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casas pré-moldadas
Apesar da praticidade, as garrafas PET representam um grave problema
ambiental, já que o resíduo pode levar séculos para se decompor na natureza. O
efeito ainda se multiplica se não é dada a destinação correta, para reciclagem e
reaproveitamento.
A criatividade pode ser uma excelente saída para resolver impasses ambientais
como os causados por produtos como este. O uso dessas garrafas está se
multiplicando sobretudo no artesanato, principalmente na época de Natal. Em
vários lugares do país, podem ser vistas árvores de Natal inteiramente
confeccionadas com as garrafas.
Segundo ela, as garrafas já estão começando a ter um valor no mercado, mas ainda representam problemas
para o meio ambiente, por seu elevado tempo de decomposição. “Grande parte ainda é jogado em rios e aterros
sanitários”, diz. Em sua tese, ela destaca números a revelarem que anualmente cerca de 500 milhões de
garrafas se transformam em toneladas de lixo, capazes de entupir bueiros, bloquear galerias pluviais e cobrir
aterros sanitários.
Os tijolos tradicionais podem agredir o meio ambiente, pois exigem a retirada de recursos naturais. Segundo a
arquiteta, os tijolos de garrafa pet além de não exigirem esses recursos, dão um destino ambientalmente correto
ao material. “Reduz a poluição e a retirada dos recursos naturais”, reforça.
Apesar das vantagens, o produto ainda não está sendo comercializado. O trabalho do mestrado está em fase de
desenvolvimento e depende de testes. “A idéia é difundir para a comunidade a possibilidade de substituir os
tijolos, para que procurem os painéis para a fabricação das casas", explica Thaís.
As instalações hidráulicas e elétricas são facilitadas nesse modelo. Diferente das casas comuns de concreto,
que precisam ter as paredes quebradas, as canalizações e dutos são embutidos antes da finalização.
Thaís é autora também de outro projeto relacionado à reciclagem. A Recicleta é um veículo adaptado,
semelhante à uma bicicleta, com um suporte para transporte do material. Ela diz que essa não é uma idéia nova
e que a própria comunidade, em geral criativa, já improvisa seus meios de transporte adaptados. Segundo ela, o
veículo poderia ser fabricado para distribuição aos recicladores.
O veículo possui acoplado um amassador de latas que permite uma redução de até 80% do volume do material
coletado. Com divisórias móveis, o material pode ser separado sem chegar a se misturar. Por enquanto, o
projeto está parado, pois Thaís se dedica ao mestrado e à casa de tijolos de garrafas pet.