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Síndrome do CONCEITO

A Síndrome do desfiladeiro torácico


Desfiladeiro Torácico é a disfunção do membro superior resultante na compressão do
feixe neurovascular- plexo branquial, artéria e a via subclávia-
quando estas estruturas passam pelo estreito do desfiladeiro
torácico.

Profa. Ms. Ana Maria de Abreu

O feixe vásculo-nervoso, ao sair do tórax para penetrar nos


membros superiores, percorre um verdadeiro túnel onde a Fisiopatologia
clavícula representa o seu teto, a primeira costela o assoalho e
suas paredes laterais as bordas dos músculos escalenos  Este arranjo ósteo-músculo-fibroso em muito se
assemelha a uma tesoura. Quando estas estruturas
ósseas, musculares ou fibrosas exercem um mecanismo
de cisalha, podem determinar uma compressão
permanente ou intermitente.

 A localização e a intensidade desta compressão


determinam uma grande variedade de sintomas.

 Esta compressão, quer permanente, quer intermitente,


pode ser relativa, isto é, ocasionando os sintomas
vasculares, neurais ou mistos.

Fisiopatologia
Fisiopatologia
 A diminuição do tônus da
musculatura elevadora do ombro, Entre fatores que ainda podem
causando o chamado "ombro caído" determinas estreitamento desse
favorece a compressão do feixe túnel estão as anomalias
vásculo-nervoso no já citado túnel. anatômicas:

 presença de costela cervical


 primeira costela anômola
 Um traumatismo na região cervical
 presença de músculo escaleno menor
do tipo "chicote", que levaria a
 feixes fibrosos oriundos do corpo da
compressão das estruturas do feixe
mega-apófise de C7, do colo da
vásculo-nervoso por espasmo da primeira costela e / ou da costela
musculatura dos músculos escalenos cervical inserindo-se posteriormente
ao tubérculo do escaleno anterior.

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Fisiopatologia Tipos de Síndromes
Síndrome do escaleno anterior
 Fatores predisponentes
 Os sintomas da síndrome do escaleno anterior são
entorpecimento e formigamento do braço, mãos e dedos.
- hiperabdução do ombro de longa duração  Estas sensações de mão "adormecendo" e de "alfinetes e
agulhas", prevalecem mais nas primeiras horas do dia e
freqüentemente acordam o paciente.
- fratura de clavícula viciosamente consolidada e  E este pode se queixar de debilidade dos dedos e quando
conseqüente alteração da parede superior do túnel houver dor, é descrita como uma "dolência" profunda e
surda.

- pessoas portadoras de pescoço alongado com projeção


anterior da cabeça e ombros decaidos são com maior
freqüência acometidas
O teste de Adson é o mais indicado para tal patologia

Tipos de Síndromes
 Síndrome costoclavicular
Tipos de Síndromes
 Síndrome da hiperabdução
 O feixe neurovascular pode estar comprimido entre a primeira costela
e a clavícula num ponto onde o plexo braquial se une a artéria
subclávia se cruza sobre a primeira costela.  O músculo peitoral menor se origina anteriormente na terceira, quarta e
quinta costelas e se insere no processo coracóide da escápula.
 Os sintomas se assemelham aos da síndrome do escaleno anterior e os
achados são mínimos.  As raízes do plexo braquial junto com a artéria e a veia axilar descendem
sobre a primeira costela sob o músculo peitoral.
 Os sintomas nesta síndrome são reproduzidos pela obliteração do  Os sintomas de entorpecimento e formigamento da mão são provocados
pulso radial ao trazer os ombros para traz e para baixo. Esta manobra pela compressão do feixe neurovascular entre o músculo peitoral menor e
postural é feita primeiro ativamente pelo paciente, depois passivamente a primeira costela e podem ser reproduzidos trazendo os braços do
por uma pressão para baixo feita pelo examinador. paciente por sobre a cabeça, abduzidos e ligeiramente para trás.

 Um sopro que pode ser ouvido quando os vasos são comprimidos e  Esta posição estira o músculo peitoral menor e estreita o espaço através do
desaparece quando são liberados, é uma boa confirmação diagnóstica. qual passa o feixe neurovascular. Os fatores etiológicos se assemelham aos
das síndromes do escaleno anterior e costoclavicular
Os fatores etiológicos são: postura, fadiga, trauma e estafa.

Causas ocupacionais Sintomas


*A sintomatologia neurovascular depende da freqüência e do grau de
 A síndrome do desfiladeiro torácico, cuja etiologia inicial duração da compressão da artéria subclávia / plexo braquial. Inicia
não é de origem ocupacional, pode ser assintomática até com transtorno sensitivos e só mais tarde aparecem os motores.
que apareçam alguns fatores desencadeantes que podem * Sintomas neurológicos (90 %)
estar ligados não só a traumatismos mas principalmente a * Dores irradiadas a partir da coluna cervical e MMSS
um trabalho pesado, que exija postura inadequada com os * Dor e hiperestesia de caráter migratório
ombros. * Alteração de sensibilidade e força na área do nervo ulnar (quarto e
quinto dedos)
*Movimentos repetidos * Sintomas vasculares (10%)
* Edema e sensação de frio na mão
* Posturas viciosas do membro superior (atividades que * Parestesia noturna
exijam longos períodos com os braços elevados acima dos * Manifestações menores
ombros, abduzidos e empregando força muscular.) - Resfriamento
- Sensação de braço morto

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Etiologia Diagnóstico diferencial
* Há preponderância feminina (alguns alegam por haver estruturas
musculares que são enfraquecidas levando a escápulas baixas)  Muitas patologias podem
* Trabalhadores braçais sobrepor os seus sinais e
* Nadadores craw (movimentos repetitivos) sintomas a SDT como:
* Traumatismos
* Sustentação de peso pelas extremidades
* Hérnia de disco cervical;
* Patologia cervical
Exames complementares: degenerativa;
* Radiografia do ombro; * Síndrome miofascial;
* Eletromiografia, define o nível e o segmento afetado; * Patologias do ombro.
* Artereografia, indicando quando há sintomas vasculares, predominando
em casos de costela cervical, para detectar aneurisma .

Tratamento
Objetivos do tratamento Conservador
* Afastamento do trabalho;
* Cinesioterapia;
* Diminuição do quadro álgico; * Exercícios para retencionamento da musculatura cervical;
* Diminuição da contratura muscular; * Mobilização de escápula;
* Mobilização passiva da coluna cervical;
* Diminuição do edema; * Exercício ativo-resistidos da coluna cervical;
* Melhorar a postura; * Exercício de elevação e anteropulsão da cintura escapular ;
* Exercício de flexão, extensão, abdução e adução da articulação
* Normalizar a circulação;
escápulo-umeral;
* Normalizar o tônus muscular da cintura escapular; * Exercício ativo livre da cintura escapular e da coluna cervical;
* Normalizar o trofismo muscular; * Exercício de Codmam;
* Laser;
* Aumentar a amplitude articular; * Infra-vermelho
* Fortalecimento muscular; * Ultra-som
Cirúrgico:
* Retorno às AVDs. * Constatação de costela cervical, indicações raras.

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