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RELAÇÕES INTERTERRITDRIAIS
Os constantes progressos das tecnologias da informação e comunicação (TIC) e a sua rápida difusão
provocaram um grande crescimento da sua utilização, sobretudo nas regiões de países mais desenvolvidos,
como é o caso da União Europeia, constituindo actualmente um importante sector da economia (Doc. 1).
Também com o objectivo de reduzir as desigualdades, foi criado em 1986, a nível comunitário, o Programa
STAR, já concluído, que englobou um conjunto de acções especiais no domínio das telecomunicações, para
promover a introdução e o desenvolvimento de serviços e redes avançados nas regiões periféricas
menos favorecidas da União Europeia. Em Portugal, as regiões autónomas beneficiaram deste programa,
que contribuiu para a criação de infra-estruturas de apoio e para o incentivo às empresas privadas na
aquisição de meios e na prestação de serviços na área das telecomunicações.
A rede de telecomunicações que liga o Continente às regiões autónomas é constituída, essencialmente, por
cabos submarinos de fibra óptica. O Anel Óptico dos Açores une as diferentes ilhas do arquipélago. Mais
recentemente, a Madeira e o Porto Santo foram também ligados entre si por um cabo submarino de fibra
óptica.
Portugal encontra-se ligado ao mundo através dos serviços internacionais de comunicação por satélite,
incluindo o satélite português POSAT 1.
Em Portugal, a Iniciativa Internet, adoptada em Agosto de 2000, foi o primeiro plano de acção para a
sociedade da informação. Surgiu como um instrumento complementar do Programa eEuropa 2002 e visava o
crescimento acelerado do uso da Internet nas escolas, nas empresas, nas famílias e na Administração Pública.
O Programa Operacional Sociedade do Conhecimento (POSC), surgiu no seguimento do programa
anterior Programa Operacional Sociedade da Informação (POSI) e constitui, em Portugal, o principal
instrumento financeiro de desenvolvimento da sociedade do conhecimento (doc. 3)
Outros planos e programas têm sido adaptados com o mesmo objectivo de dotar o nosso País e o espaço
comunitário dos meios e saberes necessários para responder aos desafios da nova sociedade da informação.
O Programa Galileo é um bom exemplo (doc.5).
AS TIC E O DINAMISMO DOS ESPAÇOS GEOGRÁFICOS
As telecomunicações têm, hoje, um papel fundamental na dinamização das actividades económicas e das
relações interterritoriais. Aumentam a produtividade de outras actividades e, simultaneamente, geram novos
sectores produtivos, desde a investigação à indústria de equipamentos e consumíveis e aos serviços que se
lhes associam, que são cada vez mais diversificados e abrangentes.
O crescimento do volume e da rapidez e intensidade dos fluxos
de informação torna possível a intensificação dos
contactos e do intercâmbio 'entre áreas geograficamente
distantes, tornando-se cada vez mais comuns práticas
como o e-comércio, o e-negócio e o teletrabalho que
permite a realização do trabalho a partir de casa (Quadro I).
São cada vez mais as empresas que utilizam Tecnologias de
Informação e Comunicação, registando-se diferenças
consoante a dimensão e os diferentes ramos de actividade
(Quadros II e III).
O desenvolvimento das TIC permite reduzir as distâncias e aproximar agentes económicos e pessoas de todo
o mundo. Todavia, porque contribuem para o desenvolvimento
económico e social, as diferenças no acesso e na capacidade de uso
dessas tecnologias aumentam as desigualdades entre as regiões do
mundo e de cada país e entre os cidadãos (fig. 1).
• A utilização da Internet aumentava com o nível de escolaridade, sendo a população com formação superior
a que mais acedia à Internet (92% contra 90% do nível secundário e 30% do 3° Ciclo).
Há ainda a considerar a necessidade de formação e os custos inerentes aos equipamentos e à ligação das
redes de acesso que, para uma boa parte da população, constituem factores inibidores da adesão às
TIC. No entanto, em muitos casos, o factor desinteresse ou não saber utilizar são os mais importantes.
Para diminuir os efeitos negativos do desenvolvimento dos transportes e das comunicações é necessário:
• Privilegiar a utilização dos transportes menos poluentes e dos que apostam nas energias renováveis;