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(O Jornal Interno de Saúde é um documento interno do SMS desenvolvido com o objetivo de levar aos
colegas de trabalho informações úteis sobre o tema da Saúde, obtidas em sites especializados e/ou
adaptadas pela Coordenação de SMS. Lembramos que as informações aqui contidas não se destinam a
prescrever medicamentos e nem induzir os colegas a automedicação. Quem deve avaliar o estado clínico e
medicar é o Médico Especialista)
Como é?
O barulho (zumbido) pode ser referido como um chiado, apito, barulho de chuveiro, de cachoeira,
de concha, de cigarra, do escape da panela de pressão, de campainha, do esvoaçar de inseto, de
pulsação do coração, batimento da asa de borboleta e de outros modos. Pode ser de forma contínua ou
intermitente, constante, mono ou politonal.
O zumbido pode ser subjetivo quando é somente ouvido pelo paciente; ou objetivo, quando
outras pessoas também podem ouvi-lo.
Quanto à intensidade, pode ser considerado leve quando só é percebido pelo paciente em certas
situações; moderado quando o paciente sabe da sua existência, porém não o incomoda; intenso
quando a sensação desagradável o incomoda, prejudicando-o em diversas situações ou atividades;
severo quando a manifestação se torna intolerável, acompanhando-o todo o tempo e dele não
conseguindo se livrar, prejudicando-o ininterruptamente em suas atividades. O grau de desconforto,
intolerância ou incapacidade causado ao paciente nem sempre se relaciona com o grau de intensidade do
zumbido. As alterações psicológicas, freqüentemente presentes, exercem fortes influências no
agravamento do sintoma zumbido.
O ouvido é divido em três partes: externo, médio e interno. O ouvido externo é formado pela orelha e canal auditivo
com a membrana timpânica no fundo do canal. No ouvido médio estão os três ossículos (martelo, bigorna, estribo) e a
abertura da tuba auditiva. O ouvido interno também chamado de labirinto, é formado pelo aparelho vestibular
(equilíbrio) e cóclea (audição). O som chega ao cérebro através do nervo coclear.
na obtenção de melhores resultados, pois vai tornar possível tratar de modo específico a doença da qual
o zumbido é apenas um sintoma.
Como se trata?
Antes de tudo, o médico deve tranqüilizar o paciente quanto à pequena probabilidade de doença
grave. Muitos pacientes diminuem a percepção de seu zumbido apenas com palavras confortantes que
lhe tirem quaisquer suspeita de "tumor na cabeça" ou "enlouquecimento". Também é importante
assegurar ao paciente que dificilmente seu zumbido vai piorar, mas pelo contrário, na maioria dos casos
pode ocorrer uma melhora com o passar do tempo.
Os ambientes excessivamente barulhentos devem ser evitados, pois é muito freqüente a queixa
de piora após exposição ao ruído. Também evitar o abuso de cafeína, limitando seu uso a três xícaras de
café caseiro por dia. Chocolate, chá (preto e mate) e refrigerantes (tipo cola) também contêm cafeína e,
além disso, muitos produtos ditos descafeinados não são isentos de cafeína, mas apresentam redução de
50% no seu teor. Evitar o fumo e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, fatores considerados
agravantes do zumbido.
Certos medicamentos em uso podem ser a causa do zumbido, como, por exemplo, o ácido
acetilsalicílico (aspirina) e os antiinflamatórios. Alguns pacientes podem, ao mesmo tempo, estar
tomando vários remédios (diabete, hipertensão, coração, depressão, ansiedade, reumatismo) e, nesses
casos, fica difícil saber qual das medicações pode ter feito o zumbido aparecer ou piora
Se houver a constatação de alterações psicológicas relevantes como depressão e ansiedade,
agravando o zumbido, um tratamento com o psicólogo ou psiquiatra tornar-se-á necessário. Tratamento
medicamentoso: não existe fórmula única de tratamento para o zumbido. Cada caso é um caso e,
portanto, o tratamento deve ser adequado para cada paciente.
O tratamento da causa é o mais eficaz, neutralizando ou suprimindo o agente agressor, curando
ou melhorando o zumbido. Muitas vezes, a causa não ficou estabelecida e para esses pacientes existem
vários medicamentos disponíveis com potencial para promover alívio. Caso isso não aconteça com a
primeira opção, muitas outras podem ser usadas.
Terapia de habituação: é uma terapia comportamental, um retreinamento das vias auditivas cujo
objetivo é provocar o desaparecimento de reação ao som do zumbido e a perda de sentimentos
negativos associados. É um processo terapêutico longo, do qual são partes importantes o
enriquecimento dos sons ambientais, o aconselhamento intensivo explicando ao paciente os
mecanismos do zumbido e o apoio psicológico.
Mascaramento: consiste na utilização de um aparelho auditivo que produz um ruído constante, a fim
de encobrir o zumbido. Baseia-se no princípio de que o ruído externo é bem mais tolerado do que o
zumbido. Esses aparelhos podem ser somente mascaradores de zumbido, ou então estarem
associados com próteses auditivas (aparelhos de surdez), dependendo da audição do paciente.
Outros métodos de tratamento poderão ser utilizados para diminuir a percepção do zumbido, como a
estimulação elétrica da cóclea, a acupuntura e técnicas de relaxamento.