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Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas

CNPJ: 92.220.862/0001-48

PROJETO BÁSICO DE AMPLIAÇÃO DE ATERRO CONTROLADO COM


RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA

I. CONCEPÇÃO GERAL DO ATERRO

A concepção de projeto de recuperação de área degrada com uso, tem


como objetivo a máxima proteção ambiental, procurando mitigar impactos que
por ventura ocorram.

Partindo-se do princípio que a recuperação ambiental de áreas já


aterradas se desenvolve a partir do pressuposto de que a remoção e a
movimentação de resíduos ali dispostos, não são recomendáveis, procuramos
elaborar o projeto evitando os seguintes impactos ambientais: emissão de
odores, acesso de animais e insetos aos resíduos depositados, que podem
disseminar doenças, contaminação do lençol freático pelo chorume e pelo
percolado e liberação para a atmosfera de gases gerados pelo processo de
fermentação dos resíduos.

A operação, com uso do aterro, está prevista em forma de aterro


controlado, sendo realizada segundo os critérios básicos de aterros sanitários:
compactação dos resíduos em rampa, cobertura diária, drenagem de líquidos e
gases e cobertura superficial.

As células serão executadas em etapas, na medida em que a frente de


serviço for avançando. Está prevista a construção de 02 (dois) filtros biológicos
e uma lagoa facultativa para tratamento de chorume junto a esta área de
operação.
I. Para os resíduos sólidos domésticos e urbanos, coletados pelo poder
público, e resíduos sólidos especiais gerados e coletados por
terceiros a medição será por peso e disposição final prevista será a
célula de operação do aterro.

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PREVISÃO DE QUANTITATIVOS

Serão considerados os seguintes materiais a serem dispostos:

Tipo de resíduo Média mensal

1. Resíduos sólidos domésticos, resíduos sólidos urbanos 7.000 t


(classes II e III) e outros de particulares classe III: em média

2. Resíduos de serviços de saúde, tratados, provenientes 4t


de geradores públicos municipais (para fins de estimativa de
custos estão dentro das 7.000 t previstas)

OBSERVAÇÃO:

É vedada a disposição no aterro controlado de qualquer resíduo que não seja de


origem doméstico conforme determinação do órgão ambiental estadual (FEPAM).

Somente os resíduos de serviço de saúde esterilizados poderão dispostos no aterro


através de co-disposição.

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II. NÍVEIS DE COMPACTAÇÃO DOS RESÍDUOS

O nível de compactação previsto para o dimensionamento das células do aterro


controlado está embasado na operação do trator de esteira que, com o mínimo de 5
passagens, de baixo para cima, sobre a camada de resíduo disposta na rampa, consegue
uma massa específica aparente de 0,70 t./m³.

Tabela 1 – composição física média do resíduo domiciliar de Pelotas

Componentes Percentual em peso

Papel/Papelão 19,50

Plástico mole 2,30

Plástico duro 1,60

Metal ferroso 2,10

Metal não ferroso 1,40

Vidro 3,18

Matéria orgânica 52,0

Outros 17,92
SANEP

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III. VIDA ÚTIL DA CÉLULA DO ATERRO CONTROLADO

Estima-se uma produção mensal de resíduos sólidos domésticos, na ordem de


4.400 t/m e outros classe II e III, na ordem de 2.000 t/m , totalizando uma previsão média
de 6.400 t/m.

IV. DETALHAMENTO DE QUANTITATIVOS DO ATERRO

Área útil 50.000 m² Aproximadamente

Área de disposição de resíduos 42.000 m² aproximadamente

Altura da camada de resíduo 4m Considerando um recalque de 20

(por patamar) (vinte) por cento

Total de resíduos 7.000 t

Previsão de vida útil da célula 24 m Para cálculo de célula de operação


considerou-se apenas o total de
resíduos domiciliares

Impermeabilização de base 23.500 m³ Considerando uma


impermeabilização de 50 cm de
argila, ou seja, aproximadamente
47.000 m²

Impermeabilização de superfície 14.250 m³ Considerando uma


impermeabilização de 50 cm de
argila, ou seja, aproximadamente
28.500 m²

Impermeabilização de taludes 12.000 m² Considerando uma


impermeabilização de 30 cm de
argila, ou seja, aproximadamente
3.500 m³

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Impermeabilização de dreno principal 552 m lineares Considerando uma


impermeabilização de 30 cm de
argila, ou seja, aproximadamente
165 m³ e 50 cm de pedra rachão,
totalizando 1.656 m³.

Impermeabilização de dreno secundário 549 m lineares Considerando uma


impermeabilização de 30 cm de
argila, ou seja, aproximadamente
100 m³ e 50 cm de pedra rachão,
totalizando 165 m³.

Impermeabilização de drenos periféricos 1287 m Considerando uma


lineares impermeabilização de 30 cm de
argila, ou seja, aproximadamente
231 m³ e 50 cm de pedra rachão,
totalizando 386 m³.

Drenos de gases Construção de 21 drenos para

Tubos de concreto DN 60 120 um gases cuja base será feita no


aterro já existente e término na
Pedra rachão 108 m³
cota de superfície da célula a ser
Brita (construção da base1,20 m x 0,5 m) 14 m³ construída.

Construção de acesso e estradas É necessária a construção de 1.800 m de acesso


internas principal e 400 m de acesso interno, considerando
5.500 m³ de resíduos de obra (caliças).

Filtro anaeróbio

Filtro aeróbio

Lagoa facultativa Detalhamento conforme memorial descritivo,


Comportas plantas e planilhas orçamentárias.

Moto bomba combustão

Cercamento da área

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Caixa de manobra

Caixa coletora Detalhamento conforme memorial descritivo,


Poço de recalque plantas e planilhas orçamentárias.

Guarita

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V. ACESSO PRINCIPAL

O acesso principal será feito partindo da Rua Marcílio Dias, junto a divisa do
loteamento Colina do Sol, seguindo em direção sul até a área do futuro aterro, com
previsão de utilização de 4.500 m³ caliças e revestimento final com saibro, conforme
locação em planta anexa.

Será de responsabilidade do Contratado a construção da via de acesso principal.

VI. ACESSOS INTERNOS

Os acessos deverão permitir a operação do aterro, tanto em períodos de seca


como de chuvas intensas, evitando danos aos equipamentos utilizados na coleta,
transporte e disposição de resíduos. Está prevista a construção de acessos internos, cujo
material a ser utilizado constituí-se de caliças, totalizando 1.000 m³ de resíduo de obras
(caliças).

VII. ISOLAMENTO DA ÁREA

Está prevista a colocação de tela plástica junto à frente de trabalho diário na célula
de operação do aterro, com objetivo de minimizar a ação do vento na dispersão de
resíduos (sacolas, plásticos e outros).

Cerca com mourões de madeira.

Para a cerca com mourões de madeira deve ser dada preferência por troncos de
eucaliptos com altura mínima de 2 metros e diâmetro de 15 cm, ou de 20 cm, instalados a
cada 2 metros. Para melhor fixação a cerca deve ter a cada 15 espaços de 2,50m e a
cada mudança de direção, um estaiamento, ou apoios laterais, para reforço dos mourões.

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Fechamento com arame farpado.

O fechamento dos espaços entre os mourões será realizado com 7 (sete) fios de arame
farpado galvanizado, devidamente amarrado aos mourões, conforme figura abaixo.

IMPERMEABILIZAÇÃO DE FUNDO

PREVISÃO DE ISOLAMENTO DA ÁREA 1.287 M LINEARES

VIII. IMPERMEABILIZAÇÃO DE FUNDO

Como se trata de uma obra de operação com uso em área já aterrada, devemos
primeiramente efetuar a regularização do terreno. A seguir deverá ser feito o selamento
de base com uma camada de 0,30 cm de argila.

O coeficiente de impermeabilidade do material a ser utilizado deverá ser inferior a


10-5 cm/s.

Está previsto um total de 14.100 m³ de material selante (argila).

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IX. REDE DE DRENAGEM DE LIXIVIADOS

X.1 DRENAGEM PLUVIAL E PERCOLADO NO PERÍMETRO DO ATERRO

Será aproveitada a rede de drenagem pluvial já existente por tratar-se de


ampliação de aterro com elevação de cota sem aumento de área superficial. Os drenos
laterais já existentes além de conduzir a água da chuva servirão também para coleta de
possível percolado gerado, impedindo a dispersão do mesmo para terreno lindeiro.

Esses drenos deverão ser retificados sendo os efluentes encaminhados para


a ETE existente ou a ETE a ser construída.

No dreno pluvial ao norte, o qual encaminhará o efluente e o chorume gerado no


aterro para a ETE a ser construída, deverá ser instalada ainda, uma caixa de manobra e
poço coletor, com suas respectivas comportas. Ver planta anexa e descrição logo a
seguir.

X.2 IMPLANTAÇÃO DE DRENOS DE CHORUME

Após a impermeabilização da superfície do terreno onde será implantado o aterro


deverá ser construído um dreno principal e uma rede de drenos do tipo “espinha de peixe”
que será responsável pela coleta do percolado gerado na nova célula de resíduos. Estes
drenos deverão ter a sua base impermeabilizada com argila. Este dreno posiciona-se
longitudinalmente ao terreno a ser aterrado com aproximadamente 550 m (quinhentos e
cinqüenta metros) de comprimento.

A declividade prevista é de 0,25 % (zero vírgula vinte e cinco por cento) com
profundidade variável entre 1,5 m (um metro e meio) no ponto mais distante da ETE e
2,80 m (dois vírgula oitenta metros) junto ao poço coletor – entrada da ETE. A seção
desse dreno será de 0,60m (zero vírgula seis metros) por 0,50m (zero cinqüenta metros)
de altura sendo recheado por “rachão” e após, recomposto com resíduo compactado até
ser atingido o topo original da célula. Ver desenhos abaixo e planta anexa.

Dreno Principal: 552 m lineares

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Abertura de dreno principal em área selada já aterrada

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Colocação de rachão na base do dreno

Preenchimento de dreno de chorume com rachão

O percolado coletado nesse sistema de drenagem deverá ser direcionado para a


ETE a ser construída.

Os drenos secundários a serem construídos derivam do dreno principal na


mesma profundidade, seção e recheio. Sobre esses drenos secundários deverão ser
construídos os drenos para gases, os quais serão descritos a seguir. Ver planta anexa.

Estima-se uma geração média anual de 30 m³ (trinta metros cúbicos) de


chorume/dia.
Estão previstos 549 m lineares de drenos secundários

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Preenchimento de dreno com rachão

X. IMPLANTAÇÃO DE DRENOS PERIFÉRICOS JUNTO A BERMA DE


SUPERFÍCIE DO ATERRO

Além da implantação dos drenos principal e secundário está prevista a construção


de drenos periféricos para captação de chorume junto à base da nova célula a ser
construída.

A construção de um dreno periférico de chorume, tem a função de coletar


possível percolado gerado impedindo que o mesmo aflore no pé dos taludes.

Este dreno será executado conforme localização em planta anexa, abrindo-se


uma vala com 60 cm (sessenta centímetros) de largura por 1,20 m (um metro e vinte) de
altura, preenchendo com 0,60m x 0,50m de rachão. Estes drenos deverão ser escavados
na vala de lixo já existente, tendo sua base impermeabilizada com argila, colocação de
rachão e reenchimento da vala com lixo compactado e cobertura final com terra.
Está prevista a construção de dreno periférico de 1.287 m lineares.

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XI. DRENAGEM DE BIOGÁS

Na Fase Metanogênica ocorre à produção de um gás composto por principalmente por


metano – CH e dióxido de carbono – CO2. A produção de biogás situa-se entre 200 e 250
m3/tonelada úmida de matéria orgânica – MO em 10 a 15 anos de vida do aterro sanitário

COMPOSIÇÃO DO BIOGÁS

COMPONENTE FÓRMULA QUÍMICA PERCENTUAL EM


VOLUME (%)

METANO CH4 50 – 70

DIÓXIDO DE CARBONO CO2 35 – 45

HIDROGÊNIO H2 1 – 10

NITROGÊNIO N2 0,5 – 3

OXIGÊNIO O2 0,1 – 1

MONÓXIDO DE CARBONO CO 0,1

GÁS SULFÍDRICO H2S 0,1

VAPOR D’ÁGUA H2O Variável

Traços de outros gases variável 0,1

Fonte: SODRÉ, F., “Produza Sua Energia –Biodigestores anaeróbios”, Recife, PE – 1986.

Está prevista a instalação de drenos verticais de gás através da execução de


perfurações e a inserção nesses furos, de tubos dreno confeccionados em concreto, com
diâmetro de 60 cm (sessenta centímetros). Está prevista a construção de 21 drenos para
gases eqüidistantes 50 m assentados sobre os drenos secundários. Para a construção
desses drenos deverão ser feitas escavações na base do terreno existente com
profundidade variável de 1,5 m (um metro e meio) a 2,80 m (dois metros e oitenta) I=
0,25% sendo que esses drenos deverão ser prolongados até a superfície da nova célula
de lixo. Deverá ser prevista a construção de tubo camisa para esta operação. Na parte
final dos drenos de gases será colocado um tubo metálico DN50mm com queimador tipo
“FLAIRE” que terá função de queimar o gás oriundo do dreno.

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A implantação dos drenos de gases obedecerá a seguinte seqüência de


operações:

• Abertura, com uma retro-escavadeira, de uma vala na massa dos resíduos com
dimensões de profundidade variável de 1,5 m a 2,80 m por 1,20 metro de largura por
1,20 metro de comprimento,

• Enchimento do fundo da vala com brita até a altura de 0,5m;

• Colocação sobre a brita de tubos drenos do tipo ponta e bolsa, com 0,6 m de
diâmetro, com a bolsa voltada para baixo;

• Enchimento da vala com pedra rachão até a superfície dos resíduos;

• Colocação sobre o último tubo de um tubo que ficará externo a massa dos
resíduos e

• Proteção deste último tubo com brita, a qual será colocada apoiada no dreno até
pelo menos 0, 5 m de altura.

Está prevista a construção de 21 drenos com a utilização de 120 tubos de


concreto ponta e bolsa DN 60 mm, cuja base deverá ser de brita com 1,20 x
0,50 m

No Desenho abaixo, mostra-se o croqui de um dreno de gás e na foto um dreno


de gás instalado no maciço de resíduos. Na foto seguinte mostram-se tubos-dreno
confeccionados em concreto armado que serão usados em drenagem de biogás.

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croqui de um dreno de gás.

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Tubos para drenagem de gás

Proteção com argamassa de cimento das bases dos drenos verticais nas bermas
acabadas, evitando a infiltração de águas pluviais p/ dentro do do aterro.

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Biogás – Interligação dos Sistemas Vertical / Horizontal

Aplicação de tubo dreno e anel de rachão

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Figura mostrando construção de dreno de base para chorume com intersecção


com dreno de gás

Compactação de resíduos em rampa com cobertura de argila

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X IMPERMEABILIZAÇÃO SUPERFICIAL

Após a operação de conclusão da célula de aterramento deverá ser realizada a


impermeabilização superficial com 50 cm (sessenta centímetros) de solo argiloso com
compactação mecânica.

Está prevista a impermeabilização de 50.000 m² cujo coeficiente de


-5
impermeabilização do material a ser utilizado deverá ser inferior a 10 cm/s.

Está previsto um total aproximado de 14.250 m³ para esta impermeabilização superficial e


de taludes.

XII. SISTEMA DE TRATAMENTO DO LÍQUIDO LIXIVIADO

Por tratar-se de operação com uso em área degrada esta´prevista construção de


um sistema de tratamento constituído das seguintes partes:

 um filtro anaeróbio,

 um filtro aeróbio

 uma lagoa facultativa.

Está prevista a instalação de uma moto bomba à combustão, com potência de


motor de 2,5 C.V. para recalque do efluente do filtro anaeróbio para o filtro aeróbio.

XIII. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

- 02 (dois) tratores de esteira, um similar ao “CATERPILLAR D4”, em bom


estado de utilização operacional, com operadores, para trabalhar de segunda-feira a
sábado em regime de 16 a 20 horas por dia e nos domingos e feriados em regime
de 6 horas por dia;

- 01 (uma) retroescavadeira similar à “CASE 580 H”, em boas condições


operacionais, com operadores para trabalhar em regime de 8 horas por dia, de
segunda-feira a sexta-feira;
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- 01 (uma) escavadeira hidráulica com esteira, em boas condições


operacionais, com operadores para trabalhar em regime de 8 horas por dia, de
segunda-feira a sexta-feira;

- 03 (três) caminhões de dois eixos, com caçamba basculante de capacidade


6 m³, em boas condições operacionais, com motoristas, para trabalhar em regime de
8 horas por dia, de segunda-feira a sexta-feira;

- 02 (dois) conjuntos moto bomba à combustão, potência da bomba 1,6 cv e


potência motor 2,5 cv com função de recalque de chorume para as lagoas de
tratamento com altura manométrica mínima de 5m.

- um) trator com acionamento hidráulico para roçadeira e conjunto de bomba;

- 01 (uma) carreta agrícola;

- 02 (duas) roçadeiras costais;

- 01 (um) cilindro compactador;

XIV. MÃO – DE – OBRA

Será necessário responsável técnico da empresa no local da obra e demais


funcionários necessários para execução dos serviços.
O total de funcionários previstos é de 22 (vinte e dois). A contratada é
responsável pelo cumprimento da legislação trabalhista, incluindo o fornecimento de
EPI´s. Sendo responsabilizada pela não utilização dos equipamentos de proteção
individual de acordo com sanções e penalidades previstas no instrumento legal.

XV. DETALHAMENTO
Todos os detalhes construtivos dos filtros, drenos, lagoas etc encontram-se em plantas
anexas.

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XVI. PRAZO DE OPERAÇÃO


A operação do aterro está prevista para 24 meses.
XVII. OPERAÇÃO

Os resíduos serão dispostos observando-se os seguintes aspectos:

- Inicialmente se executará o nivelamento do solo com a colocação da


camada de argila de aproximadamente 50 cm (cinqüenta centímetros), observando-
se o limite do talude de operação;

- Em seguida dar-se-á início a construção dos drenos para chorume (principal


e secundário), construção dos drenos de chorume junto à berma da célula de lixo a
ser construída e construção dos filtros de gases os quais deverão ser interligados
aos drenos. (detalhes construtivos em plantas,fotos e desenhos constantes do
presente projeto).

- Executar a pavimentação dos acessos.

Iniciar o preenchimento da área de maneira ordenada, ou seja, abrir uma


frente de trabalho conforme o fluxo de veículos.

O espalhamento e compactação dos resíduos deverá ser executada com


equipamento tipo trator de esteira para obter uma compactação que produza um
peso específico aparente dos resíduos superior a 700Kg/m3 com o mínimo de 05
passadas sobre os resíduos em rampa de baixo para cima.

Para proporcionar as melhores condições para os equipamentos de


compactação é aconselhável que as rampas de resíduos, onde serão descarregados
os veículos de transporte, possuam uma declividade no entorno de 1:3 (V:H) e que
os resíduos sejam espalhados nesta rampa com uma camada de 20 a 30cm..

À medida que ocorre o avanço do aterro são executados os taludes


provisórios, bem como a cobertura da superfície.

Em paralelo deverá ser iniciada a construção da ETE, para que somente após
a conclusão da mesma a célula do aterro possa entrar em operação.

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XVIII. ÁREA RESTRITA

A área na qual será realizada a ampliação do aterro controlado é cruzada por


uma linha de transmissão de energia elétrica de alta tensão.

De acordo com NBR 5422/85 (projetos de linhas aéreas de transmissão de


energia elétrica) alguns cuidados especiais devem ser tomados para evitar acidentes
e assim manter a segurança, tanto na execução quanto na operação do aterro.

Não está prevista a execução de células embaixo da linha de alta tensão.

XIX. CONSIDERAÇÕES
1. Mensalmente, juntamente com a nota fiscal e para fins de liberação da mesma,
deverá ser entregue, pelo responsável técnico da contratada, relatório de operação
descriminando todos os serviços executados no período. Deverão também ser
anexados, obrigatoriamente os comprovantes de material selante (argila) utilizado
no aterro, correspondente ao respectivo mês do relatório. Estes quantitativos
deverão estar de acordo com o planejamento de operação e compatível com a
área da célula operada.
2. Mensalmente deverão ser executados serviços de roçagem em toda área do aterro
(área atual e já operada);
3. Mensalmente deverão ser realizados trabalhos de manutenção nas lagoas de
chorume da ETE já existente.
4. Mensalmente, deverá ser entregue relatório funcional, relacionando os funcionários
que vão estar em atividade no mês subseqüente.
5. Deverá ser entregue a programação de férias, bem como as alterações que se
fizerem necessárias, a fim de que se tenha conhecimento prévio de todos os
funcionários envolvidos na operação do aterro.
6. Trimestralmente deverá ser feita a limpeza e manutenção dos filtros das ETEs
construída e futura;
7. Periodicamente deverá ser feita a manutenção e conservação da estrada de
acesso do aterro.
8. Conservação geral
9. Vigilância – é de responsabilidade da contratada a instalação de postos de
vigilância armada, com identificação e demais EPI´s pertinentes a atividade, sendo:
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9.1 – 01 (um) posto de 24 h na entrada do aterro;


9.2 - 01 (um) posto de 12 h noturnas junto à balança de pesagem;
9.3 - 01 (um) posto móvel de 12 h noturnas junto à área de disposição final;

10. Fica expressamente proibida a entrada de pessoas estranhas no serviço,


principalmente catadores e menores de idade, junto às instalações do aterro. O
não atendimento dessas exigências implicará em multas e sanções por parte do
Sanep.
11. A contratada é responsável por quaisquer tipos de dano ou acidente que venha a
ocorrer com qualquer pessoa não autorizada a permanecer no local.
12. As sanções decorrentes por autos de infração emitidos por autoridades ambientais
em relação de má operação/condução do aterro, correrão por conta da contratada.
13. A contratada deverá empregar técnicas de controle de processos erosivos nas
obras implantadas, bem como identificar e manter os acessos aos postos de
monitoramento e sistemas de tratamento de efluentes.
14. A manutenção das áreas deverá ser mantida, inclusive naquelas já consideradas
concluídas e lindeiras à área que está sendo operada.
15. A contratada deverá, em caso de derramamento, vazamento, deposição acidental
de resíduos ou outros tipos de acidentes, tomar as providências técnicas de
controle ambiental necessárias e comunicar imediatamente, após a ocorrência do
fato.
16. A contratada deverá trimestralmente, encaminhar ao Sanep, relatório técnico
firmado pelo responsável técnico da empresa acompanhado da devida ART
(anotação de responsabilidade técnica) contemplando a avaliação da operação do
aterro.
17. Deverão ser colocados junto à entrada do aterro 04 (quatro) caçambas
estacionárias de 4 m³ tipo brooks, para recebimento de resíduos de particulares e
pequenos volumes.
18. A contratada deverá fazer diariamente, a remoção dos resíduos dispostos nas
caçambas estacionárias até a célula de operação do aterro.
19. A Contratada deverá executar o recobrimento vegetal de toda área do aterro (de
operação e célula já encerrada).
20. As despesas com manutenção geral, instalações, equipamentos, redes elétricas e
outros deverão ser consideradas dentro de outros custos operacionais.
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21. Periodicamente deverá ser feita a desobstrução dos drenos periféricos e pluviais
do aterro, evitando seu colmatamento e possível afloramento de chorume.
22. Proteção na frente de trabalho da célula em operação contra o efeito do vento, o
que pode ocasionar material espalhado por toda a área.
23. A Contratada deverá manter limpo e desobstruído o canal pluvial do acesso aos
filtros biológicos das ETEs.
24. A Contratada não deverá permitir o descarte de materiais não permitidos pela
legislação ambiental, no aterro (ex. pneus).
25. A contratada deverá orientar através da vigilância na entrada do aterro, como e
onde os resíduos entregues por particulares deverão ser dispostos para permitir o
posterior transbordo deste material para a célula de operação do aterro.
26. A Contratada deverá manter limpo e em perfeitas condições de operação o local de
acesso (entrada) do aterro.

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PROJETO BÁSICO DE CONSTRUÇÃO DE ETE PARA ATERRO CONTROLADO

I. CONCEPÇÃO GERAL DA OBRA DA ETE

A obra tem por objetivo a recuperação de área degradada por disposição final de
resíduos sólidos através do tratamento do chorume gerado nessa área com a construção
de um filtro anaeróbio ascendente e um filtro aeróbio de fluxo horizontal e uma lagoa
facultativa.

Está sendo prevista uma estação de tratamento de efluentes para recuperação de


área degradada junto à antiga área de operação. A estação de tratamento de efluentes
que será construída junto à extremidade oeste da área de operação do aterro (junto ao
canal auxiliar interno da Santa Bárbara), cujo fluxo será controlado através do sistema de
comportas. Estão previstas duas comportas metálicas, sendo uma com haste, cujo fluxo
normal dar-se-á através da estação de tratamento, e outra tipo FLAP (de gravidade) para
evitar refluxo do canal auxiliar interno do Santa Bárbara para a ETE . Espera-se uma
D.B.O aproximada de 2.000 mg/l de O².

II. FILTRO ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE

O filtro anaeróbio é um reator no qual a matéria orgânica é estabilizada através da


ação de microorganismos que ficam retidos nos interstícios ou apoiados no material
suporte que constitui o leito através do qual os dejetos líquidos escoam. As maiores taxas
de remoção de substrato ocorrem nos níveis mais baixos do leito, sendo que nessa região
existem grandes concentrações de substratos e de sólidos biológicos. Sólidos biológicos
que se formam nas camadas mais profundas são arrastadas no mesmo sentido do fluxo,
mantendo-se disponíveis para remoção adicionais de despejo, filtros anaeróbios em boas
condições de funcionamento podem apresentar elevada remoção de substrato sendo que
os sólidos suspensos remanescentes são constituídos basicamente por células mortas
estáveis. Estes sólidos apresentam aspecto semelhante ao de pequenas partículas de
carvão suspensas em líquido bastante clarificado, para maioria dos despejos líquidos.

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Não há necessidade de se efetuar a decantação do efluente desse reator biológico


e também não se torna obrigatória a recirculação de parcela desse efluente. Como as
bactérias anaeróbias de maneira em geral apresentam baixo coeficiente de produção
celular, o descarte de sólidos, assim como sua disposição final são operações que
resultam muito facilitadas em relação a tratamentos convencionais. O leito do reator a ser
construído será constituído por pedra tipo “rachão”. Os parâmetros utilizados atualmente
para a elaboração do projeto são: carga hidráulica, carga orgânica e tempo de detenção
hidráulico. Alguns estudos realizados com filtros anaeróbios indicam que a eficiência dos
mesmos na remoção da carga orgânica, não é função linear da altura do leito. A maior
parte da carga orgânica é removida nas camadas inferiores do filtro, o que limita a sua
altura a 1,20m quando a alimentação é feita através de um único ponto na parte inferior
do mesmo. Quanto à carga orgânica, os resultados são apenas, aparentemente,
contraditórios, já que altas cargas orgânicas não implicam necessariamente em piores
condições à unidade. Resultados mostram que filtros anaeróbios apresentam maior
eficiência quando operam em altas cargas orgânicas e baixas cargas hidráulicas. Será
utilizado um filtro anaeróbio com carga orgânica de 144kg de DBO5/dia tempo de
detenção de 12h e dimensões de 4,5m de comprimento, 3m de largura por 1,8m de
profundidade com taxa de aplicação de 6kg de DBO5/m3/dia. O material de recheio será
construído em pedra rachão com altura de 1,20m. O ingresso do efluente se dará por
baixo, através de 07 (sete) tubos 100mm perfurados na geratriz inferior. Após ascender o
leito filtrante, o efluente será coletado por dois tubos de 100mm perfurados na sua geratriz
inferior. As paredes e laje de fundo serão construídas de concreto armado com 15cm de
espessura, bem como fundo e laje de cobertura. A laje de cobertura terá uma inspeção
medindo 0,80 x 0,80m afim de permitir fácil acesso ao filtro para qualquer manutenção. O
fundo do filtro será construído de concreto magro, mais pedra amarroada.

FILTRO ANAERÓBIO

DBO5 (entrada) = 2.000mg/l O2


Q=1,25 m3/h = 30 m3/dia
Ca = 2.000mg/lO2 x 30 m3/d = 60 kgDBO5/d
Td=12h = 0,5 dia
h=1,8m
V=Q.Td = 15 m3
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Ta = Ca/V = 4 kg DBO5/m3/d
A=V/h= 8,33 m2 = adotado 4,5 m de largura e 3 m de comprimento
Redução carga orgânica = 60%

Construção:
- Concreto magro = 2m3
- Concreto armado (paredes e fundo) = 10m3
- Pedra rachão (recheio) = 16,2m3
- Tubos DN 100mm com anel = 42m
- Pedra amarroada = 4m3

III. FILTRO AERÓBIO DE FLUXO HORIZONTAL

Os filtros biológicos aeróbios são processos de tratamento baseados na percolação


do efluente líquido através de pedras das quais ocorrem fenômenos biológicos de
crescimento bacteriano e consumo de matéria orgânica. No recheio empregam-se pedras
resistentes a intempéries como brita ou pedra amarroada. Após o início do seu
funcionamento, os fragmentos do seu recheio se recobrem de películas mussilaginosas
povoadas por bactérias, no interior dos quais se processam os fenômenos de depuração,
portanto, a atividade depuradora se verifica na superfície revestida dos fragmentos (área
molhada). A película ativa aderente às pedras não tem mais do que 2 a 3mm de
espessura, pois o oxigênio não consegue penetrar mais profundamente. O principal
mecanismo do processo é atribuído à adsorção, e sua eficiência é mantida pela ação de
microorganismos que dependem do oxigênio disponível. O tempo de percolação varia
segundo a taxa de aplicação, e está situada entre 20 e 60s. A denominação filtro biológico
é incorretamente empregada, pois o processo não envolve qualquer fenômeno de
peneiramento ou filtração, ocorrendo efetivamente uma oxidação biológica.
No caso em tela será utilizado o filtro biológico aeróbio com fluxo horizontal com
64m de comprimento e 3m de largura por 0,5m de altura. O recheio utilizado será pedra
rachão (96m3). A carga orgânica adotada é de 24 kg de DBO5/dia.
As paredes serão construídas em alvenaria com pedra de alicerce com 40 m de
comprimento cada e altura de 0,5m. O leito será composto de pedra rachão, cuja base
será construída de concreto magro de 15 m3. A entrada de efluente dar-se-á pela
tubulação de recalque do poço amontante, conduzindo o efluente até uma câmara, cuja
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parede divisória, com o filtro aeróbio é construída por tijolos furados. A saída será feita
através de um vertedouro para uma canalete que conduz o efluente até a lagoa.

FILTRO AERÓBIO
DBO5(entrada) = 800 mg/l O2
Q=1,25 m3/h = 30m3/d
Ca=24 kg DBO5/d
Td=2dias
V=Q.Td=60 m3
h=0,5m
Ta=24 / 60 = 0,4 kgDBO5/m3/dia
A=120 m2 = 3 m de largura e 40 m de comprimento
Redução de carga orgânica = 60% saída 320 mg/l O2

Construção:
- Pedra de alicerce = 1.248 unidades
- Concreto magro = 23m3
- Pedra rachão (recheio) = 96m3
- Concreto fck 150 = 33,6m3
- Pedra amarroada = 44,8m3
- Ferro CA50 = 2.688kg
- Junta de dilatação (neoprene) = 7m

IV. LAGOA FACULTATIVA


Após o efluente passar pelos filtros anaeróbio e aeróbio será conduzido a uma
lagoa de estabilização facultativa. O processo de estabilização é um conjunto de
fenômenos que ocorrem numa lagoa e tem a complexidade que caracteriza o
metabolismo dos seres vivos, e é a própria natureza que se encarrega das
transformações necessárias, desde que não seja ultrapassada sua ação depuradora,
física, química e biológica. Está prevista a impermeabilização da lagoa com
geomembrana de PEAD de 1mm de espessura num total de 3.230 m², computados aqui,
inclinação de talude de 45º, transpasses e vala de ancoragem.

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Lagoa de estabilização
DBO5 (entrada): Ca= 320 mg/l O2 Q= 30m³/d
Co = 0,196 x F x S = 0,196 x 3,88 x 72= 54,75 kg DBO/ha/d
Período de detenção: Td = 10xpxCa/Co= 10x1,5x320/54,75 = 88 dias
Área da lagoa = A =QxTd/p = 30x88/1,5 = 1760 m²
Área adotada = 1800 m²
Comprimento = 60 m
Largura = 30 m
Profundidade = 1,50 m
Redução prevista: 80 %
Ce = 320-80%= 64 mg/l
DBO a ser removida: Ct = Ca-Ce= 320-64= 256 mg/l
Carga Total a ser removida: Pt =qxct = 60x256=15,36 kg/dbo/d
Capacidade de remoção da lagoa: Pe= CoxA = 54,75x1800= 98,55 kg/dbo/d
Margem de segurança: Pe/Pt = 115%

Está prevista a impermeabilização da lagoa com 1.500 m³ de argila

V. CAIXA DE MANOBRA
Está prevista a construção de uma caixa de manobra, em alvenaria, situada junto
a vala de drenagem ao norte, que recebe contribuição de chorume de área degrada,
conduzindo-o em sua lateral sul a uma tubulação de 30 cm (trinta centímetros) até o
sistema de tratamento. No centro da caixa de manobras, está previsto um vertedouro com
a crista situada em cota que limita a vazão máxima do sistema de tratamento.

VI. COMPORTAS
Estão previstas 02 (duas) comportas metálicas, sendo uma circular com 30 cm
(trinta centímetros) de diâmetro colocada no interior da caixa de manobra para evitar
entrada de águas pluviais para dentro da ETE. A outra comporta metálica é do tipo FLAP,
circular de diâmetro de 1m (um metro) a ser colocada na parte exterior da caixa de
manobra no sentido do canal auxiliar, evitando com isso o refluxo para dentro do sistema.
As suas localizações estão previstas em plantas, sendo que para fixação das
mesmas estão previstas obras de alvenaria de tijolo maciço de 0,25 m num total de 15 m²,
tendo uma laje de base de 6m² (concreto de 0,90 m³)
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VII. CAIXA COLETORA


Está prevista a construção de uma caixa coletora que receberá o efluente da
caixa de manobra e do dreno principal e periférico, cuja função será levar todo o efluente
até o ETE. Estão previstas obras de alvenaria de tijolo maciço de 0,25 m num total de 21
m² com laje de base de 9,85 m². (concreto 1,5 m³)

VIII. POÇO DE RECALQUE


Está prevista a construção de um poço de recalque com anéis pré-moldados com
diâmetro de 1m e profundidade de 2 m cuja função é armazenar o chorume proveniente
do filtro anaeróbio para conduzi-lo até o filtro aeróbio, sendo a laje 0,17 m³ de concreto.

IX. CONSIDERAÇÕES FINAIS:


1- O projeto estrutural de construção do filtro anaeróbio ficará a cargo da
contratada, sendo seu custo previsto na planilha de composição;
2- A empresa deverá apresentar cronograma de execução físico-
financeiro de acordo com o prazo máximo de 90 (noventa) dias.

SUPERINTENDÊNCIA INDUSTRIAL

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