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ANÁLISE INSTRUMENTAL
2010
“O planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mas com o futuro de decisões
presentes.”
Peter Drucker
Sumário
Apresentação
1. Objetivos da Unidade
2. O que é análise instrumental?
3. Análise clássica × Análise Instrumental
4. Princípios da análise química
5. Propriedades da Luz
6. Espectro eletromagnético
7. Prefixo para unidades de medidas
1. Objetivos da unidade
2. Espectroscopia de absorção molecular - Espectrofotometria
3. Espectroscopia de absorção atômica - EAA
4. Espectroscopia por emissão atômica - EEA
Este guia tem por objetivo trazer a você um material didático que apresente os
principais tópicos sobre análise instrumental, seus fundamentos, métodos, aplicações e
limites. De posse deste guia você terá acesso às orientações necessárias para a compreensão
dos processos analíticos que utilizam equipamentos tecnológicos em análise química, com
enfoque quantitativo. No entanto, o uso deste guia não dispensa a utilização de outras fontes
de informação, tais como artigos científicos, livros, etc.
a) Organize seu tempo. Escolha o melhor horário e um ambiente tranqüilo para estudar,
pois isso irá favorecer a sua concentração;
b) Utilize este guia de estudos, pois nele você encontrará todas as principais informações
para a disciplina numa linguagem simples e objetiva;
c) Acompanhe os prazos de entrega das atividades e não deixe que estes se acumulem;
d) Procure estudar em outras fontes além deste guia, tais como livros, Internet, e-books,
artigos, etc;
e) Utilize as mídias disponíveis para a disciplina. Elas foram elaboradas para te auxiliar;
f) Participe dos fóruns, chats ou outros veículos de comunicação.
ok... Mas o que é necessário para eu aprender análise instrumental? Dedicação e estudo!!!
Unidade I - Fundamentos da Análise Instrumental
1. Objetivos da Unidade
Construir o conceito de análise instrumental;
• Química Geral
• Química Orgânica
• Química Inorgânica
• Bioquímica
• Química Tecnológica
• Físico-química
• Química Analítica
• Nanotecnologia
Turbidez, cloro residual, cor aparente são parâmetros de qualidade da água obtidos por
técnicas da química analítica. Já a determinação de coliforme termotolerantes é determinada
por técnicas microbiológicas.
Numa análise química onde não são utilizados instrumentos tecnológicos específicos
nas determinações analíticas, dizemos que se trata de um método clássico de análise.
Você observou que para responder estas questões são necessários conhecimentos
específicos, e isso exige pesquisa. Portanto, o primeiro passo é buscar informações sobre a
análise desejada, conhecer seus fundamentos, limitações, cuidados analíticos, cálculo dos
resultados, etc. Assim, na busca de informações sobre a análise de cloro residual, vamos fazer
uma pesquisa no Google. Digite os termos de busca: análise de cloro residual.
Princípio
(Policontrol, 2007)
Você entendeu qual o princípio da análise de cloro pelo método DPD? Leia
novamente e anote as informações:
4 – Na ausência de íons iodeto, o DPD reage com cloro livre, produzindo uma
coloração róseo-avermelhada, que é quantificada com base da Lei de Beer.
Observe que existe uma seqüência de passos a serem seguidos. Cada passo tem uma
função específica, mas o ponto culminante foi a formação da cor róseo-avermelhada. Quanto
mais intensa for a coloração, maior a concentração de cloro da solução ou água tratada. Isto
por que “...nesta reação, a intensidade da cor varia proporcionalmente à concentração do
cloro presente, respeitando a Lei de Beer” (Harris, 2005, p. 402)
Luz
incidente
Amostra
Quanto mais intensa for a coloração azul da solução de sulfato de cobre, maior é a
concentração de íons cobre;
Quanto maior a concentração de íons cobre (maior intensidade da cor azul), menor a
quantidade de luz atravessará a solução;
O mesmo ocorre com o permanganato. Portanto:
[MnO4-] = Absorção da luz
Note que, se medirmos a quantidade de luz absorvida por um solução, podemos prever
a sua concentração. É isso que está enunciado na Lei de Lambert-Beer (ou apenas Lei de
Beer):
A concentração é proporcial à absorbância
Bem, uma coisa puxa outra... mas este será o tema da próxima unidade! Por agora o
importante é revisarmos alguns tópicos de física aplicada que serão úteis nas unidades
seguintes.
5. Propriedades da Luz
A luz ou radiação eletromagnética pode ser descrita tanto em termos de onda com em
termos de partícula, conhecido como princípio dual da radiação eletromagnética. As ondas
eletromagnéticas consistem em campos magnéticos e elétricos oscilantes perpendicularmente
orientados (Figura 2). Para descrever a luz, são utilizados os termos comprimento de onda (λ),
freqüência (ν) e energia (E). As relações matemáticas entre estas variáveis são:
c = λν (Eq. 1)
E = hν (Eq. 2)
onde: c é a velocidade da luz no vácuo (3×108 m s-1) e h é a constante de Plank, cujo valor no
Sistema Internacional (SI) é 6,627×10-34 J.s
Comprimento de onda (λ): é a distância de uma crista à outra ou um vale ao outro numa
onda eletromagnética. A unidade por ser qualquer que indique distância, tais como Km, m,
cm, mm, µm, nm, etc. No entanto, é mais comum o uso das unidades µm, nm.
Frequência (ν): Indica a periodicidade da onda, ou seja, a quantidade de ciclos ou voltas por
unidade de tempo. Ex: uma onda possui freqüência de 10 Hz (ou s-1), significa que esta onda
tem uma periodicidade de 10 ciclos ou voltas num tempo de 1s.
Energia (E): Indica a energia associada à onda eletromagnética, sendo comum o uso das
unidades Joule (J) e caloria (cal). 1 cal = 4,18 J.
6. Espectro eletromagnético
O espectro eletromagnético é constituído pelo conjunto de radiações eletromagnéticas,
classificadas quanto ao comprimento de onda, freqüência e energia (Figura 3).
Você notou que o espectro visível é estreito (400 nm a 600 nm) se comparado às
outras radiações eletromagnéticas? Isto demonstra o quão pouco “vemos” ao nosso redor. A
região à esquerda do espectro visível, composto pelos raios gama, raios X e ultravioleta (UV)
são àquelas de maior freqüência, portanto mais energéticas. Por este motivo são também
perigosas por serem capazes de causar alterações na matéria.
Exercício resolvido
1. Qual a energia associada a uma radiação eletromagnética com comprimento de onda
de 250 nm? Dado: n (nano) =10-9
Resolução:
como c = λν e E = hν
temos
c
ν=
λ
substituindo a equação acima na equação da energia
hc
E=
ν
hc
substituindo os dados do exercício na fórmula E = , temos
ν
6,627 × 10 −34 Js × 3 × 10 8 ms −1
E= = 7,9524×10-19 J
250 × 10 −9 m
n = 10 −9 temos
Resumo da Unidade I
Termos importantes
Problemas
3) O comprimento de onda de uma radiação eletromagnética cuja energia é 3,1 × 10-19 J vale:
a) 641,3 µm
b) 0,6413 nm
c) 6,413 nm
d) 64,13 µm
e) 0,641µm
6) Dada a equação E=hf, onde E é a energia de uma radiação eletromagnética em Joules (J),
h é a constante de Plank e f é a freqüência da radiação (s-1), a unidade da constante de
Plank é:
a) J-1s b) J.s c) J s-1 d) J.m e) m/s
1. Objetivos da unidade
Apresentar e discutir os fundamentos dos principais métodos espectroscópicos de
análise;
2.1. Introdução
Analise, a palavra espectro indica algo complexo, variação, amplitude de ação, etc.
Foto significa luz e metria obviamente faz referência à medida. Portanto, temos três
componentes: medida, luz e espectro. Pelo estudo da física, sabe-se que a luz branca pode ser
decomposta num “espectro” de cores diferentes, chamado de espectro da luz. Agora é com
você:
O que significa espectrofotometria?
É a medida ou quantificação da luz ou radiação eletromagnética. Mas qual a sua
aplicação em análise química? Você se lembra que na unidade anterior vimos que a medida da
absorção da luz por uma amostra é proporcional à sua concentração? A espectrofotometria é o
nome utilizado para descrever a técnica que utiliza a luz para medir a concentração de uma
espécie química.
Quando uma molécula absorve luz, a energia da molécula aumenta. Por este motivo,
quando a luz é absorvida por uma amostra, a energia radiante do feixe de luz diminui (Figura
5). A energia radiante, P, é a energia por segundo por unidade de área do feixe de luz. Numa
análise química por espectrofotometria ou colorimetria, quantifica-se a intensidade da luz (P)
que passa pela amostra.
P0P0 P1
Luz
incidente
Amostra
Figura 5. Absorção de luz por uma amostra.
Observe que P1<P0, o que indica que parte da radiação eletromagnética (luz) foi
absorvida pela amostra. Portanto, ser fizermos a razão entre P1/P0 teremos a fração de luz que
atravessa a amostra, sendo denominada de transmitância (T). A transmitância apresenta
valores que variam entre zero (0) e 1 ou zero e 100%.
P1
T= (Eq. 3)
P0
1
A = log (Eq. 4)
T
ou A = 2 − LogT % (Eq. 5)
Exercício resolvido
A = 2 − LogT %
A = 2 − Log 60
A = 2 − 1,77815 => A = 0,22185
Na Unidade I foi dado um exemplo do uso da luz numa análise química. Vamos
relembrar?
“... uma solução de sulfato de cobre é azul devido à presença de íons cobre e, mais intensa
será a coloração azul quanto mais íons cobre estiverem na solução. Você conhece o
permanganato de potássio? Ele é vendido na forma de comprimidos em qualquer farmácia
para tratamento de feridas. Ao dissolvê-lo em água, a solução resultante é rósea escura.
Quanto mais água adicionarmos, estaremos diluindo a solução, conseqüentemente, estaremos
diminuindo a coloração rósea. Pelo exposto acima, podemos prever que”:
Quanto mais intensa for a coloração azul da solução de sulfato de cobre, maior é a
concentração de íons cobre;
Quanto maior a concentração de íons cobre (maior intensidade da cor azul), menor a
quantidade de luz que atravessará a solução;
O mesmo ocorre com o permanganato. Portanto:
A = εbc (Eq. 6)
Exercício resolvido
2. Qual a concentração de MnO4-1 em mol L-1 de uma solução com absorbância de 0,345
à 500nm utilizando uma cubeta de 1 cm? A absortividade molar a 500 nm é 10.000
mol-1L cm-1?
Resolução:
A = εbc
Exercício resolvido
Resolução:
A = εbc
Pelo que você observou até agora neste capítulo, podemos determinar a concentração
de uma analito, comparando a leitura (absorbância) de uma solução padrão (concentração
conhecida), com a leitura de uma amostra, cuja concentração se pretende determinar. A
questão é que podemos ter mais de um padrão analítico numa análise, no intuito de minimizar
o erro analítico.
Como faremos a comparação dos padrões com a amostra? Vamos utilizar um artifício
matemático chamado Método dos Mínimos Quadrados. Como este cálculo é extenso e foge
do escopo desta disciplina, faremos estes cálculos utilizando uma calculadora científica ou
com o auxílio do Excel®. O detalhamento da entrada de dados nestas ferramentas será
disponibilização pelo professor na forma de tutorial.
Exercício resolvido
4. Qual a concentração de fósforo (PO4-3) para uma amostra cuja absorbância foi 0,458?
Os padrões analíticos para a confecção da curva de calibração são apresentados na
tabela abaixo.
3.1. Introdução
Você notou que o título deste capítulo apresentou um termo já conhecido? Absorção.
Mas...o que significa absorção atômica? Vejamos, quando falamos em absorção, estamos
fazendo referência à absorção da luz pela amostra, como visto no capítulo 2 ao tratarmos
sobre espectrofotometria. Na espectroscopia por absorção atômica, a luz emitida por uma
fonte luminosa é absorvida pelos átomos de metais no estado fundamental presentes na
chama. Estes átomos são provenientes da amostra e, quanto maior a concentração do metal,
maior a quantidade de luz absorvida, portanto maior a absorbância da amostra.
Queimador
Monocromador Detector
Fonte Luminosa
Amplificador
Amostra Leitura
Já vimos que o princípio da EAA é a leitura da absorção da luz emitida pela lâmpada
de cátodo oco por átomos no estado fundamental presentes na chama. Mas neste momento,
vamos aprofundar um pouco mais neste assunto. Por que o átomo encontra-se no estado
fundamental na chama? Antes de respondermos esta questão, observe o que ocorre com uma
solução salina numa chama.
Na+1(aq) + Cl-1(aq) NaCl (s) NaCl (g) Na (g) + Cl(g) Na* (g)
Esse processo é mais comum do que se imagina. Como? Alguma vez você já observou
o que ocorre com a chama do fogão ao cair um pouco da água do cozimento do arroz? A
chama, que inicialmente era azul clara fica amarelo-alaranjada... ou laranja-amarelada... bem,
o fato é que muda de cor de maneira perceptível! Os passos descritos na Figura 6 é a
explicação para o fenômeno da mudança na cor da chama.
Em outras palavras, parte da solução de cloreto de sódio ao “cair” na chama, tem seu
conteúdo de água vaporizado, restando apenas o cloreto de sódio sólido (NaCl(s)). Como este
processo é praticamente instantâneo, o NaCl(s) ao receber mais energia da chama que
dependendo da temperatura, poderá sublimar o sal levando-o ao estado gasoso (NaCl(g)). Este,
com o acréscimo de energia sofre o processo de atomização (Na(g) + Cl(g)). O sódio atomizado
poderá ainda ao absorver mais energia da chama e passar para o estado excitado (perda de
elétrons), sendo que ao sair da chama, este elétron retorna para o orbital ocupado
anteriormente. Neste processo o átomo perde energia na forma de luz, cujo comprimento de
onda depende da quantidade de energia absorvida e da posição do elétron excitado. Por este
motivo, o bário (Ba) emite luz de cor verde, o lítio (Li) na cor vermelha, etc.
Exercício resolvido
5. Se a absorbância de um padrão de Hg+2 com concentração de 1,5 µmol L-1 foi 0,124
pelo método da EAA, qual a concentração de mercúrio em uma amostra cuja leitura de
absorbância foi 0,0947?
Resolução:
1,5 × 0,0947
x=
0,124
3.1. Introdução
Em tese, este método funcionaria para todos os metais constantes na tabela periódica.
No entanto, a sua aplicação prática é comum apenas para os metais alcalinos, principalmente
para o Li, K e Na. Isto porque a energia de ionização destes elementos é baixo, o que explica
a elevada emissão destes. Elementos como o mercúrio (Hg) exigem grande quantidade de
energia para causar a excitação, conseqüentemente a emissão atômica, daí a sua análise ser
realizada por EAA.
Queimador
Monocromador Detector
Amplificador
Amostra
Leitura
Exercício resolvido
6. Numa análise para determinação de potássio (K+), a medida da emissão deste elemento
para uma amostra de água mineral foi 44,5. Em comparação com os padrões analíticos
para determinação deste elemento em amostras de água, determine a concentração de
potássio na amostra de água mineral.
Como temos vários padrões, é necessário encontrar a equação de reta. Neste caso,
x representa a concentração e y representa a emissão dos átomos de potássio na
amostra. Através do tutorial disponibilizado, encontramos os coeficientes angular e
linear.
y = 5,084 x − 0,22 ou Emissão = 5,084Conc − 0,22
Como a emissão da amostra foi 44,5
Emissão = 5,084Conc − 0,22
5,084Conc − 0,22 = Emissão
Emissão + 0,22
Conc =
5,084
44,5 + 0,22
Conc = = 8,796 mg L-1 ≈ 8,8 mg L-1
5,084
Resumo da Unidade II
Termos importantes
Questionário
3) Uma série de padrões de potássio forneceu as intensidades de emissão a 404,3 nm, mostras
na tabela a seguir. Determine a concentração de potássio na amostra desconhecida.
4) 0,267 g de um composto com massa molar de 337,69 g mol-1 foram dissolvidos em 100,0
mL de etanol. Então 2,00 mL foram diluídos para 100,0 mL. O espectro desta solução exibiu
um máximo de absorbância de 0,728 a 438 nm em uma cubeta de 2,00 cm. A absortividade
molar do composto é:
a) 3021 M-1 cm-1
b) 2302 M-1 cm-1
c) 3500 M-1 cm-1
d) 2205 M-1 cm-1
e) 4009 M-1 cm-1
a) Cromatografia
b) Espectroscopia de Absorção atômica
c) Colorimetria
d) Coulometria
e) Espectrofotometria
a) Cromatografia gasosa
b) Espectroscopia de Absorção atômica
c) Turbidimetria
d) Colorimetria
e) Espectrofotometria
a) 0,2
b) 0,0
c) 0,4
d) 0,1
e) 0,3
a) Padrões analíticos
b) Várias amostras
c) Diluição da amostra
d) Computador
e) Ácidos minerais
a) 1 e 2 estão corretas
b) 3 e 4 estão corretas
c) 1 e 4 estão corretas
d) 2 e 4 estão corretas
e) nenhuma das alternativas
11) 0.460 g de um composto com massa molar de 340,0 g mol-1 foram dissolvido em 100,0
mL de água destilada. Então 2,00 mL foram diluídos para 150,0 mL. O espectro desta solução
exibiu um máximo de absorbância de 0,828 a 438 nm em uma cubeta de 3,00 cm. A
absortividade molar do composto é:
a) 3021 mol-1 cm-1 L
b) 1530 mol-1 cm-1 L
c) 3500 mol-1 cm-1 L
d) 2205 mol-1 cm-1 L
e) 4009 mol-1 cm-1 L
12) A absortividade molar do complexo formado entre o bismuto (III) e a tiouréia é 9,32×103
L cm-1 mol-1 a 470 nm. Calcule a faixa de concentração permitida para o complexo se a
absorbância não deve ser menor que 0,10 nem maior que 0,90 quando as medidas forem feitas
em cubetas de 1,00 cm.
13) A absortividade molar de soluções aquosas de fenol a 211 nm é 6,17×103 L cm-1 mol-1.
Calcular a faixa de concentração permitida de concentração de fenol que pode ser usada se a
transmitância deve ser menor que 80% e maior que 5% quando as medidas forem feitas em
cubetas de 1,00 cm.
15) Uma amostra em uma célula de 3,0 cm transmite 65% de um feixe de luz incidente (λ =
610 nm). Se a solução tem concentração de 1,5×10-10 mol L-1, a absortividade molar vale:
a) 4,157×10-8 mol-1 cm-1 L
b) 4,157×108 mol-1 cm-1 L
c) 1,87×10-11 mol-1 cm-1 L
d) 1,87×1011 mol-1 cm-1 L
e) 18,7×10-12 mol-1 cm-1 L
17) Se numa análise de potássio (K+1) por fotometria de chama, um padrão deste elemento a
30 mg L-1 apresenta uma emissão de 55, qual a concentração de uma amostra que apresenta
emissão de 33?
18) Uma amostra em uma célula (cubeta) de 1,0 cm transmite 75,0% de um feixe de luz
incidente (510 nm). Se a concentração da solução for de 0,075 g mol-1, a absortividade molar
(M-1 cm-1) vale:
a) 1.0×l0-4 M-1 cm-1
b) 1.67 M-1 cm-1
c) 10.000 M-1 cm-1
d) 4,4 M-1 cm-1
e) 890 M-1 cm-1
Unidade III - Métodos eletroanalíticos e
cromatográficos
1. Objetivos da unidade
Apresentar os conceitos fundamentais dos métodos eletroanalíticos e cromatográficos;
2. Potenciometria
2.1. Introdução
Quantas vezes já ouvimos dizer que o limão é ácido, ou que um suco desta fruta está
ácido? A faixa de pH, que varia de 0 a 14, nos indica o quão ácido ou básico uma solução
está... mas como é feita a medida do pH? A resposta para esta pergunta é geralmente bem
diversa. No entanto, antes de estudarmos como é feita esta determinação, outra pergunta
precisa ser respondida – O que pH?
pH = − log[ H + ] (Eq. 7)
pH = − log[0,25]
pH = 0,602
Se este cálculo estivesse correto, ao você utilizar um pouco de vinagre no seu almoço,
provavelmente isto causaria uma úlcera no estômago ou outros efeitos causados por ácidos
muito fortes. Mas isso ocorre com o vinagre? Certamente que não. Mas qual a explicação para
isso? Bem, se o ácido acético não causa os efeitos citados anteriormente é porque ele não é
um ácido forte, mas sim um ácido fraco. Uma das características dos ácidos fracos que estes
não estão completamente dissociados na solução aquosa. No caso do ácido acético, apenas 5%
das moléculas estão dissociadas, a maior parte (95%) permanece na forma não-dissociada.
Assim, o valor da acidez visto e conseqüentemente o pH será maior que 0,602, pois é
influenciado apenas pelos hidrogênios dissociados.
O exposto acima indica claramente que o pH de uma solução tem relação estreita com
o comportamento de um composto neste meio. Isto seria um problema, se não fosse o
eletrodo indicador de pH.
O termo eletrodo já indica que se trata de uma medida elétrica, mas o que é eletrodo
indicador de pH? Existem vários tipos de eletrodos: eletrodo de calomelano saturado, eletrodo
de íon seletivo, eletrodos de referência, etc. No entanto o mais importante é o eletrodo
indicador de pH (Figura 9). Essencialmente se trata de uma célula eletroquímica, ou seja, um
dispositivo eletroquímico sensível à presença do íon hidrogênio.
Membrana de vidro
Neste caso, trata-se de um eletrodo que é sensível a uma espécie iônica específica. O
princípio de funcionamento deste é o estabelecimento do equilíbrio de troca iônica na
superfície de uma membrana seletiva a íons. No entanto, outros íons podem ser capazes de se
ligarem ao mesmo sítio e interferirem no resultado da análise.
Exercício resolvido
Resposta:
pH = − log[ H + ]
6,0 = − log[ H + ]
− log[ H + ] = 6,0
log[ H + ] = −6,0
3. Condutimetria
3.1. Introdução
Bateria
Figura 10. Experimento para a verificação da condutividade de uma solução salina (NaCl).
Vamos considerar uma célula hipotética formada por duas placas de platina planas e
paralelas com superfície A (cm2), recobertas com negro de platina, afastadas por uma
distância de d em centímetros. A resistência R (ohm) entre estas placas numa solução
eletrolítica é dada pela Equação 9,
1
R = ρ .d (Eq. 9)
A
1
L= (Eq. 10)
R
A
L= .d (Eq. 11)
ρ
O termo 1 -1
ρ é denominado condutância específica K, expressa em Siemens (S cm ).
O que torna este fator importante para tenhamos deduzido esta equação? A importância se
deve ao fato da condutância específica ser uma função da concentração de eletrólitos fortes na
solução, além de ter também relação com a temperatura.
4. Cromatografia
4.1. Introdução
Você já observou que a maioria dos métodos instrumentais possui nomes sugestivos
quanto à sua aplicação? Foi assim com a espectroscopia, condutimetria, etc, e não é diferente
para a cromatografia. Na verdade, o nome deste método de análise química deixa bem
evidente do que se trata.
Croma = cor
grafia = escrita
Mas como escrever com cor? Bem, observe a Figura 11 e tire suas próprias
conclusões.
Note que é gotejada uma mistura de dois compostos na parte superior da coluna. A
coluna está preenchida com uma substância sólida azul (fase estacionária) escura, enquanto
um solvente (fase móvel) percola pela coluna até sua saída na parte inferior. À medida que os
compostos “passam” pela coluna, há um diferente nível de interação entre o composto
amarelo e o laranja, tendo como conseqüência uma separação dos compostos.
Figura 12. Separação dos compostos orgânicos de uma mistura por cromatografia em coluna.
Adaptado de Wikimedia (2010a).
Fase estacionária. Meio físico que propicia a separação dos compostos, sendo
geralmente um sólido ou gel.
Fase móvel. É a responsável pelo arraste dos compostos pela fase estacionária,
podendo ser gás ou líquido.
Esta é uma das técnicas de cromatografia mais utilizadas, pois permite a separação,
identificação e quantificação de um composto químico, mesmo em quantidades diminutas
como 1µg L-1.
5
2
1
1- Cilindro de gás de arraste: He, N2, Argônio, etc. Geralmente trata-se de um gás
nobre ou com reatividade praticamente nula;
4.7. Detectores
Dependendo dos compostos à serem analisados, direntes tipos de detectores podem ser
utilizados. Veja alguns dos principais detectores:
Detector por ionização de chama - FID. Sensível para elementos como o enxofre,
fósforo e nitrogênio.
Espectrômetro de massa. Detector altamente sensível nas análises de compostos
orgânicos, que inclusive fornece dados para a caracterização do analito.
Termos importantes
Questionário
Problemas
3) Os dados a seguir foram obtidos quando um eletrodo seletivo para o íon Ca+2 foi
imerso em uma série de soluções-padrão cuja força iônica foi mantida constante em
2,0 M.
b. Qual a concentração de cálcio em mol L-1 e mg L-1, numa amostra cuja leitura foi de -
22,5 mV
Bibliografia
HARRIS, Daniel. Análise química Quantitativa. 5ª Ed. Rio de Janeiro, Ed. LTC, 2005. 874p.
VOGEL. Análise química Quantitativa. 6ª ed. Rio de Janeiro, Ed. LTC, 2002. 462p.