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BACULA: FERRAMENTA DE BACKUP

1
Geana Keilla de Souza Abadia Santiago
2
Raquel Neres Natividade

Resumo. Neste trabalho abordaremos uma importante forma de cópia e armazenamento


para segurança de dados, o backup. Backup é a cópia de dados de um dispositivo de
armazenamento a outro para que possam ser restaurados em caso de perdas dos dados
originais. Atualmente existem muitas ferramentas de backups, como Amanda, Areca,
Toucan e Bacula. O objetivo deste trabalho se baseia em fazer uma revisão bibliográfica
sobre os tipos, técnicas e ferramentas de backup, fazendo-se um detalhamento sobre um
destes tipos: o Bacula, e estruturar uma situação mostrando como uma empresa pode
utiliza-lo como ferramenta de backup e implementar as políticas de backups necessárias
para o seu funcionamento. Será feita uma simulação de backup em uma empresa,
abordando o procedimento para uso desta ferramenta. Concluiu-se que formalizar um
estudo sobre backup assim como estudar o Bacula em especial, será de grande valia em
conteúdo para trabalhos futuros e para administradores de empresas ou usuários, que
queiram estudar a melhor forma de se fazer backup.

PALAVRAS CHAVES: Backup. Bacula. Ferramentas de backup.

Abstrat. In this work we will approach an important form of copy and storage for data
locking, backup. Backup is the copy of data of a device of storage to another one so that
they can be restored in case of losses of the original data. Currently many tools of backups
exist, as Amanda, Areca palm, Toucan and Bacula. The objective of this work if bases on
making a bibliographical revision on the types, techniques and tools of backup, becoming
a detailing on one of these types: the Bacula, and to structuralize a situation showing as a
company can uses it as tool of backup and to implement the necessary politics of backups
for its functioning. A simulation of backup in a company will be made, approaching the
procedure for use of this tool. One concluded that to legalize a study on backup as well as
studying the Bacula in special, will be of great value in content for future works and
administrators of companies or users, who want to study the best form of if making backup.

KEYWORDS: Backup. Bacula. Tools of backup.

1
Aluna do curso de Segurança da Informação da Faculdade de Tecnologia SENAC Goiás –
geana.santiago@gmail.com
2
Aluna do curso de Segurança da Informação da Faculdade de Tecnologia SENAC Goiás –
raquelneresn@gmail.com
1
1 INTRODUÇÃO

Neste trabalho abordaremos uma importante forma de cópia e armazenamento para


segurança de dados, o backup. Backup (cópia de segurança) é a cópia de dados de um
dispositivo de armazenamento a outro para que possam ser restaurados em caso de perdas dos
dados originais, em conseqüência de defeitos graves do computador que podem ser causados
por falha de hardware, software e erro humano (TAVEIRA et. all., 2006).
Fazer backup não é apenas importante, é fundamental. O principal objetivo é manter em
segurança e disponíveis, para qualquer eventualidade, todas as informações que julgar
necessárias, para não correr o risco de perder dados importantes (TAVEIRA et. all., 2006).
Atualmente existe uma falta de informação do usuário sobre as melhores práticas e
opções de como fazer backup. Aliado a este fato, a falta de tempo e confiança exagerada nos
equipamentos utilizados aumentam ainda mais o risco de perda de dados. Na maioria dos casos,
arquivos como fotos digitais, planilhas financeiras, documentos da empresa, etc, são perdas
inestimáveis (TECHNET, 2010).
Decidir como fazer backup é mais difícil do que parece. As ferramentas que uma
empresa ou usuário pode escolher para fazer um backup e recuperação do sistema, serão
baseadas em suas necessidades, restrições e nas políticas de backups adotadas pelas empresas.
Existem muitas ferramentas de backups, tais como Amanda, Areca, Toucan, Bacula, etc. O
Bacula é uma das ferramentas de backup mais usadas hoje em dia, utilizadas em grandes
empresas como o SERPRO – Serviço Federal de Processamento de Dados. Devido a sua grande
utilização falaremos mais detalhadamente sobre esta ferramenta no decorrer do trabalho
(FARIA, 2010).
O objetivo do presente trabalho se baseia em fazer uma revisão bibliográfica sobre os
tipos e ferramentas de backup. Fazer um detalhamento sobre um tipo específico de ferramenta
open source para backup, o Bacula e estruturar uma situação, mostrando como uma empresa pode
utilizar o Bacula como ferramenta de backup.

2 HISTÓRIA

A cópia de segurança dos dados é um campo que vem desenvolvendo-se muito rápido
atualmente. Novas tendências e soluções aparecem a cada dia e os métodos de backup e as
tecnologias se tornam mais complexas. Vamos observar então a evolução dos dados de backup e
suas mídias de armazenamento (MAXIM, 2010).
Cartões Perfurados: tudo começou em 1951 com a geração da computação digital e o
surgimento do UNIVAC I (Universal Automatic Computer) construído por Mauchly e
Ecker. Para fazer o armazenamento interno dos dados utilizavam-se cartões perfurados.
Os cartões perfurados alcançaram sucesso imediato e se tornou o mais popular meio de
armazenamento de dados, podendo ser considerados como os primeiros dispositivos de
armazenamento para backup.
Fitas Magnéticas: a partir da década de 1960 os cartões perfurados foram sendo
gradualmente substituídos pela fita magnética, que era melhor, mais capaz e mais
eficiente. Grandes e pequenas empresas e até mesmo alguns usuários domésticos
começaram a criar backups em fita. As estratégias de backup começaram a surgir no
início de 1960. Os backups em fita foram os mais difundidos, por causa da confiabilidade,

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escalabilidade e baixo custo. Todas essas vantagens fazem com que o backup em fita seja
uma solução atraente até hoje.
Discos Rígidos: foi lançado em 1956 o primeiro disco rígido IBM 305 RAMAC pela
empresa IBM. Ao longo dos anos, a tecnologia HD foi melhorando rapidamente. Em
1982, a Hitachi lançou a primeira unidade de HD com mais de 1 GB de armazenamento.
Em meados de 1983, essa tecnologia passou a fazer parte também dos computadores
pessoais com a introdução do IBM PC XT. Na década de 1960 e 1970 unidades de disco
rígido não eram apropriadas para backups por causa de seu alto preço e de baixa
capacidade. No entanto, já em meados de 1980 os discos rígidos já poderiam ser
considerados locais de armazenamentos para fazer backups. No início de 1990 eles se
tornaram uma alternativa real para backups. Um evento mais importante foi à introdução
do RAID (redundant array of independent disks) tecnologia que surgiu no início de 1990.
Este esquema de armazenamento de dados usa múltiplos discos rígidos para compartilhar
ou replicar dados entre eles. Armazenamento de dados em discos rígidos tornou-se uma
solução atrativa e acessível devido a essas melhorias.
Disquetes: em 1969 o primeiro disco flexível foi introduzido. Foi um disco só de leitura
de 8 polegadas e sua capacidade de armazenamento era de 80KB. Quatro anos depois, em
1973, um disco flexível similar com o mesmo tamanho poderia armazenar 256KB de
dados, e era regravável. Desde então, a tendência tem sido a mesma quanto menor o
disquete maior a capacidade de armazenamento de dados. No final de 1990 você podia
facilmente armazenar 250 MB de dados em um disquete de 3 polegadas. Os disquetes
foram considerados meios revolucionários para transportar dados de um computador para
outro. Eles não podiam armazenar tantos dados como os discos rígidos, mas sendo muito
mais barato e mais flexível, tornou-se muito difundido. É claro que esta tendência afetou a
esfera de backup. Os disquetes tornaram-se comuns e eram cada vez mais usados para
movimentar pequenas quantidades de dados ao redor, começaram então a ser amplamente
utilizados para fins de backup. O backup de disquetes não era tão amplo como backup em
fita, mas esses discos eram mais baratos e mais flexíveis e rapidamente se tornaram um
dos meios mais comuns de backup entre usuários domésticos e de pequenas empresas.
CD e DVD: embora os disquetes tenham sido uma evolução para os usuários domésticos
e de pequenas empresas que precisavam fazer backups, esses disquetes possuíam uma
capacidade relativamente baixa de armazenamento. Este problema foi resolvido com a
introdução da próxima geração de mídia de armazenamento: CD. O Compact Disc,
inventado pela Philips e pela Sony em 1979, chegou ao mercado no final de 1982 na Ásia
e no início do ano seguinte apareceu em outros mercados. Desenvolvidos também pela
Philips e Sony, em junho de 1985, foi introduzido o CD-ROM (memória somente de
leitura) e em 1990 o CD-R. No início de 1990 os CD-Rs não eram comumente usados
para backups, por causa dos custos elevados. Mas depois, quando a unidade de CD-ROM
tornou-se um dispositivo usual para praticamente todos os computadores, os preços para
esses discos compactos caíram, e o backup em CD se tornou muito popular e difundido.
Os CDs praticamente acabaram com os disquetes no início do novo milênio. A introdução
do DVD, com cerca de 4GB de capacidade após 1995 só reforçou essa tendência.
Pen Drive: o pen drive foi inventado em 1998, foi uma novidade para o mundo de backup
de dados, e continua sendo muito popular. Essas memórias armazenam mais dados do que
um tradicional disquete de 3,5 polegadas, e também podem conter mais dados do que um
CD-ROM. Considerando o tamanho, potência e custo-efetividade dessas unidades, não é
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de admirar que elas estejam se tornando uma força poderosa no mercado de backup de
dados.
Discos Blu-ray e HD-DVD: são sem dúvidas a nova geração de mídia de backup. Os
discos Blu-ray da Sony e o HD-DVD da Toshiba são o próximo passo para uma maior
redução do custo de mídia removível com grande capacidade de armazenamento e com
um ganho no crescimento e na melhoria da usabilidade. Eles apareceram no mercado em
2006 e já são considerados como promissores dispositivos para backup de dados.
Redes Locais: o desenvolvimento da cópia de segurança está intimamente ligado à
evolução das tecnologias de rede e Internet. Com as redes locais surgiram o backup
remoto e tornou-se possível que outros computadores conectassem ao seu. As primeiras
LANs (Local Area Networks) foram criadas no final de 1970 e usadas para fornecer as
ligações de alta velocidade entre grandes computadores centrais em um site. O surgimento
da tecnologia LAN foi à tendência mais significativa do final dos anos 1980 e início de
1990 em sistemas de armazenamento e também influenciou muito a esfera de backup.
File Transfer Protocol (FTP): o FTP apareceu em 1985. Ele conecta dois computadores
através da Internet para que os usuários possam transferir arquivos de uma máquina para
outra e executar comandos remotamente. Especificamente, o FTP é um protocolo
comumente usado para troca de arquivos em qualquer rede que suporte o protocolo TCP /
IP. Ele permite aos usuários transferir cópias de reserva de dados entre computadores
facilmente.
Network Attached Storage (NAS): surgiu em meados da década de 1980, projetada para
ser ligada à rede de dados tradicional. Desde a introdução do conceito de dispositivo NAS
para o mercado em 1992, a tecnologia foi amplamente aceita, e muitos fabricantes de
armazenamento principal adicionou dispositivos NAS para suas ofertas de produtos,
incluindo várias opções de backup.
Storage Area Network (SAN): é uma rede projetada para conectar dispositivos de
armazenamento do computador, tais como controladores de disco matriz e bibliotecas de
fitas para os servidores. Ela permite que uma máquina possa se conectar na rede a alvos
remotos como discos e drives. A SAN pode servir aos propósitos de backup. Ela oferece
alta velocidade e é uma excelente solução de backup para grandes empresas.
World Wide Web: A Internet foi o resultado de um pensamento visionário na década de
1960 que viu um grande valor potencial para que as pessoas através dos computadores
pudessem compartilhar informações sobre pesquisa e desenvolvimento nas áreas
científicas e militares. A Internet na sua forma moderna surgiu em 1990, quando a página
web apareceu pela primeira vez. A importância dos serviços de backup on-line tem
evoluído dramaticamente nos últimos anos. Desde o final dos anos 1990, os serviços de
backup online vêm se tornando cada vez mais disponíveis para usuários corporativos e
individuais em todo o mundo. Fazer o backup via rede ou Internet para um local remoto
pode proteger os dados e informações contra eventuais desastres em casa ou escritório
(MAXIM, 2010).

2.1 BACKUP

Segundo Faustini (2010), Backup é o procedimento que, basicamente, consiste em efetuar


cópias de arquivos críticos e importantes para outras mídias além daquelas em que estão gravadas

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(como CDs, fitas, HDs, etc.), de forma que os mesmos possam ser restaurados (copiados de volta
à origem) caso os dados na origem sejam perdidos ou indevidamente alterados.
Os backups são classificados em físicos e lógicos. Os físicos são os locais de
armazenamento das informações. Normalmente essas unidades são chamadas de “fitas de
backup” e apresentam uma enorme capacidade de armazenamento físico. Já o backup lógico é
apenas o “salvamento” dos dados, contundo não serão armazenados em forma física e sem virtual
(PINHEIRO, 2010).
O modo de backup determina como o backup deve ser executado em relação aos dados a
serem incluídos nele. Segundo Pinheiro (2010), há duas maneiras de executar os backups de
dados:
Backups on-line: são executados quando o sistema está on-line, proporcionando assim
uma estratégia com menos interrupções. Eles normalmente são usados para aplicativos
que devem estar disponíveis 24 horas por dia e que dão suporte para backups online.
Vantagens: nenhuma interrupção dos serviços. Os aplicativos e dados permanecem
totalmente disponíveis para os usuários durante o processo de backup; O backup fora do
expediente não é necessário, esses backups podem ser agendados durante o horário de
funcionamento normal; Podem ser feitos backups do tipo total ou parcial, dependendo da
necessidade. Desvantagens: durante o processo de backup, o desempenho pode ser
prejudicado em servidores de produção e dependendo dos aplicativos que estiverem ativos
durante o processo de backup, pode não ser feito o backup de alguns arquivos de dados
abertos.
Backups off-line: são executados colocando-se o sistema e os serviços off-line. Eles são
usados quando precisa de instantâneos do sistema ou se o aplicativo não der suporte para
backups online. Vantagens: você também pode optar entre backups totais ou parciais; Os
backups offline resultam em um melhor desempenho de backup, porque o servidor pode
se dedicar à tarefa de backup; É feito o backup de todos os dados, porque não há
aplicativos em execução e, assim, não há arquivos abertos durante o processo de backup.
Desvantagens: Os dados não estão acessíveis para os usuários enquanto o processo de
backup é executado.

2.2 TIPOS DE BACKUP

Após escolher o modo como será feito o backup (on-line ou off-line), você precisa
escolher o tipo de backup que irá utilizar. Os processos de backups são descritos a seguir:
Cópia simples: o backup é chamado de simples quando não envolve compressão de
dados ou um registro de identificação do arquivo para um backup subseqüente;
Normal: é o armazenamento de tudo que foi solicitado, podendo ainda ser feita a
compressão dos dados ou não. É também conhecido como backup completo, total ou
global, quando são gravados todas as informações e programas existentes no computador.
Vantagens: feito o backup normal significa que você tem uma cópia completa de todos
os dados se for necessária uma recuperação do sistema; Os arquivos são mais fáceis de
localizar porque estão na mídia de backup atual; Requer apenas uma mídia ou um
conjunto de mídias para a recuperação dos arquivos. Desvantagens: dados redundantes,
porque os dados alterados ou não, são copiados para fitas sempre que um backup total é
executado; Levam mais tempo para serem executados e podem ser mais demorados; Se os
arquivos forem alterados com pouca freqüência, os backups serão quase idênticos.
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Diário: no backup diário a cópia dos arquivos é feita checando-se a data, ou seja,
armazenam-se todos os arquivos que foram criados ou alterados na mesma data em que se
faz o backup. Vantagens: é gasto menos tempo e espaço em mídia, mas são armazenados
apenas os arquivos criados ou alterados no dia.
Diferencial: é o tipo de backup que só pode ser realizado após um backup normal, pois,
como o próprio nome diz, gravam-se as diferenças entre os dados gravados no último
backup normal e a data de gravação do backup diferencial. Vantagens: menos tempo e
espaço em mídia, mas necessita do backup normal inicial.
Incremental: este tipo de backup também necessita do backup normal e visa ao
incremento da informação após a criação do backup normal. Ao contrário do diferencial,
se for feito um backup incremental após outro incremental, o segundo backup não irá
conter os dados do primeiro. Caso seja preciso restaurar o backup, será necessário
restaurar o backup normal e todos os incrementais na ordem em que foram gravados, isto
é, uma vez feito o backup normal, o incremental só irá gravar os dados alterados ou
criados após o backup anterior, seja ele normal ou incremental. Vantagens: requer a
menor quantidade de armazenamento de dados; Fornece os backups mais rápidos.
Desvantagens: a restauração completa do sistema pode levar mais tempo do que se for
usado o backup normal ou diferencial (MALINA CONSULTORIA, 2010).

2.3 RECOVERY (RECUPERAÇÃO)

Segundo Malina Consultoria (2010), o recovery é a recuperação dos arquivos do sistema.


Ao fazer um backup dispomos de uma cópia dos dados em outro local, seja ele físico ou virtual.
Através do Recovery os dados são recuperados e repostos no sistema no formato anterior ao
problema ou do erro fatal ocorrido no banco de dados. Sem dúvida um dos pontos mais
importantes nos sistemas baseados em redes de computadores é a possibilidade de recuperação da
informação e a manutenção dos processos no caso de falhas dos componentes de hardware e ou
software. O Backup é uma grande garantia de recuperação de dados, e por esta razão deve ser
objeto de grande preocupação e cuidados dos administradores. Um bom plano de backup, a
correta estocagem das mídias e a preocupação com a integridade dos mesmos, testando cada um
após sua elaboração, poderá trazer muita tranqüilidade em caso de problemas.
A tarefa de recuperação dos dados é tão importante quanto à tarefa de fazer backup. Uma
boa arquitetura de backup e recuperação deve incluir um plano de prevenção de desastres,
procedimentos e ferramentas que ajudem na recuperação quando houver uma falha de energia,
além de procedimentos e padrões para realizar a recuperação. Nenhuma estratégia de backup
atende a todos os sistemas. Uma estratégia que é adequada para um sistema poderá ser imprópria
para outro sistema. O administrador deve determinar com precisão a estratégia que melhor se
adequar a cada situação (PINHEIRO, 2010).

2.4 STORAGE (ARMAZENAMENTO)

O gerenciamento é um fator muito importante na arquitetura da rede, pois apenas um


conjunto de soluções de hardware e software por si só não poderá garantir em termos de
eficiência e segurança no tráfego de informações. Para que o sistema de uma empresa possa
prover segurança e velocidade para os dados dos seus usuários é imprescindível um perfeito
gerenciamento desses dados. Identificando onde e como os dados deverão ser armazenados, qual
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o volume de informações críticas existentes, quantos dados desnecessários são armazenados, são
algumas questões relevantes para se definirem regras de armazenamento. O maior problema,
porém, é desenvolver uma infra-estrutura capaz de operar sobre os diversos padrões abertos e
independentes de plataformas de hardware de armazenamento. Uma das soluções empregadas
para solucionar esse problema de gerenciamento das informações é a consolidação de “storage”,
onde diversos ambientes de armazenamentos são centralizados em um único local, facilitando
assim a administração e monitoração dos processos de backup e recovery, independente da
localização física do mesmo (MALINA CONSULTORIA, 2010; PINHEIRO, 2010).
O backup de dados pode ter sua segurança comprometida se os dispositivos de
armazenamento estiverem no mesmo local físico. O ideal é que as mídias e demais dispositivos
estejam localizados em local que obedeça às condições de segurança citadas anteriormente, e que
permita, em caso de emergência, que esses recursos possam ser utilizados para restauração em
um outro dispositivo obtido emergencialmente no mercado ou disponibilizado por um provedor
contratado de contingência (MALINA CONSULTORIA, 2010; PINHEIRO, 2010).
Existem diversas técnicas para os processos de backup e recovery. Conforme Malina
Consultoria (2010), podemos destacar as seguintes:
ASPs (Auxiliary Storage Pool): o objetivo dessa técnica é separar os discos em
conjuntos específicos chamados ASP. Dessa forma, se o disco de um ASP falhar não
afetará os outros ASP, mantendo a integridade e funcionamento do sistema.
Clustering: está técnica visa à configuração de vários servidores que são vistos na rede
como uma máquina simples. Similar ao ASP caso uma das máquinas falhe o usuário não
perceberá o problema.
Mirrored (espelhamento): é a técnica onde os discos são espelhados, ou seja, é feita uma
cópia exata de cada um em servidores diferentes. Em caso de falha ou perda do disco, o
outro assume o papel até substituição do disco com problemas. O servidor com o disco
espelhado pode estar em qualquer lugar (outra sala, cidade, estado ou país).
Device Parity Protection: tecnologia similar ao RAID-5 (redundant array of independent
disks) e permite a manutenção concorrente quando houver falha em um dos discos.
Dual System: semelhante ao espelhamento, temos dois sistemas onde um deles
(primário) atualiza constantemente o outro (secundário), permitindo assim a existência de
uma base de dados duplicada e atualizada. Quando o sistema primário falha, o sistema
secundário assume o seu papel.
Contingência: esta técnica é utilizada em caso de necessidade, todo o sistema pode ser
transferido para uma instalação contratada junto a um provedor de serviços de
contingência (data Center). Essa mudança envolve o chaveamento dos links de
comunicação entre o site de contingência e todas as filiais do cliente.
Segundo Fontes (2000), um plano de cópias de segurança tem por objetivo suprir a
empresa quando for preciso recuperar dados de épocas passadas. Obviamente os backups devem
ter seu período de validade, estabelecido em função do período de validade das informações para
a organização. Não é viável manter eternamente informações do passado, considerando alguns
fatores, tais como:
Durabilidade das mídias: a duração da mídia que contém o backup, pois geralmente em
função da grande quantidade de informações os backups são feitos em fitas magnéticas.
Caso não sejam lidas em até cinco anos, elas vão se deteriorar, impedindo a recuperação
dos dados. Caso não estejam armazenadas nas condições ideais, este período poderá ser
bem mais curto.
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Validade das informações: certos tipos de cadastro que contenham informações muito
voláteis são inteiramente modificados em poucos anos, portanto o período de retenção do
backup não deve ser muito longo.
Segundo Pinheiro (2006), sistemas corporativos necessitam de mecanismo de backup
cada vez mais velozes, flexíveis e confiáveis, capazes de atender em tempo hábil as necessidades
dos sistemas que, por várias questões, estão indisponíveis. No mesmo grau os administradores de
rede devem utilizar ferramentas e equipamentos complexos para armazenarem os dados de forma
íntegra e segura.
Diante da técnica e tipos de backup deve-se escolher a mídia de armazenamento físico
mais apropriado para atender a necessidade do sistema corporativo. Pode-se trabalhar com as
seguintes mídias:
Fitas: é o mais tradicional meio de cópia de dados. Pode ser armazenada na própria
empresa ou fora dela. Também pode ser descarregada em uma máquina de contingência
da empresa ou em máquina contratada de algum prestador de serviços de contingência.
Considerada uma mídia eficiente para backup, a fita DAT (Digital Áudio Tape) teve seu
aprimoramento com o passar do tempo. As fitas de backup são recomendadas para
servidores de rede ou estações com necessidade de armazenar grandes volumes de dados
com informação "off-line". A opção de contar apenas com a fita para o backup e
restauração de um sistema apresenta vários desafios significativos em termos de níveis de
serviço. O backup e a recuperação tradicionais baseados em fita não conseguem atender
aos objetivos de tempo de recuperação críticos de hoje, pois não oferecem nenhuma
garantia de que é possível fazer um backup completo dos dados ou recuperá-los
totalmente, exigindo também períodos de backup longos que afetam diretamente a
disponibilidade dos aplicativos em rede. Vantagens: fornece backups rápidos e longa
retenção; Tem grande capacidade de armazenamento; Não é tão cara quanto às mídias
ópticas e magneto-ópticas. Desvantagens: apresenta desgaste mais rápido e é mais
suscetível a erros do que as mídias ópticas e as mídias magneto-ópticas; É difícil de
configurar e manter, principalmente em uma configuração de SAN; Requer a limpeza
periódica das unidades.
Discos: são os Zip Disks, Jazz Disks, os disquetes e os HD’s. São fáceis de configurar e
de manter, podem ser usados para dados de teste. Vantagens: os discos levam vantagem
sobre as fitas com relação à velocidade de acesso são mais rápidos na busca da
informação e têm boa taxa de transferência de dados. Desvantagens: mas os discos
perdem em espaço.
Mídias Ópticas: são todas as mídias que armazenam os dados por reflexão ou marcação.
Entram nessa categoria as fitas perfuradas, que usam leitura óptica como mídia de
marcação e os DVD’s (Digital Versátile Disc) e CD’s (Digital Disc), como mídias de
reflexão. As mídias que usam reflexão (CD-R, CD-RW e DVD-R), são classificadas em
duas categorias diferentes: regraváveis e de gravação única. Vantagens: durabilidade e
imunidade a campos magnéticos. Desvantagens: pouco espaço de armazenagem;
Convém ressaltar ainda que, atualmente, não são usadas mídias de marcação para
procedimentos de backup.
Mídias Magneto-Ópticas: ainda são pouco utilizadas, podem ser discos ou fitas. Os
discos possuem uma capacidade um pouco superior aos discos convencionais e taxas de
transferência semelhantes. Pode-se usar qualquer tipo de mídia para fazer backup. CD-R,
DVD-R e Fitas WORM. Vantagens: são ideais para gravar dados que precisam ser
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mantidos por longos períodos de tempo, oferece a vida útil mais longa sem degradação da
mídia. Desvantagens: é o mais lento para backup e restauração;
Limita a escolha de hardware (MALINA CONSULTORIA, 2010).

2.5 CUSTO

Os backups podem ser feitos em vários tipos de mídias como vimos anteriormente,
incluindo CDs graváveis ou regraváveis, fitas DAT, ou até mesmo um segundo HD. Cada
tecnologia oferece seus prós e contras, as fitas DAT, por exemplo, oferecem uma grande
capacidade e um custo por megabyte muito baixo, mas em compensação o drive é muito caro, os
CDs são muito baratos, mas não armazenam uma grande quantidade de dados e assim por diante.
A melhor opção varia de acordo com a quantidade de dados, a regularidade dos backups, o nível
de confiabilidade necessária e o quanto você deseja investir para garantir que todos os seus dados
e informações ficarão seguros (MALINA CONSULTORIA, 2010).

2.6 VULNERABILIDADE

Segundo Faustini (2010), vulnerabilidade é o ponto fraco de processos ou ativos que


manipulam dados ou informações. São as brechas que permitem que ameaças que consigam
explorá-las causem incidentes de segurança, podendo colocar em risco a disponibilidade,
integridade e confidencialidade de dados e informações. Porém, muitas organizações estão
apenas preocupadas com a segurança de seus sistemas, dos bancos de dados e da rede. Na
maioria das vezes, podem estar vulneráveis no que se refere ao armazenamento das cópias de
segurança, principalmente as mídias removíveis, o que compromete todo o aparato tecnológico
de segurança e investimento utilizados. Mecanismos de criptografia e assinatura digital aplicado
aos dados críticos de backup são fundamentais para a garantia do sigilo e autenticidade dos
dados.
A segurança do backup pode ser comprometida caso os dispositivos de armazenamento
estejam no mesmo local físico que o sistema em produção. Esses dispositivos devem ser
acondicionados em locais de acesso restrito e local adequado para os artefatos de armazenamento
(PINHEIRO, 2010).

3 FERRAMENTAS DE BACKUP
Depois de decidir quais os modos e tipos de backups serão utilizados, quais as mídias e
locais onde serão restaurados e armazenados os seus backups, você precisa escolher a
ferramenta de backup. Existem no mercado as ferramentas proprietárias e as ferramentas open
source. Estas ferramentas abordaremos com mais detalhes no próximo tópico.

3.1 FERRAMENTAS OPEN SOURCE

A maior vantagem das ferramentas open source (código livre) é o baixo custo: não há
gasto com licenças (que varia de centenas a milhares de dólares em ferramentas proprietárias) e
também é liberada sob a Licença Pública Geral (GPL). Porém assim como acontece com
ferramentas proprietárias, ainda são necessários investimentos em implantação, treinamento e
suporte para o máximo aproveitamento da ferramenta (PRONUS, 2010).
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Além do menor custo, as ferramentas open source apresentam outras vantagens
importantes, tais como qualidade, segurança, independência de fornecedor, possibilidade de
adequação a necessidades específicas, estabilidade e suporte técnico (PRONUS, 2010).
Exemplos de ferramentas open source para backups: Amanda, Areca, Bacula, Free file
sync, Partition image, Time vault, Toucan, e etc. Destas ferramentas uma das mais utilizada é o
bacula (FARIAS, 2010).

3.1.1 Bacula

Segundo Farias (2010), Bacula é uma solução de backup empresarial multi-plataforma,


desenvolvida sob a licença GPL. É robusta, cheia de recursos e modula-se adequando a redes de
qualquer tamanho, podendo ser usada, até mesmo, para salvar os dados de apenas uma estação.
Bacula é um conjunto de programas que permite o administrador de sistema, administrar
backup, restaurar e verificar os dados de computadores em uma rede de sistemas variados.
Resumindo: o Bacula é um Programa de Backup em rede conforme demonstra a figura a seguir:

Figura 1: Diagrama de Módulos do Bacula.


Fonte: Gustavo (2010).

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OS MÓDULOS DO BACULA FUNCIONAM DA SEGUINTE FORMA:

Director Daemon: este serviço é responsável pela administração de todos os processos


de backup, restore, verificação e arquivamento dos dados. Trata-se do servidor de
backup, propriamente dito. O administrador de sistema usa o Director Daemon para
efetuar agendamentos de backup, para recuperar arquivos, e também realizar grande parte
das configurações;
Console Manager: este programa ajuda o administrador do sistema ou o usuário a se
comunicar com o Director Daemon, pode ser executado em qualquer computador da rede
e em sistemas operacionais diferentes. Atualmente existem 3 versões do Console
Manager: em texto puto (TTy), em interface gráfica usando bibliotecas do Gnome e uma
usando bibliotecas wxWidgets (tanto em formato Unix quanto em Windows);
File Daemon: este serviço (ou programa cliente) é o software que é instalado na máquina
que vai ser protegida pelo backup, ou seja, ele vai ser responsável por enviar os arquivos
solicitados pelo Director Daemon pela rede. Ele também é responsável em administrar a
gravação dos arquivos de restauração comandados pelo Director Daemon. Existem
versões do File Daemon para diferentes sistemas operacionais: Linux, BSD, Unix,
Windows (9x, NT, 2000, XP, 2003) e Mac (OSx);
Storage Daemon: este serviço consiste em administrar a gravação e restauração dos
dados e atributos dos backups fisicamente em mídias apropriadas. Estas podem ser
volumes de dados gravados diretamente em discos rígidos ou dispositivos removíveis
(ex.: Fita DAT, DVD, CD, etc.);
Catolog: o serviço de catálogo é o programa responsável por manter uma indexação de
todos os arquivos que são armazenados no backup e gerar uma base de dados dos volumes
gerenciados pelo Director Daemon. O Catolog agiliza a busca de um arquivo no backup
na hora que o administrador de sistema necessita efetuar uma restauração, como ele
mantém uma base de indexação dos arquivos gravados, a busca por um arquivo no meio
dos volumes é mais rápida (FARIA, 2010; GUSTAVO, 2010).

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA FERRAMENTA:

Economia de custos com licenças por se tratar de licença GPL, conhecimento do código,
possibilidade de customização da ferramenta, além de todas as vantagens mencionadas;
Estrutura cliente/servidor;
Estrutura modular independente;
Funcionalidade para o envio de mensagens de log dos trabalhos de backup/restore ou
ainda instruções para o operador de backup (diferentes perfis);
Funcionalidade que permite a execução de scripts (ou executáveis) antes/depois do início
de jobs (backup/restore), tanto no cliente quanto servidor Bacula;
Infinidade de recursos para a customização de backups;
Operação via linha de comando ou GUI (inclusive, com diferentes interfaces web
desenvolvidas pela comunidade. Destaques para o bacula-web e o webacula ,
ferramentas de visibilidade gerencial, com gráficos, etc., que permite operações de
backup, restore, etc.;

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Pelo fato de ser livre, permite o desenvolvimento de uma série de “addons”, por terceiros
inclusive, potencializando os recursos da ferramenta (ex.: plugin para o Nagios
ferramenta, de monitoração também GPL);
Portabilidade (módulos são compatíveis com os diferentes sistemas operacionais –
Windows, Linux, MAC, etc.);
Rica documentação disponível na Internet;
Suporte à maioria dos dispositivos de storage do mercado (inclusive mídias ópticas);
Única ferramenta de backup multi-banco-de-dados (atualmente suporta três: SQLite,
MySQL e PostgreSQL) para que funcionem como seu “catálogo” (FARIA, 2010).

4 MATERIAL E MÉTODOS

Para fundamentarmos a idéia de backup estudada anteriormente, faremos uma simulação


de uma empresa que, devido à importância de se fazer backup de todo o conteúdo de dados de
seus clientes, necessitaria usar uma das ferramentas de backup falada anteriormente. Nesta
situação abordaremos o procedimento para uso desta ferramenta.

4.1 ESTUDO DE CASO

A Cooperativa de Crédito Sicoob Goiás Central utiliza um servidor de arquivos onde


todos os departamentos acessam e guardam seus dados neste servidor presente na LAN. A
Cooperativa dispõem também dos servidores de Banco de Dados, Web e de E-mail, presentes na
DMZ.
Para fazer uso destas ferramentas de backup, a empresa precisa antes estudar as políticas
de segurança, elaborar as melhores estratégias para assegurar maior confidencialidade e
integridade de todos os dados. Em seguida abordaremos sobre a importância da política de
segurança e políticas de backup para se fazer backup em uma empresa, qual a ferramenta
escolhida e motivos de sua escolha.

4.2 POLÍTICAS DE SEGURANÇA

Política de Segurança pode ser definida como um instrumento que contém diretrizes
voltadas para auxiliar a empresa no planejamento, definição e implementação de mecanismos
(normas, procedimentos, padrões, controles e outros) que guiarão e suportarão as atividades que
visem garantir a integridade, disponibilidade e confidencialidade das informações da empresa.
Uma vez definida e redigida a política de segurança da organização, a mesma deverá ser
publicada em um documento formal, aprovado e assinado pela direção da empresa (THOMÉ,
2000).

4.3 POLÍTICAS DE BACKUP

Há diversas políticas de backup e a adoção de uma técnica deve ser feita sobre um estudo
e planejamento do negócio, integrando de forma inteligente a tecnologia utilizada aos novos

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hardwares, softwares e que ofereçam meios para gerenciar constantemente esses componentes
que deverão conter no mínimo os seguintes procedimentos:
Periodicidade em que os backups serão feitos – por exemplo, arquivos de usuários
sujeitos a modificações constantes devem ter backups diários; em caso de sistemas
operacionais e softwares menos alterados podem-se ter backups semanais e assim por
diante;
Ciclo de existência dos backups – que dependem da durabilidade das mídias e validade
das informações;
Local e forma de armazenamento das cópias – por questões de segurança as copias
deverão ser armazenadas em local diferente de onde foram geradas, este local deve ser
protegido contra agentes nocivos naturais (poeira, calor, umidade) e guardadas em móveis
apropriados, tipo cofres anti-chamas. O acesso ao local deve ser restrito, para evitar que
pessoas não autorizadas tenham acesso aos backups;
Procedimento de verificação do backup – verificar se ele realmente funcionou, se não
apresentou nenhuma mensagem de erro durante a sua execução e finalmente testar se a
restauração do mesmo está sendo feita corretamente, recuperando um arquivo.
Para fazer um backup, primeiramente, é preciso entender as possíveis estratégias de
backup, a melhor estratégia é aquela que atende suas necessidades. Deve-se ter em mente que
analisados todos os fatores que podem influenciar na definição de uma boa política de backup, a
mesma deve ser elaborada, homologada e divulgada para todos os usuários da organização
(PINHEIRO, 2010).

4.4 CUSTO BENEFÍCIO

Segundo Farias (2010) os riscos das atividades em tecnologias da informação geralmente


podem ser divididos em duas grandes áreas: os riscos operacionais e os comerciais. Em
contrapartida, sabemos que nem todas as chances de perdas de dados podem ser evitadas, por
mais caros que sejam os sistemas de proteção (ex.: um maremoto de proporções globais, uma
guerra nuclear mundial, etc.). Deixando de lado as hipóteses catastróficas (nas quais
provavelmente a restauração dos dados não será possível), deve ser feito um gerenciamento de
capacidade constante no sentido de verificar a relação risco versus custo dos sistemas de backup,
principalmente quando as opções são plurais. Exemplo: a armazenagem das cópias de segurança
em edificação diversa de onde foram gerados, protegendo assim as mídias de um possível
incêndio, seria preferível em relação à compra de um cofre anti-chamas? Ou ainda: seria
interessante fazer um backup redundante (ou seja, duas cópias de segurança), de determinados
dados?
Deve-se levar em consideração uma série de fatores, como a criticidade e natureza das
informações, o grau de maturidade dos usuários, a periodicidade da atualização dos dados, etc
(FARIA, 2010).
Também com relação a custo benefício, o bacula é uma boa opção pois esta ferramenta
de backup está em desenvolvimento contínuo há mais de 7 anos, oferecendo uma completa e
fácil instalação para diversos sistemas operacionais. Incluindo suportes a dispositivos removíveis
como DVDs e USB, código de indexação de discos para rápida restauração de dados e vasta
documentação. O sistema está disponível para acesso através de console texto ou ainda interfaces
gráficas (HASS, 2010).

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Além disso, por ser uma ferramenta open source (código livre), não haverá custo com
licenças e todo investimento será feito em implantação, treinamento e suporte da referida
ferramenta. Grandes empresas atualmente já utilizam esta ferramenta, como SERPRO – Serviço
Federal de Processamento de dados, NeoCode Software – Empresa canadense,
FIERN/SESI/SENAI/IEL – Federação das industrias do estado do RN (FARIA, 2010).

4.5 ESCOLHA DA FERRAMENTA DE BACKUP

Anteriormente, o backup era gravado em fita DAT de 20/40 GB, utilizando o próprio
assistente de backup do Windows XP. Todos os arquivos de backup eram transferidos para
máquina onde era gravado o backup através de shell scripts. Com o crescimento acelerado da
organização, o tamanho da fita não suportava mais o volume de dados a serem salvos no backup,
necessitando urgentemente de uma solução mais robusta e profissional, juntamente com um
servidor próprio para backup. Inicialmente foi listado três ferramentas para a tarefa: Rsync,
Bacula e Amanda. O rsync foi logo descartado por sua simplicidade e por não atender a maioria
dos requisitos de um backup automatizado, como gravação em fitas. O Bacula acabou sendo
escolhido por ser uma solução de software livre e pela quantidade de características, podendo
oferecer uma solução de backup bastante adequada a realidade da empresa, além de sua alta gama
de compatibilidade com os diversos sistemas operacionais (Windows, Linux e MacOS) através de
uma interface própria de comunicação.
O novo servidor de backups, contava com um Debian Lenny 5.0 e com uma gravadora de
fita HP Ultrium LTO-3.
Baseando nestas considerações acima, a empresa optou por usar o BACULA como
ferramenta para o sistema de backup, sendo tomada a seguinte Política de Segurança de Backup:
Dimensionado um volume de dados total de 250 a 300 GB aproximadamente. Havendo
400GB a disposição, ficou definido que seria feito o backup completo de segunda a sexta.
Iniciando-se às 20:00 horas, começando pelo servidor de arquivos, seguido pelo servidor web e
correio, por último, o de banco de dados, que gerava o dump do banco de dados as 22:00 horas.

4.6 ESTRUTURA LÓGICA DA REDE

Os usuários dos computadores de todos os departamentos salvam seus arquivos de


trabalho em um servidor central de armazenamento (servidor de arquivos). Com esta estrutura, é
possível fazer com que o sistema de backup Bacula faça apenas uma conexão para executar o
trabalho de backup de todos os arquivos de uma só vez, facilitando o serviço tanto de cópia como
de restauração de arquivos.
Em todos os computadores locais foram instalados o file daemon o cliente Bacula, para
que todos possam executar trabalhos específicos para cada uma dessas máquinas, com as
particularidades que cada uma necessita e com a mesma segurança implementada no serviço
principal.
A rede LAN comunica diretamente com o sistema de backup Bacula. E o sistema de
backup Bacula comunica com a rede DMZ através de túnel SSH.

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Figura 2: Cenário mostrando o Bacula como ferramenta de backup em uma empresa.

Esta foi uma simulação de uma empresa usando uma ferramenta de backup para fazer
cópias de segurança de todos os arquivos relevantes dos clientes. Foi usado o Bacula como
ferramenta de backup devido às grandes vantagens de seu uso.

5 DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Gerenciar informações de forma eficiente é um desafio encontrado por empresas de todos


os portes e segmentos. Um mau gerenciamento dos dados pode ocasionar prejuízos muitas vezes
ocultos, como baixa velocidade de acesso, má utilização dos componentes de armazenamento e
um alto custo total de propriedade.
Nenhum sistema de armazenamento está completo sem uma solução adequada de cópias
de segurança. Assegurar a integridade dos dados é um dos maiores desafios da área de
Tecnologia da Informação de uma empresa, principalmente porque soluções como espelhamento
remoto e cópia de dados não conseguem garantir essa integridade em situações de erros humanos,
sabotagens ou mesmo desastres de proporções não previstas. Em muitos destes casos, somente
uma cópia tipo backup pode resolver a situação (MALINA CONSULTORIA, 2010).
Tão importante quanto fazer o backup é saber onde ele será armazenado e como recuperar
os dados quando necessário. O ideal é que o backup esteja satisfatoriamente distante dos
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servidores para que não possam ser atingidos no caso de uma catástrofe (incêndio, desabamento,
atentado terrorista, guerra, etc). Já o ideal para a recuperação dos dados é que eles estejam o mais
acessível possível de onde desejamos restaurá-los. Logo a disponibilidade de um sistema em rede
está diretamente associada ao tipo de backup e recuperação adotados pela empresa, assim como
qual ferramenta será utilizada para executar tal procedimento (PINHEIRO, 2010).
Atualmente tem-se feito muito o uso do Bacula como ferramenta para administrar backup,
para fazer restauração e verificação dos dados de computadores em uma rede de sistemas
variados. Há muitas opções de backup, mas essa ferramenta tem se mostrado uma das mais
completas e de fácil configuração, sendo assim qualquer administrador com conhecimentos
básicos não irá encontrar problemas para utilizá-la.
Os administradores que não têm medo da linha de comando vão encontrar no Bacula um
sistema de backup utilíssimo e extremamente flexível, com muitos recursos profissionais. O
Bacula é muito bem documentado e se integra facilmente com ambientes altamente heterogêneos
(FARIA, 2010).
Conclui-se então neste trabalho que formalizar um estudo sobre backup assim como
estudar essa excelente e poderosa ferramenta de Backup que é o Bacula, transmitindo um
conteúdo introdutório deste e todas as opções que ele nos oferece, será de grande valia para
trabalhos futuros e para administradores de empresas de redes corporativas ou usuários em geral,
que queiram estudar a melhor forma de se fazer cópias de segurança em sua empresa.
Portanto para continuação deste trabalho sugerimos a parte prática do mesmo, fazendo a
instalação, configuração e implementação do bacula como ferramenta de backup em uma
empresa e também fazer testes de recuperação de arquivos e armazenamento em mídias
apropriadas, observando-se assim os resultados obtidos.

6 REFERÊNCIAS

FARIA, Heitor Medrado de, “Cases” de Sucesso com o “Bacula” (Bacula “cases”). Disponível
em: <http://www.bacula.com.br/?p=75 >. Acesso em: 17 Nov. 2010.

FARIA, Heitor Medrado de, TCC: Qual a influência da gestão de software livre na Escolha
de um sistema de Backups no âmbito corporativo? Disponível em:
<http://www.bacula.com.br/?p=367>. Acesso em: 02 Out. 2010.

FAUSTINI, Rodrigo, Faustini Consulting. Disponivel em:


<http://www.faustiniconsulting.com>. Acesso em: 02 Out. 2010.

FONTES, Edison, Vivendo segurança de informação. São Paulo: Ed. Sicurezza, 2000.

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GUSTAVO, Luiz. Disponível em: <http://www.luizgustavo.pro.br/blog/2009/09/30/bacula-
breve-introducao/>. Acesso em: 02 Out. 2010.

HASS, Juergen, 1 Million Downloads of Bacula. Disponivel em:


<http://linux.about.com/b/2010/01/27/1-million-downloads-of-bacula.htm>. Acesso em: 18 Nov.
2010.

MALINA consultoria, Backup e recovery. Disponivel em:


<http://www.malima.com.br/article_read.asp?id=33>. Acesso em: 18 Nov. 2010.

MAXIM, Yurin, The history of backup. Disponível em: <http://www.backuphistory.com>.


Acesso em: 18 Nov. 2010.

PINHEIRO, José Maurício Santos, Serviços de backup e recuperação. Disponível em:


<http://www.projetoderedes.com.br/tutoriais/servicos_de_backup_e_recuperacao_01.php>
Acesso em: 18 Nov. 2010.

PINHEIRO, José Maurício Santos, Backup e recovery. 07 Jul. 2004. Disponível em:
<http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_backup_e_recovery.php>. Acesso em: 18 Nov.
2010.

PINHEIRO, José Maurício Santos, Políticas de backup corporativo. Disponível em:


<http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_politicas_de_backup_corporativo.php>.
Acesso em: 18 Nov. 2010.

PRONUS engenharia de software. Disponivel em:


<http://www.pronus.eng.br/ferramentas/ferramentas_open_source.php>. Acesso em: 02 Out.
2010.

TAVEIRA, Gilda A.; FERNANDES, Leila Maria P.; BOTINI, Joana, Elementos do
microcomputador. Rio de Janeiro: Ed. SENAC nacional, 2006.

TECHNET. Escolher ferramentas de backup e recuperação. Disponível em:


<http://technet.microsoft.com/pt-br/library/cc287880%28office.12%29.aspx>. Acesso em: 12
Out. 2010.

THOMÉ, Andréa, British Stander 7799, Um guia para as Políticas de Segurança, Palestra no
Security Fórum 2000, São Paulo, março 2000

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