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Fonte: londrina.pr.gov.br
A calçada deve ser construída a partir do meio-fio (guia) de concreto pré-moldado instalado pela Prefeitura ou pelo
loteador, que faz parte do acabamento com 15cm de altura entre o passeio e a rua. Os passeios devem ter superfície
regular, contínua, firme e antiderrapante em qualquer condição climática, executados sem mudanças abruptas de nível ou
inclinações que dificultem a circulação dos pedestres. Observe os níveis dos vizinhos, para que haja concordância entre os
níveis das calçadas já executadas, desde que estas também estejam em conformidade com a inclinação descrita
acima. As tampas das concessionárias (rede de água, esgoto e telefonia) devem ficar livres para visita e manutenção. O
piso construído na calçada não poderá obstruir estas tampas, nem formar degraus ou ressaltos com elas.
Atenção: nenhum degrau poderá ser feito na calçada! As rampas para acesso de veículos ou demais nivelamentos entre a
calçada e a edificação deverão ser acomodados na parte interna do terreno. É proibido por lei, construir rampas para veículos
na faixa da calçada, porque atrapalham a circulação dos pedestres, principalmente aqueles com dificuldade de
locomoção.Segundo a Lei nº7.485/98 – Plano Diretor, as guias rebaixadas para acesso de veículos não devem ser
executadas com extensão superior a 3,50 metros por lote situado nas ruas e 5,00 metros por lote situado nas avenidas
(vias arteriais e estruturais). Nas edificações coletivas é permitido um rebaixamento da guia de 3,00 metros por
pavimento de estacionamento, com no mínimo 5 (cinco) vagas por pavimento.
Todas as calçadas devem apresentar inclinação de 2% no sentido transversal, em direção ao meio-fio e à sarjeta, para
escoamento de águas pluviais. Isso significa que a cada metro de calçada construída em direção à rua, deve haver
declividade de 2,0cm, de acordo com a norma técnica de acessibilidade (NBR 9050/94 da ABNT). Durante a execução
desse caimento, utilize réguas de madeira e linhas esticadas para auxiliar no controle dos níveis do piso (gabarito). O
lançamento de água da chuva deve ser feito por meio de tubulação, passando por baixo da calçada (contrapiso) e
conduzido até a sarjeta.
Deverão ser executadas no meio-fio das esquinas, rampas de acesso para pessoas com deficiência, com 1,50 metros
de largura a partir do desenvolvimento da curva, segundo a Lei nº7.483/98 - Plano Diretor de Londrina.
Alguns tipos de pisos são recomendados para revestimento de calçadas:Concreto AlisadoEste tipo de calçada é feito por
uma base de concreto, que recebe acabamento de argamassa alisada:• O terreno deverá ser nivelado e apiloado
(compactado), removendo tocos e raízes;
• Dividir a área em placas de no máximo 2,0m², com juntas de dilatação feitas com ripas de madeira;
• Montar tela armada com vergalhão CA-60 (4,2mm; malha 10x10cm) no trajeto de entrada da garagem, para
aumentar a resistência no caso de sobrecarga de tráfego no acesso de veículos;
• Executar o concreto com traço 1:4:8 (1 parte de cimento, 4 partes de areia e 8 partes de brita), e espessura mínima
de 5,0cm. Atenção: misturar os materiais até obter uma massa de aspecto homogêneo, acrescentando água aos
poucos, mas sem que fique encharcada;
• Sobre o concreto nivelado e ainda úmido, lançar uma camada com espessura mínima de 1,5cm de argamassa
com traço 1:3 (1 parte de cimento e 3 partes de areia), dando acabamento final com o uso de desempenadeira de
madeira;
• Manter o piso úmido por 4 dias, evitando o trânsito sobre a calçada.
O piso intertravado é montado por peças de concreto em formato retangular (20x10), encontrados em diferentes
espessuras que variam de acordo com a resistência necessária: 6cm, 8cm ou 10cm.Os blocos de concreto devem
estar em conformidade com as Normas Brasileiras NBR-9780 e NBR-9781, sem apresentar fissuras, vazios, bordas
quebradas ou rebarbas, devem ter cantos vivos e cor uniforme, com pigmentos que resistam à alcalinidade do cimento, à
exposição aos raios solares e às intempéries:• O terreno deverá ser nivelado e apiloado, com compactador tipo
“sapo”, removendo tocos e raízes;
• Os blocos de concreto serão assentados sobre uma camada de areia média, esparramada e sarrafeada, sem ser
compactada, com espessura uniforme 4,0 a 5,0cm em toda a área;
• O corte das peças deverá ser executado com serra circular, munida de disco abrasivo;
• As juntas devem ser regulares, com espessura de aproximadamente 3,0mm, feitas com espaçadores e mantidas
por linhas longitudinais e transversais esticadas;
• Após o assentamento, proceder a compactação inicial com vibrocompactador de placa, pelo menos 2 vezes e em
direções opostas, com sobreposição de percursos;
• Fazer o rejuntamento das peças com areia fina (grãos menores do que 2,5mm), bem seca e sem impurezas,
espalhada sobre os blocos de concreto numa camada fina, utilizando uma vassoura até preencher completamente as
juntas;
• Realizar novamente a compactação, com pelo menos 4 passadas em diversas direções.
Ladrilho Hidráulico
As peças do ladrilho hidráulico podem ser encontradas em diversas opções de cores e desenhos, sendo compostas de
cimento, pó de mármore e pigmentos, com dimensões de 20x20cm, 30x30cm ou 40x40cm.• O terreno deverá ser
nivelado e apiloado (compactado), removendo tocos e raízes;
• Dividir a área em placas de no máximo 2,0m², com juntas de dilatação feitas com ripas de madeira, buscando
coincidir com as juntas dos ladrilhos;
• Montar tela armada com vergalhão CA-60 (4,2mm; malha 10x10cm) no trajeto de entrada da garagem, para
aumentar a resistência no caso de sobrecarga de tráfego no acesso de veículos;
• Executar o contrapiso de concreto com traço 1:4:8 (1 parte de cimento, 4 partes de areia e 8 partes de brita), e
espessura mínima de 5,0cm;
• Aplicar sobre o contrapiso, uma camada de argamassa de assentamento com traço 1:3 (1 parte de cimento e 3
partes de areia);
• Assentar os ladrilhos um a um, sempre molhando a parte inferior antes da colocação, e batendo levemente com o
cabo do martelo, protegido por um pano;
• Limpar as peças com espuma ou pano úmido, logo após o assentamento;
Esse tipo de piso é geralmente executado pela empresa que fornece o produto, pois precisa de uma técnica especial
para execução, podendo ser encontrado em diversas cores:• O terreno deverá ser nivelado e apiloado
(compactado), removendo tocos e raízes;
• Dividir a área em placas de no máximo 2,0m², com juntas de dilatação feitas com ripas de madeira;
• Montar tela armada com vergalhão CA-60 (4,2mm; malha 10x10cm) no trajeto de entrada da garagem, para
aumentar a resistência no caso de sobrecarga de tráfego no acesso de veículos;
• Executar o contrapiso de concreto com traço 1:3:6 (1 parte de cimento, 3 partes de areia e 6 partes de brita), e
espessura mínima de 8,0cm;
• Sobre o concreto nivelado, lançar uma camada de regularização com traço 1:3 (1 parte de cimento e 3 partes de
areia) e espessura de 3,0cm;
• Aplicar a argamassa de alta resistência na espessura de 1,0cm, com juntas de dilatação plástica, afastadas em
quadros de 1,0x1,0m ou no máximo com 4,0m² de área, para evitar trincas;
• Uma máquina especial faz o polimento do piso para dar o acabamento antiderrapante. Existe também o granilite
fornecido em placas de 40x40cm, com espessura de 3,0cm, que deve ser assentado sobre um lastro de concreto e a
camada de regularização, e rejuntado em seguida.Petit Pavet / Mosaico PortuguêsDevido à forma de assentamento das
pedras e da variedade de cores (preto, branco, vermelho, amarelo e cinza), o mosaico português permite diferentes
desenhos, mas apresenta maior necessidade de reparo, portanto só deve ser utilizado em áreas com constante
manutenção.• Elaborar projeto de posicionamento das pedras (desenho e coloração);
• Verificar padrão das pedras, para garantir dimensões uniformes com aproximadamente 3x3cm, e altura entre 4,0 e
6,0cm;
• O terreno deverá ser nivelado e apiloado (compactado), removendo tocos e raízes;
• Assentar as pedras sobre “farofa” (argamassa seca) de traço 1:3 (1 parte de cimento e 3 partes de
areia úmida), com espessura de 8,0 a 10,0cm;
• As pedras devem ficar travadas umas contra as outras, com o menor vão possível entre elas;
• Após o assentamento, deverá ser espalhada e varrida sobre o masaico, outra “farofa” de traço 1:2 (1
parte de cimento e 2 partes de areia), preenchendo todos os vãos entre as pedras;
• Apiloar as pedras com soquete leve de tábua larga, para nivelar o piso;
• Regar a superfície com pouca água, utilizando vassoura, sem remover a argamassa do rejunte;
• Manter o piso úmido por 5 dias, evitando o trânsito sobre a calçada;
• Caso haja necessidade de remover manchas ou crostas de argamassa sobre as pedras, o piso poderá ser
lavado com ácido muriático após 7 dias da conclusão da calçada.
Padrão de Calçadas
A calçada ideal é aquela que oferece condições de um caminhar seguro e confortável, proporcionado pela escolha de
pisos adequados, ausência de obstáculos, sem degraus entre os terrenos, com o mobiliário urbano e a vegetação
dispostos de forma a não atrapalhar o pedestre.
A Norma Brasileira de Acessibilidade prevê dimensões mínimas de circulação e deslocamento nas calçadas, para
diferentes usuários, principalmente aquelas pessoas com dificuldade de mobilidade:
- Pessoa em cadeira de rodas (0,80m) Alguns modelos de calçada são indicados pela Prefeitura, dependendo da
localização e da largura da calçada. Se você vai construir ou reformar sua calçada, verifique qual padrão deverá seguir.
Nas ruas locais dos bairros, as calçadas poderão ter faixa ajardinada, seguindo as medidas mínimas indicadas.