Professional Documents
Culture Documents
Inquérito nº 2009.0018.6655-3
Denunciado:
Denunciado:
Denunciado:
12. Ana Márcia Ferreira da Cunha asseverou que posteriormente (não sabe
precisar quando) foi procurada por Francisco de Assis Pereira, tendo
este se apresentado como advogado do escritório “MAURO
CARMÉLIO ADVOGADOS ASSOCIADOS” e patrono jurídico da
“AIG FACTORING FOMENTO COMERCIAL LTDA”, tendo-lhe
proposto assinar um Termo de Confissão de Dívida, algo que se negou
a fazer, instante em que disse a este suposto advogado que adimpliria
com suas obrigações paulatinamente, que resgataria todos os cheques,
um a um, o que de fato ocorreu, já que até o dia 05 de junho de 2009
havia resgatado 15 (quinze) dos 17 (dezessete) cheques que havia
emitido em favor da empresa vítima.
15. A Juíza de Direito Maria Iraneide Moura Silva, narrou perante o reitor
da ordem pública que foi comunicada pelo Advogado Mozart Gomes de
Lima Neto acerca do suposto mandado de penhora ordenado por sua
19. Mauro Carmélio Santos Costas Júnior narrou perante o reitor da ordem
pública que de fato recebeu do Sr. Leonam Onofre Cavalcante Sobrinho
17 (dezessete) cheques emitidos pela empresa “MARCPLAST
INDÚSTRIA DO NORDESTE LTDA”, os quais repassou para seu
primo JOSÉ FARES LOPES NETO, para que este realizasse as devidas
cobranças, já que o mesmo, em sociedade com Francisco de Assis
Pereira, possuía um firma especializada em cobrança.
20. O delatado Mauro Carmélio Santos Costas Júnior asseverou que desde
então não teve qualquer contato com o Sr. Sr. Leonam Onofre
Cavalcante Sobrinho, nem com seu primo Fares Neto, até que o Dr.
Mozart Gomes o procurou para saber o motivo pelo qual o crédito de
seu cliente não era repassado, ocasião em que ficou sabendo das fraudes
perpetradas para manter a vítima em erro.
“O Ministério Público é instituição permanente, essencial a função jurisdicional 6
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis”( Artigo 127, caput, da Constituição
Federal )
MINISTÉRIO PÚBLICO DO CEARÁ
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA
7ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA CRIMINAL DE FORTALEZA
AVENIDA DESEMBARGADOR FLORIANO BENEVIDES, 220
BAIRRO AGUA FRIA – FORTALEZA – CEARÁ - CEP 60 811 690
TELEFONES: (85) 3488 6531 / (85) 3488 6532
21. O supramencionado advogado afirmou que foi uma surpresa saber que
Fares Neto havia falsificado vários documentos, e que não reconhece a
assinatura constante nas fls. 19 dos autos como sendo sua, todavia
confirma ter assinado o Termo de Confissão de Dívida constante nas
fls. 48 dos autos, o qual Ana Marcia Ferreira da Cunha nega ter
assinado.
22. Mauro Carmélio Santos Costas Júnior aduziu ter recebido de José Fares
Lopes Neto apenas a quantia de R$ 1.200,00, referente ao suposto
acordo feito com empresa “MARCPLAST INDÚSTRIA DO
NORDESTE LTDA”, quantia esta que repassou para seu cliente.
23. O acusado José Fares Lopes Neto narrou em seu interrogatório que não
possui firma de cobrança, mas que é cobrador autônomo, razão pela
qual recebeu do acusado Mauro Carmélio ente 15 a 17 cheques para
efetuar cobranças.
24. Fares Neto asseverou que durante cinco anos recebeu dinheiro referente
a esses cheques, quantia que recebia de forma aleatória e paulatina, até
que em novembro de 2008 o Sr. Leonam manifestou insatisfação na
forma que estes valores eram pagos pela “MARCPLAST INDÚSTRIA
DO NORDESTE LTDA”, ocasião em que disse ao representante legal
da empresa credora que iria devolver os cheques através da pessoa do
Dr. Mauro Carmélio, e “acertaria as contas do recebimento” (sic).
25. O referido acusado disse que acredita que aproximadamente cinco dos
cheques emitidos pela “MARCPLAST INDÚSTRIA DO NORDESTE
LTDA” estão com Mauro Carmélio, enquanto 11 (onze) ainda estão sob
sua posse, não sabendo precisar a quantia que recebeu.
26. José Fares Lopes Neto declarou que a empresa devedora pagava
paulatinamente cada cheque, e que quando a quantia paga atingia o
valor de um cheque, este era devolvido.
“O Ministério Público é instituição permanente, essencial a função jurisdicional 7
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis”( Artigo 127, caput, da Constituição
Federal )
MINISTÉRIO PÚBLICO DO CEARÁ
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA
7ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA CRIMINAL DE FORTALEZA
AVENIDA DESEMBARGADOR FLORIANO BENEVIDES, 220
BAIRRO AGUA FRIA – FORTALEZA – CEARÁ - CEP 60 811 690
TELEFONES: (85) 3488 6531 / (85) 3488 6532
27. O supramencionado acusado, em termo de declarações bastante
confuso, asseverou que o Sr. Leonam desentendeu-se com o Dr. Mauro
Carmélio, pois esse achava que teria direito a receber R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais), enquanto este achava que a soma dos cheques
recebidos só totalizavam R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais), razão
pela qual, em janeiro de 2009, firmaram um contrato num valor
aproximado da dívida de R$74.000,00 (setenta e quatro mil reais), que
sua pessoa (Fares Neto) e Mauro Carmélio pagariam em 36 meses.
Entretanto, posteriormente, o representante da empresa credora veio a
desistir do acordo.
30. Segundo Fares Neto sempre que a empresa devedora realizava algum
pagamento, sua pessoa dava a Francisco de Assis Pereira uma
comissão, entretanto nega que seu amigo tenha recebido a quantia de
R$ 43.000,00 (quarenta e três mil reais) da “MARCPLAST
INDÚSTRIA DO NORDESTE LTDA”, até porque os cheques que
recebeu totalizavam apenas R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais).
31. José Fares Lopes Neto admite que chegou a receber a quantia de R$
26. 000,00 (vinte e seis mil reais) dos cheques que lhe foram entregues,
tendo repassado cerca de R$ 19.500,00 (dezenove mil e quinhentos
34. Francisco de Assis Pereira asseverou que de toda quantia que era paga
retirava 50 % referente à sua comissão (conforme disse ter combinado
com José Fares Lopes Neto) e repassava o restante, entretanto afirmou
não saber ao certo quanto chegou a receber pelas cobranças efetuadas,
mas disse que esse valor poderia ser equivalente a quantia de R$
43.000,00 (quarenta e três mil reais).
DA IMPUTAÇÃO CRIMINAL
DOS PEDIDOS
DENÚNCIA, para que deponham em juízo sobre estes fatos, sob as penas
da lei.
P. deferimento.
Fortaleza, 03 de dezembro de 2009.