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O que é engenharia

genômica?

Engenharia
Genômica é um
conjunto de
abordagens, técnicas
e processos, que
compreendem a
manipulação,
processamento e
aplicação da
informação
genômica através da
combinação de
biologia
computacional
(ferramentas de
bioinformática e
modelagem de
sistemas biológicos),
engenharia genética
e engenharia
metabólica,
consideradas
simultaneamente
para a resolução de
um dado problema
ou o
desenvolvimento de
um novo produto ou
processo.

Com a publicação
de novos genomas
crescendo de forma
geométrica, é de se
supor que essa
abordagem
genômica sistêmica
ganhará cada vez
mais espaço nas
áreas tradicionais de
aplicação da
biologia, e em novas
áreas de estudo que
estão surgindo em
função dos avanços
científicos e
tecnológicos
alcançados nos
últimos anos.

Onde se aplica?

Em geral, os
projetos de
engenharia
genômica podem ser
classificados como
pós-genômicos, pois
partem do genoma
já seqüenciado (ou
parte dele) para
obter informações
biologicamente
relevantes. Esses
projetos são de
caráter
multidisciplinar, e
suas aplicações
envolvem todas as
“indústrias
biotecnológicas”,
incluindo a área
médica,
agroindústria, meio
ambiente, entre
outras.

A figura ao lado
mostra as
interrelações
construíudas através
da engenharia
genômica.

Importância econômica

O mercado de produtos de natureza biotecnológica já alcança cerca de US$ 20 bilhões de dólares anuais,
só nos Estados Unidos. O Brasil tem despertado para a importância dos estudos pós-genômicos, e o
Governo Federal e alguns governos estaduais estão atentos para o papel estratégico e competitivo que
estes representam. Recentemente foi lançado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia a definição de
metas do Programa de Biotecnologia e Recursos Genéticos, onde ministério reconhece a importância do
setor para o País e demonstra seu interesse em fomentar diversas ações para a consecução deste
ambicioso programa. Estão previstos recursos da ordem de R$ 120 milhões para a primeira fase do
programa de dez anos. Entre as ações definidas no programa estão:

1. Formação e capacitação de recursos humanos para a Biotecnologia;


2. Expansão do conhecimento;
3. Infra-estrutura nacional e suporte ao desenvolvimento da Biotecnologia;
4. Projetos com potencial inovativo e estímulo à formação de empresas de base biotecnológica e à
transferência de tecnologias para empresas consolidadas;
5. Biotecnologia para o uso sustentável da biodiversidade;
6. Cooperação internacional como instrumento de desenvolvimento conjunto e transferência de
tecnologias avançadas.

Quem é o engenheiro genômico?

Engenharia genômica se faz com a união de competências de diversas áreas profissionais, incluindo
pessoal com formação especializada em:

• Ciências da computação e tecnologia da informação


• Modelagem matemática e estatística
• Biologia celular e molecular
• Bioquímica
• Química analítica
• Fisiologia
• Microbiologia
• Farmacologia
• Engenharia metabólica
• Engenharia genética
• Engenharia de alimentos
• Engenharia química
• Engenharia biomédica
• Engenharia de tecidos

Esta lista não é exaustiva, mas já demonstra o potencial de integração natural do tema e sua necessidade
de conceituação e limitação de escopo. Em outras palavras, a engenharia genômica não deve ser
confundida com áreas que já utilizam técnicas bem estabelecidas, como é o caso do seqüenciamento para
obtenção do próprio genoma. Por outro lado, a informação e manipulação genômica é imprescindível para
projetos de engenharia genômica, seja diretamente através de estudos de gênomica funcional, estrutural,
ou comparativa, seja indiretamente a partir do proteoma, transcriptoma, ou metaboloma obtidos sob
determinada condição fisiológica.

Portanto, embora a engenharia genômica não seja, por exemplo, o mesmo que bioinformática, ela
necessita de ferramentas de bioinformática e de suas técnicas, tanto para a análise de genes tomados
individualmente como coletivamente.

O Grupo de Engenharia Genômica da UFSC

O Grupo de Engenharia Genômica da Universidade Federal de Santa Catarina é composto por


pesquisadores docentes, alunos de pós-graduação e de graduação, ligados ao Laboratório de Tecnologias
Integradas - InteLAB e ao Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular de Microorganimos -
LBBMM.

O InteLAB é um dos laboratórios do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos,


do Centro Tecnológico, coordenado pelo Prof. Luismar Marques Porto; o LBBMM é um laboratório do
Departamento de Bioquímica, do Centro de Ciências Biologicas, coordenado pela Profa. Regina
Vasconcellos Antônio..

A Engenharia Genética no mundo actual!!

Todos os dias a sociedade é "bombardeada" por


notícias fabulosas e avanços, digamos, extraordinários ocorridos no campo da
Engenharia Genética. Mas afinal, em que escala estes avanços nos atingem?
Exactamente o que é que a Engenharia Genética pode fazr por nós? E quando?
Apesar da grande evolução da genética nos últimos vinte anos, ainda existe muito para
pesquisar. A contar com o projecto genoma humano e dos genomas de vegetais e
animais significativos.

Engenheiros genéticos afirmam que a tecnologia de manipulção genética é


segura. Dizem alguns que é necessária a fim de manter a produção de
alimentos para suprimir o crescimento das populações , como alimentos
(alimentos transgénicos).

Os activistas Anti-Engenharia Genética dizem que com os conhecimentos


actuais de genética, ainda não existe nenhuma maneira de se assegurar que os
organismos geneticamente modificados fiquem controlados. Afirmam ainda
que o uso desta tecnologia fora de laboratórios tem riscos inaceitáveis para o
futuro. Existe o receio de que determinados vegetais geneticamente
manipulados reduzirão a biodiversidade no Planeta.

O potencial de se utilizar os próprios genes para tratar doenças – a Terapia Genética –


é a aplicação mais formidável da engenharia genética. Ela promete tratar ou mesmo
curar doenças adquiridas ou de cunho genético utilizando genes normais para
substituir ou suplementar um gene defeituoso ou melhorar a imunidade.

• O futuro está apenas começando...

A clonagem de um ser humano já é possível – na verdade, esta experiência já


pode estar ocorrendo secretamente. No futuro, corações e fígados serão feitos
sob encomenda para transplantes a partir de células-tronco do próprio
doador.

Vacinas genéticas oferecerão imunidade contra HIV, Hepatite B, herpes,


gripe, malária e diversos tipos de cancros - uma vacina poderá ser a diferença
entre a cura e a recorrência de um tumor maligno, com uma boa margem de
segurança.

À medida em que os cientistas avançam na engenharia genética e desvendam


minuciosamente o funcionamento e os mecanismos que estimulam o sistema
imune, melhores versões e usos da terapia genética tendem a surgir. A
Engenharia Genética ao "rubro" poderá ser uma realidade num futuro, quem
sabe, muito próximo!!

Engenharia Genética
Por Fabiana Santos Gonçalves
A Engenharia Genética é um conjunto de técnicas que envolvem a manipulação de
genes de um determinado organismo, geralmente de forma artificial. Esta manipulação
envolve duplicação, transferência e isolamento de genes, com o objetivo de produzir
organismos geneticamente melhorados para desempenharem melhor suas funções e
produzir substâncias úteis ao homem.
Através da engenharia genética muitos hormônios passaram a ser produzidos por
bactérias com DNA modificado, como por exemplo, a insulina, que era produzida por
animais e causava alguns efeitos colaterais indesejáveis em seres humanos. O hormônio
de crescimento era extraído da hipófise de cadáveres e houve casos de pessoas que se
contaminaram com uma doença neurológica chamada Creutzfeldt-Jacob.

Mapeamento Genético

Através da técnica de hibridização in situ os genes dos cromossomos podem ser


mapeados. Para isso são utilizadas sondas feitas a partir de proteínas ou de RNA
mensageiro, que produz uma cadeia de DNA complementar contendo um marcador.
Células de um organismo são retiradas e são feitas várias cópias do DNA, que são
marcadas com os marcadores que podem ser radioativos ou fluorescentes e estudadas.

Podemos também identificar nos cromossomos, genes que causam certas doenças, como
foi o caso da doença de Tay-Sachs. Através da técnica de screening genético,
adolescentes que vivem na Europa do Leste e Central podem fazer este exame para
diagnosticar gene recessivo e optar por não terem filhos.

Clonagem

Através do processo de clonagem podemos produzir várias cópias idênticas de um


mesmo organismo. Utilizando a técnica do DNA recombinante, que é a união de
fragmentos de DNA de diferentes fontes biológicas, é possível isolar enzimas de
restrição de bactérias e cloná-las.

As enzimas de restrição promovem a fragmentação do DNA em regiões determinadas.


São produzidas por bactérias e atuam na defesa delas contra os vírus, cortando os
pedaços do DNA viral, porém em regiões específicas, de acordo com a seqüência de
bases nitrogenadas. Unindo-se um fragmento deste DNA cortado com o DNA de outro
organismo, cria-se um DNA recombinante, que é introduzido em um organismo, que se
reproduz, dando origem à varias cópias deste gene. Este processo chama-se clonagem
de DNA.
Através desta técnica, pode-se inserir no DNA de certas bactérias o gene humano
responsável pela produção de insulina, estimulando-as a produzir este hormônio, que é
idêntico ao produzido pelo pâncreas. O hormônio de crescimento somatotrofina também
utiliza desta técnica para se produzido em laboratório.

Projeto Genoma

Genoma é o conjunto de genes que compõem um organismo. O projeito Genoma


Humano iniciou em 1990 com o objetivo de identificar a seqüência de bases de cada
gene, de cada célula do organismo humano.

Fingerprinting

Através do estudo do DNA, podemos identificar pessoas e fazer testes de paternidade


pela técnica de fingerprinting. Esta técnica é muito útil para se identificar suspeitos de
crime.

O DNA é composto de regiões que não codificam proteínas, que ficam intercaladas
entre os genes, formadas por unidades que possuem seqüências definidas de bases, e
formam várias unidades repetidas. Alterações nestas seqüências são chamadas
polimorfismos e determinam a variabilidade genética da população. No DNA
fingerprinting estas unidades são mapeadas.
Organismos transgênicos e agricultura

Os organismos transgênicos são geneticamente modificados para a produção de


substâncias de interesse para o consumo humano. Eles recebem genes de outros
organismos.

Na agricultura esta técnica é muito empregada. Há plantas que receberam DNA de


bactérias que conferem resistência à insetos e componentes de certos herbicidas.

INTRODUÇÃO

A elaboração pelos alunos de mapas de restrição do DNA contribui decisivamente


para a aprendizagem e compreensão de uma tecnologia muito importante no actual
contexto da civilização humana: a “engenharia genética” (fig. 1).
Figura 1- Princípios fundamentais da “engenharia genética” (ou tecnologia da recombinação
do DNA). As primeiras etapas na manipulação genética são o isolamento de um plasmídio bacteriano (1)
e a purificação do DNA das células que contêm o gene de interesse (2). De seguida, esse gene é retirado
do DNA por acção de uma enzima de restrição e inserido no plasmídio (“cortado” com a mesma enzima)
[3]. O plasmídio recombinante é então introduzido nas células bacterianas (4), as quais adquirem uma
capacidade metabólica nova devido ao gene introduzido. As bactérias são colocadas num meio de cultura
apropriado para uma intensa reprodução mitótica (5). As bactérias transformadas (6a), ou uma proteína
por elas produzidas (codificada pelo gene introduzido) [6b], podem ser aplicadas em campos tão
diversos como a agricultura, a gestão ambiental e a medicina.

Para a abordagem do tema “engenharia genética”, este sítio apresenta um


exercício laboratorial e um conjunto de fotografias com os objectivos de estimular e
facilitar a realização de uma experiência de digestão e mapeamento de DNA nas escolas
secundárias que possuam equipamento de electroforese em gel.

O DNA é constituído por duas cadeias polinucleotídicas (sequências repetitivas


de nucleótidos ou bases azotadas) que adoptam uma estrutura em dupla
hélice. Estas duas cadeias associam-se através da formação de pontes de
hidrogénio entre as bases azotadas constituintes: a guanina (G) associa-se
especificamente com citosina (C); a adenina (A) associa-se especificamente
com timina (T). Este emparelhamento de bases constitui a base da
complementaridade do DNA. Este modelo estrutural do DNA implica que as
duas cadeias estejam orientadas em sentidos opostos - anti-paralelas (Fig. 2).

Fig. 2

Com excepção do número e sequência de nucleótidos, o DNA de qualquer


organismo é física e quimicamente semelhante.
A descoberta de que o DNA de um qualquer organismo se mantém
funcional quando transferido para outro organismo constitui a base da
Engenharia Genética!

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