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OAB EXTENSIVO VESPERTINO

Disciplina: Direito Ambiental


Prof. Fabiano Mello
Data: 05.09.2009
Aula nº 02

TEMAS TRATADOS EM AULA

 SISNAMA Lei 6938/81


Sistema nacional do meio ambiente, responsável por efetivar a política de meio ambiente do Brasil.

Sistema nacional de meio ambiente:


• Órgão superior: Conselho de Governo = reunião dos ministros dos Estados. Tem o papel de
auxiliar o Presidente da República na formulação da política Nacional do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais.

• Órgão consultivo e deliberativo:


CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente:
 Órgão consultivo: tem a função de estudar auxiliar e propor ao conselho de governo, diretrizes
governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais.
 Órgão deliberativo: deliberar em seu âmbito de competência normas padrões para o meio
ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida.

O Conama é formado por:


- Plenário = composto pelos órgãos federais, estaduais, municípios, sociedade civil e o setor empresarial,
sem remuneração. A reunião do CONAMA ocorre a cada três meses.
- Cipam – Comitê de integração de políticas ambientais = Secretaria Executiva do Conama.
- Câmara especial recursal = Criada para apreciar multas e penalidades. Sua formação se dá por
pessoas com conhecimento jurídicos.
- Câmaras técnicas = são câmaras criadas para cada tipo de assunto. São tidas como temáticas.
- Competências do Conama estão no art. 8º da Lei 6.938/81 – (OBS. Art. 8º,III foi revogado).

• Órgão Central: Ministério do Meio Ambiente – planejar, cordenar, supervisionar e controlar a


política nacional para o meio ambiente, dentro de sua competência.

• Órgãos Executores: IBAMA - Órgão competente para efetuar o licencimanete ambiente de obras
nacional, estadual e regional, exercitar o poder de polícia.
ICMBIO – Lida com as unidades de conservação criadas no âmbito federal. Lei 9985/00.

• Órgãos seccionais: Órgãos estaduais. Cada Estado tem seus entes, que se encontram nos
órgãos seccionais.
• Órgão locais: poucos Municípios possuem.

Licenciamento Ambiental (art. 9º da Lei 6.938/81) Resolução 237/97 do CONAMA.


- É um procedimento.
- Toda atividade ou obra que cause poluição ou degradação ambiental submete-se ao licenciamento, ou
seja, tem que ter licença prévia; licença de instalação e licença de operação.

Licença Prévia: (mais importante licença)


- Atesta a viabilidade ambiental do projeto.
- Aprova a sua localização.

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- É a licença de materialização.
Ex: sem a licença não posso construir ou cortar árvore.
- Prazo de 5 anos (prazo máximo).

Licença de instalação
- Prazo de 6 anos.

Licença de operação
- Prazo de 10 anos.

Licença de Renovação
- Antes de expirar a licença de operação, há prazo de 120 dias para pedir a renovação.

Competência para o Licenciamento Ambiental


- Obras e Atividades localizadas e/ou desenvolvidas no Brasil e em país limítrofe;

No âmbito Federal:
- Se a obra atinge dois ou mais Estados da federação (quem licencia é o IBAMA), não só a localização
geográfica mas, também, a extensão dos impactos ambientais;
Ex: unidades de conservação federal; áreas indígenas; atividades nucleares; plataforma continental; mar
territorial; zona econômica exclusiva.

- No âmbito estadual:
- O órgão ambiental licencia no âmbito estadual.
- Obra ou atvidade que atinge dois ou mais Municípios.
- Há licenciamento no âmbito municipal quando se tratar do código florestal (art. 2º e 3º) ou convênio
administrativo.

Estudo Prévio de Impacto ambiental (EPIA/ RIMA)


- Fundamento: Art. 225, parágrafo 1º, inciso IV, CF.
- Obra ou atividade que causa significativa degradação ambiental, precisa de um estudo prévio de impacto
ambiental.
- Pressuposto: significativa degradação/impacto ambiental.
- Se não há degradação, será feito um simples estudo.
- Resolução 01/86 presume causas de degradação ambiental.
- EPIA = É um estudo técnico. Quem paga a equipe técnica multidisciplinar é o empreendedor, e ele deve
disponibilizar no mínimo 05 RIMAS.
- RIMA = Relatório de impacto do meio ambiente (estudo gerencial).
- O orgão recebe o EPIA e os legitimados terão que requerer a Audiência Pública.
- Quem são os legitimados para requerer audiência pública:
1) Próprio órgão ambiental;
2) Ministério Público/Federal ou Estadual;
3) Entidade da sociedade civil;
4) Cinqüenta ou mais cidadãos.

- Quando o rima é favorável o requerido tem licença prévia.


- Audiência pública é requisito formal essencial.
- Uma vez solicitada tem que acontecer a licença, se não acontecer vai macular a licença ambiental.

Código Florestal

1. Área de Preservação Permanente (APP)


2. Tipos:

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- Por força de lei ou;
- Administrativa.

Área de preservação Permanente:


- Das águas correntes, rios, riachos e córregos.
- Onde existe nascentes, tem que ter um raio de proteção de 50 metros (área de preservação
permanente).

LARGURA DO CURSO D´ÁGUA FAIXA MARGINAL


ATÉ 10 METROS 30 METROS
10 – 50 50 METROS
50 - 200 100
200 - 600 200
+ 600 500

Reserva Legal Florestal (art. 16, Código Florestal)


- Regime jurídico florestal - 04 hipóteses:
a) 80% = nas florestas na Amazônia;
b) 35% = nos cerrados na Amazônia;
c) 20% = campos gerais/resto do país.

Unidades de Conservação (Lei 9.985/00)


- Cria-se por ato do poder público, ou seja, por um Decreto.
- Se tiver que desafetar/diminuir, somente por lei específica.
- Para criar uma unidade de conservação, além do Decreto é preciso, previamente, realizar estudos
técnicos e consulta pública.
- Existem unidades de conservação que não precisam de consulta pública:
a) Estação ecológica;
b) Reserva biológica.

Tipos:
a) Unidade de proteção Integral = siginifica que irei preservar a unidade, e só posso usar os recursos
naturais indiretamente.
Ex: pesquisa científica.
b) Unidade de uso sutentável = compatibilizar proteção integral e a realização de uma atividade
econômica.
Ex: Área de proteção ambiental (APA).

- Toda unidade de conservação tem um plano de manejo, ou seja, é um documento que gerencia uma
unidade de conservação.
- Conteúdo do plano de manejo:
1) A área da unidade;
2) A zona de amortecimento ;
3) Corredores ecológicos;
4) Medidas de integração da vida social e econômica das comunidades vizinhas.

-Toda unidade de conservação deve possuir zona de amortecimento, com exceção:


a) APA (área de proteção ambiental);
b) Reserva particular do patromônio natural.

Responsabilidade Civil
- Responsabilidade por dano ambiental é objetiva (art. 14, parágrafo 1º da Lei 6938/81).

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- Exceção:Quando se tratar de dano causado pela omissão do poder público no exercício do poder de
polícia/fiscalização, a responsabilidade é subjetiva, segundo o STJ.

- Dano pode ser:


a) Patrimonial = perda do valor do bem; Posso ter o dano:
b) Extrapatrimonial = diminuição da qualidade de vida

- Dano Ambiental. Ex: Atinge a fauna; flora, etc.


- Dano Individual
- Dano Ambiental reflexo
- Ocorre a reparação do dano ambiental, quando houver:
a) Recomposição/Restauração;
b) Compensação;
c) Indenização.

- Infração ambiental = Art. 70 à 76 da Lei 9605/1998 (leitura)


a) Penas aplicadas segundo o art. 7º.
b) Penas aplicáveis a pessoa física = Art. 8º.

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QUESTÕES SOBRE O TEMA

1. (OAB/CESPE- 2008 .2) Quanto ao licenciamento ambiental, assinale a opção correta.


a) Uma das modalidades de licença ambiental é a licença de operação, que é concedida após a apresentação
dos documentos referentes a determinado empreendimento e de seu projeto de implementação e antes da
licença de instalação.
b) O órgão licenciador tem sempre sua decisão vinculada aos resultados do estudo de impacto ambiental e
ao seu respectivo relatório de impacto ambiental, sendo expressamente vedada a autorização de
empreendimentos desaconselhados por este.
c) A licença ambiental não pode ser concedida a empreendimentos que não sejam cadastrados no Cadastro
Técnico Federal de Empreendimentos Sustentáveis.
d) O CONAMA definiu, em uma de suas resoluções, estudos ambientais como sendo todos e quaisquer
estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de
uma atividade ou empreendimento, que sejam apresentados como subsídios para a análise de razões para a
concessão da licença.

2. (OAB/CESPE- 2007. 2) Acerca do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, assinale a opção


correta.
a) Nas unidades de conservação (UCs) de proteção integral, a visitação pública é absolutamente proibida;
entretanto a administração pública pode autorizar a realização de pesquisa científica em tais unidades.
b) A reserva extrativista é uma espécie de UC de uso sustentável de domínio coletivo privado, cuja
titularidade cabe a populações extrativistas tradicionais, assim reconhecidas pelo poder público.
c) As UCs podem ser criadas por decreto do Poder Executivo, mas somente a lei em sentido formal pode
autorizar a desafetação ou a redução de seus limites.
d) A reserva particular do patrimônio natural é uma UC que visa à conservação da diversidade biológica, cuja
criação depende tão-somente da manifestação de vontade do proprietário perante o órgão ambiental e da
subseqüente declaração de interesse social para fins de desapropriação da área.

3. (OAB/CESPE- 2007. 2) Considerando aspectos relativos à proteção administrativa do meio


ambiente, assinale a opção correta.
a) São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, entre outros, o zoneamento ambiental, a
avaliação de impactos ambientais e a criação de espaços territoriais especialmente protegidos, em áreas
públicas ou particulares.
b) A legislação brasileira estabelece, em rol exemplificativo, os casos em que a administração pública deve
solicitar ao empreendedor estudo de impacto ambiental (EIA). A exigência, ou não, do EIA está vinculada ao
custo final do empreendimento proposto, de acordo com tabela fixada pela administração pública.
c) A legislação brasileira estabelece, em enumeração taxativa, todos os casos em que a administração
pública deve exigir do empreendedor a elaboração de estudo prévio de impacto ambiental, o qual nunca
poderá ser dispensado pelo órgão ambiental.
d) O EIA/RIMA é uma das fases do procedimento de licenciamento ambiental, devendo ser elaborado por
equipe técnica multidisciplinar indicada pelo órgão ambiental competente, cabendo ao empreendedor recolher
à administração pública o valor correspondente aos seus custos.

GABARITO:
1. D;
2. C;
3. A.

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