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Mestrado Integrado em Engenharia

Metalúrgica e de Materiais
Ensaio dos Materiais
Nome: Angelo Kanitar Castro
2º ano
Março de 2011
Ensaios dos Materiais FEUP

Relatório da Aula Prática 28/02

Resumo:

Visitámos, no âmbito da disciplina Ensaios dos Materiais, os laboratórios no


departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) para conhecermos máquinas que
iriam realizar os ensaios que vamos abordar ao longo do semestre.
Conhecemos neste dia o durómetro, a prensa universal, o pêndulo, entre
outros. Neste pequeno relatório decidi apenas abordar o durómetro e a prensa
universal.

1) Durómetro:
Tem como finalidade medir a dureza (resistência do material à
penetração de um corpo mais duro) dos materiais.
Para utilizar o durómetro em primeiro lugar temos que preparar a nossa
amostra (para um ensaio de macrodureza não é necessário usar
abrasivos muito finos, portanto uma lixa 600 é suficiente), é preciso
termos uma superfície plana e livre da presença de óxidos e ter
connosco as normas dos ensaios que vamos praticar.
Como foi referido anteriormente, o durómetro vai medir a dureza do
material, no entanto existem diversos tipos de ensaios para medir esta
propriedade sendo o resultado final dependente do tipo de ensaio
usado.
No durómetro presente no departamento da FEUP, é possível aplicar
cargas de 153,2N até 2450N, e é possível realizar os ensaios de dureza
Vickers, Rockwell B e Rockwell C, Brinell.
 Ensaio de dureza Vickers (HV): Este ensaio é designado como o
ensaio universal, pois é indicado tanto como para materiais
macios como para duros. Utiliza um identador (corpo que
penetra no material) que é uma pirâmide de diamante de base
quadrada (muito caro). Aplica sobre o material cargas que
podem variar entre 5 e 100 Kgf (NP711/1990).
 Ensaio de dureza Brinnel (HB): Este ensaio é adequado para
materiais mais macios, portanto como identador utilizamos uma
esfera de aço (HBS) ou então uma esfera de tungstênio (HBW). A
carga neste ensaio é escolhida conforme a esfera que é utizada.
No final do ensaio medimos a calote que é feita no material.
Exemplo: 150 HBS . 10 /3000, este resultado nos indica que para
a realização do ensaio utilizamos uma esfera de aço de 10mm e
que a carga total máxima aplicada foi de 3000 Kgf.
 Ensaio de dureza Rockwell B (HRB): Utiliza como identador uma
esfera de aço, logo é indicado para materiais menos duros .

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Ensaios dos Materiais FEUP

Neste ensaio não é necessário medir as calotes produzidas no


material.
 Ensaio de dureza Rockwell C (HRC): Utiliza como identador um
cone de diamante, logo este ensaio é indicado para materiais
mais duros . Neste ensaio, assim como o Rockwell B, também
não é necessário medir as calotes produzidas no material.

É muito importante salientar que os resultados dos ensaios de


macrodureza devem ser arredondados às unidades.

No departamento também existe um aparelho que nos permite realizar


ensaios de microdureza. Temos um durómetro ligado a um software ,
que nos dá informação sobre a dureza não do material no seu total,
mas sim de apenas um determinado constituinte. Para este ensaio
utilizamos cargas mais baixas que variam entre 2 Kgf a 10 Kgf. A nossa
amostra deve passar pelo processo de montagem antes de ser analisada
neste tipo de durómetro, ou seja deve estar em uma base de resina.

2) Prensa Universal: Tem como finalidade realizar ensaios de tracção e


compressão. A aplicação lenta da tensão é indicada no ensaio de
tracção. Diz-se que este ensaio é de todos o mais universal de todos os
ensaios mecânicos. Encontramos nas normas, que muitas vezes nos são
indicadas pelo cliente, as dimensões padrão do provete que temos de
utilizar, estas amostras podem ser produzidas através de vazamento
em moldes ou então pela maquinação de secções da peça final. Este
poderá vir a realizar o ensaio mais tarde “por uma questão de
confiança” (p. ex. na NP EN 10 002-1, 1990, Ensaios de tracção em
materiais metálicos). O provete é traccionado lentamente a uma taxa
de deformação constante. A cabeça de amarra do provete fica presa a
uma célula de carga localizada na parte inferior da prensa universal
enquanto o travessão móvel se desloca verticalmente, causando desta
maneira uma força perpendicular à superfície do provete. O provete
começa então a ser traccionado passando do domínio elástico (se
pararmos de aplicar a força o provete volta a sua forma inicial) para
o plástico (o provete não volta mais à sua forma inicial), sendo esta
divisão feita pelo patamar de cedência, quando o provete passa do
ponto onde temos a tensão máxima (Rm), este começa a sofrer
estricção muito localizada, até ocorrer fractura. A força aplicada
durante o ensaio e a deformação da amostra sujeita à tensão são
medidas e registadas graficamente. A extensão após rotura e o
coeficiente de estricção fornecem informação sobre a ductibilidade do
material e são ao mesmo tempo um indicador de qualidade
(porosidade, inclusões e outros defeitos diminuem a ductibilidade do
material).

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