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Direto Administrativo II
DIREITO ADMINISTRATIVO II
AGENTES PÚBLICOS:
SERVIDORES PÚBLICOS
• Servidores estatutários;
• Servidores celetistas; e
• Servidores temporários.
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Todavia, nem todos os servidores federais estão submetidos a esta lei. A Lei Orgânica do Ministério Público é
um estatuto próprio e específico. A mesma coisa acontece no âmbito estadual.
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• Cargo efetivo;
• Cargo em comissão; e
• Cargo vitalício.
efetivo, podem ser recrutados. O art. 37, V da CR/88 coloca uma reserva cargos para serem
ocupados por servidores com cargo efetivo.
CARGO EFETIVO
• Cargo isolado – é aquele que não admite progressão vertical3. Não permite
ao servidor crescer na sua carreira. Estes cargos vêm se acabando, já que a
Constituição da República de 1988 prevê os cargos em carreira (ver o artigo)
4
;e
3
A progressão horizontal é quanto ao vencimento, e nada impede que ela exista no cargo isolado.
4
Hoje, pela Constituição, os cargos são organizados em carreira para a maior valorização da carreira do servidor.
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A mesma coisa acontece no Judiciário. O presidente de cada tribunal elabora um projeto de lei, encaminha ao
legislativo para ser votado e depois ao executivo para ser sancionado.
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Direto Administrativo II
2.1.1) a pedido;
EFETIVIDADE
ESTABILIDADE
b) Requisitos:
Se a comissão não avaliar o servidor em 3 anos, ou o resultado não sair nesse período,
no entendimento do Plínio Salgado, o servidor ficaria estável, por se tratar de norma em
favor da Administração e esta se mostrou negligente. Há entendimento em contrário que
sustente ser a avaliação prevista na Constituição.
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c) Tipos:
• Ordinária:
• Pressupostos:
• Efetividade;
• Extraordinária:
ESTÁGIO PROBATÓRIO
a) Período – 3 anos;
c) Ao final, será realizada uma avaliação especial de desempenho feita por comissão
especial feita para esse fim.
CONCURSO PÚBLICO
• Provas; e
• Provas e títulos.
d) Prazo de validade – de até 2 anos, prorrogável por igual período (igual período
estabelecido no edital);
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Essa regra não deve ser interpretada de maneira absoluta.
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Regra geral (art. 48, X, CR/88): cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente
da República, dispor sobre a criação, transformação e extinção dos cargos, empregos e
funções públicas. Como regra, esses fatos pressupõem a existência de lei. Enquadram-se
na regra geral:
TCU ibidem
Exceções:
Poder Executivo (art. 84, VI, b): O Presidente da República pode, mediante decreto,
extinguir cargos vagos do Poder Executivo;
Poder Legislativo (artigos: 48, caput; 51, IV; 52, XIII): O próprio caput do artigo 48
dispensa a sanção do PR nos casos dos artigos 49, 51 e 52, que dispõem,
respectivamente, sobre a competência do Congresso, da Câmara dos Deputados e
do Senado Federal. Em conseqüência, seus cargos são criados, transformados e
extintos mediante resolução. Assim, a Mesa da Casa apresenta o projeto, o plenário
aprova e a própria mesa promulga.
b.1) Requisitos:
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Via de regra prepara profissionalmente a pessoa de ensino médio.
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Via de regra, para pessoas com ensino superior.
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Antigamente, tal hipótese se restringia aos médicos somente, não abrangendo os demais profissionais da área
de saúde.
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• Mandato Eletivo:
2. Municipal:
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Anteriormente, havia a necessidade de correlação de matérias. Isso foi banido.
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A opção é pela remuneração do cargo e não se opta entre a remuneração de prefeito ou a do cargo. Pode fazer
a opção de voltar à remuneração do cargo. O Plínio Salgado tira ponto disso na prova.
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O aposentado pode ter dois proventos, quando das hipóteses de acumulação de dois
cargos, funções, ou empregos públicos.
b) Exceções:
DISPONIBILIDADE REMUNERADA
b) Pressupostos:
• Extinção do cargo; ou
• Declaração de desnecessidade.
REMUNERAÇÃO OU VENCIMENTOS
SISTEMA REMUNERATÓRIO
1.5) Verbas indenizatórias: ressarcimento ao servidor das despesas que teve com seu
cargo como, por exemplo, transporte, diárias, etc.
2.1) vencimento (no singular): a ele equivale a palavra salário, no regime celetista
– retribuição pecuniária devida ao servidor pelo exercício das atribuições do cargo
corresponde a um níveo ou padrão fixado em lei.
2.2.1) adicionais
- adicional de função
2.2.2) gratificações
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Para efeito de aposentadoria conta-se o tempo de contribuição. Para disponibilidade conta-se o tempo de
serviço.
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Essa passagem tem que ser por causa de declaração de desnecessidade ou extinção do cargo.
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Judiciário – idem;
Legislativo – ibidem;
MP – ibidem;
TC’s – ibidem;
e) Subteto:
f) Atraso de pagamento – O STJ já decidiu pelo menos duas vezes, que os atrasos
devem ser corrigidos, já que tem natureza alimentar.
• Incidência de Tributos;
DIREITOS DO SERVIDOR
O sindicato dos servidores se diferencia dos outros. Estes (os outros) cuidam de
categoria profissional e econômica, podendo reivindicar direitos e salários dos
sindicalizados. O sindicato dos servidores não pode reivindicar salários por falta de
previsão legal (princípio da legalidade).
termos de lei específica (que é lei ordinária), exigindo-se, portanto, quorum inferior
ao da complementar para ser aprovada. Discussão se tal norma é de:
•
Eficácia limitada – o direito estipulado na norma aguarda
edição de lei disciplinando tal direito, de forma que este
não poderá ser exercido. A corrente majoritária, incluindo o
STF, adota essa corrente.
DIREITOS SOCIAIS (ARTIGO 39, §3º)
Aplicação aos servidores de alguns direitos previstos no artigo 7º da CR/88. Dentre tais
direitos sociais estão o salário mínimo, 13º salário, férias anuais + 1/3, descanso semanal
remunerado e outros mais. 15
DEVERES DO SERVIDOR
Germânica – se o servidor recebe uma ordem e tem desconfiança que ela é ilegal, ele é
obrigado a representar ao autor da ordem, suscitando a sua possível ilegalidade, se o autor
da ordem insiste em seu cumprimento, ela deverá ser cumprida, recaindo sobre este a
responsabilidade.
O direito brasileiro adota a teoria inglesa. Os servidores brasileiros não são obrigados a
cumprir ordens manifestamente ilegais.
DISPONIBILIDADE REMUNERADA:
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O servidor não tem direito a FGTS porque é estável.
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b) Pressupostos:
Pode o cargo ser declarado desnecessário com base somente no texto constitucional?
Plínio Salgado entende que é necessário também uma lei no âmbito da entidade estatal
declarando genericamente quais são os casos de declaração desnecessidade, as regras
que devem ser seguidas, para que não ocorra abuso de poder, desvio de finalidade.
b.2) Fases:
• Instauração;
• Instrução;
• Defesa;
• Relatório;
• Julgamento;
*Se o servidor for demitido ele poderá buscar a sua reintegração mediante pedido
de revisão no âmbito administrativo, ou até mesmo no judicial, via ação ordinária
ou mandado de segurança, sendo que a decisão judiciária ficará restrita à análise
da legalidade do processo administrativo disciplinar procedido.16
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Há uma flexibilização, hoje, no que toca a análise exclusiva da legalidade pelo Judiciário.
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Direto Administrativo II
• Civil;
• Penal; e
• Administrativa.
São independentes. Uma não exclui as outras, que podem coexistir em relação a um
mesmo servidor dependendo do fato que as originou.
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
• Abandono de cargo;
• Embriaguez habitual.
RESPONSABILIDADE CIVIL
A conduta deve ser dolosa ou culposa, isto é, responde subjetivamente. Não responde por
regular exercício de sua função.
b) Pode ser:
RESPOSNSABILIDADE PENAL
Contudo, é muito difícil que a sentença penal seja prolatada antes da decisão
administrativa. Como já vimos, o processo administrativo tem prazo, ainda que
prorrogável, apenas de 90 dias.
c) Sentença Absolutória:
• civil; e
• administrativo.
• Civil; e
• Administrativo
• Voluntária;
• Invalidez; e
• Compulsória.
Requisitos Genéricos
Requisitos Específicos
Homem
- 35 anos de contribuição;
- 60 anos de idade;
Mulher
- 30 anos de contribuição;
- 55 anos de idade;
Requisitos Genéricos
Requisitos Específicos
Homem
- 65 anos de idade;
Mulher
- 60 anos de idade;
*Nas hipóteses “b” e “c” os proventos são integrais. Lembrando que sempre é
necessário com algum desses dois requisitos a exigência da letra “a”.
a) Classificação:
i. Servidor celetista
ii. Servidor temporário
iii. Servidor ocupante de cargo em comissão
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Alguns autores usam responsabilidade da Administração, mas o Plínio Salgado prefere do Estado.
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Direto Administrativo II
b) Legislação nacional:
III - àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação
regressiva, o prejuízo do que perder a demanda.
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Direto Administrativo II
Artigo 15 do Código Civil de 1916- “As pessoas jurídicas de direito público são
civilmente responsáveis pelos atos de seus representantes que nessa qualidade
causem danos a terceiros, procedendo de modo contrário ao direito ou faltando a
dever prescrito por lei, salvo direito regressivo contra os causadores do dano” .
*As Constituições de 1946, 1967, 1969 não exigiam a culpa do agente, sendo que
tais Constituições já tinham adotado a responsabilidade objetiva, tendo derrogado
(revogado parcialmente) a exigência de culpa do artigo 15 do Código Civil de 1916.
Da mesma forma ocorreu com a Constituinte de 1988.
Constituição da República de 1988 – art. 37, §6º
Art. 37 (...)
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis
por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros,
ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte
destes, culpa ou dolo.
a) Pessoas Responsáveis:
b) Agentes – “os danos sejam causados pelos agentes nessa qualidade”, ou seja, no
exercício da função ou do serviço estatal, quando ocorreu o dano.
b) Dano – é o prejuízo que o particular sofre diante da ação ou omissão do estado, que
pode ser material ou moral. É lógico que o dano não pode ser causado pela vítima;
*Por exemplo: Caso do jornalista Wladimir Herzog. Ele foi, em 1975, preso em São
Paulo, sob a alegação de subversão a ordem. Ele foi recolhido a uma cela de
segurança do exército de São Paulo, aonde ele permaneceria incomunicável por
grande tempo. Um dia o encontraram enforcado na cela. Daí o Estado alegou que
ele tinha se suicidado, enquanto a família dele entrou com uma Ação Declaratória de
Responsabilidade do Estado, para declarar a responsabilidade do Estado e depois
pedir o ressarcimento. No julgamento da causa, o juiz declarou responsável o
Estado, com respaldo nos argumentos da moderna teoria da responsabilidade
objetiva do Estado, sendo que os pressupostos do fato administrativo, do dano e do
nexo causal forma atendidos.
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As empresas estatais podem ser criadas para desempenhar serviço público, ou atividade econômica. No
primeiro caso, a responsabilidade é objetiva, no segundo é subjetiva, por força do artigo 173, §1º, II da CR/88.
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Direto Administrativo II
• Material – é a lei que traz uma norma geral, abstrata e impessoal. É a verdadeira lei.
Neste caso, o entendimento majoritário é de que o Estado não responde, salvo nos
casos de leis inconstitucionais.
Para que possa se falar em responsabilidade é necessária uma das duas condições:
2) Lei que perde seu caráter geral e abstrato para atingir a particulares, gerando
ônus para particulares;
(1) Atos do juiz mediante os quais ele diz o direito. Atos decisórios do Poder Judiciário.
(2) Atos do Judiciário. Este Poder também pratica atos administrativos. Em relação a estes
últimos, a responsabilidade civil segue o mesmo esquema dos atos administrativos normais.
Argumentos:
2 – Independência do Juiz: válido mais para períodos ditatoriais. Por que não aplicar este
argumento também para o administrador? O juiz é independente para decidir conforme as
leis e a constituição. Porém, independência não significa irresponsabilidade. É mais no
sentido de que não fique sob o jugo de outros chefes de poder.
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Direto Administrativo II
3 – Magistrado não é funcionário Público: art. 37, §6º. Magistrado pode não ser
funcionário público, mas com certeza é agente público. Utilizou-se a expressão “agente”
com a intenção de responsabilizar.
5 – Recorribilidade dos atos jurisdicionais: não impede, por exemplo, que um inocente
seja condenado. art. 630, CPP. Deste dispositivo poder-se-ia inferir que somente existe a
possibilidade no âmbito penal. art. 5º LXXV, CR a mokoronga da substituta diz que cabe
também na área cível. JSCF não concorda e nem eu. art. 133, CPC
RE 228.977
REPARAÇÃO DE DANO
Por economia processual admite-se a denunciação da lide, para que o Estado possa
indenizar o lesado e já executar o agente pelo título executivo obtido contra este ao fim da
lide.
b.2) Fenômeno da natureza – Outro caso: um morador recebeu a licença para construir
sua casa perto de um córrego. O córrego transbordou e a sua casa caiu. Verificou-se
que o desabamento da casa foi decorrência da sua construção em terreno argiloso,
sendo que, mais cedo ou mais tarde, desabaria. Ficou caracterizada a negligência da
Administração em conceder a licença.
Queda de árvores sobre automóveis – árvore podre que já deveria ter sido
cortada pelo Poder Público19 - responsabilidade do Estado, desde que comprovada a
negligência e omissão da Administração.20
19
Ônus da prova da vítima.
20
Segundo o entendimento jurisprudencial majoritário.
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Direto Administrativo II
SERVIÇO PÚBLICO
d) Noção atual – serviço público é a toda atividade que a lei atribuiu ao Estado, para
que a exerça diretamente, ou por meio dos seus delegados (de forma indireta, por
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Especial
• Administrativa;
• Patrocinada.
Características:
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A permissão pode ser concedida a pessoa física.
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As autarquias e fundações são criadas por lei. Mas, as empresas estatais somente têm a sua criação autorizada
por lei.
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Direto Administrativo II
Princípio é uma proposição básica, alicerce, que deve ser observado independentemente da
existência de norma legal.
b) Continuidade – significando que uma vez iniciado, o serviço não poderá ser
interrompido. O serviço não poderá sofrer solução de continuidade.
A classificação nos permite ter uma visão panorâmica do serviço público.Vários autores têm
classificações diversas. Acata-se os critérios selecionados por sua natureza, somente
podem ser prestados pelo Estado, diretamente, ou seja, o interesse tem que ser
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Nessa hipótese o serviço já tem que ter sido iniciado, para se suspender.
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No caso da água, entendeu o STF que deveria tratar o pagamento da água como tarifa e não como taxa, para
possibilitar a sua suspensão.
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Direto Administrativo II
• Delegáveis
São aqueles que, por sua natureza, ou porque assim dispõe o ordenamento jurídico, têm
sua prestação facultada a particulares. O Estado pode prestar diretamente o serviço, mas
por conveniência ele delega a prestação. Um exemplo é o transporte coletivo, não somente
interno, mas como intermunicipal ou interestadual.
• Administrativos
• De Utilidade Pública
• Serviços Gerais
São aqueles prestados à coletividade em seu todo, sem ter usuários determinados. São
também chamados indivisíveis, ou seja, não mensuráveis a cada destinatário. Ex.: saúde e
segurança. Têm como remuneração os impostos, à exceção da iluminação pública que,
por expressa disposição constitucional (art. 149, §4º), é remunerada por contribuição.
São serviços que têm usuários determinados. São proporcionados para sua fruição direta.
Ex.: telefonia domiciliar, energia elétrica domiciliar, distribuição de água domiciliar. Todos os
serviços singulares são facultativos, à exceção da água domiciliar. Têm sua remuneração
através de taxas ou tarifas.
• Compulsórios
São aqueles impostos aos indivíduos nas condições estabelecidas em lei. Ex.: coleta de lixo,
distribuição de água domiciliar. Quando são singulares, têm sua remuneração fixada
através do sistema de taxas à exceção do serviço de água domiciliar que, segundo
entendimento do STF, deve ser remunerado por tarifa, porquanto prestado por
concessionárias, tendo caráter contratual e, portanto, devendo assegurar o equilíbrio
econômico entre as partes.
• Facultativos
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Não há imposição, sua utilização fica a critério dos indivíduos, que podem ou não utilizá-los.
Ex.: telefonia domiciliar, energia domiciliar. Têm sua remuneração fixada através do sistema
tarifas.
• Privativos
São aqueles atribuídos a apenas uma entidade estatal ou federativa. O ente é o TITULAR
do serviço, isto é, este pode ser prestação por particular, mediante delegação do ente titular.
Ex.: privativos da União: CR/88, art. 21 exemplos: VII – emissão de moeda; X – serviço
postal SBCT, que adota o sistema de franquias; XXII – polícia marítima e aeroportuária;
privativos dos Estados: CR/88, art. 25, §2º: serviços de gás canalizado; privativos dos
Municípios: CR/88, art. 30, III e V: pavimentação de ruas, urbanismo, água, cemitérios,
coleta de lixo e esgotos.
• Comuns
São atribuídos a mais de uma ente estatal ou federativo. CR/88. art. 23: assistência médica,
programas de construção de moradias, proteção ao meio-ambiente e preservação de
florestas, fauna e flora.
• Forma Direta
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É aquela realizada pelos próprios órgãos da pessoa jurídica estatal. São serviços
indelegáveis. Exs.: Serviço de polícia e de segurança pública, serviço de segurança
nacional.
• Forma Indireta
É a execução que não é realizada pela própria pessoa jurídica estatal, embora nada impeça
que ela mesma execute o serviço. Pela busca da agilização da prestação do serviço e do
oferecimento de maior comodidade ao usuário, a Administração descentraliza a execução
dos serviços. A delegação se dá:
REVERSÃO
Reversão significa voltar para trás. Há uma crítica a ser feita à lei, pois a reversão
deveria ser definida como o retorno da execução do serviço público ao contratante,
passando ao seu patrimônio os bens utilizados na execução dos serviços. Porém a lei
definiu a reversão como o retorno dos bens utilizados na execução do serviço ao contratante
(art. 35, §1º).
prestação dos serviços é do contratante, e seria uma contradição que estes bens
passassem a integrar o patrimônio do contratante, tão-somente. Na verdade, a expressão
significa dizer o retorno da execução dos serviços ao contratante, passando ao seu
patrimônio os bens utilizados na execução dos serviços.
Conceito
É o contrato administrativo de adesão pelo qual a administração, mediante licitação (na
modalidade concorrência, apesar da omissão legislativa), transfere à pessoa física ou
jurídica, a título precário, a execução de um certo serviço público, por sua conta e risco, por
prazo determinado, remunerado pelo sistema de tarifas pagas pelos usuários.
Assim, indaga-se por que a permissão é a título precário se tem natureza contratual. A
expressão título precário cai na inocuidade porque a concessão também pode ser desfeita a
qualquer tempo. Logo, a única diferença que se vislumbra entre os dois institutos é que a
permissão pode ser feita a pessoa física.
DOMÍNIO PÚBLICO
• Domínio eminente; e
• Domínio patrimonial.
BENS PÚBLICOS
1.3. Municipais.
Bens dominiais.
1. Comum; e
2. Especial
2. A utilização especial:
2.2) Formas:
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- urbanização;
- industrialização;
- edificação;
- cultivo;
- e outra finalidade de interesse social
AFETAÇÃO
Afetação: Fato administrativo pelo qual se atribui ao bem público uma destinação pública
específica de interesse social.
O fato administrativo tanto pode ocorrer mediante a prática de ato administrativo formal,
como através de fato jurídico de natureza diversa. Assim, há as seguintes formas para a
afetação e/ou a desafetação:
2) por ato administrativo: ex.: um terreno sem utilização venha a ser aproveitado como
área de plantio para órgão público de pesquisa.
Ilhas Marítimas – pertencem à União, mas os Estados poderão ter domínios, áreas totais
ou parciais nestas ilhas. Subdividem-se em marítimas (distantes da costa, terra) e costeiras
(ilhas fluviais (rios) e lacustres (lagoas):
b.1) Oceânicas: pertencem à União, mas os Estados poderão ter domínios, áreas totais
ou parciais nestas ilhas. O Plínio Salgado dá um exemplo de ilha pertencente a um Estado,
e não à União, Fernando de Noronha, que pertence a Pernambuco. Essa ilhas podem ser
utilizadas por particulares via permissão ou ainda os particulares podem ser seus donos, o
que a Constituição da República de 1988 permite no seu artigo 26, II, in fine.
b.2) Ilhas fluviais ((rios) e lacustres (lagoas)): pertencem à União, mas os Estados
poderão ter domínios, áreas totais ou parciais nestas ilhas (artigo 20, IV, da CR/88).
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Direto Administrativo II
b) Rios e lagos – os rios e lagos pertencem aos Estados, salvo se banharem mais de
um Estado ou virem do exterior, casos em que pertencem à União.
Os bens de uso comum e especial são inalienáveis, enquanto afetados com o uso comum
ou especial.
Se tais bens forem desafetados, eles se convertem em bens dominicais., que são
alienáveis.
Avaliação prévia;
Autorização legislativa – isto é, há a necessidade de autorização legislativa; e feita
mediante lei especifica para a venda;
2. Permuta – condições:
a) Formas:
• Compra e venda;
• Permuta;
• Doação; e
• Desapropriação.
b) Requisitos:
1. Interesse público;
1. Interesse público;
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Direto Administrativo II
2. avaliação prévia;
3. licitação, na modalidade concorrência ou leilão;
***Os bens públicos podem ser usucapidos e, por conseqüência, são insuscetíveis de
oneração, por exemplo, não podem ser hipotecados.
DESAPROPRIAÇÃO OU EXPROPRIAÇÃO.
Não há nenhuma diferença entre os dois termos. Todos os dois prefixos dão idéia de
esvaziamento ou de perda, que será de propriedade porque a palavra apropriação significa
aquisição de propriedade.
Já, no interesse social, o bem entra no patrimônio estatal e, então, é destinado à terceiro
para satisfazer o interesse social.
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A desapropriação se restringe à utilidade o pública (na qual se engloba a necessidade pública) ou ao interesse
social.
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Embora os títulos sejam emitidos previamente, o resgate é a posteriori.
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Direto Administrativo II
Este Decreto-Lei foi feito por um mineiro, Francisco Campos, que até então era o Ministro da
Justiça.
• Competência:
a) Forma:
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Por exemplo, a finalidade não é pública e sim privada.
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A declaração de utilidade pública é privativa do Executivo, já que só, excepcionalmente, o Legislativo e o
DNIT podem desapropriar.
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Direto Administrativo II
a) Competência:
BENS EXPROPRIÁVEIS.
• Direitos personalíssimos;
Com mais freqüência, contudo, a desapropriação recai cobre imóveis, porque são bens
inconfundíveis (são bens infungíveis).
Aliás, a regra é que o Estado só desapropria o que é necessário para o interesse público.
I – Petição Inicial
a) Requisitos:
a) Requisitos no 1º caso:
• Declaração de urgência;
b) Requisitos no 2º caso:
• Declaração de urgência;
1. prova da propriedade;
Os institutos jurídicos para a alienação dos bens públicos pelo poder público são os
mesmos do direito privado.
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Direto Administrativo II
III – Contestação.
É a defesa do proprietário.
Isso não impede que o proprietário possa propor uma ação direta contra o decreto
expropriatório, por apresentar vícios.
IV – Perícia
O juiz designa perito e cada uma das partes pode indicar o seu assistente de
perito/técnico.
Com base nesses dados o perito sugere o valor, ao qual o juiz não está adstrito a
acatá-lo.
VII – Sentença
b. Avaliação prévia
4) Dação: Ibidem;
5) Investidura: Ibidem; a Lei nº 8.666/97 (lei de licitações) disciplina, em seu art. 17,
que a investidura é a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área
remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável
isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não
ultrapasse a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).
• Justificativa do Prefeito
Na feira hippie, na Av. Afonso Pena, em cada local onde são expostos os produtos
nas barracas, cada barraca ocupa um espaço público, com exclusividade, sendo
utilização de bens públicos pelos particulares pela modalidade privativa. As bancas
de jornal também enquadram-se nesta hipótese. A utilização pode atender
unicamente o interesse daquele que utiliza o bem (no caso da autorização) ou
atender também o interesse público (em caso de permissão).
i. Unilateral
a. Natureza contratual
c. Interesse público
d. Prazo certo
h. Concorrência
É a forma mais drástica do Estado interferir na propriedade privada. Há autores que diferem
a desapropriação da expropriação, considerando que a segunda tem caráter sancionatório,
em caso de cultivo de plantas psicotrópicas (art. 243, CR/88). Na verdade, não há diferença,
ambas expressões possuem sentido de esvaziamento, é a perda da propriedade, não
obstante a aquisição da mesma pelo Estado. As expressões são, portanto, sinônimas.
O Estado possui um patrimônio considerável, mas, muitas vezes, seu patrimônio se revela
insuficiente para que o próprio Estado possa realizar seus objetivos, necessitando de
adquirir bens, sobretudo imóveis. Um dos instrumentos que o Estado se utiliza para adquirir
propriedade é a desapropriação. Por vezes, o particular não deseja se desfazer do bem que
o Estado necessita, por questões de foro íntimo ou por julgar baixo o preço oferecido pelo
Estado. O Estado necessita de uma lei (autorização legislativa) que o autorize a adquirir
bens, através da compra. Através da desapropriação esta exigência inexiste, razão pela
qual o processo é mais célere.
Observa-se que pelo lado do Estado, trata-se de hipótese de aquisição de bens, e do lado
do proprietário, trata-se de perda da propriedade, pois ele não pode se opor à
desapropriação, desde que esta seja fundada em interesse público. Pode, porém, o
proprietário discutir o valor da indenização.
Fundamentos Constitucionais:
• Declaração de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social (CR, Art. 5º,
XXIV).
• Prévia e justa indenização em dinheiro (CR, Art. 5º, XXIV) ou em títulos da dívida
pública ou agrária (CR, Art. 182, Parágrafo 4º, III e Art. 184).
Antigamente, o Código Civil de 1.916 fazia uma distinção entre casos de necessidade
pública e utilidade pública. O Código Civil de 2002 igualou as duas expressões.
Modalidades:
O Prefeito Municipal de Itaúna, no uso de sua atribuição legal, e tendo em vista o disposto
no Artigo 6º do Decreto-Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, decreta:
Art. 1º: Fica declarada de utilidade pública para fins de desapropriação, amigável ou
judicialmente, terreno com área de 2.000 m2, situado no bairro da Várzea da Olaria, à Rua
Pedro Calambau, esquina com a Rua José de Aguiar, de propriedade de Victor Penido
Machado, com os seguintes limites e confrontações: (...).
Art. 3º: As despesas decorrentes da execução deste decreto correrão por conta da dotação
(...) do orçamento vigente do município.
As referidas áreas devem ser bem especificadas quando da declaração de utilidade pública,
indicando-se quais as que vão propiciar o desenvolvimento da obra e aquelas que vão sofrer
a valorização extraordinária.
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Direto Administrativo II
Uma vez que as áreas adjacentes à obra possam ser necessárias ao desenvolvimento da
mesma, o poder público pode desapropriá-las, a fim de garantir o bom andamento da obra.
Exemplo: o Poder Público vai abrir uma avenida importante, e as áreas próximas a esta
avenida vão sofrer uma grande valorização. A finalidade de tal desapropriação é a revenda,
pois o expropriante vai se beneficiar da diferença de preço entre o que ele pagou e o que ele
vai auferir na revenda, com o objetivo de custear a obra. Este instituto pode suscitar a
especulação imobiliária pelo Estado, e deve ser evitado. O caminho correto seria a adoção
da contribuição de melhoria por parte do Estado.
Para os bens públicos, a entidade maior pode fazer a desapropriação das entidades
menores, observados os seguintes requisitos:
1) autorização em lei;
Um município não pode desapropriar bens de outro município, ainda que este bem
esteja dentro de seu território, uma vez que ambos possuem igualdade constitucional. A
mesma regra se dá para os estados.
Situação jurídica em que o expropriante passa a ter a posse provisória do bem antes da
finalização da ação expropriatória. Tem os seguintes requisitos:
o Em outro momento
Antes era comum, quando do depósito do preço ofertado, o deferimento, pelo juiz, da
imissão provisória na posse do poder público. Hoje a tendência é a garantia da ampla
defesa e do contraditório ao particular proprietário. Depositado o preço, o proprietário poderá
levantar até 80% do valor depositado (art. 33, §2º, DL 3.365) e continuar no processo
discutindo o preço.
O perito, quando designado, deverá apresentar o laudo no prazo máximo de 05 (cinco) dias.
63
Direto Administrativo II
Juiz determina que o expropriante complemente o valor do depósito para que este
atinja a metade do valor arbitrado. Poderá haver imediato levantamento do valor
depositado, através de alvará para levantamento do valor, e continuará o litígio a fim
de se pleitear o restante da indenização.
O particular pode optar pelo levantamento de 80% do valor depositado ou por 50%
do valor provisório.
Indenização na Desapropriação
*Artigo 15-A do Decreto-Lei nº. 3.365 de 1941 – está suspenso por razão da
liminar julgada procedente pelo STF.
• Custas processuais;
Desistência da desapropriação.
a) Apelação voluntária:
IX – Desistência da desapropriação.
RETROCESSÃO
O bem desapropriado, já incorporado ao patrimônio do Estado, deve ser utilizado para uma
finalidade pública.
Em princípio, a finalidade deve ser aquela indicada no decreto expropriatório. Porém Poder
Público pode dar outro fim distinto daquele do decreto expropriatório, desde que se
mantenha a utilidade pública. A CR/88 só exige utilidade pública no geral.30
30
só pode ter essa destinação.
66
Direto Administrativo II
O que não pode ocorrer é dar outro fim ao bem que não seja de utilidade pública. Se isso
ocorrer, caracteriza-se o desvio de finalidade ou tredestinação, que é um dos mias graves
vícios de legalidade. Frente a esse vício opera-se retrocessão.
A retrocessão como direito real tem como fundamento o artigo 5º, XXIV da CR/88. Isso se
dá porque o presente dispositivo só autoriza a desapropriação com interesse público
(utilidade pública e interesse social). Se se desvirtua deste fim não há razão para
desapropriar e, por via de conseqüência, afronta-se, se houver, os pressupostos nela
estabelecidos, todos eles sempre retratando a futura execução de atividade de interesse
público. Ora, se o Poder Público desiste dos fins a que se destinava a desapropriação, tem
o proprietário o direito real de reivindicar a propriedade do bem. Por isso, a aquisição da
propriedade tem caráter resolúvel: não atingido o fim colimado pelo Poder Público, resolve-
se a aquisição e reingressa o bem no patrimônio do ex-proprietário. Fundamento: art. 5º,
XXXIV, CR/88.
Direito Pessoal: Fundamentos: Art. 519 do Código Civil de 2002 e 519 e o Decreto-Lei nº.
3.365 de 1941, no artigo 35, oferecem Art. 35 do D.L 3.365/45. O dispositivo civil situa-se no
capítulo relativo à preempção ou preferência, matéria típica do direito obrigacional, que se
resolve em perdas e danos, numa evidente demonstração de que disciplinam direitos
pessoais. Art. 35: a lei considera definitivamente incorporado o bem ao patrimônio público.
Desse modo, o ex-proprietário não poderia ter o direito real de reaver a coisa, mas apenas o
direito pessoal de pleitear indenização, provando que sofreu prejuízo com a superveniente
desistência do Poder Público de dar a devida destinação ao bem desapropriado. O Poder
Público deve oferecer ao expropriado o direito de preferência de readquirir o bem, obrigando
o expropriante a oferecer pelo prelo atual o bem expropriado. Todavia, se o Poder Público
descumpre tal determinação, resolve-se a obrigação em perdas e danos.
Art 5º, §3º, DL 3365/41 – é uma exceção à regra de que bem pode ser utilizado para
finalidade diversa, desde que pública. No caso de desapropriação para construção de
casas populares não poderá dar outra finalidade. Também não caberá retrocessão. Se o
poder público ficar inerte (não fizer o parcelamento popular) caberá ação popular (proposta
por qualquer cidadão) ou ação civil pública (proposta pelo MP) para anular a venda feita
irregularmente, a mudança de destinação, ou exigindo que se cumpra a finalidade, isto é,
que se construam casas populares.
a) Características:
a.2) Todas as entidades políticas e administrativas têm competência para efetuar esta
desapropriação. As entidades administrativas como autarquias, sociedades de economia
mista, etc., somente possuem competência para efetuar esta desapropriação em caso de
autorização específica em lei. Houve tempo em que se entendeu que somente a União
poderia desapropriar com base nesta lei. Porém esta exclusividade se dá somente para fins
de reforma agrária.
Objeto
Qualquer imóvel, ainda que rural, desde que não seja com o fim de reforma agrária.
Indenização – é em dinheiro;
a.5) Processo judicial) é o mesmo da utilidade pública. Aliás a Lei 4.132 de 1962,
no seu artigo 5º, dispõe que, no que couber, se aplicam as normas do Decreto-Lei
3.365 de 1941.
a.6) Deve ser prévia, justa e em dinheiro, tal como a desapropriação por utilidade
pública.
a) Fontes legais:
68
Direto Administrativo II
Procedimento
CR/88: art. 182, §1º: Os municípios com mais de 20 mil habitantes devem ter seu plano
diretor de desenvolvimento, a ser elaborado por uma equipe de técnicos, e será aprovado
em lei municipal. A mesma regra vale para municípios que compõem regiões metropolitanas
e os municípios considerados como pólos turísticos.
Fonte Jurídica
A fonte jurídica genérica é o Artigo 5º, Inciso XXIV da Constituição da República. A fonte
jurídica específica é o Artigo 182, §4º, Inciso III da mesma Lei maior, e a Lei Federal nº
10.257/2001, o Estatuto da Cidade, mais exatamente nos artigos 5º e 8º.
Competência
É do município.
Objeto – imóvel rural que não cumpre sua função social, que é quando (artigo 186, da
CR/88):
Áreas não edificadas, sub-utilizadas ou não utilizadas, dentro do plano diretor da cidade.
Indenização
Procedimento preliminar
Interesse Social
Desapropriação por Interesse Social – Áreas Rurais Para Fins de Reforma Agrária
Fonte Jurídica
A constitucional, genérica, Artigo 5º, Inciso XXIV, os artigos da Constituição 184 e 186, Lei
nº 8.629/93 e Lei Complementar nº 76/93. A lei ordinária estabelece as normas substantivas
para a desapropriação para fins de reforma agrária e a lei complementar estabelece as
normas procedimentais.
Competência
Propriedade rural que não cumprir a função social prevista pelo art. 9º da Lei 8.629/93.
Trata-se, portanto, de desapropriação sancionatória.
Terra Nua: faz-se em títulos da dívida agrária, resgatáveis no prazo de até 20 anos, em
parcelas anuais, iguais e sucessivas, a partir do 2º ano, com cláusula de preservação de seu
valor.
Benfeitorias Úteis e Necessárias: A indenização se faz em dinheiro.
Processo judicial
a) Petição inicial:
2. Oferta do preço:
3. Demais requisitos:
Decreto expropriatório por interesse social, publicado no Diário Oficial, ou uma certidão do
decreto;
Prova do lançamento dos títulos as dívida agrária, suficientes para a indenização da terra
nua.
b) Instrução:
5. O Recurso:
31
ração, determinando os poderes, porque estes já vêm expressos as Lei Orgânica da Advogado da União. Basta a
determinação do procurador.
32
Este termo indica que o laudo foi feito pelo expropriante unilateralmente.
33
e as benfeitorias, com seus respectivos valores.
34
71
Direto Administrativo II
Alguns autores designam essa desapropriação, como desapropriação para fins urbanísticos.
DESAPROPRIAÇÃO CONFISCATÓRIA
Objeto
35
72
Direto Administrativo II
Destinação
Indenização
Servidão Administrativa
Fonte Jurídica
A servidão tem como fonte jurídica genérica a Constituição da República, arts. 5º, XXIII, e
170, III, que versam sobre a função social da propriedade, segundo a qual o direito do
proprietário se sujeita à função social que a propriedade tem. A fonte jurídica específica, que
autoriza o poder público a instituir servidão é o Decreto-lei nº 3.365/41, Artigo 40.
Conceito: É o ônus ou direito real de uso que o Poder Público impõe à propriedade
para assegurar a realização de obras ou serviços públicos.
Na servidão, o proprietário não perde o bem, ele conserva a o domínio, mas o seu uso é
submetido ao Estado. Indeniza-se os eventuais prejuízos advindos do uso e não da
propriedade.
73
Direto Administrativo II
c) Objeto – imóvel;
Competência – das Desta forma, o Poder Público utiliza-se da propriedade para assegurar
a execução de obras ou serviços públicos, sem retirar a propriedade do proprietário, mas
apenas a utiliza. Também pode ser instituída servidão administrativa sobre bens de
entidades públicas inferiores, assim como na desapropriação. Sendo que as autoridades
políticas podem declarar a utilidade pública e a as administrativas fazem a execução quando
autorizadas em lei (é igual a desapropriação).
Tempo
2.2.2. contenciosa.
Postes, juntamente com os fios transmissores de energia elétrica, na maioria dos casos,
utilizam faixa de terreno onde estão instaladas torres pelas quais passam fios condutores de
energia elétrica, através de servidão.
Na maioria dos casos, não há prejuízo para o proprietário. Caso haja prejuízo, haverá
indenização.
Indenização
74
Direto Administrativo II
Procedimento
Há uma servidão que é instituída diretamente por lei, que proíbe que os proprietários
construam livremente ao redor dos aeroportos, em relação à altura, e se impõe sobre uma
coletividade de imóveis. São condições que se fazem necessárias, limitando o uso do solo e
do espaço aéreo da propriedade.
REQUISIÇÃO
Do mesmo modo que as servidões, como fundamentos genéricos, tem o artigo 5º,
XXIII e 170, III da CR/88. Fonte específica constitucional- artigo 5º, XXV da CR/88.
a) Conceito – a requisição é a forma (ou forma jurídica) pela qual o Poder Público utiliza
bens e serviços dos particulares, para assegurar a realização de interesses sociais, em
caso de perigo público iminente, mediante indenização ulterior, caso haja dano.
b) Objeto – bens ou serviços. Os bens podem ser tanto móveis, quanto imóveis.
f) Casos:
g) Tipos –
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
Ocupa-se ou requisita-se.
d) Indenização do proprietário:
76
Direto Administrativo II
1. Consensual ou amigável;
2. Judicial.
Tombamento
Origem
O termo tombamento advém do verbo tombar, de origem portuguesa, que significa
inventariar, registrar ou inscrever nos arquivos do reino, guardados na Torre do Tombo.
Este patrimônio é formado de bens, imóveis, móveis, documentos, etc., e deve ser protegido
com o objetivo de preservar a memória nacional.
Modalidades de Tombamento
Quanto à Constituição:
Quanto à Eficácia:
Quanto ao Destinatário:
Natureza Jurídica
Há discussão, alguns autores entendem ser ato vinculado. Outros entendem ser ato
discricionário. Na verdade, é vinculado e discricionário. É vinculado no sentido de que o
poder público somente pode tombar o bem se justificar seu valor histórico, artístico ou
cultural. É discricionário porque a Administração tem a liberdade de valorar a qualificação
histórica, artística ou cultural, podendo decidir se o bem apresenta este valor.
Efeitos
a) Procedimento:
1. Defesa do proprietário;
Admite-se:
• O controle legislativo;
• O controle judicial.
Tipos
• Legalidade
• Mérito
79
Direto Administrativo II
Fundamento
Poder de autotutela – Súmulas 346 e 473 do STF. Esta última: A administração pode anular
seus próprios atos , quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
• De ofício poder de auto-tutela da Administração, que, por seu turno, tem como
fundamento o princípio da legalidade.;
Espécies
O artigo 74, §2º, da CR/88 contém norma semelhante. Enquanto a do artigo 5º, XXXIV, da
CR/88 é genérica, a do artigo 74, §2º é específica ao Tribunal de Contas da União,
aplicando-se também ao Tribunal de Contas do Estado, em razão do princípio da simetria
concêntrica.
Efeitos
80
Direto Administrativo II
É matéria inerente ao direito administrativo e, como tal, cada entidade estatal (União,
estados, Distrito Federal e municípios) tem autonomia para legislar a respeito. No âmbito da
União Federal, a lei 9.784/89 é o diploma legal cabível, estabelecendo os prazos para
oferecer recursos, quando for o caso, por exemplo, para a reclamação, pedido de
reconsideração e o recurso hierárquico.
Em relação ao administrado
Em relação à administração
A administração também está sujeita a prazos para praticar seus atos, sob pena de
não mais poder fazê-lo.
MANDADO DE SEGURANÇA
Fundamento Legal
(CR/88, Art. 5º, LXIX e LXX)
Lei 1.533/51
Lei 4.348/64
Sujeito ativo
Pessoa física ou jurídica, pública ou privada, órgão com personalidade judiciária (dotado de
capacidade processual), e as universalidades reconhecidas por lei (espólio, condomínio,
massa falida, etc.).
81
Direto Administrativo II
Sujeito passivo
• Ato de autoridade: Ato é toda ação ou omissão do poder público. O ato comissivo
ou a omissão podem ser atacados pelo mandado de segurança. Autoridade é o
agente público investido do poder de decisão.
• Direito líquido e certo individual ou coletivo: Desde que não amparado por
habeas data ou habeas corpus. Direito líquido e certo é o direito que se apresenta
manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercido no
momento da impetração. Em outras palavras, é o direito que se comprova de
imediato, a não ser que os documentos com os quais se deseja provar o direito
esteja em poder da autoridade coatora.
• Prazo (art. 18, Lei 1.533/51): 120 dias, com natureza decadencial. Desta forma, uma
vez iniciado não se interrompe nem se suspende.
o Ato comissivo: O prazo corre a partir da ciência pelo ofendido do ato a ser
atacado.
o Ato judicial (Lei 1.533/51, art. 5º, II e Súmulas 267 e 268/ STF): Segundo a
lei do mandado de segurança, não se dá a utilização deste instrumento
contra ato judicial quando houver previsão de recurso processual específico.
Desta forma, contra sentença há a apelação, contra decisão interlocutória há
agravo, e contra o despacho seria possível. Porém, na prática, somente não
se dará o mandado de segurança quando o recurso possuir efeito
suspensivo. Também não cabe contra decisão transitada em julgado.
• Liminar:
o Pressupostos (art. 7º, II, Lei 1.533/51): Fumus boni iuris e periculum in
mora.
Requisitos
• É realizada pelo órgão dotado de capacidade judiciária ou a
pessoa jurídica à qual pertence a autoridade coatora, e não ela
própria.
• Tem competência para suspender o presidente do tribunal
competente para julgar o recurso.
• Possibilidade de lesão à ordem, à segurança, à saúde ou à
economia públicas.
As informações deverão ser prestadas pela autoridade coatora no prazo de dez dias.
HABEAS DATA
Fonte Jurídica
Objeto
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Direto Administrativo II
Sujeito Passivo
Sujeito Ativo
Além de estarem configurados os sujeitos ativo e passivo, o habeas data está condicionado
à recusa ao acesso às informações ou decurso de mais de dez dias sem decisão para o
fornecimento de informações.
AÇÃO POPULAR
Fonte Jurídica
Sujeito Ativo
Sujeito Passivo
A entidade pode contestar, abster-se de contestar ou atuar ao lado do autor popular, uma
vez que a ação popular tem o objetivo de proteger seu patrimônio (art. 6º, §3º).
84
Direto Administrativo II
Objeto
Requisitos
Quando houver ilegalidade ou imoralidade praticados pelo poder público ou pelas entidades
das quais ele participa, havendo lesão ou ameaça de lesão ao patrimônio público, a
moralidade administrativa, ao patrimônio histórico, artístico e cultural ou à preservação do
meio ambiente.