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Universidade Estadual de Goiás – UEG

Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas – UnUCET

Extração da cafeína

Acadêmicos: João Honorato de Araujo Neto


Lucas Rodrigues Ferreira
Luiz Fernando Pessôa O
Orientador: Prof. Dr. Diego Palmiro Ramirez Ascheri
D Disciplina: Química orgânica experimental I J

Anápolis, 26 de novembro de 2009.


INTRODUÇÃO
A cafeína é um composto químico de fórmula C8H10N4O2 — classificado como
alcalóide do grupo das xantinas e designado quimicamente como 1,3,7-trimetilxantina. É
encontrado em certas plantas e usado para o consumo em bebidas, na forma de infusão, como
estimulante. A cafeína apresenta-se sob a forma de um pó branco ou pequenas agulhas, que
derretem a 238 °C e sublimam a 178 °C, em condições normais de temperatura e pressão. É
extremamente solúvel em água quente, não tem cheiro e apresenta sabor amargo.

Entre o grupo das xantinas (que incluem a teofilina e a teobromina) a cafeína é a


que mais atua sobre o sistema nervoso central. Atua ainda sobre o metabolismo basal e
aumenta a produção de suco gástrico. Doses terapêuticas de cafeína estimulam o coração
aumentando a sua capacidade de trabalho, produzindo também dilatação dos vasos
periféricos.

Uma xícara média de café contém, em média, cem miligramas de cafeína. Já


numa xícara de chá ou um copo de alguns refrigerantes encontram-se quarenta miligramas da
substância. Sua rápida ação estimulante faz dela poderoso antídoto à depressão respiratória
em conseqüência de intoxicação por drogas como morfina e barbitúricos. A ingestão
excessiva pode provocar, em algumas pessoas, efeitos negativos como irritabilidade,
ansiedade, agitação, dor de cabeça e insônia.

Os portadores de arritmia cardíaca devem evitar até mesmo dosagens moderadas,


ainda que eventuais, da substância. Altas doses de cafeína excitam demasiadamente o sistema
nervoso central, inclusive os reflexos medulares, podendo ser letal. Estudos demonstraram
que a dose letal para o homem é, em média, de 10 gramas.

As principais plantas que contém o princípio ativo cafeína são:

* Chá Mate: folhas e talos da Ilex paraguariensis.


* Café: sementes da Coffea arabica.
* Cacau: frutos da Theobroma cacao.
* Guaraná: frutos da Paullinia cupana.
* Cola: Cola acuminata.

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Cafeína, 2009)

OBJETIVO
Executar a extração de cafeína a partir de café solúvel por meio da extração
descontinua liquido-liquido.
MATERIAIS
Béquer de 500mL Anel de metal
Balança analítica Funil de Büchner e alonga de borracha
Café solúvel instantâneo Papel de filtro
Água destilada Kitassato
Solução de óxido de magnésio a 10 % Bomba de vácuo
Solução de H2SO4 a 0,1 mol/L Banho de água quente
Cronômetro Pipetas de 10 mL
Suporte universal Provetas de 100 mL
Papel indicador universal Chapa de aquecimento com agitação
Funil de decantação Diclorometano
Solução de NaOH a 0,1 mol/L Erlenmeyer de 250 mL
Sulfato de sódio anidro Espátulas

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Em um béquer de 500 mL colocou-se 10 g de café e dissolveu-se em cerca de 125
mL de água quente. Esperou-se a solução esfriar um pouco e adicionou-se 100 mL de uma
solução de óxido de magnésio a 10%. Colocou-se esta mistura em banho-maria sob agitação
constante durante 30 minutos, como é mostrado na fotografia abaixo:

Figura 1: Solução aquosa de café e óxido de magnésio em banho-maria sob agitação constante.
Fonte: própria.
Decorrido este tempo, retirou-se a mistura do banho-maria e a colocou para esfriar
a temperatura ambiente. Pegou-se esta mistura e a filtrou a vácuo. Pegou-se a solução
resultante da filtração e adicionou-se 0,5 mL de uma solução de acido sulfúrico 1 mol/L.

Pegou-se essa solução e medimos seu pH com um papel de indicador. Colocou-se


ácido sulfúrico na solução até que seu pH ficasse ácido. Depois, colocou-se essa solução em
um funil de decantação e extraiu-se o sobrenadante com uma porção de 15 mL de
diclorometano, como é ilustrado na fotografia abaixo. Repetiu-se esse processo por mais duas
vezes.

Figura 2: Decantação no funil de separação.


Fonte: própria.

Observou-se a formação de um sistema bifásico, formado pelas fases aquosa e


orgânica, sendo esta mais densa ficou na parte inferior do funil, assim foi possível a separação
das fases, recolhendo a fase orgânica em um Erlenmeyer. Depois, juntaram-se os três extratos
orgânicos num béquer e adicionou-se a essa solução 8 mL de hidróxido de potássio 0,1mol/L,
removendo a coloração amarelada do extrato orgânico. A fase orgânica foi colocada em um
Erlenmeyer e lavou-se a fase aquosa com porções de 5 mL de diclorometano, isso para uma
melhor pureza na solução final. Combinaram-se os extratos orgânicos, filtrou-se a vácuo e
obtiveram-se os cristais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao colocar óxido de magnésio na solução aquosa de café e agitar a mistura em
banho-maria durante 30 minutos fez-se com que os taninos (polifenóis de origem vegetal que
inibem o ataque às plantas por microorganismos patogênicos, herbívoros vertebrados ou
invertebrados) formassem sais insolúveis em água e se precipitassem da solução. Enquanto
que, ao colocar a solução de hidróxido de potássio nos extratos orgânicos fez com que
houvesse a remoção parcial da coloração amarelada do extrato orgânico.

CONCLUSÃO
O procedimento foi bem sucedido, pois foi possível a observação do experimento
em suas diferentes etapas, possibilitando as análises necessárias e aplanando os
conhecimentos a cerca das técnicas e teorias utilizadas, assim, atingindo o objetivo da aula
prática.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

HARRY, G. B.; RICHARD, J. P. Cafeína, Wikipedia, 1 página, 2009. Disponível em:


<http://pt.wikipedia.org/wiki/Cafeína>. Acesso em 18 de novembro de 2009.

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