Professional Documents
Culture Documents
Pelo todo-misericordioso mandato de nosso Infinitamente Amoroso Pai Comum Infinito, nossos
Mais Elevados e Santíssimos Indivíduos Cósmicos algumas vezes atualizam, dentro da
presença de algum ser tri-cerebrado terrestre, a "concepção definitizada" de um Indivíduo
Sagrado para que, tendo se tomado um serterrestre com tal presença, ele possa compreendera
situação in loco e dar uma nova direção adequada ao processo da existência comum desses
seres, graças ao qual pudessem taN~zserremo vidas de suas presenças as consequências já
cristalizadas das propriedades do órgão Kundartiguador, bem como a predisposição para
novas cristalizações.
Sete séculos antes do apogeu da Babilônia, foi atualizado no corpo planetário de um ser tri-
cerebrado a "concepção definitizada de um Indivíduo Sagrado chamado Ashiata Shiemash,
que se tornou um Mensageiro do Alto, e que agora é um dos Altíssimos e Santíssimos
Indivíduos Cósmicos Comuns.
O Santíssimo Ashiata Shiemash foi o único Mensageiro do Alto que conseguiu, através de seus
santos trabalhos, criar condições nas quais, por um certo tempo, a existência desses
desafortunados seres de alguma maneira se tomou semelhante à existência dos seres tn-
cerebrados com as mesmas possibilidades que habitam outros planetas de nosso grande
Universo. E esse santo foi também o primeiro que, para o cumprimento de sua missão,
recusou-se a empregar os métodos costumeiros estabelecidos durante séculos por todos os
outros Mensageiros do Alto para os seres tri-cerebrados daquele planeta.
O Santíssimo Ashiata Shiemash não ensinou ou fez pregações aos seres tn-cerebrados da
Terra, como foi feito antes e depois dele por todos os outros Mensageiros do Alto enviados com
o mesmo propósito. Como consequência disso, nada foi guardado de seus ensinamentos que
passasse além de seus contemporâneos.
Também foi preservada, do período de suas santissimas atividades, uma tabuleta de mármore,
na qual foram gravados seus conselhos e mandamentos para os seres daquela época. Essa
tabuleta é agora a mais preciosa relíquia sagrada de um pequeno grupo de iniciados chamado
Fraternidade Obogmek, que existe no meio do continente da Ásia. O nome Olbogmek significa
unâo há diferentes religiões, há um só Deus".
Legomonismo é o nome dado a um dos meios usados para transmitir de geração a geração
informações sobre certos eventos do passado remoto, através daqueles seres tri-cerebrados
que se tomaram merecedores de serem chamados de iniciados. Assim, Iegomonismo é o nome
dado à sucessiva transmissão de informações sobre os eventos do passado remoto do planeta
Terra de iniciado para iniciado, isto é, entre seres realmente meritórios, transmitindo o que eles
receberam de outros seres meritórios como eles.
O LEGOMON1SMO CONCERNENTEÀS
DELiBERAÇÕES DO SANTÍSSiMO ASHJATA
SH1EMASH, SOB O TÍTULO DE
O TERROR DA SITUAÇÃO."
'Em nome da Causa de minha manifestação, eu sempre me esforça rei para ser justo para com
toda fonte já espiritualizada e para com todas as fontes de fuluras manifestações espiritualiza
das de nosso Criador Comum, a Toda-Poderosa Autocrática lnfinitude~ Amém.
A mim, uma minúscula partícula do todo do Grande Todo, veio o Mandato do Alto para que
fosse recoberto com o corpo planetário de um ser tri-cerebrado da Terra para ajudar a todos os
outros seres aí existentes a libertarem-se das consequências das propriedades daquele órgão
que, por grandes e importantes razões, fora implantado na presença de seus ancestrais.
Todos os Individuos Sagrados que antes de mim foram intenaonalmente atualizados desde o
Mais Alto, esforçando-se por esse mesmo propósito, sempre tentaram cumprir a tarefa a eles
imposta através de uma ou outra das três vias sagradas para o auto-aperfeiçoamento
preestabelecidas por nosso Criador Infinito, ou seja, as vias sagradas baseadas nos impulsos
do Ser chamados Fé, Esperança eAmor.
Quando completei dezessete anos, eu comecei, por mandato do Alto, a preparar meu corpo
planetário para que, durante minha existência responsável, estivesse apto a ser imparcial.
Durante o período de minha auto-preparação, eu também tinha a intenção de, assim que
atingisse a idade responsável, desempenhara tarefa a mim imposta através de um ou outro
desses três sagrados impulsos do Ser. Mas, quando tive a oportunidade de encontrar muitos
seres de quase todos os tipos que existiam na cidade da Babilônia, e quando, no curso de
minhas observações imperciais, tomei conhecimento de suas várias peculiaridades, surgiu e
aumentava progressivamente em mim uma dúvida essencial com relação à possibilidade de
salvaros seres tri-cerebrados deste planeta porqualqueruma dessas três vias sagradas. As
diferentes manifestações dos seres que encontrei não só aumentaram minha dúvida, mas
gradualmente me convenceram de que as consequências das propriedades do órgâo
Kundartiguador, tendo passado hereditariamente através de muitas gerações, por um período
muito longo, estavam ao final tão cristalizadas em suas presenças que chegaram aos seres
contemporâneos como parte integrante de sua existência, formando agora uma "segunda
natureza" em sua presença comum.
Assim, quando finalmente me tomei um ser responsável, antes de escolher uma dessas três
sagradas vias, eu decidi colocar meu corpo planetário em estado de "ksherknora", ou seja, o
estado de "percepção completa balanceada de todos os cérebros", e apenas neste estado eu
escolheria o caminho para minhas futuras atividades.
Com esse propósito, subi ao Monte Veziniana, onde durante quarenta dias e quarenta noites
permaneci de joelhos, devotando-me àconcentração.
Por um segundo período de quarenta dias e quarenta noites não comi nem bebi, mas repassei
e analisei todas as impressões presentes em mim, de tudo que eu havia percebido durante
minha existência aqui no período de minha auto-preparação.
Um terceiro período de quarenta dias e noites permaneci de joelhos e não comi nem bebi, e a
cada meia hora arrancava dois cabelos de meu peito.
Esta reflexão de minha razão purificada trouxe-me a certeza de que já era muito tarde para
salvar esses seres por qualquer uma das três sagradas vias.
E ficou totalmente daro para mim que todas as genuínas funções dos seres humanos - como
são próprias de todos os seres tri-centrados de nosso grande Universo - haviam já degenerado
em seus ancestrais remotos em outras funções bem diferentes, que estavam entre as
propriedades do ôrgão Kundartiguador, e eram muito similares às genuínas funções sagradas
do Ser da Fé, Esperança e Amor.
E essa degeneração ocorreu porque, como indicam todas as possibilidades, quando o orgão
Kundartiguador foi destruído em seus
ancestrais, e eles então puderam adquirir os fatores para os genuínos impulsos sagrados do
Ser, sendo que ainda permaneciam neles os resquícios de muitas propriedades do õrgão
Kundartiguador, essas propriedades que se assemelhavam aos três impulsos sagrados
gradualmente se mesclaram ás genuínas.
E, como resultado, os fatores cnstalizados em sua psique para os impulsos da fé, esperança e
amor, embora similares aos genuínos, eram de alguma forma bem peculiares.
Eles acreditam, mas neles esse impulso sagrado não funciona de forma independente, como
ocorre em geral com todos os seres tri-cerebrados com as mesmas possibilidades nos vários
planetas de nosso Grande Universo, mas surgedependendo dosfatoresqueforamformados em
sua presença comum, como sempre devido ás consequências das propriedades do órgão
Kundartiguador, como por exemplo essas propriedades que eles chamam "vaidade", "amor-
próprio", "orgulho", "auto-importância", etc.
Ë muito fácil convericerum serdeste planeta de qualquer coisa que se queira, desde que
durante a percepção desse assunto absurdo se evoque nele, seja consaentemente desde fora
ou automaticamente por si mesmo, ofuncionanentode uma ou outra correspondente
consequência das propriedades do órgão Kundartiguadorcnstalizadas nele, formando a sua
assim chamada subjetividade, a saber, amor-próprio, orgulho, vaidade, presunção, arrogância,
etc.
Se essas influências atuam sobre sua razão degenerada e sobre os fatores que atualizam as
sensações do ser, não apenas se cristaliza uma falsa convicção com relação a qualquer
absurdo, mas eles irão também, com toda sincendade efé, provar veementemente a seus
semelhantes que aquilo é verdadeiro e não poderia ser de outra forma.
E de forma igualmente anormal foram moldados neles dados para evocar o sagrado impulso do
Amor. Eles amam, mas esse amor deles é também o resultado de certas consequências
cristalizadas das propriedades do órgâo Kundartiguador~ e esse impulso surge e se manifesta
em cada um deles de maneira inteiramente subjetiva. Se pedíssemos a dez deles para
explicarem como sentem esse impulso interior, mesmo supondo que todos respondessem
sincera e francamente, levando em conta suas sensações genuínas e não o que leram em
algum lugar ou ouviram de alguém; todos os dez dariam respostas diferentes e descreveriam
dez diferentes sensações.
Um explicaria essa sensação no sentido sexual, outro no sentido da piedade, um terceiro como
um desejo de submissão, um quarto como um interesse comum pelas coisas exteriores, e
assim por diante. Mas nenhum deles poderia descrever nem remotamente as sensações do
Amor genuíno.
E não poderiam descrevê-lo porque já por um longo tempo nenhum deles teve a menor
sensação desse sagrado impulso do ser do Amor verdadeiro. E sem esse "sabor, nenhum
deles pode ter a menor idéia deste sagrado impulso do ser, o mais beatífico na presença de
todos os seres til-centrados do Universo, que de acordo com a divina providência da Grande
Natureza, forma em nós aqueles dados que, quando experimentamos seus resultados,
podemos descansar na bençâo das atividades meritórias que cumprimos no propósito da auto-
realização.
Se um desses seres tri-cerebrados "ama" alguém, é porque esse alguém o encoraja e bajula
de forma irrestrita, ou pela mera aparência física ou pela esperança de algum lucro material,
etc. Mas nunca esses seres amam com um amor genuíno, imparcial e não-egoísta.
E, graças ao tipo de amorque existe nesses seres, sua predisposição hereditána para a
cristalização das consequências das propriedades do órgão Kundartiguador age agora com
mais intensidade e se fixa como uma parte integrante de sua natureza.
E, com relação ao terceiro impulso sagrado do ser, Esperança, sua condição na presença
desses seres tri-centrados é ainda pior que a dos outros dois. Esse impulso do ser, em sua
forma distorcida, não só finalmente se adaptou à presença desses seres, mas essa recém-
formada e prejudicial esperança, que tomou lugar do impulso do ser da sagrada Esperança, é
agora a principal razão pela qual eles não podem mais adquirir os fatores para o funcionamento
dos genuínos impulsos do ser da Fé, Esperança e Amor.
Em consequência dessa recém-formada esperança anormal, eles sempre esperam por alguma
coisa, e isso constantemente paralisa todas as possibilidades que aparecem neles, sejam
evocadas intenaonalmente desde fora ou surgidas acidentalmente dentro deles, possibilidades
que talvez pudessem destruirem sua presença a predisposição hereditárib para a cristalização
das consequências das propriedades do órgão Kundartiguador.
E minhas reflexões confirmaram que isto só seria possível se a vida diária desses seres fluísse
por um longo tempo sob estas condições favoráveis preestabelecidas.
"Que as bençãos do Todo-Poderoso, Infinitamente Amoroso Pai Comum, Único Sere Criador
Infinito possam estar sobre minha decisão. Amém".
A tabuleta de mármore, a única que por sorte permaneceu intacta desde o tempo de suas
santíssimas atividades, como principal relíquia sagrada da Fraternidade Olbogmek, continha a
seguinte inscrição:
Fé da Consciência é liberdade.
Fé do sentimento é fraqueza.
Fé do corpo é estupidez.
Graças à esperança anormal desses seres tri-cerebrados do planeta Terra, surgiu entre eles
uma doença muito singular e curiosa, com a propriedade de se desenvolver~ uma doença
chamada "amanhã".
Essa estranha doença trouxe os mais terríveis resultados, particularmente para aqueles
infelizes seres tri-cerebrados que tiveram a oportunidade de aprender e tomarem-se
categoncamente convencidos de que possuíam algumas consequências indesejáveis e que,
para livrarem-se dessas consequências, era indispensável para eles fazer certos esforços, que
eles até sabem como fazer, mas nunca conseguem fazer, devido a essa doença do "amanhã".
Até aqueles infelizes que, seja por sorte ou devido a uma ação consciente desde fora, chegam
a reconhecer sua completa nulidade e chegam a aprenderos esforços conscientes que devem
serfeitos e como fazê-los para se transformarem; até esses seres, sempre deixando para
amanhã, quase todos chegam ao ponto em que, um triste dia, surgem e se manifestam neles
aqueles prenúncios da velhice conhecidos como fraqueza e debilidade.
Chegando lá, entrou em contato com os membros da Fraternidade Tchaftantoon, cujo nome
significava: Serou não serde uma vez". Essa fraternidade havia sido fundada cinco anos antes,
pordoisterrestres que se tomaram verdadeiros iniciados. Um se chamava Poundoliro ao outro
Sensimininko.
Esses dois seres primeiro tiveram uma suspeita, que depois se tomou uma convicção, de que
havia alguma coisa indesejável em sua organização psíquica, e decidiram trabalhar para
eliminar esse "algo indesejáverde sua psique. Assim, procuraramoutros seres que também
tinham esse propósito e fundaram a mencionada Fraternidade.
Assim, após chegar a Djoolfapal, o Santíssimo Ashiata Shiemash estabeleceu relações com os
membros dessa Fraternidade, que já estavam trabalhando para comgir suas anormalidades
psíquicas. Ele então começou a iluminar a Razão desses seres, através de idéias
objetivamente verdadeiras, e guiá-los de maneira que pudessem sentir essas verdades, sem a
participação dos fatores indesejáveis já cristalizados em suas presenças ou dos fatores que
poderiam surgir como resultado das percepções externas recebidas das condições de vida
anormais já estabelecidas.
Essa verdade objetiva foi primeiro divulgada entre os monges de muitos monasténos nos
arredores da cidade e em seguida para todos os habitantes em geral. Como resultado dessa
pregação, eles selecionaram trinta e cinco noviços sérios e bem preparados para a
Fraternidade Heeshtvori.
Assim, durante um ano, Ashiata Shiemash continuou a iluminar os antigos membros e ainda os
trinta e cinco noviços, para que se tomassem merecedores de serem irmãos da Ordem com
plenos direitos.
De acordo com os estatutos elaborados por Ashiata Shiemash, qualquer um deveria, para se
tomar um irmão com plenos direitos, além de atingir certos méritos objetivos, estarapto a dirigir
conscientemente o funcionamento de sua psique até atingir o estado de saber como convencer
a cem outros seres e provara eles que o fator para o impulso da Consciência Objetiva existe no
homem; e como esse impulso deve ser manifestado para que o homem possa cumprir com a
meta e o sentido reais de sua existência; e ainda convencê-los deque cada um deles teria, por
sua vez, de atingir a necessária "intensidade de aptidão" para convencer a não menos que
outros cem.
Durante esse período, então, começou a se espalhar entre os habitantes da cidade e dos
arredores a idéia verdadeira de que na presença comum de todos os seres humanos existem
os dados para a manifestação do divino impulso da Consciência, mas que esse imDulso não
toma Darte na consciência da vida diária. Dor causa de certas manifestações que trazem
satisfações imediatas, destinadas a serem pagas mais tarde, e ainda várias vantagens
materiais, mas gradualmente atrofiam os dados colocados em suas presenças pela Natureza
para evocar nos outros seres em volta deles o impulso objetivo do Divino Amor.
E esses "iniciados do primeiro grau" que foram separados dos outros foram os primeiros a
serem chamados de "Grandes Iniciados".
"Os fatores para o impulso do Ser da Consciência Objetiva surgem nos seres trí-cerebrados da
localização em sua presença das partículas das "emanações de dor" de nosso Todo-Amoroso
e Antigo Sofredor, Pai Infinito; .6 por isso que a fonte de manifestação da genuína Consciência
nos soros til-centrados éalgumas vezes chamada de "Representativo do Criador".
E essa doré formada em nosso Omni-Sustentador Pai Comum da constante luta existente no
Universo entre alegria e tristeza.
Em todos os soros tri-centmdos do Universo, sem exceção, inclusive nós homens, devido aos
dados cristalizados em nossa presença comum para engendrar em nós o divino impulso da
Consciência, "todos nós" e o todo de nossa essência são e podem ser apenas sofrimento.
E nós devemos estar sofrendo, porque esse impulso do Ser podo chegará sua completa
manifestação em nós apenas através da constante luta entre dois "complexos de
funcionamento" absolutamente opostos, surgindo de duas fontes e origens totalmente opostas,
a saber, entro os processos de funcionamento do nosso corpo planetário e, paralelamente, os
processos de funcionamento que surgem progrossivamente dentro desse nosso corpo
planetário da formação e aperfeiçoamento de nossos Corpos Existenciais Superiores do Ser,
processos que em sua totalidade atualizam todos os tipos de Razão Objetiva nos soros tri-
centrados.
Consequentemente, nós, homens existindo no planeta Terra, como todos os seres til-centrados
do nosso Grande Universo, devido à presença em nós também dos fatores para engendrar o
Impulso divino da Consciência Objetiva, devemos sempre Inevitavelmente lutar com os dois
funcionamentos absolutamente opostos que surgem e se processam em nossa presença
comum,
e cujos resultados são sempre sentidos por nós como "desejos" ou como "não-desejos".
E apenas aquele que ajuda conscientemente o processo dessa luta interna, e ajuda
conscientemente os "não-desejos' a prevalecerem sobre os "desejos", comporta-se de acordo
com o Ser de nosso Pai Criador Comum, enquanto que aquele que conscientemente se
esforça no sentido contrário apenas aumenta Sua dor".
Assim, antes de que se passassem três anos, todos os seres que viviam na cidade de
Djoolfapal, bem como em vários países da Asia, não só sabiam que em seu interiorexistia o
divino impulso do Serda genuína Consciência e que era possível que esse impulso tomasse
parte de sua vida durante o estado de vigília; em todas as Irmandades do grande profeta
Ashiata Shiemash, os iniciados e sacerdotes estavam elucidando e indicando o que deveria ser
feito para que isso acontecesse. E, mais do que isso, quase todos eles começaram a se
esforçar para se tomarem também sacerdotes da Irmandade Heeshtvon, da qual muitas
ramificações foram fundadas em toda a Asia, cada uma funcionando independentemente.
Assim, quase todos os seres daquela época queriam e começaram a se esforçar para que a
Consciência Objetiva se manifestasse em sua vida diária no estado de vigília, trabalhando
sobre si mesmos, sob a guia dos iniciados da Fraternidade Heeshtvon, para transferir para sua
consciência diária os resultados dos dados presentes em seu subconsciente para engendraro
divino impulso da genuína Consciência, e assim teriam a possibilidade de
removercompletamente de si mesmos as consequências das propriedades do ôrgão
Kundartiguador, prejudiciais nâo só para eles pessoalmente, mas também para as
subsequentes gerações. E, por outro lado, teriam também a possibilidade de contribuir
conscientemente para diminuira dor de nosso Pai Comum Infinito.
Esses seres passaram a se comportar uns com os outros como manifestações, diferentes
apenas em grau, de um Único CriadorComum, e mostravam respeito uns aos outros de acordo
com méritos pessoalmente adquiridos, por meio do "dever Partkdolg do Ser", isto é, por meio
de trabalhos conscientes e padeamentos voluntários.
E foi por isso que, durante aquele período, desapareceram as duas mais prejudiciais formas de
existência que existiam entre eles, a saber, a divisão entre países e a divisão entre classes ou
castas.
E tudo isso aconteceu porque os dados existentes neles para a formação da Consciência
Objetiva passaram a tomar parte do funcionamento da vida comum no chamado "estado de
vigília"; então esses seres tri-cerebrados começaram a se relacionar uns cornos outros
baseados unicamente na Consciência. Como consequência, os senhores libertaram seus
escravos eos detentores do poder renunaaram a seus direitos imerecidos, reconhecendo e
sentindo com a Consciência que exerciam esses direitos e ocupavam essas posições não para
colaborar com o bem comum, mas apenas para a satisfação de suas fraquezas, tais como
vaidade, amor próprio, auto-indulgência, etc.
Todos esses chefes, diretores e conselheiros se tomaram tais de acordo com os méritos
objetivos que eles pessoalmente adquiriram e que podiam ser percebidos como reais por seus
semelhantes.
Todos os seres daquele planeta começaram a trabalhar para atualizarem si mesmos a função
divina da genuína Consciência.
- O primeiro é o esforço para ter na vida tudo o que for realmente necessário e satisfatório para
o corpo planetário.
- ~ segundo, ter uma constante e persistente necessidade instintiva de aperfeiçoar-se no
sentido do Ser.
- O terceiro é o esforço consciente para conhecer cada vez mais e mais sobre as leis que criam
e organizam o mundo.
- O quarto é esforçar-se, desde o começo da própria existência, para pagar o mais rapidamente
possível pelo próprio desenvolvimento e individualidade, para que logo se esteja livre para
aliviar, o tanto quanto possível, a dor de nosso Pai Comum.
- E o quinto, o esforço para ajudar sempre os outros seres, tanto os semelhantes como os de
outras formas, a se aperfeiçoarem, o mais rapidamente, até o grau do sagrado "Martfotai", isto
é, atéo grau da auto-individualidade.
Assim, de todos os que trabalhavam conscientemente sobre si mesmos, de acordo com esses
pontos fundamentais, alguns se destacaram por atingirem logo certos méritos objetivos, que,
sem dúvida, atraíram a atenção dos outros. Esses seres que se destacaram eram então
naturalmente procurados pelos outros, que queriam suas indicações e conselhos, para que
pudessem se aperfeiçoar também.
E esses seres que se destacaram escolheram entre eles aquele que tinha atingido o mais alto
grau de Consciência para que fosse o chefe de todos. E suas instruçóeseonentações passaram
entâoacircularportodo o planeta, e eram seguidas com devoção e alegria.
Por isso mesmo, durante essa época Ashiatiana, os seres do planeta Terra se desenvolveram
de maneira semelhante aos de outros planetas de nosso Grande Universo. Os resultados dos
trabalhos de Ashiata Shiemash também tiveram uma repercussão definida sobre aquela terrível
manifestação, peculiar aos terrestres, o irresistível impulso periódico de destruirem-se
reciprocamente.
Em outras palavras, durante todo esse período não houve guerras no planeta Terra.
Dessa maneira, ficou demonstrada praticamente uma das leis cósmicas, conhecida como "lei
do equilíbrio das vibrações", isto é, vibrações emanadas da evolução e involução das
substâncias cósmicas requeridas pelo Trogoautoegocrático Cósmico Comum.
O declínio de ambas as taxas, de nascimentos e de mortes, ocorreu porque sua existência foi
se tomando uma existência normal para seres tri-cerebradose eles começaram
airradiarvibraçõescorrespondentes ás requeridas pela Grande Natureza e, graças a isso, a
Natureza tinha menos necessidade daquelas vibrações que são obtidas da destruição da
existência dos seres.
E assim, graças aos trabalhos conscientes do Santíssimo Ashiata Shiemash, gradualmente foi
criado um bem-estar sem precedentes para os habitantes da Terra.
Mas, para a tristeza infinita de todos os individuos de pensamento mais ou menos conscientes,
nos vários graus de Razão, logo após a partida do Santíssimo Ashiata Shiemash, esses
infelizes (assim como fizeram com todas as verdadeiramente boas aquisições de seus
ancestrais), destruíram tudo; destruíram e apagaram da face do planeta todos os benefícios, de
tal forma que aos seres contemporâneos não chegaram sequerrumoms ou vestígios de que tal
bençâo tenha uma vez existido sobre a Terra.
Cagliostro
Ato seguido, o Conde Cagliostro lhe entregou um pequeno cartão pessoal e convidou o
bodhisatva Samael a que o visitasse no dia seguinte em seu castelo particular, no qual vivia o
enigmático conde.
– Estou aqui para ver o senhor conde Cagliostro. Este é seu cartão, me foi dado por ele!
O nobre conde, dizia o Mestre, estava usando um jaleco com botões de ouro puro e seus
sapatos tinham cordões cujas pontas eram de diamante. O quarto onde estavam dialogando
era todo na cor violeta. Tudo, desde a cama, os adornos do espelho principal, o papel de
parede, tudo...
Eliphas Levi
Uma das experiências pessoais de Samael com Levi está relatada logo abaixo,
mostrando a todo o mundo esotérico que tanto Samael quanto Eliphas Levi são grandes
mestres cabalísticos e da magia:
Nos instantes em que escrevo estes trechos vêm à minha memória acontecimentos
extraordinários, maravilhosos.
Repassando velhas crônicas de minha longa existência, com o ânimo de clérigo e de cela,
surge Eliphas Levi.
Uma noite qualquer, fora da forma densa, andei por aí invocando a Alma daquele falecido que
em vida se chamara: abade Alphonse Louis Constant (Eliphas Levi).
É óbvio que o encontrei sentado ante um velho escritório, no salão augusto de um antigo
palácio.
Com muita cortesia se levantou de sua cadeira para atender respeitosamente às minhas
saudações.
– Venho pedir-vos um grande serviço – disse. Quero que me deis uma chave para sair
instantaneamente em corpo astral cada vez que o necessitar.
– Com muito prazer – respondeu o abade –, porém, antes quero que me você me traga
amanhã mesmo a seguinte lição: O que é o mais monstruoso que existe sobre a terra?
– Dai-me a chave agora mesmo, por favor...
– Não! Traga-me a lição e com muito prazer lhe darei a chave.
Andei por todas as ruas da cidade observando, tratando de descobrir o mais monstruoso e
quando cria havê-lo achado, então surgia algo pior. De pronto, um raio de luz iluminou meu
entendimento.
Ah, dei-me conta, já entendo. O mais monstruoso tem que ser de acordo com a Lei das
Analogias dos Contrários, o antípoda do mais glorioso...
Bom, porém, o que é o mais glorioso que existe sobre a dolorosa face deste afligido?
Veio, então, a meu translúcido a montanha das caveiras, o Gólgota das amarguras e o Grande
Kabir Jesus, agonizante em uma cruz por Amor a toda a humanidade doente...
Então, exclamei: "O Amor é o mais grandioso que existe sobre a terra! Eureka! Eureka! Eureka!
Agora descobri o segredo: o Ódio é a antítese do mais grandioso".
Resultava evidente a solução do complexo problema. Agora, é indubitável que eu devia me pôr
novamente em contato com Eliphas Levi.
Projetar outra vez o Eidolon foi para mim questão de rotina, pois é claro que nasci com essa
preciosa faculdade.
Se eu buscava uma chave especial, fazia-o não tanto por minha insignificante pessoa que nada
vale, senão por muitas outras pessoas que anelam o desdobramento consciente e positivo.
Viajando com o Eidolon ou Duplo Mágico, muito longe do corpo físico, andei por diversos
países europeus buscando o abade. Mas, este, por nenhuma parte aparecia.
De pronto, em forma muito inusitada, senti um chamado telepático e penetrei em uma luxuosa
mansão. Ali estava o abade, mas...
Ó, surpresa! Maravilha! O que é isto? Eliphas convertido em criança e metido em seu berço?
Um caso verdadeiramente insólito, não é verdade?
Mestre, trago a lição. O mais monstruoso que existe sobre a terra é o Ódio. Agora, quero que
cumprais o que me prometestes. Dai-me a chave...
Porém, ante meu assombro, aquele menino calava enquanto eu me desesperava sem
compreender que "o Silêncio é a eloqüência da Sabedoria".
De vez em quando eu o tomava nos braços desesperado, suplicando-lhe, mas tudo em vão.
Aquela criatura parecia a esfinge do silêncio.
Quanto tempo durou isto? Não o sei! Na Eternidade não existe o tempo e o passado e o futuro
se irmanam dentro de um eterno agora.
Por fim, sentindo-me defraudado, deixei o pimpolho no seu berço e saí muito triste daquela
casa vetusta e ensolarada.
Recordei então aquela frase do Kabir Jesus: "Deixai que venham as crianças a mim, porque
delas é o Reino dos Céus".
Esse retorno, esse regresso ao ponto de partida original, não é possível sem antes haver
morrido em si mesmo: a Essência, a Consciência, está desafortunadamente engarrafada em
todos esses agregados psíquicos que em seu conjunto tenebroso tenebroso constituem o Ego.
Depois de ter compreendido a fundo todos esses processos da humana psiquê, o abade nos
mundos superiores me fez entrega da parte segunda da Chave Régia.
Certamente, esta foi uma série de mântricos sons com os quais se pode realizar em forma
consciente e positiva a projeção do Eidolon.
Para o bem de nossos estudantes gnósticos, convém estabelecer de forma didática a sucessão
inteligente destes mágicos sons:
ACLARAÇÃO: O ponto "a" é um assobio real e efetivo. O ponto "d" é somente semelhante a
um assobio...
ASANA: Deite-se o estudante gnóstico na posição do homem morto: decúbito dorsal (boca para
cima).
Disse o sábio Waldemar: "Não cremos ser demasiado dizer que em Goethe o desfrutar da
fantasia era o fundamental em suas relações com as mulheres. Esforçava-se para captar a
sensação de entusiástico consolo. Numa palavra, o excitante elemento musa da mulher, que
lhe inflamava o espírito e o coração em absoluto devida procurar a satisfação para a sua
matéria.
O apaixonado namoro que teve por Carlota Buff, Lili ou Frederica Brion - não podia desenvolver
correspondentemente toda a situação ao sexual. Muitas histórias literárias tentam expor
simplesmente até que ponto chegaram as relações de Goethe com a senhora Von Stein. Os
fatos examinados abonam a idéia de que se tratou de uma correspondência ideal. Goethe não
vivera, como é sabido, em completa abstinência sexual na Itália. Em seu regres-so à pátria,
estabelecera rapidamente um vínculo com Cristina Vulpius, a qual nada lhe recusava, permite a
conclusão que devesse carecer de algo.
Herman Grimm diz com razão: "Sua relação com Lotte só é compreensível quando reportamos
tc'da sua paixão às horas em que não estava com ela".
Que fale agora o poeta. Que diga o que sente, em verdade e poesia:
"Eu saía raramente, mas nossas cartas, - referindo-se a Frederica - eram trocadas cada vez
mais cheias de vida. Punha-me a par de suas circunstâncias... para tê-las presentes, de modo
que tinha diante de minha alma, com afeto e paixão, seus mereci-mentos.
A ausência fazia-me livre e toda minha inclinação florescia devidamente só pela prática na
distância. Em tais instantes podia ficar deslumbrado pelo porvir".
"Suga, ó jovem, o sagrado néctar da flor ao longo do dia, nos olhos da amada. Mas, sempre
esta dita é melhor que nada, estando afastado do objeto do amor. Em parte alguma esquecê-la
posso, mas se à mesa sentar-me tranqüilo com espírito alegre e em toda liberdade e o
impereptível engano que faz venerar o amor e converte em ilusão o desejo".
Comentando, diz Waldemar: "O poeta não se interessava por nada - e isto deve ser
consignado - nem pela senhora Von Stein, nem como ela realmente era, mas corno a via
através do anseio de seu próprio coração criador.
Seu anseio metafísico pelo eterno feminino se projetava de tal modo sobre Carlota que nela via
à Mãe, a amada, numa palavra, como sendo o princípio universal, ou a própria idéia de Eva. Já
em 1775 escrevia: Seria um magno espetáculo ver como se refletia nes-ta alma o universo. Ela
vê o universo tal como é, por certo, me-diante o amor.
Entretanto Goethe pode poetizar a mulher que amava, ou se-ja, criar um ente ideal que
correspondesse ao vôo de sua fantasia, e a isto, era fiel e dedicado. Porém, quando relaxava o
processo desta poetização, por sua própria culpa, ou da outra pessoa, afas-tava-se. Procura
suas sensações erótico-poéticas até o momento em que a coisa ameaça ficar séria. Neste
ponto busca refúgio na distância".
Amar a alguém à distância, prometer muito e depois parece-nos demasiado cruel. No fundo,
existe fraude moral. Ao invés de apunhalar corações adoráveis, melhor é praticar o Sahaja
Maithuna com a esposa sacerdotiza, amando-a e permanecendo fiel durante toda a vida.
Este homem compreendeu o aspecto transcendental do sexo, porém falhou no ponto mais
delicado. Por essa razão não obteve a Auto-Realização Íntima.
"Virgem pura no mais belo sentido, mãe digna de veneração, rainha eleita por nós
de condição igual aos Deuses"
Ansiando morrer em si mesmo aqui e agora durante o coito alquímico, querendo destruir a
Mefistófeles exclama:
"Flechas, transpassai-me.
Lanças, submetei-me, feri-me. Tudo desapareça
desvaneça-se tudo
e brilhe a estrela perene, foco do eterno amor".
Este bardo genial possuía, inquestionavelmente, uma intuição maravilhosa. Se tivesse achado
o caminho secreto numa só mulher, se com essa mulher houvesse trabalhado durante toda a
vida na nona esfera, obviamente teria chegado à libertação final.
Quando isto acontece, dito princípio teosófico penetra em nós e, fusionando-se com o Embrião
Áureo, passa por transformações íntimas extraordinárias. Seremos, então, Homens com Alma.
Ao chegarmos a essas alturas, alcançamos a maestria, o adeptado e nos transformaremos em
membros ativos da fraternidade oculta. Não obstante, isto não significa perfeição no sentido
mais amplo da palavra. Bem sabem os divinos e os humanos quão difícil é alcançar a perfeição
na maestria. Diga-se de passagem, urge saber que tal perfeição só se consegue depois que
tenhamos realizado esotéricos e profundos trabalhos nos mundos: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol,
Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. De todas as maneiras, a encarnação da Alma
Humana ou terceiro aspecto da "Trimurti Hindustânica" conhecida como Atman-Budhi-Manas
em nós, e sua mescla com o Embrião Áureo, é um evento cósmico extraordiná-rio que nos
transforma de forma radical.
A encarnação do Manas Superior em nós não implica o ingres-so dos princípios átmico e
búdico ao interior de nosso organismo.
Este último pertence a trabalhos ulteriores sobre os quais falaremos profundamente em nosso
futuro livro intitulado As Três Montanhas.
Depois desta pequena digressão, indispensável para o tema em questão, continuaremos com o
seguinte relato.
Há muito tempo sucedeu-me no caminho da vida algo insóli-to e inusitado. Uma noite,
enquanto me ocupava em interessantís-simos trabalhos esotéricos fora do corpo físico, tive de
aproximar--me com o Eidolon da gigantesca cidade de Londres. Recordo, com inteira clareza,
que ao passar por certo lugar daquela urbe percebi, com místico assombro, a aura amarela
resplandescente de um jovem inteligente que se encontrava postado numa esquina. Penetrei
num café muito elegante daquela metrópole e sentando-me ante uma mesa, comentei o caso
com uma pessoa de certa idade que lentamente saboreava numa xícara o conteúdo delicioso
daquela bebida árabe. De repente algo inusitado acontece, senta-se ao nos-so lado aquele
mesmo jovem de resplandecente aura amarela que momentos antes tanto, admirara. Após as
costumeiras apresenta-ções, fiquei sabendo que se tratava daquele que em vida escrevera
Fausto. Era Goethe.
Juntos, numa das praias daquela grande ilha britânica onde se encontra a capital inglesa,
estávamos conversando enquanto podía-mos ver algumas ondas mentais de cor vermelho-
sanguinolentas que flutuando sobre o furioso oceano vinham até nós. Expliquei àquele jovem
de radiante aura, que ditas formas mentais provi-nham de uma dama que na América Latina
me desejava sexualmente. Isto não deixou de causar-nos certa tristeza.
Pensava que teu amor fosse estritamente universal; amar às rochas, às montanhas, aos rios,
aos mares, às aves que voam, aos peixes que deslizam nas profundas águas, disse-lhe.
Este tipo de resposta em forma de pergunta pronunciada por aquele que em sua passada
reencarnação se chamara Goethe, deixou-me perplexo. Indubitavelmente o insigne poeta me
havia dito algo irrefutável e perfeitamente exato.
A Paixão de Al Hallaj
Al Hallaj, o grande místico sufi, ficou preso numa infame prisão durante nove anos,
depois foi vilmente mutilado e executado em 27 de março de 922, no ano 309 da Héjira.
Contam as sagradas tradições do Islã que, quando veio a terrível noite em que deveria
ser tirado do calabouço para ser justiçado na aurora, pôs-se de pé e disse a oração ritual,
prosternando-se duas vezes.
Os que testemunharam dizem que, concluída a oração, repetiu sem cessar: Engano,
engano... até o final da negra noite. Depois, após um longo e profundo silêncio,
exclamou: Verdade, verdade... Voltou a erguer-se, cingiu sua cabeça com o véu,
envolveu-se em seu bendito manto, estendeu suas sagradas mãos cristifi-cadas, virou
seu divino rosto na direção da Caaba, entrou em êxtase e falou com seu Deus Interno.
Dizem as velhas tradições do mundo árabe que Al Hallaj foi crucificado depois da
flagelação e da mutilação, e que muitas pessoas ouviram-no falar em êxtase com o Pai
que está em segredo de lá do seu próprio Gólgota: "Ó Deus meu, vou entrar na morada
de meus desejos e ali contemplarei as tuas maravilhas! Ó Deus meu, manifestas o teu
amor ainda àquele que te prejudica, como então não o darias àquele que é prejudicado
em ti?"
A ordem do califa foi cumprida bem cedo, Al Hallaj ainda com vida foi baixado da cruz
e levado para que lhe cortassem o pescoço. Certa testemunha o ouviu dizer em voz alta:
"O que quer o extático, o místico, senão consigo mesmo". Depois, cheio de êxtase,
recitou o seguinte versículo sagrado: "Os que não crêem na Última Hora são arrastados
a ela com pressa, mas os que crêem esperam-na com um temor reverente, pois sabem
que ela é a Verdade". Com estas solenes palavras concluiu-se a vida do onicósmico e
santíssimo Al Hallaj. A sua venerável e bendita cabeça caiu sangrando sob o fio da
espada, como um holocausto san-grento na ara do supremo sacrifício pela humanidade.
O venenoso ódio dos verdugos foi tão grande que sequer foi autorizado se amortalhar o
cadáver ou dar-lhe "sepultura cristã".
Contam as velhas tradições do Islã que as sagradas cinzas do velho súfi Al Hallaj foram
dispersadas pelo vento do alto da Almanara. Dizem as antigas lendas árabes que ao
invés de um branco lençol, o cadáver do santo foi enrolado numa imunda esteira
umedecida com petróleo. Quando o santo corpo ardeu, consumido pelo fogo do
holocausto, a natureza inteira estremeceu cheia de infinito terror.
O grande hierofante súfi Al Hallaj à base de cinzel e martelo transformou a pedra bruta,
deu-lhe forma cúbica perfeita. O grande imolado Al Hallaj, antes de morrer, já estava
completamente morto em si mesmo e dentro de si mesmo. A resplandecente Alma de
Diamante do imã Al Hallaj, caminhando pela senda celestial, dirige-se para o Absoluto.
O grande Iniciado súfi Al Hallaj nasceu, morreu e sacrificou-se totalmente pela
humanidade.
Vale a pena concluir este último capítulo com esta inefável oração que o Cristo
maometano, o imã Al Hallaj, nos deixou com infinito amor, e que se intitula:
Krishnamurti
O VM Samael Aun Weor sempre dizia que seu Ser
Interno tinha uma ligação muito íntima, especial,
com Krishnamurti. Se o Mestre Samael "sonhasse"
com algo que estava ocorrendo com Krishnamurti,
essa ocorrência acontecia fisicamente com o próprio
Samael. Em 1977, o Mestre sonhou que
Krishnamurti havia desencarnado. Alguns meses
depois (em 24 de dezembro), ele, Samael,
abandonava seu corpo.
Alcione e mais sete estrelas, das quais o nosso sol (esotericamente chamado de Ors) é o
sétimo. Ou seja, nosso sol Ors e outros seis sóis giram em redor de Alcione!
A senhora Besant levantou o dedo para assegurar aos quatro ventos que o rapaz indiano era a
reencarnação vivente de Jesus Cristo. Leadbeater, o Grande Clarividente, e muitos outros
teósofos eminentes, estavam totalmente de acordo com a senhora Besant e juravam que o
jovem era Jesus Cristo reencarnado novamente.
Todavia, relembramos a fundação daquela ordem chamada a Estrela do Oriente, cujo único
propósito era receber o Messias. Mais tarde o mesmo Krishnamurti a dissolveu.
Alguns asseguravam que Krishnamurti era o Messias, outros não aceitaram esse conceito e se
retiraram da Sociedade Teosófica.
Entre aqueles que se retiraram figura o dr. Rudolf Steiner, poderoso clarividente iluminado,
fundador da Sociedade Antroposófica.
A cisão que teve no seio daquela famosa Sociedade Teosófica foi um verdadeiro fracasso.
Necessitamos analisar o caso Krishnarnurti.
Enquanto alguns estão convencidos de que ele é a reencarnação de Jesus Cristo, outros dizem
que é um ignorante, e que o único que sabe é dirigir automóveis, jogar tênis etc.
Os clarividentes viram o Ser Interno do rapaz indu. Porque então não puderam fazer um
acordo? Acaso alguns clarividentes vêem numa forma e outros em forma distinta? É possível
que os clarividentes se contradigam uns aos outros? Se os clarividentes viam o Ser Interno de
Jiddu Krishnamurti, por que motivo não estiveram de acordo, num mesmo conceito?
Com a vista física mil pessoas ao verem um objeto dizem: Esta é uma mesa, uma cadeira, uma
pedra etc. etc. Ou ao ver uma pes-soa todo o mundo diz se é uma mulher ou um homem etc.
Que se passa então com a clarividência? Por que motivo os clarividen-tes não puderam entrar
num acordo no caso concreto do jovem indiano? Não há dúvida de que Krishnamurti foi um
verdadeiro quebra-cabeça para a Sociedade Teosófica.
Isto é algo que confunde a mente dos que começam nestes estudos.
Krishnamurti caiu no ceticismo e permaneceu assim por vários anos, por fim raciocinou e
começou sua missão.
Todos nós, os irmãos Endotéricos Gnósticos, nos propusemos investigar nos Mundos
Superiores o caso Krishnamurti.
Dentro de cada homem há um Raio que nos une ao Absoluto. Esse raio é o nosso
resplandecente Dragão de Sabedoria, o Cristo Interno, a Coroa Sefirótica.
O Buda do hindu Krishnamurti já encarnou seu Resplandecente Dragão de Sabedoria, seu raio
particular, seu próprio Cristo Interno.
Quando Besant, Leadbeater e outros clarividentes
estudaram o caso Krishnamurti ficaram deslumbrados com
a Luz esplendo-rosa daquele Buda cristificado e como não
conheciam o Esoterismo Crístico, creram de pés juntos, que
Krishnamurti era a reencarnação de Jesus Cristo.
O jovem viu seus instrutores lutarem entre si por causa dele e o resultado foi um trauma
psicológico para sua humana personalidade.
Não há dúvida que lhe fizeram um grande dano. Se os hierarcas da Teosofia o deixassem em
paz, se ele tivesse desenvolvido livremente na Índia, então sua obra teria sido maravilhosa.
O grande Buda de Krishnamurti não pôde dar toda sua mensagem porque o Bodhisatva tem
um trauma psicológico.
Mais tarde mesclou a Filosofia Budista com a Filosofia Oficial do mundo ocidental.
Nós não estamos contra o senhor Krishnamurti, unicamente lamentamos que o Buda Interno
desse Filósofo hindostão não tenha podido dar toda a Mensagem. Isso é tudo.
Quando alguém chega a saber que seu Ser Interno é Mestre, enche-se de orgulho e soberba.
(Fortuitamente Krishnamurti sabe ser humilde).
O espírito de um homem pode ter alcançado o grau de Mestre em alguma reencarnação antiga.
O Bodhisatva (alma do Mestre) pode ter caído mais tarde e viver agora na senda do mal.
O clarividente deve ser prudente e antes de anunciar a um mestre, aguardar com paciência
muitos anos para ver como se comporta na vida o homem de corpo e osso, o Bodhisatva
Terrenal. O mestre pode ser muito grande lá em cima, mas o homem de carne e osso aqui em
baixo é perigoso.
Blavatsky diz que o mistério da dupla personalidade é um dos maiores mistérios do Ocultismo.
* O grupo teosófico independente "Marco Aurelio" foi fundado em 1911 na Galícia (Espanha), e
teve entre muitos outros membros, Mario Roso de Luna, o grande estudioso dos fenômenos
Jinas, e Ramón María del Valle-Inclán, escritor e poeta, muito citado pelo venerável mestre
Samael Aun Weor.
Pitágoras
As obras de Fabre d'Olivet, Dacier, Paul Carton, Chaignet e Dano Vellozo são procuradíssimas
porque tratam da vida desse grande filósofo, que tão benéfica influência vem exercendo nas
almas desejosas de perfeição.
Os 8 Kabires
E aqui se repetem as Tradições de Osíris, Adônis, Jesus, Baco, Balder e Hiram Abiff, entre
outras. Os Mistérios Kabíricos eram muito respeitados entre os antigos.
As crianças eram incluídas nos cultos, com a mesma dignidade e respeito dos adultos.
Seus Mistérios tinham por fim a coragem e o patriotismo, e os que se destacavam a serviço da
pátria eram anualmente coroados em celebração pública.
Com relação a isto, lembramos o ocorrido nas Termópilas (portas quentes), desfiladeiros da
Grécia continental, na costa meridional do Golfo de Lamia, servindo de passagem entre a
Tessália e a Lócrida. Aí se travou em 489 a.C., o escarniçado combate entre os persas
invasores e os 300 espartanos de Leônidas. Após dois dias, foram traídos por Efialfa, que
indicou uma passagem secreta aos persas, permitindo atacá-los pelas costas. Lutaram então
Leônidas e seus comandos até o último homem.
Os Mistérios Kabíricos, não sendo senão uma translação dos do Egito, exerceram grande
influência sobre a civilização da Grécia, o que bem atesta o elevado grau de sua civilização.
Ra Hoor Khu
Para muitos ocultistas, o mantra mais poderoso que nos foi agraciado pelo Deus Ra Hoor Khu
é o famosíssimo ABRAHADABRA. Este mantra egípcio lamentavelmente caiu em descrédito
depois de ser usado de forma profana. Depois, foi Basilides, grande mestre gnóstico que viveu
em Alexandria no ano 90 d.C., quem difundiu esse mantra sagrado entre suas comunidades.
O VM Samael escreve sobre sua experiência interna com este mestre da Sabedoria e
Iluminação:
"Há muito tempo, quando eu ainda não havia reduzido o Ego a poeira cósmica, fiz uma
invocação mágica formidável.
Chamei certo Grande Mestre dizendo: "Vem! Vem! Vem! Profeta de Raa-Hoor-Khu... Vem até
mim! Queira cumpri-la! Queira cumpri-la! Queira cumpri-la! AUM... AUM... AUM... (entoando
esta última palavra como é devido, abrindo a boca com o A, arredondando-a em U e fechando-
a com o M).
Não é demais esclarecer que o ambiente estava saturado de infinita harmonia, carregado de
OD... O resultado da invocação não se fez esperar e o Grande Profeta veio para mim. O Kabir
assumiu uma figura simbólica formidável que pude ver, ouvir, tocar e apalpar em toda a
presença de meu Ser cósmico.
Porém, na parte inferior de seu corpo, da cintura para baixo, vi algo insólito; horripilantes
formas bestiais, personificando erros, demônios vermelhos, eus-diabos, dentro dos quais está
engarrafada a Consciência.
Eu te chamei para te pedir a Iluminação. Tal foi minha súplica! É óbvio que em sua forma de
apresentação estava a resposta.
O ancião pôs sua destra sobre minha cabeça e me disse: 'Chama-me cada vez que me
necessites e eu te darei a Iluminação...' Logo me bendisse e se retirou.
Com infinita alegria compreendi tudo; só eliminando a lançadas essas criaturas animalescas,
que todos levamos dentro e entre as quais dorme a Consciência, advém a nós a Iluminação."
Anjo Aroch
indizível por certas difamações que certa sociedade secreta asseverava contra o Gnosticismo.
Depois de expor sua queixa, esse sagrado Anjo pegou uma Balança e, depois de pesar, na
Balança da Justiça, o Bem e o Mal, disse: "Eu darei um jeito nisso!" Assinala o Mestre que o
resultado foi extraordinário, por quanto, depois de escassos dias, aquela sociedade se
dissolveu, fracassando rotundamente.
Temos a honra de compartilhar com todos vocês a seguinte prática com o Anjo Aroch:
De joelhos, com o rosto para o Leste. Acendem-se 3 velas (sobre uma mesa limpa ou no chão
mesmo) formando um triângulo. Põem-se entre as velas um Cristo Vivo (se possível, um
crucifixo com o Cristo de olhos abertos) e uma flor, podendo ser uma rosa, dentro de um copo
com água.
Depois de pedir com lágrimas nos olhos e profunda fé o que se deseja, se beberá o copo de
água.
(A flor? Bem, coloque um pouco mais de água no copo e deixe-a ao lado do Cristo, num
altarzinho ou no criado-mudo.)
Anjo guerreiro,
Guerreiro menino,
menino sereno,
Teu Reino é Força, Poder e Glória!
Moisés começou com um acontecimento insólito. Alguns egípcios tentaram fazer mal a um
hebreu e o maltrataram. Moisés defendeu o homem, mas, como dissemos, passou dos limites,
pois ninguém ignora que matou um egípcio. Disso as sagradas escrituras são testemunhas.
Quando um Iniciado cometia um crime, submetia a vida de um semelhante, não era julgado
pelos juízes da terra nem era levado a qualquer corte desta justiça humana subjetiva. Ele era
julgado diretamente pelos grandes sacerdotes do país ensolarado de Kem. O hierofante o
julgava e isso era o mais grave porque eles representavam a justiça celestial, a justiça objetiva
que por certo é bem diferente, bem distinta, da justiça subjetiva terrena. Esta justiça subjetiva
se compra e se vende, mas a justiça objetiva é justiça cósmica que não se pode vender nem
comprar.
Moisés fugiu antes de ser julgado e se foi para Midian, à terra do sacerdote de Midian, o qual
veio a se tornar mais tarde seu sogro. Foi-lhe dado hospitalidade em um grande templo. Moisés
ali esteve em uma cripta subterrânea. Estando lá, saiu conscientemente de seu corpo físico. No
mundo astral, encontrou-se com o defunto. Durou bastante tempo o seu sofrimento no astral
enquanto seus fundamentos positivos permaneciam dentro de um sepulcro de pedra numa
cripta subterrânea. No astral, tratava de convencer o defunto para que o perdoasse, o que com
esforço conseguiu. Depois, é claro, conseguiu que também nos tribunais da justiça cármica o
perdoassem. Assim perdoado, Moisés regressou ao seu corpo físico.
Antes, tinha outro nome, porém após ter regressado ao seu corpo, tomou o nome de Moisés, o
qual significa: Salvo das Águas.
Muitos Iniciados não conseguiam sair do seu corpo físico e havia os que não conseguiam vol-
tar ao seu corpo. Os sacerdotes residiam em casas próximas das criptas e nelas achavam seus
corpos já mortos. Mas, com Moisés não foi assim. Depois, ele casou-se com uma grande
sacerdotisa de Midian e dedicou-se à Grande Obra. A chave da Grande Obra vocês já
conhecem, é a Sahaja Maithuna, o Arcano AZF. Portanto, ele tornou-se alquimista e cabalista.
Ele já havia voltado a si quando um raio de Aelohim penetrou nele, isto é, seu Pai que está em
segredo. Ressuscitou para cumprir uma gigantesca missão; está escrito no Êxodo.
Aelohim é o Eterno Pai Cósmico Comum. Todo o Exército da Voz, todos os Elohim, não são
senão raios de Aelohim, a Divindade Imanifestada, o Onimisericordioso, o Uniexistente, o
Eterno Pai Cósmico Comum. Nosso Pai que está em segredo não é mais do que um raio de
Aelohim. Diante do Eterno Pai Cósmico Comum, diante do Uniexistente, diante do sentido
relevante, todos os Grandes Mestres da Fraternidade Universal Branca, todos os deuses, se
ajoelham. Todos se ajoelham diante de Aelohim, o Uniexistente, o Onimisericordioso, a
Infinitude que a todos sustenta, a Divindade ou o Divinal Imanifestado. Assim, pois, meus caros
irmãos, Moisés cumpriu uma valiosa missão.
Quando alguém lê o Êxodo, não pode menos do que se admirar de seus formidáveis poderes.
Moisés quando quis libertar o povo hebreu teve a oposição do faraó. Dizem as sagradas
escrituras que manifestou seu poder diante do faraó, que só em levantar a sua vara, as águas
se converteram em sangue. As águas não serviram mais e os peixes morreram. Outro
movimento suave e as águas se acabaram. Porém, o faraó insistia em não deixar aquele povo
sair do Egito. Levantou novamente seu cetro e todas as casas ficaram cheias de enormes e
gigantescas rãs, porém ainda assim o faraó não se deixou convencer; Moisés fez uma rã
desaparecer.
Continua o amargo Êxodo dizendo que após desatou uma chuva de granizo sobre a terra do
Egito. Ao chegar a este ponto, lembro-me que além de desa-tar tempestades de granizo, fez
aparecer sobre a terra do Egito milhares de mosquitos e pestes. E o faraó não queria deixar
aquele povo sair, claro que necessitava dele. Afirma-se que Moisés fez com que todos os
primogênitos de todas as famílias morressem. Assim está no livro Êxodo do antigo testamento.
Não sou eu que o está afirmando, é o Êxodo. Claro, o faraó se convenceu quando os
primogênitos das famí-lias começaram a morrer e deixou aquele povo sair.
Quando Moisés estendendo sua vara separou as águas das águas para que o povo passasse,
seus perseguidores tentaram fazer o mesmo. O faraó se arrependera e fora em seu encalço
com um exército de homens. Porém, a uma ordem de Moisés aquelas águas juntaram-se de
novo. Assim, pois, todas essas passagens de Moisés com seus poderes - com sua vara toca a
penha para que dela brote água – têm muito de simbolismo místico e cabalístico.
Moisés terrivelmente divino desce do Monte Sinai, sua face resplandecia e as multidões se
espantaram. Em sua ausência, haviam estabelecido o culto ao Bezerro de Ouro. Quando
Moisés se deu conta disso, tomou aos seus e passou o fio da espada em todos os demais.
Como lhes disse, não se pode tomar tudo em sua forma literal. Tudo isso é completamente
simbólico.
Quando desceu do Sinai com as Tábuas da Lei, em sua cabeça luziam dois cornos, quais
gigantescos raios de luz. Por este motivo é que foi esculpido com esses dois cornos. Que quer
dizer esses cornos de bode em Moisés? Por que Michelangelo o cinzelou dessa forma? Pois
tem um sentido simbólico, certo! Por que tinha esses cornos de bode? Vou lhes dizer porque. O
bode representa o diabo. Por isso, Moisés tinha os cornos. Por acaso, Moisés era o diabo?
Temos que analisar esta questão.
Bem vale a pena refletir. Se pensarmos no bode, poderemos descobrir a potência sexual. Nas
cavernas dos Iluminados da Idade Média, ele represen-tava precisamente a esse Lúcifer, a
estrela da manhã, o reflexo do Logos dentro de nós mesmos aqui e agora! Assim como o sol
físico tem em seu fundo a sombra de si mesmo, assim o Mestre Interior de cada um de nós
projeta em nosso universo interior particular sua sombra; isto é o inusitado. No princípio, Lúcifer
resplandecia no fundo de nossa consciência e era um arcanjo. Quando foi precipitado para o
fundo do abismo, desde então converteu-se em bode.
Lúcifer representa a potência sexual. Quem pode negar que o bode não possui uma grande
potência sexual? A qualquer impotente sexual, já que há várias classes de impotência:
impotência por algum dano no sistema nervoso, impotência devido a debilidade, etc., se pode
curar com os hormônios sexuais dessa animal, depositados em seus testículos. Os hormônios
do bode têm poder para acabar com a impotência.
Assim, pois, o bode representa por si mesmo o poder criador. Por isso, ele é o representativo
de Lúcifer. Isto deve saber entender. Como quer que Moisés soube aproveitar sua potência
sexual, como quer que ele soube transmutar o esperma sagrado em energia criadora,
apareceram em sua cabeça os cornos simbolizando a Lúcifer. De onde tirou Moisés seus
poderes? Com que força conseguiu desatar as dez pragas do Egito, segundo declara o Êxodo?
Pois, foi aquele agente maravilhoso que lhe permitiu demonstrar sua sabedoria diante do faraó
– a potência sexual. Aí está o poder dos poderes!
Lá, os irmãos o advertiam sobre os perigos da Santa Inquisição e sobre aquela pedra cúbica,
onde estava sentado o diabo. De uma porta, saía uma Ísis do templo... Precisa-se ser
suficientemente inteligente para dar-se conta do profundo significado da cerimônia. De fato,
entregava-se ao trabalho na Grande Obra. O fundamental, meus queridos irmãos, é fazer a
Grande Obra. Para que serviria se nos tornássemos eruditos, se não fizéssemos a Grande
Obra?
Devemos fazer todo o trabalho, porém qual é o trabalho? Necessitamos compreender qual é o
tra-balho que vamos fazer, temos de acabar com muitos conceitos equivocados. Dizem as
diferentes organi-zações de tipo pseudo-esoterista e pseudo-ocultista que o homem tem sete
corpos:
1. O físico.
2. O vital chamam-no de lingam sarira.
3. O astral dizem que é kamas ou princípio de desejo.
4. O mental dizem que é manas inferior.
5. O causal chamam de manas superior.
6. O intuicional dizem que é o corpo búdico.
7. Átmico.
Em nome da verdade e com grande ênfase digo-lhes que quando me movo no mundo astral
com inteira claridade meridiana vejo quem tem astral e quem não tem tal corpo. As multidões
encarnam, vão e vêm e não sabem porque; não têm corpo astral. São míseras sombras,
fantasmas inconscientes, parecem verdadeiros sonâmbulos na região do Averno. Se ti-vessem
corpo astral seriam diferentes, seriam vistas como homens, seriam distintas. Qualquer um pode
fazer ali a diferenciação entre alguém que tem astral e alguém que não tem. Um exemplo bem
duro que podemos pôr aqui é o de uma pessoa vestida e outra sem roupas. A simples vista se
vê quem usa roupa e quem está despido. Assim, aqueles que não têm corpo astral são vistos
ali como pobres fantasmas. Assim, pois, vamos fabricar o mercúrio como propósito de criar os
corpos existenciais superiores do Ser e depois vamos aperfeiçoá-los etc.
Irmãos, quero que entendam o que vão fazer, qual é o trabalho que vamos realizar com o
Mercúrio. Em primeiro lugar, o mercúrio fecundado pelo enxofre toma forma no corpo astral.
Quando alguém já possui o corpo astral, sabe que o tem porque pode usá-lo. Assim, pois,
irmãos, no mundo da mente, quem possui um corpo astral sabe seu nome. Depois de morto,
continua ali com sua personalidade astral viva e já não é uma criatura mortal.
Mas, se alguém fabricasse o corpo astral e após parasse, não continuasse trabalhando com o
mercúrio, em novas existências degenerará. Depois ainda teria de se submeter a
reincorporação em organismos.
Em primeiro lugar, o mercúrio fecundado pelo enxofre toma forma no corpo astral. Quando
alguém já possui o corpo astral, sabe que o tem porque pode usá-lo. Sabemos que temos pés
porque podemos caminhar com eles. Sabemos que temos mãos porque podemos usá-las.
Sabemos que temos olhos porque podemos ver. Assim também sabemos que temos um corpo
astral porque o usamos, movemo-nos consciente e positivamente com ele através dos mundos
supra-sensíveis. De que está feito o corpo astral? De mercúrio. Por que o mercúrio toma a
forma do corpo astral? Graças a que foi fe-cundado pelo enxofre. O mercúrio fecundado pelo
enxofre toma a forma de um corpo astral e se converte em corpo astral.
Uma vez que tenhamos criado o corpo astral mediante o mercúrio, já não seremos míseros
fantasmas no mundo dos mortos ou sombras abismais. Chega a minha memória nestes
instantes a lembrança de Homero que disse: Mais vale ser um mendigo sobre a terra do que
um rei no império das sombras. Quem tem corpo astral já não é um fantasma. Destaca-se
como deus da terra e como deus da mente e aqui figura com nome sagrado. Cada um de nós
tem o seu nome.
O nome que eu uso é Samael Aun Weor. Não é um nome caprichoso que eu tenha
escolhido ao acaso, não. Eu não pus este nome em mim. Eu tenho me chamado assim
através de toda a eternidade.
De idade em idade, de mahavântara em mahavântara, sempre fui Samael Aun Weor. Este é o
nome d'Ele, de minha Mônada Divina. É o nome que identifica o Rei do Fogo e dos vulcões
indubitavelmente.
Como disse Maomé: Alá é Alá e Maomé é seu homem. Ele é perfeito e eu não sou. Não
entendo que seu filho seja perfeito porque perfeito só há um, o Pai que está em segredo.
Nenhum de nós é perfeito.
Assim, pois, irmãos, no mundo da mente, quem possui um corpo astral sabe seu Nome. Depois
e morto, continua ali com sua personalidade astral viva e já não é uma criatura mortal.
Mas, se alguém fabricasse o corpo astral e após parasse, não continuasse trabalhando com o
mercúrio, em novas existências degenerará. Depois ainda teria de se submeter a
reincorporação em organismos inferiores de animais até eliminar o que tiver de Hanasmussen.
Meus queridos irmãos, há diversos reinos e, assim como aqui, tais remos são governados por
devas ou hierarquias. Uma vez que se conseguiu a fabricação do corpo astral mediante o fogo
e o mercúrio da filosofia secreta, devemos nos dedicar a trabalhar na fabricação do corpo
mental.
Todo mundo pensa que tem um corpo mental próprio e isso é falso. As pessoas não têm mente
própria, as pessoas têm muitas mentes. Pensem no seguinte: o eu é múltiplo. O eu é um
conjunto de pessoas que cada um leva dentro. O corpo é uma máquina e através dessa
máquina de repente expressa-se um eu, isto é, uma pessoa, porém essa pessoa sai e se mete
outra. Depois, essa outra sai e se mete uma outra e assim sucessivamente. Total: o animal
inte-lectual não tem individualidade definida. É uma máquina controlada por muitas pessoas,
porém cada uma dessas pessoas chamadas eus têm uma mente diferente.
Como quer que são tantos os eus, as mentes são muitas. Cada eu tem a sua mente, suas
idéias, seus critérios próprios etc. Então, meus queridos irmãos, onde está a mente individual
do pobre animal intelectual equivocadamente chamado homem? Onde está a mente desse
pobre mamífero racional? Qual deles se é?
Infelizmente, devemos nos dar conta do que somos, se é que queremos uma transformação
radical.
Vejam vocês as maravilhas dos corpos já fabricados. Esses corpos astral, mental e causal têm
de fato seu princípio, sua alma humana. Assim nos convertemos em um homem real,
verdadeiro, graças ao mercúrio da filosofia secreta fecundado pelo enxofre; um homem real no
sentido mais completo da palavra.
Muito bem, uma vez recebido o princípio anímico, o qual chamaríamos na gnose de pneuma ou
espírito, vem a segunda parte do trabalho que é bem mais profunda: trata-se de refinar mais o
mercúrio e de se intensificar a eliminação do mercúrio seco e do sal vermelho.
Que é o mercúrio seco? Já dissemos que está formado ou representado pelos eus que
carregamos dentro. Que é o sal vermelho ou enxofre arsenicado? e o fogo infra-sexual, o fogo
que emana do abominável órgão kundartiguador. Para a criação dos corpos exis-tenciais do
Ser é necessária também a eliminação e a eliminação se intensifica na segunda parte do tra-
balho: a eliminação dos elementos indesejáveis, do mercúrio seco e do sal vermelho ou
enxofre arsenicado.
No terceiro trabalho, meus estimados irmãos, na terceira cocção, porque são três cocções ou
três purificações pelo ferro e pelo fogo, temos de converter os corpos existenciais superiores do
Ser em veículos de ouro puro. De onde vai sair o ouro puro? Transporta-o o mercúrio... Assim
como São Cristóvão leva o menino, assim também o mercúrio leva em si o ouro. Porém,
necessita-se de um artífice que seja capaz de unir os átomos do ouro com o mercúrio. Este
artífice o temos todos dentro de nós mesmos, é uma das partes de nosso Ser: o alquimista
particular de cada um de nós e que é conhecido como Antimônio. Que poderíamos fazer nós
sem essa parte, sem esse alquimista? Felizmente, ele conhece a arte e é um grande artista.
Ele sabe como irá conseguir a união dos átomos do ouro com o mercúrio.
Assim, pois, na terceira parte do trabalho é necessário que o corpo astral converta-se em ouro
puro, em um veículo de ouro. Somente assim poderá ser recoberto pelas partes superiores do
Ser ou pelas diferentes partes do Ser. O corpo mental deve ser convertido em um veículo de
ouro. Somente assim ele poderá ser recoberto pelas distintas partes do Ser. O corpo causal
também terá de se converter em ouro puro para que possa ser recoberto pelas diferentes
partes do Ser.
Chegou-se ao mestrado. Quem chega a estas alturas ganha o Elixir da Longa Vida e assim
poderá conservar seu corpo físico durante milhões de anos. Quem chega a estas alturas
recebe a medicina universal e de seu organismo ficam erradicadas as enfermidades. Quem
chega a estas alturas poderá transmutar o chumbo físico em ouro puro como o fizeram o
Conde de Saint Germain, Cagliostro, Raimundo Lullo, Nicolas Flamel e outros.
Porém, tacitamente Lúcifer entrou. Que tem que ver Lúcifer com o Bode de Mendes nesta
questão? Por que Moisés tinha cornos de bode em sua testa com raios de luz? Meus irmãos,
esse Lúcifer, diríamos é a mina de onde vamos extrair o mercúrio. Muitas vezes dissemos que
o cavaleiro tem de enfrentar o dragão. Muitas vezes dissemos aqui que Miguel luta contra o
dragão, São Jorge também luta contra o dragão. Muitas vezes dissemos que o cavaleiro toma
algo do dragão e o dragão algo do cavaleiro para fazer disso uma estranha criatura. Muitas
vezes afirmamos que essa estranha criatura por sua vez, por desdobramento, que resulta
como síntese, é o mercúrio, o qual é simbolizado pelo peixe que o pescador tira do lago com
suas redes.
Assim, pois, desse Lúcifer extraímos todo o mercúrio e à medida que o tempo for passando,
Lúcifer vai se convertendo todo em mercúrio até que no fim a única coisa que resta em nós é o
Mercúrio.
destruição e afundamento da Atlântida), é, sem dúvida, um dos mais reveladores. Seu livro
mostra, entre outras coisas, que 200 “anjos” desceram à Terra e tiveram filhos e filhas com as
mulheres terrestres.Como estamos vendo, não é de hoje que seres poderosos, na Bíblia
chamados de Nefilim, se relacionam intimamente com nossa humanidade. Esses anjos
ensinaram muitas coisas para os terrestres, como astronomia, noções de meteorologia e, de
maneira surpreendente, até mesmo a prática do aborto.
Esotericamente, Enoque cita o período final da Atlântida, antes de seu afundamento devido à
sua extrema corrupção. Os grandes Iniciados atlantes começaram a se degenerar (anjos
unindo-se a mulheres) e isso não foi bem-visto pela Justiça Divina. De acordo com o Mestre
Samael Aun Weor, o profeta Enoque foi na verdade uma das encarnações do poderoso Anjo
Metraton, tão citado na Angelologia. Posteriormente, no período áureo do Egito Antigo, esse
profeta encarnou-se e se chamou Tehuti, mais conhecido entre nós como Hermes Trismegisto.
E entre os fenícios, foi Cadmos, o criador da escrita. Acompanhemos a seguir os dizeres de
Samael sobre o Patriarca Enoque.
O Patriarca Enoque
(Do Livro As Três Montanhas, do VM Samael Aun Weor)
O símbolo do tempo, ao qual o anel de bronze faz também enfática referência, conduz
ciclicamente o Arhat gnóstico até aquela antiga época patriarcal, denominada também Idade de
Bronze ou Dvapara Yuga que, indubitavelmente, precedeu esta nossa atual Idade de Ferro ou
Kali Yuga...
Os melhores tratadistas do ocultismo afirmaram sempre que entre estas duas idades
aconteceu a Segunda Catástrofe Transapalniana, que modificou totalmente a fisionomia
geológica do planeta Terra.
Entretanto, é claro que o que mais nos assombra em tudo isto é o sagrado nome de Enoque
que, traduzido, significa: iniciado, dedicado, consagrado, mestre.
O Gênese hebraico assevera, de forma muito solene, que Enoque não morreu fisicamente, em
realidade, senão que “caminhou com Deus e desapareceu, porque o levou Deus”.
Antiqüíssimas tradições esotéricas que se perdem na noite dos séculos dizem claramente que,
estando Enoque sobre cume majestoso do Monte Mória, teve um Shamadi clarividente em que
sua Consciência Objetiva Iluminada foi arrebatada e levada aos nove céus citados por Dante
em sua Divina Comédia, e no último dos quais – no de Netuno – encontrou o patriarca a
Palavra Perdida (seu próprio Verbo, sua Mônada particular, individual).
Posteriormente, quis esse grande Hierofante expressar essa visão numa lembrança
permanente e imperecedora...
Assim dispôs, categoricamente e com grande sabedoria, que se fizesse, debaixo desse mesmo
lugar bendito, um templo secreto e subterrâneo, compreendendo nove abóbadas,
sucessivamente dispostas uma debaixo da outra, nas vivas entranhas do monte...
Seu filho Matusalém foi certamente o arquiteto encarregado material de tão extraordinário
“sancta”...
Não se menciona o conteúdo e destino específico, definido, de cada uma destas abóbadas, ou
grutas mágicas, em comunicação uma com a outra, mediante uma escada espiralóide...
A última destas cavernas é, não obstante, a que absorve toda a importância oculta. De maneira
que as anteriores tão só constituem a via secreta indispensável, mediante a qual se chega a
esta, no mais profundo da montanha...
É, esta última, o local, ou “sanctum”, mais íntimo, em que o patriarca Enoque depositou seu
mais tesouro esotérico...
O Velocino de Ouro dos antigos, o tesouro inefável e imperecedor que buscamos, não se
encontra nunca, pois, na superfície, senão que temos de escavar, cavar, buscar nas estranhas
da terra, até encontrá-lo...
No capítulo II do Apocalipse de São João, ainda podemos ler o seguinte: “Ao que vencer de
comer do maná oculto e lhe darei uma pedra branca, e, na pedra, um novo nome escrito, o qual
não conhece senão aquele que o recebe.”
Alguns estudiosos têm certeza de que esse livro foi escrito originalmente em hebraico, outros
julgam que a língua original foi o aramaico e outros tantos acreditam que algumas partes foram
escritas em hebraico e outras em aramaico. A primeira parte do Enoque etíope (caps. 1-36)
tem uma importância imensa, pois remonta provavelmente em 300 a.C. e aos primeiros livros
da Bíblia. Uma das fontes antigas usadas pelos últimos revisores do Gênesis era semelhante à
fonte utilizada mais integralmente em Enoque I.
Para o VM Samael, sim. Afirma o Mestre sobre Enoque/Hermes: "A Cabala perde-se na noite
dos séculos, aí onde o Universo gerou-se, no ventre de Maha Kundalini, a grande Mãe. A
Cabala é a ciência dos números.
O autor do Tarô ou Tarot foi o Anjo Metraton, que é o chefe da Sabedoria da Cobra e foi o
Profeta Enoque, do qual nos fala a Bíblia.
O Anjo Metraton ou Enoque deixou-nos o Tarô, ou Tarot, no qual se encerra toda a Sabedoria
Divina. Este ficou escrito em pedra. Também nos deixou as 22 letras do alfabeto hebraico. Este
grande Mestre vive nos mundos superiores, no Mundo de Aziluth, um mundo de felicidade
inconcebível, segundo a Cabala é na Região de Kether, um Sefirote bastante elevado."
Pergunta: Vamos pedir ainda, para que fique um pouco mais claro, que o senhor nos fale sobre
a Lei de Enoque, de que na época da primavera não devemos comer carne, porque está muito
carregada com as forças sexuais dos animais. Porém, no Brasil a primavera é em uma época
diferente daqui. Então, qual será a época certa, na primavera ou depois da Semana Santa, na
Sexta-feira Santa?
SAW: Com o maior prazer darei resposta aqui a nosso irmão gnóstico e, pela sua mediação, a
todos os nossos irmãos gnósticos da República do Brasil. Indubitavelmente, na primavera, a
vida se encontra forte e ativa. O impulso animal é muito poderoso. As paixões animais, por tal
motivo, se desatam. Obviamente, a carne se encontra bastante carregada também do princípio
psíquico animal inferior. Na América do Sul, as estações estão invertidas. Isto não invalida
nossas afirmações. Na primavera da América do Sul, sucedem fenômenos similares aos que
acontecem na primavera do Hemisfério Norte. Não quero com isto dizer, definitivamente, que
não se pode provar alguma carne na primavera. Digo de forma bem clara que o que sucede é
que, nesta época, os princípios animalescos, bestiais, se encontram intensificados. Então,
convém dosar um pouco mais a carne, comê-la em menor quantidade nesta época de
primavera. Isto é tudo. Com isto fica esclarecido o que temos afirmado em algumas obras.
IV - assim se perderam os filhos de Noé e as suas tribos e assim foram aniquilados. “Ainda nos
textos de Qumram, do século II a.C., vamos encontrar outro documento antigo, o pergaminho
de Lameque, contando uma história semelhante. Como o rolo só se conservou em fragmentos,
faltam agora no texto frases e sentenças inteiras. O que restou, entretanto, é suficiente singular
para ser relatado. Diz ele, que certo dia Lameque, pai de Noé, voltando para casa de uma
viagem de mais de nove meses, foi surpreendido pela presença de um menino pequenino que,
por seu aspecto físico externo em absoluto não se enquadraria na família. Lameque levantou
pesadas acusações contra sua mulher Bat-Enosh e afirmou que aquela criança não se
originara dele. Bat-Enosh se defendeu, jurando por tudo que lhe era sagrado que o sêmem só
poderia ser dele, do pai Lameque, pois na ausência do marido ela não teve o menor contato
com nenhum soldado, nem de um estranho nem de um dos “filhos do céu”. E ela implorou:
“Ó meu senhor... juro... esse sêmem proveio de ti, de ti proveio a concepção, de ti a plantação
do fruto que não é de um forasteiro, nem de um guarda, tampouco de um filho do céu...”
Não obstante, Lameque não acreditou nas juras de sua mulher e, desassossegado até o fundo
de sua alma, partiu para pedir conselho a seu pai Matusalém, a quem relatou o caso familiar
que tanto o deprimia. Matusalém ouviu, meditou e como não chegou a tirar conclusão alguma,
por sua vez, pôs-se a caminho para consultar o sábio Enoque. Aquele assunto de família
estava causando tal alvoroço que o velho enfrentou os incômodos de uma longa viagem a fim
de por a limpo a origem do garoto. Enoque ouviu o relato de Matusalém, contando como, de
um céu cem nuvens, de repente caiu um menino, de aspecto físico externo menos parecido
com o dos mortais comuns, e mais semelhante a um filho de pai celeste, cujos olhos, cabelos,
pele, em nada se enquadrava na família.
O sábio Enoque escutou o relato e mandou o velho Matusalém de volta, com a notícia
alarmante de que um grande juízo punitivo sobreviria, atingindo a Terra e a humanidade; toda a
“carne” seria aniquilada, por ser suja e perversa. No entanto, falou Enoque, ele, Matusalém,
deveria ordenar ao seu filho Lameque que ficasse com o menino e lhe desse o nome de Noé,
pois o pequeno Noé teria sido escolhido para ser o progenitor daqueles que sobreviveriam ao
grande juízo universal. Matusalém viajou de volta, informou seu filho sobre tudo o que estaria
para vir e Lameque finalmente aceitou a criança como sua.
A Biblioteca de Enoque
O “Livro de Enoque” (nome que significa Inicie, ou Iniciador), é um texto apócrifo escrito por
volta de 200 a.C. (Os livros apócrifos judaicos circulavam entre os judeus durante os séculos
imediatamente anteriores e posteriores ao início da era cristã. Os mais importantes de todos
estes eram os Livros de Enoque).
Na verdade, o Livro de Enoque era uma coletânea de diversas obras literárias, que apareciam
todas sob o nome de Enoque, mas que teriam sido escritas por diferentes autores. Tudo indica
que o livro era bastante conhecido até o século 18, mas não sabemos quantos deles existem.
O Livro das Similitudes (ou segredos) de Enoque menciona um total de 360 livros. Uma
verdadeira biblioteca cuja existência dificilmente poderá algum dia ser comprovada. Sabemos
que com certeza existem três: O Enoque I ou Enoque Etíope; o Enoque Eslavo ou Livro dos
Segredos de Enoque e o Enoque Hebreu. Há uma vaga referência a um Enoque IV, feita numa
epístola a Barnabás, datada do século II da nossa Era. [Talvez se queira considerar também o
pergaminho de Lameque como uma seqüência das histórias contadas pelo patriarca Enoque].
Infelizmente, esses textos ficaram perdidos durante séculos, só sendo redescobertos em
épocas recentes, a maior parte em fragmentos.
Uma de suas versões foi encontrada na Abissínia. Havia sido escrita no idioma etíope, por isso
ficou conhecido como Enoque Etíope ou I Enoque. O Enoque Etíope é conhecido de forma
completa na Europa desde 1773, quando o explorador inglês James Bruce trouxe três cópias,
que foram rapidamente difundidas; mas a primeira publicação de excertos do texto etíope de
Enoque, o qual, é o único integral remanescente, só ocorreu em 1800. A primeira tradução
completa foi publicada por Richard Laurence em Oxford no ano de 1821, gerando novos
debates em torno da velha questão: Se os “filhos de Deus” que tiveram relações sexual com
mulheres eram de fato anjos. O estudo filológico mostrou que estes originais foram escritos por
volta do ano 400 da nossa Era e em grego. A queda dos anjos é contada no texto da seguinte
forma:
VI - 1. Quando outrora aumentou o número dos filhos dos homens, nasceram-lhes filhas
bonitas e amoráveis. Os Anjos, filhos do céu, ao verem-nas, desejaram-nas e disseram entre
si: “Vamos tomar mulheres dentre as filhas dos homens e gerar filhos!” 2. Disse-lhes então o
seu chefe Semjaza: “Eu receio não queiras realizar isso, deixando-me no dever de pagar
sozinho o castigo de um grande pecado”. Eles responderam-lhe em coro: “Nós todos estamos
dispostos a fazer um juramento, comprometendo-nos a uma maldição comum mas não abrir
mão do plano, e sim executa-lo”. 3. Então eles juraram conjuntamente, obrigando-se a
maldições que a todos atingiram. Eram ao todo duzentos os que, nos dias de Jared, haviam
descido sobre o cume do monte Hermon. Chamaram-no Hermon porque sobre ele juraram e se
comprometeram a maldições comuns.
VII - 1. Todos os demais que estavam com eles tomaram mulheres, e cada um escolheu uma
para si. Então começaram a freqüentá-las e a profanar-se com elas. E eles ensinavam-lhes
bruxarias, exorcismos e feitiços, e familiarizavam-nas com ervas e raizes. 2. Entrementes elas
engravidaram e deram à luz a gigantes de 3.000 côvados de altura. Estes consumiram todas as
provisões de alimentos dos demais homens. E quando as pessoas nada mais tinham para dar-
lhes os gigantes voltaram-se contra elas e começaram a devorá-las. 3. Também começaram a
atacar os pássaros, os animais selvagens, os repteis e os peixes, rasgando com os dentes as
suas carnes e bebendo o seu sangue. Então a terra chamou contra os monstros.
VIII - 1. Azazel ensinou aos homens a confecção de espadas, facas escudos e armaduras,
abrindo os seus olhos para os metais e para a maneira de trabalhá-los. Vieram depois os
braceletes, os adornos diversos, o uso dos cosméticos, o embelezamento das pálpebras, toda
sorte de pedras preciosas e a arte das tintas. 2. E assim grassava uma grande impiedade; eles
promoviam a prostituição, conduziam aos excessos e eram corruptos em todos os sentidos.
Semjaza ensinava os esconjuros e as poções de feitiços, Armaros a dissipação dos esconjuros,
Barakijal a astrologia, Kokabel a ciência das constelações, Ezekeel a observação das nuvens,
Arakiel os sinais da terra, Samsiel os sinais do sol e Sariel as fases da lua. 3. Quando os
homens se sentiram prestes a serem aniquilados levantaram um grande clamor, e seus gritos
chegaram ao céu.
IX - 1. Então Michael, Uriel, Raphael e Gabriel olharam do alto do céu e viram a quantidade de
sangue derramado sobre a terra e todas as desgraças que sobrevieram (...) 2. Então eles
falaram ao Senhor dos Mundos: “(...) 4. Tu vês o que foi perpetrado por Azazel, como ele
ensinou sobre a terra toda espécie de transgressões, revelando os segredos eternos do céu,
forçando os homens ao seu conhecimento; assim procedeu Semjaza, a quem conferiste o
comando sobre os seus subalternos. 5. “Eles procuraram as filhas dos homens sobre a terra,
deitaram-se com elas e tornaram-se impuros; familiarizaram-nas com toda sorte de pecados.
As mulheres pariram gigantes e, em conseqüência, toda a terra encheu-se de sangue e de
calamidades.” 6. “Agora clamam as almas dos que morreram, e o seu lamento chega às portas
do céu. Os seus clamores se levantam ao alto, e em face de toda a impiedade que se espalhou
sobre a terra não podem cessar os seus queixumes.”
7. “E Tu sabes de tudo, antes mesmo que aconteça. Tu vês tudo isso e consentes. Não nos
dizes o que devemos fazer.”
X - 1. Então o Altíssimo, o Santo, o Grande, tomou a palavra e enviou Uriel ao filho de Lamech,
com a ordem seguinte: “Dize-lhe, em meu nome: ‘Esconde-te’, e anuncia-lhe o fim próximo!
Pois o mundo inteiro será destruído; um dilúvio cobrirá toda a terra e aniquilará tudo o que
sobre ela existe.” 2. “Comunica-lhe que ele poderá salvar-se, e que seus descendentes serão
mantidos por todas as gerações do mundo!” 3. E a Raphael disse o Senhor: “Amarra Azazel de
mãos e pés e lança-o nas trevas! Cava um buraco no deserto de Dudael e atira-o ao fundo!
Deposita pedras ásperas e pontiagudas por baixo dele e cobre-o de escuridão! Deixa-o
permanecer lá para sempre e veda-lhe o rosto, para que não veja a luz!” 4. “No dia do grande
Juízo ele deverá ser arremessado ao tremendal de fogo!
Purifica a terra, corrompida pelos Anjos, e anuncia-lhe a Salvação, para que terminem seus
sofrimentos e não se percam todos os filhos dos homens, em virtude das coisas secretas que
os Guardiões revelaram e ensinaram aos seus filhos! Toda a terra está corrompida por causa
das obras transmitidas por Azazel. A ele atribui todos os pecados!” 5. E a Gabriel disse o
Senhor: “Levanta a guerra entre os bastardos, os monstros, os filhos das prostitutas e extirpa-
os do meio dos homens, juntamente com todos os filhos dos Guardiões! Instiga-os uns contra
os outros, para que na batalha se eliminem mutuamente! Não se prolongue por mais tempo a
sua vida! Nenhum rogo dos pais em favor dos seus filhos deverás ser atendido; eles esperam
ter vida para sempre, e que cada um viva quinhentos anos.” 6. A Michael disse o Senhor: “Vai e
põe a ferros Semjaza e os seus sequazes, que se misturam com as mulheres e com elas se
contaminaram de todas as suas impurezas!” 7. “Quando os seus filhos se tiverem eliminado
mutuamente, e quando os pais tiverem presenciado o extermínio dos seus amados filhos,
amarra-os por sete gerações nos vales da terra, até o dia do seu julgamento, até o dia do juízo
final!”
VII - 1. Enoque (...) havia estado junto dos Guardiães e transcorreu os seus dias na companhia
dos Santos. 2. (...) Então os [Santos] Guardiães me chamaram, a mim Enoque, o Escriba, e
disseram-me: “Enoque, tu, o Escriba da Justiça, vai e anuncia aos Guardiães do céu que
perderam as alturas do paraíso e os lugares santos e eternos, que se corromperam com
mulheres à moda dos homens, que se casaram com elas, produzindo assim grande desgraça
sobre a terra; anuncia-lhes: 'Não encontrareis nem paz nem perdão'. Da mesma forma como se
alegram com seus filhos, presenciarão também o massacre dos seus queridos, e suspirarão
com a desgraça. Eles suplicarão sem cessar, mas não obterão nem clemência nem paz!”
Quer saber mais sobre os Anjos Caídos e o Mistério do Mal? Clique nos links abaixo:
O Mistério de Lúcifer-Prometeu
Recordo que faz muitíssimos anos, muitos, muito além do tempo, me vi com mr. Leadbeater no
Mundo Astral. Vi-o ainda com sua barba branca. Logo, ele se sentou. E quando esteve sentado
em um lugar qualquer, mr. Leadbeater disse:
'Estamos aqui ajudando você, Irmão, a sustentar o Movimento Gnóstico para que no mundo
físico possas levar os ensinamentos que se estão dando a você, como Avatara da Era de
Aquárius... Para que possas levar ao mundo físico esses ensinamentos que se lhe vão dar
nesses Mundos do Espaço, e que por isso agora nós lhe estamos dando a Didática... Nós, ou
seja, os membros da Fraternidade Branca...'
Recordo que lhe disse: Muito obrigado, mr. Leadbeater... (Isto faz muitos anos). Logo, lhe
disse: Bem, você escreveu algumas obras, porém esses livrinhos... (Captei intuitivamente que
ele iria tomar novamente corpo e escreveria o ensinamento esotérico).
Então, quando regressei outra vez – pois viajei em corpo mental –, me meti em meu corpo
astral. Aguardava-me mr. Leadbeater... 'Ó mr. Leadbeater – disse-lhe – tu tens muito poder: me
desdobraste no mental e eu pude viajar ao Egito!'
Bem, me despedi do venerável Ancião. Logo, ele se foi pelas ruas de Londres com seu corpo
astral... Mr. Leadbeater é um Ancião desperto, autoconsciente, radiante, iluminado. Mr.
Leadbeater é um Grande Mestre e vai tomar novamente corpo, e entendo que vai escrever
muitas obras de esoterismo..."
Até aqui, as palavras do venerável mestre Samael Aun Weor sobre sua experiência interna
com o mestre Leadbeater. A seguir, para finalizar este texto do GnosisOnline, transcrevemos
os ensinamentos de Leadbeater sobre a Mãe Divina:
"Será melhor que eu comece com uma declaração definida sobre o que eu pessoalmente sei a
respeito da Mãe do Mundo, tratando dos fatos como eles são, e da maneira como eles nos
interessam e influem no trabalho que temos de fazer – deixando de lado, por ora, todos os
mitos que se agruparam em Seu redor.
A Mãe do Mundo, então, é um Ser grandioso que está à testa de um grande departamento da
organização e governo do mundo. Em verdade Ela é um poderoso Anjo, tendo sob Suas
ordens uma vasta falange de Anjos subordinados, a quem Ela mantém perpetuamente
empregados no trabalho que Lhe cabe particularmente. Este trabalho tem tantas e tão
maravilhosas ramificações que não é fácil darmos sequer a idéia mais geral dele em poucas
frases. Por enquanto bastará dizer que num sentido muito real Ela tem sob Sua
responsabilidade todas as mulheres do mundo, e especialmente no tempo de sua provação
maior, quando elas exercem a função suprema que Deus lhes confiou, ao tornarem-se mães.
Há sempre muito mais por trás daqueles pensamentos originais e poéticos dos homens de
antanho do que crê a maioria das pessoas. É tolice nos mantermos cheios de preconceito
ignorante, muito melhor é tentarmos entender. O que quer que tenha sido artístico ou de ajuda
em qualquer religião sempre teve por trás de si uma verdade. Cabe-nos desentranhar esta
verdade, cabe-nos retirar as crostas dos séculos e deixar brilhar a verdade.
Sabemos que assim como os Adeptos dividiram o mundo em paróquias, de modo que todas as
nações têm algum tipo de orientação Adepta, igualmente cada nação tem um Deva ou Anjo
presidente. Sabemos, além disso, que os Anjos têm uma parte verdadeiramente grande na
direção da evolução - que eles também presidem sobre certos distritos, e que há uma
elaborada distribuição de Devas menores e maiores, chegando até o espírito local que atua
como guardião para um bosque, um vale, um lago. Mas nosso conhecimento ao longo destas
linhas é limitado e fragmentário, e a geografia política do mundo sob a ótica da Hoste Angélica
ainda está para ser escrita. Portanto, provavelmente seja temerário tentarmos uma
comparação entre as pessoas altamente evoluídas de ambas as evoluções; mas imagino que
não erraremos muito se considerarmos a Mãe do Mundo, Nossa Senhora da Luz, como igual
em dignidade aos Chohans que são Líderes de Raios.
Temo que na maioria dos países de língua inglesa a principal dificuldade que devemos
encontrar no caminho de tentarmos explicar o ofício e trabalho da Mãe do Mundo será o
preconceito extraordinariamente acirrado e irracional do Protestante comum contra a doutrina
Católica da Bendita Virgem Maria. Inevitavelmente seremos acusados de tentarmos introduzir a
Mariolatria, de tentarmos secretamente influenciar nossos leitores na direção do ensino da
Igreja Romana, pois há uma vasta quantidade de equívocos ligados a este assunto. As Igrejas
Romana e Grega envolvem o nome da Santa Virgem em profunda reverência, embora muitos
de seus membros saibam pouco sobre o real significado do belo e poético simbolismo ligado a
este nome. A Igreja da Inglaterra limitou um pouco a reverência devida a Ela, enquanto que os
outros Cristãos que não pertencem a esta comunhão usualmente consideram que é idolatria
cultuar uma mulher - uma atitude mental que é o mero resultado da obtusidade e ignorância.
SERÁPIS-BEI
O Mestre Serápis, do Raio de Vênus, é um filho da Ressurreição, e de
idades incalculáveis. Dirige a Arte Mundial, por isso recomenda-se aos que
queiram compreender os Mistérios Crísticos do Pilar da Arte para que
invoquem este Mestre.
Sua sede principal é no Egito, num templo que se encontra em Jinas (4ª
Beethoven
Na 4ª Sinfonia se adverte o uso dos timbales, que ativam os impulsos do Íntimo no coração,
Chesed, o Júpiter Interno.
A Força do Rigor, o Geburah, a quinta Esfera da Cabala, foi expressa por Beethoven em sua 5ª
Sinfonia, o Destino batendo à nossa porta.
A apoteose da dança, como disse Wagner da 7ª Sinfonia, unifica nossa compreensão acerca
da Esfera de Netzach, ou a Esfera de Vênus, a Deusa do Amor.
E para complementar estas informações entregues pelo VM Samael Aun Weor, transcrevemos
um trecho do livro Biomúsica, de Fernando Salazar Bañol, que explica sinteticamente a
influência das sinfonias beethovianas em nossas estruturas psicológicas.
Cada uma de suas sinfonias foi idealizada para agir nas estruturas psicológicas mais íntimas
do ser humano, enaltecendo os valores intrínsecos superlativos do homem.
1ª SINFONIA
É a do "Gênesis Psicológico".
Deve ser escutada para motivar-nos em tudo o que queremos iniciar.
2ª SINFONIA
É a da "Revolução Psicológica".
"Um complexo monstruoso, um horrível dragão ferido contorcendo-se, que se nega e expirar e,
ainda que sangrando no final, segue revolvendo-se e dando golpes com a cauda para todos os
lados." (Resenha publicada em maio de 1804, por Zeitung Für Die Elegante Wait, de Viena)
3ª SINFONIA
É a da "Busca do Equilíbrio".
Deve ser ouvida para motivar-nos a sair dos estados de nervosismo excessivo, desânimo,
descontrole, ansiedade, pessimismo.
4ª SINFONIA
É a "Sinfonia do Amor".
Motiva a sair dos estados de irritação, egoísmo, vingança e ódio.
5ª SINFONIA
É a do "Destino do Homem".
Estimula a traçar as estruturas do que queremos ser na vida, ou seja, a criar nosso destino.
6ª SINFONIA
É a da "Heurística".
Motiva-nos a toda ação criadora, a todo movimento que tenda a solucionar problemas.
7ª SINFONIA
A da "Exploração do Subconsciente".
Para motivar a nossa auto-análise, nosso estudo axiológico.
8ª SINFONIA
É a da "Emancipação Psicológica".
Se deve escutá-la para motivar-nos à mudança, à transformação, à transvalorização.
9ª SINFONIA
É a da "Sublimação".
Para motivar-nos a escalar os degraus dos sentimentos místicos, de espiritualidade, de
devoção.
O direito de o público de conhecer o que poderia ter sido uma obra de um grande compositor
foi o principal argumento do musicólogo inglês Barry Cooper para defender o trabalho de
reconstrução de um trecho da 10ª Sinfonia de Beethoven. Cooper explicou o processo de
pesquisa que o levou a terminar o primeiro movimento da obra a partir de anotações originais
do compositor em uma mesa redonda dentro da programação de cursos de verão da
Universidade Complutense de Madri, na cidade de San Lorenzo del Escorial (a 50 quilômetros
da capital). A principal discussão do evento foi a validade do trabalho de finalização de uma
obra inacabada do gênio Ludwig van Beethoven.
Lobsang Rampa escreveu mais de 20 livros versando sobre diversos temas, tais como
clarividência e viagem astral, política internacional, budismo esotérico e contatos com o
Yéti, entre outros. Os mais importantes títulos de sua bibliografia são: A Terceira Visão,
Entre os Monges do Tibet, A Caverna dos Antigos, O Manto Amarelo, A Décima
Terceira Vela, Você e a Eternidade, A Sabedoria dos Lamas etc. Morreu em Calgary,
no Canadá, em 25 de janeiro de 1981.
Mas qual são os conceitos da Gnose sobre este personagem? O VM Samael Aun Weor
afirma: “...Alguns adeptos podem reencarnar-se em corpos de pessoas adultas, sem
necessidade de entrar em uma matriz. Isto sucede quando um adepto está fazendo
alguma GRANDE OBRA e o necessita urgentemente. Um caso concreto é o do Grande
Lama 'Terça' Lobsang Rampa. Este adepto estava fazendo certo trabalho e não podia
interrompê-lo.
O ego desencarnado se libertou da pesada carga de uma vida medíocre e a Loja Branca
lhe perdoou seu Karma. Martes Lobsang Rampa é agora um homem inglês. Realmente,
este tipo de reencarnação é como trocar de roupa voluntariamente e em plena
consciência... Este tipo de reencarnação é para adeptos”.
Deus Jano
No entanto, este Ser Divino realmente foi somente o fruto da fértil imaginação dos
mitólogos antigos ou é um personagem divino que verdadeiramente existe nas
Dimensões Superiores da Natureza? Para aclarar essa questão, vejamos o que o VM
Samael diz a esse respeito:
"A primitiva religião de Jano ou Jaino, quer dizer, a áurea, solar, e super-humana
doutrina dos Jinas, à absolutamente sexual, tu o sabes.
Escrito está, com carvões acesos no Livro da Vida, que, durante a Idade de Ouro do
Lácio e da Ligúria, o Rei Divino Jano ou Saturno (IAO, Baco, Jeová, Iod-Heve)
imperou sabiamente sobre aquelas santas gentes, tribos árias todas, ainda que de muito
diversas épocas e origens.
Então, ó Deus meu... Como em épocas semelhantes de outros povos da antiga Arcádia,
podia dizer-se que conviviam felizes Jinas e homens.
Escrito está e com caracteres de fogo no grande Livro da Vida que, na Cruz Jaina ou
Jina, esconde-se, milagrosamente, o segredo indizível do Grande Arcano, a chave
maravilhosa da transmutação sexual.
Não é difícil compreender que tal Cruz Mágica é a mesma Suástica dos grandes
mistérios.
Entre o êxtase delicioso da alma que anela, podemos e até devemos pôr-nos em contato
místico com Jano, o austero e sublime Hierofante Jina que, no velho continente Mu,
ensinara a Ciência dos Jinas.
No Tibet secreto, existem duas escolas que se combatem mutuamente; quero referir-me,
claramente, às instituições Mahayana e Jinayana*.
Em noso próximo capítulo, falaremos sobre a primeira destas duas instituições; agora,
só nos preocuparemos pela escola Jinayana.
Jana, Swana ou Jaina é, pois, a doutrina desse velho Deus da luta e da ação, chamado
Jano, o senhor divino de duas caras, transposição andrógina do Hermes egípcio e de
muitos outros Deuses dos panteões Maias, Quichés e Astecas, cujas imponentes e
majestosas esculturas cinzeladas na rocha viva ainda se podem ver no México.
Ainda nestes tempos modernos, todavia, podemos achar rastros, na Irlanda, desses vinte
e três profetas Djinas ou conquistadores de almas que foram enviados em todas as
direções do mundo pelo fundador do Jainismo, o Rishi-Baja-Deva.
Nos instantes em que escrevo estas linhas, vêm à minha memória recordações
transcendentais.
Num dos tantos corredores de um antigo palácio, não importa a data nem a hora,
bebendo água com limão em taças deliciosas de fino bacará, junto com um grupo muito
seleto de Elohim, disse: 'Eu necessito descansar por um tempo na Felicidade, faz vários
Mahavântaras que estou ajudando a humanidade e já estou cansado'.
'A maior felicidade é ter Deus dentro, contestou um Arcanjo muito amigo...'
Habitando em regiões de tão intensa felicidade, poderia, acaso, alguma criatura não ser
feliz? Como? Por quê? Por não ter a Mônada dentro?
Cheio, pois, de tantas dúvidas, resolvi consultar o velho sábio Jano, o Deus vivente da
Ciência Jinas. Antes de entrar em sua Morada, fiz, ante o Guardião, uma saudação
secreta; avancei ante os Vigilantes e os saudei com outra saudação e, por último, tive a
dita de encontrar-me frente ao Deus Jano.
'Falta outra saudação', disse o Venerável. Não há melhor saudação que a do coração
tranqüilo. Assim respondi, enquanto, devotamente, punha minhas mãos no Cárdias.
Tal resposta podemos resumi-la assim: 'Ainda que um homem habitasse o Nirvana ou
qualquer outra região de ditas infinitas, se não tem Deus dentro, não seria feliz'.
'Entretanto, se vivesse nos mundos infernos ou no cárcere mais imundo da Terra, tendo
Deus dentro, seria feliz.'
Concluiremos este capítulo dizendo: A Escola Jinayana, com seu esoterismo profundo,
nos conduz pela via sexual até a encarnação do Verbo e a Liberação final.
Oremos..."
______________________
*Jinayana ou Hinayana, geralmente interpretado como o Pequeno Veículo do Budismo.
Na realidade, segundo a Gnose, este é um termo antiquíssimo, atlante, que se
disseminou em diversas épocas e lugares, sendo por isso encontrado em todos os
lugares, como nos explica o VM Samael no texto acima.
Bhagavan Aclaiva
Neste texto do site GnosisOnline fizemos uma
pequena compilação das principais referências
que o VM Samael Aun Weor faz sobre a mais
antiga e poderosa ordem da Venerável Loja
Branca: A Sagrada Ordem do Tibet. Dizem os
gnósticos que esta ordem é a que possui as
Chaves supremas da auto-realização, e que todos
os Avataras que vieram a este plano físico para
ensinar sobre o Arcano AZF saíram das fileiras
desta Ordem oriental.
Leiamos, a seguir, o que Samael nos diz sobre a Sagrada Ordem do Tibet e
seu Regente, Bhagavan Aclaiva:
E posso dizer, com inteira claridade meridiana, que o membro mais exaltado da
Ordem e chefe supremo da mesma é o Venerável Mestre e Patriarca da Igreja
Gnóstica Bhagavan Aclaiva, que é o Supremo Diretor desta Ordem da Loja
Branca.
Nós temos o grande tesouro Aryavarta Ashram e por isso posso dizer com
inteira claridade meridiana que os membros mais exaltados da Ordem são
indivíduos sagrados porque possuem a Pedra Filosofal.
---
---
Retornar ao vetusto monastério tibetano foi sempre meu melhor anelo. Dizem
os velhos sábios do Oriente que sete são as provas básicas, fundamentais,
indispensáveis para a recepção iniciática na Ordem Sagrada do Tibet.
Eu estive nas lutas, soube das provas, golpeei, como outros, na porta do
templo. Uma Dama-Adepto, depois de tantas e tantas provas espantosas e
terríveis, em grande estilo, mostrou-me, sinistramente, a descarnada e horrível
figura da morte, ossuda caveira entre suas duas canelas cruzadas.
Com o traje ritual de verdugo, avançou resolutamente até mim, com o látego
sagrado empunhado em sua direita. De imediato compreendi que devia passar
pela flagelação evangélica. Caminhei rumo ao interior do templo, devagarinho...
ao longo daquele pátio vetusto, rodeado de muralhas arcaicas. “Morre! Morre!
Morre!”, exclamou a Dama, enquanto me açoitava, em verdade, com o látego
sagrado.
Na noite em que regressei à Ordem Sagrada do Tibet, fui feliz. Para o retorno
não há festas... assim está escrito e disso sabem os divinos e os humanos.
Simplesmente e sem ostentação alguma, voltei a ocupar meu posto dentro da
Ordem e continuei com o trabalho que outrora havia abandonado, quando me
distanciei do Caminho Reto.
Mas, ó meu Deus! Recorda, querido leitor, que não há rosas sem espinhos! Tu
o sabes! Afortunadamente, o Monastério da Ordem Sagrada do Tibet está
muito bem protegido dentro da quarta dimensão. Escrito está, no fundo dos
séculos e com caracteres de fogo, que Bhagavan Aclaiva é o Regente secreto
da Misteriosa Ordem...
---
Diz o grande mestre Hilariux IX, que nos antigos tempos a descida à Nona
Esfera era a prova máxima para a suprema dignidade do Hierofante. Hermes,
Buda, Jesus Cristo, Dante, Zoroastro, Maomé, Rama, Krishna, Pitágoras,
Platão e muitos outros, tiveram que descer à Nona Esfera para trabalhar com o
fogo e a água, origem de mundos, bestas, homens e deuses. Toda autêntica
iniciação branca começa por ali.
Max Heindek diz que no coração da Terra se acha o Signo do Infinito, o Santo
Oito. O mesmo afirma o Grande Mestre Illuminado Hilariux IX.
Imagens dos Mestres e Iniciados da Loja Branca I