A educação na Grécia antiga
apoia o uso natural do desenvolvimento.
Em Atenas dava-se uma grande importância à educação, de tal
forma que era a Assembleia do povo que elegia os
encarregados da educação dos jovens entre os dezoito e os
vinte anos, chamados efebos.
A pedago gia grega valorizava uma visão filosófica
sistematizada, uma reflexão filosófica, uma contemplação e
teorização do mundo.
Surge o conceito de Paidéia: a cultura que qualquer homem
deveria idealmente possuir para se tornar completo. Esta
paideia buscava o ideal do homem formando uma areté
multifacetada: física, espiritual, pessoal, política, técnica e
moral.
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Compartimentou-se o ensino a ministrar aos alunos entre os
sete e os dezanove anos em três níveis. A instrução incluía as
seguintes matérias: a ginástica, que ocupavam um lugar muito
relevante, a leitura e escrita, a música (com menos incidência
que anteriormente), a astronomia, a geometria, a aritmética, os
estudos literários (que iniciaram a pontuação e acentuação de
palavras, assim como a crítica textual), a retórica (baseada na
obra de Aristóteles e dividida em invenção, disposição, elocução
e acção), a dialética e a efebia: que se incluía no último grau,
compreendia a aprendizagem militar, religiosa, moral, científica
(física, a matemática, a astronomia, a medicina, a engenharia e
a geografia) e filosófica.
As crianças começam a aprender a moral (regras sociais), a
partir dos 12 anos na qual começam a ter alguma percepção e
a usar o motor cognitivo, começando a usar a ética. A educação
grega pasma-se em torno da paideia, ou seja a educar, a formar
a criança.
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A educação na Roma antiga
Na pedagogia romana existiu um predomínio da retórica, tendo
uma postura mais pragmática voltada para o quotidiano e
acção política.
Em Roma vai desenvolver-se uma concepção de império
formado de vários povos, que não discrimina o vencido e ainda
lhe confere o direito da cidadania romana, em troca do
pagamento de impostos. Daí que apareça a ideia de
HUMANITAS: uma cultura universalizada, de certo modo
equivalente à Paidéia, mas distinguindo-se desta porque visava
ser uma cultura cosmopolita e universal, que busca aquilo que
caracteriza o homem em todos os tempos e lugares. Não se
restringe ao ideal de homem sábio e estende-se à formação do
homem virtuoso, como ser moral, político e literário.
O mundo romano formou uma síntese educativa original –
através das fases: heróico-patrícia, helenística e imperial, que
terminou na Humanitas, como novo ideal de perfeição. De
forma harmoniosa procurou conjugar-se um ideal ético romano
com um ideal intelectual grego que, finalmente, viria a assimilar
o novo ideal cristão.
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Filosofia e Filosofia da Educação
Existe diferenças entre o que é a filosofia e o que é a filosofia da
educação. Assim sendo, a filosofia apresenta-se como uma
reflexão sobre o sentido do ser humano mostrando ser um
processo de reflexão e elaboração crítica de uma concepção de
mundo enquanto totalidade e o compromisso com a sua
realização prática, isto é, a postura do homem sujeito, que num
esforço de compreensão de si mesmo no mundo, em oposição à
fragmentação da “pseudo-concreticidade” do quotidiano,
unificado no senso comum, sendo que passa a fazer um
inventário, uma crítica e uma reelaboração das concepções e
valores que explicam e orientam a sua vida, em todas as
relações que estabelece este mesmo homem consigo mesmo,
com os outros homens e com o mundo, desde seus aspectos
mais simples e imediatos aos mais complexos.
Enquanto que a filosofia da educação é como uma reflexão
sobre esse sentido existente a construir através de um processo
mediador espacio-temporal. É um ramo do pensamento que se
dedica à reflexão sobre os processos educativos, à análise do(s)
sistema(s) educativo(s), sistematização de métodos didácticos,
entre diversas outras temáticas relacionadas com a pedagogia.
O seu principal objectivo é a compreensão das relações entre o
fenómeno educativo e o funcionamento da sociedade.
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Educação
A reflexão sobre o conceito de educação revela que estamos
perante um conceito complexo e polissémico de que não se
pode dar uma definição universal. A educação apresenta-se
como facto, actividade, resultado, processo, entre outros. Nela
encontramos várias dimensões: pessoal, social, relacional,
cultural, política, artística, existencial, e ética. Ao abordarmos o
conceito de educação descobrimos que nos abre uma
problemática, isto é, uma rede de questões interligadas,
sujeitas a debate, pesquisa e desenvolvimento.
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Suchodolski encontra-se na 7ª antinomia, na qual refere-se à
educação entre uma acção determinante e uma acção simples
de apoio na qual a educação é a formação do homem por meio
de uma influência exterior de condução e direcção do modo
articulado com uma acção “negativa” que retira obstáculos e
Para Suchodolski esta antinomia aplica-se apenas na pedagogia
burguesa como mais uma das suas contradições e que na
antinomia socialista, esta antinomia desaparece. Este autor diz-
nos que a pedagogia burguesa se divide em duas teses opostas:
uma teoria “colectivista” que ao ser autoritário vê a educação
como imposição efectuada pelas instâncias educadoras.
Por outro lado, existe uma teoria “individualista”
correspondente ao liberalismo que é gerado como um
abandono aos caprichos da criança. Esta antinomia é dada
como a principal da época capitalista, durante a qual se
romperam as relações sociais tradicionais que se opõem à
instauração das novas relações. Estes problemas só
terminariam com o aparecimento de uma terceira concepção –
pedagogia socialista que integra o indivíduo na sociedade, dado
que, quando a realidade social e o homem deixam de ser uma
antítese, quando entre os dois termos se estabelece uma
equivalência a actividade do indivíduo pode encontrar dentro da
realidade social a sua via material de desenvolvimento.
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Da Antiguidade Cristã à Idade Média: sec.III ao sec. XIV;
correspondem ao triunfo do cristianismo sobre o paganismo e
sobre o judaísmo.
* Cristianismo – religião oficial (“cai” o paganismo – adoração de
vários Deuses ; posto de parte com o surgimento do
Cristianismo ; em 391 a.C.)
* surgimento do homem que se sente dependente de Deus
* seguro de si mesmo com base na Igreja , num Deus maior -
Dependente de Deus (acreditava nos dogmas)
* sociedade hierarquizada
* derrocada do Império Romano e consequente separação entre
o Império Romano do Oriente e do Ocidente; as cidades
entravam-se em decadência ; as populações fogem para o
campo, o comércio internacional termina e as comunidades
pedem auxílio à Igreja e aos grandes senhores
* o surgir do Feudalismo num mundo pobre, inseguro e violento
* Surge a escola de Alexandria , Cesária , Edessa , Nibibe
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Pedagogos:
Santo Agostinho (345-430), natural de Tagasto (actual
Argélia), surge como figura saliente na Antiguidade Cristã.
- pai era pagão e sua mãe foi considerada uma santa , a Santa
Mónica na qual esta era fervorosamente religiosa
- detinha de uma vida desregrada
- estudava retórica e gramática em Catargo
- tem um filho que se chamava Adindato
- adere ao maniquiismo do fausto
- vai para Roma e Milão onde acaba por conhecer um bispo
importante – Ambrósio (vai influenciar Agostinho no qual acaba
por converter-se em cristão)
Para Santo Agostinho :
- conhecer : recordar (teoria da Reminiscência)
- aprender : conhecer em si as verdades que cada um possui ,
ou seja , descobrir as verdades através da iluminação divina
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Neste contexto surge Orígenes (185-253), professor em
Alexandria, grande sábio e teólogo egípcio, deu preferência à
moral na qual detinha da capacidade de incotir nos disciupulos
que eles tinham de descobrir as suas virtudes, virtudes essas
como por exemplo: virtudes cardinais (justiça, temperança,
coragem e prudência), além das virtudes teologais (fé,
esperança (cristianismo) e caridade).
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São Tomás de Aquino
- redescoberta de Aristóteles
- fundamental no século XIII
- realiza uma síntese entre Aristóteles e o Cristianismo
São Tomás de Aquino refere que é fundamental a lei natural
(“Faz o bem e evita o mal”)que estava presente em Aristóteles
A Educação deve basear-se na descoberta da lei natural que
todo o ser humano deve colocar em prática.
É através da Educação que conseguimos desenvolver virtudes e
princípios morais (não matar, não cometer adultério, não
mentir).
Distingue :
Bens reais (são os que concorrem sempre para o ideal humano ;
faz de nós mais seres humanos ; caracterizar as necessidades
que todos os homens precisão)
1. Desejo e conhecimento até ao limite
2. liberdade
3. paz
Bens aparentes (Não contribuem para esse ideal humano)
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Antinomia
Uma antinomia é a contradição entre duas ‘leis’, isto é, dois
princípios dos quais cada um é, em si, legítimo”. Isto quer dizer
que ela dimana da própria natureza da questão e que se vive
nela uma oposição de leis ou regras, ambas justificáveis. A
nossa condição e existência estão atravessadas por tensões
estabelecidas entre diversas polaridades que se furtam a uma
apreensão definitiva. Em toda a actividade pessoal e social as
encontramos. Ora, isto indica-nos que, afinal, as antinomias são
“problemas estruturais-funcionais de um ser, em forma de
contradições internas” (Cabanas, 1988, 57) Sendo as
antinomias algo próprio e essencial, até da realidade,
globalmente considerada, há que simplesmente enfrentá-las.
Elas serão o perene palco da demanda da educação que, por
vezes, insistindo nos extremos, descai para o optimismo ou o
pessimismo, e noutras, procurando o equilíbrio – o que não quer
dizer superação definitiva –, aproxima-se do realismo.

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O seu trabalho é polidilemático, pois enfrenta a abertura

antinómica das múltiplas contradições entre princípios
concorrentes e indecidíveis, isto é, a contradição entre regras
opostas mas individualmente justificáveis. Assim, o nosso autor,
espera menos a sua resolução – pela criativa explosão ôntica
hegeliana – do que a sua serena aceitação e prudente
articulação, que coloca a coincidência dos contrários apenas no
infinito. Cabanas opta por uma abordagem integradora, de
compromisso, que faça justiça aos termos das antinomias
evitando reducionismos.
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Pessoa e valores: o educativo e o deseducativo

O desígnio prioritário da educação é a pessoa. Na verdade, a

educação deve corresponder ao incontornável repto de
transformação do indivíduo em pessoa. Em educação não
importa obter apenas esta ou aquela capacidade do indivíduo,
esta ou aquela habilidade. Educacionalmente, deve apontar-se
a um algo mais, dotado de integridade, de dignidade e de
consequente estatuto ontológico que, como também vimos, se
deve evitar dissociar do vivo de onde emergiu. Em todo caso,
aparece como líquido que, se abstrairmos da subjectividade,
que se encarna na pessoa, a educação deixa de ter sentido. Isto
significa que a prioridade da educação está no propiciar a
emergência e a afirmação da pessoa, na medida em que, como
assinala Gil (a educação se refere essencialmente a uma
proposta de humanização que, por meio de valores, seja
susceptível de conseguir a plenitude da pessoa. A pessoa
constitui, na verdade, um referente obrigatório da
educabilidade humana. Carvalho diz, claramente, que a
problemática da pessoa “se impõe, por si, de um modo
transversal e inerente à essência e à finalidade da educação.
Isto é, trata-se de uma problemática que sendo, à partida
antropológica é, também, ontológica se a olharmos do ponto de
vista da natureza da educação.
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Erasmo

Destacou-se ao longo da sua vida sobretudo como humanista,

filósofo e pedagogo. Erasmo, procura através dos seus
ensinamentos, da sua doutrina, da sua moral, tornar o príncipe
um cristão virtuoso e justo, como ele entendia que os príncipes
deviam ser. Ele afirmava-nos que um príncipe devia ser
ensinado a desejar, não os privilégios de quem reina, mas as
responsabilidades de quem governa. Como cristão, Erasmo
considerava que o estudo das Sagradas Escrituras deve estar
sempre presente no currículo escolar do príncipe. Noutro passo
da “Educação do Príncipe Cristão”, completa o seu pensamento
indicando expressamente quais as obras que o jovem príncipe
devia ler.
Considerava-nos também que o príncipe devia também ser
filósofo, pois sem o concurso da filosofia o rei governava às
cegas.
Em 1511, Erasmo publicou um importante tratado sobre
educação, intitulado “Sobre o Método Certo de Ensino” e um
ano depois escreveu um texto didáctico com o título “Sobre a
lista de Palavras”.
Aqui a finalidade de Erasmo é levar os jovens de inteligência e
de capacidade medianas a um nível de estudos aceitável,
ensinando-os a conversar em Latim e Grego numa idade em
que, sob as orientações de um mestre comum, não teriam
ultrapassado sequer o nível primário.
Em 1529, publicou o tratado “Sobre a educação dos Meninos”,
faz aqui uma crítica ao mau estado do ensino na sua época:
más instalações, professores mal preparados, alunos ignorantes
e directores escolares incompetentes. Pois, o bom professor
deverá interessar-se por cada um dos seus alunos, conhecer as
suas personalidades, dominar muito bem as matérias, ter boa
capacidade de comunicação e possuir as virtudes morais.
Erasmo foi um pioneiro na defesa da educação infantil,
defendendo o início dos estudos a partir dos 3 anos de idade,
mas sempre no respeito pela maturidade da criança,
procurando adaptar o ensino à personalidade do aprendiz.