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Como começar um negócio sem dinheiro

Confira dicas de especialistas para quem quer


empreender com pouco recursos

São Paulo - De boas ideias, o mundo do empreendedorismo está cheio. O grande


desafio é tirá-las do papel. E o maior vilão desta equação costuma ser sempre o mesmo:
a falta de dinheiro. Mas é possível abrir um negócio com nenhum (ou quase nenhum)
dinheiro? A melhor resposta é: sim e não. A prática mostra que não é impossível, mas é
muito difícil.

“É possível abrir qualquer negócio com praticamente nenhum dinheiro, mas as


possibilidades de ser um bom negócio são mais reduzidas”, opina Marcelo Aidar, co-
responsável pelo Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV. “Quanto
maior a barreira de entrada, maior a possibilidade de crescimento do negócio. Se é fácil
entrar, você inevitavelmente terá muitos concorrentes”, justifica o professor.

Por outro lado, a escassez de recursos pode ser um importante combustível para a
inovação. “Excesso de recurso nunca foi muito bom, porque não deixa a criatividade
florescer”, pondera Aidar.

Confira a seguir algumas dicas para quem quer se arriscar em uma empreitada com
pouco dinheiro:

1. Prepare-se para empreender

Antes de embarcar em um projeto de alto risco, esteja certo de que você tem recursos
suficientes para manter ao menos suas despesas pessoais até que o negócio vingue. Se
você não tem um a boa poupança, comece desenvolver sua ideia em paralelo ao
emprego atual. Além disso, certifique-se de que o seu negócio realmente tem potencial
para dar certo. Pesquise muito bem o segmento, converse com outros empresários do
ramo e identifique o seu potencial diferencial. “Você tem que compensar a falta de
recursos de outras maneiras. Tem que ser um negócio que você conhece muito bem ou
algo muito inovador”, destaca Aidar.

2. Empreenda com o dinheiro dos outros

Se você tem uma ideia realmente boa, o primeiro passo é tentar vendê-la para alguém.
“Transforme a oportunidade que você identificou em um discurso de venda adequado
para atrair pessoas que tenham dinheiro”, aconselha José Dornelas, especialista em
empreendedorismo e autor do livro “Empreenda (quase) sem dinheiro”, da Editora
Saraiva. Se sua ideia é realmente inovadora, você pode buscar recursos de subvenção
econômica do governo ou mesmo ir atrás de um investidor. Se o negócio não é
disruptivo, mas tem um bom potencial de lucro, encontrar um sócio entre pessoas do
seu convívio – amigos, parentes e até conhecidos – pode ser uma saída.

“Sempre procure capital de terceiros. Se você não encontrar, é um sinal de que talvez o
seu negócio não seja tão bom”, recomenda Evandro Paes dos Reis, professor de
Empreendedorismo e Inovação da BSP (Business School São Paulo). Seja qual for o
modelo de sociedade escolhido, é importante criar regras claras quanto à participação de
cada sócio tanto na distribuição dos lucros futuros quanto no dia-a-dia do negócio para
não sair perdendo no final. “O empreendedor não pode virar um empregado de luxo do
investidor”, destaca Reis.

2. Faça parcerias estratégicas

Se sua idéia é realmente boa, você pode convencer fornecedores e clientes a apostarem
nela junto com você. Mais uma vez, seu discurso de venda terá que ser matador.
Convença seus fornecedores e colaboradores a correr riscos junto com você – se eles
enxergarem potencial de sucesso na sua ideia, podem concordar em receber o
pagamento mais para frente ou até trocar seus serviços por uma participação no negócio.
A lógica é a mesma para o cliente. “Além de preços diferenciados, a possibilidade de ter
exclusividade em um determinado serviço ou produto pode ser um atrativo”, ressalta
Aidar.

Fonte: Exame.com

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