1 | 4 1 1 1 | 4
L1 ↔ L2
   
1 2 −1 | 1 1 2 −1 | 1
→ 0 1 1 | 3 →  0 1 1 | 3 
0 −1 2 | 3 0 0 3 | 6
L3 ← (−1)L1 + L3 L3 ← L2 + L3 matriz triangular superior

terminamos o método de eliminação de Gauss

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 14 / 37


Método de eliminação de Gauss
Teorema
Seja Ãx = b̃ um sistema que resulta da realização de uma sequência de
operações elementares sobre as equações de Ax = b. Então, os sistemas
são equivalentes.

Nota: as operações equivalentes ao serem realizadas sobre a matriz


ampliada do sistema, simplificam a aplicação do método.

Teorema
Seja Ãx = b̃ um sistema determinado, de n de equações a n incógnitas.
Então é possı́vel, realizando uma sequência finita de operações elementares
sobre as equações, transformá-lo num sistema equivalente cuja matriz dos
coeficientes é triangular superior.

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 15 / 37


Exemplo


 2x1 + 2x2 + x3 + 4x4 = 5

x1 − 3x2 + 2x3 + 3x4 = 2

 −x1 + x2 − x3 − x4 = −1

x1 − x2 + x3 + 2x4 = 2
0 1 0 1
2 2 1 4 | 5 1 −1 1 2 | 2
B 1 −3 2 3 | 2 C B 1 2 C
B C −→ B −3 2 3 | C −→
@ −1 1 −1 −1 | −1 A L1 ↔ L4 @ −1 1 −1 −1 | −1 A
1 −1 1 2 | 2 2 2 1 4 | 5
0 1
−→ 1 −1 1 2 | 2
L2 ← (−1)L1 + L2 B
B 0 −2 1 1 | 0 C
C −→
L3 ← L1 + L3 @ 0 0 0 1 | 1 A L4 ← 2L2 + L4
L4 ← (−2)L1 + L4 0 4 −1 0 | 1
0 1 0 1
1 −1 1 2 | 2 1 −1 1 2 | 2
B 0 −2 1 1 | 0 C B 0 0 C
B
−→ @ C ↔ B −2 1 1 | C
0 0 0 1 | 1 A L3 ↔ L4 @ 0 0 1 2 | 1 A
0 0 1 2 | 1 0 0 0 1 | 1
matriz triangular superior
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 16 / 37
Exemplo


 2x1 + 2x2 + x3 + 4x4 = 5

x1 − 3x2 + 2x3 + 3x4 = 2

 −x1 + x2 − x3 − x4 = −1

x1 − x2 + x3 + 2x4 = 2
0 1 0 1
2 2 1 4 | 5 1 −1 1 2 | 2
B 1 −3 2 3 | 2 C B 1 2 C
B C −→ B −3 2 3 | C −→
@ −1 1 −1 −1 | −1 A L1 ↔ L4 @ −1 1 −1 −1 | −1 A
1 −1 1 2 | 2 2 2 1 4 | 5
0 1
−→ 1 −1 1 2 | 2
L2 ← (−1)L1 + L2 B
B 0 −2 1 1 | 0 C
C −→
L3 ← L1 + L3 @ 0 0 0 1 | 1 A L4 ← 2L2 + L4
L4 ← (−2)L1 + L4 0 4 −1 0 | 1
0 1 0 1
1 −1 1 2 | 2 1 −1 1 2 | 2
B 0 −2 1 1 | 0 C B 0 0 C
B
−→ @ C ↔ B −2 1 1 | C
0 0 0 1 | 1 A L3 ↔ L4 @ 0 0 1 2 | 1 A
0 0 1 2 | 1 0 0 0 1 | 1
matriz triangular superior
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 16 / 37
obtendo-se o sistema


 x1 − 2x2 + x3 + 2x4 =2

−2x2 + x3 + x4 =0

 x3 + 2x4 =1

x4 =1
que permite obter a solução pelo designado método de substituição
inversa.
Obtendo-se primeiro o valor de x4 , depois x3 , seguido de x2 , e finalmente
x1 tem-se


 x1 = 1

x2 = 0

 x = −1
 3
x4 = 1

S = {(1, 0, −1, 1)}

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 17 / 37


Método de eliminação de Gauss
 
a11 a12 . . . a1n
 a21 a22 . . . a2n 
 
A= .. .. .. .. 
 . . . . 
an1 an2 . . . ann

Considerando a11 6= 0 os passos elementares são efectuados de maneira a


eliminar a incógnita x em todas as equações a partir da 2a equação. A
1
matriz A
 é transformada na matriz

a11 a12 . . . a1n
 (1) (1)  µ ¶
 0 a22 . . . a2n  (1) a i1
A =
(1)
 .. .. .. .. 
 , com aij = aij − a11 a1j , i, j = 2, . . . , n.
 . . . . 
(1) (1)
0 an2 . . . ann
Se a11 = 0, por troca de linhas ou colunas coloca-se na posição (1,1) um
elemento de A não nulo.
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 18 / 37
Método de eliminação de Gauss
 
a11 a12 . . . a1n
 a21 a22 . . . a2n 
 
A= .. .. .. .. 
 . . . . 
an1 an2 . . . ann

Considerando a11 6= 0 os passos elementares são efectuados de maneira a


eliminar a incógnita x em todas as equações a partir da 2a equação. A
1
matriz A
 é transformada na matriz

a11 a12 . . . a1n
 (1) (1)  µ ¶
 0 a22 . . . a2n  (1) a i1
A =
(1)
 .. .. .. .. 
 , com aij = aij − a11 a1j , i, j = 2, . . . , n.
 . . . . 
(1) (1)
0 an2 . . . ann
Se a11 = 0, por troca de linhas ou colunas coloca-se na posição (1,1) um
elemento de A não nulo.
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 18 / 37
Método de eliminação de Gauss
 
a11 a12 . . . a1n
 a21 a22 . . . a2n 
 
A= .. .. .. .. 
 . . . . 
an1 an2 . . . ann

Considerando a11 6= 0 os passos elementares são efectuados de maneira a


eliminar a incógnita x em todas as equações a partir da 2a equação. A
1
matriz A
 é transformada na matriz

a11 a12 . . . a1n
 (1) (1)  µ ¶
 0 a22 . . . a2n  (1) a i1
A =
(1)
 .. .. .. .. 
 , com aij = aij − a11 a1j , i, j = 2, . . . , n.
 . . . . 
(1) (1)
0 an2 . . . ann
Se a11 = 0, por troca de linhas ou colunas coloca-se na posição (1,1) um
elemento de A não nulo.
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 18 / 37
(1)
Se a22 =
6 0 a matriz A(1) é transformada na matriz
 
a11 a12 a13 . . . a1n
 0 a(1) a23 . . . a2n 
(1)
 22  (1)
 (2) (2)  (2) (1) ai2 (1)
A =
(2)
 0 0 a33 . . . a3n   , com aij = aij − a ,
(1) 2j
 .. .. .. ..  a22
 . . . . 
(2) (2)
0 0 an2 ... ann
i, j = 3, . . . , n.

e assim sucessivamente ate se obter uma matriz triangular superior.

(1)
Os números não nulos a11 , a22 , . . . são designados os pivots da eliminação.

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 19 / 37


(1)
Se a22 =
6 0 a matriz A(1) é transformada na matriz
 
a11 a12 a13 . . . a1n
 0 a(1) a23 . . . a2n 
(1)
 22  (1)
 (2) (2)  (2) (1) ai2 (1)
A =
(2)
 0 0 a33 . . . a3n   , com aij = aij − a ,
(1) 2j
 .. .. .. ..  a22
 . . . . 
(2) (2)
0 0 an2 ... ann
i, j = 3, . . . , n.

e assim sucessivamente ate se obter uma matriz triangular superior.

(1)
Os números não nulos a11 , a22 , . . . são designados os pivots da eliminação.

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 19 / 37


Sistemas triangulares - método de substituição inversa e método de
substituição directa
Considere-se o seguinte sistema


 a11 x1 + a12 x2 + . . . +a1n xn = b1

 a22 x2 + . . . +a2n xn = b2
..

 .


ann xn = bn

ao qual corresponde uma matriz dos coeficientes triangular superior.


bn
Da última equação obtém-se: xn =
ann
(bn−1 − an−1,n xn )
que, substituindo-se na penúltima equação: xn−1 =
an−1,n−1
(b1 − a1,2 x2 ) − · · · − a1n xn
e, assim sucessivamente, obtêm-se: x1 =
a1,1
este é chamado método de substituição inversa.

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 20 / 37


Um sistema cuja matriz dos coeficientes é triangular inferior, invertı́vel,
pode ser resolvido pelo método de substituição directa.

Exemplo Considerando o sistema seguinte



 x =1
2x + 3y = 1

4x + 5y + 6z = 1
 
1 0 0
cuja matriz dos coeficientes é:  2 3 0 
4 5 6

 x = 1
tem-se: y = −1/3

z = −2/9

sendo o conjunto solução do sistema inicial: S = {(1, −1/3, −2/9)}

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 21 / 37


Para matrizes rectangulares, em que a matriz ampliada do sistema de tem m
equações a n incógnitas, com m 6= n, o método de eliminação de Gauss consiste
na aplicação das mesmas operações elementares sobre linhas, com o objectivo de
se obterem matrizes escada de linhas.

Definição
Diz-se que uma matriz é uma matriz escada de linhas se:
1. por debaixo do 1o elemento não nulo de cada linha da
matriz, e por debaixo dos elementos anteriores da mesma
linha, todas as componentes da matriz são nulos,
2. não há linhas totalmente nulas seguidas de linhas não nulas.
Esquematicamente:
 
~ F F F F F F
 0 |~ F F F F F 
  tos
 0 0 0 |~ F F F  ~ : ele tos não nulos,
 
 0 0 0 0 |~ F F  F : ele que podem ser nulos ou não,
  tos
 0 0 0 0 0 0 |~  a cor azul: ele da diagonal principal.
0 0 0 0 0 0 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 22 / 37
Exemplos de matrizes escada de linhas:
     
1 2 3 1 −1 3 1 −1 3
 0 |4 5  ;  0 0 |5  ;  0 0 0 
0 0 |6 0 0 0 0 0 0
   
1 0 1 0 1 1 0 1 0 2 2 0 0 1
 0 |1 −1 0 1   0 |1 0 0 0 2 0 1 0 
  ; 
 0 0 |−1 1 −3   0 0 0 0 0 0 |1 2 1 
0 0 0 |4 −8 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 23 / 37


Definição
O número de linhas não nulas no final do processo de transformação de
uma matriz A em matriz escada de linhas, chama-se caracterı́stica da
matriz e denota-se por c(A).

Exemplos
   
1 2 3 1 −1 3
A =  0 |4 5  c(A) = 3 ; B =  0 0 |5  c(B) = 2
0 0 |6 0 0 0
 
  1 0 1 0 1
1 −1 3  0 |1 −1 0 1 
C = 0 0 0  c(C ) = 1 ; D=  0 0 |−1 1 −3  c(D) = 4

0 0 0
0 0 0 |4 −8
E
= 
1 0 1 0 2 2 0 0 1
 0 |1 0 0 0 2 0 1 0 
  c(E ) = 3 ; c(In ) = n ; c(On ) = 0
 0 0 0 0 0 0 |1 2 1 
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 24 / 37
Definição
O número de linhas não nulas no final do processo de transformação de
uma matriz A em matriz escada de linhas, chama-se caracterı́stica da
matriz e denota-se por c(A).

Exemplos
   
1 2 3 1 −1 3
A =  0 |4 5  c(A) = 3 ; B =  0 0 |5  c(B) = 2
0 0 |6 0 0 0
 
  1 0 1 0 1
1 −1 3  0 |1 −1 0 1 
C = 0 0 0  c(C ) = 1 ; D=  0 0 |−1 1 −3  c(D) = 4

0 0 0
0 0 0 |4 −8
E
= 
1 0 1 0 2 2 0 0 1
 0 |1 0 0 0 2 0 1 0 
  c(E ) = 3 ; c(In ) = n ; c(On ) = 0
 0 0 0 0 0 0 |1 2 1 
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 24 / 37
Definição
O número de linhas não nulas no final do processo de transformação de
uma matriz A em matriz escada de linhas, chama-se caracterı́stica da
matriz e denota-se por c(A).

Exemplos
   
1 2 3 1 −1 3
A =  0 |4 5  c(A) = 3 ; B =  0 0 |5  c(B) = 2
0 0 |6 0 0 0
 
  1 0 1 0 1
1 −1 3  0 |1 −1 0 1 
C = 0 0 0  c(C ) = 1 ; D=  0 0 |−1 1 −3  c(D) = 4

0 0 0
0 0 0 |4 −8
E
= 
1 0 1 0 2 2 0 0 1
 0 |1 0 0 0 2 0 1 0 
  c(E ) = 3 ; c(In ) = n ; c(On ) = 0
 0 0 0 0 0 0 |1 2 1 
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 24 / 37
Definição
O número de linhas não nulas no final do processo de transformação de
uma matriz A em matriz escada de linhas, chama-se caracterı́stica da
matriz e denota-se por c(A).

Exemplos
   
1 2 3 1 −1 3
A =  0 |4 5  c(A) = 3 ; B =  0 0 |5  c(B) = 2
0 0 |6 0 0 0
 
  1 0 1 0 1
1 −1 3  0 |1 −1 0 1 
C = 0 0 0  c(C ) = 1 ; D=  0 0 |−1 1 −3  c(D) = 4

0 0 0
0 0 0 |4 −8
E
= 
1 0 1 0 2 2 0 0 1
 0 |1 0 0 0 2 0 1 0 
  c(E ) = 3 ; c(In ) = n ; c(On ) = 0
 0 0 0 0 0 0 |1 2 1 
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 24 / 37
Definição
O número de linhas não nulas no final do processo de transformação de
uma matriz A em matriz escada de linhas, chama-se caracterı́stica da
matriz e denota-se por c(A).

Exemplos
   
1 2 3 1 −1 3
A =  0 |4 5  c(A) = 3 ; B =  0 0 |5  c(B) = 2
0 0 |6 0 0 0
 
  1 0 1 0 1
1 −1 3  0 |1 −1 0 1 
C = 0 0 0  c(C ) = 1 ; D=  0 0 |−1 1 −3  c(D) = 4

0 0 0
0 0 0 |4 −8
E
= 
1 0 1 0 2 2 0 0 1
 0 |1 0 0 0 2 0 1 0 
  c(E ) = 3 ; c(In ) = n ; c(On ) = 0
 0 0 0 0 0 0 |1 2 1 
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 24 / 37
Definição
O número de linhas não nulas no final do processo de transformação de
uma matriz A em matriz escada de linhas, chama-se caracterı́stica da
matriz e denota-se por c(A).

Exemplos
   
1 2 3 1 −1 3
A =  0 |4 5  c(A) = 3 ; B =  0 0 |5  c(B) = 2
0 0 |6 0 0 0
 
  1 0 1 0 1
1 −1 3  0 |1 −1 0 1 
C = 0 0 0  c(C ) = 1 ; D=  0 0 |−1 1 −3  c(D) = 4

0 0 0
0 0 0 |4 −8
E
= 
1 0 1 0 2 2 0 0 1
 0 |1 0 0 0 2 0 1 0 
  c(E ) = 3 ; c(In ) = n ; c(On ) = 0
 0 0 0 0 0 0 |1 2 1 
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 24 / 37
Definição
O número de linhas não nulas no final do processo de transformação de
uma matriz A em matriz escada de linhas, chama-se caracterı́stica da
matriz e denota-se por c(A).

Exemplos
   
1 2 3 1 −1 3
A =  0 |4 5  c(A) = 3 ; B =  0 0 |5  c(B) = 2
0 0 |6 0 0 0
 
  1 0 1 0 1
1 −1 3  0 |1 −1 0 1 
C = 0 0 0  c(C ) = 1 ; D=  0 0 |−1 1 −3  c(D) = 4

0 0 0
0 0 0 |4 −8
E
= 
1 0 1 0 2 2 0 0 1
 0 |1 0 0 0 2 0 1 0 
  c(E ) = 3 ; c(In ) = n ; c(On ) = 0
 0 0 0 0 0 0 |1 2 1 
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 24 / 37
Definição
O número de linhas não nulas no final do processo de transformação de
uma matriz A em matriz escada de linhas, chama-se caracterı́stica da
matriz e denota-se por c(A).

Exemplos
   
1 2 3 1 −1 3
A =  0 |4 5  c(A) = 3 ; B =  0 0 |5  c(B) = 2
0 0 |6 0 0 0
 
  1 0 1 0 1
1 −1 3  0 |1 −1 0 1 
C = 0 0 0  c(C ) = 1 ; D=  0 0 |−1 1 −3  c(D) = 4

0 0 0
0 0 0 |4 −8
E
= 
1 0 1 0 2 2 0 0 1
 0 |1 0 0 0 2 0 1 0 
  c(E ) = 3 ; c(In ) = n ; c(On ) = 0
 0 0 0 0 0 0 |1 2 1 
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 24 / 37
Definição
O número de linhas não nulas no final do processo de transformação de
uma matriz A em matriz escada de linhas, chama-se caracterı́stica da
matriz e denota-se por c(A).

Exemplos
   
1 2 3 1 −1 3
A =  0 |4 5  c(A) = 3 ; B =  0 0 |5  c(B) = 2
0 0 |6 0 0 0
 
  1 0 1 0 1
1 −1 3  0 |1 −1 0 1 
C = 0 0 0  c(C ) = 1 ; D=  0 0 |−1 1 −3  c(D) = 4

0 0 0
0 0 0 |4 −8
E
= 
1 0 1 0 2 2 0 0 1
 0 |1 0 0 0 2 0 1 0 
  c(E ) = 3 ; c(In ) = n ; c(On ) = 0
 0 0 0 0 0 0 |1 2 1 
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 24 / 37
Definição
O número de linhas não nulas no final do processo de transformação de
uma matriz A em matriz escada de linhas, chama-se caracterı́stica da
matriz e denota-se por c(A).

Exemplos
   
1 2 3 1 −1 3
A =  0 |4 5  c(A) = 3 ; B =  0 0 |5  c(B) = 2
0 0 |6 0 0 0
 
  1 0 1 0 1
1 −1 3  0 |1 −1 0 1 
C = 0 0 0  c(C ) = 1 ; D=  0 0 |−1 1 −3  c(D) = 4

0 0 0
0 0 0 |4 −8
E
= 
1 0 1 0 2 2 0 0 1
 0 |1 0 0 0 2 0 1 0 
  c(E ) = 3 ; c(In ) = n ; c(On ) = 0
 0 0 0 0 0 0 |1 2 1 
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 24 / 37
Definição
O número de linhas não nulas no final do processo de transformação de
uma matriz A em matriz escada de linhas, chama-se caracterı́stica da
matriz e denota-se por c(A).

Exemplos
   
1 2 3 1 −1 3
A =  0 |4 5  c(A) = 3 ; B =  0 0 |5  c(B) = 2
0 0 |6 0 0 0
 
  1 0 1 0 1
1 −1 3  0 |1 −1 0 1 
C = 0 0 0  c(C ) = 1 ; D=  0 0 |−1 1 −3  c(D) = 4

0 0 0
0 0 0 |4 −8
E
= 
1 0 1 0 2 2 0 0 1
 0 |1 0 0 0 2 0 1 0 
  c(E ) = 3 ; c(In ) = n ; c(On ) = 0
 0 0 0 0 0 0 |1 2 1 
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 24 / 37
Definição
O número de linhas não nulas no final do processo de transformação de
uma matriz A em matriz escada de linhas, chama-se caracterı́stica da
matriz e denota-se por c(A).

Exemplos
   
1 2 3 1 −1 3
A =  0 |4 5  c(A) = 3 ; B =  0 0 |5  c(B) = 2
0 0 |6 0 0 0
 
  1 0 1 0 1
1 −1 3  0 |1 −1 0 1 
C = 0 0 0  c(C ) = 1 ; D=  0 0 |−1 1 −3  c(D) = 4

0 0 0
0 0 0 |4 −8
E
= 
1 0 1 0 2 2 0 0 1
 0 |1 0 0 0 2 0 1 0 
  c(E ) = 3 ; c(In ) = n ; c(On ) = 0
 0 0 0 0 0 0 |1 2 1 
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 24 / 37
Definição
O número de linhas não nulas no final do processo de transformação de
uma matriz A em matriz escada de linhas, chama-se caracterı́stica da
matriz e denota-se por c(A).

Exemplos
   
1 2 3 1 −1 3
A =  0 |4 5  c(A) = 3 ; B =  0 0 |5  c(B) = 2
0 0 |6 0 0 0
 
  1 0 1 0 1
1 −1 3  0 |1 −1 0 1 
C = 0 0 0  c(C ) = 1 ; D=  0 0 |−1 1 −3  c(D) = 4

0 0 0
0 0 0 |4 −8
E
= 
1 0 1 0 2 2 0 0 1
 0 |1 0 0 0 2 0 1 0 
  c(E ) = 3 ; c(In ) = n ; c(On ) = 0
 0 0 0 0 0 0 |1 2 1 
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 24 / 37
Classificação de Sistemas
Exemplo
½ 1.
x1 + x2 = 0
S = {(1, −1)} (solução única)
2x1 − x2 = 3
Exemplo 
2.
 x1 − x2 = 0
x1 + x2 = −1 S = {} (não existe solução)

2x1 = 1
Exemplo ½
3.
x1 − x2 + x3 = 1
S = {(1, α, α) : α ∈ R}
x1 + 2x2 − 2x3 = 1
(existem uma infinidade de soluções)

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 25 / 37


Classificação de Sistemas
Consideremos
 o sistema de m equações nas n incógnitas

 a 11 x1 + a 12 x2 + · · · + a1n xn = b1

a21 x1 + a22 x2 + · · · + a2n xn = b2

 ...

am1 x1 + am2 x2 + · · · + amn xn = bm
cuja matriz ampliada se representa por (A|b).
Podem definir-se, à custa da caracterı́stica da matriz dos coeficientes e da
caracterı́stica da matriz ampliada, condições de existência e unicidade para a
solução.  
 
 determinado

 

 c(A) = n

 sistema possı́vel

 
 indeterminado

 

 c(A) < n
c(A) = c(A|b)











 sistema impossı́vel

c(A) 6= c(A|b)
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 26 / 37
Discussão de Sistemas
Exemplo

 x1 − 2x2 + 3x3 = 1
2x1 + kx2 + 6x3 = 6 , k ∈ IR

−x1 + 3x2 + (k − 3)x3 = 0
   
1 −2 3 1 1 −2 3 1
 2 k 6 6  −→  0 k + 4 0 4 
−1 3 k −3 0 0 1 k 1
I se k = −4 c(A) = 2; c(A|b) = 3 logo c(A) 6= c(A|b) sistema
impossı́vel
S = {}
 
1 −2 3 1
I se k 6= −4 −→  0 k + 4 0 4 
k
0 0 k k+4
I se k = 0
I se k 6= 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 27 / 37
Discussão de Sistemas
Exemplo

 x1 − 2x2 + 3x3 = 1
2x1 + kx2 + 6x3 = 6 , k ∈ IR

−x1 + 3x2 + (k − 3)x3 = 0
   
1 −2 3 1 1 −2 3 1
 2 k 6 6  −→  0 k + 4 0 4 
−1 3 k −3 0 0 1 k 1
I se k = −4 c(A) = 2; c(A|b) = 3 logo c(A) 6= c(A|b) sistema
impossı́vel
S = {}
 
1 −2 3 1
I se k 6= −4 −→  0 k + 4 0 4 
k
0 0 k k+4
I se k = 0
I se k 6= 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 27 / 37
Discussão de Sistemas
Exemplo

 x1 − 2x2 + 3x3 = 1
2x1 + kx2 + 6x3 = 6 , k ∈ IR

−x1 + 3x2 + (k − 3)x3 = 0
   
1 −2 3 1 1 −2 3 1
 2 k 6 6  −→  0 k + 4 0 4 
−1 3 k −3 0 0 1 k 1
I se k = −4 c(A) = 2; c(A|b) = 3 logo c(A) 6= c(A|b) sistema
impossı́vel
S = {}
 
1 −2 3 1
I se k 6= −4 −→  0 k + 4 0 4 
k
0 0 k k+4
I se k = 0
I se k 6= 0
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 27 / 37
I se k = 0
 
1 −2 3 1 ½ ½
x1 − 2x2 + 3x3 = 1 x1 = −3 − 3x3
→ 0 4 0 4  ⇔
4x2 = 4 x2 = 1
0 0 0 0
c(A) = 2 = c(A|b) sistema possı́vel
c(a) < 3 = n sistema possı́vel indeterminado, S = {(−3 − 3α, 1, α), α ∈ IR}
 
1 −2 3 1
I se k 6= 0 →  0 k +4 0 4 
k
0 0 k k+4

c(A) = 3 = c(A|b) = n sistema possı́vel determinado


  11+k
 x1 − 2x2 + 3x3 = 1  x1 = k+4
(k + 4)x2 = 4 ⇔ 4
x2 = k+4 ,
 k  1
kx3 = k+4 x3 = k+4

S = {( 11+k 4 1
k+4 , k+4 , k+4 ), k ∈ IR ∧ k 6= 0 ∧ k 6= −4}

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 28 / 37


Sistemas Homogéneos
Seja Ax = b a equação matricial de um sistema de m equações a n
incógnitas. Se b = 0, o sistema diz-se um sistema homogéneo.

Um sistema homogéneo tem sempre solução, dita solução trivial x = 0.


Exemplo
½ µ ¶
x1 − x2 − x4 = 0 1 −1 0 1 0
(A|b) =
2x2 + x3 = 0 0 2 1 0 0
não há necessidade de trabalhar com a matriz ampliada do sistema!
µ ¶
1 −1 0 1
matriz escada de linhas
0 2 1 0
½
x2 = (−1/2)x3
x1 = x4 − (1/2)x3

S = {(β − (1/2)α, −(1/2)α, α, β) : α, β, ∈ IR}

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 29 / 37


Núcleo de uma matriz
Seja A uma matriz de ordem m × n. O núcleo ou espaço nulo de A,
representado por N(A), é o conjunto das soluções do sistema homogéneo
Ax = 0. Recorde-se que Ax = 0 é possı́vel, donde N(A) é não vazio.

Exemplo Consideremos o sistema homogéneo Ax = 0


½
2x1 − 2x2 − x3 = 0
4x1 − 5x2 − 2x3 + 2x4 = 0
µ ¶ µ ¶
2 −2 −1 0 2 −2 −1 0
A= →
4 −5 −2 2 0 −1 0 2
½
x1 = 12 x3 + x4
x2 = 2x4

Tendo-se
1
N(A) = {( α + 2β, 2β, α, β) : α, β ∈ IR}
2

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 30 / 37


Núcleo de uma matriz
Seja A uma matriz de ordem m × n. O núcleo ou espaço nulo de A,
representado por N(A), é o conjunto das soluções do sistema homogéneo
Ax = 0. Recorde-se que Ax = 0 é possı́vel, donde N(A) é não vazio.

Exemplo Consideremos o sistema homogéneo Ax = 0


½
2x1 − 2x2 − x3 = 0
4x1 − 5x2 − 2x3 + 2x4 = 0
µ ¶ µ ¶
2 −2 −1 0 2 −2 −1 0
A= →
4 −5 −2 2 0 −1 0 2
½
x1 = 12 x3 + x4
x2 = 2x4

Tendo-se
1
N(A) = {( α + 2β, 2β, α, β) : α, β ∈ IR}
2

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 30 / 37


Núcleo de uma matriz
Seja A uma matriz de ordem m × n. O núcleo ou espaço nulo de A,
representado por N(A), é o conjunto das soluções do sistema homogéneo
Ax = 0. Recorde-se que Ax = 0 é possı́vel, donde N(A) é não vazio.

Exemplo Consideremos o sistema homogéneo Ax = 0


½
2x1 − 2x2 − x3 = 0
4x1 − 5x2 − 2x3 + 2x4 = 0
µ ¶ µ ¶
2 −2 −1 0 2 −2 −1 0
A= →
4 −5 −2 2 0 −1 0 2
½
x1 = 12 x3 + x4
x2 = 2x4

Tendo-se
1
N(A) = {( α + 2β, 2β, α, β) : α, β ∈ IR}
2

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 30 / 37


Núcleo de uma matriz
Seja A uma matriz de ordem m × n. O núcleo ou espaço nulo de A,
representado por N(A), é o conjunto das soluções do sistema homogéneo
Ax = 0. Recorde-se que Ax = 0 é possı́vel, donde N(A) é não vazio.

Exemplo Consideremos o sistema homogéneo Ax = 0


½
2x1 − 2x2 − x3 = 0
4x1 − 5x2 − 2x3 + 2x4 = 0
µ ¶ µ ¶
2 −2 −1 0 2 −2 −1 0
A= →
4 −5 −2 2 0 −1 0 2
½
x1 = 12 x3 + x4
x2 = 2x4

Tendo-se
1
N(A) = {( α + 2β, 2β, α, β) : α, β ∈ IR}
2

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 30 / 37


Teorema
Sejam AX = B um sistema possı́vel de p equações lineares em n
incógnitas e y = (y1 , y2 , . . . , yn ) uma sua solução. Então o conjunto das
soluções do sistema é:

S = {y + z : z ∈ N(A)} = {y + z : Az = 0}

Ou seja, cada solução w de Ax = b é uma soma, w = y + z, da solução


particular y com alguma solucao z = (z1 , ..., zn ) do sistema homogeneo
associado Ax = 0.
Demonstração:
Suponhamos primeiro que w é solução do sistema (donde Aw = b), e seja
z = w − y . Então w = y + z e Az = A(w − y ) = Aw − Ay = b − b = 0,
e logo z ∈ N(A).
Reciprocamente, suponhamos que w = y + z com z ∈ N(A). Então
Aw = Ay + Az = b + 0 = b, o que prova que w é solução do sistema
Ax = b.

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 31 / 37


Teorema
Sejam AX = B um sistema possı́vel de p equações lineares em n
incógnitas e y = (y1 , y2 , . . . , yn ) uma sua solução. Então o conjunto das
soluções do sistema é:

S = {y + z : z ∈ N(A)} = {y + z : Az = 0}

Ou seja, cada solução w de Ax = b é uma soma, w = y + z, da solução


particular y com alguma solucao z = (z1 , ..., zn ) do sistema homogeneo
associado Ax = 0.
Demonstração:
Suponhamos primeiro que w é solução do sistema (donde Aw = b), e seja
z = w − y . Então w = y + z e Az = A(w − y ) = Aw − Ay = b − b = 0,
e logo z ∈ N(A).
Reciprocamente, suponhamos que w = y + z com z ∈ N(A). Então
Aw = Ay + Az = b + 0 = b, o que prova que w é solução do sistema
Ax = b.

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 31 / 37


Inversa de uma matriz
Se A é uma matriz de ordem n, invertı́vel, a sua inversa verifica

AX = XA = In

Sejam x1 , x2 , . . . , xn as colunas da matriz X e designemos por


e1 , e2 , . . . , en as colunas da matriz identidade In .
Considerando AX = In , e as matrizes X e In fraccionadas por colunas,
tem-se
A(x1 x2 . . . xn ) = (e1 e2 . . . en ) 1 0 . . . 0)T
com ei = (0 . . . 0 |{z}
 posição i

 Ax 1 = e1

 Ax2 = e2
⇔ (Ax1 Ax2 . . . Axn ) = (e1 e2 . . . en ) ⇔ ..

 .


Axn = en
consequentemente, a coluna i da matriz inversa de A é a solução do
sistema Axi = e1 , que tem solução única, porque A é invertı́vel.
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 32 / 37
Inversa de uma matriz
Se A é uma matriz de ordem n, invertı́vel, a sua inversa verifica

AX = XA = In

Sejam x1 , x2 , . . . , xn as colunas da matriz X e designemos por


e1 , e2 , . . . , en as colunas da matriz identidade In .
Considerando AX = In , e as matrizes X e In fraccionadas por colunas,
tem-se
A(x1 x2 . . . xn ) = (e1 e2 . . . en ) 1 0 . . . 0)T
com ei = (0 . . . 0 |{z}
 posição i

 Ax 1 = e1

 Ax2 = e2
⇔ (Ax1 Ax2 . . . Axn ) = (e1 e2 . . . en ) ⇔ ..

 .


Axn = en
consequentemente, a coluna i da matriz inversa de A é a solução do
sistema Axi = e1 , que tem solução única, porque A é invertı́vel.
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 32 / 37
Inversa de uma matriz
Se A é uma matriz de ordem n, invertı́vel, a sua inversa verifica

AX = XA = In

Sejam x1 , x2 , . . . , xn as colunas da matriz X e designemos por


e1 , e2 , . . . , en as colunas da matriz identidade In .
Considerando AX = In , e as matrizes X e In fraccionadas por colunas,
tem-se
A(x1 x2 . . . xn ) = (e1 e2 . . . en ) 1 0 . . . 0)T
com ei = (0 . . . 0 |{z}
 posição i

 Ax 1 = e1

 Ax2 = e2
⇔ (Ax1 Ax2 . . . Axn ) = (e1 e2 . . . en ) ⇔ ..

 .


Axn = en
consequentemente, a coluna i da matriz inversa de A é a solução do
sistema Axi = e1 , que tem solução única, porque A é invertı́vel.
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 32 / 37
Inversa de uma matriz
Se A é uma matriz de ordem n, invertı́vel, a sua inversa verifica

AX = XA = In

Sejam x1 , x2 , . . . , xn as colunas da matriz X e designemos por


e1 , e2 , . . . , en as colunas da matriz identidade In .
Considerando AX = In , e as matrizes X e In fraccionadas por colunas,
tem-se
A(x1 x2 . . . xn ) = (e1 e2 . . . en ) 1 0 . . . 0)T
com ei = (0 . . . 0 |{z}
 posição i

 Ax 1 = e1

 Ax2 = e2
⇔ (Ax1 Ax2 . . . Axn ) = (e1 e2 . . . en ) ⇔ ..

 .


Axn = en
consequentemente, a coluna i da matriz inversa de A é a solução do
sistema Axi = e1 , que tem solução única, porque A é invertı́vel.
Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 32 / 37
Para calcular a matriz inversa de A resolvem-se n sistemas Axi = e1 , todos
com a mesma matriz dos coeficientes.

Para tal pode-se usar o chamado algoritmo de Gauss-Jordan, que resolve


os n sistemas simultaneamente, e que consiste em aplicar as operações
elementares à matriz
(A|In)
de forma a transformá-la numa matriz da forma

(In|X ).

Então X = A−1 .

Para não repetir operações elementares sobre a matriz dada, faz-se

(A|In ) −→ . . . −→ (In |X )
tendo-se X = A−1 .

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 33 / 37


Para calcular a matriz inversa de A resolvem-se n sistemas Axi = e1 , todos
com a mesma matriz dos coeficientes.

Para tal pode-se usar o chamado algoritmo de Gauss-Jordan, que resolve


os n sistemas simultaneamente, e que consiste em aplicar as operações
elementares à matriz
(A|In)
de forma a transformá-la numa matriz da forma

(In|X ).

Então X = A−1 .

Para não repetir operações elementares sobre a matriz dada, faz-se

(A|In ) −→ . . . −→ (In |X )
tendo-se X = A−1 .

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 33 / 37


Exemplo  
1 −1 1
Determinar a inversa de A =  0 1 1 .
−1 0 1
0 1 0 1
1 −1 1 1 0 0 1 −1 1 1 0 0
@ 0 1 1 0 0 A→@ 0
1 1 1 0 1 0 A→
−1 0 1 0 1 0 0 −1 2 1 0 1
0 1 0 1
1 −1 1 1 0 0 1 −1 1 1 0 0
@ 0 1 1 0 1 0 A→@ 0 1 1 0 1 0 A→
0 0 3 1 1 1 0 0 1 1/3 1/3 1/3
0 1 0 1
1 −1 0 2/3 −1/3 −1/3 1 0 0 1/3 1/3 −2/3
@ 0 1 0 −1/3 2/3 −1/3 A → @ 0 1 0 −1/3 2/3 −1/3 A
0 0 1 1/3 1/3 1/3 0 0 1 1/3 1/3 1/3
 
1/3 1/3 −2/3
donde a matriz inversa de A é: A−1  −1/3 2/3 −1/3 
1/3 1/3 1/3

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 34 / 37


Teorema
Seja A uma matriz de ordem n. Então a matriz A é invertı́vel se e só se
Ax = 0 não tem soluções além da solução nula (trivial).
Demonstração:

”=⇒”

Se A é invertı́vel, existe A−1 , e podemos multiplicar ambos os membros de


Ax = 0, à esquerda, por A−1 , obtendo-se:

A−1 (Ax) = A−1 0 ⇒ A−1 (Ax) = 0 ⇒ Ix = 0 ⇒ x = 0

”⇐=”

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 35 / 37


Teorema
Seja A uma matriz invertı́vel. Então, para qualquer inteiro m, a matriz Am
é invertı́vel tendo-se

(Am )−1 = (A−1 )m


Demonstração:
Por indução em m.
Para m = 1 trivial!
Consideremos que a afirmação é válida até m e verifiquemos que é válida
para m + 1.
Então, e uma vez que (AB)−1 = B −1 A−1 , tem-se que:

(A−1 )m+1 = (A−1 )1 (A−1 )m = A−1 (A−1 )m = A−1 (Am )−1 =


(*)

= (Am A)−1 = (Am+1 )−1

(*) por hipótese afirmação é válida até m.


Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 36 / 37
Teorema Seja A uma matriz de ordem n. A matriz A é invertı́vel se e só se
c(A) = n.

Demonstração:
Consideremos que A é invertı́vel. Então qualquer sistema da forma Ax = b
é possı́vel e determinado pois tem solução única igual a A−1 b. Portanto,
c(A) = n.

Reciprocamente, suponhamos que c(A) = n. Então, conclui-se que cada


sistema da forma Axi = ei (i = 1, . . . , n) é possı́vel e determinado. Logo
A(x1 x2 . . . xn ) = In . Daqui resulta que A é invertı́vel, tendo-se
A−1 = (x1 x2 . . . xn ).

Maria Antónia Forjaz () DMat 20 de Outubro de 2009 37 / 37

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