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FACULDADES INTEGRADS FACVEST

CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA

LAGES
2008
CAPÍTULO I

1. FUNÇÃO ECONÔMICA DA CONTABILIDADE : APURAR O RESULTADO


(RÉDITO)

RESULTADO - diferença entre o valor das receitas e o valor das despesas.

O Resultado pode ser:

a) Positivo ou Lucro - ocorre quando o valor das Receitas é superior ao valor das Despesas;
b) Negativo ou Prejuízo - ocorre quando o valor das Receitas é inferior ao valor das
Despesas;
c) Nulo - ocorre quando o valor das Receitas é igual ao valor das Despesas.

1.2 CONTAS DE RESULTADO

As Contas de Resultado só aparecem durante o exercício social, sendo que estas contas de
resultado devem ser obrigatoriamente encerradas no final do exercício, pois não fazem parte
do Balanço Patrimonial.

Dividem-se em:
- Contas de Receitas
- Contas de Despesas e de Custos.

Estudou-se em capítulos anteriores, que o exercício social terá duração de um ano e no seu
final deve-se apurar o seu resultado, isto é, se naquele exercício a empresa obteve lucro ou
prejuízo.

Assim, em cada final de período ou exercício contábil, todas as contas de Receitas e todas
as contas de Despesas e Custos são encerradas tendo como contrapartida a Conta APURAÇÃO
DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (ARE).

Pois assim, em todo período posterior ao anteriormente encerrado e apurado o lucro ou


prejuízo do exercício, através do confronto das Receitas com as Despesas, o saldo das contas de
Receitas e Despesas começam novamente do zero, ou seja, não se acumulam saldos nas contas de
despesa e Receita de um ano para outro (Independência Absoluta de Períodos).

1.2.1. RECEITAS - são entradas de elementos para o Ativo da empresa, na forma de bens ou
direitos que sempre provocam um aumento da situação líquida, ou seja, acréscimo no valor do
Patrimônio Líquido.
ESQUEMA

RECEITAS + ATIVO { + BENS e / ou


{ + DIREITOS
+ PL / SL

São os denominados FATOS MODIFICATIVOS AUMENTATIVOS.

1.2.2 DESPESAS - são gastos incorridos para, direta ou indiretamente, gerar receitas. As
despesas podem diminuir o Ativo e/ou aumentar o Passivo Exigível de uma empresa, mas sempre
provocam diminuições na Situação Líquida, ou seja Reduções no Patrimônio Líquido.

ESQUEMA

DESPESAS ( - ) ATIVO e / ou
+ Passivo Exigível
( - ) PL / SL

São os denominados FATOS MODIFICATIVOS DIMINUTIVOS.

1.2.3 CUSTOS – idem ao anterior. Entretanto a distinção entre custo e despesa, poderá ser
resumida da seguinte forma:

• Despesa - são gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e
consumidos com a finalidade de obtenção de receitas.

• Custos - são gastos relacionados à atividade de produção, ou seja, são relativos a bens ou
serviços utilizados na produção de outros bens e serviços.

E no caso de empresa comercial, o custo diretamente ligado à venda da mercadoria


denomina-se Custo da Mercadoria Vendida (CMV).

E no caso de uma empresa industrial, o custo diretamente ligado à venda da mercadoria


produzida denomina-se Custo do Produto Vendido (CPV) .

ESQUEMA

CUSTO ( - ) ATIVO e / ou
+ Passivo Exigível
( - ) PL / SL

São os denominados FATOS MODIFICATIVOS DIMINUTIVOS.


EXERCÍCIOS

1. As Contas de só aparecem durante o exercício social, encerrando-se no


final do exercício, fazem parte do Balanço Patrimonial, e se dividem em.....................
e ......................................

2. Leia com atenção as afirmativas:

I. As Despesas decorrem do consumo de bens e da prestação de serviços.


II. As Receitas decorrem da venda de Bens e do consumo de serviços.
III. As Contas Patrimoniais servem para contabilizar as despesas.
IV. As Contas do Ativo significam Contas de despesa.

3. Agora, assinale a afirmativa correta:

a). A I e a II estão corretas,


b). Somente a I e a III estão erradas,
c). Todas estão certas,
d). Todas estão erradas.

4 Em se tratando de contabilidade o que significa “Lucro “?

.................................................................................................................................

5. Assinale somente as Contas de Despesas:

a( ). Pagamento conta de Água, Luz e Telefone


b( ). Descontos Concedidos
c( ). Caixa
d( ). Aluguéis Passivos

6. As Receitas são considerados:

a( ) Fatos Permutativos b( ) Fatos Modificativos c( ) Fatos Mistos

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IUDICÍBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2000.

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
____________. Contabilidade Empresarial: livro de exercícios. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica – Fácil. São Paulo: Saraiva, 1991.
CAPÍTULO 2

2. DEMONSTRAÇÀO DEDUTIVA

A Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas


da empresa em determinado período (12 meses).

É rigorosamente apresentada de forma dedutiva ( sentido vertical ), ou seja, as receitas


subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado apurado (lucro ou prejuízo do
exercício).

A DRE pode ser simples para micro ou pequenas empresas que não requeiram dados
minuciosos para avaliações, como são os casos dos bares, farmácias, mercearias, etc, e a completa,
exigida por lei, fornecendo dados pormenorizados para a tomada de decisão: grupos de despesas,
vários tipos de lucros, destaques dos impostos, etc.

Receita V Receita
( - ) Despesa___ E (-) Deduções
Lucro ou Prejuízo R (-) Custos
T (-) Despesas
I (-) .................
C
A
L _______________
Lucro ou prejuízo

Conforme Marion (1991) comumente, porém de forma inadequada, substituímos a


terminologia RESULTADO por LUCRO porque segundo o citado autor, a maioria das empresas
obtém lucro e uma minoria insignificante apresenta prejuízo.

Entretanto, segundo Marion (1991) Lucro é uma terminologia bastante ampla, e na


Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) vamos encontrar vários tipos de lucro, são
eles:

1. RECEITA BRUTA
2. RECEITA LÍQUIDA
3. LUCRO BRUTO (OU PREJUÍZO)
4. LUCRO OPERACIONAL (OU PREJUÍZO)
5. LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (OU PREJUÍZO)
6. LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA ( OU PREJUÍZO)
7. LUCRO LÍQUIDO
Receita Bruta Total Geral das Vendas de Produtos ou Serviços

( - )Deduções ------------ Neste Grupo incluem-se todos os valores que não


representam sacrifícios financeiros (esforços) para a empresa,
mas que são meros ajustes para se chegar a um valor mais
indicativo que é Receita Líquida, como, por exemplo, Impostos
cobrados do consumidor no momento da venda.

( = ) Receita Líquida

( - ) Custos do Período ---- São somente os gastos da fábrica (gastos de produção), incluindo
matéria-prima, mão-de-obra, depreciação de bens da fábrica,
aluguel da fábrica, energia elétrica da fábrica, etc.

( = ) Lucro Bruto

( - ) Despesas São os gastos de escritório, gastos para administrar (despesas


administrativas) a empresa como um todo: desde o esforço para
colocar os produtos ao cliente (despesas de vendas: propaganda,
comissão), até a remuneração ao capital de terceiros (despesa
financeira: juros).

( = ) Lucro Operacional

( - ) Perdas Geralmente, são gastos imprevisíveis, anormais,


extraordinários, que não contribuem para a obtenção de receita
(vendas).

( = ) Lucro Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social

( - ) Imposto de Renda Apuração do Imposto de Renda a Pagar

( - ) Contribuição Social Apuração da Contribuição Social a ser paga

( = ) Lucro Antes da Distribuição

( - ) Participação de Terceiros Há pessoas que, voluntária ou involuntariamente, terão uma


“fatia do lucro”: Administradores, empregados (gratificação)
etc.

( = ) Lucro Líquido

( -) Participação dos Donos Sócios / Acionistas - distribuição do lucro (Dividendos - esta


última distribuição é indicada na Demonstração de Lucros ou
Prejuízos Acumulados).

Lucro Líquido Retido na empresa.


2.1 RECEITA BRUTA

A Receita Bruta constitui-se dos valores referentes as operações de:

- venda de produtos e subprodutos (na indústria),


- venda de mercadorias (no comércio) e,
- prestações de serviços (empresa prestadora de serviços),

Se o recebimento for a vista se lançará a débito no Caixa ou Bancos e a prazo a débito em


Contas a receber.

Normalmente, nas Receitas Brutas estão inclusos os impostos incidentes sobre vendas
cobrados do comprador (os quais pertencem ao governo), posteriormente destas Receitas deverão
ser subtraídas as devoluções (vendas canceladas) de mercadorias (ou produtos) e os descontos
concedidos incondicionalmente (abatimentos) das vendas de mercadorias (ou serviços) em
desacordo com os pedidos ocorridos no período.

Em se tratando de exportação de produtos manufaturados nacionais conforme Neves e


Viceconti (1999) , observe-se que;

a) A receita bruta de vendas corresponderá ao valor expresso em moeda


estrangeira, convertido em reais (R$) pela taxa de câmbio fixada no boletim de abertura pelo
Banco Central do Brasil, para compra, em vigor na data de embarque dos produtos para o exterior.

b) Entende-se como data de embarque aquela averbada pela autoridade


aduaneira da Guia de Exportação ou documento de efeito equivalente.

c) As diferenças decorrentes de alteração na taxa de câmbio, ocorridas entre a


data de fechamento do contrato de câmbio e data do embarque, serão consideradas como variações
monetárias passivas ou ativas, ou seja, como Despesa ou Receitas Financeiras, respectivamente.

“A Receita deverá ser computada na apuração do resultado do exercício somente a


partir da saída efetiva do bem, ou seja da entrega do bem ao cliente”

2.1.1. Contabilização de Receita de Vendas e Serviços sem Impostos

No Lançamento deve-se debitar o valor da venda na conta Caixa se a venda for a vista ou
Duplicatas a Receber se a venda for a prazo e creditar a conta Receita de Vendas e/ou de
Serviços.

D - Caixa ou Duplicatas a Receber

C - Receita de Venda e/ou de Serviços


Exemplo (1) : A Empresa 3.Fase vendeu 10 cadeiras por R$ 200,00 cada uma, sem impostos, e
recebidos a vista o valor da Empresa XYZ no dia 10/02/2009.

Lançamento: D - Caixa R$ 2.000, 00


C - Receita de Venda R$ 2.000,00

Exemplo (2) : A Empresa 3.Fase vendeu 10 cadeiras por R$ 300,00 cada uma, sem impostos, a
prazo, para a Empresa XYZ no dia 10/02/2009.

Lançamento: D - Contas a Receber R$ 3.000, 00


C - Receita de Venda R$ 3.000,00

Exemplo (3) : A Empresa 3.Fase vendeu 10 cadeiras por R$ 250,00 cada uma, sem impostos,
sendo recebido 50% do valor a vista e 50% do valor será recebido a prazo da Empresa XYZ
no dia 10/02/2009.

Lançamento: D - Caixa R$ 1.250, 00


D - Contas a Receber R$ 1.250,00
C - Receita de Venda R$ 2.500,00

Exemplo (4) : A Empresa 3.Fase prestou serviço de Auditoria para a Empresa XYZ no dia
10/02/2009 e recebeu a vista pelo serviço R$ 5.000,00, sem impostos.

Lançamento: D - Caixa R$ 5.000, 00


C - Receita de Serviços R$ 5.000,00

EXERCÍCIOS

1. A forma adequada de apresentação da DRE é:

( ) Horizontal ( ) Vertical ( ) Optativa ( ) Diagonal

2. Deduções são:

( ) Ajustes ( ) Despesas ( ) Perdas ( ) Custos

3. O Reconhecimento da Receita deverá ser (de acordo com o princípio de Realização da


Receita):
( ) Na Emissão da Nota Fiscal ( ) No Recebimento do Adiantamento
( ) No Recebimento da Receita ( ) Na Transferência do Produto.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IUDICÍBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2000.

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
____________. Contabilidade Empresarial: livro de exercícios. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica – Fácil. São Paulo: Saraiva, 1991.
CAPÍTULO 3

3.1. COMO APURAR A RECEITA LÍQUIDA

Receita Bruta ( Receita Operacional Bruta )

( - ) Deduções

( = ) Receita Líquida

A Receita Líquida das Vendas e Serviços corresponde à Receita Bruta diminuída das
suas respectivas Deduções.

3.1.1. DEDUÇÕES

a) os impostos incidentes sobre Vendas e Serviços ( ISS, ICMS, IPI, PIS, COFINS);
b) as devoluções de vendas, vendas canceladas;
c) os descontos incondicionais concedidos e/ou abatimentos sobre vendas.

3.1.1.1 IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS E SERVIÇOS

São aqueles gerados no momento da venda, que guardam proporcionalidade com o preço
de venda ou dos serviços ( variam proporcionalmente à venda), assim, quanto maior for o total de
vendas, maior será o imposto. Os mais comuns são:

- (ICMS, IPI, PIS, COFINS, ISS)

3.1.1.1.1 ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de


Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações .

Segundo Neves e Viceconti (1999) o ICMS é um imposto que integra a sua própria base de
cálculo (imposto por dentro), ou seja, no preço de venda ou de compra já está embutido o valor do
ICMS que geralmente aparece destacado.

3.1.1.1.1.1 Contabilização de VENDA COM ICMS

3.1.1.1.1.1.1 ICMS SOBRE VENDAS

Em uma operação de Vendas com ICMS, as vendas devem ser contabilizadas pelo valor
total e o ICMS deve ser contabilizado à parte como Dedução (parcela redutora) da receita bruta,
para fins de apuração da Receita Líquida.

Sempre deve-se debitar o valor do ICMS destacado na conta ICMS sobre Vendas (Despesa
de ICMS) e creditar o valor a recolher na conta do Passivo ICMS a Recolher.
Exemplo (1): Venda a Prazo

Valor Bruto ............................................................... R$ 10.000,00


(=) Total da Nota Fiscal R$ 10.000,00
17 % ICMS sobre vendas Destacado R$ 1.700,00

Contabilização da Nota de Venda a Prazo acima:

2) D - Duplicatas a Receber R$ 10.000,00


C - Receita de Vendas R$ 10.000,00

3) D - ICMS sobre Vendas (Despesa de ICMS) R$ 1.700,00


C - ICMS a Recolher (Passivo) R$ 1.700,00

EXERCICIO (1) Efetue a contabilização identificando o ICMS :

Nota Fiscal de Venda a Vista

Valor Bruto ............................................................... R$ 18.000,00


(=) Total da Nota Fiscal R$ 18.000,00
17 % ICMS sobre vendas Destacado R$

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, Ângelo Crysthian. Contabilidade Básica. Curitiba: Juruá, 2006.

IUDICÍBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2000.

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
____________. Contabilidade Empresarial: livro de exercícios. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica – Fácil. São Paulo: Saraiva, 1991.

CAPÍTULO 4.
4.1. ICMS E IPI NAS VENDAS

O IPI incide sobre o valor total da operação, que compreende o preço do produto,
acrescido do valor do frete e das demais despesas acessórias cobradas ou debitadas pelo
contribuinte ao comprador ou destinatário.

O IPI sendo cobrado à parte dos preços de compra e venda, também, deve ser contabilizado
à parte dos respectivos preços.

Portanto, quando recuperável o referido tributo não constitui despesa e nem receita,
devendo ser escriturado utilizando contas patrimoniais conforme demonstrado a seguir:

NOTA FISCAL DE VENDA A PRAZO COM ICMS E IPI.

Valor Bruto Em R$ 30.000,00


( + ) IPI (10%) 3.000,00
(=) Total da Nota Fiscal 33.000,00
ICMS (17%) 5.100,00

LEMBRANDO: O ICMS é calculado sobre o Valor da Nota Fiscal menos o IPI.

Contabilização da Nota de Venda a Prazo:

2) D - Duplicatas a Receber R$ 33.000,00


C - Receita de Vendas R$ 30.000,00
C - IPI a Recolher (PASSIVO) R$ 3.000,00

3) D - ICMS sobre Vendas (Despesa de ICMS) R$ 5.100,00


C - ICMS a Recolher R$ 5.100,00

__Duplicatas a Receber ICMS a Recolher____ IPI a Recolher__


D 33.000 / C D / 5.100 C D / 3.000 C

__ICMS sobre Vendas_ Receita de Venda__ __


D 5.100 / C D / 30.000 C

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica – Fácil. São Paulo: Saraiva, 1991.
CAPÍTULO 5

5.1 PIS E COFINS NAS OPERAÇÕES DE COMPRAS E VENDAS

O Programa de Integração Social, mais conhecido como PIS/PASEP ou PIS, é uma


contribuição social de natureza tributária, devida pelas pessoas jurídicas, com objetivo de financiar
o pagamento do seguro-desemprego e do abono para os trabalhadores que ganham até dois salários
mínimos.

A alíquota do PIS é de 0,65% para as Empresas tributadas pelo Lucro Presumido ou


1,65% para as empresas tributadas pelo lucro real (a partir de 01.12.2002 - na modalidade não
cumulativa - Lei 10.637/2002) sobre a receita bruta ou 1% sobre a folha de salários, nos casos de
entidades sem fins lucrativos.

A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) é uma


contribuição federal, de natureza tributária, incidente sobre a receita bruta das empresas em geral,
destinada a financiar a seguridade social.

Sua alíquota é de 7,6% para as empresas tributadas pelo lucro real (sistemática da não-
cumulatividade) e de 3,0% para Empresas tributadas pelo Lucro Presumido.

5.1.1. BASE DE CÁLCULO - A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e


Cofins, com a incidência não-cumulativa, é o valor do faturamento mensal, assim entendido o
total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou
classificação contábil (Lei nº 10.637, de 2002, art 1º, §§ 1º e 2º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, §§
1º e 2º).

5.1.2. EXCLUSÕES OU DEDUÇÕES DA BASE DE CÁLCULO - Para fins de


determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do faturamento, quando o tenham integrado,
os valores: (Lei nº 10.637, de 2002, art 1º, §3º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, § 3º; IN SRF nº
247, de 2002, art. 24):

a. das vendas canceladas;


b. dos descontos incondicionais concedidos;
c. do IPI;
d. do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou
prestador dos serviços na condição de substituto tributário;
e. das reversões de provisões e das recuperações de créditos baixados como perdas,
que não representem ingresso de novas receitas;
f. dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio
líquido;
g. dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de
aquisição, que tenham sido computados como receita; e
h. das receitas não-operacionais, decorrentes da venda de bens do ativo permanente;
i. das receitas de revenda de bens em que a contribuição já foi recolhida pelo
substituto tributário;
j. das receitas excluídas do regime de incidência não-cumulativa, constantes do art.
10 da Lei nº 10.833, de 2003.

OBS: Para as empresas tributadas pelo regime cumulativo, todas as receitas


financeiras são tributadas de PIS e COFINS em 0,65% e 3,00 respectivamente.

Porém as empresas regidas pelo regime não-cumulativo a alíquota é zero, entretanto, a


receita financeira proveniente de juros sobre o capital próprio é onerada de PIS e COFINS em
9,25%, isto é, 1,65% de PIS e 7,60% de COFINS.
5.1.3. DESCONTO DE CRÉDITOS - Dos valores de Contribuição para o PIS/Pasep e
Cofins apurados, a pessoa jurídica submetida à incidência não-cumulativa poderá descontar
créditos, calculados mediante a aplicação das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição
para o PIS/Pasep), sobre os valores:

a. das aquisições de bens para revenda efetuadas no mês;


b. das aquisições, efetuadas no mês, de bens e serviços utilizados como insumos na
fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive
combustíveis e lubrificantes;
c. dos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado o
faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido tributada no regime de incidência
não-cumulativa;
d. das despesas e custos incorridos no mês, relativos:
1. à energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
2. a aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da
empresa;
3. a contraprestação de operações de arrendamento mercantil pagas a pessoa jurídica,
exceto quando esta for optante pelo Simples;
4. armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I e
II, quando o ônus for suportado pelo vendedor;
e. dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a
máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado adquiridos a
partir de maio de 2004, para utilização na produção de bens destinados à venda, ou na
prestação de serviços (Ver IN SRF nº 457, de 2004);
f. dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a
edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, adquiridas ou realizadas a
partir de maio de 2004, utilizados nas atividades da empresa.

OBS: O direito ao desconto de créditos de que tratam as letras e) e f) não se aplica ao


valor decorrente da reavaliação de bens e direitos do ativo permanente.

5.1.4. APURAÇÃO E PAGAMENTO - O pagamento deverá ser efetuado até o último


dia útil do 2º (segundo) decêndio subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores. efetuado
sob os códigos de receita 6912 e 5856.

5.2. PIS E COFINS NÃO CUMULATIVOS NAS OPERAÇÕES DE VENDAS

Dos valores de Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins apurados, a pessoa jurídica


submetida à incidência não-cumulativa poderá descontar créditos, calculados mediante a aplicação
das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep), sobre os valores acima
citados anteriormente com as devidas exclusões da Base de Cálculo conforme também exposto.

Vejamos um exemplo:
Elementos NOTA FISCAL SEM PIS E COFINS

AAaaaaaaa Venda a Prazo

Imposto a Recolher
AANA
Em R$

Valor Bruto 30.000,00


+ IPI (10%) 3.000,00
(=) Total da Nota Fiscal 33.000,00
ICMS (17%) 5.100,00

Se a Empresa que emitiu esta nota fosse uma Empresa tributada pelo Lucro Real, ela teria
também PIS e COFINS não cumulativos e teria os seguintes valores conforme abaixo:
Elementos NOTA FISCAL COM PIS E COFINS

Venda a Prazo

Imposto a Recolher
Em R$

Valor Bruto 30.000,00


+ IPI (10%) 3.000,00
(=) Total da Nota Fiscal 33.000,00
ICMS (17%) 5.100,00
PIS (1,65%) 495,00
COFINS (7,6%) 2.280,00

OBS: Nesta Nota Fiscal o IPI pode ser deduzido da Base de Cálculo do PIS, da COFINS
E do ICMS conforme item 5.1.2

Contabilização da Nota de Venda a Prazo:

1) D - Duplicatas a Receber R$ 33.000,00


C - Receita de Vendas R$ 30.000,00
C - IPI a Recolher (PASSIVO) R$ 3.000,00

2) D - ICMS sobre Vendas (Despesa de ICMS) R$ 5.100,00


C - ICMS a Recolher R$ 5.100,00

3) D - PIS sobre Vendas (Despesa de PIS) R$ 495,00


C - PIS a Recolher R$ 495,00

4) D - COFINS sobre Vendas (Despesa de COFINS) R$ 2.280,00


C - COFINS a Recolher R$ 2.280,00

__Duplicatas a Receber IPI A RECOLHER_ Receita de Venda__ __


D 33.000 / C D / 3.000 C D / 30.000 C

ICMS S/ VENDAS_ ICMS A RECOLHER PIS S/VENDAS


D 5.100 / C D / 5.100 C D 495 / C

PIS a Recolher __ COFINS s/VENDAS COFINS a Recolher__


D / 495 C D 2280 / C D / 2280 C

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, Ângelo Crysthian. Contabilidade Básica. Curitiba: Juruá, 2006.
CAPITULO 6

6.1 IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE SERVIÇOS

São aqueles gerados no momento da prestação do Serviço e que guardam proporcionalidade


com o preço do serviços prestado ( variam proporcionalmente ao valor cobrado), assim, quanto
maior for o total cobrado pelo serviço, maior será o imposto.

As alíquotas podem variar de acordo com a cidade, pois como este Imposto é de âmbito
MUNICIPAL ele deve ser regido pela legislação de cada município.

A Base de cálculo sempre será o valor total dos Serviços Prestados.

Exemplo (1) Nota Fiscal de Prestação de Serviço a Prazo

Valor Bruto ............................................................... R$ 10.000,00


(=) Total da Nota Fiscal R$ 10.000,00
(5%) ISS s/ Valor Total do Serviço (Nota) Prestado R$ 500,00

Contabilização da Nota de Serviço Prestado a Prazo acima:

1) D - Duplicatas a Receber R$ 10.000,00


C - Receita de Prestação de Serviço R$ 10.000,00

2) D - ISS sobre Vendas (Despesa de ISS) R$ 500,00


C - ISS a Recolher (Passivo) R$ 500,00

OBSERVAÇÃO: Para este tipo de Imposto (ISS) não existe recuperação.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, Ângelo Crysthian. Contabilidade Básica. Curitiba: Juruá, 2006.

IUDICÍBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2000.

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
____________. Contabilidade Empresarial: livro de exercícios. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica – Fácil. São Paulo: Saraiva, 1991.

CAPÍTULO 7
DESCONTOS E DEVOLUÇÕES

7.1 DESCONTOS INCONDICIONAIS

‘São parcelas redutoras dos preços de compra e venda, constante da Nota Fiscal ou da Fatura
de Serviço e não dependentes de evento posterior à emissão desses documentos” (NEVES &
VICECONTI, 1999, p 112).

7.1.1. BASE DE CÁLCULO

Segundo os autores acima, os descontos incondicionais afetam também a base de cálculo dos
tributos:

7.2 DESCONTOS CONCEDIDOS

São os descontos concedidos, no momento da venda da mercadoria, e destacados na respectiva


nota fiscal .
Exemplificando: Nota Fiscal de Venda

Valor Bruto ............................................................... R$ 6.000,00


(- ) Desconto Incondicional R$ ( 1.000,00 )
(+) IPI (10%) (1) R$ 600,00
( = ) Total da Nota Fiscal R$ 5.600,00
ICMS Destacado (18%) (2) R$ 900,00
PIS Destacado (1,65%) (2) R$ 82,50
COFINS Destacado (7,6%) (2) R$ 380,00

(1) IPI - A base de cálculo do IPI é o valor Bruto da Operação acrescido do valor do frete se
houver, ou seja no exemplo acima a Base de Cálculo será de R$ 6.000,00.

IPI - 6000 x 10% = R$ 600,00

(2) ICMS – PIS – COFINS - A base de cálculo será o total da Nota Fiscal (Valor Bruto)
menos os Descontos Incondicionais, ou seja no exemplo acima a Base de Cálculo será:

Valor Bruto - Descontos Incondicionais = R$ 6.000,00 - R$ 1.000,00 = R$ 5.000,00

ICMS - 5000 x 18% = R$ 900,00


PIS - 5000 x 1,65% = R$ 82,50
COFINS - 5000 x 7,60% = R$ 380,00

a) Registro no Livro Diário:

1) D - Duplicatas a Receber R$ 5.600,00


D - Descontos Incondicionais Concedidos R$ 1.000,00
C - Vendas Brutas R$ 6.000,00
C - IPI a Recolher R$ 600,00
2) D – ICMS s/Vendas R$ 900,00
C - ICMS a Recolher R$ 900,00

3) D - PIS s/ Vendas R$ 82,50


C - PIS a Recolher R$ 82,50

D - COFINS s/ Vendas R$ 380,00


C - COFINS a Recolher R$ 380,00

b) Razonetes

Duplicatas a Receber _Descontos Incondicionais_ __ ICMS s/ Vendas___


D 5.600 / C D 1000 / C D 900 / C

COFINS s/Vendas PIS s/Vendas __ Vendas Brutas _COFINS a Recolher


D 380 / C D 82,50 / C D / 6.000 C D / 380 C

IPI a Recolher PIS a Recolher ICMS a Recolher


D / 600 C D / 82,50 C D / 900 C

7.3. DEVOLUÇÕES DE VENDAS

As devoluções representam uma entrada de mercadorias registrada em Livro Fiscal


denominado Registro de Entradas e, nessa hipótese, haverá o crédito (direito de recuperar) do
imposto correspondente, ICMS, IPI, PIS e COFINS, pois é uma operação muito parecida com uma
operação de Compra.

Na verdade efetua-se a operação inversa da venda.

Exemplo - Nota Fiscal de Devolução de Vendas (a Prazo)

Valor Bruto .........................................................................R$ 1.000,00


(-) Descontos Incondicionais ............................................. R$ (100,00)
+ IPI (10%) ........................................................................ R$ 100,00
( = ) Total da Nota Fiscal ....................................................R$ 1.000,00
ICMS Destacado (18%) .................................................... R$ 180,00
PIS Destacado (1,65%) R$ 16,50
COFINS Destacado (7,6%) R$ 76,00

a) Contabilização:

D - Devolução de Vendas ....................................................R$ 1.000,00


D - IPI a Recuperar ..............................................................R$ 100,00
C - Descontos Incondicionais ............................................... R$ 100,00
C - Duplicata a Receber .........................................................R$ 1.000,00
OBS: O cálculo do ICMS, do PIS e da COFINS será :

Valor Bruto - Descontos = R$ 1.000,00 - R$ 100,000 = R$ 900,00.

Assim ICMS = R$ 900,00 x 18% = R$ 162,00

D - ICMS a Recolher .........................................................R$ 162,00


C - ICMS s/ Vendas (Despesa de Vendas) .........................R$ 162,00

Assim PIS = R$ 900,00 x 1,65% = R$ 14,85

D - PIS a Recolher R$ 14,85


C - PIS s/ Vendas R$ 14,85

Assim COFINS = R$ 900,00 x 7,6% = R$ 68,40

D - COFINS a Recolher R$ 68,40


C - COFINS s/ Vendas R$ 68,40

b) Razonetes

OBS: Estes razonetes são continuação do exemplo de Nota Fiscal de Venda do ítem 7.2 .

Duplicatas a Receber _Descontos Incondicionais_ __ ICMS s/ Vendas___


D 5.600 / 1.000 C D 1000 / 100 C D 900 / 162 C

COFINS s/Vendas _PIS s/Vendas_ __ Vendas Brutas


D 380 / 68,40 C D 82,50 / 14,85 C D / 6.000 C

IPI a Recolher PIS a _Recolher ICMS a Recolher


D / 600 C D 14,85 / 82,50 C D 162 / 900 C

DEVOLUÇÃO de Vendas IPI a Recuperar__ COFINS a Recolher


D 1000 / C D 100 / C D 68,40 / 380 C

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IUDICÍBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2000.

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
____________. Contabilidade Empresarial: livro de exercícios. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
CAPITULO 8

CUSTO DAS MERCADORIAS (PRODUTOS) VENDIDAS E FICHA DE ESTOQUE

8.1. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS - CMV

Mercadorias são Bens adquiridos por estabelecimentos comerciais com a finalidade de


revenda. Ao vender a mercadoria, o preço de venda é certo. Mas e quanto ao preço de custo?
Como a empresa pode determinar que a mercadoria vendida (que está no seu estoque) veio deste
ou daquele fornecedor já que os preços de compra foram diferentes?

Se a Empresa vender vários produtos diferentes, é fácil perceber que a situação se complica
ainda mais. A dificuldade reside em calcular o Custo da Mercadoria Vendida (CMV).

No caso de empresas de pequeno porte, geralmente os custos de cada venda não são
controlados devido exatamente a essas dificuldades mencionadas acima. Já empresas maiores e
mais organizadas procuram controlar os custos de cada venda, mantendo uma Ficha de Estoque
para cada mercadoria, no qual são anotadas as entradas e seu respectivo preço e as saídas, com seu
custo determinado por um dos três métodos seguintes:

a) PEPS ( Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) - Aceito no Brasil


b) UEPS ( Ultimo que Entra, Primeiro que Sai) – Não Aceito no Brasil
c) PMP (Preço Médio Ponderado) – Aceito no Brasil

Portanto, quando uma Empresa efetua uma operação de venda, devemos destacar nessa
operação dois (2) preços:

a) Preço de Venda - Preço pelo qual a mercadoria ou produto foi vendido. Este preço de
venda não deverá ser escriturado na ficha de estoque.

b) Preço de Custo – Preço pago pela mercadoria vendida, obtido por um dos três processos
de Ficha de Estoque citados acima que deverá ser registrado na coluna de saídas de ficha de
estoque, e na escrituração contábil da seguinte forma:

D - Custo da Mercadoria Vendida (CMV)


C - Estoque

Exemplo: Vamos supor que a Empresa Fictícia XYZ apresente este Balanço Inicial:

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE 0

DUPLICATAS A RECEBER R$ 1.000,00


PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ESTOQUE R$ 9.000,00 CAPITAL SOCIAL R$ 10.000,00
(18 Unidades x R$ 500,00)

TOTAL R$ 10.000,00 TOTAL R$ 10.000,00


Em seguida esta empresa fez estas duas operações:

(1) Venda a Prazo de 6 unidades em Estoque.

Valor Bruto ............................................................... R$ 6.000,00


(- ) Desconto Incondicional R$ ( 1.000,00 )
(+) IPI (10%) (1) R$ 600,00
( = ) Total da Nota Fiscal R$ 5.600,00
ICMS Destacado (18%) (2) R$ 900,00
PIS Destacado (1,65%) (2) R$ 82,50
COFINS Destacado (7,6%) (2) R$ 380,00

(1) IPI - A base de cálculo do IPI é o valor Bruto da Operação acrescido do valor do frete se
houver, ou seja no exemplo acima a Base de Cálculo será de R$ 6.000,00.

IPI - 6000 x 10% = R$ 600,00

(2) ICMS – PIS – COFINS - A base de cálculo será o total da Nota Fiscal (Valor Bruto)
menos os Descontos Incondicionais, ou seja no exemplo acima a Base de Cálculo será:

Valor Bruto - Descontos Incondicionais = R$ 6.000,00 - R$ 1.000,00 = R$ 5.000,00

ICMS - 5000 x 18% = R$ 900,00


PIS - 5000 x 1,65% = R$ 82,50
COFINS - 5000 x 7,60% = R$ 380,00

a) Registro no Livro Diário:

1) D - Duplicatas a Receber R$ 5.600,00


D - Descontos Incondicionais Concedidos R$ 1.000,00
C - Vendas Brutas R$ 6.000,00
C - IPI a Recolher R$ 600,00

2) D – ICMS s/Vendas R$ 900,00


C - ICMS a Recolher R$ 900,00

3) D - PIS s/ Vendas R$ 82,50


C - PIS a Recolher R$ 82,50

D - COFINS s/ Vendas R$ 380,00


C - COFINS a Recolher R$ 380,00

4) CMV da VENDA

D - Custo da Mercadoria Vendida (CMV) R$ 3.000,00


C - Estoque R$ 3.000,00
b) Razonetes

Duplicatas a Receber _Descontos Incondicionais_ __ ICMS s/ Vendas___


D 1.000 / C D 1000 / C D 900 / C
D 5.600 /

COFINS s/Vendas PIS s/Vendas __ Vendas Brutas _____CMV_____


D 380 / C D 82,50 / C D / 6.000 C D 3.000 / C

IPI a Recolher PIS a Recolher ICMS a Recolher


D / 600 C D / 82,50 C D / 900 C

COFINS a Recolher_ ESTOQUES_____ CAPITAL SOCIAL_


D / 380 C D 9.000 / 3000 C D / 10.000 C

8.2 CMV NAS DEVOLUÇÔES DE VENDAS

Na verdade nas devoluções de Vendas, efetua-se a operação inversa da venda, ou seja, as


mercadorias retornam ao Estoque e estorna-se o CMV, utilizando-se o lançamento abaixo:

D - Estoque
C - Custo da Mercadoria Vendida (CMV)

(2) Devolução de Vendas (a Prazo) de 1 unidade.

Valor Bruto .........................................................................R$ 1.000,00


(-) Descontos Incondicionais ............................................. R$ (100,00)
+ IPI (10%) ........................................................................ R$ 100,00
( = ) Total da Nota Fiscal ....................................................R$ 1.000,00
ICMS Destacado (18%) .................................................... R$ 180,00
PIS Destacado (1,65%) R$ 16,50
COFINS Destacado (7,6%) R$ 76,00

a) Contabilização:

D - Devolução de Vendas ....................................................R$ 1.000,00


D - IPI a Recuperar ..............................................................R$ 100,00
C - Descontos Incondicionais ............................................... R$ 100,00
C - Duplicata a Receber .........................................................R$ 1.000,00

OBS: O cálculo do ICMS, do PIS e da COFINS será :

Valor Bruto - Descontos = R$ 1.000,00 - R$ 100,000 = R$ 900,00.

Assim ICMS = R$ 900,00 x 18% = R$ 162,00


D - ICMS a Recolher .........................................................R$ 162,00
C - ICMS s/ Vendas (Despesa de Vendas) .........................R$ 162,00

Assim PIS = R$ 900,00 x 1,65% = R$ 14,85

D - PIS a Recolher R$ 14,85


C - PIS s/ Vendas R$ 14,85

Assim COFINS = R$ 900,00 x 7,6% = R$ 68,40

D - COFINS a Recolher R$ 68,40


C - COFINS s/ Vendas R$ 68,40

CMV da DEVOLUÇÃO

D - Estoque R$ 500,00
C - Custo da Mercadoria Vendida (CMV) R$ 500,00

b) Razonetes

Duplicatas a Receber _Descontos Incondicionais_ __ ICMS s/ Vendas___


D 1.000 / 1.000 C D 1000 / 100 C D 900 / 162 C
D 5.600 /

COFINS s/Vendas _PIS s/Vendas_ __ Vendas Brutas


D 380 / 68,40 C D 82,50 / 14,85 C D / 6.000 C

IPI a Recolher PIS a _Recolher ICMS a Recolher


D / 600 C D 14,85 / 82,50 C D 162 / 900 C

DEVOLUÇÃO de Vendas IPI a Recuperar__ COFINS a Recolher


D 1000 / C D 100 / C D 68,40 / 380 C

ESTOQUES_____ CAPITAL SOCIAL_ ______CMV____


D 9.000 / 3.000 C D / 10.000 C D 3.000/ 500 C
D 500 /

8.3 CÁLCULO DO CMV ATRAVÉS DA FICHA DE ESTOQUE

Como anteriormente comentado, empresas maiores e mais organizadas procuram controlar


os custos de cada venda, mantendo uma Ficha de Estoque para cada mercadoria, no qual
são anotadas as entradas e seu respectivo preço e as saídas, com seu custo determinado por
um dos dois métodos PEPS ou Preço Médio.

Este tipo de controle de Estoque é denominado INVENTÁRIO PERMANENTE.

Na Ficha de Controle de Estoque o Registro das Compras deverá ser efetuado na coluna de
Entradas. Esta coluna de Entradas portanto representará o valor das Mercadorias em Estoque sem
os Impostos recuperáveis da Empresa (ICMS, PIS, COFINS, etc).
E na coluna de Saídas da Ficha de Estoque deverá ser efetuado o Registro das Vendas pelo
preço de custo obtido por um dos métodos acima citados.

Exemplo de Ficha de Estoque:

FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE


DATA ENTRADAS SAIDAS SALDO

Quantidade Valor Valor Quantidade Valor Valor Quantidade Valor Valor


Unitário Total Unitário Total Unitário Total

CASO PRÁTICO: CONTROLE DE ESTOQUE pelo MÉTODO PMP (PREÇO MÉDIO)


e pelo PEPS.

Dia 01/03/07 - Compra a vista de 1000 Unidades de Lápis por R$ 0,20 centavos cada com
inclusão de (ICMS 17%) = 1.000 x R$ 0,20 = Valor Total R$ 200,00 (ICMS 17% = R$
34,00).

Lançamento: D - Estoque R$ 166,00


D - Icms a Recuperar R$ 34,00
C - Caixa R$ 200,00

Dia 02/03/07 - Compra de 1000 Unidades de Lápis por R$ 0,25 centavos cada com inclusão de
(ICMS 17%) = 1.000 x R$ 0,25 = Valor Total R$ 250,00 (ICMS 17% = R$ 42,50)

Lançamento: D - Estoque R$ 207,50


D - Icms a Recuperar R$ 42,50
C - Caixa R$ 250,00

Dia 01/04/07 - Venda de 500 Unidades de Lápis por R$ 1,00 cada com inclusão de (ICMS
17%) = 500 x R$ 1,00 = R$ 500,00 + (ICMS 17% ) R$ 85,00 = Valor Total R$ 585,00

FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MÉTODO PEPS


DATA ENTRADAS SAIDAS SALDO

Quantidade Valor Valor Quantidade Valor Valor Quantidade Valor Valor


Unitário Total Unitário Total Unitário Total
01/03/07 1000 0,166 166 1000 0,166 166
02/03/07 1000 0,2075 207,50 1000 0,166 166
1000 0,2075 207,50
01/04/07 500 0,166 83 500 0,166 83
1000 0,2075 207,50

Obs: Primeiro que Entra, primeiro que sai, então por este método, na coluna de saídas foram dadas
baixas (saídas) das mercadorias pelo preço de custo das primeiras mercadorias
adquiridas no dia 01/03/07 a R$ 0,20 cada.
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MÉTODO PMP (PREÇO MÉDIO)
DATA ENTRADAS SAIDAS SALDO

Quantidade Valor Valor Quantidade Valor Valor Quantidade Valor Valor


Unitário Total Unitário Total Unitário Total
01/03/07 1000 0,166 166 1000 0,166 166
02/03/07 1000 0,2075 207,50 2000 0,18675 373,50

01/04/07 500 0,18675 93,375 1.500 0,18675 280,125

Obs: Para identificarmos o Valor Unitário do Saldo do dia 02/03/2007 pelo PMP efetuamos o
seguinte cálculo:

Divide-se a soma dos Totais das Entradas pela soma das Quantidades das Entrada de
cada dia

Ou seja: Soma dos Valor Total das Entradas - 166 + 207,50 = 373,50
Soma das Quantidades de Entradas - 1000 + 1000 = 2.000

Valor Unitário do Dia 02/03 = 373,50/2000 = 0,18675

Contabilização: Os lançamentos de CMV referentes as operações anteriores ficariam:

Pelo Método PEPS

D - Custo da Mercadoria Vendida (CMV) - R$ 83,00


C - Estoque - R$ 83,00

Pelo Método PMP

D - Custo da Mercadoria Vendida (CMV) - R$ 93,375


C - Estoque - R$ 93,375

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