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MÃE; Eu sou uma dona de casa. Você sabe o que isso significa? Lavar, passar, cozinhar,
arrumar... É uma rotina que nunca tem fim. Todos os dias as mesmas tarefas, a mesma
luta. Muitas vezes o meu marido e meus filhos nem se dão conta do trabalho que tenho. O
pior é que vivem reclamando disso, ou daquilo. Às vezes quando alguém me pergunta no
momento de preencher uma ficha, ou quando sou apresentada a alguém: em que você
trabalha? Tenho vergonha de responder que sou apenas uma dona-de-casa. Eu gostaria
que tudo fosse diferente. Gostaria que reconhecessem a importância do que faço e sentir-
me realizada.
NARRADOR: Querida mãe dona de casa. Você fala como se estivesse sentindo alguma
inferioridade em relação às mulheres que trabalham fora. Nada justifica essa atitude.
Você pode viver feliz e realizada como esposa, mãe e dona de casa sem nunca trabalhar
fora. Seu trabalho é tão importante, digno e bonito como qualquer outro. Deus não se
esquece do trabalho que você realiza com amor e que beneficia a todos em sua casa. Em
Hb 6.l0, lemos: “Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho”. Isso é o
mais importante, e vale também para você. Um dia você receberá a recompensa. Por
outro lado, é muito importante que o marido e os filhos aprendam a reconhecer e
valorizar a muitas tarefas que a dona de casa realiza todos os dias. Se tivessem que
substitui-la por um só dia, certamente iriam trocar as reclamações por elogios. O
reconhecimento e a gratidão pelas suas virtudes é o mínimo que devemos fazer.
MÃE: Sou uma mulher com dupla jornada de trabalho. Sou dona de casa, mas também
trabalho fora por necessidade, para ajudar no orçamento familiar, pois o salário do meu
marido não é o suficiente para cobrir as despesas. Há contudo, uma questão que gera
problemas dentro do meu lar: as responsabilidades dentro da casa . Às vezes sinto-me
cansada e temo que minha saúde seja prejudicada com tantos afazeres.
NARRADOR: Este é um quadro muito comum em grande parte de nossos lares. Esta
sobrecarga você mãe recebe pelas muitas funções, precisa ser discutida com todos os
membros da família. As funções de cada membro precisa ser discutida com todos os
membros da família. As funções de cada membro precisam ser redefinidas, isto é, todos
devem assumir tarefas e responsabilidades. Os filhos devem receber funções de acordo
com sua idade e seu nível de desenvolvimento. Não é vergonhoso em o homem ajudar
nos afazeres domésticos. Pelo contrário, ao ajudar a esposa, o marido está obedecendo a
palavra de Deus que diz em Gl 6.2: “AJUDEM UNS AOS OUTROS E ASSIM
ESTARÃO OBEDECENDO A LEI DE CRISTO.” Uma divisão cooperativa de funções é
a melhor maneira de repartir os trabalhos do dia-a-dia, para que nenhum dos membros
fique por demais sobrecarregado.
MÃE: Eu sou mãe e tenho também uma profissão. Mas algo me incomoda bastante. Ser
ao mesmo tempo uma boa profissional e uma boa mãe. Conciliar totalmente o trabalho
fora de casa com o trabalho fora de casa com o trabalho de dona de casa é bastante
difícil, principalmente no que diz respeito aos filhos. Para criá-los bem, é preciso estar
com eles, dando carinho, amor e atenção. Eu sei disso, contudo, pelo fato de dedicar-me
mais a minha profissão, sou obrigada a deixá-los com outras pessoas que mesmo quando
se esforçam, jamais conseguem substituir a mãe de forma ideal. Às vezes pergunto
angustiada: será que vale a pena proceder assim? Será que existe algum auxílio para
mim?
MÃE: Meu filho nunca me obedece; é agressivo, preguiçoso e só anda na rua. É mau
aluno e está sempre a brigar com a irmã, colegas e vizinhos. Meus marido trabalha muito
e nunca tem tempo para estar em casa quando está, brigamos muito e ele só reclama de
mim e dos filhos. Minha filha não me respeita, apesar de ganhar tudo o que ela quer; sai
muito com amigos que a estão levando para o mau caminho. Passamos pouco tempo
juntos em casa.Quase não conversamos; é cada um para o seu lado. Nossa casa nem
parece um lar.
ANEXO 2
E a jovem mãe sentia-se tão feliz que não podia crer na possibilidade de dias melhores
do que o presente. Então, brincava com os filhinhos, colhia-lhes flores ao longo do
caminho, banhava-se com eles nas águas límpidas dos regatos; e o sol brilhava sobre eles;
a vida era boa; e a jovem mãe exclamou: “Nada haverá mais belo, mais encantador do
que isto”.
Desceu, então a noite; desabou o temporal; a estrada era escura; os filhos, tremendo de
frio e medo. A mãe, aconchegando-se a si, agasalhou-os com seu manto. As crianças,
protegidas, murmuravam: “Ó mamãe, nada mais temeremos, pois estás conosco, e mal
algum nos pode sobreviver”. E a mãe exclamou: “Isto é valioso que o esplendor do dia,
pois ensinei meus filhos a serem corajosos.”
Raiou a manhã seguinte. Eis uma montanha à frente. Começaram a subir. Os filhos
sentiam-se cansados; a mãe sentia-se cansada também, mas animava-os a todo instante,
dizendo-lhes: “Um pouco de paciência e chegaremos ao alto”. Assim, as crianças iam
subindo, subindo... e ao chegar ao topo da montanha, disseram: “Não poderíamos subir e
vencer sem auxílio, mamãe.” E a mãe, ao ditar-se aquela noite, contemplando as estrelas,
exclamou: “O dia de hoje foi melhor do que de ontem, pois meus filhos adquiriram força
em frase das dificuldades. Ontem, dei-lhes coragem; hoje dei-lhes vigor.”
E o dia seguinte raiou com estranhas nuvens que escureciam a terra - nuvens de guerra,
ódio e pecado. Os filhos, caminhando às apalpadelas , tropeçavam. A mãe animava-os:
“Olhem para cima; levantem o olhar para a luz’’. E eles, erguendo os olhos, divisaram,
além das nuvens, uma Glória Eterna que os guiou e os protegeu na jornada através da
escuridão. E, ao findar aquele dia, exclamou a mãe: “Este foi o melhor de todos os dias,
pois hoje revelei Deus aos meus filhos.”
Iam-se passando os dias, as semanas, os meses, os anos... E aquela mãe chegou a velhice.
Ela sentia-se definhada, curvada sob o peso dos anos. Mas seus filhos estavam crescidos,
fortes, cheios de coragem. E quando a estrada se tornava difícil, eles a auxiliavam;
quando o caminho era áspero e pedregoso, tomavam-na nos braços, pois era delicada
como uma pena. Depois de algum tempo chegaram a uma colina, e além dessa colina
distinguiram uma estrada brilhante, terminada por largos portões dourados.
E a mãe exclamou: “Cheguei ao fim da jornada. Agora eu sei que o fim é melhor do que
o princípio, pois meus filhos podem andar sozinhos, e seus filhos depois deles”.
E os filhos lhe disseram: Tu andarás sempre conosco, mamãe, mesmo depois de haveres
atravessado os portões.”
E eles esperaram, vigiando-a enquanto seguia sozinha, até que os portões se fecharam.
Então exclamaram: “Nós não podemos ver, porém ela ainda está conosco. Uma mãe
como a nossa é mais do que uma memória. Ela é uma presença viva.”