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Oi Pessoal, eu, Rodrigo Padilha, carinhosamente apelidado pelos alunos

como “Ministro do Exame de Ordem”, estou aqui, no site do Superman para dar
umas dicas para vcs sobre Direito Constitucional 1ª fase.

Bem, a primeira dica é: Constitucional é fácil, as matérias são restritas,


não tem como errar...existem 5 pontos para vcs lerem (nem que seja sinopse)
para ir para a prova. Com esses pontos é mais fácil vcs gabaritarem
Constitucional do que zerarem.

Pois bem, por ordem de incidência na prova, o TOP 5 DO DIREITO


CONSTITUCIONAL ÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ:

1. Controle de Constitucionalidade
2. Remédios Constitucionais
3. Processo Legislativo
4. Poder Legislativo
5. Poder Judiciário.

Assim, vamos aos poucos falando de cada uma das “estrelas” da prova
de Constitucional, explicando um pouco dos 10 pontos mais “quentes” de cada
uma delas:

Hoje, o bate-papo, a dica 1, é sobre controle de constitucionalidade, e


as 10 dicas mais quentes são:

DICA 01. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

1. Todo bloco de constitucionalidade pode servir de parâmetro para


controle. Isto é, não só as normas que estão na CRFB, mas tbm princípios (ex.
segurança jurídica), valores constitucionais, dispositivos de EC, do ADCT e
tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos aprovados como
emendas (art.5, §3).
Quanto a este último fiquem ligados! Os tratados e convenções
internacionais sobre direitos humanos que não forem aprovados como
emendas constitucionais (dois turnos, em cada casa, por 3/5 dos membros)
serão normas supralegais só servindo como parâmetro para controle de
convencionalidade.

2. A classificação de controle é muito comum em provas da OAB,


principalmente a distinção entre controle difuso (quando realizado por
diversos órgãos do judiciário) e controle concentrado (quando realizado por
um único órgão – STF, frente a CR e TJ- frente a C.Estadual).
3. a segunda classificação mais importante é a diferença entre controle
preventivo (exercido sobre o projeto de lei ou proposta de emenda
constitucional (PEC)) e controle repressivo (exercido sobre ato normativo, lei
ou emenda constitucional).
O controle preventivo é exercido pelo Legislativo (através das comissões
de constituição e justiça – órgão do legislativo responsável por analisar a
constitucionalidade dos projetos de lei – e pelo plenário que podem rejeitar uma
lei ou PEC inconstitucional); Executivo (Veto jurídico – 66, §1 CR) e Judiciário
(no caso de procedência em mandado de segurança impetrado por
parlamentar para trancar projeto de lei ou PEC ofensiva as cláusulas petreas).
O controle repressivo é exercido pelo legislativo (arts. 49,V, 62 e, ainda,
o 52, X); Judiciário (por meio das ações de controle, tais como ADI, ADC,
ADPF.) e o Tribunal de Contas (súmula 347 STF). Importante notar que, apesar
de pessoalmente não concordar, a posição mais conhecida nas provas
objetivas é que o executivo não exerce esta espécie de controle.

4. O último “toque” sobre classificação de controle é o controle incidental


(instaurado por via de exceção, onde a inconstitucionalidade faz parte da
fundamentação da decisão, por isso não faz coisa julgada material (art. 469, I
CPC), podendo qualquer juiz conhecer sem ofender (usurpar) competência do
STF) e controle principal (instaurado por ação direta, sendo a
inconstitucionalidade declarada no dispositivo, sendo atingida pela coisa
julgada. Por isso, só o STF ou o TJ poderá fazer. O primeiro quando a ofensa
for frente a CR, o segundo quando a ofensa for a C. Estadual).

O controle incidental poderá ser usado como causa de pedir em


qualquer ação como HC (HC82959), MS, RE e etc..., já o controle principal
tem sua ação específica ADI, ADC, ADPF, ADIO, representação de
inconstitucionalidade, etc....

5. O controle incidental tem 2 pontos de suma importância na prova. O primeiro


é quanto ao princípio da reserva de plenário. Explica-se: o art. 97 CR prevê que
somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do
respectivo órgão especial podem os tribunais declarar a inconstitucionalidade
de leis ou ato normativo do poder público. Nesse sentido, v.g. quando uma
apelação, contendo uma incidental em que se discute a inconstitucionalidade
de alguma norma chega aos Tribunais de segunda instância (TJ, TRF, TRT,
TRE), as Câmaras só pode decidir se forem declarar a constitucionalidade. Se
quiser conhecer a Inconstitucionalidade devem remeter o processo ao órgão
especial do Tribunal ou ao plenário, para que estes, pelo quorum de maioria
absoluta decidam sobre a inconstitucionalidade.
Esse é o famoso princípio da reserva de plenário, pois o assunto
(inconstitucionalidade) está “reservado” para o plenário (ou órgão especial) do
tribunal. É bom lembrar que este princípio se aplica a todos os tribunais
(órgãos colegiados), podendo o Juiz conhecer sozinho sobre a
inconstitucionalidade. Sei o que vc está pensando. É um “contra-senso”!!!
concordo, mas.....

Fiquem ainda ligados na súmula vinculante 10 (do STF) que, em


resumo, diz que este princípio deve ser respeitado ainda quando o tribunal
quiser afastar a aplicação da norma. Vale uma leitura.

Aproveitem que abriram as súmulas e leiam a súmula 513 STF que tbm
fala sobre o assunto rsrsrs

Por fim, o art. 481, p.ú. do CPC diz que este princípio deve ser
observado somente quando a questão for inédita. Se o órgão especial ou o
plenário já tiverem se manifestado sobre o tema (mesmo em outro processo) o
órgão fracionário (câmara, grupos ou turmas) não precisam remeter a questão
de novo, podendo julgar seguindo a orientação do órgão pleno (ou especial).

6. Outro tema importante, está fervendo no STF, é sobre a transcendência


dos motivos determinantes ou transcendência da ratio decidendi. “Muita
calma nessa hora”, eu explico (rs): Na “subdica 4” eu disse que no controle
incidental, a inconstitucionalidade é conhecida na fundamentação, pois é. A
transcendência permite que os motivos determinantes (razão de decidir) do
julgado, expostos na fundamentação, produza efeitos erga omnes.

Esta transcendência é realizada pelo STF. Desta forma, os juízes de


primeira instância, observando a orientação proferida pelo STF concedem ou
não direitos baseados na inconstitucionalidade que produziu efeitos erga
omnes.

No controle principal a transcendência existe (já foi decidido pelo STF),


mas no controle incidental a transcendência está sendo julgada na Rcl
4335/AC, pendente de julgamento (atualmente está empatado em 2x2).

7. Nas ações de controle abstrato o tema MAIS batido sem dúvida é a


pegadinha: “compete ao Supremo Tribunal Federal processar e Julgar
originariamente ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal e estadual” a questão está
errada, pois não cabe ação declaratória de constitucionalidade (ADC) de
norma estadual (art. 102, I, a).
É bom alertar que o Distrito Federal não pode se dividir em Municípios,
por isso acumula competência legislativa de Estados e Municípios (Art. 32,
caput e §1 CR). Desta forma, se a lei distrital versar sobre assuntos inerentes
aos Estados caberá ação direta de inconstitucionalidade (ADI), por outro lado
se a norma distrital dispuser sobre questões atinentes ao Município não caberá
a referida ação.

8. A atuação do Advogado Geral da União (AGU) sofreu uma recente


alteração jurisprudencial que pode ser objeto de prova. Vcs sabem que, em
virtude do art. 103, §3 CR, o AGU é obrigado a defender a constitucionalidade
da norma impugnada. Contudo existem duas exceções, e, como digo aos meus
alunos, “em prova objetiva exceção é regra, pq é isso que cai”. Por isso,
são ressalvas ao art. 103, §3 (pode o AGU conceder parecer pela
inconstitucionalidade da norma):

a) Quando o STF já declarou a norma inconstitucional pelo controle difuso, pois


nesse caso, o efeito da decisão é inter partes, podendo o AGU, quando
analisar ação abstrata, seguir a orientação do Tribunal Supremo.

b) Quando a lei impugnada ofender o interesse da União. Pois, neste caso, há


conflito real entre o art. 103, §3 (AGU deve defender a lei) e o art. 131 (AGU
deve defender a União). Assim, quando a lei (que o AGU teria que defender)
ofender os interesses da União (ex. usurpar sua competência), o AGU deve
defender a União, prevalecendo o art. 131.

9. ADPF é subsidiária e só será utilizada quando não houver nenhum outro


meio eficaz de sanar a lesividade (art. 4, §1 L.9882/99). Por “meio eficaz”
entendam qualquer outro meio que possa resolver a questão de forma ampla,
geral e imediata (posição do Ministro Gilmar Mendes)

10. A 10ª Dica é a cereja do sundae (essa expressão, estilo Wando, já está
me deixando em maus lençóis rs)...uma surpresa que vcs sempre pedem...Os
principais pontos das ações de controle abstrato em um quadro
esquematizado. Imprimam e FOTOGRAFEM o quadro!!!! Segura aí:
ADI ADC ADIO (ou ação supridora ADPF
de omissão)
BASE LEGAL L. 9.868/99 L. 9.868/99 L. 9.868/99 L. 9.882/99
Art. 1º ao 12 e 22 e SS Art. 13 e SS Art. 12-A ao Art. 12-H
FINALIDADE DECLARAR A CONFIRMAR A CIENTIFICAR O PODER EVITAR OU REPARAR
INCONSTITUCIONALIDADE CONSTITUCIONALIDADE COMPETENTE PARA LESÃO A PRECEITO
ADOÇÃO DAS FUNDAMENTAL, BEM
PROVIDÊNCIAS COMO RESOLVER
NECESSÁRIAS CONTROVÉRSIA
OBJETO NORMA FEDERAL, NORMA FEDERAL. MEDIDA DE NATUREZA NORMA FEDERAL,
ESTADUAL OU DISTRITAL NÃO CABE ADC NORMATIVA FEDERAL, ESTADUAL, DISTRITAL,
NO EXERCÍCIO DE CONTRA NORMA ESTADUAL OU DISTRITAL NO MUNICIPAL, PÓS E PRÉ
COMPETÊNCIA ESTADUAL ESTADUAL!!!!!! EXERCÍCIO ESTADUAL (TEM CONSTITUCIONAL E
(MUNICIPAL NÃO CABE NATUREZA MANDAMENTAL AINDA CONTRA ATO
ADIN) PARA CIENTIFICAR O DO PODER PÚBLICO. É
LEGISLATIVO PARA SUBSIDIÁRIA. SÓ CABE
ADOÇÃO DE MEDIDA QUANDO NÃO
NORMATIVA, PARA FAZER COUBER MAIS NADA.
LEI).
LEGITIMIDADE ART. 103 CRFB ART. 103 CRFB ART. 103 CRFB ART. 103 CRFB
AMICUS SIM SIM SIM SIM
CURIAE
FINALIDADE SUSPENDER A EFICÁCIA SUSPENDER OS *ATÉ FINAL DE 2009 NÃO SUSPENDER O
DA LIMINAR DA NORMA IMPUGNADA PROCESSOS EM CURSO CABIA LIMINAR EM ADIN SUSPENDER ATO OU A
PELO PRAZO DE 180 POR OMISSÃO. PORÉM, LEI
DIAS. É A ÚNICA AGORA CABE LIMINAR EM
LIMINAR QUE TEM ADIO – L. 12.063 – ART. 12-F
PRAZO!!! .
OMISSÃO TOTAL:
SUSPENDER OS PROCESSOS
EM CURSO.
OMISSÃO PARCIAL: A
LIMINAR PODE SER PARA
SUSPENDER A LEI OU
SUSPENDER OS PROCESSOS.
EFEITOS DA ERGA OMNES, ERGA OMNES, ERGA OMNES, VINCULANTE, ERGA OMNES,
LIMINAR VINCULANTE, EX-NUNC E VINCULANTE, EX-NUNC EX-NUNC VINCULANTE, EX-
EFEITO REPRISTINATÓRIO NUNC e por vezes
REPRISTINATÓRIO.
NATUREZA TUTELA ANTECIPADA MEDIDA CAUTELAR MEDIDA CAUTELAR PODE SER MEDIDA
JURIDICA DA CAUTELAR OU TUTELA
LIMINAR ANTECIPADA
SOLICITAR SIM (30 DIAS) NÃO SIM (30 DIAS) SIM (10 DIAS)
INFORMAÇÕES
A.G.U. SIM (15 DIAS) NÃO NÃO ATUA NA OMISSÃO SIM (5 DIAS)
DEFENSOR TOTAL, PQ NÃO HÁ LEI. SÓ
LEGIS* ATUA NO CASO DE
OMISSÃO PARCIAL (15
DIAS)
PGR** SIM (15 DIAS) SIM (15 DIAS) SIM (15 DIAS) SIM (5 DIAS)
DECISÃO: ERGA OMNES ERGA OMNES ERGA OMNES, EX-NUNC ERGA OMNES
EFEITOS VINCULANTE EX-TUNC E VINCULANTE EX-TUNC. VINCULANTE EX-
REPRISTINATÓRIO A NORMA CONTINUA TUNC E, DEPENDENDO
(TORNAR APLICÁVEL A EXISTINDO, PORÉM NA DO CASO,
LEGISLAÇÃO ANTERIOR) IMPROCEDÊNCIA REPRISTINATÓ-RIO
TAMBÉM EFEITO (TORNAR APLICÁVEL
REPRISTINATÓ-RIO A LEGISLAÇÃO
ANTERIOR)
MODULAÇÃO SIM SÓ ADMITIDA EM CASO NÃO SIM
DOS EFEITOS DE IMPROCEDÊNCIA
ART. 27 DA
L. 9.868
RECURSO SÓ CABE EMBARGOS DE SÓ CABE EMBARGOS SÓ CABE EMBARGOS DE SÓ CABE EMBARGOS
DECLARAÇÃO DE DECLARAÇÃO DECLARAÇÃO DE DECLARAÇÃO
Espero que tenham gostado. Em breve eu e o superman
inauguraremos um site para a galera da segunda fase de constitucional (a
2ª fase mais fácil da OAB). Um grande abraço meus amigos e até a próxima
dica do “Ministro”!

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