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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
LAGES
2008
CAPÍTULO I
a) Positivo ou Lucro - ocorre quando o valor das Receitas é superior ao valor das Despesas;
b) Negativo ou Prejuízo - ocorre quando o valor das Receitas é inferior ao valor das
Despesas;
c) Nulo - ocorre quando o valor das Receitas é igual ao valor das Despesas.
As Contas de Resultado só aparecem durante o exercício social, sendo que estas contas de
resultado devem ser obrigatoriamente encerradas no final do exercício, pois não fazem parte
do Balanço Patrimonial.
Dividem-se em:
- Contas de Receitas
- Contas de Despesas e de Custos.
Estudou-se em capítulos anteriores, que o exercício social terá duração de um ano e no seu
final deve-se apurar o seu resultado, isto é, se naquele exercício a empresa obteve lucro ou
prejuízo.
Assim, em cada final de período ou exercício contábil, todas as contas de Receitas e todas
as contas de Despesas e Custos são encerradas tendo como contrapartida a Conta APURAÇÃO
DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (ARE).
1.2.1. RECEITAS - são entradas de elementos para o Ativo da empresa, na forma de bens ou
direitos que sempre provocam um aumento da situação líquida, ou seja, acréscimo no valor do
Patrimônio Líquido.
ESQUEMA
1.2.2 DESPESAS - são gastos incorridos para, direta ou indiretamente, gerar receitas. As
despesas podem diminuir o Ativo e/ou aumentar o Passivo Exigível de uma empresa, mas sempre
provocam diminuições na Situação Líquida, ou seja Reduções no Patrimônio Líquido.
ESQUEMA
DESPESAS ( - ) ATIVO e / ou
+ Passivo Exigível
( - ) PL / SL
1.2.3 CUSTOS – idem ao anterior. Entretanto a distinção entre custo e despesa, poderá ser
resumida da seguinte forma:
• Despesa - são gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e
consumidos com a finalidade de obtenção de receitas.
• Custos - são gastos relacionados à atividade de produção, ou seja, são relativos a bens ou
serviços utilizados na produção de outros bens e serviços.
ESQUEMA
CUSTO ( - ) ATIVO e / ou
+ Passivo Exigível
( - ) PL / SL
.................................................................................................................................
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IUDICÍBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2000.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
____________. Contabilidade Empresarial: livro de exercícios. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica – Fácil. São Paulo: Saraiva, 1991.
CAPÍTULO 2
2. DEMONSTRAÇÀO DEDUTIVA
A DRE pode ser simples para micro ou pequenas empresas que não requeiram dados
minuciosos para avaliações, como são os casos dos bares, farmácias, mercearias, etc, e a completa,
exigida por lei, fornecendo dados pormenorizados para a tomada de decisão: grupos de despesas,
vários tipos de lucros, destaques dos impostos, etc.
Receita V Receita
( - ) Despesa___ E (-) Deduções
Lucro ou Prejuízo R (-) Custos
T (-) Despesas
I (-) .................
C
A
L _______________
Lucro ou prejuízo
1. RECEITA BRUTA
2. RECEITA LÍQUIDA
3. LUCRO BRUTO (OU PREJUÍZO)
4. LUCRO OPERACIONAL (OU PREJUÍZO)
5. LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (OU PREJUÍZO)
6. LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA ( OU PREJUÍZO)
7. LUCRO LÍQUIDO
Receita Bruta Total Geral das Vendas de Produtos ou Serviços
( = ) Receita Líquida
( - ) Custos do Período ---- São somente os gastos da fábrica (gastos de produção), incluindo
matéria-prima, mão-de-obra, depreciação de bens da fábrica,
aluguel da fábrica, energia elétrica da fábrica, etc.
( = ) Lucro Bruto
( = ) Lucro Operacional
( = ) Lucro Líquido
Normalmente, nas Receitas Brutas estão inclusos os impostos incidentes sobre vendas
cobrados do comprador (os quais pertencem ao governo), posteriormente destas Receitas deverão
ser subtraídas as devoluções (vendas canceladas) de mercadorias (ou produtos) e os descontos
concedidos incondicionalmente (abatimentos) das vendas de mercadorias (ou serviços) em
desacordo com os pedidos ocorridos no período.
No Lançamento deve-se debitar o valor da venda na conta Caixa se a venda for a vista ou
Duplicatas a Receber se a venda for a prazo e creditar a conta Receita de Vendas e/ou de
Serviços.
Exemplo (2) : A Empresa 3.Fase vendeu 10 cadeiras por R$ 300,00 cada uma, sem impostos, a
prazo, para a Empresa XYZ no dia 10/02/2009.
Exemplo (3) : A Empresa 3.Fase vendeu 10 cadeiras por R$ 250,00 cada uma, sem impostos,
sendo recebido 50% do valor a vista e 50% do valor será recebido a prazo da Empresa XYZ
no dia 10/02/2009.
Exemplo (4) : A Empresa 3.Fase prestou serviço de Auditoria para a Empresa XYZ no dia
10/02/2009 e recebeu a vista pelo serviço R$ 5.000,00, sem impostos.
EXERCÍCIOS
2. Deduções são:
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IUDICÍBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2000.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
____________. Contabilidade Empresarial: livro de exercícios. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica – Fácil. São Paulo: Saraiva, 1991.
CAPÍTULO 3
( - ) Deduções
( = ) Receita Líquida
A Receita Líquida das Vendas e Serviços corresponde à Receita Bruta diminuída das
suas respectivas Deduções.
3.1.1. DEDUÇÕES
a) os impostos incidentes sobre Vendas e Serviços ( ISS, ICMS, IPI, PIS, COFINS);
b) as devoluções de vendas, vendas canceladas;
c) os descontos incondicionais concedidos e/ou abatimentos sobre vendas.
São aqueles gerados no momento da venda, que guardam proporcionalidade com o preço
de venda ou dos serviços ( variam proporcionalmente à venda), assim, quanto maior for o total de
vendas, maior será o imposto. Os mais comuns são:
Segundo Neves e Viceconti (1999) o ICMS é um imposto que integra a sua própria base de
cálculo (imposto por dentro), ou seja, no preço de venda ou de compra já está embutido o valor do
ICMS que geralmente aparece destacado.
Em uma operação de Vendas com ICMS, as vendas devem ser contabilizadas pelo valor
total e o ICMS deve ser contabilizado à parte como Dedução (parcela redutora) da receita bruta,
para fins de apuração da Receita Líquida.
Sempre deve-se debitar o valor do ICMS destacado na conta ICMS sobre Vendas (Despesa
de ICMS) e creditar o valor a recolher na conta do Passivo ICMS a Recolher.
Exemplo (1): Venda a Prazo
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IUDICÍBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2000.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
____________. Contabilidade Empresarial: livro de exercícios. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica – Fácil. São Paulo: Saraiva, 1991.
CAPÍTULO 4.
4.1. ICMS E IPI NAS VENDAS
O IPI incide sobre o valor total da operação, que compreende o preço do produto,
acrescido do valor do frete e das demais despesas acessórias cobradas ou debitadas pelo
contribuinte ao comprador ou destinatário.
O IPI sendo cobrado à parte dos preços de compra e venda, também, deve ser contabilizado
à parte dos respectivos preços.
Portanto, quando recuperável o referido tributo não constitui despesa e nem receita,
devendo ser escriturado utilizando contas patrimoniais conforme demonstrado a seguir:
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica – Fácil. São Paulo: Saraiva, 1991.
CAPÍTULO 5
Sua alíquota é de 7,6% para as empresas tributadas pelo lucro real (sistemática da não-
cumulatividade) e de 3,0% para Empresas tributadas pelo Lucro Presumido.
Vejamos um exemplo:
Elementos NOTA FISCAL SEM PIS E COFINS
Imposto a Recolher
AANA
Em R$
Se a Empresa que emitiu esta nota fosse uma Empresa tributada pelo Lucro Real, ela teria
também PIS e COFINS não cumulativos e teria os seguintes valores conforme abaixo:
Elementos NOTA FISCAL COM PIS E COFINS
Venda a Prazo
Imposto a Recolher
Em R$
OBS: Nesta Nota Fiscal o IPI pode ser deduzido da Base de Cálculo do PIS, da COFINS
E do ICMS conforme item 5.1.2
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, Ângelo Crysthian. Contabilidade Básica. Curitiba: Juruá, 2006.
CAPITULO 6
As alíquotas podem variar de acordo com a cidade, pois como este Imposto é de âmbito
MUNICIPAL ele deve ser regido pela legislação de cada município.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IUDICÍBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2000.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
____________. Contabilidade Empresarial: livro de exercícios. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica – Fácil. São Paulo: Saraiva, 1991.
CAPÍTULO 7
DESCONTOS E DEVOLUÇÕES
‘São parcelas redutoras dos preços de compra e venda, constante da Nota Fiscal ou da Fatura
de Serviço e não dependentes de evento posterior à emissão desses documentos” (NEVES &
VICECONTI, 1999, p 112).
Segundo os autores acima, os descontos incondicionais afetam também a base de cálculo dos
tributos:
(1) IPI - A base de cálculo do IPI é o valor Bruto da Operação acrescido do valor do frete se
houver, ou seja no exemplo acima a Base de Cálculo será de R$ 6.000,00.
(2) ICMS – PIS – COFINS - A base de cálculo será o total da Nota Fiscal (Valor Bruto)
menos os Descontos Incondicionais, ou seja no exemplo acima a Base de Cálculo será:
b) Razonetes
a) Contabilização:
b) Razonetes
OBS: Estes razonetes são continuação do exemplo de Nota Fiscal de Venda do ítem 7.2 .
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IUDICÍBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2000.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
____________. Contabilidade Empresarial: livro de exercícios. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
CAPITULO 8
Se a Empresa vender vários produtos diferentes, é fácil perceber que a situação se complica
ainda mais. A dificuldade reside em calcular o Custo da Mercadoria Vendida (CMV).
No caso de empresas de pequeno porte, geralmente os custos de cada venda não são
controlados devido exatamente a essas dificuldades mencionadas acima. Já empresas maiores e
mais organizadas procuram controlar os custos de cada venda, mantendo uma Ficha de Estoque
para cada mercadoria, no qual são anotadas as entradas e seu respectivo preço e as saídas, com seu
custo determinado por um dos três métodos seguintes:
Portanto, quando uma Empresa efetua uma operação de venda, devemos destacar nessa
operação dois (2) preços:
a) Preço de Venda - Preço pelo qual a mercadoria ou produto foi vendido. Este preço de
venda não deverá ser escriturado na ficha de estoque.
b) Preço de Custo – Preço pago pela mercadoria vendida, obtido por um dos três processos
de Ficha de Estoque citados acima que deverá ser registrado na coluna de saídas de ficha de
estoque, e na escrituração contábil da seguinte forma:
Exemplo: Vamos supor que a Empresa Fictícia XYZ apresente este Balanço Inicial:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE 0
(1) IPI - A base de cálculo do IPI é o valor Bruto da Operação acrescido do valor do frete se
houver, ou seja no exemplo acima a Base de Cálculo será de R$ 6.000,00.
(2) ICMS – PIS – COFINS - A base de cálculo será o total da Nota Fiscal (Valor Bruto)
menos os Descontos Incondicionais, ou seja no exemplo acima a Base de Cálculo será:
4) CMV da VENDA
D - Estoque
C - Custo da Mercadoria Vendida (CMV)
a) Contabilização:
CMV da DEVOLUÇÃO
D - Estoque R$ 500,00
C - Custo da Mercadoria Vendida (CMV) R$ 500,00
b) Razonetes
Na Ficha de Controle de Estoque o Registro das Compras deverá ser efetuado na coluna de
Entradas. Esta coluna de Entradas portanto representará o valor das Mercadorias em Estoque sem
os Impostos recuperáveis da Empresa (ICMS, PIS, COFINS, etc).
E na coluna de Saídas da Ficha de Estoque deverá ser efetuado o Registro das Vendas pelo
preço de custo obtido por um dos métodos acima citados.
Dia 01/03/07 - Compra a vista de 1000 Unidades de Lápis por R$ 0,20 centavos cada com
inclusão de (ICMS 17%) = 1.000 x R$ 0,20 = Valor Total R$ 200,00 (ICMS 17% = R$
34,00).
Dia 02/03/07 - Compra de 1000 Unidades de Lápis por R$ 0,25 centavos cada com inclusão de
(ICMS 17%) = 1.000 x R$ 0,25 = Valor Total R$ 250,00 (ICMS 17% = R$ 42,50)
Dia 01/04/07 - Venda de 500 Unidades de Lápis por R$ 1,00 cada com inclusão de (ICMS
17%) = 500 x R$ 1,00 = R$ 500,00 + (ICMS 17% ) R$ 85,00 = Valor Total R$ 585,00
Obs: Primeiro que Entra, primeiro que sai, então por este método, na coluna de saídas foram dadas
baixas (saídas) das mercadorias pelo preço de custo das primeiras mercadorias
adquiridas no dia 01/03/07 a R$ 0,20 cada.
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MÉTODO PMP (PREÇO MÉDIO)
DATA ENTRADAS SAIDAS SALDO
Obs: Para identificarmos o Valor Unitário do Saldo do dia 02/03/2007 pelo PMP efetuamos o
seguinte cálculo:
Divide-se a soma dos Totais das Entradas pela soma das Quantidades das Entrada de
cada dia
Ou seja: Soma dos Valor Total das Entradas - 166 + 207,50 = 373,50
Soma das Quantidades de Entradas - 1000 + 1000 = 2.000