You are on page 1of 2

Hatebreed – São Bernardo do Campo, 26 de julho de 2009.

Temos que concordar que o metal já criou várias vertentes, este já difícilmente
sendo mantido como nos dias clássicos da década de 80. Mas para o bom e velho
headbanger, inovar não é o problema, o que a maioria reclama é de que poucos ainda
respeitam a velha escola.
Logo, tendo um pensamento bem xiita, poderíamos fácilmente considerar o
HATEBREED como mais uma dessas bandas da moda, surgidas no final da década de
90. Mas na noite deste domingo, a banda adentrou o palco impondo respeito, dando uma
aula de fidelidade aos bons e clássicos riffs e mostrando que a nova escola ainda bebe sim
da velha fonte.
O vocalista, Jamey Jasta, conhecido nos EUA por seu programa de TV dedicado
ao metal, entrou estampando no peito a camisa da banda EXODUS assim como os outros
membros que vestiam camisetas do THE CRO MAGS e SLAYER. Mas essa adoração
aos clássicos não ficou restrito as camisetas, o Hatebreed veio à América do Sul (fazendo
apenas uma apresentação no Brasil) para divulgar seu mais recente trabalho que é um
álbum de covers: For The Lions.
O disco traz regravações de dinossauros do metal como SLAYER, METALLICA,
OBITUARY e SEPULTURA (banda declarada por Jasta como sua maior influência do
metal) além de covers de BLACK FLAG e MISFITS.
O show, em uma casa muito bem estrutura em São Bernardo do Campo, comecou
com duas bandas paulistas de crossover bem pesado que agitaram bem o público que
compareceu mesmo sendo um domingo. Das duas bandas de abertura, o ENDRAH se
destaco=u com riffs bem pesados e a bateria destruidora de Fernando Schaeffer (Pavilhão
9, Korzus) que era uma atração a parte chamando a galera “pra porrada”:
- Pra essa mulecada ae que acha que isso é moda, Hardcore não é modinha não,
vamo pará com essa papagaiada ae, o baguio é atitude, mano, é estilo de vida, vamo
quebrar na porrada ae embaixo, mas com respeito, vamo dar tapa na cara, mas com
atitude.
Quando o Hatebreed entrou no palco era em torno de 20h30 e o espaço Lux
estava cheio. A banda iniciou o show com Doomsayer, música do álbum The Rise of
Brutality. E intercalou músicas de todos os álbuns, inclusive do primeiro EP, como
Puritan e Smash Your Enemies. E dos outros álbuns como Straight to Your Face, Proven,
Empty Promises, Never Let it Die e as covers de Slayer e Black Flag que fez a galera
abrir um circle pit intenso.
E o circle pit foi talvez a grande atração da noite, Jasta com certeza ficou
deslumbrado com a intensidade dos moshs, sempre bem carismático e chamando a galera,
o vocalista estava bem presente e correndo o palco todo. Sempre recebia a aqueles que
subiam no palco para os stage dives e dava o microfone para alguns cantarem como em
This is Now.
A “porrada” teve seu ápice nas músicas To The Threshold e I Will Be Heard que
com certeza são as músicas que tiveram seus clipes mais divulgados pela internet. A
última, I Will Be Heard, terminou com um coro clamando por Sepultura. Já que estavam
no Brasil (e tinham a bandeira nacional estampada nos aplificadores), o público estava
certo de que iriam fazer essa homenagem. Mas inexplicávelmente, mesmo a galera não
“arredando o pé” as 22h o show terminou com as cortinas sendo fechadas e a banda ficou
“devendo” essa música para uma próxima oportunidade.

You might also like