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RITUAL E GUIA

DA ORDEM MARTINISTA

por

Edouard Blitz, K.T.,

Delegado Geral do Conselho Supremo da O.M. para os E.U.A., Ordem Cabalística


da Rosa+Cruz

- 1896 -

Primeira Edição

Direitos autorais, 1896,

por

Dr. Edouard Blitz

O segredo do presente documento é deixado à lealdade e à honra de quem com ele é honrado.

Emanado do Leste do mais respeitável Supremo Conselho da Ordem Martinista da França.

Nós cordialmente e fraternalmente recomendamos o “Ritual da Ordem Martinista” por Dr. Edouard
Blitz, Delegado Geral do Supremo Conselho da Ordem Martinista para os Estados Unidos da
América, em favor dos Irmãos da Instituição Martinista onde quer que estejam dispersados.

Assinado: Dr. PAPUS,

Presidente do Supremo Conselho.


PREFÁCIO

Quando, com a decadência da Arte Real, os Rosacrucianos da Inglaterra, nossos


antepassados, depositaram no ingênuo simbolismo das corporações decadentes o mecanismo
secreto de suas operações, eles acreditavam que a tradição de sua Arte chegaria às gerações futuras
em toda sua pureza.
Ainda com toda engenhosidade que tiveram, a intenção destes últimos Adeptos não foi
realizada; em nenhum outro lugar a ciência sagrada sofreu as mais severas mutilações como no
âmago desta Irmandade, a qual decaiu ao grau de uma sociedade ignorante de sua própria natureza e
de suas objetivos primordiais.
Martinez de Pasqually e seu discípulo, Louis-Claude de Saint-Martin, contemporâneos dos
últimos Rosacrucianos da Inglaterra, não consideraram necessário confiar a estas associações
mercenárias a Tradição Hermética que eles haviam preservado; senão que uniram ao seu redor um
pequeno grupo de Homens de Desejo prontos para sacrificar sua personalidade, sem outra esperança
de recompensa que a transmissão a alguns discípulos, selecionados cuidadosamente, dos
ensinamentos luminosos dos Hierofantes da antiguidade e seus sucessores, os Cabalistas e os
Doutores do Hermetismo da Idade Média.
O Martinismo viveu obscuramente, distante das convulsões das associações, ao menos nos
círculos externos, e absorto na contemplação dos grandes mistérios da Natureza, até que o
movimento universal em direção ao Idealismo fez brotar um testemunho eloqüente sempre em favor
da opinião avançada pelos observadores verdadeiros e honestos: a saber, que o Materialismo é
incapaz de responder aos desejos do homem de ciência; que o Clericalismo é odioso para o homem
de verdadeiros sentimentos religiosos; que uma alma pura se rebela diante da luta repugnante entre
uma filosofia impotente e uma teologia corrupta, e demanda que os dois são enterrados para sempre
sob o soberano desprezo do homem.
Hoje, milhares de homens e mulheres buscam refugio na sabedoria dos Antigos, na ciência
dos tempos que não conheceu perseguições religiosas nem intolerância científica – destes tempos
quando a sabedoria de um Iniciado nos Mistérios Egípcios, a riqueza de um adorador de Moloch, e
a habilidade de um seguidor de Mitra, trabalhavam com a mais sublime harmonia na construção de
um Templo erguido ao Deus de Israel, templo no qual uma idólatra, a bela rainha de Sabá, e outro
idólatra, Alexandre, o Grande, foram adorar no Santo dos Santos.
Na presença deste fatal retorno para a sabedoria da antiguidade, que produziu Rama,
Krishna, Hermes, Moisés, Pitágoras, Platão e Jesus, o Martinismo, depositário da tradição sagrada,
retirou de sua obscuridade voluntária e abriram seus santuários da ciência aos Homens de Desejo,
capazes de entender seus símbolos, os animando com seu ardor, separando ao que é débil, até que a
seleção especial de seus Superiores Incógnitos esteja completa; então o Martinismo dissolverá suas
assembléias e regressará ao seu letargio milenar.
O presente ritual contém a filosofia de nosso Venerável Mestre, baseada essencialmente nas
teorias Egípcias apropriadas por Pitágoras e sua escola. Contém em seu simbolismo a chave que
abre “o mundo dos Espíritos que não é seguro”; segredo inefável, incomunicável, somente
compreensível pelo verdadeiro Adepto.
Este trabalho não profana a santidade do véu de Ísis por suas revelações imprudentes.
Porque somente alguém que seja digno e que está versado na história do hermetismo, de
suas doutrinas, de seus rituais, de seus cerimoniais e de seu hieroglifos, poderá penetrar o segredo, e
conhecer o significado real do reduzido número de símbolos oferecidos aqui para a meditação do
Homem de Desejo.
.'. .'. .'.
ESQUEMA HISTÓRICO DO RITO

Louis-Claude de Saint Martin, o Filósofo Desconhecido, nasceu em Amboise (próximo de


Loire) a 18 de Janeiro de 1743, e morreu em Aulnaye (próximo de Sceaux), a 13 de Outubro de
1803. Iniciado no estudo e prática da filosofia hermética por Martinez de Pasqually, e no
conhecimento do Absoluto pela meditação nas obras de Jacob Boehme, Saint Martin defendeu até
aonde pôde a pureza da Tradição contra as injúrias dos profanadores. Sempre sustentou os esforços
de seus trabalhos para que tendessem a salvar a parte perdida da Tradição conservada pela Franco-
maçonaria e da qual esta Ordem havia ignorado sua importância.
Numerosas Lojas de Filósofos Desconhecidos foram fundadas por Martinez de Pasqually e pelo seu
discípulo Louis-Claude de Saint Martin; o quartel general do Martinismo foi a cidade de Lyon na
Loja dos Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa.
Em sua origem, as Lojas martinistas compreendiam 7 graus:
1- Aprendiz,
2- Companheiro,
3- Mestre,
4- Mestre Perfeito,
5- Elu (Eleito),
6- Escocês,
7- Sábio

A supressão dos 3 primeiros graus transformaram a iniciação, a qual foi reduzida aos 3 graus
essenciais e aos graus adicionais de aplicação. Assim foi estabelecida a ordem dos S I.
TABELA COMPARATIVA DOS PRINCIPAIS RITOS
(Total ou parcialmente derivados do Rito
dos Elus Cohen (1766-1780))

Illuminati Illuminati Filaletos Rito Primitivo


de Avignon Teosofistas de Narbonne
(Hermético) (Místico) (Ocultista) (Rosicruciano)
DON PERNETY CHASINNIERE SAVALETE DE
LANGES
(1766) (1767) (1773) (1780)

MASONERIA MENOR
Aprendiz Aprendiz Aprendiz
Verdadeiro Maçom Companheiro Companheiro Companheiro
Mestre Mestre Mestre
V.M. no Caminho Corr. Mestre Perfeito
Eleito Eleito
Arquiteto
Escocês Sublime Escocês
Sublime Escocês Cav.'. Da Espada
Cav.'. De Oriente Cav.'. Do Oriente
Cav.'. Chave Dourada

MAÇONARIA MAIOR
Pr.'. Jerusalem
Cav.'. Arco-iris Rosa+Cruz
Irmão Azul I. Cap. R+C (Simbólico)
Cav.'. Do Templo II. Cap. R+C (Histórico)
Filósofo Incógnito
Cav.'. Argonauta III. Cap. R+C (Filosófico)
Irmão Vermelho Filósofo Sublime
Cav.'. Velocino Dourado Iniciado IV. Cap. R+C (Ocultista)
Filaleto
TABELA DAS TRANSFORMAÇÕES
DO RITO MARTINISTA (1750-1887)

ELEITOS COHEN RITO RETIFICADO ESCOCISMO ORDEN


REFORMADO MARTINISTA
Fundado por Estabelecido por San de San Martin Rito Moderno
Martinez Pasqually Martin Praticado na Alemanha Praticado na França
(1750) (1767) (1782) (1887)

PRIMEIRA CLASE PRIMEIRO TEMPLO PRIMEIRO TEMPLO


Aprendiz Aprendiz Aprendiz
Companheiro Companheiro Companheiro
Mestre Mestre Mestre
Mestre Passado Mestre Perfeito Associado (Filosófico)
Grande Eleito Eleito Eleito
Grande Arquiteto
Escocês
Aprendiz Cohen Maçom do Segredo Iniciado (Místico)

SEGUNDA CLASE SEGUNDO TEMPLO


Comp. Cohen Pr.'. Jerusalém
Mestre Cohen S. I. (Cabalístico)
Grande Arquiteto Sábio
Cav.'. Palestina S. I. I. (Administrativo)

SEGUNDO TEMPLO
Grado V
Cav.'. Kadosch
Cav.'. Comendador
Grado VI
Grado VII
TRABALHOS DE SAINT-MARTIN

Recomendamos particularmente ao Filósofo Incógnito, ao Orador, e por suposto ao todo


Iniciado no Martinismo.

1.DES ERREURS ET DE LA VÉRITÉ (“Dos Erros e da Verdade”) [Místico e Filosófico]


2.TABLEAU NATUREL DES RAPPORTS QUI EXISTENT ENTRE DIEU, L’HOMME ET
L’UNIVERS (Tábua Natural das relações que existem entre Deus, o Homem e o Universo”)
[Trabalho baseado sobre o Tarot]
3.L’HOMME DE DÉSIR (“O Homem de Desejo”) [Recomendado mui particularmente]
4.LES NOMBRES (“Os Nomes”) [Trabalhos póstumos]
5.LE MINISTÈRE DE L’HOMME ESPRIT (“O Ministério do Homem Espírito”) [Fisiologia do
homem intelectual ou supremo]
6.LE CROCODILE (“O Crocodilo”) [Estudo do Astral]
7.TRADUÇÕES (de trabalhos de Jacob Boehme).

REGRAS GERAIS
Título: Esta organização é conhecida como Ordem Martinista.
Qualidade do Membro: A pessoa de qualquer condição e de qualquer religião pode ser admitida na
Ordem (Art. IV dos Estatutos dos Filósofos Incógnitos). A Ordem, estando embasada na doutrina
da Cabala a qual proclama a perfeita igualdade entre homem e mulher, admite as mulheres como
membros sob certas restrições. Não podem ser admitidos à iniciação: escravos, menores de idade, e
mulheres solteiras menores de 25 anos; exceto por dispensa escrita do Presidente do Supremo
Conselho.
Governo: O governo da Ordem se deve a 3 corpos, chamados respectivamente, por ordem
hierárquica: Supremo Conselho, Grande Conselho e Loja.
A) Supremo Conselho: A autoridade do Supremo Conselho reside em Paris (França), e é absoluta.
B) Grande Conselho: A autoridade do Grande Conselho está confiada a departamentos ou mesas, e
serve para regular: Delegados Gerais, Inspetores Principais, Inspetores Delegados, os quais são os
dirigentes em suas jurisdições, exceto no que concerne às coisas que estejam sob a autoridade do
Supremo Conselho.
C) Loja: A autoridade de uma Loja está determinada e limitada pelo Supremo Conselho ou pela
Dispensa do Grande Conselho, dispensa chamada Carta do Supremo Conselho. Uma Loja
Martinista não é regular se esta Carta ou Dispensa não está exposta no local de tal Loja.

OFICIAIS
Os Oficiais de uma Loja são os seguintes:
Conselho: O Filósofo Incógnito, o Irmão Incógnito, o Irmão Iniciado, o Irmão Associado.
Comitê de Examinadores: Orador, Experto*, Primeiro Introdutor*, Segundo Introdutor*.
Administação: Mestres dos Selos*, Tesoureiro, Secretário.
Ordem: 1º Mestre de Cerimônias, 2º Mestre de Cerimônias, Guardião, Marechal*.
Casa: 1º Economista*, 2º Economista*.
Capela: Organista, Coro.

(*) Estes Oficiais podem ser dispensados ou substituídos por outros.

FUNÇÃO DOS OFICIAIS


1.O Filósofo Incógnito é a primeira Luz da Loja; todos os membros lhe devem o maior respeito e a
maior obediência; não é repreensível em suas funções, e não está sujeito a eleição. Preside a
abertura e encerramento de todos os trabalhos; firma todos os registros e todos os documentos;
ordena todos os gastos, nomeia todos os Comites ou Comissões e os preside; confere todos os graus
de acordo com o ritual, e antes de fevereiro envia ao Delegado Geral do Supremo Conselho o
informe de trabalho de todo o ano ao Orador, Tesoureiro, Mestre de Selos, o Secretário e o
Arquivista, com suas anotações pessoais.
2.O Irmão Incógnito, o Irmão Iniciado e o Irmão Associado são nomeados pelo Filósofo Incógnito.
Eles exercem, depois do Filósofo Incógnito, a autoridade dentro da Loja, e mantêm a ordem e o
silêncio em suas respectivas colunas. Em caso de membros insuficientes para cobrir os postos da
Loja, o Irmão Incógnito será encarregado das funções de Mestre de Selos, e estas funções
consistirão em guardar o selo da Loja, estampado este junto com sua firma nos papéis enviados por
sua autoridade ou em conformidade com as prescrições da Constituição Geral do Supremo
Conselho e das regras particulares da Loja; além do mais, deverá registrar todos os documentos que
sejam selados, firmados e entregues em nome da Ordem.
3.O Irmão Iniciado estará a encargo das funções de Experto, cujo ofício é cuidar de que todos os
irmãos estejam vestidos apropriadamente, e em caso contrário, fazer com que eles obedeçam as
regras da Ordem e dar conta sem demora delas ao Orador. O Experto está a cargo de examinar aos
visitantes e é assistido pelos Introdutores (Primeiro e Segundo).
4.O Irmão Associado estará a encargo das funções de Economista, quem tem por missão executar as
ordens do Filósofo Incógnito e dos três Assessores, os quais constituem o Conselho de
Administração, e coisas relativas às festas da Ordem e juntas extraordinárias da Loja, assim como
supervisionar a preparação das Câmaras de Instrução.
5.O Orador está encarregado da manutenção e cumprimento da Constituição Geral da Ordem. Ele é
designado pelo Grande Conselho, e é o representante junto com o Deputado da Loja, nas juntas
oficiais do Grande Conselho. Deve velar pelo cumprimento estrito das Leis e Regulamentações da
Ordem, e comunicar imediatamente ao Grande Conselho e seu Delegado quando elas forem
infringidas. O Orador lê as instruções do simbolismo que tem todos os graus e preside as Comissões
de Examinadores. É seu dever cuidar dos arquivos para instrução, das leituras, e também apresentar
à Loja (no sábado anterior a 18 de Janeiro) o sumário dos trabalhos de todo ano, assim como a
situação moral e financeira desta Loja. Este informe deverá ser entregue ao Filósofo Incógnito para
suas observações e firma.
6.O Tesoureiro recoleta e recebe todo o dinheiro e consequentemente fornece recibos dele e o
guarda para a Loja; qualquer pagamento que faça com este dinheiro por ordem do Filósofo
Incógnito é atestado pelo Secretário. Todos os recibos e pagamentos que faça devem ser registrados
nos livros para tal efeito. Ele apresenta um informe mensal da situação financeira da Loja; este
informe deverá ser firmado pelo Filósofo Incógnito.
Nota: (Nas Lojas francesas todo isto é as custas do Filósofo Incógnito, e todas as contribuições dos
membros estão proibidas).
7.O Secretário, por ordem do Filósofo Incógnito firma todas as cartas de convocação, diplomas, etc.
Registra todos os atos da Loja, assim como os informes financeiros e outros informes, e os envia
para firma do Filósofo Incógnitos. Deve registrar todas as recepções de Neófitos ou Afiliações,
assim como os avanços das novas luzes, num livro preparado para este objetivo, indicando: nomes,
nomes místicos, datas e lugares de nascimento, profissões e ocupações, qualidade dos membros em
outras Fraternidades ou Sociedades Iniciáticas, lugares de residência, etc, de todos os membros da
Loja, e dará uma cópia deste registro ao Filósofo Incógnito, com uma coluna adicional na qual
escreverá suas observações secretas e particulares. Na ausência do Arquivista, o Secretário deverá
manter em um lugar seguro a correspondência e os documentos oficiais concernentes à Loja, livros,
jóias, distintivos e tudo o que for relativo ao ritual e a Loja, já que isto também é uma de suas
responsabilidades. Deverá apresentar anualmente uma conta do estado destas coisas, a qual será
emitida para aprovação e firma do Filósofo Incógnito.
8.O Guardião deverá cuidar da Loja completamente, passando mensagens, atendendo os assentos do
Comitê, as Convocações, e manter a Loja e a Antecâmara em uma ordem perfeitas.
9.O Marechal estará a cargo das Câmaras de Instrução durante os trabalhos secretos da Loja, e
deverá cuidar para que nada interrompa a sessão duranto estes momentos. Está sob as ordens
imediatas dos Expertos; coloca aos acusados no juízo do Orador e os põe fora da porta da Loja
quando estes são excluídos do corpo.
Disposição dos Oficiais
(Primeira Câmara)

Filósofo Incógnito
Irmão Incógnito
Irmão Iniciado
Irmão Associado
Orador
Experto
Primeiro Introdutor
Segundo Introdutor
Arquivista
Mestre de Selos
Tesoureiro
Secretário
Primeiro Mestre de Cerimônias
Segundo Mestre de Cerimônias
Guardião
Marechal
Primeiro Economista
Segundo Economista
Organista

[X] Membros Ordinários


TABELA COMPARATIVA
NOMES DOS OFICIAIS

IDIOMA FRANCÊS IDIOMA INGLÊS IDIOMA PORTUGUÊS

Philosophe Inconnu Unknown Philosopher Filósofo Incógnito


Frère Inconnu Unknown Brother Irmão Incógnito
Frère Initié Brother Initiate Irmão Iniciado
Frère Associé Brother Associate Irmão Associado
Orateur Orator Orador
Expert Expert Experto
Premier Introducteur First Introducer Primeiro Introdutor
Second Introducteur Second Introducer Segundo Introdutor
Maître des sceaux Master of Seals Mestre de Selos
Trésorier Treasurer Tesoureiro
Secrétaire Recorder Secretário
1er Maître des Cérémonies First Master of Ceremonies Primeiro Mestre Ceremônias
2e Maître des Cérémonies Second Master of Ceremonies Segundo Mestre Ceremônias
Garde Guard Guardião
Maréchal Marshal Marechal
1er Econome First Steward Primeiro Economista
2e Econome Second Steward Segundo Economista
Organiste Organist Organista
Choer Choir Coro
ROUPAS, JÓIAS, DISTINTIVOS E REGALIA

Os Oficiais e membros deverão vestir durante suas reuniões as roupas e distintivos


pertencentes as suas respectivas funções.
As túnicas são brancas para o Conselho, e levam ao redor da cintura: um cordão dourado
para o Filósofo Incógnito, e um cordão prateado ou branco para os 3 Assessores. Eles vestirão uma
touca de seda branca com o pentagrama bordado em ouro, e também um colar branco de seda ou
veludo, com os seguintes emblemas suspensos neles:

Irmão Incógnito.: O selo de Salomão, em dourado;


Irmão Iniciado.: O pentagrama, em dourado;
Irmão Associado.: A cruz de Malta, em dourado.

As túnicas são vermelhas para a Mesa Diretora, os quais são o Orador, o Mestre de Selos, o
Tesoureiro, o Secretário, o Experto, Primeiro e Segundo Introdutores, e o Arquivista; a túnica
levará a orla dourada para os primeiros 4 Oficiais, e prateada ou branca para os outros quatro. Eles
usarão touca de seda vermelha com o Pentagrama dourado, e colar branco de seda ou veludo, com
os seguintes emblemas suspensos neles:

Orador: o Tríplice Tau, dentro de um círculo, em dourado;


Mestre de Selos: um Anel de Sinete, em dourado;
Tesoureiro: duas Chaves Cruzadas, dentro de um círculo, em dourado;
Secretário: duas Canetas Cruzadas, dentro de um círculo, em dourado;
Experto: duas Mãos Juntas, dentro de um círculo, em dourado;
Introdutores: duas Mãos Juntas, em prateado;
Arquivistas: um Rolo, em dourado .

As túnicas serão pretas para o Mestres de Cerimônias, Economistas e Guardião, com cordão
dourado para os Mestres de Cerimônias, prateado ou branco para os Economistas e preto para o
Guardião. Eles vestirão uma touca preta de seda com um Pentagrama dourado, e um colar branco
com os seguintes emblemas suspensos neles:

Primeiro M. De Cerimônias: dois Bastões Cruzados, dentro de um triângulo, em dourado;


Segundo M. De Cerimônias: dois Bastões Cruzados, dentro de um triângulo, em prateado;
Primeiro Economista: um Feixe, dentro de um triângulo, em dourado;
Segundo Economista: um Feixe, dentro de um triângulo, em prateado;
Guardião: duas Espadas Cruzadas, dentro de um triângulo, em prateado.

O Marechal vestirá o “gibão” preto do século XVI e levará um cetro ou uma bengala longa e
pesada ou uma alabarda. Sua insígnia é uma corrente metálica posta como um colar.
As túnicas dos Membros serão pretas, com um cordão preto. A touca de seda preta com um
Pentagrama prateado bordado sobre ela; com exceção dos Associados, os quais vestirão a Cruz de
Malta.
Os S.I. vestirão uma estola branca do ombro direito ao lado esquerdo, com as letras S. I.
entre seis pontos dispostos em dois triângulos opostos, da maneira seguinte:
Os Iniciados vestirão uma estola vermelha do ombro direito ao lado esquerdo, e os Associados
vestirão uma estola vermelha do ombro esquerdo ao lado direito.
Todos os Oficiais e Membros usarão a Máscara de seda preta, exceto o Marechal.

UTENSÍLIOS

O Filósofo Incógnito usará um bastão curto de metal branco tendo em cada extremo um cristal
oblongo ou pirâmide de vidro em forma de uma lança.

O Irmão Incógnito usará um bastão similar, porém terminado como tridente ou forquilha, formado
por três pontas triangulares oblongas descansando numa barra transversal.

O Irmão Iniciado usará o bastão de poda dourado dos Druidas.


O Irmão Associado, uma espada dourada.
Os Mestres de Cerimônias, um bastão largo.
O Guardião, uma espada flamígera.
O Marechal, o cetro, o bastão, ou a alabarda.
Todos os membros usarão uma espada.

DECORAÇÃO DE UMA LOJA

A decoração de uma Loja deverá incluir os símbolos essenciais da Ordem, aos quais o Conselho da
Loja poderá adicionar algum.

HONRAS A RENDER AOS VISITANTES

As honras a render numa Loja, serão as seguintes:


a) Aos Filósofos Incógnitos e os Oradores: são recebido com o Oficial que preside sentado no seu
lugar e os membros permanecendo sentados.
b) Aos Delegados do Grande Conselho: são recebidos pelo Filósofo Incógnito sentado em seu lugar,
com o bastão elevado, os membros de pé em seu lugar e com a ponta de suas espadas para baixo.
c) Aos Delegados do Supremo Conselho: são recebidos à porta da Loja pelo Filósofo Incógnito, o
qual os conduz a u m lugar de honra no Oriente. Os membros de pé e com as espadas em alto
(levantadas).
d) Aos Delegados Gerais ou Presidente dos Grandes Conselhos: são recebidos da mesma maneira,
porém o honrarão os três Assessores com o Filósofo Incógnito.
e) Ao Presidente do Supremo Conselho ou Grande Mestre da Ordem Martinista: será recebido da
maneira descrita acima, porém os membros formando a Abóboda de Aço.

Nota: Como uma questão de cortesia, os maçons que sejam Soberano Grande Inspetor Geral (Grau
33º do Rito Escocês Antigo e Aceito) ou Grandes Mestres (do Rito York), será permitido que
visitem (vestidos formal e apropriadamente) os trabalhos da Câmara Filosófica da Loja Martinista,
quando esteja em sessão. Serão recebidos com as honras relativas aos Filósofos Incógnitos.

EXAMES

Quando um estranho se apresenta a entrada da Loja, sem que o Filósofo Incógnito haja sido
notificado de tal visita, será examinado minuciosamente pelo Experto e os dois Introdutores. Deverá
trazer consigo seu Diploma com a firma do Delegado Geral, sua túnica e sua máscara e conhecer as
palavras de reconhecimento da Ordem.

PALAVRAS DE PASSE
A cada seis meses o Supremo Conselho dará aos Presidentes dos Quadros e aos Delegados as
palavras de passe, tratando de assegurar com ele o bom funcionamento da Ordem.
(Estas palavras deverão ser perguntadas a todos aqueles que se apresentam aos trabalhos, e não
serão comunicadas fora da Loja).
Nota: Cada Quadro pode ter sua palavra de passe local, da qual estarão excluídos os martinistas no
afiliados.

CASTIGOS

Os castigos que podem ser pronunciados contra um Quadro, são os seguintes:


1.Uma repreensão.
2.A privação das palavras de passe e o envio de Deputados.
3.A anulação da Carta.
Estes castigos são pronunciados depois de uma junta do Grande Conselho; provisionalmente, os
castigos são pronunciados pelos Delegados do Grande Conselho. Estes serão definitivos depois do
juízo e do expressado pelo Grande Conselho.

Honras

O Supremo Conselho dará a seus membros e Oficiais do quadro, a quem desejem distinguir por sua
devoção a Ordem, as distinções seguintes:
1.Diplomas de Honra pessoais.
2.Medalhas, com menção especial enviada a todos os Quadros da Ordem.
3.Medalhas distintivas, com menção especial enviada a todos os Quadros da Ordem.

Emendas

O Supremo Conselho da França e o Grande Conselho do país são livres para fazer modificações nas
presentes Regras, conforme o considerem necessário. Os Presidentes dos Quadros serão informados
regularmente de qualquer adição ou modificação aos presentes Estatutos.
PRIMEIRA CÂMARA DE INSTRUÇÃO
(FILOSÓFICA)

GRAU ASSOCIADO (A:::)

NOTA: A Loja Martinista não pode abrir seus trabalhos senão até que estejam presentes pelo menos
7 membros; não se pode deliberar nenhum trabalho antes que o Filósofo Incógnito esteja em seu
trono.
Todos os trabalhos, exceto o outorgamento de graus e as leituras especiais, tem lugar nesta Câmara
Filosófica.
(Os Irmãos estarão reunidos previamente na antesala deste quarto).

ABERTURA

Filósofo Incógnito: (X)(Dá um golpe, e diz): Meus Irmãos, por que estamos reunidos?

Irmão Incógnito: Para deliberar na busca das operações da Natureza, Mui Sábio Mestre.

Filósofo Incógnito: Se tal é nossa intenção, vamos a realizá-lo lhe à Câmara de Instrução. Irmão
Guardião, aproxima-te e dá a palavra semestral. (Se executa a ordem). Vamos a ir além do Quarto
de Instrução e revisar a palavra de passe dos Irmãos enquanto vão entrando. Irmão Segundo Mestre
de Cerimônias, chamai aos irmãos a ordem e guiai-os a dito quarto.
Segundo Mestre de Cerimônias: Atenção meus irmãos, entrem.
(Todos os Irmãos formam uma só linha. O Segundo Mestre de Cerimônias os guia; cada um dá em
voz baixa a palavra de passe semestral ao Guardião, que está fora da porta, a direita dos Irmãos.
Todos os Oficiantes, exceto o Segundo Mestre de Cerimônias e o Marechal permanecem no
recebedor. Todos os Irmãos são dirigidos aos seus postos respectivos e permanecem alí. Todos
portarão seus distintivos e suas máscaras. Quando tudo esteja em ordem, serão anunciados os
Oficiais por 3 golpes dados pelo Marechal. Todos os irmãos giram a ponta de suas espadas de cima
para baixo. Os Oficiais, recebidos pelo Marechal, entram na Câmara na seguinte ordem: O
Marechal, o Primeiro Mestre de Cerimônias, o Primeiro e Segundo Introdutor juntos, o Mestre de
Selos, o Segundo e Terceiro Assessores juntos, o Primeiro Assessor sozinho, e o Filósofo Incógnito,
o qual é seguido pelos Economistas juntos; a procissão é encerrada pelo Experto. Ao Oriente
tomarão assento: o Primeiro Mestre de Cerimônias, o Orador, o Tesoureiro, o Secretário, o Mestre
de Selos, e o Filósofo Incógnito; o Presidente toma assento primeiro. O resto da procissão chega ao
Sul, ao Oeste e ao Norte, e se sentam até que os Oficiais ocupem seus respectivos postos).

Filósofo Incógnito: (X) (Dá um golpe e todos os membros da Loja tomam assento, depois disto,
diz): Irmão Incógnito, estamos protegidos adequadamente contra a curiosidade dos profanos?

Irmão Incógnito: (X) (Dá um golpe e diz): Irmão Experto, limpe o acesso a Câmara Filosófica,
que o Guardião cuide da Loja por que vai ser aberta no Primeiro Grau, e peça a palavra de passe a
todos os irmãos.
(X-X-X-X-X) (O Experto da cinco golpes, os Introdutores se aproximam do posto do Experto, e os
três fazem o percurso por toda a Loja pedindo a palavra do Primeiro Grau).

Experto: Os aredores do quarto estão desertos, tudo está em silêncio, o Guardião está em seu posto,
e todos os presentes são Martinistas e tem a palavra.
Irmão Incógnito: Dá-me a palavra de passe (Se executa a ordem. X, dá um golpe, os Oficiais
tomam assento em seus postos, e diz): Mui Sábio Mestre, estamos protegidos adequadamente.

Filósofo Incógnito: Irmão Incógnito, sois martinista?

Irmão Incógnito: Sou um Filósofo da unidade, Mui Sábio Mestre.

Filósofo Incógnito: Em que momento iniciam seus trabalhos martinistas?

Irmão Incóginito: O trabalho de um martinista nunca se interrompe, Mui Sábio Mestre.

Filósofo Incógnito: Por que?

Irmão Incógnito: Porque sua meta, que tenta cumprir, é o uso constante de suas faculdades
intelectuais, exceto durante alguns momentos de descanso do corpo, que necessita por sua
debilidade de natureza física.

Filósofo Incógnito: E quando tem lugar estes momentos de descanso do corpo que nossas tradições
concedem ao martinista?

Irmão Incógnito: Quando o sol, demonstração visível do centro invisível de toda vida e de toda
luz, derrama sobre todas as criaturas sua influência tonificante.

Filósofo Incógnito: Quando o martinista está mais desejoso para trabalhar?

Irmão Incógnito: Durante as horas de escuridão física, no silêncio profundo da meditação, quando
a iluminação (discernida no centro da natureza) descobre a fonte de toda natureza e de toda verdade,
e unidos em espírito com os agentes virtuosos da Pessoa.

Filósofo Incógnito: Que horas são? (Doze golpes são dados lentamente num gongo ressonante)

Irmão Incógnito: É meia-noite para os profanos, mas o sol intelectual apenas nasce nesta
assembléia. (Neste ponto o fogo do centro é acendido).

Filósofo Incógnito: (XXX) (Os Irmãos se levantam) Meus Irmãos, unidos em corpo, nos unamos
em alma e em espírito, invoquemos a influência do invisível, para que a luz visivel deslumbre
nossos olhos.
(Os irmãos, exceto o Conselho, formam ao redor do Pantáculo central um triângulo com a ponto
para o Oriente, joelhos e mãos unidas, cada um dando a seu irmão da direita a mão esquerda e ao
da esquerda sua mão direita, os braços direitos por cima e a cabeça inclinada. Soa música
suavemente).

Filósofo Incógnito: Venha a nós, oh Noudo-Raabts!

Irmão Incógnito: Venha, oh IEOSCHUAH Omneros!

Irmão Iniciado: Em nome de Iod-He-Shin-Vau-He!


Irmão Associado: Em nome de I.N.R.I.! Amém

(Silêncio)
Filósofo Incógnito: (X-X-X) (Dá 3 golpes lentamente).

Irmão Incógnito: (X-X-X) (Dá 3 golpes lentamente).

Irmão Iniciado: (X) (Dá um golpe)

(Cessa a música; os irmãos regressam a seus postos lentamente e em silêncio).

Filósofo Incógnito: Irmãos, em nome do Supremo Conselho da Ordem Martinista, declaro aberto
os trabalhos da Loja (nome e número). Juntos, irmãos, pelo Sígno, a Batería e a Aclamação. (Se
executa a ordem).
Irmão Segundo Mestre de Cerimônias, avisa o Guardião (Se executa a ordem).
ORDEM DOS TRABALHOS

Esta ordem de trabalhos deve ser estritamente mensal, e todos os comunicados deverão estar
controlados:

1)Abertura dos trabalhos.


2)Leitura da Minuta dos últimos comunicados e de comunicados especiais.
3)Leitura e informe das Solicitações.
4)Leitura de trabalhos incompletos.
5)informe das Comissões.
6)Leitura dos comunicados.
7)Votação (se for necessário).
8)Leitura de novos trabalhos.
9)Leitura ou Conferência.

A ordem dos trabalhos das Oficinas semanais (ou quinzenais), será o seguinte:

1)Abertura dos trabalhos


2)Leitura da minuta da última oficina semanal (ou quinzenal)
3)Leitura ou trabalho
4)Discussão geral, na qual os membros deixaram seus postos tão pronto o Filósofo Incógnito
suspenda os trabalhos.

NOTAS:
1.Em todas as moções e debates deverão ser observadas as regras parlamentarias, tanto como
estipula a Constituição Geral do Supremo Conselho e os usos tradicionais.
2.A Loja não admitirá a nenhum Visitante a suas Oficinas regulares durante a execução dos
trabalhos
FECHAMENTO

Filósofo Incógnito: (Dá 3 golpes).

Irmão Incógnito: (Dá 3 golpes).

Irmão Iniciado: (Dá 1 golpe).

Filósofo Incógnito: Oh homens regenerados! Oh vós que representam no invisível a Encarnação


Divina! Oh Mestres do Oriente e Ocidente! Os agradecemos que hajam vindo a presidir nossas
ações. Que nossa alegria, força de nossas dores, magnetize nossas operações em direção a vossos
planos Astrais.

Irmão Incógnito: Oh Deus feito homem! Oh IEOSCHUA, seja nosso guia! Oh crucificado no sol
invisível! Atende com suas emanações vivificantes nossa Obra de Luz e Redenção.

Irmão Iniciado: Em nome de Iod-He-Shin-Vau-He.

Irmão Associado: Por I.N.R.I., Amém.

Filósofo Incógnito: Comigo irmãos, pelo sígno (1), a Bateria (5), e a Aclamação (6).

Filósofo Incógnito: (Dá 3 golpes).

Irmão Incógnito: (Dá 3 golpes).

Irmão Iniciado: (Dá 1 golpe).

Filósofo Incógnito: « A Glória de Ieoschua, Grande Arquiteto do Universo, e sob os auspícios do


Filósofo Incógnito, nosso Venerável Mestre, os trabalhos da Loja Martinista (Nome e Número)
estão suspensas momentaneamente; durante o tempo que estejamos separados de nossa obra, nos
comportemos com prudência e discrição. »

(O Segundo Mestre de Cerimônias se levantade de seu lugar e se dirige para o Oriente, passando
pelo Sul. Cada irmão se une ao cortejo ao momento que este passa por seu lugar. Os Oficiais
permanecem em seu posto até que os irmãos estejam na porta do Laboratório e se formam na
mesma ordem que antes. Em cada percorrida, o Mestre de Cerimônias encerra a marcha. Todos
saem pela porta do local. O guardião é relevado de seu posto. Todos retiram suas insígnias, e se
retiram em silêncio).

.'. .'. .'.


PRIMEIRO GRAU

ASSOCIADO (A:::)

CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO

Todos as pedidos de Iniciação deverão ser dirigidas a direção postal particular do Filósofo
Incógnito e deverá estar firmada pelo candidato e por dois membros da Loja. Estas solicitações
serão lidas na reunião regular mensal tendo os nomes dos candidatos, os quais serão secretos em
poder do Comitê de Investigação (composto de 3 membros), o qual estará obrigado a render o
seguinte informe:
« Nós prometemos por nossa palavra de honra, a qual é sagrada, não revelar os nomes dos
solicitantes, na moralidade da qual é nossa missão proteger ».
Os nome e as direções dos candidatos serão dados ao Comitê em envelopes fechados. Tendo este, o
Comitê deverá fazer uma investigação dos membros e dar mensalmente um informe detalhado e
completo deles. Se forem aprovados os pedidos, os demandantes são avisados pelos assinantes de
seus pedidos, os quais serão chamados previamente e introduzidos a Loja. [Depois de que todos os
requisitos estejam cobertos e os demandantes presentes na Loja, se iniciará a cerimônia].

Filósofo Incógnito: (X) (Dá um golpe, e diz): Irmão Segundo Mestre de Cerimônias, verifique se
há algum candidato a espera de receber a Luz.
(O Segundo Mestre de Cerimônias abandona o salão, e ao regressar da 2 toques a porta. Ao seu
regresso à Loja, por meio da sala e ante o Pentáclo faz o signo, e dirigindo-se ante ao trono, diz):

Segundo Mestre de Cerimônias: Mui Sábio Mestre, há um candidato para receber a Luz.

Filósofo Incógnito: Foi devidamente selecionado?

Segundo Mestre de Cerimônias: Sim, ele foi.

Filósofo Incógnito: Como podereis provar?

Segundo Mestre de Cerimônias: Sua presença aqui em companhia de 2 Honrados Irmãos desta
Loja e a promessa que trago aqui.

Filósofo Incógnito: (X) (Dá um golpe, e diz): Irmão Primeiro Mestre de Cerimônias, dá-me esta
promessa.
(Depois que está ordem é executada, o mesmo Filósofo Incógnito a lê, dizendo):

OBRIGAÇÃO
« Eu (nome do candidato), prometo solenemente e juro para sempre não revelar o nome de meu
Iniciador, os segredos, as cerimônias e rituais, símbolos, palavras sagradas, sígnos e segredos ou
mistérios da Ordem Martinista a ninguém a quem não seja reconhecido por mim como membro da
Ordem, depois de um exame atento de seu Diploma. Prometo e juro executar as ordens desta Loja
ou daquelas as quais pertença consecutivamente, assim como as ordens do Grande Conselho
regional ou do Supremo Conselho Central, e obedecer as ordens de seus Delegados. Além do mais,
prometo e juro observar os ensinamentos do Martinismo esforçando-me para o benefício da maior
Glória de Deus e de meus congêneres. Para a fiel observância desta obrigação, entrego minha
palavra de honra, a qual é sagrada, e coloco voluntariamente minha firma (Ne varietur) para selar
este compromisso ».
Firma
Testemunhas
Irmão: (Firma)
Irmão: (Firma)
Guardião: (Firma)
Loja: (Nome e número)
Data: Dia/mês/ano

Filósofo Incógnito: Irmãos, ouviram a promessa deste Homem de Desejo que foi devidamente
selecionado; não obstante, se alguém tem alguma objeção para não realizar sua iniciação, é o tempo
de apresentá-la e dizê-la. Irmão Orador, qual é tua conclusão?

Irmão Orador: Mui Sábio Mestre, eu concluo que deve ser recebido.

Filósofo Incógnito: Irmão Segundo Mestre de Cerimônias, por favor, informe ao candidato que vai
ser recebido de acordo com os rituais e costumes de nossa venerável Ordem, e convidá-o aquí para
submeter-se a esta cerimônia.
(A ordem é executada. Ao seu regresso a Loja, o Segundo Mestre de Cerimônias vai ao centro do
quarto ante o Pentaclo, depois se dirige ao trono, e diz):

Segundo Mestre de Cerimônias: Mui Sábio Mestre, sua ordem já foi executada.

Filósofo Incógnito: (X) (Dá um golpe; o Segundo Mestre de Cerimônias toma seu logar)
(X) (Dá outro golpe, e diz): « Irmão Experto, retira-te ao Laboratório com os Irmãos Introdutores e
preparem o Candidato ».
(A ordem é executada).
« Irmãos, coloquem as vestimentas e distintivos de nossa Ordem para receber a este candidato na
Luz ».

Preparação: o candidato é despojado de seus ornamentos exteriores, seu braço direito é


descoberto e seus olhos são vendados.

Recepção: Se coloca o candidato na porta da Loja, a qual está envolta na escuridão total. Nada se
escuta no interior. Na Loja se observa o maior silêncio. Depois de alguns intantes, o candidato é
forçado a golpear forte e por bom tempo, quando pronto, e antes que isto suceda pela terceira vez, a
porta se agita e se abre de golpe; 4 pessoas avançam lentamente e fazem 6 vezes uma viagem ao
centro do local. Na terceira torre se inicia o seguinte diálogo:

Filósofo Incógnito: Irmão Associado, o que sucede?

Irmão Associdado: O Oriente emana Glória. O sol aparece. O véu do mundo começa a levantar-se.
A verdade está por aparecer.

Filósofo Incógnito: Irmão Iniciado, o sol rasgará as trevas para este profano? Nos negará o calor e
a vida aos ignorantes? Nos negará a distribuição de sua influência benéfica na escuridão?

Irmão Iniciado: O Sol, que é a demonstração visível do centro invisível de toda vida e toda luz,
não nega a ninguém sua influência astral, e todo o criado recebe um raio de sua divina substância.

Filósofo Incógnito: Irmão Incógnito, por que a verdade não pode ser demonstrada? Por que nos
negaríamos em participar da influência do Homem de Desejo?
O Sol Aparece! Assim como se desvanecem as sombras da noite, assim se separam os véus que
cobrem a Divina verdade.
(X-X-X) (O Filósofo Incógnito dá 3 golpes pausadamente)

Irmão Incógnito: (X-X-X) (Dá 3 golpes pausadamente)

Irmão Iniciado: (X) (Dá um golpe)


(O diálogo anterior está sujeito a que o Candidato inicie a sexta volta quando foram dados os 7
golpes. Chegando até o Irmão Associado, o cortejo se detém, e o Irmão Associado, afundando o
braço direito do Candidato numa caixa de areia, lhe diz):

Irmão Associado: « No princípio, Deus criou o céu, e a terra estava sem forma e vazia ».
(A procissão avança, e ao chegar em frente ao Irmão Iniciado, se detém pela segunda vez, e este
diz:)

Irmão Iniciado: « Tais foram as origens dos céus e da terra, quando foram criados, até o dia em
que o Deus eterno fez a terra e os céus, e todas as ervas do campo, antes de que fossem criados.
Porque o Deus eterno não havía feito chover sobre a terra, porém uma neblina rosa (nesse momento
derrama água na mão direita do Candidato, ou põe sobre seu braço um recipiente contendo água)
molhava toda a superfície da terra ».
(As 4 pessoas avançam até o Irmão Incógnito, o qual diz):

Irmão Incógnito: « E o Deus eterno formou o homem do pó da terra, e soprou em seu nariz o
alento de vida; e o homem foi feito uma alma vivente.
(O Irmão Incógnito desce desde seu assento e tomando o candidato pelo braço direito, se encaminha
lentamente para o Oriente e para o centro do Pantaculo, e diz): « E o Deus eterno plantou um
jardim no Édem, no lado oriental, e nele colocou o homem que havia formado ».
(O Irmão Incógnito regressa a seu assento no ocidente, depois dá um golpe. O Experto e os
Iniciadores se detém atrás do candidato)

Filósofo Incógnito: Nenhuma origem é superior a do homem, porque é o mais antigo de todas as
coisas da Natureza. Ele existiu por muito tempo antes da aparição do primeiro Germe, ainda que
tomou lugar na terra muito tempo depois. Porém quando se elevou muito alto acima de todas as
coisas viventes, separou sua origem de um pai e uma mãe, apesar que o homem descendeu
diretamente do alento divino. As funções dessas criaturas foram inferiores a ele. A tarefa do homem
divino foi lutar pelas razões de sua Desordem para estabelecer sobre as ruínas a Unidade sublime da
Paz; contudo, o dever destas coisas inferiores era obedecer ao homem.
Porém, igual a esses esforços, com os poderes instáveis pode ser muito perigoso para o homem
celestial, que esteve protegido por uma armadura impenetrável (neste ponto o Candidato é vestido
com um saco aberto, o qual deixa-lhe livres a cabeça e os pés; é atado para que se detenha e não
seja grande) o qual pode ser usado de diferentes maneiras, e para a qual foi comissionado para fazer
multiplas cópias conforme o original.
Além do mais, também recebeu uma lança feita da união de 4 metáis numa liga perfeita, que desde
a origem do mundo ninguém foi capaz de separar em seus elementos (alguém ajuda ao Candidato
para que segure, apesar do saco que tem, uma lança pequena ou uma espada flamígera ou algo
que represente a lança). Esta lança pode iluminar-se ela mesmo como o fogo; porém foi
desembaraçada e, com nada que a penetrou, agil, suavemente golpeia nos 2 quartos ao mesmo
tempo.
Estas vantagens, adicionais a outras numerosas, devolveram ao homem o poder e a grandeza.
É neste lugar de delícias, morada da felicidade do homem e trono de sua glória, que foi sempre feliz
e invensível: porque havendo recebido a ordem de ocupar o centro dele, foi capaz de observar na
segurança tudo o que ocorría ao redor dele, e de « olhar » todas as astúcias e movimentos de seus
adversários, sem que nunca fosse descoberto.
Ocupado o lugar que Deus o havia assinalado há muito tempo, o homem conservou sua
superioridade natural gozando de uma paz e uma felicidade incomprensível aos homens de nossa
condição presente.
(Silencio. O candidato é retirado suavemente do centro e conduzido fora do Pantáculo).
« Porém apenas deixou o centro, onde as forças estavam perfeitamente equilibradas, e
imediatamente deixou de ser o amo, outro agente foi enviado para ocupar seu lugar, e o homem caiu
no turbilhão da força fatal ».
(Neste ponto, os Irmãos se levantam em confusão fora de seus lugares, imitando todo tipo de
ruídos, gritando, chorando, golpeando com as lâminas de suas espadas como silumando uma luta;
o orgão toca notas muito graves. Alguém simula um ruido do trovão por meio de pedras que rodam
dentro de uma caixa. O que o conduz gira rapidamente ao Candidato [Ver o Diagrama da Página
9A] e o detém ao pé do trono do Filósofo Incógnito, o qual continúa com o discurso dizendo):

« Então o homem, tendo sido despojado ignominiosamente de seus direitos, foi lançado a região de
seus pais e mães, onde desde então permanece pobre e vencido, no sofrimento e tribulação,
confundido com as coisas inferiores da natureza, e constantemente presa dos vícios mais abjetos e
das mais baixas paixões ».

(Aqui, um dos presentes remove a venda que mantinha coberto os olhos do candidato, o qual vê ao
redor dele e entre chamas roxas e verdes, aos Irmãos ameaçando-lhe com suas espadas; alguns
tem postas máscaras horrendas, porém não ridículas; todos prontos para atacar ao Candidato.
Depois de alguns instantes, a venda é posta novamente sobre seus olhos, e o Filósofo Incógnito,
diz):

« Possivelmente seja mui duro imaginar uma condição mais patética e triste que a infelicidade
humana, ao tempo de sua queda. Não somente perdeu esta lança invencível, que não pode resistir a
força, senão que também esta maravilhosa armadura que o protege se desvaneceu (alguém retira o
saco que traz o Candidato) e foi substituido por outro que, não sendo impenetrável como o
primeiro, foi para ele uma fonte de danos contínuo, de tal maneira que, tendo sempre como ao
princípio os mesmos inimigos para lutar, foi exposto a seus golpes infinitamente.
Não obstante, apesar de maltratado, o Pai não deixou retirar toda esperança de suas criaturas caídas
e abandonadas inteiramente à furia de seus inimigos. Movido pelo arrependimento e a vergonha do
homem, permitiu que pelos seus esforços controlados o homem pudesse recuperar sua primeira
condição de felicidade, porém somente depois de haver recuperado a posse de sua lança perdida que
lhe havia sido confiada e pela qual o homem havia saido do Centro do Universo ».

(Neste momento o Candidato é colocado de frente ao Ocidente, sua venda é removida e o Neófito
encontra a sua frente: uma alta coluna de fogo saindo do Centro do Pentaculo, e uma imagem
vestida com uma túnica branca (representando um Querubim) o qual tem uma espada que lança
uma chama ou um raio para o Candidato. A venda é recolocada e o candidato girado novamente
para o Oriente. O Filósofo Incógnito continua dizendo):

« Por conseguinte está em busca desta arma incomparável, que está perdida desde a queda do
homem celeste: e seu propósito de cada dia é esta longa e triste busca, porque é da recuperação
deste objeto perdido que depende sua reinstalação no seu lugar correto e com o qual gozará de todas
as prerrogativas e favores das quais está destinado.
Não deve-lhe surpreender que estes recursos numerosos se permitam ao homem apesar de sua
desobediência; é a mão do Pai que o castigou, porém é também o coração do Pai que o vigia, ainda
quando a justiça condena as criaturas caídas a serem desterradas da presença de seu Criador. Do
lugar donde vém o homem está disposto com sabedoria, mesmo que não regresse e mesmo que
continúe pelos mesmos caminhos que percorreu, é certo que o homem recupere todos os seus graus
anteriores que ganhou sobre tudo e dos quais foi despojado, e para encontrá-los novamente é neste
ponto central onde, somente aqui, é capaz de possuir alguma força e de gozar de alguns descanso.
Tal é a história alegórica da origem do homem e de sua degeneração, quando lhe faltou obediência a
lei primitiva, a lei da Unidade, que é a Lei de Deus. Por este drama tratamos de dirigir te a fonte de
todas as debilidades e todas as penas da humanidade, e de indicar te – misteriosamente, o qual é
verdade – como levantar te e defender te delas.
Agora vai regressar ao Laboratório; toma tuas prendas e acompanha ao Experto ao Quarto
Filosófico de Instrução ».
(Todo o quarto está em penumbras, com uma luz no Oriente, e a um lado os 3 archotes que
iluminam: a mesa da qual fala está somente iluminada por uma pequena lâmparina.
O Experto e o Candidato se colocam a entrada da Loja; O Experto dá 7 golpes) (X-X-X-X-X-X-X)

Segundo Mestre de Cerimônias: Mui Sábio Mestre, alarme, batem na porta

Filósofo Incógnito: Irmão, atende a este alarme.

Segundo Mestre de Cerimônias: (Abrindo a janela, diz): Quem é?

Guardião: O Irmão Experto com um Neófito que havendo sido iniciado, deseja receber a instrução
do Primeiro Grau do Martinismo.
(O Mestre de Cerimônias fecha a janela e reporta).

Segundo Mestre de Cerimônias: Mui Sábio Mestre, o alarme foi feito pelo Irmão Experto que
vem com um Neófito, que foi iniciado e agora busca adquirir novas luzes no Primeiro Grau do
Martinismo.

Filósofo Incógnito: O Neófito declara sob sua palavra de honra que não foi influenciado por uma
curiosidade maldosa, e que somente é guiado por um forte desejo de instruir-se? Se é assim, as
portas do Santuário estão abertas para todos os Homens de Desejo.

Segundo Mestre de Cerimônias: (Abre a porta, e diz): Neófito, quando fizeste teu pedido,
declaraste por tua palavra de honra que não estava influênciado por uma curiosidade maldosa, e que
somente o impulsionava o desejo de intruir-se. O ratificas assim?

Neófito: Sim, o ratifico (assim o declaro).

Segundo Mestre de Cerimônias: Então entrem. As portas do Santuário estão abertas a todos os
Homens de Desejo.
(O Experto e o Neófito passam ao Quarto de Intrução e são levados pelo o Segundo Mestre de
Cerimônias ante o trono).

Experto: Mui Sábio Irmão Filósofo Incógnito, tenho a honra de apresentá-los a nosso mais recente
Neófito, o qual, havendo sido eleito e iniciado de acordo com nossas regras, busca agora receber a
instrução do Primeiro Grau do Martinismo.

(O Filósofo Incógnito dirige ao Neófito algumas palavras de boas vindas e o convida a meditar
profundamente no significado misterioso da impressionante cerimônia com a qual foi recebido pela
Loja Martinista. Depois da chamar sua atenção acerca do ato (no qual deve deduzir a compração
meticulosa entre as instruções que está a ponte de receber e a cerimônia mística que viveu), o
Filósofo Incógnito conclui fazendo a observação ao Neófito que « o desejo para conhecer não
implica a vontade para adquirir », e que ainda muitos são os chamados, poucos são os escolhidos).

Filósofo Incógnito: (X) (Dá um golpe. O neófito se senta). Irmão Orador, te peço que dê a
instrução ao Neófito.

(Observação: É dever do Orador explicar todos os símbolos da Ordem nos términos adequados ao
grau de instrução de neófito e desenvolver um vocabulário de acordo com o carater do informe do
Comite de Investigação e das qualidades intelectuais do candidato. Não obstante, a conferência
pode incluir a adaptação do simbolismo aos 3 mundos da Cabala: Deus, o Homem, e a Natureza.
O Orador pode enfatizar especialmente em algum tópico preferido pelo Neófito tal como Religião,
Moral, ou Ciência. As instruções seguintes (ainda que não seja necessário dizê-lo), não devem ser
confiadas necessariamente a memória ou apresentadas todas juntas ao neófito. O Orador é livre
para dar um a um cada tópico, ou desenvolvê-los como o julgue conveniente para o maior avanço
do neófito e dos membros da Loja).
DISCURSO DO ORADOR

O SIMBOLISMO MARTINISTA

Não existe um fato físico que não inclua uma verdade intelectual.
Saint-Martin

A linguagem direta é incapaz de expressar total e completamente as reflexões. Se as


respostas que o homem necessita são imediatas, não obstante é insuficiente apresentar numa grande
união uma idéia com seus desenvolvimentos, seus corolários e suas analogias. Assim como os
sentimentos e as paixões são melhor descritas por meio de linguagem imateriais que nos atraem
diretamente ao coração, como a música e a pintura, do mesmo modo os conceitos metafísicos são
melhor desenvolvidos e mais completamente exemplificados por alegorias e materiais chamados
símbolos.
Um drama lido num gabinete de trabalho não pode produzir esse efeito de terror – tão grande como
seja a imaginação do leitor e sua experiência em matéria dramática – da interpretação por atores
completamente penetrados em seus papéis, porque ao ler, a mente (que é o princípio vital do drama)
não pode passar além dos limites da letra, nem é igual como aparece pelo significado da letra. Em
cada idéia, o que está expressado pela palavra ou pela escrita, é necessário considerar sua forma e o
primeiro motivo, ou seja a letra e a mente, o material desenvolvimento e a energia espiritual, ou de
acordo a linguagem dos mistérios: o exoterismo e o esoterismo.
A linguagem precisa e direta não pode dar uma idéia que seja completa no exterior e forma. O curso
e a natureza rebelde de nossa linguagem ocidental, combinada com a rigidez de nosso sistema
alfabético não é representativo das idéias, senão somente dos sons, prevenindo que a energia do
pensamento para abrir um caminho através da sucessão pura de palavras continua algo que alguém
chame uma sentença gramaticalmente construída.
Os antigos filósofos orientais entenderam perfeitamente e deram a seus discursos um alcance muito
maior; porém não somente suas palavras tinham um sentido estrito e literal, senão que mui
especialmente tinham também um sentido figurativo. Eles imaginaram sua linguagem mui rica, e
falaram em fábulas e parábolas, guiando nas meditações a seus ouvintes para uma fonte
interminável de aplicações religiosas e científicas.
Além do mais, escrevendo, como igualmente falando, foi imaginado e os Egípcios, nossos velhos
mestres, deram 3 interpretações principais a cada um de seus caracteres gráficos. Além de seu valor
fonético, esses caracteres tinham um sentido simbólico ou hieroglífico e um sentido sagrado
hierático.
A linguagem sagrada dos Cabalistas, e a filosofia sobre a qual descansam os ensinamentos da
Maçonaria em geral e em particular do Martinismo, é o Hebráico. Uma letra em hebráico tinha:
a) Um valor fonético;
b) Um valor númerico;
c) Representava uma idéia positiva, quando estava sozinha;
d) Uma idéia relativa, quando estava acompanhada por outras letras;
e) Tinha um poder eficiente talismânico, combinando imediatamente o pensamento, a
palavra e a ação.
Uma simples palavra da linguagem sagrada contém nela mesma uma quantidade interminável de
meditações que não podemos encontrar nos volumes escritos por meio de nossos gráficos,
caracteres diretos e matemáticos, signos sem sentido reprimidos em vista duma ortografia bárbara e
de uma sintasis opressiva.
Para entender os mistérios da antiguidade e para perpeturar a sabedoria antiga, foi necessário o
recurso do simbolismo, o qual foi a primeira linguagem do homem e será a última, porque assim
[como na figura do círculo formado pela serpente devorando sua cauda, ao final das coisas se
confunde sua origem, a humanidade nunca morre e surgirá dela mesma. É o primeiro e será o
último símbolo do Martinismo, instituição que hoje representa as antigas escolas de filosofia].
Esta Ordem comunica seus ensinamentos por meio do método eminentemente intelectual da
analogia, que é o único caminho para entender a natureza abstrata de Deus, o Homem e a Natureza.
De acordo às tradições de nossos antigos mestres, os Egípcios, os Caldeos, os Platônicos e mui
especialmente os Cabalistas, cremos que todas as leis da criação são idênticas e podem estar unidas
num único e grande princípio chamado O Absoluto, que é quem governa com uma regularidade
igual a todos os fenômenos da natureza, as ações e as reflexões do homem, e a força criativa de
Deus.
E é pela busca do Absoluto, outra denominação do que nossos irmãos herméticos chamaram a Pedra
Filosofal, que uno comigo aos Martinistas a meditar com paciência sobre os belos símbolos que
agora estamos explicando.
AS LUZES
O triângulo é o símbolo universal das leis particulares que produzem substâncias.
Saint-Martin

Olhai estas luzes, dispostas em triângulo e que descansam sobre tecidos de cores diferentes,
vermelho e preto. Eles simbolizam a Unidade emanando da diversidade. Assim como de uma única
luz emanam 3 diferentes luzes, da mesma forma de uma única verdade emanam diferentes fontes e
que em aparência são opostas. Neste símbolo o Iniciado sabe como reconhecer a religião, apesar
dos diferentes cultos em que foi traduzida para o vulgo.
Somente existe uma Religião, assim como somente há uma Verdade, e nos cultos como o
Bramanismo, o Budismo, o Catolicismo, o Judaismo, e o Islamismo, que não podem atribuir-se o
monopólio e a exclusão de outro culto. Assim foi como nasceu a antiga iniciação (os mistérios de
Menfis, Eleusis, ou Mitra).
Todos os sacerdotes dos cultos antigos foram como o Iniciado, que entendeu perfeitamente que
somente existe uma única religião e que as diferentes formas de culto eram somente para traduzir
esta religião aos diferentes povos, de acorcom com seus temperamentos particulares. Como
resultado importante disto, um sacerdote de Deus pode aceitar esta fato e estar honradamente nos
templos de outros deuses, e estar autorizado para oficiar neles. Não obstante, não é necessário
pensar que isto foi devido a doutrina ou a idéia do Politeismo: o Sumo Sacerdote judeu recebeu em
seu templo ao iniciado Alexandre, o Grande, e o convidou ao Santo dos Santos para oferecer um
sacrifício.(Referência: Papus, « O Tarô »).
Nossas disputas religiosas pela supremacia de um culto ou outro pode ter divertido muito a um
antigo iniciado e pode ter feito ele chorar de rir por nossa ignorância e nossa má fé.
A meta maior das Sociedades Secretas é, por meio da inteligência, restabelecer esta união, esta
tolerância entre os membros da família humana.
Maravilha do imenso progresso que possa fazer que a marcha dos povos seja dirigida para a
perfeição, esta comunicação espiritual de sacerdotes de todos os cultos, e poderás entender o
tamanho desta idéia que perseguimos.
Assim como a Fé, a Ciência deve buscar a unidade finalmente procedendo da diversidade científica,
pelo meio da síntese conciliadora (de uma maneira racional) do materialismo e do idealismo.
(O Orador se dirige ao Neófito com temas acerca da ciência, que podem dissertar sobre verdades e
erros das modernas escolas de filosofia).

- Religião (Judaismo, Cristianismo, Alef = I - V - I (ó 10+6+10 = 26)


Islamismo)
- Política (Teocracia, Autocracia,
Democracia)
- Ciência (Idealismo, Racionalismo, I.H.V.H. (5 + 6 + 5 + 10 = 26)
Materialismo)

2 + 6 = 8

Os três Mundos Divino Humano Material


Deus Cabeça-Mente Animal
Suas três divisões e Consciência Peito-vida Vegetal
Forças Homem Estômago-corpo Mineral
Providência Vontade Humana Destino
Conhecimento Sabedoria Beleza Força
universal ou ou ou ou
G.O.D.* Religião Moral Ciência
*Uma sigla que em inglês nos recorda Deus.

HIERARQUIA

As luzes descansam sobre tecidos de diferentes cores, emblema do verdadeiro princípio da


Hierárquia, o qual pode ser encontrado na origem de toda organização. A Hierarquia está
representada pelas Luzes mesmo, e a Luz representada pelas cores vermelho e preto, atenuadas elas
mesmas quando descendem.

HIERÁRQUIA: SOCIAL* CIENTÍFICA* RELIGIOSA*


Velas Executiva Mestre Deus
Vermelha Legislativa Discípulos Sacerdotes
Preta Judiciária Alunos Fiéis
*Cada um destes tópicos estarão disponíveis para desenvolvimentos mais extensos, de acordo com
as preferências do Neófito.

Tais devem ser as bases de toda organização real e segura, qual seja social, científica e religiosa.
Adoramos a divindade em suas manifestações hierárquicas na natureza, no homem e neste divino
“Mundo de Mentes que não é firme”.
Acerca do homem, recordemos a mesma hierarquia nas 3 partes que constituem o tronco, a saber: o
estômago, o peito, e a cabeça (os quais dão nascimento respectivamente: o estômago, ao corpo que
renova; o peito, a vida que mantém; a cabeça, ao pensamento que demonstra).
A cabeça e o pensamento, figurado pelas Velas, são graus da Luz; o peito e a vida, figurados pelo
tecido vermelho, são graus da Penumbra; o estômago e o corpo, figurados pelo tecido negro, são
graus de Escuridão.
Na natureza, igualmente como no homem, se recorda esta hierarquia misteriosa em 3 graus, que são
os nomes dos 3 reinos: o Mineral, o Vegetal, e o Animal. O reino mineral corresponde ao corpo do
homem ou ao tecido negro; o reino vegetal, a vida do homem ou ao tecido vermelho; e o reino
animal, ao pensamento do homem ou as velas.
Deus, o homem e a natureza formam as 3 grandes divisões hierárquicas do universo, e cada término
parece estar animado por uma força que é mui particular.
A natureza atua por uma força fatal guada pela sorte, poderíamos dizer se a sorte existe. Esta força
fatal e cega é o Destino, o Deus dos materialistas, simbolizado pelo tecido negro. O homem atua
por uma força semi-fatal e semi-inteligente, de nosso cérebro; por sua vontade, tão poderosa como o
destino, e a qual está simbolizada pelo tecido vermelho. A vontade humana é o Deus do Panteísmo.
Deus atua pela força inteligente, terrível e super-consciente chamada Providência, a qual pode unir-
se a vontade humana, porém somente pelo consentimento livre e absoluto desta vontade (a qual é
um grande mistério que devemos deixar a nossa meditação). Esta Providência é o Deus do Deísmo
puro da impressionante iniciação dos antigos, a qual está simbolizada pelas Velas.
Porém assim como estas 3 velas somente emanam uma única luz, da mesma forma estas 3 forças (o
destino, a vontade humana e a providência) são somente uma e única força universal ocupando o
centro de tudo o que existe. A esta grande força a antiga sabedoria deu o nome de Luz, e é desta luz,
a qual foi criado por Deus “No princípio” quando a terra estava sem forma e vazia, da qual
procedeu a luz física do sol.
É em consideração perfeita das analogias e na identidade dessas 3 grandes forças no qual deve estar
embasado a reconciliação dos 3 graus escolares da moderna Filosofia: o Ateísmo, o Panteísmo, e o
Deísmo, em uma associação grande e forte para o triunfo da verdade científica e religiosa: com a
proclamação de uma única Lei, de um só Força, de uma só Luz, e de um só Deus.
Finalmente as 3 velas, archotes reais da Ciência Universal, simbolizam, igualmente as 3 grandes
colunas da Cabala nas quais descansam o universo intelectual e físico: a Sabedoria, a Força e a
Beleza.
Nas escolas gnósticas, com as quais o Martinismo está intimamente conectado, a Beleza (da qual a
inicial hebraica é G : Gomer) é a força moral, a força de vontade, a qual é o dispensador da Vida e
da Morte, da bondade e da maldade, ou noutros termos, do Poder social. A Força (da qual sua
inicial em hebraico é O : Oz), é o material, a força dinâmica ou numérica. A Sabedoria (da qual sua
inicial em hebraico é D : Dabar), é a força espiritual manifestada pela ciência filosófica e religiosa.
Estas iniciais (G.O.D.) te recordam que é a associação da Sabedoria (ou religião e ciência psíquica),
da Força (ou filosofia natural), e da Beleza (ou moral e política) que os Martinistas chegaram ao
entendimento do grande princípio único, o Absoluto, o qual está representado pela ponta de um
instrumento pontiagudo e o qual em nossos mistérios está composto cabalisticamente pela iniciais:
Gomer, Oz e Dabar, que significam Sabedoria, Força e Beleza. (G-O-D).
As aplicações destes princípios sensíveis que te foram expostos, são infinitos. Porém tu deverás
desenvolvê-los por ti mesmo, tão pronto como descubras o caminho que deves seguir. Medita com
todo teu coração sobre os símbolo das 3 Luzes e de sua misteriosa disposição, e a Providência te
abençoará.

Nós representamos este símbolo das Luminárias por meio de hieróglifos e números.
O grande ensinamento da lei da unidade na Trindade está representada nas Luzes pela letra
hebraica Aleph, a qual na Cabala é o símbolo de Deus e o homem. Esta letra está composta de dois
Iod colocadas a cada lado da letra Vau. Não obstante, estas 3 letras, por sua disposição, fazem um
único caráter.
Esta unidade representa 3 números: um (1), vinte e seis (26), e oito (8). Um, porque é a primeira
letra do alfabeto hebraico. Vinte e seis, porque está composta de dois Iod e um Vau, das quais os
valores respectivos são: 10, 10, e 6. Oito, porque é a soma da redução teosófica de 26 (2 + 6=8).
Um é o número da face de Deus; o 26 é um dos nomes incomunicáveis da Divindade (Iod-He-Vau-
He), do qual o total das letras formam o número 26 (isto é: 5+6+5+10 = 26).
Finalmente, o número 8 simboliza a unidade divina do Círculo Universal (∞), os Céus e a Terra, e o
Pensamento de Deus.

A MÁSCARA
A revivificação da vontade é a tarefa principal de todas as coisas.
Saint-Martin

(Antes de iniciar o discurso, o Primeiro Mestre de Cerimônias coloca a máscara sobre a face do
Neófito)
Por esta máscara, tua personalidade desaparece. Com isto chegas a ser um Desconhecido
(Incógnito), à outra metade desconhecida; já não tens medo que sejas rejeitado em tua vida diária
pela outra metade das pessoas que constantemente te estão observando; estarás bem protegido
contra os ardis da ignorância aliada com a opinião recorrente, que diariamente se abaterá contra ti.
Como nossos antigos irmãos, te aplicarás a arte de permanecer Incógnito, de subtrair-te, enquanto
observa aos outros. “Esta, que é a máscara da circunspecção, sempre te protege contra os olhares
inquisitivos daqueles a quem o caráter e a conduta não aprovamos que sejam dignos de chegar e
penetrar no santuário sagrado onde a verdade delibera seus oráculos”.
Ao estar de frente as pessoas, tu não sabes, tu não tens nada que perguntar lhes. Sois contigo
mesmo, em total isolamento, que tu poderás dar conta de teu avanço. Não esperes nada de outro em
caso de necessidade extrema; em outras palavras, aprende a contar unicamente contigo mesmo.
Incógnito, tu não tens nada que receber de ninguém. Somente tu és o responsável pelos teus atos, e
tua consciência é o Mestre de quem deves temer e de quem sempre deves receber conselhos, o juiz
inflexível e severo a quem deves dar conta de teus atos.
Esta máscara te isola do resto da humanidade durante o período de trabalho, e te mostra o preço que
deves anexar a tua Liberdade, onipotente por tua Vontade antes que o Destino e antes que a
Providência; “Esta liberdade que alguém chama a Divindade do homem, o mais belo, o mais
estupendo, o mais irrevogável de todos os presentes de Deus ao homem. Esta Liberdade que o
Supremo criador mesmo não pode violar sem denegrir sua própria natureza; esta liberdade que
alguém deve conseguir pela força quando alguém não possui a suprema autocracia”(Eliphas Levi).
Além do mais, meu irmão, tu não possuis esta liberdade, que é a liberdade de alma e da mente, e
não somente de corpo; e é enquanto lutas contra tuas paixões, contra teus desejos terrenos, que tu
podes esperar conquistar esta independência glorificada, realmente divina. As pessoa do mundo não
tem direito de ir sem esta liberdade intelectual e moral; somente serás o amo absoluto se corriges
ante tua consciência e teu Deus por teus erros e faltas que pudeste haver causado a comunidade.
Esta máscara te ensina a estar Incógnito daqueles que tem a má fortuna da ignorância; te ensina o
sacrifício de tua personalidade sempre que seja necessário para Deus e a coletividade.
B. B. Nagarkar disse em 1893, ante o Grande Encontro de Religiões efetuada em Chicago: “Buda, o
grande mestre da Moral e da Ética ensinou o estilo mais sublime da doutrina do Nirvana, que é a
Abnegação e o desaparecer de si mesmo. Esta doutrina de extrema auto-abnegação significa nada
mais que a subjugação e a conquista de nossa sensualidade carnal. Porque tu sabes que o homem é
um ser composto. Nele se encontra o anjo e o animal, e o treinamento espiritual de nossa vida
significa a subjugação do animal e a libertação do anjo.”
Existe além do mais, meu irmão, ensinamentos tão profundos como o símbolo da máscara, porém
outras aplicações te serão reveladas, se teu coração verdadeiramente deseja conhecê-las.
Este símbolo é a pedra fundamental do Martinismo, e o representamos no hieróglifo pela letra IOD,
porque esta letra é o princípio, a célula com as quais todas as letras do alfabeto hebraico estão
formadas. O Associado mascarado é o princípio, a célula que forma o grande corpo da humanidade
regenerada temporal e espiritualmente.
A máscara também está representada pelo número 10, o qual é o número da letra IOD e o número
do Pensamento, ao mesmo tempo humano e divino.
CONSAGRAÇÃO
(Grau Associado)

Filósofo Incógnito: (X-X-X) (Dá 3 golpes, e os Irmãos se levantam). “Em nome de nosso
Venerável Mestre, o Filósofo Incógnito, e em virtude dos poderes que o Supremo Conselho da
Ordem Martinista me conferiram [através de seu Delegado Geral] nesta região, te confiro o Grau de
Associado, Primeiro Grau do Martinismo Moderno, que equivale ao 4º grau (Mestre Perfeito) do
Rito Primitivo Retificado de Saint-Martin; e ao reconhecer-te como tal, recebe esta espada,
emblema de poder e de força, cuja ponto nos recorda o princípio eterno das coisas”.
(O Mestre de Cerimônias entrega a espada ao Neófito).

Filósofo Incógnito: (X) (Dá 1 golpe, e os Irmãos se sentam) “Estais agora qualificado para receber
a comunicação do Signo, a firma, a Palavra e a Bateria do grau. O signo é este ...(1), e é uma clara
alusão ao sacrifício que o Associado deve fazer em sua natureza sensual; porém especialmente
estando ocupado pelo homem antes da queda, no centro do universo, onde todas as forças estão
equilibradas e onde oferecemos nossas aspirações, que com idéias, nos unem com nossas palavras
consagradas de J, C, S...(2), as quais são dadas em voz baixa como contestação ao signo.
A firma deste grau é ...(3), seguida de..., dispostas em 2 triângulos, um superior e o outro inferior.
Este signo aparecerá sempre seguido de tua firma em toda correspondência com teus Irmãos. Esta
marca estará colocada em todas as insígnias da Loja Martinista. A Bateria está composta de ...(4)
golpes dados pausadamente...(5). Esta bateria é dada em forma de aplauso: é simples depois de uma
iniciação, no fechamento da Loja, e aos Visitantes distintos que se recebem; é dupla ao receber aos
membros do Supremo Conselho e seus Delegados; e é tríplice para receber ao Presidente do
Supremo Conselho, Grande Mestre da Ordem. A aclamação ...(6) é dada para o fechamento da
Loja; é seguida imediatamente da bateria, e todas as vezes que seja indicado pelo Filósofo
Incógnito. A aclamação pode ou não ser dada com aplauso, porém esta não pode ser dada
isoladamente”.

Filósofo Incógnito: (X-X-X-) (Dá 3 golpes). Meus irmãos, estou contente por apresentar na Loja
___________________(Nome e número) a ______________________(nome do novo irmão) como
um novo membro e como um zeloso Incógnito. Dêem-lhe as boas vindas.

Irmão Incógnito: Juntos meus irmãos, pela bateria (todos juntos …(5)).
(Neste ponto se convida ao Associado a agradecer a boa vinda dada pela Loja. Se é incapaz de
fazê-lo, o Experto contestará por ele. Em caso de que o novo Associado conteste, dirá):

Filósofo Incógnito: Irmãos, aplaudamos a excelente contestação de nosso novo Irmão. Comigo
irmãos, pela bateria (5) e pela aclamação (6).
(Depois disto, dá um golpe e todos os irmãos se sentam).
RESUMO

“Esta é uma regra que temos: que os tipos são superiores aos símbolos, faces e hieróglifos que os
representam”
Saint-Martin

Filósofo Incógnito: Os símbolos que te foram oferecidos em meditação são suscetíveis de uma
variedade infinita de interpretações. São adaptadas as coisas religiosas, morais, científicas e sociais.
Elas personificam em poucos objetos o conhecimento da Grande Lei da Natureza, e todos são uma
miríade de diferentes aspectos. Nós te ensinamos 3 verdades das quais, tarde ou cedo tu chegarás a
apreciar em todo seu valor:

a) A unidade das religiões e todas as ciências;


b) A síntese da religião, da política e da ciência para a concepção total da verdade;
c) As várias partes hierárquicas que constituem a Natureza, o homem e a sociedade,
misteriosa organização visível através das manifestações da Força Única Universal, a qual nossos
Irmãos Rosa+Cruzes chamam “O Fogo Central da Natureza”: é o “Destino no mundo elemental,
Vontade humana no mundo dos Orbes, e Providência no mundo Arquetípico. Finalmente,
trataremos de gravar em teu espírito a necessidade de construir teu templo espiritual sobre os 3
pilares cabalísticos da Sabedoria ou Religião, Beleza ou Moral, e Força ou Ciência Física, as quais
são 3 ramos da Árvore da Ciência cujos frutos dão os poderes divinos.
O harmonioso símbolo da Máscara fez que conhecesse a necessidade de abnegação e especialmente
de auto-criação de tua personalidade pelo isolamento e a meditação, que são os primeiros passos em
direção à Iluminação. Não obstante, meu irmão, deves saber que as boas explicações que recebeste
não significam tudo que lhe podemos exporte. É somente pela meditação paciente que chegarás a
descobrir suas inumeráveis aplicações. Não obstante, é meu dever gravar em tua mente ainda que as
instruções filosóficas e morais que te demos são a pedra fundamental de tua futura iluminação, elas
são somente são á parte externa e a envoltura de algo que buscas com muita impaciência; porém é
necessário que tomes os instrumentos de trabalho do Aprendiz, o Malhete e o Cinzel, símbolos da
inteligência e da razão que foi dada ao homem para discernir o bom do mal, o justo do injusto, e
para que possa atuar de acordo com um e contrário ao outro. Com ele estará capacitado para que
depois de horas paciência dedicada a um trabalho infatigável, encontres com tua esperança, esta
ciência suprema que o homem possuiu previamente e que pode reconquistar pela exaltação de sua
poderosa vontade e a iniciativa de sua absoluta liberdade.
(Mostra-se ao novo irmão seu lugar regular na Loja e o instruí que deve trazer descritas suas
impressões para reunião seguinte, as quais usualmente são mensais, depois de regular os demais
negócios da Loja. Também se instruí que as novas luzes não serão comunicadas até depois de um
exaustivo exame externo, de observação de sua presença regular aos trabalhos, e depois de um ano
de atividade neste primeiro grau. O Irmão deve firmar o Regulamento da Loja da qual seja membro
e deve procurar suas próprias insígnias (a túnica e a Espada), as quais serão de sua propriedade.
SEGUNDO GRAU

INICIADO

SEGUNDA CÂMARA DE INSTRUÇÃO

(MÍSTICA)

GRAU INICIADO (I:::)

ABERTURA

Filósofo Incógnito: Irmão Incógnito, estamos bem protegidos contra a curiosidade dos profanos?

Irmão Incógnito: (X) (Dá um golpe, e diz): Irmão Experto, por favor desaloje da Câmara Mística e
notifique ao Guardião que a Loja vai ser aberta no Segundo Grau. Verifique com os Irmãos a
Palavra de Passe.

Experto: (X-X-X-X-X) (Dá 5 golpes. Os Iniciadores se aproximam do quarto e prosseguem seu


caminho pelo Laboratório, para cumprir com seu dever). Irmão Incógnito, suas ordens foram
executadas; os arredores da Câmara Mística estão vazias, reina o silêncio, o Guardião está em seu
posto, e os Irmãos conhecem a Palavra de Passe.

Irmão Incógnito: Dá-me a Palavra de Passe (A ordem é executada). Mui Sábio Mestre, estamos
protegidos adequadamente.

Filósofo Incógnito: Irmão Incógnito, sois um Iniciado?

Irmão Incógnito: Eu vi o Pentalfa e conheço seu significado.

Filósofo Incógnito: Como adquiriste este conhecimento?

Irmão Incógnito: Pela meditação.

Filósofo Incógnito: Quais são os temas de tua meditação?

Irmão Incógnito: Símbolos, letras, números e as figuras geométricas chamadas Pentaclos.

Filósofo Incógnito: Que te ensinaram?

Irmão Incógnito: O caminho perfeito para a regeneração do homem.

Filósofo Incógnito: Quando estará regenerado o homem?

Irmão Incógnito: Quando pela meditação haja adquirido o conhecimento do contraste natural e o
entendimento da lei divina da harmonia universal, simbolizada formalmente pela Lira de Orfeu.
Filósofo Incógnito: (X-X-X; Dá 3 golpes, e diz): Meus irmãos, vemos que com nosso corpo e
nosso pensamento, nossa alma e nossa mente, com esta divina verdade é pela qual verdadeiramente
chegaremos à reintegração dos direitos e vantagens originais do homem. Meus irmãos, declaro
aberto os trabalhos da Câmara Mística da Loja (Nome e número).
Todos juntos pelo Signo (7) e a Bateria (8).
Irmão Segundo Mestre de Cerimônias, verifique se algum Associado Martinista está à espera de
receber nova luz em nosso mistérios.
(O Segundo Mestre de Cerimônias executa a ordem, e diz):

Segundo Mestre de Cerimônias: Um Irmão Incógnito Associado está à espera de ser examinado
acerca de seu progresso no Primeiro Grau do Martinismo, e espera no Pronaos do Templo.

Filósofo Incógnito: Introduza a esse Irmão Incógnito.


(Se executa a ordem, e o candidato é dirigido frente ao trono, ante o altar, o qual está
adequadamente iluminado).

DISPOSIÇÃO DOS CANDIDATOS


PARA O EXAME DO CANDIDATO
(Complemento ao Diagrama na página seguinte)

1 – Filósofo Incógnito
2 – Irmão Incógnito
3 – Irmão Iniciado
4 – Irmão Associado
5 – Mestre de Selos
6 – Tesoureiro
7 – Orador
8 – Experto
9 – Primeiro Introdutor
10 – Secretário
11 – Arquivista
12 – Primeiro Mestre de Cerimônias
13 – Segundo Mestre de Cerimônias
14 – Segundo Introdutor
15 – Marechal
16 - Candidato
EXAME DO CANDIDATO

[O exame do Candidato é dirigido pelo Orador, o Experto e o Primeiro Introdutor, e este exame
não deverá durar mais que 20 minutos. As perguntas ficam a critério dos examinadores, não
obstante deverão apegar-se a seguinte ordem:

1º – Suas impressões relativas a iniciação na primeira câmara, a Criação do homem segundo o


Gênesis, sua situação no Jardim do Édem, sua queda, e a possibilidade de sua reintegração;
2º – Que idéias filosóficas tem a respeito do símbolo da Máscara, e o que evocou em sua mente;
3º – Que idéias morais deduziu da contemplação das 3 Luminárias;
Depois do exame, o Filósofo Incógnito faz algumas observações relativas as impressões do Neófito
(relativo ao ponto nº 1), e o encarrega de meditar mais para adquirir todo o relativo à ciência
esotérica deste importante ritual da Ordem. Acerca do ponto Nº 2 se faz pouco alusão, mas o ponto
Nº 3 deve ser desenvolvido mui amplamente.]
(Para esta cerimônia, a posição dos Oficiais e o quarto deverá estar arrumado de acordo ao
diagrama indicado na página anterior).

[Ver DIAGRAMA na página anterior]

Filósofo Incógnito: Se entendeu a importância dos ensinamentos que te foram dados, a iniciação ao
primeiro Grau da Ordem Martinista fez de ti um novo homem. Ser filósofo da Unidade, como os
antigos Iniciados, te faz entrar em comunhão espiritual com os sacerdotes de todos os cultos, com
os discípulos de todas as escolas de filosofia; e terá presente para sempre diante de teus olhos o
fértil símbolo das Luminárias, as quais te ensinam como a diversidade constantemente te devolve a
unidade da verdade ou do absoluto. Esta pirâmide representa que cada face individual pode ser
tomada como base, e a ponta é infalivelmente um ponto. Ela nos ensina que nenhuma nação,
nenhuma pessoa, nenhuma categoria de indivíduos, pode dizer que tem exclusivamente o
monopólio da verdade de deus; senão que ao contrário, esta é acessível a todos os indivíduos, a
todas as comunidades, a todas as pessoas, a todas as nações que desejam se elevar.
Na Convenção de Religiões de 1893, o Professor J. Estin Carpenter de Oxford, disse o seguinte:
“Uma nação pagã, outra judia, e a terceira muçulmana. Porém os Filósofos vem em cada um que
todos são agradáveis a Deus”. Isto é uma doutrina martinista pura. Assim como todas as formas de
culto divino se reúnem na unidade de uma Religião Universal e todos os sistemas de Filosofia
harmonizam com a unidade da ciência, da mesma forma todos os homens e as mulheres formam a
unidade da humanidade. Assim como a célula, princípio anatômico do corpo, forma os órgãos
(músculos, glândulas, sangue, veias, etc), da mesma maneira os órgãos formam partes (cérebros,
braços, pernas, etc), e todos os órgãos reunidos formam ao indivíduo. E assim o indivíduo (que é a
célula do corpo da humanidade) forma a família (que é o orgão da humanidade). Muitas famílias
formam uma Tribo, e muitas tribos formam uma Colônia, a qual é um indivíduo mais considerável.
Com algumas colônias se formam as Nações, e as nações formam as Raças, e todas as raças se
combinam elas mesmas na organização individual mais sublime: A Humanidade. É por esta razão
que todas as tribos diferem em suas faculdades, suas linguagens, seus usos, assim como os
indivíduos. A humanidade mesma é um indivíduo, um ser real que está consciente de suas leis
particulares de movimento e transformação – não de morte, porque a humanidade é eterna – e as
leis reagem em cada um dos homens que compõem esse grande corpo, assim como cada uma das
células anatômicas reagem sobre todo nosso organismo. Isso te dá a chave da necessidade social
que temos de solidariedade para destruir os prejuízos monstruosos como o Sexo, a Religião e o
Racismo; e demonstrar-te claramente que tanto é racional sacrificar sua personalidade pelo bem do
mundo e da coletividade, assim como o símbolo impressionante da máscara. No sistema religioso
dos Persas se pode observar que cada discípulo de Zoroastro, antes de sua oração para si mesmo,
orava pela soberania e pela comunidade, e sua religião prescrevia minimizar sua individualidade
pelo interesse da comunidade. Deve considerar-se um mesmo como uma parte e uma parcela de
toda comunidade. A bondade de um todo será a bondade – e a força – de cada uma de suas partes.
Esta filosofia sublime, que é a mesma dos Centros de Iniciados Orientais e do Iluminismo
Ocidental, é tão velha como o mundo mesmo, e se alguém não crê na Tradição, foi a mesma do
primeiro grupo dos Anjos de Deus do Sétimo Selo.
A Humanidade, formada pelos homens e as mulheres que a constituem, foi chamada pelos
antigos: Adam-Eva. Donde Adam significa “todos os homens”, e Eva significa “todas as mulheres”.
A história de Adam e Eva é a história da humanidade, a qual foi descrita pelos teólogos. Este
conhecimento da personalidade das coisas humanas nos dá a razão de ser da Fraternidade, a qual
nos mostra que a reabilitação (reintegração?) Individual não nos ensina como existir sem a
reabilitação da Coletividade. Este conhecimento aplica-se tanto a nossos estudiosos sociais como as
religiões.
Filósofo da unidade, medita tudo em teu coração e em alguma idéia como conseqüência do
que foi exposto e terá uma maior claridade no relativo ao símbolo d'As Luminárias e d'A Máscara.
A queda do homem te parecerá então como uma triste realidade, e a reintegração de seus
direitos e prerrogativas primitivas as verá como meta verdadeira dos objetivos de todos os
Iniciados. A reabilitação da Coletividade pelo desinteresse e se é necessário pelo sacrifício da
personalidade da cada indivíduo, são as bases dos ensinamentos misteriosos do Martinismo.
Agora que estás totalmente informado dos pontos de vista de nossa Amada Ordem: desejas
meu Irmão realizar o solene juramento para ser Um conosco, e que nós cheguemos a ser Todos
contigo?

Candidato: Sim, desejo-o.

Filósofo Incógnito: (X-X-X; dá 3 golpes, todos se levantam, e dizem): “Repete depois de mim:

JURAMENTO: “Diante do Divino Criador e ante esta Respeitável Loja de Iniciados, Eu (nome e
sobrenome), prometo solenemente e juro dedicar toda minha vida, minhas forças, minhas
influências e meus bens, à reabilitação da Humanidade e de seus mais sagrados privilégios, como
são: o intelectual, o moral, o físico e a Liberdade, sem prejuízo de raça, sexo, posição social,
crenças, e opiniões políticas. Além do mais, a unidade de corpo e mente com os membros da toda a
Ordem Martinista, onde quer que se encontrem reunidos, para o bem estar da humanidade. Além do
mais, juro e prometo solenemente ajudar sem reserva alguma a todos os honrados membros da
Ordem com o que possa reunir. Prometo e juro sinceramente, com a firme resolução de realizá-lo,
não exibir me com as coisas da Ordem, com o risco ser vergonhosamente expulso dela. Que Deus
me ajude.”

Todos: Assim seja!

Filósofo Incógnito: (X, dá um golpe, e todos se sentam. Depois, diz): Declaro que a partir de hoje
este digno Irmão Incógnito foi admitido em nosso Templo. Irmão Introdutor, regresse o Neófito ao
Laboratório, prepara-o e espera minhas ordens.
(O Neófito e seu condutor se retiram do templo).
SEGUNDA CÂMARA DE INSTRUÇÃO

(MÍSTICA)

GRAU INICIADO (I:::)

RECEPÇÃO AO GRAU

DISPOSIÇÃO DA LOJA
(A Loja está dividida em 3 apartamentos por meio de 2 véus. O primeiro véu é branco e está no
Oriente, o qual separa o Quarto Místico do Trono; esta parte permanece oculta todo o tempo da
recepção. O segundo véu é negro e separa ao Irmão Associado do Irmão Iniciado. Do lado
ocidental do segundo véu e a cada lado da entrada da Câmara Mística estarão colocadas 2
colunas de cores diferentes; a da direita é amarela, e a da esquerda é vermelha. Ambas suportam
um arco cuja cor é uma mescla em partes iguais de vermelho e amarelo de ambas colunas. Na
parte superior do arco está colocado um lírio dourado. Um carpete, imitando a um pavimento de
mosaico está colocado longitudinalmente no quarto, desde as colunas até o trono no Oriente; em
seu centro descansa uma Cruz Vermelha. O altar, que tem a forma de uma pedra cúbica (de
mármore branco), está situado no punto de intersecção dos braços da Cruz. Uma lâmpada de
álcool alumia o altar. Em cada extremidade da Cruz está posta, de pé, uma irmã vestida de branco,
a qual tem uma espada flamígera na mão direita e uma bandeira na esquerda. No Oriente, a
bandeira tem uma Águia, a do Ocidente tem um Homem, a de Setentrião (Norte) tem um Touro, e a
do Sul possui um Leão. Em cima do altar está suspenso um Pentaclo dourado e uma Estrela de 5
pontas. A Carta-Patente deverá estar colocada a direita, em frente do Orador).

QUARTO DE OFICIAIS
1 – O Filósofo Incógnito, 2 – O Orador, 3 – Mestre de Cerimônias, Mestre de Selos, Tesoureiro,
Arquivista, Supervisores, 4 – Irmão Associado, 5 – Irmão Iniciado, 6 – Irmão Incógnito, 7 – O
Candidato, 8 – O Experto; 9,10 – Iniciadores, 11 – Marechal do templo. Além do mais: T – A
bandeira do Toura (preta), A – A bandeira da Águia (branca), L – A bandeira do Leão (vermelha),
H – A bandeira do Homem (amarela; deverá estar colocada no pé da Cruz, imediatamente atrás do
Candidato quando este esteja penetrado na Câmara Mística); A – O Laboratório, B – Corte e
lugar do Guardião.
(…......) Indica a trajetória seguida pelo candidato durante a cerimônia.

PREPARAÇÃO DO CANDIDATO: O Candidato será despojado de todos os mestais que traga


consigo – coisas e dinheiro – ; com pé esquerdo descalço, pé direito calçado, e braço direito
descoberto. Se coloca uma espada em sua mão esquerda, e na direita uma ramo de Murta-comum.
Seus olhos serão vendados, e será levado à porta da Loja pelo Primeiro Iniciador, quem dará 2
golpes. A porta se abre, e se inicia o seguinte diálogo):

Marechal: Quem vai?

Primeiro Introdutor: Um Irmão Incógnito que se dirige ao Templo


Marechal: (Dirigindo-se ao Candidato) Irmão Incógnito, sois Martinista?

Candidato: Sou um Filósofo da Unidade.

Marechal: Então, passe.

(O Candidato entra no quarto e segue a trajetória indicada pela linha pontilhada [Ver o diagrama],
com a qual chega até o ângulo Sudeste da Loja, penetra na Corte – cuja porta havia permanecido
aberta – , quando no Laboratório, no quarto da Loja, e se detém no ocidente, em frente ao Irmão
Incógnito, o qual diz):

Irmão Incógnito: Quem vai?

Primeiro Introdutor: Um Irmão Incógnito que se dirige ao Templo

Irmão Incógnito: Irmão Incógnito, sois Martinista?

Candidato: Sou um Filósofo da Unidade.

Irmão Incógnito: Então, passe.


(A viagem é repetida igualmente ao redor da Corte, do Laboratório e da Loja. Depois o candidato é
colocado de face ao Oriente ante as Colunas. O Experto pará a sua direita, a porta do Templo).

Primeiro Introdutor: Irmão Experto, este Irmão Incógnito foi julgado como digno de obter a
admissão no Templo e receber as benevolências da luz. Está completamente preparado, e é um filho
representativo da Natureza. Seu pé esquerdo está descalço, e representa a Água; seu pé direito está
calçado e representa a Terra; seu braço direito está descoberto, e na sua mão direita sustenta um
ramo de Murta-comum, para simbolizar o fato de que a vida e a morte se sucedem continuamente,
assim a vegetação do verão segue a fria desolação do inverno; seu braço esquerdo está coberto, e
em sua mão esquerda sustenta uma espada, que significa que a morte é a sucessora da vida. Está
vendado, para representar a lei fatal e cega que preside a geração e a regeneração eternas.

Experto: Irmão, já chegaste a porta do templo. Irmão Introdutor, remova a venda que cobre os
olhos do nosso irmão e recolha as coisas que traz.

(O Neófito deixa o ramo de Murta-comum ao Primeiro Introdutor e sua espada ao Segundo


Introdutor).
(O Experto se dirige ao Neófito nos seguintes termos):

“Podemos ler nas Escrituras que Salomão, uma imitação dos Hindus e os Egípcios, colocou em
frente a entrada do Templo de Jerusalém 2 colunas de bronze: a uma chamou Jaquim e a outra
Boaz, as quais significam a Força e a Debilidade em oposição. Estas 2 colunas representam ao
Homem e a Mulher, a Razão e a Fé, a Autoridade e a Liberdade, o Direito e o símbolo monumental
da oposição, tão necessário na grande lei da Criação. De fato, toda Força necessita de uma
Resistência, toda Luz de uma Sombra, toda Convexidade de uma Concavidade, toda Vacuidade de
um Recipiente, todo Reino de um Rei, toda Regra de Pessoas, todo Trabalhador de Matérias Primas,
todo Conquistador de um tópico de conquista; a afirmação se estabelece ela mesma pela negação, a
força nunca triunfa pela comparação com a debilidade, a aristocracia nunca aparece enquanto
domina ao proletariado. As colunas, ainda que de diferentes cores, porém da mesma substância, se
opõem uma a outra, harmonizando não obstante na unidade de um termo resultante, esotérico e
conciliatório, o qual neutraliza aos 2 primeiros num só princípio idêntico: a Lei do Equilíbrio.
Então, a união de 2 termos opostos gera um terceiro princípio, que é resultante dos outros 2, porém
o qual une aos 2 princípios em oposição, numa neutralidade comum.
O número 3 é por excelência o símbolo do Princípio Neutro da Natureza, Conciliador da oposição
violenta que vemos ao nosso redor. Somente a Iniciação permite descobrir as Leis do Equilíbrio,
deste termo comum que une todas as oposições. Bondade e Castigo, Vida e Morte, Luz e Escuridão,
Mente e Matéria, Frio e Calor, Harmonia e Discórdia, Iniciativa e Resistência, Fixo e Volátil, Gás e
Substância, tais são as Colunas. E o verdadeiro Iniciado verá no arco o terceiro termo que da a razão
de ser estas oposições óbvias, quando recordamos que a harmonia resultante da analogia dos
opostos, axioma sublime de nossos velhos Mestres. Não existe na natureza dos contrates nada que
contribua a esta formosa Harmonia, simbolizada poeticamente pelos Gregos com Lira de Orfeu,
cujos braços, representativos das 2 colunas, descansam em equilíbrio perfeito sobre a base graciosa
do instrumento”.

Permita entra o Candidato.

(O Experto da 2 golpes ou 2 aplausos com suas mãos. Uma parte da cortina se eleva. O Candidato
caminha lentamente para o pé da Cruz).

Irmãos, meditemos.

(Toca música suave. Depois de alguns minutos de silêncio, o Filósofo Incógnito desce de seu trono
e se encaminha para o pé da Cruz. O Orador, segurando em sua mão um espelho, se coloca a direita
do Candidato)

Filósofo Incógnito: (Dirigindo-se ao Candidato, o diz): “Quem sois tu? Meu irmão, e o que desejas?

Candidato: Sou um Filósofo da unidade, e desejo receber mais Luz.

Filósofo Incógnito: A Unidade, meu Irmão, não está disponível a qualquer um para produzir pela
oposição dela mesma.

(O Orador apresenta um espelho ao Neófito, o qual permanecerá mascarado)

Se deu o nascimento a dualidade, ou princípio binário da oposição, representado simbolicamente


pelo número 2, que é o princípio passivo por excelência; ou pelas duas colunas entre as quais
deveste fazer passar antes de ser admitido ao ingresso na Câmara Mística. As duas colunas, que
explicam o mistério de todas as oposições na Natureza, são elas duas chaves que abrem as portas
dos céus. Astronomicamente representam os Equinócios de Verão e Inverno. Todas as iniciações
mostram ao neófito o simbolismo do binário ou da oposição dos Opostos, desde sua entrada no
templo; e a busca da verdade, de esta verdade para quem a luz é o objeto de seu desejo ardente, e
não somente isso, senão também o desejo da alma humana para descobrir o Terceiro termo, o
elemento de equilíbrio, o Reconciliador dos inimigos gêmeos. Por isso também é importante ao
reconhecimento do terceiro princípio, que é o que deu nascimento ao dogma da Trindade, que
alguém encontra nas bases de todos os sistemas de Teogonia. Nos Egípcios, o término do equilíbrio
entre o masculino Osíris e feminino Isis é o filho Horus. O próprio Osiris sintetiza a Amon,
princípio ativo deificado do Universo, e Ptah, princípio passivo deificado do Universo. Na
Teogonia Hindu, Shiva (o Transformador) une os poderes de Brahma (o Criador) e de Vishnu (o
Conservador). Na Teogonia dos Cabalistas, Kether (o Poder absoluto) equilibra o esquema entre
Chocmah (a Sabedoria absoluta) e Binah (a Inteligência absoluta). Na Teogonia Cristã, o Mediador
entre o Pai (o princípio ativo) e o Filho (o princípio conservador) é o Espírito Santo (ou força
universal que anima). É este Binário, destrutor momentâneo do equilíbrio, o que nos mostra estas
leis que conhecemos pouco, desta abundante Força Universal onipresente e invisível onipresente em
forma de gás, terrível e altamente poderosa nas mãos do Iniciados. Porém é suficiente conhecer a
existência dela.
Estas colunas estão representadas hieroglificamente pelos caracteres hebraicos Daleth, cujo
significado cabalístico é Força, Poder, e Imutabilidade. É a quarta letra do alfabeto sagrado, e tem o
valor numérico de 4, o qual é o número de valor gerador do qual procedem todas as combinações, e
é fonte de todo o que recebeu existência; e é com este significado que este número encontra
novamente ao cume de todas as Iniciações, sob o simbolismo sublime do Nome Incomunicável, ou
a Palavra Perdida, o Nome Inefável de Deus, o qual encontramos composto por quatro letras nos
mais antigos e modernos idiomas. Assim que: em Hindu é RAMA, em Escandinavo é ODIN, em
Egípcio é AMON, em Grego TEOS, em Hebraico é IAVE, em Latim é Deus, em Caldeu é BAAL,
em francês é DIEU, em Sírio é ADAD, em Alemão é GOTT, etc, etc. Pitágoras comunicou a seus
discípulos sob o nome de TeTragrammaTon ou TeTracTis, cujos três T formam o venerável
emblema gnóstico do Tríplice Tau, equivalentemente a letra Shin, já que o tríplice Tau hebraico é o
símbolo cabalístico da Divindade, assim como está demonstrado pelo Verbo, a Palavra, o Nome ou
a Fala. O tríplice Tau, rodeado de um círculo, é o emblema da Eternidade, e é o monograma do deus
egípcio Thoth, o qual está dedicado a nosso Templo; e sob este círculo se formam as iniciais do
maior Iniciador, do Pai de todas as ciências e todas as artes: Hermes Trimegistos, o primeiro que
proclamou o dogma da imortalidade da alma, e que simbolizou pela Cruz, emblema que é o
sinônimo das duas colunas, indicando com isto a união do equilíbrio contrário de forças que
provoca o Movimento eterno, a Geração eterna, e a Regeneração eterna; em outros termos, a
Imortalidade, representada em nossa Câmara Mística pelo Fogo Sagrado adornando sobre o altar.
Nossos antigos irmãos, os Filósofos Herméticos tiveram a maior reverência à Cruz, porque a viram
como o símbolo dos Quatro Elementos, representados pelos Animais Apocalípticos: A Águia, o
Homem, o Touro e o Leão; ou o Ar, a Água, a Terra e o Fogo, dos quais eles extrairão o gás mais
puro para formar a Pedra Filosofal, figurada pelo nosso Altar Cúbico. É por isso que os
Rosa+Cruzes dizem: “IN CRUCE SALUS” (“Nossa saúde está na Cruz”), em comparação com a
redenção de nossas almas pelo sangue do Nazareno. A Cruz foi o símbolo da Luz, LVX, porque a
Cruz apresenta estas três letras pela cruz de suas linhas. A Luz para os Cabalistas, a Pedra Filosofal
dos Hermetistas, o Fogo Central da Natureza dos Rosa+Cruzes, a Pedra Cúbica ou Pedra de
Canteiro Perfeita dos Franco-maçons, todas são somente UMA e a mesma coisa, equivalente ao
termo Mediador que une aos contrários, esta Santa Arca em que descansam as duas Colunas e que
ensina ao Adepto como extrair a energia da reconciliação desses dois inimigos óbvios, pela qual
chegamos a ser pilares sobre os quais estabelecer a força. O entendimento perfeito desta lei do
Binário te dará o conhecimento da Bondade e o Castigo que nossos primeiros Pais, aconselhados
pela curiosidade e a desobediência, não serviu para protegê-los, merecendo por isso ser expulsos do
Edém pela sua indignidade. Porém tu, Irmão, isolado sob a máscara da discrição para criar tua
Personalidade por um largo período de meditação silenciosa. Tu podes, sem medo, apresentar-te
ante o mundo desconhecido das leis misteriosas da natureza; não obstante, confia em teus
guardiões, porque desencadeados contra tua vontade quieta e poderosa, a qual exalta todo o
entendimento de tua liberdade absoluta, combina todas as forças fatais que se estão agrupando em ti
de uma maneira selvagem.

(O Neófito avança para o Altar, ao centro da Cruz. Quatro bandeiras estão colocadas nos ângulos da
Cruz. Os dois Iniciados colocam a Capa sobre os ombros do Candidato. O Filósofo Incógnito dá
dois golpes com suas mãos, e todos os Irmãos se levantam):
“Agora te instruirei acerca dos mistérios da Capa, distintivo da Iniciação ou do Conhecimento real,
ornamento místico do adepto, contra o qual nem a espada flamígera dos Querubins, não poderá
fazer algo. A prudência nunca se detém a aconselhar-te, Oh meu digno irmão, o ensina a isolar-te na
calma da consciência despojada de vícios e banalidades da vida. Este ornamento, que cativa a visão
do humilde e do profano, o Iniciado é quem conhece seus múltiplos usos, deverá cobrir-te
silenciosamente com suas asas protetoras. Assim como a Capa de Apolônio de Tiana, este símbolo
representa a completa e total posse de si mesmo; e também serve, não somente para isolar-te do
instinto corrente do Sábio, senão também para isolar-te à Prudência e a Discrição que caracteriza ao
real Iniciado. Assim como o Véu de Isis e a Capa de Cibele, que estes sagrados ornamentos
permaneçam próximos de ti para por-te sempre ante os estranhos. A Capa é quiça o símbolo de
maior profundidade que a Ordem colocou ante teus olhos; a super-vivência deste símbolo te permite
cuidar-te de teu trabalho pessoal e de tua perseverança. A letra hebraica representativa da Capa é o
Tau, última do alfabeto, e a qual é o signo cabalístico da Verdade, da Luz, do sol, do humano em
seu estado de perfeição. Seu número é o 400 (ou 5x8x10), e significa que é pelas portas da morte
que a Vontade humana chegará até o Pensamento Divino. Para este momento supremo, quando
estais nas portas da imortalidade, ante um mundo que não conheces, isolado no lado terrível de um
rugido oceano, donde as mais terríveis correntes empurram a uns contra os outros e chagam a
atmosfera de um ruído indescritível, chorando os que antes não eram sensíveis, com lamentos para
partir o coração e os clamores para deixar-te surdo, este terror não te atrapalha porém observa no
Oriente e contempla a magnífica Estrela da esperança, o Pentalfa, símbolo do domínio da vontade
humana sobre a matéria, signo da Superioridade e a Faculdade intelectual da autocracia sobre as
mentes más ou paixões do homem material. É a estrela dos 3 sábios do evangelho, que é o signo do
verbo feito carne; ele representa o Cordeiro bendito de São João ou o Macho caprino maldito de
Mendes, Lúcifer ou Véspero, Maria ou Lilith; em resumo, representa o homem na onipotência de
sua livre vontade. De acordo aos místicos, disse Macróbio, essas cinco pontas representam ao Deus
Supremo ou Motor Primário, a inteligência ou os homens que nasceram Dele, a alma do mundo, as
esferas celestiais e as coisas terrestres. És chamado na Cabala o Signo do Microcosmo, signo do
qual Goethe exasta a força no monólogo sublime de Fausto que diz: “Ah, esta visão excita meus
sentidos! Sinto este santo e juvenil prazer de vida ebulindo em meus nervos e em minhas veias. Foi
um Deus que desenhou este signo acalmando o atordoamento de minha alma, enchendo meu pobre
coração de alegria, e num inicio misterioso desvelar-me as forças da Natureza? Sou Deus? Venham
todos para aclarar-me isso”. Vejo nestas simples linhas a Natureza ativa desvelando-se a si mesma
ante minha alma; pela primeira vez entendo a verdade das palavras dos sábios, que dizem: “O
mundo mental não está fechado, teus sentidos são obtusos, teu coração está morto. Ergue-te! Lava
teu peito, encerrá-o outra vez no véu terrestre, nos esplendores de um novo dia, oh Adepto da
Ciência Divina!”

CONSAGRAÇÃO

(Antes de dar inicio a este ato, se indica ao Neófito que se prostre ante o Altar)
“[A Glória de Ieoschua, Grande Arquiteto do Universo, e] Em nome de nosso Venerável Mestre, o
Filósofo Incógnito, e pelos poderes que me foram conferidos pelo Supremo Conselho da Ordem
Martinista, te confiro o título e grau de Iniciado Martinista, Aprendiz Cohen, e Maçom do Segredo.
Te apresento este Diploma o qual tem direito, e também teu nome místico e teu número, porque
como novo iniciado a nossos mistérios, tua personalidade desaparece e é absorvida numa com o
Iniciador, até que por uma meditação persistente e paciente, proves que tu compreendas totalmente
a profundidade e sublimidade da filosofia que professamos; até que demonstre estar bem
qualificado para romper tuas ligaduras, e assegures em breve tua independência intelectual total
pela completa auto-criação de tua personalidade. Então, como mestre de ti mesmo se acabarão os
informes de instrução de todos os Martinistas que há, e tu assumirás a responsabilidade de teu
conhecimento ante tua própria consciência e ante Deus”.
O Signo deste grau é: (9), o qual faz alusão a estrela de 5 pontas flamejantes.
A Palavra Sagrada é: (9), e dá em 3 partes (10).
Agora, meu Irmão, te apresento minha mão direita, e com ela o abraço de Martinista. Ergue-te e
acompanha-me ao Oriente, dondo tomarás assento a minha direita”.

(Durante a Consagração o Neófito esteve prostrado ante o altar. Os quatro Querubins formam
uma Cruz com suas espadas flamígeras sobre a cabeça do neófito. O Filósofo Incógnito conduz ao
novo Iniciado até o Trono. As quatro bandeiras estão colocadas a direita e esquerda do Trono. O
Filósofo Incógnito avança até o pé da Cruz, sob o Arco. Os Véus do Templo são retirados).

Filósofo Incógnito: Irmãos, o Templo da Verdade protege a um Escolhido. Glória a Deus!


Aproxima-te junto ao Altar Sagrado e cantemos o hino triunfal: Santo, Santo, Santo, Senho
Sabaoth! Cheios estão os céus e a terra de Tua Santa Glória!

FECHAMENTO

Filósofo Incógnito: (X-X; dá 2 golpes lentamente)

Irmão Incógnito: (X-X; faz o mesmo) (O orgão toca uma marcha religiosa. Os irmãos em 2 fileiras
formam uma procissão, a qual é precedida pelo Mestre de Cerimônias. Todos os Oficiais – exceto o
Filósofo Incógnito e o Irmão Incógnito – encerram a procissão. Dão 2 voltas ao redor do Altar).

ORDEM DA PROCISSÃO
A-Primeiro Mestre de Cerimônias
B-Segundo Mestre de Cerimônias
C-Membros
D-Orador
E-Experto
F-Secretário
G-Mestre de Selos
H-Arquivista
I-Tesoureiro
J-Primeiro Introdutor
K-Segundo Introdutor
L-Primeiro Economista
M-Segundo Economista
N-Irmão Iniciado
O-Irmão Associado

(Depois de haver dado as 2 voltas ao redor do altar, a procissão se divide em 2 partes. Os


membros voltam para fazer um terceira volta, apesar de que os Oficiais se separam [ante o Irmão
Incógnito no Ocidente] em 2 partes, para a direita e esquerda. Quando os membros concluírem
sua terceira volta, fazem o mesmo. Quando todos estão próximo do Altar, o Irmão Incógnito
avança até o pé da Cruz. As bandeiras estão nos quatro braços da Cruz, e os irmãos se colocam da
seguinte maneira: A – Filósofo Incógnito, B – Neófito, C – Orador, D – Experto, E – Secretário, F
– Mestre de Selos, G – Arquivista, H – Tesoureiro, I – Primeiro Introdutor, J – Segundo Introdutor,
K – Primeiro Mestre de Cerimônias, Q – Segundo Mestre de Cerimônias, R- Irmão Incógnito, S –
Bandeira da Águia, T – Bandeira do Leão, Um – Bandeira do Touro, V – Bandeira do Homem).
(Quando todos estão na Câmara, o Filósofo Incógnito acompanhado do novo Iniciado desce do
trono para chegar ao centro dos irmãos, o coro místico, oculto atrás do véu do Oriente, inicia o
canto do Hino triunfal ou Benedictus: “Santo és o que vem em nome do Altíssimo; Hosana no mais
alto dos Céus!”. Durante o hino, o novo irmão joga incenso ao Fogo Sagrado, e os ajudantes
elevam 2 vezes os braços ao céu e dizem em voz baixa: (11)).
Filósofo Incógnito: (Beija ao neófito e diz-lhe ao ouvido: “T.s.l.s.e.m.d.d.d.m. (12)”)

“Unidos em corpo, unamo-nos em mente agora e sempre”.

Todos: Amém.

(Os irmãos abandonam o Templo na seguinte ordem: Bandeira do Homem, Primeiro e Segundo
Mestres de Cerimônias, Irmão Incógnito, Irmão Iniciado e Irmão Associado, Bandeiras de Leão e
de Touro, Primeiro e Segundo Economistas, Primeiro e Segundo Introdutores, Arquivista e
Tesoureiro, Secretário e Mestre de Selos, Orador e Experto, Filósofo Incógnito e Neófito, e
Bandeira de Águia).
TERCEIRO GRAU

SUPERIOR INCÓGNITO

TERCEIRA CÂMARA DE INSTRUÇÃO

CABALÍSTICA

TERCEIRO GRAU (S::: I:::)

ABERTURA
(Os irmãos se reúnem na antecâmara da Corte. Se há algum candidato que deva ser iniciado ao grau
de Superior Incógnito, este deverá ser apresentado na abertura da Loja)

Filósofo Incógnito: Irmãos, para que nos reunimos?

Irmão Incógnito: Para deliberar na busca das operações da Natureza, Mui Sábio Mestre.

Filósofo Incógnito: Tal como é nossa intenção, vamos fazê-lo na Câmara de Instrução. Irmão
Guardião, aproxima-te e dá-me a Palavra de Passe semestral.
(A ordem é executada)
Toma seu teu lugar na Câmara sem fechar a porta da Câmara de Instrução e verifica a Palavra de
Passe aos irmãos que se vão apresentando à entrada. Irmão Segundo Mestre de Cerimônias, chama
a ordem aos irmãos e conduze-os à Câmara.

Segundo Mestre de Cerimônias: Atenção, Irmãos.


(Os irmãos se formam em uma fila e seguem ao Segundo Mestre de Cerimônias)
[Ver diagrama na folha anexa]
(Neste grau o quarto da Loja está dividido em 3 seções ou apartamentos igualmente que no grau
anterior, porém com a diferença de que o Primeiro e o Segundo estão iluminados, e que neste
primeiro as bancas estão localizados ao Sul e ao Norte (de França) para os irmãos, no Oriente um
banco frente ao Trono, e no ocidente todos os Oficiais subordinados).
(Esta seção está ocupada pelo Filósofo Incógnito, o Irmão Incógnito e o Orador; na coluna da
direita o Primeiro Mestre de Cerimônias; na coluna da esquerda e olhando para o ocidente o
Segundo Mestre de Cerimônias; O Primeiro Introdutor na porta do Laboratório; o Segundo
Introdutor na porta da Corte;
A CONTINUAÇÃO ESTÁ
EM TRADUÇÃO

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