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Jundiaí - SP
2009
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CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA
Jundiaí – SP
200
2
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, o reaproveitamento ou reciclagem de resíduos tais como: concreto, estuque,
telhas, madeiras , metais, gesso, aglomerados, pedras e carpetes na construção civil aparece
como questão fundamental na melhoria do meio ambiente.O papel da reciclagem é
fundamental para atenuar o impacto ambiental.
O presente estudo optou por abordar o tema Resíduos na Construção Civil por ter
conhecimento fundamentado em pesquisas de que a cadeia produtiva da construção civil (que
envolve todas as etapas da indústria da construção) é responsável por aproximadamente 30%
de todos os recursos naturais extraídos do planeta, e após as extrações, os impactos ambientais
continuam pelos diversos tipos de transportes e pelas fábricas de materiais de construção que
alimentam os canteiros de obras, gerando por sua vez mais impactos. Este trabalho tem por
finalidade demonstrar que a prática da reciclagem destes resíduos tem por função principal a
redução no desperdício de recursos naturais e a minimização dos impactos ambientais
causados pela disposição final destes resíduos
Sumário
1 justificativa...........................................................................................................................4
1.1 Objetivo ............................................................................................................................4
Resíduos na Construção civil. ....................................................................................................5
1.2 Composição do resíduo da construção civil......................................................................6
1.3 Destinos do entulho da CC................................................................................................7
1.4 Viabilidade Técnica.......................................................................................................10
1.4.1 Vantagens ................................................................................................................10
1.4.2 Desvantagens...........................................................................................................10
1.5 Aplicabilidade.................................................................................................................11
CONCLUSÃO..........................................................................................................................12
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................13
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1 justificativa
O presente estudo optou por abordar o tema Resíduos na Construção Civil por ter
conhecimento fundamentado em pesquisas de que a cadeia produtiva da construção civil (que
envolve todas as etapas da indústria da construção) é responsável por aproximadamente 30%
de todos os recursos naturais extraídos do planeta, e após as extrações, os impactos ambientais
continuam pelos diversos tipos de transportes e pelas fábricas de materiais de construção que
alimentam os canteiros de obras, gerando por sua vez mais impactos. Este trabalho tem por
finalidade demonstrar que a prática da reciclagem destes resíduos tem por função principal a
redução no desperdício de recursos naturais e a minimização dos impactos ambientais
causados pela disposição final destes resíduos.
1.1 Objetivo
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Para o desenvolvimento deste trabalho utilizou-se de pesquisas bibliográficas em sites
da internet no intuito de demonstrar de forma correta e prática reciclagem de produtos
lançados no meio ambiente que podem ser reutilizados.
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Figura 17 e 18 – Resíduo de Construção Civil Moído
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1.3 Destinos do entulho da CC
Os resíduos e entulhos gerados pela construção implicam num custo alto para a
população que paga pelo desperdício desse material, muitas vezes descartado em locais não
apropriados, longe dos locais de bota-fora definido pelas cidades.
Na maioria das vezes, o entulho é retirado da obra e levado pelas empresas de tele-
caçambas, geralmente registradas e regulamentadas pelas prefeituras, que depositam o
material em locais impróprios como em terrenos baldios, margens de rios e nas ruas das
periferias. O impacto dessa ação é evidente.
Nos últimos anos, em muitos países, criou-se uma prática de reutilização dos entulhos
da construção civil. No Brasil, entretanto, o reaproveitamento do entulho é restrito,
praticamente, à sua utilização como material para aterro.
Os resíduos que sobravam das construções civis geralmente eram levados para os
lixões, juntamente com o lixo residencial. Este ato estava em desacordo com as propostas de
Desenvolvimento sustentável e então o Conselho Nacional do Meio-Ambiente (Conama)
desenvolveu a Resolução 307, que fala sobre o gerenciamento de resíduos e determina que as
prefeituras e as construtoras façam um planejamento sobre o destino do entulho. Conforme a
resolução do Conama, os materiais são divididos em quatro classes. A uma é composta por
materiais cinza e vermelhos – concretos, cimentos, argamassas, blocos, tijolos e telhas
cerâmicas e solos de escavação. Esse material pode ser reciclado para virar componente ou ser
estocado pelo município para reciclagem.
A outra classe é dos resíduos perigosos: restos de solvente e tintas. Esses produtos
devem ser destinados a locais específicos para materiais contaminantes, os aterros de resíduos
perigosos. O problema do produto de construção civil é a diversidade de material. Uma forma
de gerenciar isso é uma área de transferência e transbordo, que é um lugar onde as pessoas
possam fazer a separação dos materiais para reciclagem.
A utilização de resíduo reciclado como agregado já possui normas técnicas no Brasil
que dispõem sobre quantidade e qualidade. Algumas construtoras, pela quantidade expressiva
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de resíduo que produzem, já recorrem à reciclagem e o aproveitamento do entulho para
economizar.
Jundiaí é um dos poucos municípios que tratam da destinação de entulhos de
construção. São cerca de 10 mil toneladas de entulho por mês. Os restos de materiais de
construção acumulados em caçambas espalhadas pela cidade são levados ao aterro no Geresol
(Gerenciamento de Resíduos Sólidos), no Distrito Industrial. Cerca de 30 empresas de
caçambas são responsáveis pelo recolhimento.
A palavra reciclagem, no sentido de reutilização de resíduos, é recente no Brasil e vem
sendo usada desde os anos 90. Em países como Alemanha, Dinamarca e Japão, por exemplo,
onde os recursos naturais são escassos, a reciclagem é fortemente utilizada. No Brasil, como
há recursos em abundância, culturalmente a sociedade ainda está se alertando para esta
situação de provável escassez.
Atualmente, bilhões de reais são jogados no lixo. Mais especificadamente, na cidade
de São Paulo, deixa-se de obter ganhos superiores a R$ 1,1 bilhão anuais e no Brasil como um
todo se perde R$ 5,8 bilhões pela não reciclagem do lixo.
Estes cálculos foram levantados pelo economista Sabetai Calderoni, autor do livro "Os
Bilhões Perdidos no Lixo" (Ed. Humanitas, USP, 1997). Que concluiu que a reciclagem do
lixo é economicamente viável e deve ser implantada. Ou seja, não reciclar é jogar dinheiro no
lixo.
A reciclagem do entulho da CC pode ser feita de várias maneiras, o que ajuda a
diminuir a degradação ambiental mediante a redução do volume de materiais despejados em
aterros sanitários, encostas de rios e terrenos baldios. Os resíduos retirados de uma demolição
ou reforma podem ser quase todos reaproveitados. Madeiras, louças, portas, janelas, telhas,
tijolos e ferragens, quando em bom estado, podem ser vendidos para casas de demolição. Os
azulejos e os pisos têm mercado nos cemitérios de azulejos – lojas especializadas na venda de
materiais que já saíram de linha.
O entulho pode ser reciclado para ser reutilizado.
E do ponto de vista social, a tecnologia de reciclagem é apontada como uma das
alternativas para a geração de emprego e renda. O resultado é que além da economia de
matéria-prima e energia na produção de novos agregados, o uso e a reciclagem de resíduos da
construção e demolição proporcionam novas oportunidades de emprego para uma parcela da
população que freqüentemente é excluída, que passa a se organizar em grupos e efetivamente
a gerar renda, tanto na coleta quanto em cooperativas de reciclagem.
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Nos EUA, Japão, França, Itália, Inglaterra e Alemanha e outros países a reciclagem de
entulho já se consolidou, com centenas de unidades instaladas.
No Brasil, o reaproveitamento do entulho é restrito, praticamente, à sua utilização
como material para aterro e, em muito menor escala, à conservação de estradas de terra.
Em SÃO PAULO a prefeitura implantou, em 1991, uma usina de reciclagem com
capacidade para 100 toneladas/hora, produzindo material utilizado como sub-base para
pavimentação de vias secundárias, numa experiência pioneira no Hemisfério Sul.
Já em Londrina cidade localizada no norte do Paraná, foi inaugurada em 1994 a
Central de Moagem de Entulhos, sendo a primeira cidade do Paraná a dar este passo. A
Central iniciou sua produção com mais de 1.000 tijolos/dia, destinados para a construção de
casas populares, e que são produzidos até hoje. Além do reaproveitamento, os quase 4 mil
pontos de despejos de entulho detectados no município foram praticamente extintos. Hoje
chegam à Central cerca de 100 caminhões de entulho por dia – 300 toneladas em média (das
cerca de 400 toneladas produzidas diariamente na cidade); 10 a 15% delas são processadas e
viram brita e o restante é reaproveitado em pavimentações diversas, como calçamento de
praças e logradouros públicos.
Em Belo Horizonte cerca de 50% dos resíduos coletados diariamente são entulho da
construção civil. Em consequência disso a SLU criou e implantou o Projeto da Reciclagem de
Entulho, com o objetivo de eliminar pontos clandestinos de descarte, garantir maior vida útil
ao Aterro Sanitário, gerar material de construção alternativo a baixo custo para ser utilizado
em substituição a materiais convencionais, contar com a participação da população na entrega
de entulho nas unidades de recebimento apropriadas e solucionar o problema dos pequenos
geradores através da distribuição no município de Pontos de Entrega Voluntária de Entulho.
Belo Horizonte conta hoje com duas Unidades de Reciclagem de Entulho, localizadas nos
bairros Estoril e Pampulha, com capacidade de processamento de 120 e 240 toneladas/dia,
respectivamente (em 1998).
Já em Ribeirão Preto a cidade produz, em média, 900 toneladas de entulho por dia;
25% desse material são operados na Usina de Reciclagem de Entulhos da Construção Civil e
o material produzido é utilizado na recuperação de estradas municipais sem pavimentação. O
gerenciamento desta usina é feito pelo Dermurb.
Em São José dos Campos foi fundada em 1997, a Usina de Reciclagem de Entulhos
foi desativada há cerca de um ano (junho de 1998), com previsão de reabertura em agosto de
1999. Chegou a receber até 10 caminhões/dia, com um total aproximado de 60 toneladas de
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entulho misto. A taxa de processamento de entulhos na Usina chegou a 30%, utilizados em
áreas rurais sem pavimentação (apenas uma pequena parcela era de entulho "limpo", utilizado
na produção de tijolos e blocos). O gerenciamento é feito pela Secretaria de Serviços
Municipais da Prefeitura Municipal de São José dos Campos.
1.4.1 Vantagens
• A reciclagem pode ser mais barata do que a disposição dos rejeitos, além de ter o
potencial de tornar o preço de uma obra mais convidativo.
• Para a administração municipal, este custo está em torno de US$ 10 por metro cúbico
clandestinamente depositado, aproximadamente, incluindo a correção da deposição e o
controle de doenças. Estima-se que o custo da reciclagem signifique 25% desse custo.
• A produção de agregados com base no entulho pode gerar economias de mais de 80%
em relação aos preços dos agregados convencionais.
• A partir deste material é possível fabricar componentes com uma economia de até
70% em relação a similares com matéria-prima não reciclada.
• O entulho deve ser visto como fonte de materiais de grande utilidade para a construção
civil. Seu uso mais tradicional - em aterros - nem sempre é o mais racional, pois ele
serve também para substituir materiais normalmente extraídos de jazidas ou pode se
transformar em matéria-prima para componentes de construção, de qualidade
comparável aos materiais tradicionais.
1.4.2 Desvantagens
10
• O desempenho ambiental na reciclagem deste resíduo é ainda negligenciado e existem
problemas na etapa de caracterização do resíduo.
• Considera-se que com o índice de vazios e absorção influenciam drasticamente na
trabalhabilidade do concreto, que é considerada ideal neste caso, até 60 minutos após a
mistura com água.
1.5 Aplicabilidade
• Grandes pedaços de concreto podem ser aplicados como material de contenção para
prevenção de processos erosivos na orla marítima e das correntes, ou usado em projetos como
desenvolvimento de recifes artificiais.
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CONCLUSÃO
Resíduos, sempre existirá, o que deve ser mudado é a política de proteção ambiental
que é voltada quase que exclusivamente para a deposição controlada dos resíduos.
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Se na ponta geradora do resíduo a reciclagem significa redução de custos e até mesmo
novas oportunidades de negócio, na outra ponta do processo, a cadeia produtiva que recicla
reduz o volume de extração de matéria primas, preservando os recursos naturais limitados.
Para que a indústria do cimento reduza em até 2,3 milhões de toneladas de CO2 na
atmosfera, indicamos a adoção de concreto ecológico no intuito de reduzir a emissão de gases
do efeito estufa na produção do concreto, através da substituição de 20% do cimento comum
por outras substâncias, como cinzas do bagaço da cana, de casca de arroz ou resíduos
cerâmicos e pó de telha. O concreto ecológico permitirá o aproveitamento desses elementos,
que resultam no acúmulo de cerca de 20 milhões de toneladas por ano sem fins em processos
de produção, por conseguinte, contribuirá com um mundo mais limpo e mais puro para todos.
BIBLIOGRAFIA
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coarse aggregate. Concrete International. Design and construction, v. 5, n. 7, p. 79-83,
1983.
13
Anais... São Paulo: PCC - USP, Departamento de Engenharia de Construção Civil, 1996.
161 p. p. 21-30.
VAN ACKER, A. Recycling of concrete at a precast concrete plant. In: BIBM, 1996, Paris.
Anais... Paris, 1996. . p. IVe.55-IVe.67.
YANNAS, S. F. Waste concrete as aggregate for new concrete. ACI Journal, v. 74, n. 37, p.
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www.abceram.org.br/51cbc/artigos/51cbc-14-04.pdf
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