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Ensino Biblico Sobre o Divoricio


R. Shedd

Intro. A frequência do divórcio e o estrago nas vidas de conjuges e criancas.


Bibliografia:
John Williams , For Every Cause, Paternoster, 1981
Roberto Plekker, Divórcio à Luz da Bíblia, Vida Nova, 1985
Craig Hill, Casamento; Contrato ou Aliança, Bless Gráfica e Editora Ltda, Pompeia,
SP, 1999 4o edição.
Aldo Ferretti, Divórcio, sem data, Rua Harmonia, 670, Vila Madalena, 05435 São
Paulo, SP
Guy Duty, Divórcio e Novo Casamento, Betânia, 1979 (Seg. ed.)

A. No Antigo Testamento
“O casamento é, em primeiro lugar, um caso de família. No período mais antigo da
congregação cristã, ela se entendia como uma família espiritual, e a vida e
preocupações de cada membro da congregação foram de interesse intimo para o corpo
todo”(Divorçe and Remarriage in the early Church, Harrell, p. 162). O casamento
tem a finalidade de escapar a solidão e também multiplicar vidas piedosas para
glorificar Deus (Gn 2.18). Cf. Gn 1.18; Mal 2.15.
O casamento revela a natureza e relacionamentos entre os membros da Trindade –1
Co 11.
O casamento revela o relacionamento que Deus tem com seu povo. Jr 2 e 3; Os 2 e 4;
Ez 16; Ef 5; Ap 21,22.
A tragédia do divórcio se reconhece nas estatísticas nos EUA
395,000 divórcios em 1959
479,000 em 1965
1,090,000 em 1977
1.8 milhões em 1979
Em 1981 havia 11 milhões de crianças menores de 18 anos cujos pais são divorciados
e mais um milhão por ano que sofrerão a dissolução de suas famílias. Até 45 % de
todas as crianças nascidas no ano viverão com apenas um dos seus pais antes de
chegar aos 18 anos.
Em 1960 Billy Graham disse que um divórcio se realizava em 4,000 casamentos. Em
1981 um pastor na California disse que de aproximadamente 200 casais apenas 4
estava casados com seus conjuges originais.
Mas o divórcio não causa prejuízos apenas ao casal. Segundo pesquisas
realizadas nos EUA, as altas taxas de divórcio e os índices elevados de mães e pais
solteiros geram, pelo menos, 112 bilhões de dólares em gastos por ano. …Os gastos
extras com políticas de combate à pobreza, gastos judiciais e programas educacionais.
Em tese, esses custos crescem à medida que a fragmentação de família gera
situações de desequilíbrio social. Mais da metade desse total é utilizado em programas
de assistênsia a mães solteiras.” (Bapt. Press citado na revista Igreja).
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Gen. 2:24 - O ideal no A.T. 1+1=1 Deixar, unir-se e formar uma nova carne. Família.

Permissão para o Divórcio


Deuteronômio 24.1-4.
1. Causa reconhecida – “algo que o marido reprova”
2. Conclusão formal – “dará certidão de divórcio à mulher”
3. Separação física – “a mandará embora”
4. Término irreversível. – “não poderá casar-se com ela de novo”
Aplicação divina
1. Jer. 3.6-4.4 – Deus aceitará sua “esposa” de novo.
2. Mal. 2.16 “Eu odéio o divórcio”
O divórcio existe por causa do pecado. Sem pecado não haveria divórcio. Não foi
instituido nem ordenado. Nunca foi mandado mas permitido. Sempre regulado
(Richard Sturz).

1. Permitiu-se o divórcio segundo a lei. Os judeus no tempo de Jesus, segundo


a opinião do Rabbino Hillel, poderiam se divorciar por qualquer motivo – estragando o
almoço, andar de cabelo solto, girar na rua, conversar com homens, maltratar os pais
do marido, falar com o marido com voz alta, permitindo o vizinho ouvir! Shammai
ensinava que a fornicação seria o motivo necessário para justificar o divórcio.
2. A esposa (com alguma impureza) divorciada ficava livre para se casar. A carta
de divórcio em presença de duas testemunhas dissolveu legalmente o casamento –
Guy Duty, p. 20.
Deut. 22:21-24 indica que imoralidade era castigada com apedrejamento.
A razão do divórcio foi alguma " ïmpureza" “algo que o homem reprova”
(NVI) . Larga possibilidade de diferenças de interpretação.
a) Proteção para a pessoa repudiada e não uma porta aberta para o
divórcio.
b) Coração duro, é o motivo que Jesus menciona e indica que foi uma
acomodação para que o homem não viva como Deus manda.

Malaquias - 2:10-16 Deus odéia o divórcio. A aliança matrimonial testemunhada por


Deus mesmo.

B. No Novo Testamento

Mt 5:31,32 (apostasion)
1. Shammai e Hillel é o ponto do debate. Jesus não entrou nessa.
2. Não se menciona a ïmpureza de Deuterômio.
3. Jesus mostra que divórcio nao é uma saida facil.
Faz a mulher repudiada adúltera (se re-casar)
Quem casa com ela também comete adultério (continua casada)
4. A exceção - porneia (somente em Mateus 5.32; 19.9)

Mat. 19:3-12 corresponde a Marcos 10:2-12 (fora a clausal de exceçao)


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1. Porneia - casamento ilícito? (Lev. 18) mas não é provável sendo uma
cultura judaica. Não se limitava apenas aos solteiros – Zanah (Nm 25.1,2; 1 Co 10.8.
Cf. Ap 2.14. Em Am 7.17 zanah é pecado de uma mulher casada. Ap 2.20 usa porneia
em relação a pessoas casadas – cf. Ez 23; Isa. 1.21; Jr 3.8 – At 15.20,29 (cf. G. Duty,
pp. 54,55). Veja embaixo. Notem que a mulher de Samaria tinha casado cinco vezes.
Mostra distinção entre casamento e os que vivem juntos amaziados.
2. Mais amplo do que a fornicação - Vine diz – Adultério, mas veja
embaixo. Não quer dizer incompatibilidade ou falta de amor.
3. Note que José e Maria pensam em divorciar (secretamente) (Mt 1:19)

Jesus, segundo Lucas 16:18 ensina o que Marcos (10) também relata que nao
há exceçao. Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério. Quem
casar com ela comete adultério. O casamento não foi terminado com o divórcio. Mas,
Dr. Grant Osborne crê que Marcos e Lucas assumem que o adultério revoca o
casamento e permitiria o divórcio, uma vez que a posição gentílica era comparável à
judaica.
São cinco pontos de vista historicamente aceitos do divórcio e novo casamento:
(Veja o livro de Craig Hill, Casamento: Contrato o Aliança para os parágrafos
seguintes).
1. O ponto de vista patrísitco (Pais da Igreja) como uma exceção, a opinião de
Ambrosiaster. – Pesquisa cuidadosa, vendo centenas de manuscritos
escritos pelos líderes dos primeiros séculos – os Pais são unânimes no
entendimento do ensino de Cristo e Paulo: se alguém sofresse o infortúnio do
divórcio, um novo casamento não era permitido por qualquer que fosse a
causa. ( C. Hill, pp. 16,17).

Pela reação dos discípulos em Mat. 19.10, indica que Cristo não aceitava nem a
posição de Hillel e nem de Shammai (divórcio e novo casamento permitido no
caso de adultério). Jesus apresentava um visão revolucionária: que o divórcio
era pecaminoso e contrário ao plano de Deus. No caso do divórcio, um novo
casamento seria proibido, mesmo nos casos em que a imoralidade estava
envolvida” Veja o catecismo Católico romano. Esta idéia permaneceu na Igreja
até o séc. XVI, quando Erasmo sugeriu uma idéia diferente. Esta posição
abraçada por Craig Hill e Chs. Ryrie, mas há dificuldades sérias com esta
posição, portanto cremos que a interpretação mais abrangente seria mais
correta.

Dr. Gordon Wenham escreveu tres artigos que mostram, segundo ele, a
impossibilidade de recasamento após o divórcio publicado no jornal Third Way.
Ele argumenta que nunca há possibilidade de recasamento depois do divórcio
por qualquer razão. Ele vê razão na reação dos discípulos em Mt 19.10.

Note que os teólogos anglicanos argumentam na base da frase “desde o


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princípio não foi assim”1) baseado na institutição original, a dissolução é
impossível. 2) O novo casamento enquanto outro conguge estiver vivo é
moralmente errado. 3. Somente a morte pode romper o vínculo de casamento.
G. Duty, p. 62. Esta idéia ainda se confirma se o texto de Gn. 2.24,25 onde
“unirá” pode incluir o conceito de uma aliança sagrada, uma vez que é termo
usado em Dt 4.4; 10.20 para o aliança entre Deus e Israel.

2. O ponto de vista erasmiano (tradicionalemente protestante). Argumentou que


no caso de adultério, baseado em Mt. 19.9, o divórcio seria permitido e
consequentemente o novo casamento seria permitida para o parceiro
inocente. Esta posição protestante também admite a exceção paulina de 1
Co 7.15. John Murray antigamente do seminário de Westminster também
defendeu esta posição em seu livro, Divorce.
A cláusa de exceção deveria permitir que ela case de novo.se for
inocente. Parece claro que Jesus entendeu que a pessoa divorciada tinha
o direito de recasar no caso de ser incluídona cláusula de exceção.
Campbell Morgan, “O casamento poderia ser dissolvido por uma única
razão, pecado sexual. Casamento é indissolúvel..a não ser por um único
pecado”(The Gospel Acc. To Matthew).
Pastor Martin Lloyd-Jones em seu Livro “Estudos no Sermão do Monte,
cap. 24, declara que “Só existe uma razão legítima para o divórcio –
relações sexuais ilícitas”. Esse motivo é relações sexuais ou infidelidade
conjugal por parte de qualquer dos conjuges.
3. O ponto de vista preterativo (Agostiniano). A exegese é complicada. Em
linguagem simples esta posição sustenta que os Fariseus estavam tentando
enredar Jesus a entrar num debate entre a escola liberal de Hillel e a mais
conservadora de Shammai. Cristo não aceitou a isca. Ao invés disso, com
sabedoria, evitou o assunto até que estivesse a sós com os discípulos (Mc
10.10-12). O debate envolvia a “coisa indecente”(Dt 24.1). As palavras de
Cristo “não sendo por causa de relações sexuais ilícitas”eram, na realidade,
uma preterição, uma omissão que evitava totalmente a pergunta deles. Cristo
disse: "“Eu porém, vos digo: Quem repudiar sua mulher {colocando de lado o
assunto de “coisa indecente”} e casar com outra comete adultério”. Em casa
Jesus resolveu o assunto. “Quem repudiar sua mulher e casar com outra
comete adultério contra aquela”(Mc 10.11). Parece que resolve a
possibilidiade cultural de que na cultura romana o divórcio era requerido no
caso de adultério. Cristo neste caso estava proibindo o novo casamento.
4. O ponto de vista dos esponsais (o noivado). Segundo esta posição, a
cláusula de exceção de Cristo (Mt 19.9) permitia que a quebra de um
noiviado no caso de violação dos termos de noivado pela imoralidade do
parceiro, antes da consumação do casamento. Veja o caso de José e Maria
em Mt 1.18-20 em que se usa o termo “divórcio”. Mostra que o casamento
não se cria apenas com relações sexuais, mas no compromisso com
testemunhas. A palavra porneia fala de infidelidade prê-marital enquanto se
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pensa que Cristo teria usado o termo moicheia “adultério” se fosse o caso
de infidelidade após o casamento. A posição da Ig. Bat. De Morumbi inclui,
homossexualismo, bestialidade, incesto etc.
5. O ponto de vista de consanguinidade (casamento ilegais). Defendido por Carl
Lane, The Divorce Myth, pensa que Jesus usou a plavra “porneia”no
sentido específico dos graus proibidos de consangüinidade conforme se vê
em Lv 18.6-18. Sustento para este ponto de vista se encontra em Atos
15.20,29 e 1 Co 5 e nos Manuscritos do Mar Morto. Era problema para a
Igreja primitiva uma vez que casamentos incestuosos eram comuns no
mundo gentílico. Mas restringir a esta interpretação parecer estreito demais.

C. O Esinamento de Paulo (1 Cor. 7:15)


1. Paulo diz, “1 Co 7.1,2 que o casamento existe (em parte) para prevenir porneia.
Não é questão de adultério.
A situacao é nova. Não a Lei de Moisés nem de Jesus - é o mundo gentilico.
e dificil (v. 26). Não manda e nem impediu que a parte pagã se apartasse da cristã,
mas sim, deixou isto à seu próprio critério; porém, para a parte cristã não permitiu que
por sua própria iniciativa deliberasse se apartar da sua consorte...:”(Aldo Ferretti, p.
27).
Devemos nos abster da aparencia do mal (1 Ts 5:22).
Promiscuidade entre os gregos era notório
Casamento somente no Senhor – 1 Co 7.39
Melhor casar do que viver abrasado – vv. 1,2.
2. A palavra de Paulo nao contradiz o que Jesus falou - ele era inspirada. Trata
de um problema que Jesus não tocou. Paulo afirma o princípio fundamental que o
casamento é um relacionamento de duração da vida toda, portanto o recasamento da
pessoa divorciada constitui adultério.
v. 10 “Aos casados dou este mandamento, não o Senhor: Que a esposa não se separe
(chorizein) do seu marido. Mas, se o fizer, que permaneça sem se casar ou, então
reconcilie-se com o seu marido. E o marido não se divorcie da sua mulher.” O texto usa
aphiemi – que não deve significar divorciar-se.
v. 11 – aqui não há cláusula de exceção como em Mt 5 e 19. Aqui não existe o direito
de se separarem. Qualquer que seja o motivo que se reconciliem.

A situacao em Corinto - alguns pensaram em se separar para uma vida de


celibato. vv. 10,11 - chorizem nao dá base biblica para entender que Paulo falava do
divórcio. O cristão nao deve casar com outrem. Pode ficar separado ou voltar para o
marido. Querer uma vida de celibato nao é base para o divórcio.

3. Crente casado com não-cristão não abre a porta para o divórcio. Pode ser
que ganhe o marido ou mulher. (vv. 12-14). cf. 1 Ped. 3

4. Se o cristão for abandonado, nao fica sujeito a servidao (dedouletai). Se o


não cristão divorcia a mulher ela esta livre (aparentemente) para casar. Naturalmente,
no caso do cônjuge casar ou adulterar primeiro. Até esse momento deve-se viver na
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expectativa de que Deus lhe conceda o arrependimento e o retorno à sensatez (2 Tm
2.25,26). Cf . vv. 27,28 "ligado e desligado. Por outro lado não há base para o
recasamento por um cristão que inicia o abandono. Como diz Ferretti, “Não ocorrendo
a reconciliação, então, cessará a esperança de voltar a vida conjugal, outrossim, só a
morte de um dos conjuges, liberará o outro para que possa contrair novo casamento;
como assim se lé “A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu arido
vive; mas, falecer o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que
seja no Senhor: (Rm 7.2,3 e 1 Co 7.39).

-Paulo nao recomenda o recasamento - e permitido - dedetai - o tempo


perfeito indica isto. mas cf. 1 Co 7:39 "a mulher esta ligada enquanto vive, mas se
falecer o marido fica livre, mas só no Senhor”. Fica sem resposta se Paulo de fato
permitia o recasamento da pessoa abandonada ou não.
Rom 7:1-3 dedetai . Paulo não menciona qualquer exceção. Parece que
para ele o casamento permanente é ideal. Nao ha contradição entre 1 Cor 7:15 e v. 39
e Rom 7:

D. O Divórcio na Igreja

Gal. 6:1,2
1. Comunhão dos remidos - algumas igrejas nao permitem membrezia
para divorciados mas para ex-ladrões, adúlteros e outros pecadores
escandalosos - 1 Cor 6:9-12.
Jesus foi amigo dos pecadores.

2. O argumento contra aceitacao de divorciados é a posicão de que


aquele que recasa vive em adultério contínuo.
a. Mas casamento após o divórcio não pode ser remediado com
outro divórcio..
b. Ha muitos casos de conjuges ter casado com outros
c. Casar com a repudiada é adultério, mas não diz que o adultério
se mantem se continuam casados. A solucão é arrependimento - Pelos frutos se ve
que a pessoa mudou. Um amigo Howard White.é um caso.

d. Tem o fator de "ö inocente"(Deut. 22:24)


e. Tem casos de pessoas divorciadas e recasadas antes da
conversão (2 Cor. 5:17). Nao parece provável que Paulo excluia pessoas divorciadas
da igreja se o divórcio aconteceu antes do divórcio.

f. E casos de crentes?. Se não for o pecado para a morte então


precisa incentivar arrependimento e restauração. Quando não ocorre tem de haver
fortes indícios de coversão de verdade. Quando o divórcio não tenha sido calcado em
bases bíblicas, o crente é exortado a procurar a reconciliação (1 Co 7.11; Mt 18.21-22)
ou permanecer sem se casar (Mt 5.32 e Mc 10.11,12).
g. Se alguém casar com uma pessoa divorciada, sem aval bíblico,
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deve ser reconhecida como adúltera (Mc 10.12).
E. Lideranca na Igreja
1. 1 Tim. 3:2,12 e Tit. 1:6- pode ser poligamia, mas não é provável numa
sociedade grega.
2. Outra possibilidade é a exclusão de uma pessoa divorciada e recasada. A
opinião de F.F. Bruce, Mais provável seja o caso de pessoas divorciadas e recasadas
(veja 1 Tim 5:9). Na casa romana, a fidelidade do marido a sua mulher era normal
(ficou livre se relacionar sexualmente com escravas, propriedade sua.
3. O problema da liderança é sério sendo que o que ele faz implica a posição da
igreja e não apenas individual. O testemunho da igreja está em jogo. Cf. Lv 21 v. 7
onde os sacerdotes de Israel foram responsaveis para um padrao muito alto no
casamento.
4. Nao exclui a possibilidade de serviço cristão.

F. Perguntas
1. Se um marido pede divórcio e não tem base na Biblia para o cristao?
Pode se aplicar o privilégio de Paulo - se o marido for promíscuo, isto é adúltero (cf.1
Co 6.9). O cristão não é escravizado. Mas os que procuram o divórcio em bases não
bíblicas estão sujeitas a disciplina da Igreja, porque rejeitam abertamente a Palavra de
Deus.

2. Se uma mulher casar com um marido divorciado antes dele se converter? O


padrão bíblico parece ser para cristaos. Não devem se separar. Parece que nem
Moisés e nem Paulo forçaram o cristão a manter uma vida de solteiro nos casos dos
conjuges que forem inocentes.

3. Se o marido (professo cristão) divorcia sua esposa sem base cristã (adultério
ou abandono). Ela pode re-casar. ? A Biblia nao admite se ouvirmos a
palavra. Não há divórcio para cristãos. Parece que o marido professo nao
agiu como cristão. Parece que ele se mostra não-cristão e entra na
catergoria de 1 Cor. 7.

4. Pode o cristão iniciar separação legal (desquite)? Paulo diz que separaçao
não é pecado mas não pode recasar. Casamento com outro fecharia a porta para a
reconciliação. Ela continua casada.
5. Se um divorciado se converter ele pode casar de novo? Se a base do
divórico for bíblica. Primeiro deveria buscar a reconciliação com seu cônjuge.

6. Poderia o cristão buscar o divórcio por qualquer motivo? Sim, no caso de


porneia, não outro motivo, é a opinião da maioria dos Protestantes. A
dificuldade é saber que Jesus queria dizer com esta palavra – aparentemente
não significa apenas o adultério, ainda que deve incluir o adultério. Pode ser
que seria o caso de união com pessoa não permitida em Levítico 18 como já
vimos.
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7. Alguns tem perguntado se o casamento se legaliza no altar (votos) ou na


união sexual?
A indicação de Cristo para a mulher de Samaria mostra que o relacionamento
sexual não significa casamento, mas Paulo mostra que essa união cria uma
“carne” (1 Co 6.13-18 e Ef 5.31 citando Gn 2.24).
8. Em caso de divórcio não calcado em bases bíblica e que um novo
casamento já tenha sido consumado (Mc 10,11,12) a pessoa que se casou
está vivendo em “adultério”. Se acontecer arrependimento sincero, um outro
divórcio só virá compliciar a situaçõ (Dt 24.1-5). Neste caso deve
permanecer como está. (Ig.Bat. De Morumbi).

9. Se um casal está vivendo em "divórcio espiritual" nao seria melhor divorciar?


Alguns achariam esta idéia base para viverem juntos antes da legalização do
casamento, mas isto é mais parece “ética da situacao"do que da Bíblia. Mais
problemático ainda é "divórcio espiritual". A alianca não foi com apenas outro indivíduo
mais com Deus também.

II. Consideracões que estariam envolvidos em evitar o divórico.

A. A distincão entre o Corpo e fora do Corpo de Cristo. Dentro do Corpo, Jesus


é Senhor e tem o direito de ordenar o procedimento dos seus membros.

B. Alguns pecados que promovem o divórcio

1. Soberba, arrogância em vez de pobreza de espírito.

2. Falta de mansidão - uma tentiva de manter os direitos que nós


supostamente entregamos para Cristo.

3. Mentindo - lembramos que prometemos amar, sustentar, nutrir para o


melhor ou para o pior, até a morte nos separe. Craig Hill nos lembra que há uma
distinção séria entre contrato e aliança (de sangue). É um conceito oriental praticado
durante séculos no Médio Oriente on a Bíblia é situada.”Uma aliança de sangue é o
acordo mais intimo, mais sagrado, mais duradouro e mais comprometedora conhecida
pelos homens. Jônatas e Davi fizeram tal alianca (1 Sm 18. 1-4). Homens preferiam
morrer do que quebrar uma aliança de sangue.
Aliança é unilateral, irrevogável, idissolúvel, válido pelo menos até
a morte. A aliança não depende do desempenho de nenhuma das partes.
Um contrato é um acordo bilateral entre duas pessoas, totalmente
dependente do desempenho do acordo. Se uma parte falha, a outra não é obrigado a
cumprir sua parte.
No conceito de aliança: “Estou irrevogavelmente comprometido com você
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até que a morte nos separe. Meu compromisso com você não tem nada a ver com o
seu desempenho ou qualquer escolha que você fizer. É um compromisso unilatral
diante de Deus até a morte.” Hb 13.5.

4. Coração endurecido - Deut. 24 comparado com Marcos 10 e Mat. 19


Veja Heb. 3:7ss.
5. Os primeiros dois mandamentos - Mc 12; Mat. 22 e Lc 10; Jo 13:34

6. Críticas destrutivas - artigo de Craig Massey

7. Odio mantido no coração

8. Desobediência de textos tais como Ef. 4:2; 5:22s

9. Negaçao da soberania de Deus - Ef 1:11 e Rom 8:28

C. Seguir os textos básicos da Palavra para nunca ter que contemplar o divórcio
Deut. 6:4-9; 1 Tim. 2:8-15; 1 Cor. 7 e 11:3; Tito. 2:1-8 Ef. 5:22-6:4 e 1 Ped. 3:1-
7.

D. Algumas consequencias do divórcio nos EUA


1. O indice de pobreza de crianças vivendo na casa de pais separados é
cinco vezes maior do que de crianças cujos pais não se separaram.
2. No primeiro ano após o divórcio, os homens aumentam o seu
patrimônio em 42%. Já as mulheres divorciadas têm um declínio de
73% da renda.
3. Os filhos do divórcio têm de 40-70% mais chance de repetirem ano ou
de serem expulsos da escola.
4. Crianças criadas em lares desfeitos têm menos possibilidade de
terminarem o segundo grau.
5. Um número incontável de adolescentes que fogem de casa vêm de
lares onde houve divórcio.
6. Crianças cujos pais sairam de casa sofrem de pesadelos e de
carência afetiva.
7. Of filhos de pais separados são mais agressivos e tendentes a se
envolverem com gangues.
8. As meninas de pais separados sofrem de ansiedade e culpa.
9. Adolescentes vindos do divórcio são mais inclinados a se envolverem
sexualmente antes do casamento.
10. Os filhos do divórcio são mais tendentes a depressão, uso de álcool e
drogas e têm mais dificuldade de fazerem amizades duradouras.

Baseados nos textos da Bíblia e a experiência os casais devem:


1. Fazer Jesus o Senhor como parceiro maior no casamento. Seguir as
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ordens bíblicas.
2. Comprometer-se com a santidade, permanência, unidade, mutualidade
e propósito de Deus no casamento.
3. Submeter-se à corrente de comando no lar.

4. Aceitar todos os requisitos do casamento segundo a Pal. de Deus.


a. Marido
- Amar sacrificialmente, como Cristo
- Providenciar para a esposa e o lar.
- Reger sua casa sob Cristo sem autoritarismo
b. Esposa
- Apoiar, honrar e respeitar o marido
- Sujeitar-se em Cristo
- Ficar contente sempre e cuidar dos filhos e a casa.
c. Saber brigar cristamente

8. Atitudes que mantém o casamento equilibrado


1. Praticar o amor que dá mais do que recebe - evitar o egoismo
2. Passar tempo juntos conversando, trabalhando, brincando, adorando,
lendo a Bíblia e orando juntos.

3. Respeito para a individualidade de todos os membros da familia -


oferecer uma liberdade equilibrada.

4. Nunca fechar o coração nem a cara - converse e use liberalmente as


palavras, "me perdoe, eu te amo”.

5. Cultivar gratidão pelas coisas pequenas.

6. Seja paciente com os outros lembrando que nós nem sempre estamos
certos.

8. Barrancos que podem provocar o divórcio


1. Falta de padrão estipulado de gastos - o amor ao dinheiro é raiz de
todos os males. Orçamento familiar mantida com cuidado ajuda muito.
2. Cuidado com os pais, parentes e amigos que se intrometem no
casamento. A ordem biblica é separar para se unir Gn 2.24.
3. O sexo é parte essencial e linda do casamento - nunca usar para
maipular o conjuge.
4. Crianças são uma benção, mais podem separar marido e mulher. O
relacionamento de marido e mulher é normalmente acima da com as criancas.

5. Convicções religiosas.
Conclusao
Oracao para os que enfrentam crises -
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"Senhor me dá a serenidade e coragem de aceitar o que nao posso
mudar e o compromisso para mudar o que eu posso como também a sabedoria para
reconhecer a diferenca". Deixar muito claro que nada que o conjuge pode
mudar o meu compromisso em manter o casamento.
Recomendações do Irmão Lourenço: 25/11/1667
“Ele me disse que Deus sempre nos dá luz no meio de nossasdúvidas quando não
temosoutro interesse senão agradá-lo e agir apenas para seu amor.

“Nossa santificação não depende de nos mudarmos nossas obras, mas em fazer por
amor de Deus aquilo que costumeiramente fazemos para nos mesmos. Que era de
lamentar ao ver quantas pessoas se confundem o fim com os meios, se viciando em
certas obras que els faziam cimperfeitamente por causa de seus interesses humanos.
“Que não devemos cansar de fazer cousas pequenas por amor a Deus, porque Ele não
se importa com a grandeza da obra, mas o amor com que foi feita”.
Linda Waite e Maggie Gallagher extrai de informações sociológicas durante
décadas. Conclusões: Casamento é bom para homens e mulheres, muito melhor do
que solteiros, amaziados, ou divorciados. Eles tem vida sexual mais satisfatória nos
sentidos físicos e emocionais. Vivem mais anos, com mais saude, mais contentes e
recuperam mais rápidamente de doenças. Protege homens e mulheres do suicídio e
doença mental. Deus nos criou evidentemente para ser membros de uma família que
fornece uma vida decedidamente melhor.

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