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República de Angola

Ministério da Educação, cultura e Ciências tecnológicas da Huila


Colégio “Amigos do Saber”

Tema: Ponto de Vista da lei Angolana Sobre o Aborto


- Ponto de vista de Especialistas, Estudantes ou
professores sobre o aborto

Grupo nº02 Turma : A


Classe. 12ª Sala nº02

Elaborado por:
Joseph Constantino Rodrigues “coordenador”
Luciano Hipotelwa
Maria de Fátima
Yolene Elias
João Nkula Nsana

Ano lectivo de 2010

O Docente
________________
Pedro Kinavuidi

Breve Resumo sobre o aborto


Um aborto ou interrupção da gravidez é a remoção ou expulsão
prematura de um embrião ou feto do útero, resultando na sua morte ou sendo
por esta causada isto pode ocorrer de forma espontânea ou artificial,
provocando-se o fim da gestação, e consequentemente o fim da vida do feto,
mediante técnicas médicas, cirúrgicas entre outras.
Após 180 dias (seis meses) de gestação, quando o feto já é considerado
viável, o processo tem a designação médica de parto prematuro A terminologia
"aborto", entretanto, pode continuar a ser utilizada em geral, quando refere-se à
indução da morte do feto.
Através da história, o aborto foi provocado por vários métodos diferentes
e seus aspectos morais, éticos, legais e religiosos são objecto de intenso
debate em diversas partes do mundo.

Ponto de vista da lei Angolana sobre o aborto


ANGOLA. Código Penal.

Artigo 139º Aborto

Quem, por qualquer meio e sem consentimento de mulher grávida, a


fizer abortar será punido com prisão de 2 a 8 anos.

Artigo 140º Aborto consentido

1. Quem, por qualquer meio e com consentimento da mulher grávida, a


fizer abortar será punido com prisão até 3 anos.

2. Na mesma pena incorre a mulher grávida que der consentimento ao


aborto causado por terceiro ou que, por facto próprio ou de outrem, se fizer
abortar.

3. Se o aborto previsto nos números anteriores tiver o objectivo de


ocultar a desonra da mulher, será punido com prisão até 2 anos.

Artigo 141º Aborto agravado

1. Quando do aborto ou dos meios empregados resultar a morte ou uma


grave lesão para o corpo ou para a saúde da mulher grávida, o máximo da
pena aplicável será aumentado de um terço.

2. A mesma pena será aplicada ao agente que se dedicar habitualmente


à prática do aborto ou o realizar com intenção lucrativa.

3. A agravação prevista neste artigo não será aplicável à própria mulher


grávida.
Artigo 142º Interrupção da gravidez não punível

1. Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob a


sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente
reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, quando, segundo
o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina:

a) Constituir o único meio de remover perigo de morte ou de grave e


irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da
mulher grávida;
b) Se mostrar indicada para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura
lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida,
e for realizada nas primeiras 12 semanas de gravidez;
c) Houver seguros motivos para prever que o nascituro virá a sofrer, de
forma incurável, de grave doença ou malformação, e for realizada nas
primeiras 16 semanas de gravidez;
d) Houver sérios indícios de que a gravidez resultou de crime contra a
liberdade e autodeterminação sexual, e for realizada nas primeiras 12
semanas de gravidez.

2. A verificação das circunstâncias que tornam não punível a interrupção da


gravidez é certificada em atestado médico, escrito e assinado antes da
intervenção por médico diferente daquele por quem, ou sob cuja direcção,
a interrupção é realizada
3. O consentimento é prestado:

a) Em documento assinado pela mulher grávida ou a seu rogo e,


sempre que possível, com a antecedência mínima de 3 dias
relativamente à data da intervenção; ou
b) No caso de a mulher grávida ser menor de 16 anos ou
psiquicamente incapaz, respectiva e sucessivamente, conforme os
casos, pelo representante legal, por ascendente ou descendente ou, na
sua falta, por quaisquer parentes da linha colateral.

4. Se não for possível obter o consentimento nos termos do número anterior


e a efectivação da interrupção da gravidez se revestir de urgência, o
médico decide em consciência face à situação, socorrendo-se, sempre
que possível, do parecer de outro ou outros médicos.

A Alteração proposta

Além dos casos e prazos previstos no Art. 142º, a despenalização total


da interrupção voluntária da gravidez quando realizada, por opção da mulher,
nas 10 primeiras semanas, em estabelecimento de saúde legalmente
autorizado.
Pontos de vista de especialistas, estudantes ou professores
sobre o aborto

Ponto de Vista de Estudantes


Joseph Constantino Rodrigues

Considero o aborto como um dos piores crimes, já que a vítima não tem
nenhuma possibilidade de defesa. Sei que em algumas situações, como o caso
do estupro por exemplo, a gravidez pode ser um problema pois foi fruto de uma
situação que trouxe muito sofrimento para a mulher, mas não consigo encarar
com naturalidade o ato de interromper uma vida que já foi gerada.

Jose Nkai

Realmente, por mais que a situação pareça justificativa, a vida que foi
gerada não tem culpa alguma do que aconteceu. No caso de estupro por
exemplo parece justificativo, mas será que se a mãe esperasse o bebé nascer
teria coragem de mata-lo? Acho que não. Mas poderia dar para adopção, se
não o ama-se

Gilberto Vagnilson

Eu acredito que seja um assassinato...nenhuma pessoa tem o direito de


decidir quem vai viver ou quem vai morrer.
Ainda mais de um ser humano que nem fala, nunca conheceu o mundo
não teve realmente chance de viver a vida.
Eu sou pessoalmente contra, mas não acho que caiba ao Estado decidir
a esse respeito, e sim à mulher.

Elisandra Rodrigues
Eu sou contra !Mas a Universal do Reino de Deus é a favor
Se um dos mandamentos é ñ matarás como pode uma religião que diz
seguidora de Jesus ir contra a seu mandamento por interesse próprio.É algo
que existe e sempre existiu....independete do que as religiões acham...eu não
faria, mas não condeno quem faça...não posso obrigar as pessoas a pensarem
como eu.Se eu acredito que isso é contra as leis do Universo, há muitas
pessoas que não acreditam...

Delfina Londa

As mulheres não vão deixar de fazer aborto porque as religiões


condenam, ou o Estado proibe...a questão da legalização é só para quem ja
faz, para que diminua as mortes.Ninguém é obrigado a fazer por que a lei
permite, mas ninguem pode deixar de fazer porque os outros acreditam que
seja errado... cada um acredita em uma coisa e vivemos numa "democracia".
Mas posso dizer que tenho amigas que ja fizeram (evangélicas e
católicas)...quase morreram.Ja é proibido e elas fizeram mesmo assim...

Aborto no ponto de vista Religioso

Padre Armando Pereira

Deus não fez a morte, nem se alegra que pereçam os vivos » (Sab. 1,
13). É certo que Deus criou seres que não têm senão uma duração limitada e
que a morte física não pode estar ausente do mundo dos viventes corporais.
Mas, aquilo que é querido, antes de mais nada, é a vida; e, no universo visível,
tudo foi feito em vista do homem, imagem de Deus e coroamento do mundo
(cfr. Gén. 1, 26-28).

Padre Edson Metuzalene

No plano humano, foi por inveja do demónio que a morte entrou no


mundo » (Sab. 2, 24); introduzida pelo pecado, ela permanece a ele ligada; ela
é dele o sinal e o fruto. No entanto, ela não poderá triunfar. Confirmando a fé
na ressurreição, o Senhor proclamará no Evangelho que « Deus ... não é o
Deus dos mortos, mas dos vivos » (Mt. 22, 32-33); e a morte, bem como o
pecado, será vencida, definitivamente, pela ressurreição em Cristo (cfr. 1 Cor.
15, 20-27). Compreende-se assim que a vida humana, mesmo sobre a terra,
seja algo precioso. Insuflada pelo Criador,[5] é por Ele que ela será reassumida
(cfr. Gén. 2, 7; Sab. 15, 11)

Padre Romeu Nicolas

0 mandamento de Deus é formal: “Não matarás” (Ex. 20, 13). Ao


mesmo tempo que é um dom, a vida é também uma responsabilidade: recebida
como um « talento » (cfr. Mt. 25, 14-30), ela deve ser posta a render. Para a
fazer frutificar, muitas são as tarefas que ao homem se apresentam neste
mundo, às quais ele não deve furtar-se; mas, de uma maneira mais profunda
ainda, para o cristão, pois ele sabe bem que a vida eterna para ele depende
daquilo que, com a graça de Deus, fizer durante a sua vida sobre a terra.

Ponto de Vista de Especialistas

Doutor Sebastião Júnior

Pensamos que antes de discutir a questão do aborto, deveríamos


reflectir sobre a importância do uso de um método contraceptivo eficaz, que é
um dos pré-requisitos, entre outros, para quem tem uma vida sexual activa.
Com relação à prevenção de gravidez indesejável, sem dúvida a melhor arma é
a educação para a sexualidade. O aborto é procedimento cirúrgico mais
comum em Angola hoje. Dos 1,5 milhões de abortos ocorridos por ano em
Angola (30% das gravidezes), 26,2% ocorre em adolescentes com menos de
20 anos. Estima-se que das 2.700 gravidezes por dia em adolescentes, 1.100
sejam interrompidas por um aborto.
Breve questionário

1. O pai é asmático, a mãe está tuberculosa, tem quatro filhos. O primeiro é


cego, o segundo é surdo, o terceiro morreu e o quarto tem tuberculose. A
mãe esta grávida de novo.

É recomendado um aborto nesta situação?

2. Uma senhora esta grávida, já tem muitos filhos, dois deles morreram, seu
esposo esta na guerra e não sabe se há-de voltar, e ela resta-lhe pouco
tempo de vida

É recomendado um aborto nesta situação?

3. Uma jovem esta grávida, não esta casada e o seu noivo não é o pai do
bebe que esta esperando.

É recomendado um aborto nesta situação?

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