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Martha Follain.
DEDICATÓRIA:
“In memoriam” dos maçons ARY FOLLAIN (1910-1975), meu pai, homem
probo, meu melhor amigo - meu afeto. E EDWARD BACH (1886-1936), que
demonstrou compaixão para com os seres vivos, criando as essências florais -
minha gratidão.
Ao maçom CLAUDIOMAR LOPES BARCELLOS (1935), M.I., 33° do
R.E.A.A. – Pelotas/RS - meu respeito.
Martha Follain.
Junho/2006 – São Paulo - SP
PREFÁCIO –
LUX E TENEBRIS
ÍNDICE:
MAÇONARIA:
1- Origem, Mitos e História;
2- Conceito, As Mulheres e a Maçonaria, Objetivos, Missão, Propósitos,
Obediências;
3- Ritos e Graus: Rito Escocês Antigo e Aceito; Rito de York e “Emulation
Rite”; Rito de Schröder; Rito Francês ou Moderno; Rito Brasileiro; Rito
Adonhiramita;
4- Ritualismo, Simbolismo e Símbolos;
5- Maçonaria e Hermetismo;
6- Maçonaria e Astrologia;
7- Maçonaria e Holismo;
8- Os Templos Maçônicos;
9- A Maçonaria no Brasil.
MAÇONARIA:
Num primeiro momento, a Ordem foi fiel à Igreja Católica: até 1694, quando
Guilherme III (rei da Inglaterra, Escócia e Holanda) foi iniciado na
Maçonaria, esta era católica e leal ao papa - nos estatutos, havia a obrigação
do maçom ser “fiel a Deus e à Santa Igreja”. No entanto, aos poucos, a
Maçonaria desligou-se do clero, tornando-se autônoma e forte.
A partir do século XVII, o Iluminismo, movimento filosófico e cientificista,
colaborou para a evolução organizacional e funcional da Maçonaria. Antes do
Iluminismo, a sociedade era concebida teologicamente, centrando-se na
autoridade eclesiástica. O Iluminismo substituiu os antigos valores
corrompidos pelos princípios da universalidade, da igualdade e da democracia
- o que os maçons já conheciam e praticavam. O Iluminismo revitalizou as
bases tradicionais da cultura européia, como também contestou a legitimidade
da monarquia, da aristocracia, da submissão da mulher ao homem, da absoluta
autoridade eclesiástica e da escravatura.
Durante o Iluminismo, a Maçonaria surgiu como instituição que preconizava
os valores da Idade Moderna, aceitando plenamente a nova percepção de
mundo, desenvolvida pela ciência e pela filosofia.
Despontou a liderança maçônica de John Theophilus Desaguliers (1683-
1744), um francês que passara a viver na Inglaterra. A ciência foi importante
na vida de Desaguliers, tendo se aprofundado na pesquisa, principalmente, das
Leis Mecânicas de Isaac Newton, também maçom, de quem foi amigo. Fez
conferências em tavernas para divulgar a ciência newtoniana, e estudou a
matéria e seus movimentos como elementos constitutivos do Universo.
Desaguliers tornou-se Grão-Mestre no início da Maçonaria Especulativa.
Os princípios da arquitetura clássica também tiveram grande influência do
Iluminismo, no início do século XVIII. As características mais valorizadas
eram a simetria, os arcos, as colunas Dórica, Jônica e Coríntia e os templos
com domus (abobadados).
Podem-se identificar três fases no desenvolvimento da Maçonaria - a primeira
foi a dos Antigos Mistérios. A segunda fase, mais recente e intermediária, a
Maçonaria Operativa que vai desde as guildas (Corporações de Ofício – eram
associações de artesãos de um mesmo ramo) e as Corporações de
Construtores, até a aceitação dos não operativos, iniciando dessa forma a
terceira fase, a da Maçonaria Especulativa ou Franco-Maçonaria, do francês
“franc”, “livre” e “mason” “pedreiro”.
Em cidades da Inglaterra, surgiram Lojas (como são nomeados os grupos de
reunião) – a palavra “Loja” vem do inglês “Lodge” e do francês “Loge”, que
significa cabana, toca, choupana. Outros autores afirmam que a palavra “loja”
vem do sânscrito “loka” “mundo”, derivada da raiz “lok”, que significa “ver”,
tendo relação com “locus”, “lugar” do latim. Assim, a “Loja” é considerada
um símbolo do cosmo.
Em 1717, quatro Lojas reuniram-se para fundar a Grande Loja de Londres,
até hoje a mais importante instituição mundial da Maçonaria. Essas quatro
Lojas, a “Goose and Gridiron” (O Ganso e a Grelha), a “Queen’s Head” (A
Cabeça da Rainha), a “Apple Tree” (A Macieira) e a “Rummer and Grapes”
(O Copo e as Uvas), reuniram-se no local da “Goose and Gridiron” e
oficializaram a criação da Grande Loja de Londres. As Lojas escolheram
também seu primeiro Grão-Mestre, Anthony Sayer (gentil-homem, na época o
Mestre mais antigo). No ano seguinte foi eleito Grão-Mestre George Payne, o
qual reuniu toda documentação existente sobre a Maçonaria, formando o
primeiro regulamento impresso, em 1721. A partir desse regulamento é que
surge, em 1723, a Constituição de Anderson.
A primeira vez em que a palavra “Landmark” foi mencionada em Maçonaria,
foi nos Regulamentos Gerais compilados em 1721 por George Payne, durante
o seu segundo mandato como Grão-Mestre da Grande Loja de Londres – os
“Landmarks” foram adotados em 1721, como lei orgânica e terceira parte
integrante da Constituição de Anderson. “Landmarks” são regras de conduta
que devem ser mantidos imutáveis. Podem ser de tradição escrita ou oral. São
consensuais e devem ser mantidos intactos, em virtude de compromissos
solenes e invioláveis. São a certidão de nascimento da Maçonaria
documentada. O conceito de “Landmarks” vem da Maçonaria Operativa: o
método de cinco pontos que consistia em fixar, inicialmente, os quatro
ângulos em que deveriam ser colocadas quatro pedras; depois, a pedra no
centro, que é a que faz a base e tem a forma quadrada ou retangular. O ponto
de encontro das diagonais era assinalado com cinco estacas - isso tem a
denominação de “Landmarks”, isto é: os limites além dos quais não se deve ir.
Os cinco pontos da Maçonaria Operativa eram aplicados a um simbolismo
corporal, no qual o corpo do homem representa o próprio edifício.
Os “Landmarks” de Mackey (Albert Galletin Mackey – 1807-1881, médico,
maçom. É considerado um grande jurista maçônico):
I- “Nossos meios de reconhecimento são inalteráveis. Não admitem
variação alguma;
II- A Maçonaria Simbólica se divide em três graus: Aprendiz,
Companheiro e Mestre;
III- A Lenda do Terceiro Grau é inalterável;
IV- O Governo Supremo da Fraternidade está presidido por um Oficial
chamado Grão-Mestre, eleito entre os membros da Ordem;
V- É uma prerrogativa do Grão-Mestre, presidir qualquer reunião
maçônica (no território de sua jurisdição);
VI- É prerrogativa do Grão-Mestre, conceder dispensa de interstícios
para conferir Graus a qualquer tempo incompleto (em tempos
anormais);
VII- É prerrogativa do Grão Mestre, conceder dispensas para abrir ou
fechar Lojas;
VIII- É prerrogativa do Grão-Mestre, fazer Mestres no ato (iniciar e
exaltar);
IX- Todos os Mestres têm a obrigação de congregarem-se em Lojas;
X- O Governo da Fraternidade, reunida em Lojas, se exerce por um
Venerável Mestre e dois Vigilantes;
XI- É um dever de todas as Lojas, quando se congregam, o de trelhar a
todos os visitantes (trabalhar “a coberto”);
XII- Todo Maçom tem o direito de ser representado e de dar instruções a
seu representante, nas Assembléias de que tome parte;
XIII- Todo Maçom pode apelar à Grande Loja das decisões de seus Irmãos
congregados na Loja;
XIV- Todo Maçom em pleno uso de seus direitos, pode visitar qualquer
Loja regular;
XV- Nenhum visitante desconhecido pode entrar nas Lojas sem ser
cuidadosamente trelhado;
XVI- Nenhuma Loja pode intervir nos assuntos de outra Loja;
XVII- Todo Maçom está sob o domínio das leis e regulamentos da
jurisdição em que resida, ainda que não seja membro das Lojas da
Obediência;
XVIII- As mulheres, os coxos, os aleijados, os escravos, os mutilados, os
menores de idade e os anciãos não podem ser iniciados;
XIX- É inevitável para todo Maçom, a crença na existência de um
princípio criador, identificado como G.A.D.U.;
XX- Todo Maçom deve crer na ressurreição a uma vida futura;
XXI- Um Livro da Lei não deve faltar nunca em uma Loja quando
trabalha;
XXII- Todos os Maçons são iguais;
XXIII- A Maçonaria é uma sociedade secreta;
XXIV- A Maçonaria foi fundada como ciência especulativa sobre a arte
operativa, tomando simbolicamente os usos dessa arte;
XXV- Nenhum destes Landmarks poderá ser modificado nunca, no
mínimo que seja”.
- Conceito:
Segundo Erwin Seignemartin (Past Grão-Mestre: nascido em 1912, em
Ribeirão Preto - Brasil) na Conferência “Maçonaria – Sua História, Objetivos
e Princípios” – 28 de setembro de 1979:
“A Maçonaria é uma Ordem Universal formada por homens de todas as raças,
credos e nacionalidades, acolhidos por suas qualidades morais e intelectuais e
reunidos com a finalidade de construírem uma Sociedade Humana, fundada no
Amor Fraternal, na Esperança com amor à Deus, à Pátria, à Família e ao
Próximo com, Tolerância, Virtude e Sabedoria e com a constante investigação
da Verdade e sob a tríade Liberdade, Igualdade e Fraternidade, dentro dos
princípios da Ordem, da Razão e da Justiça. Para que o mundo alcance a
Felicidade Geral e a Paz Universal.
A Maçonaria é uma organização mundial de homens que, utilizando-se de
formas simbólicas dos antigos construtores de templos, voluntariamente
uniram-se para o propósito comum de se aperfeiçoarem na sociedade.
Admitindo em seu seio homens de caráter sem consideração à sua raça, cor ou
credo, a Maçonaria se esforça para constituir uma Liga Internacional de
homens dedicados a viver em paz, harmonia e afeição fraternal.”
A Maçonaria, em cada país ou em cada estado de uma Federação, é regulada e
dirigida por uma Grande Loja independente e soberana.
A Ordem Maçônica não inicia mulheres, pois tendo evoluído da Maçonaria
Operativa que erguia templos no período da construção de catedrais, adotou a
antiga regulamentação que previa o seguinte (por entender que, a mulher não é
afeita ao trabalho árduo de pedreiro, ofício original dos primeiros integrantes.
As corporações de pedreiros eram constituídas, exclusivamente, por pessoas
do sexo masculino):
“As pessoas admitidas como membros de uma Loja devem ser homens bons e
de princípios virtuosos, nascidos livres de idade madura, sem vínculos que o
privem de pensar livremente, sendo vedada a admissão de mulheres assim
como homens de comportamento duvidoso ou imoral”.
As Mulheres e a Maçonaria:
Apesar da Constituição de Anderson (1723), que é o marco inicial da
Maçonaria Especulativa, não permitir a admissão de mulheres, há algumas
correntes de pesquisas maçônicas que admitem o fato como sendo um
princípio antigo. No Egito e na Índia, pelas pinturas nas tumbas e pelos
manuscritos do Antigo Egito, a esposa está presente quando o marido, como
sacerdote, executa cerimônias. Nas tradições das sociedades iniciáticas
antigas, tanto homens como mulheres de qualquer posição social e cultural,
podiam ser iniciados, e a única exigência era a de que deveriam ser puros e de
conduta nobre.
Na Idade Média, (final do século XVI) havia restrições quanto ao ingresso da
mulher na Maçonaria.
Em 1730, na França, alguns maçons criaram o movimento da “Maçonaria de
Adoção”.
Como ensina W. Kirk MacNulty em seu livro “Maçonaria – Uma Jornada por
Meio do Ritual e do Simbolismo”:
“A “Maçonaria de Adoção” foi um fenômeno da última metade do século
XVII. Uma Loja de Adoção era conduzida por uma Loja Maçônica regular
que promovia sessões especiais no curso das quais as mulheres eram
admitidas em Loja e participavam de rituais quase maçônicos.
Tais Lojas eram particularmente bem sucedidas na França, onde houve uma
revitalização da Maçonaria de Adoção depois da Revolução e que continuou
pelo século seguinte. A própria imperatriz Josefina era a Grã-Mestra da “Loja
de Adoção Santa Carolina”. Napoleão Bonaparte era maçom.
A Maçonaria, conserva a regulamentação, conforme reza a Constituição de
Anderson, de não iniciar mulheres. Atualmente há a Maçonaria Mista e a
Maçonaria Feminina, mas não são reconhecidas pelos órgãos competentes
maçônicos – ainda não são regulares.
Porém, pode-se imaginar, que a tradição existente na Maçonaria, de somente
iniciar pessoas do sexo masculino, seja uma herança de tempos remotos:
O grupo de primatas, do qual descendemos, provém de um tronco insetívoro.
Esse grupo subdividiu-se: alguns se tornaram herbívoros, e outros, carnívoros.
Esses carnívoros tiveram que se lançar na competição com outros animais
terrestres e, tornaram-se melhores caçadores. Começaram a utilizar
instrumentos e aperfeiçoaram as técnicas de caça, com a cooperação social.
Diferentemente dos lobos, os hominídeos não se dispersavam após o ataque -
e, o grupo caçador era formado somente por machos. As fêmeas estavam
ocupadas em cuidar da prole, e não podiam participar ativamente da
perseguição e captura das presas. Assim, o papel de cada sexo tornou-se
diferenciado.
Socialmente, os indivíduos do sexo masculino aumentaram a necessidade de
comunicação e cooperação com os companheiros, e desenvolveram
expressões faciais e vocais, criando maior camaradagem - em seus grupos
caçadores, exclusivamente formados por machos.
Com o advento da agricultura e da domesticação de vários animais, como
caprinos, ovinos, os machos tiveram suas funções caçadoras diminuídas. Essa
lacuna, muito provavelmente, foi compensada com a criação de associações
exclusivamente masculinas - proporcionando oportunidade para a interação
entre machos e para atividades coletivas. Nessas associações, há um forte
componente emocional de união masculina, e preocupação com a interação
entre machos, que existia nos primitivos grupos de caçadores cooperativos -
essas entidades exercem um importante papel na vida de homens adultos,
revelando a manutenção de instintos básicos ancestrais. As mulheres podem
não possuir essa necessidade, pois não se associaram em grupos cooperativos,
em tempos primitivos.
Fazer parte dessas associações, para os homens, significa compartilhar a
masculinidade essencial, uma necessidade moderna da tendência ancestral da
espécie para formar grupos de machos caçadores. É interessante observar, que
grande parte desses encontros masculinos, termina com um jantar, um lanche,
um banquete - o sucedâneo da partilha da comida (caça).
Assim, mulheres e homens, geneticamente, parecem possuir necessidades
diferentes. Criaram-se então, “Mistérios” masculinos e femininos. Para a
mulher a maternidade, a comunhão com a flora. Para o homem, a caça, a
guerra, a comunhão com a fauna. A mulher, a Lua; o homem, o Sol. Porém,
para recriar os ciclos da Natureza, o princípio feminino e o masculino juntam-
se: são complementares, porém diferentes.
A Maçonaria reverencia o feminino - seus Templos apresentam o Sol e a Lua
como símbolos: o Sol e a Lua são símbolos herméticos e alquímicos, ouro e
prata, o positivo e o negativo. O Sol é a vida, o masculino. Nos Antigos
Mistérios o Sol era adorado por ressurgir da “morte” de seu poente. O Sol era
símbolo da regeneração da alma – A Lua, sua complementaridade, o feminino.
A Maçonaria é uma Ordem Solar (masculina), porém, os maçons, trabalham à
noite, em suas Lojas, sob a energia feminina, equilibrando os dois pólos. O
Sol deve estar presente na decoração do Templo, no teto, mostrando a Luz que
vem do Oriente, com a Lua, que representa a Mãe Universal que fertiliza todas
as coisas. A mulher é a formadora, a que reúne, rega e ceifa - a natureza do
princípio passivo é reunir e fecundar. As forças da Lua são magnéticas,
opostas e complementares às do Sol, que são elétricas.
A Ordem, por ter origem muito, muito antiga, respeita a diversidade entre as
energias masculinas e femininas.
Os maçons usam três pontos dispostos em triângulo (.*.), como símbolo -
símbolo solar, símbolo masculino. Têm uma origem bem antiga – objetos
celtas do século IX a. C e, muito antes, nas cerâmicas egípcias e gregas. A
tradição grega considerava o triângulo a imagem do céu. Os Três Pontos
traduzem a concepção piramidal egípcia e são o símbolo sexual masculino
completo: pênis mais testículos, significando o sexo em função procriativa.
Procriação - masculino e feminino em equilíbrio.
A Maçonaria, mesmo não iniciando mulheres, demonstra um grande respeito à
energia feminina.
A Ordem é uma associação de homens livres e de bons costumes, cultivando
os princípios da liberdade, democracia e igualdade, aperfeiçoamento
intelectual e fraternidade. É uma entidade iniciática, filosófica, educativa e
filantrópica. A Maçonaria, através do ideal de aperfeiçoamento, conduz o
indivíduo ao equilíbrio e desenvolvimento pessoal, ao exame da moral e à
prática das virtudes. Virtude é a força que impele o ser humano a fazer o bem
em sua mais profunda compreensão; é a força que leva ao cumprimento de
deveres para com a sociedade e para com a família, sem interesses egoístas.
A Ordem, tendo por objetivo o aperfeiçoamento, conduz à instrução e à
evolução moral e intelectual do indivíduo.
A Maçonaria somente considera possível o progresso (pessoal e social) com
base no respeito à personalidade, à justiça e à mais estreita solidariedade entre
os homens, unindo indivíduos, através do ideal de aperfeiçoamento.
- Missão:
Através das ações de seus adeptos, sua missão é a prática das virtudes e da
caridade, é confortar os desafortunados, é não voltar as costas à miséria, é
restaurar a paz de espírito aos desamparados e dar novas esperanças aos
desesperados.
A Maçonaria tem a missão de aperfeiçoar as vidas dos seus membros,
investigar a Verdade, conduzir seus membros a dedicarem-se às boas obras,
fazer amigos e reconhecer seus semelhantes como irmãos.
O iniciado considera-se pedra bruta e, tem a missão de aprimorar-se e tornar-
se “polida”.
- Propósitos:
O propósito da Maçonaria é estudar caminhos que levem à evolução do
Planeta. O rumo é em direção à Luz (um dos nomes do Grande Arquiteto do
Universo), através do pensamento racional – a potência mental também é uma
Luz e a Luz da mente incorpora a própria Luz Divina. A proposição é que, se
cada indivíduo refletir sobre suas atitudes e buscar sempre o caminho do bem
e da perfeição, a sociedade vai caminhar naturalmente sob a égide do
progresso. A evolução individual terá como conseqüência, a evolução da
humanidade. E, cada maçom escolherá e trilhará seu próprio caminho de
crescimento individual, pois tem liberdade de pensamento.
- Obediências:
A Maçonaria no mundo divide-se em Obediências Maçônicas, chamadas de
Grande Loja, Grande Oriente ou Simples Ordem Maçônica. São unidades
administrativas diferentes que agrupam diversas Lojas, mas que transmitem os
mesmos ideais. No Brasil existem três grandes grupos de Obediências
Maçônicas:
. Grande Oriente do Brasil – com Grandes Orientes Estaduais;
. CMSB – Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (Grandes Lojas
Estaduais formam a CMSB);
. COMAB – Grandes Orientes Independentes (Grandes Orientes Estaduais
Autônomos, que formam a COMAB).
3- Ritos e Graus:
- Ritos:
Rito, do latim “ritus”, significa algo convencional, formal. Rito é um
cerimonial próprio de um culto ou de uma sociedade, determinado pela
autoridade competente – é a ordenação de qualquer cerimônia.
Rito Maçônico é um conjunto de cerimônias e ensinamentos, que variam de
acordo com o período histórico, interpretação, objetivo e temática dada por
seu criador.
Rito é o método utilizado para transmitir os ensinamentos e organizar as
cerimônias maçônicas. Rito é cada diferente sistema maçônico para instrução,
para o trabalho e mesmo para o Ritual de Iniciação. Rito é a prática de se
conferir a Luz Maçônica a um indivíduo, através de um cerimonial
característico.
Em seiscentos anos de Maçonaria documentada, vários Ritos surgiram. Mas,
de 1356 a 1740, existiu um Rito, apenas um sistema de cerimônias e práticas.
Somente a partir de 1740 é que vários Ritos floresceram na Europa.
Um Rito deve ter conteúdo que consagre algumas peculiaridades
estabelecidas: o símbolo do Grande Arquiteto do Universo, o Livro da Lei, o
Esquadro e o Compasso sobre o Altar dos Juramentos, sinais, toques, palavras
e a divisão da Maçonaria Simbólica em três Graus.
Não há nenhum órgão internacional para reconhecer os diversos Ritos. Acima
do terceiro Grau, cada Rito estabelece sua própria doutrina, hierarquia e
cerimonial. Cada Rito possui características próprias.
Segundo os ensinamentos de Papus (1865-1916: Gérard Anaclet Vincent
Encausse, médico espanhol - em seu livro “ABC do Ocultismo”- maçom), os
Ritos dividem-se em três categorias principais:
a)- Ritos de estudos filosóficos elementares, de ação política imediata. A
tendência desses Ritos é a transformação da Maçonaria em sociedade profana.
O Grande Oriente da França, ou Rito Francês Moderno, alguns Grandes
Orientes do Estrangeiro estão ligados a este sistema;
b)- Ritos nos quais a hierarquia e os Altos Graus são escrupulosamente
conservados. Os Ritos pertencem ao sistema Escocês. Entre os Ritos ligados a
este sistema Escocês: Rito Escocês Antigo e Aceito de Morin, reformado por
Pike, Rito Escocês Antigo e Aceito de Cerneau, Rito Primitivo e Original da
Franco-Maçonaria , Rito Nacional Espanhol , Rito Antigo e Primitivo, etc. e
o Rito Universal Misto. As palavras “antigo” e “primitivo” indicam,
geralmente, a conexão ao sistema Escocês, ao passo que a palavra “moderno”
indica conexão ao sistema precedente;
c)- Certos maçons, ligados a sociedades Rosa-Cruz, quiseram aprofundar esta
ciência, adaptando-lhe Graus cabalísticos e místicos. Este gênero de
Maçonaria tem se restringido a uma elite e, freqüentemente, compreende
apenas Altos Graus, deixando aos demais Ritos a tarefa de preparar iniciados
futuros. O mais conhecido desses Ritos é o de Misräin, depois o de Mênfis. O
Rito de Swedenborg e as Ordens de Iluminados Cristãos estão ligados a esses
Ritos especiais.
- Graus:
_,_._,___
A Maçonaria utiliza o sistema de Graus para transmitir seus ensinamentos,
cujo acesso é obtido por meio de uma iniciação (Ritual de Aceitação) a cada
Grau, e os segredos são transmitidos através de gestos, palavras e símbolos.
A Maçonaria é composta por Graus Simbólicos e Filosóficos, variando de Rito
para Rito.
A constituição dos três primeiros Graus é obrigatória e, está prevista nos
“Landmarks” da Ordem. A Maçonaria Simbólica compreende os seguintes
Graus:
- 1º Grau – Aprendiz – Deve, acima de tudo, “saber aprender”. É o primeiro
contato com o Simbolismo Maçônico. O Aprendiz “aprende” as funções de
cada um no Templo e busca o desenvolvimento das virtudes e a eliminação
dos vícios. Muitos maçons antigos afirmam que este é o mais importante de
todos os Graus. Ferramentas (Símbolos) usadas nos trabalho do 1º Grau:
Malho, Cinzel, e a Régua de Vinte e Quatro Polegadas (as Ferramentas de
Trabalho representam capacidades emocionais que o maçom precisa
identificar, controlar, e depois usar em sua vida cotidiana);
- 2º Grau – Companheiro – Esta fase propicia ao maçom um profundo
conhecimento de símbolos, além de avanços Ritualísticos e desenvolvimento
do caráter. Ferramentas usadas nos trabalhos do 2º Grau: Nível, Prumo e o
Esquadro;
- 3º Grau – Mestre – É o Grau da plenitude maçônica. No âmbito do
Simbolismo (Lojas Simbólicas), é o Grau mais elevado que permite ocupar
quaisquer cargos. O Mestre possui conhecimentos elevados da história e
objetivos maçônicos. Ferramentas usadas nos trabalhos do 3º Grau:
Compasso, Lápis e o Carretel Apontador.
- Ritos na Maçonaria:
- Rito de York:
É considerado bastante antigo. É o mais praticado em todo o mundo - por
cerca de 85% dos maçons.
O Rito de York é executado desde os tempos do rei anglo-saxão, Athelstan,
século X, da cidade de York, capital do território da Nortúmbria. Segundo o
“Manuscrito de Halliwell”, no ano 926 houve um grande congresso de
maçons, convocado e presidido pelo príncipe Edwin, filho do rei Athelstan.
Edwin tornara-se geômetra e mestre-de-obras, após ter passado por todas as
etapas da Iniciação Maçônica – e, foi eleito Grão-Mestre. Daí por diante,
todos os anos, é realizada uma reunião maçônica em York. Edwin escolheu
três símbolos como elementos de base da Ordem: um Esquadro em ouro, um
Compasso de prata com pontas de ouro e uma Trolha (pá) de prata.
Mesmo após a fundação da Grande Loja de Londres, em 1717, as Lojas
Britânicas, em sua maioria, continuavam a respeitar as Antigas Obrigações e
não à Grande Loja Britânica – que, ficou com sua influência bastante limitada.
As Lojas Britânicas não aderiram ao Sistema de Obediência, permanecendo
livres.
O centro de resistência à Grande Loja era a antiga Loja de York, de tradição
Operativa e que dava aos membros da Grande Loja, o título de “Modernos”,
enquanto eles próprios se autodenominavam “Antigos”, pelo respeito às
antigas leis. Na união dos maçons “Antigos” e “Modernos” em 1813 - as duas
Grandes Lojas rivais inglesas - foi oficialmente aprovado o Ritual dos
“Antigos” como o Ritual Oficial da Grande Loja Unida da Inglaterra e,
naquele momento o procedimento maçônico resultante dessa união recebeu o
nome de Rito de Emulação – “Emulation Rite”.
Portanto, por força do “Act of Union” firmado pelas duas Grandes Lojas
rivais, a denominação Rito de York deixa de existir, pelo menos formalmente.
A nova denominação foi adotada para que não ficasse caracterizado que a
Grande Loja de Londres submetera-se à Grande Loja de York, cujo Rito, até a
época da união, denominava-se “Rito de York”.
O Rito de York praticado nos Estados Unidos difere do “Emulation Rite”
praticado na Inglaterra. O “Emulation Rite” na Inglaterra, não possui Graus
filosóficos. Nos Estados Unidos, o Rito de York é constituído pelos três Graus
Simbólicos e quatro Graus Filosóficos. Estas não são as únicas diferenças.
Existem outras, de ordem Ritualística.
Rito de York ou Americano é aquele praticado pelas Grandes Lojas dos
Estados Unidos. Apresenta Catorze Graus, ou seja, conta com Onze Altos
Graus, apesar de grande parte dos maçons americanos praticarem os três
primeiros Graus da Loja Simbólica em Rito de York e o restante no Rito
Escocês Antigo e Aceito.
No Rito de York existem apenas três cargos que são eletivos: o Mestre da
Loja, o Tesoureiro e o Guardião (Guarda Externo, em alguns casos, quando
ele não é membro da Loja) – nos demais Ritos, toda Loja tem, pelo menos, o
Venerável Mestre, dois Vigilantes, o Orador, o Secretário, o Companheiro e o
Aprendiz.
No Brasil existem inúmeras Lojas Maçônicas que adotam a linha inglesa, ou
seja, o “Emulation Rite”, apesar do uso da denominação “Rito de York”, que
acabou se consagrando.
- Rito de Schröder:
Foi criado por Friedrich Ludwig Schröder (1774-1816: em Shwerin,
Alemanha), e introduzido em sua Loja em 29 de junho de 1801, em
Hamburgo, Alemanha.
É um Rito simples e, opera nos três Graus Simbólicos, não possuindo Altos
Graus ou Graus Filosóficos.
Schröder aboliu o ocultismo que dominava a Maçonaria Alemã, por entender
a Maçonaria como uma união de virtudes, e não uma sociedade esotérica –
enfatizou o ensinamento dos valores morais e o espírito fraterno. Preservou os
símbolos, resgatando o princípio que afirmava ser a “Verdadeira Maçonaria, a
dos Três Graus de São João”.
Schröder restaurou o Antigo Ritual Inglês, adaptando-o para a cultura
germânica de sua época. Por isso o Rito de Schröder é semelhante ao Rito de
York (“Emulation Rite”), sem ser uma cópia deste.
- Rito Brasileiro:
Alguns escritores afirmam que, o Rito Brasileiro foi criado em 1864, em
Pernambuco, com o nome de “Maçonaria Especial do Rito Brasileiro”.
Porém, oficialmente, sua criação foi em 23 de dezembro de 1914, através do
Decreto nº 500 do Soberano Grão-Mestre Lauro Sodré. Teve curta duração
inicial, ficando sem uso de meados da década de 40 (1940) até a década de 60
(1960). Houve várias tentativas de reerguer o Rito, porém sem sucesso.
Somente em 1968, sendo Grão-Mestre o professor Álvaro Palmeira, este Rito
foi regularizado, sendo praticado por várias Lojas. O Rito Brasileiro é
Regular, Legal e Legítimo. Acata os “Landmarks” e os demais princípios
tradicionais da Maçonaria, podendo ser praticado em qualquer país. O Rito
Brasileiro mantém os três Graus Simbólicos de acordo com a tradição
maçônica e adota o sistema de mais Trinta Altos Graus ou Graus Filosóficos,
que têm características nacionais, com temas atuais e relevantes. O Rito
Brasileiro possui organização e doutrina bem estruturadas. Adota a legenda
“Urbi et Orbi”, que significa sua atuação nacional e internacional.
- Rito Adonhiramita:
Esse Rito teve origem na França, no século XVIII, na crença dos franceses de
que o principal construtor do Templo do Rei Salomão teria sido Adonhiram, e
não Hiram Abiff. Foi uma polêmica entre estudiosos ritualistas. Na construção
do Templo de Salomão Adonhiram sucedeu Hiram Abiff, chamado de Adon-
Hiram (Senhor Hiram). Adonhiram era arquiteto e preposto das corvéias do
Templo de Jerusalém, de acordo com os textos bíblicos. Preposto é o auxiliar
encarregado de certos negócios e que age em nome e por conta de um patrão,
um preponente. Corvéia era o trabalho ou o serviço gratuito – praticamente
um trabalho escravo – que as pessoas tinham que prestar ao rei (também
presente no feudalismo europeu). Adonhiram era o contratante dessa atividade
servil, como preposto de Salomão, e depois de Roboão (filho de Salomão) -
ele era encarregado dos impostos.
Os adeptos dessa teoria eram chamados de adonhiramitas, e foi um desses
maçons, Louis Guillemain de Saint Victor, que em 1781 publicou um livro
intitulado “Recueil Precieux de La Maçonnerie Adonhiramite”, onde constava
um pequeno histórico e o resumo de quatro Graus desse Rito. Em 1787, ele
publicou o segundo volume, contendo mais oito Graus, que foi modificado
pelo americano Arthur Eduard Waite.
O Rito, depois de uma época de grande difusão, acabou desaparecendo.
Todavia, no Brasil, (onde foi o primeiro Rito praticado), ele permaneceu,
fazendo com que o país seja hoje o centro do Rito, que teve seus Graus
aumentados de Treze para Trinta e Três.
4- Ritualismo, Simbologia e Símbolos:
- Esquadro:
Trata-se do símbolo maçônico mais usado e conhecido. Todos os Graus da
Maçonaria têm o Esquadro como símbolo primário. Por ser uma figura
geométrica, indica o equilíbrio do comportamento que conduz ao
aperfeiçoamento humano no “caminho reto da justiça”. Na Maçonaria o
Esquadro representa a Terra e orienta o caminho do maçom do começo ao fim
de sua jornada. Para os Antigos Egípcios, o Esquadro era um quadrado
perfeito, usado no Culto de Osíris para julgar os mortos – o quadrado, com
sua forma limitada dá a idéia de algo estático, material. É símbolo da Terra e
se opõe ao Círculo, que representa o Céu;
- Compasso:
Há onze espécies de compassos: de pontas secas; porta-lápis; de quarto de
círculo; de redução; de espessura; de tira-linhas; de três pontas; de corrediça;
de calibres; de proporção e de marinha. O Compasso Maçônico é o de pontas
secas.
A Maçonaria adota o Compasso como um dos seus grandes símbolos e,
coloca-o sobre o Altar da Loja, enlaçado com o Esquadro, significando o
macrocosmo. É emblema de medida e justiça. O Compasso remete à figura
geométrica mais repleta de significados: o Círculo. O Compasso, por sua
posição, pode traduzir a estática e a dinâmica – com as hastes fechadas, ele
somente marca um determinado ponto: um símbolo para o início do caminho
empreendido pelo Aprendiz. Abertas, as hastes traçam o círculo, que é o
símbolo da perfeição, aquilo que começa e acaba em si mesmo, da unidade, do
absoluto – o infinito;
- Acácia:
A Acácia era a árvore que fornecia sua madeira aos povos hebreus – foi muito
empregada na construção do Tabernáculo. Planta consagrada nas cerimônias
como símbolo da inocência, iniciação e imortalidade da alma. Na lenda de
Hiram Abiff, seus três assassinos marcaram o lugar onde ocultaram seu corpo
com um ramo de Acácia. O Diploma da Acácia é conferido, em algumas
Lojas, ao maçom assíduo;
- Avental:
É o símbolo do trabalho. É a peça mais importante do vestuário maçônico.
Distintivo indispensável às atividades dentro da Loja. Lembra ao maçom os
tempos da Maçonaria Operativa, e, simbolicamente, o trabalho árduo para
burilar sua própria alma – era confeccionado de pele de cordeiro ou de linho:
simbolizava a pureza de propósitos. O Avental ou Mandil pode constituir uma
“proteção” aos chakras fundamentais (esplênico e umbilical) – sua função é
minimizar as influências relacionadas à paixão (sexo). Porém, esse símbolo
remonta a maior distância no tempo – os mais célebres Aventais são dos
faraós egípcios cujo modelo, bem característico, apresentava numerosos
segredos geométricos utilizados na construção dos Templos. O Avental
Maçônico, muito simplificado, perdeu grande parte desse esoterismo: tem a
forma de um retângulo encimado por um triângulo - o Avental branco, sem
adornos, do 1º Grau indica a pureza da alma, que se alcançará nesse Grau.
Nos Graus Um e Dois não há nenhum metal nos Aventais, pois o maçom
“despiu-se” de todas as vaidades tolas e, transmutou-as em riquezas
espirituais. Os Aventais dos demais Graus têm cores e desenhos variados,
conforme o Rito adotado. O fundo, porém, é sempre branco;
- Luvas:
Têm sido usadas pelos maçons como marca de distinção e pureza. Na lenda da
construção do Templo de Salomão, os Mestres-Construtores usaram Luvas e
Aventais brancos durante os funerais de Hiram Abiff, para mostrar que não
tinham nenhuma ligação com seu assassinato. Até hoje os Aventais e Luvas
são usados, em cerimônias. Depois de sua recepção, o Aprendiz recebe dois
pares de Luvas Brancas, um dos quais se destina a ele e o outro “à dama que
ele mais amar” – com isso, a Maçonaria mostra seu apreço à mulher, ao
feminino. A Luva Branca recebida no dia de sua Iniciação tem como objetivo,
lembrar os compromissos assumidos pelo maçom. Simbolicamente demonstra
a pureza, a lealdade, e a honestidade: que não há o “sangue” de Hiram Abiff
nas mãos daquele maçom;
- Pavimento Mosaico:
Ornamento formado por ladrilhos alternados, brancos e pretos. O simbolismo
remete à diversidade dos homens e de todos os seres, animados ou não.
Simboliza a inter-relação de todos os seres do Universo, bem como o enlace
do espírito e da matéria, e a união de todos os maçons, apesar de suas
diferenças quer raciais, religiosas, etc.;
- Painel:
Quadro de tecido, papel ou madeira, onde podem ser observados símbolos que
servem para a instrução maçônica e para representar um determinado Grau. Os
painéis são artefatos com representações visuais, imagens, para ilustrar os
princípios ensinados em cada Grau. O Painel do 1º Grau mostra o esquema
geral do Universo e o lugar do indivíduo nesse Universo. O Painel do 2º Grau
representa, simbolicamente, o indivíduo e o caminho para seu Templo interior.
O Painel do 3º Grau refere-se à morte como um renascimento, o despertar para
uma nova vida interior, com mais sabedoria. Quando o Painel está aberto,
indica que a sessão maçônica está em andamento;
- Delta Luminoso:
Também chamado de “Triângulo Fulgurante”. Delta é a quarta letra do
alfabeto grego. Triângulo com um olho no centro. É o primeiro polígono. O
Olho simboliza o vínculo do homem com o mundo, a consciência, o
conhecimento da verdade, a luz espiritual. Representa também o intelecto e a
sabedoria divina. É o símbolo da Tripla Força Indivisível e Divina que se
manifesta como Vontade, Inteligência e Amor (cósmicos). É a representação
da presença material de Deus. O Olho simboliza “Aquele que tudo vê”. Em
algumas Lojas, em vez do olho, há a letra “G”, ou a letra “IOD”, em
caracteres hebraicos – é a representação do Grande Geômetra, outra expressão
para designar o Grande Arquiteto do Universo. Não sendo efetivamente uma
religião, a Maçonaria compreende e reverencia todas as crenças e cada maçom
pode ter no Delta Luminoso a representação de todos os sentimentos de
religiosidade. Ele é como uma lembrança, uma advertência permanente e
solene, traduzida pela compreensão fraternal, que não procura sobrepor a
importância de qualquer religião em particular.
Na forma atual, o Delta Luminoso, surgiu entre os séculos XVII e XVIII, mas
representações do Olho que tudo vê, podem ser encontradas na Mitologia
Egípcia, no Olho de Hórus. A adição posterior do triângulo, geralmente, é
entendida como a Trindade de Deus, no Cristianismo;
- Bode:
Seu principal atributo simbólico é o da força sexual masculina. Na Grécia
antiga, servia de montaria para os deuses e na Índia era consagrado ao deus do
fogo. Nas narrativas bíblicas, muitas vezes o Bode é citado como o animal que
o povo oferecia a Deus em sacrifício, para obter o perdão de seus pecados
(deriva daí o termo "bode expiatório"). O Bode é a montaria de “Agni”, o deus
regente do fogo, para os Vedas, sendo considerado um animal solar. O Bode
expiatório, ou mais raramente "emissário", era um Bode que os antigos
hebreus espantavam para o deserto, na festa da expiação, depois de o haverem
carregado de todas as iniqüidades (crimes, pecados) e maldições que se queria
afastar do povo. Graças a isso, o Bode é um antigo símbolo da animalidade, o
que no homem corresponde aos impulsos que mais se assemelham ao animal.
Simbolicamente, o maçom vence seus “instintos animais”. Na Idade Média,
porém, o Bode assumiu uma característica mais negativa e foi associado às
práticas de bruxaria porque “servia de montaria para as feiticeiras”;
- Letra “G”:
Sétima letra do alfabeto maçônico – chama-se “gimel” em hebreu. Em geral,
significa Geometria, Geração, Glória, Grande, Grão. A Letra “G” é o símbolo
de Deus, o Divino Geômetra. Uma das razões da Letra “G” ser tomada como
símbolo da Divindade, é que com ela, em vários idiomas, a palavra Deus é
iniciada: “Gas” em Siríaco; “Gada” em persa; “Gud” em sueco; “Gott” em
alemão; “God” em inglês, etc. Porém, sua origem mais provável, é o gama, do
alfabeto grego que, tem a forma de um Y - para os pitagóricos representava as
duas vias: a do profano e a do iniciado;
- Abelha e Colméia:
A abelha extrai seu alimento das flores e vive em perfeita organização social,
por isso, tornou-se um símbolo de pureza, disciplina, trabalho e realeza.
Simboliza pureza (por ser um animal que vive entre as flores), disciplina
(devido à organização exemplar das colméias), trabalho (pela atividade
incessante das abelhas operárias) e realeza (o poder exercido pela abelha
rainha é reconhecido e respeitado por todas as outras). A Abelha era um
símbolo de realeza no Antigo Egito e teria sido criado a partir das lágrimas de
Rá, o deus sol. Na Grécia Antiga, era o símbolo das sacerdotisas de Éfeso e
Elêusis, que se chamavam "abelhas" e que preservavam a virgindade da
mesma forma que as abelhas operárias. Entre os cristãos, representa o Espírito
Santo. A Igreja Católica primitiva usava cera de abelhas para simbolizar a
carne de Cristo, e com ela modelava pequenos cordeiros que eram distribuídos
aos fiéis. A Abelha é o símbolo da alma.
A Colméia representa o próprio “corpo” da Maçonaria: um local onde há
cooperação entre seus membros e trabalho. Os antigos consideravam o mel
como sendo um remédio que propiciava a imortalidade, uma vez que é o único
alimento natural que não estraga. Na Grécia Antiga, era costume a oferenda de
mel aos deuses para que chovesse, pois se acreditava que se a oferenda fosse
feita em vinho, os deuses não permaneceriam sóbrios, e não teriam condições
de atender aos pedidos. O mel
simboliza a doçura, a suavidade, o alimento vital que traz a imortalidade. É
também uma representação da paz, da espiritualidade evoluída e do alimento
dos deuses. O favo de mel guarda a maior quantidade desse líquido sem
desperdício – é o centro da Estrela de Seis Pontas. É o símbolo das ligações do
carbono – hexágono – símbolo da vida e do renascimento;
- Escada de Jacó:
É um símbolo de ascensão, de elevação gradual ou evolução, de valorização e
de razão. Simboliza, principalmente, a ligação do céu com a terra. Indica
também ascensão, elevação espiritual, evolução, e a conquista da sabedoria.
Quando se desce a escada, porém, mergulha-se no que há de mais oculto e
profundo no inconsciente.
“E Jacó sonhou: e eis que uma escada era posta na terra, porque o sol era
posto; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; e eis que o Senhor
estava em cima dela” (Gênesis 28:12, 13).
A escada mística vista por Jacó simboliza o ciclo retrógrado e evolutivo da
vida, em seu perpétuo fluxo e refluxo, através de nascimentos e mortes, a
desdobrar-se em hierarquias de seres, mundos, reinos, vida e raças. Seus
degraus são tantos quantos são as virtudes necessárias ao aperfeiçoamento de
cada um. As três mais importantes são a Fé, a Esperança e a Caridade,
simbolizadas pela Cruz, a Âncora e o Cálice. O número de degraus em todos
os antigos Templos, segundo Vitrúvio, possuíam um número ímpar de degraus
– isso quer dizer que, começando com o pé direito no primeiro degrau inferior,
o adepto chegaria com o mesmo pé direito ao entrar no Templo, o que era
considerado um afortunado presságio. O número ímpar de degraus simboliza a
idéia de perfeição, objetivo que o neófito deve almejar atingir. O sistema de
filosofia Pitagórica considerava os números ímpares mais perfeitos que os
pares. O simbolismo de números maçônico foi baseado nos estudos de
Pitágoras – no sistema maçônico há a predominância de números ímpares:
três, cinco, sete, nove, quinze e vinte e sete;
- Trolha:
Ou colher de pedreiro. Trata-se de uma espécie de pá achatada com a qual os
pedreiros assentam e alisam a argamassa. Sendo um instrumento neutro, deve
ser visto como um símbolo da tolerância, com a qual o maçom deve aceitar as
possíveis falhas e defeitos dos demais irmãos. Pode ser vista, também, como
um símbolo do amor fraternal que será, então, o cimento que une toda a
Maçonaria. Desta forma, passar a Trolha significa perdoar, desculpar,
esquecer as diferenças. Entendida desta forma pode ser compreendida como
símbolo da Paz, que deve reinar entre os adeptos;
- Espada:
É símbolo da energia solar, do falo, da criação e do Logos. Representa a
força, a energia masculina e a coragem. No sentido negativo, lembra os
horrores da guerra. É também um símbolo de justiça, da divisão entre o bem e
o mal, da decisão. Uma espada dentro da bainha significa temperança e
prudência.
Acessório muito usado nas cerimônias maçônicas, geralmente como símbolo
do poder e autoridade, e emblema dissipador das trevas da ignorância. Nas
reuniões de banquetes ritualísticos, é o nome que se dá à faca. A faca,
entre muitos povos é usada como amuleto para repelir as energias negativas. A
espada representa também a força masculina que, coloca em movimento a
energia que tem a capacidade de transformar a matéria;
- Espada Flamígera:
Tem a lâmina ondulada. É usada pelo Venerável Mestre como símbolo do
poder criador de Deus. Ao seu triplo tinir com os golpes do Malhete (símbolo
da autoridade, de que o Venerável se acha investido pela Constituição
Maçônica), o postulante é iniciado e aceito na Ordem;
- Águia Bicéfala:
Animal solar. A Águia tem a capacidade de voar muito alto, por esse motivo,
está associada ao sol, à nobreza e à elevação espiritual. Um dos símbolos
esotéricos mais antigos da humanidade identifica-se com a nobreza, e o poder
divino. A rainha das aves é símbolo do sol e do céu, morada dos deuses. Seu
vôo personifica a alma dos xamãs e magos em direção ao mundo dos espíritos.
Entre os cristãos, simboliza a ascensão de Jesus. Na Roma antiga, uma Águia
voando significava a elevação da alma de um soberano após a morte do corpo
físico. Entre os gregos, representava a força e a espiritualidade, além de ser o
animal favorito de Zeus. É o único ser que pode olhar para a luz do sol sem
queimar os olhos. A Águia figura nos Altos Graus maçônicos - representa os
Graus Administrativos no Rito Escocês: Trinta e Um, Trinta e Dois, Trinta e
Três;
- Fogo:
Simboliza tanto a purificação como a transformação. Simboliza as emoções.
Na Alquimia, o sentido do fogo é o mesmo dado pelo filósofo grego Heráclito:
o fogo da “calcinatio” é um fogo purgador, clareador, que atua sobre a matéria
negra, tornando-a branca, a albedo. Elemento da natureza que simboliza o
poder regenerador, a purificação, a destruição necessária para o renascimento.
Fascina o homem desde a Antigïidade. Foi venerado por muitos povos e está
presente em quase todas as cerimônias iniciáticas. Relaciona-se ao Sol e à
Luz. O mais sutil, ativo e puro dos quatro elementos (terra, ar, água e fogo) é o
princípio animador, masculino, em oposição à água, e fonte de energia. Nas
Lojas Maçônicas mantém-se aceso sob a Estrela Flamígera, onde o Primeiro
Diácono leva a luz aos seus irmãos. O que é purificado pelo Fogo, torna-se
sagrado.
O Fogo Sagrado jamais deverá ser soprado, para não ser conspurcado pelo
hálito humano segundo antiga tradição persa. Atravessar o Fogo representa
transcender a condição humana;
- Ar:
Elemento da natureza que simboliza a instabilidade, a mutação constante e o
movimento. Representa a força masculina, está relacionado ao pensamento e à
comunicação;
- Água:
Elemento primordial – é o ponto de partida para o surgimento da vida. É o
elemento símbolo dos sentimentos, das emoções. É um dos símbolos do
inconsciente, sendo que o ato de mergulhar na Água e dela sair possui uma
analogia com o ato de “mergulhar” no interior de si mesmo, no inconsciente.
A imersão na Água pressupõe um sentido de morte e dissolução, e ao mesmo
tempo, de renascimento e nova circulação. Representa a purificação, a
regeneração, a profundeza e o infinito. Em quase todas as culturas, a Água
aparece como símbolo da força feminina e da emoção, associada à fertilidade
e à vida. No aspecto negativo, a Água simboliza a destruição. A Água é o
elemento da natureza apontado como o princípio de todas as coisas (na ciência
e na maioria das religiões). Os alquimistas chamavam “água” ao mercúrio e,
por analogia, ao corpo fluídico do homem;
- Mar de Bronze:
Esse metal é considerado um símbolo da incorruptibilidade. No Templo de
Salomão o Mar de Bronze era uma enorme pia sustentada por doze touros em
tamanho natural, tudo em bronze. Nessa pia os sacerdotes faziam suas
purificações. As Lojas maçônicas representam o Mar de Bronze como uma pia
de metal usada nas iniciações - O Mar de Bronze representa o elemento água
e, significa o “esquecimento”, através da purificação do conhecimento
profano;
- Terra:
É o oposto do Céu, e está associada à força feminina e a tudo o que é
misterioso. Representa o concreto, o real e em muitas culturas, relaciona-se à
“Grande Mãe”, fonte dos alimentos e da vida. Para os maçons, é o primeiro
dos quatro elementos. A Terra se relaciona com o Universo e é simbolizada
por Afrodite ou Vênus, deusa da beleza, na Mitologia Greco-Romana;
- Pedra Bruta:
É a matéria prima, representativa das coisas sólidas e terrenas. A pedra é
considerada o mediador entre os opostos, e representa a realização do ser, a
consciência da completude. Simboliza a inteligência do Aprendiz maçom,
ainda rude, porque com os vestígios do Mundo Profano, está apenas iniciando
sua aprendizagem nos Mistérios da Maçonaria. Ao Aprendiz cabe desbastar as
arestas desta Pedra Bruta, disciplinando, educando, instruindo sua
personalidade, objetivando vencer suas paixões e subordinar sua vontade à
prática do bem. Assim a tarefa principal do Aprendiz consiste em trabalhar e
estudar para adquirir o conhecimento do simbolismo do seu Grau e a sua
interpretação filosófica;
- Malho e Cinzel:
Estas duas ferramentas servem para desbastar a Pedra Bruta.
A primeira é a vontade executiva, o Malho, insígnia do mando, vibrado com a
mão direita, lado ativo, relacionada com a energia atuante e a determinação
moral, comandando a realização prática. É a ferramenta de trabalho do
Aprendiz, para simbolicamente, desbastar a pedra. Para educar a
personalidade para uma vida ou obra superior. O Malho simboliza a vontade,
energia, decisão, o aspecto ativo da consciência, necessário para vencer e
superar os obstáculos. A segunda ferramenta representa as resoluções
espirituais, é o Cinzel de aço, que se aplica sobre a pedra com a mão esquerda
lado passivo, e corresponde à receptividade, ao discernimento especulativo;
- Nível:
Linha horizontal. Indica que todos os homens são iguais. O maçom não deve
envaidecer-se por possuir bens transitórios como títulos, glória, riquezas
materiais, etc. Não deve considerar-se superior aos outros homens. O que tem
significado são os valores espirituais, adquiridos pelo indivíduo em seu
caminho evolutivo. Todos os homens são nivelados no mesmo plano;
- Prumo:
Linha vertical. É o símbolo para a prospecção da própria natureza humana. O
prumo representa o encontro do maçom com seu interior, onde encontrará a
Centelha Divina;
- Luz:
A Luz está associada à força Criadora – o sêmen, que é a substância que
contém o princípio Criador. A Luz simboliza a presença visível do Grande
Arquiteto do Universo. Os juramentos são feitos diante da Luz, significando
que o indivíduo está prestando juramento perante Deus, e não para os homens.
Essa ritualística lembra também que, cada maçom é uma Luz isolada, e que a
soma dessas Luzes forma o Sol – que ilumina e aquece toda a humanidade;
- Sol e Lua:
O Sol é o fogo, a força masculina. O criador e fecundante. A força vital. O
falo. A Lua é a força feminina. A receptora. Positivo e negativo. O Sol e a Lua
são símbolos herméticos e alquímicos (ouro e prata). O Sol é a vida, o
masculino – A Lua, sua complementaridade, o feminino. A Maçonaria é uma
Ordem Solar (masculina), porém, os maçons, trabalham à noite em suas Lojas,
sob a energia feminina, equilibrando os dois pólos. O Sol deve estar presente
na decoração do Templo, no teto, mostrando a Luz que vem do Oriente, com a
Lua, que representa a Mãe Universal que fertiliza todas as coisas. A mulher
é a formadora, a que reúne, rega, ceifa - a natureza do princípio passivo é
reunir e fecundar. As forças da Lua são magnéticas, opostas e complementares
às do Sol, que são elétricas.
O Sol é o mais poderoso corpo do Sistema Solar e a base de toda a vida na
Terra. Desde os mais remotos tempos, ele é o símbolo da luz. Por sua luz e seu
calor, é assimilado nos diversos cultos solares, a um dos principais deuses.
Esotericamente, o Sol é o emblema do espírito, do “Eu Superior”. Para a
Maçonaria, a luz que o Sol representa é a do conhecimento;
- Três Pontos:
Há várias interpretações reconhecidas. Lembra o místico Delta, faz referência
ao trinômio: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, e às qualidades
indispensáveis ao maçom: Amor, Vontade e Inteligência. Os Três Pontos têm
uma origem bem antiga – nos objetos celtas do século IX a. C. e, muito antes,
nas cerâmicas egípcias e gregas. Os Três Pontos dispostos em triângulo são
uma das expressões da luz interior e do Espírito que presidiu à Criação do
Mundo. A tradição grega considerava o triângulo a imagem do céu. O
triângulo é a mais estável das formas poligonais. É a forma utilizada para unir
partes de estruturas rígidas, como pontes, etc., e fortalecer outras estruturas,
reduzindo a mobilidade. O triângulo apresenta-se como dois opostos que se
unem ao alto, por um terceiro elemento. Os Três Pontos traduzem a concepção
piramidal egípcia; A Criação. A natureza tríplice de Deus: Criação
-Conservação - Destruição. Símbolo sexual masculino completo (pênis mais
testículos). O sexo em função reprodutiva. A trindade simboliza um processo
de desenvolvimento que se desenrola no tempo. É um processo dinâmico, que
implica em crescimento, desenvolvimento e movimento no tempo. O
desenvolvimento ordenado e harmonioso do Universo. A síntese espiritual. A
solução do dualismo. A fórmula da criação de cada um dos mundos. Os três
ciclos de vida: nascimento, apogeu, morte. O Conhecimento (Música,
Geometria, Astronomia), segundo Pitágoras. A composição do homem (corpo,
alma, espírito). As três esferas concêntricas do Universo: natural, humano e
divino;
- Abóbada Azulada:
É o teto da Loja Maçônica que, representa o céu com estrelas, nuvens e o Sol.
A Abóbada é sustentada pelas Colunas, representadas pelos maçons.
Simbolicamente, o iniciado sustenta o universo mental;
- Caixão e Caveira:
Indicam a transitoriedade – a mortalidade do homem. A morte é inevitável e,
todos os “tesouros” materiais perdem o sentido. Ao mesmo tempo, o Caixão
significa renovação: renascimento com novos valores, novo significado para
uma nova vida. O Caixão, como símbolo maçônico é sextavado – é um
hexágono, representando as ligações do carbono, do qual o corpo humano é
composto – significa que a vida continua;
- Romã:
Símbolo da união entre os maçons. Como ensina Christian Jacq (“A Franco-
Maçonaria – História e Iniciação”): “A Romã era consagrada a Deméter e a
Perséfone, pelos iniciados de Elêusis, que nela viam o símbolo das riquezas
ocultas da terra divinizada. Para a Igreja Católica, a Romã representa a
comunidade de fiéis reunidos na Igreja que, sob a mesma casca abriga muitos
grãos. Em outras palavras, os povos mais diversos poderão unir-se numa
mesma fé e os maçons de opiniões divergentes podem comungar no sagrado.
Quando a Romã está madura, abre-se e atira longe os seus grãos. Não se
poderia encontrar melhor imagem de transmissão do espírito exprimindo as
inumeráveis potencialidades criadoras que os maçons tomarão a seu cargo.”
As Romãs são colocadas sobre as colunas do Templo Maçônico. Emblemas
que coroam as Colunas J “Jaquim” (“estabelecer”) e B “Booz” (“força”) e
cujos grãos significam prosperidade e solidariedade da família maçônica;
- Malhete:
Pequeno martelo de madeira com duas cabeças: representa a vontade ativa, o
trabalho, a força. Instrumento de direção, poder e autoridade. É o instrumento
de trabalho do Venerável Mestre e dos Vigilantes. O Malhete deve ser usado
com discernimento e lógica; se utilizado com força descontrolada, passará a
ser um instrumento de destruição, incompatível com a Maçonaria;
- Número Nove:
É o número dos Iniciados e dos Profetas. É o princípio da Luz Divina,
Criadora. O Número Nove no simbolismo maçônico desempenha um papel
variado e importante. A humanidade. O número raiz do presente estado de
evolução humana. O número de Adão. O número da iniciação: assinala o fim
de uma fase de desenvolvimento espiritual e o início de outra fase superior. As
nove esferas celestes e os nove espíritos elevados que as governam. O
ilimitado. Os nove orifícios do corpo humano. Os nove meses da gravidez
humana. O número dos ciclos humanos temporais na Terra;
- Altar:
É o lugar onde o espiritual se materializa. Montado acima do nível do chão
simboliza a elevação das preces e oferendas. Representa também o refúgio, a
proteção e o contato com o Divino. Nas Lojas Maçônicas, não há uma
uniformização do Altar;
- Labirinto:
O Labirinto era uma construção do Antigo Egito: um imenso palácio
quadrangular, tendo duzentos metros de comprimento e cento e cinqüenta de
largura. Erguia-se no lugar onde atualmente está a aldeia de Hawará, a leste do
lago Mêris. Havia grande quantidade de quartos, pequenos e escuros, ligados
uns aos outros por muitos corredores. Egiptólogos afirmam que o Labirinto
Egípcio era um depósito central, onde eram reunidas as preciosidades do
faraó, do povo e do país. A construção era composta por dois andares e cada
andar, segundo Heródoto, tinha mil e quinhentas salas. Não se sabe quem
construiu o Labirinto, do qual existem apenas ruínas. O que se sabe é que uma
parte dele foi construída pelo faraó Amenemhat III, cerca de três mil e
quatrocentos anos a.C., e parte por sua filha Sebekneferu.
É também o nome dado ao palácio do Rei Minos, construído na ilha de Creta e
que era todo formado por inúmeras passagens secretas e corredores
subterrâneos. Segundo a mitologia grega, mais tarde esse palácio se
transformaria na morada do Minotauro. Esotericamente, por seus caminhos
tortuosos e desconhecidos, o Labirinto é considerado um símbolo da iniciação
e representa a descoberta do centro espiritual oculto, a dissipação das trevas
para o renascimento na Luz, a superação dos obstáculos e o encontro com o
caminho da verdade;
- Pelicano:
Representa o Amor e a Abnegação. Na antiga Era Cristã, era considerado
emblema do Salvador que derramou seu sangue pela humanidade. Ave que,
segundo a lenda, se fere e mutila com o bico para alimentar com o próprio
sangue seus filhotes. O Pelicano tira de suas entranhas o alimento de seus
filhotes; ele expressa a idéia de auto-sacrifício como etapa necessária para se
atingir a perfeição (que, a bem da verdade, nunca se alcança). Nesse
particular, assemelha-se à Fênix, pássaro mítico que se deixa consumir no
fogo para depois renascer das próprias cinzas. A presença de ambos os
pássaros bem indica que a morte anunciada aqui, da qual devem ser separados
os elementos que serão transformados e reunidos, é uma experiência
transcendente. Tanto o Pelicano quanto a Fênix são emblemas que, através da
morte, anunciam o renascimento, sugerindo a imortalidade da alma em seu
eterno caminho de doloroso aprendizado.
A Lenda do Pelicano:
“Enquanto o pelicano foi buscar alimento, uma cobra, escondida entre os
galhos, dirigiu-se para o ninho. Os filhotes dormiam tranqüilamente. A cobra
aproximou-se, e com um brilho de maldade nos olhos, deu início à matança.
Uma mordida venenosa em cada um, e as pobres criaturinhas passaram
diretamente do sono à morte. Satisfeita, a cobra voltou para seu esconderijo a
fim de observar a reação do pelicano. Dentro em pouco o pássaro estava de
volta.
À vista de tal carnificina começou a chorar, e seu lamento era tão desesperado
que todos os habitantes da floresta ouviram e se entristeceram.
- Que sentido tem minha vida sem vocês? - disse o pobre pássaro, olhando
para os filhotes mortos - quero morrer com vocês! E pôs-se a bicar o próprio
peito, bem no lugar do coração. O sangue jorrou da ferida e escorreu para
cima dos filhotes que a cobra matara. Porém de repente o pelicano agonizante
teve um sobressalto. Seu sangue morno devolvera a vida aos filhotes. Seu
amor ressuscitara-os. Então, finalmente, feliz morreu.” - Leonardo da Vinci;
- Escada em Caracol:
Simboliza a difícil trajetória do Companheiro. Com seus degraus em espiral,
ela representa a dificuldade em subir, aprender e auto aperfeiçoar-se,
mostrando que a evolução não se desenvolve de uma forma constante e
retilínea. Representa a regeneração periódica;
- Livro da Lei:
Simboliza a Lei Divina. É o volume colocado sobre o Altar dos Juramentos -
ou “Livro da Sabedoria”. Para os cristãos, a Bíblia; para os hebreus, o
Talmude ou o Antigo Testamento; para os muçulmanos, o Alcorão; para os
adeptos do bramanismo, os Vedas; para os seguidores de Zaratustra, ou
Zoroastro, o Zenda-Avestá;
- Colunas Gregas:
A Coluna simboliza limites, pois possui um eixo ou centro. As Três Colunas,
das três ordens arquitetônicas gregas (Dórica, Jônica e Coríntia) são as que,
simbolicamente, sustentam a Loja de Aprendiz, sendo, por isso, assimiladas ao
Venerável Mestre e aos dois Vigilantes. Três das principais Colunas são
representadas pelo Venerável Mestre e pelos Primeiro e Segundo Vigilantes.
Há outra Coluna, totalmente invisível, que se eleva do Altar até o Grande
Arquiteto do Universo. As Colunas colocadas na entrada da Loja representam
as Colunas de Salomão: “Jaquim” (“ele firmará” – pilar da direita – tem esse
nome por causa do sumo sacerdote que realizou a sagração dessa seção no
Templo de Salomão) e “Booz” (“nele está a força” – pilar da esquerda – é
assim denominado por causa de Booz, o bisavô de Davi, rei de Israel),
construídas por Hiram Abiff. A unificação desses dois pilares representa
“estabilidade”. A Coluna Dórica, a mais forte, sem base e com um capitel
(cabeça da coluna) simples, mas de alta plasticidade é a personificação da
Força do homem, sendo, por isso, assimilada pelo Primeiro Vigilante,
responsável pela Coluna da Força. A Coluna Jônica, mais esbelta, com uma
base e um capitel trabalhados, com quatro voltas é a representação da
Sabedoria, sendo, portanto, assimilada pelo Venerável Mestre, personificação
da Sabedoria. A Coluna Coríntia, com um capitel de maior sutileza plástica é a
representação da Beleza, sendo assimilada pelo Segundo Vigilante,
responsável pela Coluna da Beleza;
- Ouroboros:
O Ouroboros é um símbolo antiqüíssimo resgatado pela tradição alquímica,
onde se vê uma serpente que morde a própria cauda e devora a si mesma. Foi
largamente usado nos desenhos celtas. Representa o equilíbrio entre o
masculino e o feminino universais. É também a representação simbólica do
Infinito e do Equilíbio Dinâmico Universal. O Ouroboros é o símbolo da meta
a ser alcançada, a união dos opostos. Sem início nem fim, o círculo simboliza
a eternidade, a imortalidade, a perfeição. O círculo simboliza a eternidade,
posto que é alfa e ômega. O início e o fim da vida humana;
- Borda Festonada:
Este ornamento é, geralmente, colocado no perímetro da Loja. Tem várias
interpretações e, relembra a Cadeia de União, a unidade constante entre os
maçons. Em geral, a Borda Festonada ou Orla Dentada, é dourada.
5- Maçonaria e Hermetismo:
- Princípio da Polaridade: “Tudo é duplo; tudo tem dois pólos; tudo tem o seu
oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em
natureza, mas diferentes em graus; os extremos se tocam; todas as verdades
são meias verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados.” Esse
preceito, afirma que todas as coisas manifestadas têm dois lados, dois pólos
opostos, dois aspectos com muitos graus de diferença entre os extremos.
Ensina que os pares de opostos são uma mesma coisa diferindo apenas no seu
grau: calor e frio são idênticos em natureza, mas diferentes em grau, assim
como amor e ódio, a luz e a escuridão, o bem e o mal, etc, também o são.
“Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto”. A
complementaridade quântica, que reúne naturezas aparentemente opostas e
antagônicas - se um objeto qualquer for “quebrado” na menor porção de
matéria física, obtém-se o átomo. Se for “quebrado” em partes menores,
obtém-se o próton, se o próton for “quebrado”, consegue-se o méson, béson e
píon; “quebra-se” o íon e obtém-se os seis quarks; quebra-se o menor deles e,
poderá haver uma chance de 50% de obter matéria, partícula ou 50% de onda,
energia;
- Princípio do Ritmo: “Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo
sobe e desce. Tudo se manifesta por oscilações compensadas: a medida do
movimento à direita é a medida do movimento à esquerda. O ritmo é a
compensação.” Tudo se manifesta para frente e para trás. A criação e
destruição de civilizações. O auge e a queda. Nada é linear - tudo vai e vem.
Há um constante fluxo e refluxo, uma maré alta e uma baixa, um constante
movimento entre os dois pólos de todas as coisas manifestadas nos três
Grandes Planos. Esse Princípio relaciona-se com o Segundo Princípio
(Correspondência) e com o Quarto Princípio (Polaridade);
- Princípio da Causa e Efeito: “Toda a causa tem seu efeito. Todo o efeito tem
sua causa. Tudo acontece de acordo com a lei; o acaso é simplesmente um
nome dado a uma lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade,
porém nada escapa à lei.” O acaso é um nome dado para indicar que uma
causa não foi reconhecida ou percebida. No nosso Universo sempre há uma
causa antecedendo a todo o efeito, em todos os planos. Todo ato tem suas
conseqüências. Não existe acaso, mas sincronicidade – sincronicidade (do
grego “syn”, e “chronos”, tempo) é um princípio que deve explicar a relação
significativa de acontecimentos, a “coincidência significativa” entre dois ou
mais fatos. A hipótese foi desenvolvida por Carl Gustav Jung (1875 – 1961:
psiquiatra suíço, maçom) num trabalho conjunto com o físico Wolfgang Pauli
(1900-1958). Jung distingue três categorias de sincronicidade:
6 - Maçonaria e Astrologia:
Astrologia pode ser definida como um sistema simbólico que relaciona o
macrocosmo (os Planetas) e o microcosmo (o indivíduo na Terra).
Os fenômenos da Natureza e os astros (Sol, Lua, Estrelas), sempre exerceram
curiosidade, atração e respeito no homem primitivo. Os hominídeos do
Paleolítico divinizavam as forças da Natureza. No período Neolítico, além da
Natureza, os hominídeos criaram novos deuses, sempre relacionados ao
universo que os envolvia. Com o advento da agricultura (cerca de dez mil anos
atrás), o homem percebeu que a vida das plantas obedecia a um determinado
ciclo, comandada pelos astros, no céu, e que havia um momento propício para
arar, semear e colher. Eis aí, o nascedouro da Astrologia. Porém, há registros
das fases da Lua inscritas em ossos, quinze mil anos atrás, na Mesopotâmia
(terra entre os rios Tigre e Eufrates).
O estudo dos astros pode ter se iniciado na Mesopotâmia. A Caldéia era uma
região ao sul da Mesopotâmia, principalmente na margem oriental do rio
Eufrates, mas muitas vezes o termo é usado para se referir a toda a planície
mesopotâmica. A Astrologia, possivelmente, teve origem na antiga Caldéia.
Com seus conhecimentos astronômicos, os caldeus conheciam os planetas até
Saturno. Conheciam muito bem as fases da Lua, prevendo com precisão os
eclipses. Foram eles que, criaram os Doze Signos do Zodíaco. Os caldeus
perceberam que determinadas épocas ou signos produziam certos traços de
caráter, e com isso criaram toda a base da simbologia que hoje é a Astrologia.
A civilização mesopotâmica nasceu há cerca de quatro mil anos a.C. com o
povo ubaida. Depois vieram os sumérios, com a escrita cuneiforme. Em 1350
a.C., tem início o Império Assírio, que controla a antiga Pérsia, Síria, Palestina
e Egito. Os sumérios criaram o sistema sexagesimal que, facilitou operações
matemáticas e o desenvolvimento da astronomia. Os egípcios adotaram esse
sistema e, construíram obras arquitetônicas alinhadas às estrelas fixas, com
precisão.
Por todos os séculos seguintes, os povos que viveram entre os rios Tigre e o
Eufrates continuaram a registrar suas observações do céu.
Com a dominação do rei Ciro II da Pérsia, a região estabiliza-se. Os persas, no
contato com os astrólogos da Mesopotâmia, introduziram a matemática no
cálculo astronômico e astrológico - há um grande avanço com a regularização
dos calendários, como conseqüência de um entendimento maior dos ciclos
celestes.
Depois que Alexandre, O Grande, conquistou o Egito (331 a.C.), houve um
destaque na historia da Astrologia. O período alexandrino foi rico na produção
intelectual.
O avanço das tropas de Alexandre, fez com que o idioma grego se espalhasse
como língua cultural. Assim, os métodos babilônicos anexados à Astrologia
egípcia, puderam chegar, em idioma grego, à Índia.
Mesmo após a dominação romana, a cultura era helenista.
Data do primeiro século d.C. o mais longo tratado astrológico - o autor é
Doroteu de Sidon e o trabalho é o “Pentateuco”, um longo poema astrológico
em cinco livros.
O imperador romano Adriano (117 d.C.) foi considerado o patrono da
Astrologia e seu mapa natal chegou até nossos dias.
Cláudio Ptolomeu (100-170 d.C.?), egípcio de nascimento, cidadão romano e
que escrevia em grego, foi o organizador de uma corrente representativa do
conhecimento astrológico - escreveu o “Almagesto”.
No final do século II d.C., Antióquio de Atenas compila textos de astrólogos
anteriores - uma das partes é o “Thesaurus”.
Em 313 d.C., o cristianismo torna-se a religião oficial, mas o paganismo ainda
é tolerado.
Em 410 d.C., Roma caiu, com a chegada dos visigodos. Em 476 d.C. o
Império Romano do Ocidente chegava ao fim.
A primeira fase do Império Bizantino vai de 324 a 640 d.C.
Os dias gloriosos da Astrologia terminaram oficialmente, em 357 d.C., com
Constâncio.
Próximo ao ano 227, a região do atual Irã foi tomada pelos exércitos
sassâmidas do persa Adachir I, que transformou o Zoroastrismo em religião do
estado.
A Astrologia árabe foi uma extensão da tradição Astrológica grega e recebeu
influências da Astrologia hindu.
Após a dominação árabe, a maior parte dos textos de astrologia persa foi
destruída.
Na Idade Média os astrólogos eram chamados “mathematici”, pois a
Astrologia era a aplicação mais importante da matemática. A prática da
medicina era baseada na determinação astrológica do tratamento adequado,
portanto os médicos também eram matemáticos, como Tycho Brahe. A
Astrologia e a Astronomia eram, de início, um mesmo estudo. Tycho Brahe,
por exemplo, nascido em 1546, era médico e astrônomo em Copenhague, mas
também astrólogo do rei da Hungria.
A Astrologia era respeitada e, somente criticada por fatores intercorrentes:
Dante Alighieri (maçom) expõe ao ridículo, no Inferno da “Divina Comédia”,
os astrólogos Guido Bonatti (conselheiro de Guido de Médici) e Michael
Scott, mas por misturarem necromancia à Astrologia, abusando dos
conhecimentos obtidos. Cecco d'Ascoli, professor de astrologia em Bolonha,
foi queimado vivo na fogueira em 1327 não por ser astrólogo, mas por suas
opiniões consideradas heréticas.
O Renascimento trouxe uma difusão da Astrologia, apoiada inclusive pelo
papado.
Na Maçonaria, a presença da Astrologia é patente. Um exemplo são as Doze
Colunas do Templo (Rito Escocês Antigo e Aceito), que correspondem aos
Signos do Zodíaco. O Zodíaco é uma faixa celeste imaginária, que se estende
entre oito a nove graus em cada lado da eclíptica e que com esta coincide.
Eclíptica é o caminho que o Sol, do ponto de vista da Terra, parece percorrer
anualmente no céu. Essa faixa foi dividida em doze casas de trinta graus cada
uma, e o Sol parece se mover um grau por dia. Os Planetas conhecidos na
Antiguidade (Mercúrio à Saturno) também faziam parte do Zodíaco, pois suas
órbitas se colocavam no mesmo plano da órbita da Terra. O Zodíaco então é
dividido em Doze Constelações, que são percorridas pelo Sol, uma vez por
ano. Os Signos representam o aprendizado percorrido pelo maçom, desde sua
iniciação na Ordem até o Grau de Mestre Maçom.
Nos Templos, (Rito Escocês Antigo e Aceito), cada uma das Doze Colunas,
que representa uma das Constelações Zodiacais, sustenta simbolicamente a
calota celeste e representa um mês do ano maçônico.
As Doze Colunas Zodiacais estão situadas no Ocidente, estando seis no lado
Norte, onde têm assento os Aprendizes, e seis no lado sul, onde têm assento os
Companheiros.
De um modo geral, essas Colunas simbolizam o caminho iniciático do
Aprendiz, Companheiro e Mestre, resumido pelo “desbastamento da pedra
bruta”, ou seja, o seu aperfeiçoamento moral e espiritual. As seis Colunas que
estão no Norte, relacionam-se a essa caminhada do Aprendiz.
O início do aprendizado começa na Cerimônia de Iniciação, isto é, “a abertura
da porta que autoriza o começo das passadas”.
Se olharmos horizontalmente para o céu no equador celeste, o limite do
Universo são as Doze Constelações. As Doze Colunas transmitem a idéia de
que as leis do Universo chegam até nós pelo que representam os Signos
Zodiacais e as Constelações.
Outro exemplo são as três colunas gregas Dórica, Jônica e Coríntia, que
representam a Força, a Sabedoria e a Beleza correspondem a Ares (ou
Hércules), Minerva e Vênus.
Os quatro elementos: Terra, Água, Ar e Fogo, que formam toda a Criação na
Astrologia, fazem parte da simbologia maçônica.
Alguns autores traçam um paralelo entre os Três Graus Simbólicos e os
Signos:
- Aprendiz: áries, touro, gêmeos, câncer, leão e virgem;
- Companheiro: libra;
- Mestre: escorpião, sagitário, capricórnio, aquário e peixes.
O maçom, em seu caminho iniciático, pode percorrer e aprender com as
características de cada Signo do Zodíaco:
- Áries: representado por Marte e pelo Fogo - é o fogo interior, a força que
estimula o crescimento e o desenvolvimento;
- Touro: representado por Vênus e pelo elemento Terra - é a matéria, na qual
se dá a fecundação, a elaboração interior;
- Gêmeos: representado por Mercúrio e pelo Ar - é a criatividade, a
versatilidade, a engenhosidade e a vitalidade criadora;
- Câncer: representado pela Lua e pela Água - é o aprendizado em relação à
tenacidade e a cautela;
- Leão: representado pelo Sol e pelo Fogo - é o emprego da razão com base
crítica;
- Virgem: representado por Mercúrio e pelo elemento Terra - é o emprego do
espírito analítico;
- Libra: representado por Vênus e o Ar - simboliza o equilíbrio entre os dois
pólos, que são a construção e a destruição;
- Escorpião: representado por Marte e a Água - simboliza emoções e
sentimentos como o rancor e a obstinação;
- Sagitário: representado por Júpiter e pelo Fogo - simboliza a mente aberta e
o julgamento crítico;
- Capricórnio: representado por Saturno e pelo elemento Terra - simboliza
determinação e perseverança;
- Aquário: representado por Saturno e pelo Ar - simboliza o sentimento
humanitário e solidariedade;
- Peixes: representado por Júpiter e pela Água - simboliza o desprendimento
das coisas materiais.
O iniciante maçom, também pode observar como aprendizado, as
características de cada Planeta:
Vênus: Regente dos signos de Touro e Libra. Vênus era a deusa do amor, da
beleza e das artes.
7- Maçonaria e Holismo:
8 - Os Templos Maçônicos:
Não há registros da chegada da Maçonaria no Brasil, mas teria sido trazida por
comerciantes ingleses e franceses, no início do século XVIII. Muitos
pesquisadores postulam que, havia clubes e academias literárias, cujos ideais
eram, na realidade, maçônicos.
Há muitas controvérsias, com relação à primeira Loja Maçônica instalada no
Brasil.
Segundo antigos registros, 1786 teria sido o ano do surgimento da Maçonaria
no Brasil, com a volta do maçom José Alves Maciel da Europa. Alguns
pesquisadores apontam a instalação da primeira Loja, em 1787, “Cavaleiros da
Luz”, na povoação de Barra, em Salvador, Bahia. Outros autores defendem a
hipótese de que a primeira Loja brasileira teria surgido em Pernambuco, em
1796 - o “Areópago de Itambé” - que foi fundada pelo ex-frei carmelita,
médico e botânico formado pela Faculdade de Montpellier, França, Manuel de
Arruda Câmara e dissolvida em 1801, por autoridades portuguesas, que
descobriram conspirações contra a Coroa.
Outros autores, afirmam que a primeira Loja Maçônica fundada no Brasil foi
na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1800, e recebeu o nome de "União"-
um ano depois, devido ao grande número de adeptos, sofreu reestruturação e
passou a denominar-se "Reunião".
De acordo com o Mestre Maçom Raimundo Rodrigues (SP):
“Segundo o manifesto de José Bonifácio publicado em 1832, a primeira Loja
Simbólica regular no Brasil foi instalada em 1801, debaixo do título de
Reunião, filiada ao Oriente da Ilha de França, e nomeado para seu
representante o cavaleiro Laurent, que a fortuna fez aportar às formosas praias
da Bahia de Niterói e que presidira a sua instalação.
Na mesma página, o autor informa:
Em 1801 a Loja “Reunião” é regulamentada e instalada sob o reconhecimento
do Oriente da Ilha de França, seguindo-se as Lojas “Constância” e
“Filantropia”, subordinadas ao Grande Oriente Lusitano. Se a Loja
“Cavaleiros da Luz”, foi a primeira Loja Maçônica no Brasil e o “Areópago” o
primeiro núcleo secreto revolucionário, a Loja “Reunião”, à luz dos
documentos, respeitadas as leis e tradições maçônicas foi a primeira Loja
Maçônica Regular no Brasil.
Mário Verçosa, Past Grão-Mestre da Grande Loja do Estado do Amazonas,
relaciona as primeiras Lojas do Brasil:
“Reunião”, no Rio de Janeiro, RJ – 1801;
“Virtude e Razão”, em Salvador, BA – 1802;
“Constância”, no Rio de Janeiro, RJ – 1803;
“Filantropia”, no Rio de Janeiro, RJ – 1803;
“Emancipação”, no Rio de Janeiro, RJ – 1803;
“Beneficência”, no Rio de Janeiro, RJ – 1803;
“Distintiva”, em Niterói, RJ – 1812;
“Comércio e Artes”, no Rio de Janeiro, RJ – 1815;
“Pernambuco Oriente”, em Recife, PE – 1817;
“Pernambuco Ocidente”, em Recife, PE – 1817;
“Revolução Pernambucana”, em Recife, PE – 1817;
“União e Tranqüilidade”, no Rio de Janeiro, RJ – 1817;
“Esperança de Niterói”, em Niterói, RJ – 1821;
“Conciliação de Pernambuco”, em Recife, PE – 1822;
“Nove de Janeiro”, no Rio de Janeiro, RJ – 1822.”
- Conceito:
A Programação Neurolingüística (PNL) pode ser definida como um conjunto
de técnicas que ensina a entender os processos internos das pessoas através da
identificação dos padrões de linguagem verbal e não verbal. PNL é,
basicamente, comunicação: do indivíduo consigo mesmo, com as outras
pessoas e com os acontecimentos.
O nome “Programação Neurolingüística” vem de “Neuro”, referindo-se ao
cérebro: aos processos neurológicos que permitem ver, ouvir, sentir, saborear
e cheirar – os sentidos usados nos processos internos de pensamento, bem
como para experimentar o mundo externo. Toda compreensão e o que
descrevemos como consciência chega ao cérebro por meio dessas janelas
neurais.
“Lingüística”, referindo-se à linguagem: linguagem que ocorre tanto na
comunicação com os demais, como na maneira como são organizados os
pensamentos. A PNL ensina a usar a linguagem do dia-a-dia para pensar
eficientemente e para desenvolver um comportamento mais útil.
“Programação” é a instalação de um plano ou procedimento: refere-se à
maneira como programar pensamentos e comportamentos.
PNL é o estudo de como a linguagem, tanto verbal quanto não verbal, afetam
nosso sistema nervoso. É a ciência de como dirigir o cérebro de uma maneira
favorável para conseguir os resultados desejados.
PNL é a ciência que estuda a maneira como são filtradas, através dos cinco
sentidos, as experiências de cada um do mundo externo, e como esses mesmos
sentidos internos são usados, com ou sem intenção, para conseguir os
objetivos almejados.
Neurolingüística é uma ciência que estuda o funcionamento do cérebro
humano. A Neurolingüística parte do princípio que o cérebro humano tem
linguagens próprias e, precisa de comandos adequados para funcionar bem,
isto é, conseguir alcançar os resultados desejados de uma forma positiva.
A PNL, ensinando a usar eficientemente a linguagem verbal (interna e
externa) e a linguagem corporal, utiliza técnicas e procedimentos que, vão
auxiliar as pessoas a atingir mais rapidamente seus objetivos, que podem ser
os mais variados como: melhorar a saúde (física, mental e emocional),
comunicar-se eficazmente (no trabalho, na família), livrar-se de
comportamentos indesejados (álcool, tabaco, drogas, depressão, fobia,
estresse, medos, compulsões), motivação no trabalho, etc.
É uma tecnologia que produz mudanças profundas num curto tempo de
intervenção. A PNL produz resultados e os mantém, melhorando a qualidade
de vida de quem a utiliza.
A PNL é a arte e a ciência da excelência pessoal. Arte, porque a maneira de
pensar e agir é específica em cada um, e qualquer descrição (sentimentos,
atitudes, crenças, etc.), será sempre subjetiva. É também ciência, embora ainda
embrionária, porque incorpora métodos bem pesquisados que podem ser
usados para identificar padrões do comportamento bem sucedido.
A Maçonaria considera o neófito uma pedra bruta. À medida que ele vai
assimilando os ensinamentos e vivenciando-os, a pedra bruta vai tornando-se
polida. O maçom pratica a arte de construir a si mesmo. Um dos objetivos do
maçom é sua própria evolução, que simbolicamente, significa construir um
templo em seu “interior”. A PNL pode ser um caminho para o maçom, na
senda do autoconhecimento.
-Origem e História:
A PNL foi iniciada no começo da década de setenta (1973), por dois norte-
americanos: John Grinder (1940) e Richard Bandler (1950). Grinder é
lingüista, um dos mais proeminentes do mundo e Bandler é matemático e
perito em computadores. Os dois perceberam que, algumas pessoas,
alcançavam pleno êxito em seus campos de atuação e outras não. Decidiram
juntar seus talentos numa tarefa: “copiar” as pessoas que fossem as melhores
em seus respectivos ramos e, depois, “instalar” essa excelência em outros
seres humanos. Estudar como indivíduos vitoriosos em diferentes campos de
atividade obtêm resultados excelentes, e como seus pensamentos e
comportamentos são reproduzidos.
Grinder e Bandler estudaram os métodos de quatro destacados cientistas que,
invariavelmente, conseguiam produzir mudanças notáveis no comportamento
humano:
2 - Pressupostos da PNL:
“Já deve estar claro que a PNL se baseia em princípios bem diferentes da
psicologia tradicional. Enquanto a psicologia clínica tradicional se preocupa
basicamente em descrever dificuldades, classificá-las e buscar suas causas
históricas, a PNL está interessada em como nossos pensamentos, ações e
sensações funcionam juntos, para produzirem nossa experiência.
Fundamentada nas modernas ciências da Biologia, Lingüística e Informática, a
PNL começa com novos princípios sobre como funciona a relação
mente/cérebro. Esses princípios chamam-se Pressupostos da PNL. Se
pudéssemos resumir todos os Pressupostos da PNL em uma única frase, esta
seria: as pessoas funcionam perfeitamente. Nossos pensamentos, ações e
sensações específicas produzem, coerentemente, resultados específicos.
Podemos nos sentir felizes ou infelizes com os resultados, mas se repetirmos
os mesmos pensamentos, ações e sensações, os resultados serão os mesmos. O
processo funciona perfeitamente. Se quisermos mudar os resultados que
obtemos, teremos então que mudar os pensamentos, ações e sentimentos que
os produzem. Uma vez tendo compreendido especificamente como criamos e
mantemos nossos pensamentos e sensações mais íntimas, será questão apenas
de mudarmos para outros níveis mais úteis ou, se encontrarmos outros
melhores, ensiná-los às outras pessoas. Os Pressupostos da PNL são o
fundamento para se fazer exatamente isso.”
Steve Andreas (neurolingüista).
10-Se alguma pessoa pode fazer alguma coisa, então é possível aprender a
fazê-la também:
Pode-se aprender como é o mapa mental de outra pessoa e fazê-lo seu. É
claro que podem existir limites físicos ou ambientais, mas em princípio,
tudo é “possível”.
3-Como nos comunicamos com o mundo:
Espelhamento na voz:
- Tom;
- Qualidade do ritmo;
- Entonação;
- Qualidade do timbre, volume etc.
B- Uso do Cérebro:
Por ordem de aparição na história evolutiva, possuímos três cérebros: primeiro
o Reptiliano, o Límbico (mamíferos primitivos), e o mais recente, Neocórtex
(mamíferos superiores).
Paul MacLean cientista do “Laboratório de Evolução Cerebral e Conduta” do
“Instituto Nacional de Saúde Pública” da Califórnia, desenvolveu um modelo
da estrutura cerebral do ser humano, conhecido como “cérebro triúnico”,
“tríade cerebral”. Para MacLean, o cérebro humano desenvolveu-se
conservando as características das etapas anteriores. Assim, o homem possui
três cérebros, embutidos uns nos outros: um Cérebro Primitivo ou Reptiliano,
um Cérebro Antigo Mamífero ou Límbico e um Cérebro Neomamífero, o
Neocórtex.
Nas palavras do autor do modelo: “Tal situação implica que somos obrigados
a nos ver e a ver o mundo com os olhos de três mentalidades diferentes”. Cada
pessoa, em um determinado momento, pode utilizar mais um do que os outros
dois cérebros. E, isso fará com que “se comunique” de uma forma diferente.
C- Linguagem:
Pessoas que são auditivas tendem a ser mais seletivas com as palavras que
usam. Têm vozes mais ressonantes e suas falas são mais lentas, mais rítmicas
e uniformes. Uma vez que as palavras significam tanto para elas, são
cuidadosas em relação ao que dizem. Tendem a dizer coisas como “isso soa
certo para mim”, “posso ouvir o que está dizendo”, etc.. Os auditivos têm
excelente memória para palavras - tanto para elogios quanto para lembrar
ofensas.
Respiração: diafragmática;
Ritmo da fala: médio;
Movimentos: médios;
Tensão muscular: média;
Tom de voz: médio - mais para grave;
Pulsação: considerada normal;
Pressão arterial: considerada normal;
Temperatura: média.
- Auditivas:
Afirmar, agudo, grave, alarme, amplificar, anunciar, barulho, chamar, clique,
comentário, conversa fiada, cochicho, declarar, delatar, descrever, discurso,
dizer, estática, estrondoso, explicar, fofocar, gritar, harmonia, mudo, opinar,
perguntar, proclamar, queixa, quieto, reclamar, ronronar, rumores, silencioso,
sonoro, tocar um sino, voz.
Eu ouvi o que você estava dizendo, O que estou falando soa certo para você?
Isso não soa bem, A vida está em perfeita harmonia, etc.
- Cinestésicas:
Agradável, amargo, apertado, ativo, cansaço, choque, cócegas, concreto,
controle, emocional, esforço, exagerado, firme, fresco, frio, quente, gostoso,
ímpeto, irritado, machucado, mexer, odor, pânico, pesado, pressa, pressão,
resistente, salgado, sensação, sensível, sentir, sofrer, sólido, estresse, suave,
suportável, tenso, vigoroso. Você é capaz de aprender? Esta informação é
sólida, Quero que você agarre isso, A vida parece quente e gostosa, etc.
Para estabelecer uma comunicação verbal útil e eficiente (oral e/ou escrita)
com alguém, seja cônjuge, namorada, filho, chefe, deve-se procurar descobrir
o canal de comunicação dessa pessoa e, usar palavras do canal de
comunicação dela. Sérias discussões podem ser evitadas, bastando demonstrar
flexibilidade e penetrar, elegante e sutilmente, na comunicação do “outro”
(“rapport” na linguagem) evitando o “você não me compreende”.
Quando estiver se dirigindo a mais de uma pessoa ou a uma platéia, é útil usar
palavras inespecíficas - que, nada mais são que a linguagem hipnótica,
genérica.
Infelizmente, muitos maus políticos e alguns líderes religiosos inescrupulosos,
usam palavras genéricas, para alcançar as pessoas, para fins, nem sempre,
éticos.
- Inespecíficas:
Acreditar, apreciar, aprendizagem, associar, aumentar, comunicação,
conhecer, consideração, decidir, entender, entregar, escolher, estudar, falso,
favorecer, igualar, informar, lembrar, localizar, mudar, oferecer, optar,
organizar, pensar, perceber, preparar, realizar, receber, reconhecer, saber,
solucionar, tentar, vender, etc.
- Pistas de Acesso:
O Dr. Nelson Spritzer, médico cardiologista e neurolingüista brasileiro, afirma
que, estudos empregando radioisótopos (partículas marcadas com substância
radioativa), tais como o xenônio, têm revelado resultados interessantes, a
respeito do comportamento do fluxo de sangue dentro do cérebro, em
diferentes condições de humor. Já se sabe que o sangue dentro do cérebro se
dirige com maior predominância para determinadas regiões, em certas
situações clínicas como fobias, pânico, depressão e esquizofrenia. E, os
cientistas já sabem que, conforme o tipo de processo que o ser humano faz
dentro de seu cérebro, o sangue vai mais para uma ou outra área cerebral.
Grinder e Bandler observaram que, os olhos se movem quando estamos
pensando e quando estamos nos comunicando. Eles observaram que (e a
ciência confirma) quando uma pessoa está fazendo imagens dentro do seu
cérebro, o fluxo sangüíneo se dirige para a região da nuca e, quando o sangue
vai mais para essa região, os olhos vão para cima, num movimento
involuntário. Quando sons são processados, os olhos vão para a linha
horizontal, ao mesmo tempo em que o sangue corre mais para os centros da
fala no hemisfério esquerdo; quando sensações e sentimentos são processados,
os olhos descem, vão para baixo e para a direita enquanto o sangue flui mais
para o Centro Límbico e Tronco Cerebral, o chamado Cérebro Primitivo
(Reptiliano).
Só de olhar as pessoas e escutar o que dizem, pode-se ter uma idéia imediata
de quais sistemas representacionais estão usando. Há muito tempo que se diz
que os olhos são os espelhos da alma. E, é verdade. Olhando uma pessoa bem
nos olhos, pode-se, imediatamente, ver qual o sistema representacional ela
está usando num momento específico.
Enquanto representam internamente informações, isto é, enquanto “pensam”,
as pessoas movem seus olhos - ninguém consegue “pensar” sem mover os
olhos, ainda que esse movimento seja leve. Neurofisiologicamente, ninguém
consegue criar pensamentos sem mexer os olhos.
Assim, observando-se os movimentos dos olhos, o indivíduo pode saber
quando seu interlocutor está falando algo que realmente viveu ou algo que
inventou. Por isso, cursos e seminários de PNL são freqüentados por muitos
agentes de serviços de inteligência (segundo Nelson Spritzer, o próprio
Bandler não faz segredo que já deu treinamentos fechados para vários órgãos
militares e de inteligência de vários países, inclusive o famoso serviço secreto
de Israel, o “Mossad”).
Pistas de Acesso:
Sistemas Representacionais:
- Algumas Considerações:
- Esses são os movimentos prováveis dos olhos para 90% das pessoas destras;
- 10% das pessoas destras e os canhotos processam de maneira diferente. Não
se sabe porque;
- Pessoas especiais: surdas (de nascença), cegas, também processam de
maneira diferente;
- Esses movimentos oculares acontecem em todas as pessoas, seja qual for a
nacionalidade delas. Em qualquer idioma que a pessoa se expresse, ela sempre
moverá os olhos - e, para 90% dos destros, os movimentos serão os descritos
acima;
- As únicas exceções são os bascos e os guanches, que são os habitantes das
Ilhas Canárias (principais ilhas: Tenerife, Fuerteventura, Gran Canária,
Lanzarote, La Palma, Gomera, Hierro). A estrutura da linguagem desses povos
é diferente e, seu processamento cerebral é, conseqüentemente, diferente. E,
por que a estrutura da linguagem desses povos é diferente?
Não é exatamente uma explicação, mas uma suposição: bascos e guanches
seriam descendentes diretos de atlantes (os sobreviventes da tragédia que teria
acontecido na suposta Atlântida, continente que teria submergido, em um dia e
uma noite, há cerca de doze mil anos atrás, conforme Platão (427-347 a.C.),
filósofo grego discípulo de Sócrates, em dois de seus escritos: “Crítias” e
“Timeu”. Para Aristóteles, discípulo de Platão, era tudo produto da
imaginação: “O homem que sonhou com essa ilha a fez desaparecer de novo”,
teria dito. Porém muitos filósofos, estudiosos e cientistas aceitaram a idéia,
como o escritor Otto Muck, cientista naval e de foguetes dirigíveis, suíço, em
seu livro “O Fim da Atlântida”).
Porém, uma curiosidade, em relação aos guanches, pode ser provada: no livro
“Hematologia Geográfica”, os professores Jean Bernard e Jacques Ruffier,
afirmam que o fator sanguíneo tipo “O”, é encontrado na Islândia, na Irlanda,
na Escócia, no País de Gales, tanto quanto na América Central e na América
do Sul. Mas, ao passo que nesses países, as populações, mesmo representadas
em estado puro por alguns grupos, oferecem caracteres físicos que as ligam a
uma raça conhecida, somente os guanches (que têm o mais alto índice do
grupo “O”), não se ligam a nenhuma raça viva. (referência: “As Portas da
Atlântida”, de Guy Tarade - editora Hemus - 1976 - São Paulo - SP).
- “Rapport”:
Imitar, igualar-se, ajustar-se, acompanhar ou espelhar o comportamento
(verbal e não verbal) de uma pessoa, é o processo pelo qual é estabelecido o
“rapport”.
Espelhar ou igualar-se é simplesmente manifestar-se como a outra pessoa se
manifesta. O espelhamento, utilizado com discrição, elegância e sutileza,
enfatiza a importância da percepção de aspectos do comportamento de outra
pessoa, permitindo que ela seja encontrada no modelo que tem do mundo.
“Rapport” significa alinhamento, semelhanças, harmonia, similaridade,
afinidade.
Em qualquer comunicação, dois níveis mentais operam simultaneamente: o
consciente e o inconsciente. Como a mente consciente é responsável por,
aproximadamente, de 5 a 9% das atividades, a mente inconsciente fica com 91
a 95% - o inconsciente tem preponderância sobre o consciente.
Estabelecer “rapport” é uma maneira de encontrar outra pessoa no seu modelo
de mundo ou mapa. Esse vínculo de harmonia é dirigido à mente inconsciente
e portanto, não deve ser detectado pelo consciente das pessoas. O inconsciente
procura semelhanças, e não as diferenças.
Grinder e Bandler modelaram o Dr. Milton Erikson em sua estratégia
poderosa para estabelecer um vínculo ou “rapport”. O Dr. Erikson era capaz
de lidar satisfatoriamente com pacientes “resistentes” e “difíceis”, tendo em
sua vida profissional, quase trinta mil pessoas hipnotizadas com sucesso.
Para obter “rapport”, pode-se espelhar qualquer parte do comportamento da
outra pessoa, ajustando seu comportamento verbal e não verbal para se mover
junto com ela. Uma vez movendo-se junto, pode-se testar se obteve “rapport”,
conduzindo, isto é, gradualmente mudando seu próprio comportamento e
observando se a outra pessoa o segue.
Ninguém estará desistindo de sua identidade quando espelha outra pessoa.
Todos podem se tornar mais flexíveis. O espelhamento, simplesmente, cria
uma igualdade de fisiologia, que será compartilhada com outro ser humano.
“Será que terei que espelhar e acompanhar todas as pessoas de meu
relacionamento?” - A resposta é “não”. Espelhar e acompanhar são ações que
se decide fazer quando se percebe que o interlocutor, por qualquer motivo, não
está em “rapport” ou está perdendo a sintonia com você.
Alfa: entre sete e catorze hertz por segundo está a faixa alfa da atividade
cerebral. É nesta faixa que ocorrem os sonhos e as fantasias. A hipnose
também acontece aqui. As ondas alfa emitidas pelo cérebro foram descobertas
pelo médico alemão Hans Berger, em 1924, quando estudava o fenômeno da
telepatia em um paciente considerado “paranormal”. E, qual é a trajetória que
leva o cérebro ao estado hipnótico? Há indícios de que uma estrutura cerebral
semelhante a uma rede, chamada formação reticular, funciona como elo entre
a voz do hipnoterapeuta e a massa cinzenta do hipnotizado. "A formação
reticular controla a vigília e o sono e ainda seleciona em quais informações
devemos nos concentrar", explica o psiquiatra Fernando Portela Câmara, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro. A tese mais aceita é a de que as
palavras do hipnoterapeuta, processadas pelo nervo auditivo, alcançam a ponta
dessa rede, na base do cérebro, e se espalham por toda a massa cinzenta. Por
se tratar de estímulos repetitivos, quando chegam ao lobo frontal, concentram
a atenção do indivíduo em um único foco, inibindo tudo o que está ao redor. O
processo é parecido para estímulos visuais. De acordo com o ambiente, o
cérebro pode fazer essa trajetória espontaneamente (sessão numa Loja
Maçônica);
Teta: entre quatro e sete hertz por segundo. As experiências emocionais são
registradas nessa faixa. Essa também é a faixa na qual acontece a hipnose mais
profunda e a regressão;
5 - Cérebro:
- Pensamento:
Durante muitos, muitos anos, acreditou-se que os pensamentos não
significavam coisa alguma. Os pensamentos eram considerados inofensivos.
Porém, longe de serem “nadas”, os neurocientistas concluíram que os
pensamentos são impulsos elétricos que iniciam mudanças elétricas e
químicas no cérebro. Os pensamentos são “fisiológicos”! São gatilhos
eletroquímicos que dirigem e afetam a atividade química no cérebro.
Quando o cérebro recebe uma ordem elétrica que é o pensamento, responde
com várias reações: libera substâncias químicas de controle apropriadas no
corpo, e alerta o sistema nervoso central para qualquer resposta ou ação
necessária.
Ao mesmo tempo, como resposta a esse pensamento, o cérebro examina seus
arquivos da memória, encontra o local adequado para registrar qualquer
informação necessária colhida do pensamento, cria uma reação fisiológica
interna ou mental baseada em informação anterior já armazenada ali e, estoca
qualquer nova informação que possa ter valor futuro.
Enquanto uma pessoa pensa, não está consciente do que o cérebro faz com o
pensamento. Onde o cérebro coloca a nova informação e o que faz dela, será
determinado pelo que ele colhe da programação genética. Um adulto emite,
em média, entre quarenta e sessenta mil pensamentos por dia.
O pensamento é uma explosão curta de corrente elétrica. O cérebro,
simplesmente, registra o que recebe. Não importa se a informação era
verdadeira, falsa, boa, má, importante ou insignificante. O cérebro, como
órgão que é (assim como o coração, ou pulmões.) realiza uma atividade
específica, de certa maneira. Ele funciona sempre da mesma forma:
recebendo, processando, armazenando e agindo de acordo com a informação.
- Algumas Considerações:
A pesquisa do psicólogo clínico brasileiro, Julio Peres, que foi apresentada no
Segundo Simpósio Internacional de Neurociência, realizado Em Natal, Rio
Grande do Norte (Brasil), em fevereiro de 2007, mostrou que terapia (PNL e
outras técnicas) provoca mudanças na atividade cerebral. Está comprovado
que, a utilização de uma técnica subjetiva altera os circuitos neurais. A
pesquisa foi conduzida na Universidade de São Paulo, com pacientes
diagnosticados com um tipo específico de estresse pós-traumático, o parcial,
que pode aparecer depois de um seqüestro relâmpago, por exemplo. Nessa
forma de estresse pós-traumático, nem todos os sinais clássicos do transtorno,
como pesadelos e embotamento afetivo, se manifestam. Os sintomas são:
nervosismo, irritabilidade e memórias recorrentes do evento desencadeador.
Os resultados revelaram que áreas como o córtex pré-frontal ficaram mais
ativas nos indivíduos sob terapia. Além disso, houve uma atenuação da
atividade da amígdala, estrutura relacionada à expressão de emoções, como o
medo. Ocorreu o que os especialistas chamam de “neuroplasticidade”, isto é, a
capacidade que o cérebro tem de se reestruturar. O cérebro é muito elástico.
Há menos de vinte anos imaginava-se que ele era como um computador
inflexível, uma máquina com circuitos fixos. Hoje, é fato que o cérebro se
reinventa, cria novos neurônios, novas conexões e novas funções para áreas
pouco utilizadas. A neurogênese (criação de novos neurônios) é um processo
importante: sabe-se, por exemplo, que alguns tipos de derrames (avcs)
aumentam a produção de neurônios - a maioria deles morre, mas alguns
conseguem chegar ao local da lesão e formar um “remendo”, que “corrige” o
derrame.
O neurologista brasileiro, Cícero Galli Coimbra, da Universidade de São
Paulo, diz que muitos fatores que incentivam o crescimento de novos
neurônios já são conhecidos. Um deles é evitar estresse, que sabidamente
bloqueia o crescimento de neurônios. Outro é viver em um ambiente rico, com
estímulos mentais e físicos variados. O mesmo para banhos de sol (em
horários apropriados), que fazem o corpo produzir vitamina D, essencial para
o crescimento das novas células e, uma dieta rica em colina, substância
presente na gema do ovo e ingrediente chave para o nascimento de neurônios
(o ovo já foi absolvido, em relação ao aumento do colesterol).
O cérebro é como um músculo: se for exercitado, estará mais protegido contra
surpresas - cria uma espécie de reserva. A capacidade do cérebro resulta do
que a pessoa leu, experimentou, viu e viveu - e isso depende apenas do
indivíduo.
Nesse mesmo simpósio, especialistas suecos e neozelandeses, encontraram a
região no cérebro que cria novos neurônios no sistema nervoso de adultos,
atestando que o cérebro adulto pode criar células nervosas novas, fato que, os
cientistas acreditavam, só podia ser realizado na infância.
2- Processamento Interno:
O cérebro começa a decodificar os eventos externos, através de:
- Omissões;
- Distorções;
- Generalizações;
- Crenças e Valores;
- Objetivos;
- Estado Interno.
3- Representação interna:
Após a decodificação inicial, o cérebro apresenta a representação interna,
através de:
- Sons e palavras;
- Sensações;
- Motivação, determinação, etc.
4- Apresentação de informações:
De acordo com todos os itens acima, o cérebro vai apresentar “respostas”:
- verbais;
- não verbais.
Crenças e Valores:
Crença – é uma representação interna que governa o comportamento. Ex:
as mulheres não sabem estacionar um carro.
Valores – Ex: amor, honestidade, dinheiro, desafio.
Estado Interno:
É o estado emocional num dado momento: ele determina se a pessoa
experimenta alegria, tristeza, excitação, satisfação, etc.
Representação Interna + Processo Interno:
Como as informações são representadas para si mesmo, na forma de
imagens, sons e sensações + como o indivíduo “computa” essas
informações para planejar e tomar decisões.
- Anatomia do Cérebro:
Centros de Comando:
Coordenam tudo o que acontece no corpo humano. São aglomerados de
células nervosas cuja função é ditar as regras.
1- Meninges:
São três membranas finíssimas - dura-máter, pia-máter e aracnóide que, têm a
função de proteger o cérebro;
2- Espaço Sub-Aracnóide:
Esse canal se localiza entre a pia-máter e a aracnóide. Nele circula o líquor,
um líquido que circunda todo o cérebro para absorver possíveis choques e
concussões;
3 - Ínsula:
É um conjunto de sulcos - são “rachaduras” cerebrais, que modulam as
emoções e articulam a fala;
4- Amígdala:
Vizinha do hipocampo, ela é fundamental para o aprendizado, além de
arquivar as lembranças emocionais - principalmente as traumatizantes;
5- Tálamo:
É o lugar das sensações. É ele que transforma um chute na canela em
sensação de dor e, já deixa o corpo atento, pronto para agir;
6- Tronco Cerebral:
Trata-se de uma massa espessa cheia de nervos que conecta cérebro, cerebelo
e medula espinhal. Além disso, comanda todos os músculos da face;
7- Corpo Caloso:
Interliga os dois hemisférios cerebrais para que haja uma constante troca de
informações entre ambos os lados;
8- Hipotálamo:
Rege alguns processos como a detecção de sede, fome e desejo sexual.
Controla a temperatura corporal e o sono;
9- Hipocampo:
É o responsável pela memória recente. Também é importante para o
aprendizado;
10- Hipófise:
Envia os sinais para as glândulas entrarem em ação e iniciarem o bombardeio
hormonal - tireóide, ovários, testículos e supra - renal são algumas glândulas
que obedecem à hipófise;
11- Cerebelo:
Movimentos que requerem precisão, como mexer os dedos para digitar no
computador, mexer os lábios;
12- Medula Espinhal:
Esse feixe de fibras transmite as sensações do corpo para o encéfalo e vice-
versa. Controla a ereção e a vontade de urinar, etc..
Lobos:
Assim são chamadas as quatro grandes áreas em que se divide o cérebro. São
oito ao todo.
1- Frontal:
Raciocínios mais elaborados e movimentos voluntários, como estender a mão
para cumprimentar alguém, por exemplo;
2- Temporal:
O cheiro das rosas e o som de uma música - ou seja, olfato e audição - são
percebidos nessa área;
3- Parietal:
Esse é o local que faz sentir que o fogo é quente e que uma parede de concreto
é dura. Diz respeito às sensações táteis;
4- Occipital:
É a região da visão, onde se processa tudo aquilo que é captado com os olhos.
Córtices:
Bilhões de células nervosas formam um conjunto de segmentos especializados
em cumprir funções determinadas.
1- Pré-frontal:
Planeja, executa e monitora qualquer atividade: como pensar enquanto a
pessoa dirige o carro, qual é o melhor caminho para voltar para casa;
2- Pré-motor:
Tocar piano requer extrema precisão - da força que se põe nos movimentos à
ordem em que cada dedo deve pressionar as teclas;
3- Motor:
Controla todos os movimentos que se deseja fazer. A coordenação é invertida.
O lado direito do cérebro dá as ordens para o lado esquerdo do corpo e vice-
versa;
4- Auditivo Primário:
Capta qualquer tipo de som em sua forma bruta;
5- Visual de Associação:
É o lugar da percepção onde as informações obtidas pelo córtex visual
primário são reunidas e ganham sentido. Graças a ele enxerga-se de forma
tridimensional;
6- Sensorial Primário:
Capta tudo que é tátil: dor, prazer, etc.;
7- Área de Broca:
Levando o sobrenome de seu descobridor, o anatomista francês Paul Broca, a
região determina cada palavra que é falada;
8- Auditivo de Associação:
Permite que o ouvinte identifique que tipo de som o córtex auditivo primário
captou;
9- Sensorial de Associação:
A partir das informações registradas pelo córtex sensorial primário essa região
reconhece aquilo que se está tocando;
Para que o indivíduo deseja fazer parte da Maçonaria? A resposta pode estar,
entre outras, no inconsciente familiar. O futuro maçom, orientado por seu
inconsciente familiar para essa escolha, terá um vasto campo de opções na
Maçonaria, para otimizar sua conduta e seu aperfeiçoamento pessoal -
canalizando as pulsões familiares ancestrais de uma forma positiva (há
tropismos positivos e negativos): estudando, praticando a filantropia,
mantendo-se no reto caminho, exercendo a fraternidade, etc..
A Ordem deve desempenhar seu papel como parte ativa e atuante dessa nova
sociedade humana, de variadas formas: desenvolvendo seus membros nos
aspectos esotéricos, espiritualistas, morais, orientando o crescimento pessoal,
continuando a respeitar individualmente cada maçom, aceitando suas crenças,
ensejando assim, cidadãos livres, livres pensadores, na busca e investigação da
Verdade; reconhecendo e compreendendo com consciência sua importante
atuação social e política, conforme demonstram experiências do passado;
estimulando a prática da filantropia e caridade, através de ações
educativas: cursos, orientação profissional, criação de escolas e assistência a
comunidades carentes, contribuindo para a formação dos arquitetos desse
novo tempo. Os maçons já possuem as ferramentas básicas para a ação: uma
Instituição eclética e universalista que abriga os mais variados exemplos do
pensamento humano e uma diversidade de homens "livres e de bons
costumes". Essas condições fazem do maçom um homem já “pronto”, para
enfrentar ativa e eficazmente os futuros desafios pessoais e sociais. O papel do
maçom não está restrito ao trabalho dentro das Lojas: mais do que nunca, ele é
necessário também fora delas, como obreiro da paz, construtor das bases de
uma nova sociedade.
O ideário maçônico pode conduzir às soluções dos novos desafios: a
Liberdade envolverá conceitos não só políticos ou ideológicos, mas
ecológicos, sociais, culturais, intelectuais, espirituais. As Liberdades externa e
interna devem ser buscadas constantemente, para que haja o desenvolvimento
e aperfeiçoamento espirituais, e dessa forma um crescimento da vida interior e
externa do homem. No plano político e ideológico,
a expressão desta Liberdade interior será a democracia globalizada dessa Nova
Era. Em um texto de 1940, sobre a Liberdade, Einstein definiu pontos centrais
para a transição da atual sociedade humana em direção à civilização próspera
e luminosa do futuro: “o novo ser humano precisa ter uma liberdade interior,
uma profunda liberdade de pensamento. O ser humano não pode ser forçado a
aceitar dogmas religiosos, filosóficos ou políticos. Deve aprender a ver as
coisas por si mesmo, sem correr o risco de ser perseguido ou marginalizado
por isso. Esta liberdade de espírito consiste na independência de pensamento
em relação às restrições provocadas por preconceitos sociais e autoritários,
mas também em relação às rotinas e aos hábitos em geral”.
A Igualdade conduzirá à consciência universal, através da consciência
individual – e essa consciência universal é inimiga de qualquer tipo de
violência e/ou constrangimento. Independentemente das barreiras nacionais e
culturais, crescem as relações diretas entre as pessoas e grupos de pessoas.
A Fraternidade Maçônica será expandida para um núcleo de Fraternidade
Universal, independente de credo, raça, classe social ou ideologia. O mesmo
princípio que define a Fraternidade Maçônica definirá a Fraternidade
Universal: servir a outros indivíduos de um modo livre, criativo e
independente, pelo prazer do trabalho, pelo prazer de ver os resultados
positivos deste trabalho para a comunidade. Ajudar a construir uma sociedade
de seres humanos independentes, livres e felizes, será a meta de cada
indivíduo, inspirado pelo ideário maçônico. Compreender que o grande
objetivo da Vida é a “elevação” da consciência de cada ser humano, até
fundir-se com a consciência divina universal, conforme sua crença individual.
Segundo a lenda bíblica de Adão e Eva e seus filhos Caim, Abel, Set e mais
outros filhos e filhas, entende-se essa metáfora em relação a nosso cérebro:
antes do “pecado”, do assassinato no “Éden” o cérebro humano era uno, não
tri-partido. O ser humano, em outras épocas, utilizou amplamente o poder de
seu cérebro inteiro, extremamente capacitado (Atlântida? Lemúria? Os
“deuses” da Suméria? Os anunnakis, de Zecharia Sitchin?). Porém, essa
utilização revelou motivos ignóbeis, egoístas, conduzindo a uma ruptura com
a Natureza, tendo a espécie humana que “recomeçar” seu aprendizado –
inicialmente com um Cérebro Reptiliado, depois com mais um, o Límbico, até
a fase atual – completado com o Neocortical. Depois que Caim “matou” Abel,
a humanidade teve que, evolutivamente, reaprender conceitos morais, éticos,
como compaixão, honestidade, lealdade, fraternidade, amor, já que descende
do assassino Caim. Mas descende também de Set, podendo assim “escolher”
entre duas tendências atávicas opostas, em luta em seu interior.
Talvez, essa sociedade do presente/futuro resgate o Cérebro Inteiro, Uno, não
fragmentado, dessa vez para a verdadeira redenção e felicidade da
Humanidade. Talvez, mais adiante, outros Noés com outros Jafets, Sems e
Cams possam transmitir tradições, tecnologias, ensinamentos morais e
espirituais, à sua descendência – que serão todos os homens e mulheres do
Planeta Terra.
As civilizações passam, mas a ideologia maçônica continuará.
Martha Follain
Setembro/2008.
Apêndice 1
HOMEM VITRUVIANO
“Quando ouvimos os sinos, ouvimos aquilo que já trazemos em nós mesmos,
como modelo. Sou da opinião que não se deverá desprezar aquele que olhar
atentamente para as manchas da parede, para os carvões sobre a grelha, para
as nuvens, ou para a correnteza da água, descobrindo, assim, coisas
maravilhosas. O gênio do pintor há de se apossar de todas essas coisas para
criar composições diversas: lutas de homens e de animais, paisagens,
monstros, demônios e outras coisas fantásticas. Tudo, enfim, servirá para
engrandecer o artista.” Leonardo Da Vinci.
Leonardo da Vinci, artista renascentista, possuía um talento diversificado, que
tornou-o capaz de pesquisar e realizar trabalhos em vários campos do
conhecimento humano: foi pintor, escultor, anatomista, engenheiro,
matemático, músico, naturalista, arquiteto, engenheiro, urbanista, aerologista,
botânico e inventor. Segundo historiadores, era um belo homem, tinha uma
voz esplêndida. Com sua mente investigativa, questionava o mundo que o
circundava, raramente terminava uma pintura, e freqüentemente,
experimentava novas técnicas. Era um visionário para sua época, pois
idealizou o tanque de guerra, helicóptero, pára-quedas, e descobriu que o
homem não poderia voar como os pássaros, “batendo asas”. Foi o reintrodutor
da fábula na Itália - suas fábulas e lendas relacionavam-se com as de Esopo e
as dos “bestiários” medievais - com raras exceções, eram quase todas
inventadas por ele mesmo e continham um desfecho moral. Italiano, nasceu
em 15 de abril de 1452 (data em que se comemora o “Dia Mundial do
Desenhista”), filho ilegítimo do tabelião e advogado, Piero com a jovem
Catarina. Há dúvidas sobre a cidade de seu nascimento – talvez Anchiano,
uma localidade de Vinci. Para outros historiadores, foi o próprio lugar de
Vinci, situado na margem direita do rio Arno, perto dos montes Albanos, entre
Florença e Pisa, na região da Toscana.
Aos dezesseis anos já desenhava e pintava, e foi para Florença (naquela época,
cidade de grande prestígio) para trabalhar no ateliê de Andrea del Verrocchio
(importante artista da época). De cabelos louros, olhos azuis, nariz aquilino,
de uma incomparável beleza física, Leonardo teria sido o modelo para o Davi,
de Verrocchio. Pelo que tudo indica, Verrocchio exerceu sobre Leonardo
intensa influência, embora pequena no campo artístico, bastante acentuada no
universo intelectual. Aos trinta anos, segue para Milão, onde viveu uma época
e trabalhou para a corte de Ludovico Sforza. Em Milão, como urbanista, fez
um projeto completo para a cidade, eliminando muros, alinhando ruas,
prevendo esgotos, vias de dois pavimentos em que os pedestres andariam por
cima, deixando a pista embaixo livre para veículos. As casas seriam amplas e
ventiladas, e haveria enormes praças e jardins públicos.
Da Vinci possuía um especial amor pelos animais. O historiador Edward
MacCurdy, citado no livro “Jaulas Vazias” de Tom Reagan, afirma: "a
mera idéia de permitir o sofrimento desnecessário e, mais ainda, de matar,
era abominável para ele". Segundo os relatos verificados por Regan,
Leonardo adotou uma dieta vegetariana na infância, por razões éticas.
"Rei dos animais - é como o humano descreve a si mesmo - eu te chamaria
Rei das Bestas, sendo tu a maior de todas - porque as ajudas só para que
elas te dêem seus filhos, para o bem da tua goela, a qual transformaste
num túmulo para todos os animais”. – Leonardo Da Vinci.
Leonardo, segundo alguns historiadores, teria sido maçom.
Da Vinci foi um grande pintor. Ele dominou, com sabedoria, o jogo de luz e
sombra – suas pinturas partem da “realidade”, mas estimulam a imaginação do
observador. Entre suas principais obras, encontramos “A Última Ceia”, “A
Gioconda”, “Auto-Retrato”, etc. Na obra de arte “A Última Ceia” ou “O
Cenáculo” (que foi uma criação de três anos de trabalho, de 1495 a 1497),
Leonardo coloca na tela o momento em que Jesus Cristo anuncia haver um
traidor entre os presentes. A “Última Ceia” é uma pintura de Leonardo da
Vinci para seu protetor, o Duque Lodovico Sforza. Representa a cena da
última ceia de Jesus com os apóstolos, antes de ser preso e crucificado como
descreve a Bíblia. Ao contrário de muitas outras pinturas, nunca foi possuída
particularmente porque não pode ser removida do seu local de origem. Foi
executada numa parede do Convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão,
com mais de nove metros de comprimento e quatro metros e vinte centímetros
de altura. Essa criação está em Milão, no Louvre, em Windsor, e na Academia
de Veneza e na Albertina de Viena. Até 1506, realizou trabalhos
principalmente em Florença e tudo indica que nesta época tenha pintado sua
obra mais famosa: a bela e enigmática “La Gioconda” – ou “Mona Lisa”
(Museu do Louvre, Paris, França). Há teorias que a “Mona Lisa” seja um auto-
retrato, mas com feições femininas, explicando assim o sorriso ambíguo. No
entanto, a idéia mais aceita é que o retrato ilustra a esposa do comprador,
Francesco Bartolomeo del Giocondo - daí o nome “La Gioconda”. Leonardo
não punha nomes nos seus quadros. O nome “Mona Lisa” foi dado à pintura
por Giorgio Vasari, quase três décadas após a morte do pintor. Entre 1506 e
1516, viveu entre Milão e Roma. Em 1516, foi convidado pelo rei Francisco I,
da França, para trabalhar. Francisco I, começou a coleção do Museu do
Louvre, e comprou vários quadros italianos, inclusive a “Mona Lisa”.
Trabalhou para o rei Francisco I, e morreu na França, em Cloux, em 02 de
maio de 1519.
Apêndice 2
HIPNOSE ERICKSONIANA
Uma vez perguntaram a Buda como ele fez para andar dois mil quilômetros.
Ele respondeu que bastou dar o primeiro passo, os outros vieram a seguir, um
depois do outro...
HIPNOSE
Um dos temores mais comum é que o terapeuta mantenha o cliente sob seu
poder, transformando-o em autômato.
Nada pode estar mais distante da verdade. Não se entra num transe a não ser
que se queira, o que faz de toda hipnose uma auto-hipnose. O terapeuta é tão
somente um instrutor, um profissional que sabe provocar o transe hipnótico.
De uma maneira geral, ninguém pode ser forçado a fazer sob transe hipnótico
algo que não faria em condições de vigília. Muitas pessoas pensam que a
hipnose é perda de consciência e que não se lembrarão do que aconteceu
quando estavam em transe. Mais uma vez, estão equivocados - a hipnose é um
estado intensificado de concentração e relaxamento. É um estado alterado de
consciência extremamente repousante e tranqüilo.
A maioria dos clientes hipnotizados fica bem consciente do que ocorre ao seu
redor na sala, a não ser que aceite a sugestão de não prestar atenção no
ambiente. De certo modo, a hipnose é um estado de percepção intensificada de
sentimentos e processos interiores.
Uma das reações mais comum em pessoas saídas do estado de hipnose é a de
não saberem se realmente foram hipnotizadas ou não. Elas esperam algo
bizarro, algo mágico, quando simplesmente se trata de um estado de
relaxamento que focaliza estímulos internos.
Não há nada de perigoso em relação à hipnose. De fato, é um dos
procedimentos mais seguros no processo terapêutico.
Quando o cliente é hipnotizado e submete-se a uma regressão, uma parte dele
está completamente consciente de que se encontra no presente. Ao mesmo
tempo, outra parte se acha convencida de que está no passado. É uma
experiência que pode ser muito convincente.
A lógica do transe é um dos sinais do transe profundo. Aqui estão os sinais da
hipnose que podem ser vivenciados. Não há necessidade de todas essas
sensações.
Sensações Internas:
- Uma sensação tão profunda de relaxamento que não se sente vontade de
fazer nenhum esforço;
- Sensação de peso, especialmente nos braços e nas pernas;
- Sensação de entorpecimento, formigamento ou insensibilidade nos pés ou
nas mãos;
- Sensação de estar flutuando;
- Sensação de estar separado do ambiente de tal modo que os arredores
parecem distantes.
Percepções externas:
- Paralisação dos músculos faciais;
- Mudança de tonalidade da pele;
- Imobilidade;
- Alteração da pulsação e da respiração;
- Mudança no tom de voz;
- Relaxamento dos músculos;
- Mudança na temperatura das mãos;
- Tremor nas pálpebras;
- Aumento do lacrimejamento;
- Avermelhamento dos olhos;
- Olhos voltados para cima (em algumas pessoas);
- Levitação dos braços.
- Mitologia grega:
Filho de Apolo e Coronis, Asclépius aprendeu com o centauro Quíron, um
tipo de sono especial que, curava as pessoas.
- Século XI:
Avicena (Abu Ali al-Husayn ibn Sina, 980 – 1037), sábio, filósofo e médico
iraniano, acreditava que a imaginação era capaz de adoecer e de curar pessoas.
- Século XVI:
Paracelso (Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim –
1493- 1541), médico naturalista, pai da medicina hermética, acreditava na
influência magnética das estrelas na cura das pessoas doentes. Confeccionava
talismãs com inscrições planetárias e zodiacais. Acreditava que o ser humano
tinha uma “força interior”. Introduziu o imã como elemento de cura
(magnetos).
- Ivan Pavlov (1849- 1936) – Médico russo que, definiu o transe como um
“sono incompleto”, causado por sugestões hipnóticas. Estas sugestões
provocariam uma excitação em algumas partes do córtex cerebral e
inibição em outras partes. Criador da indução reflexológica.
- Pierre Janet (1849- 1947)- Francês que descreveu o transe como uma
dissociação. Introduziu o termo subconsciente para diferenciar do
inconsciente.
- BIBLIOGRAFIA:
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- Mackey, Albert G. - “O Simbolismo da Maçonaria - Volume 1” - São Paulo,
Editora Universo dos Livros, 2008;
- Mackey, Albert G. - “O Simbolismo da Maçonaria - Volume 2” – São Paulo,
Editora Universo dos Livros, 2008;
- MacNulty, Kirk W. - “Maçonaria - Uma Jornada Por Meio do Ritual e do
Simbolismo” - São Paulo, Editora Madras, 2006;
- Mansur Neto, Elias - “O Que Você Precisa Saber Sobre a Maçonaria” - São
Paulo, Editora Universo dos Livros, 2005;
- Monteiro, Eduardo Carvalho - “O Esoterismo na Ritualística Maçônica” -
São Paulo, Editora Madras, 2006;
- Robinson, John J. - “Nascidos do Sangue - Os Segredos Perdidos da
Maçonaria” – São Paulo, Editora Madras, 2006;
- Revista Superinteressante - Editora Abril - Agosto/2006;
- Revista Superinteressante - Editora Abril - Setembro/2005;
- www.portalmaconico - Google.
- Programação Neurolingüística:
- Outros:
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