FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

Programa de Certificação de Qualidade

Curso de Graduação em Administração

PROVA DE INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS

1º Semestre / 2010 - P2 - TIPO 1

DADOS DO ALUNO:
Nome:

_____________________
Assinatura

INSTRUÇÕES:
Você receberá do professor o seguinte material:
1. Um caderno de prova com um conjunto de páginas numeradas sequencialmente, contendo 20 (vinte) questões.
2. Um cartão-resposta, com seu nome e número de matrícula e demais informações da disciplina a que se refere esta prova.

Atenção:
• Confira o material recebido, verificando se a numeração das questões e a paginação estão corretas.
• Confira se o seu nome no cartão-resposta está correto.
• Leia atentamente cada questão e assinale no cartão uma única resposta para cada uma das 20 (vinte) questões.
• Observe que o cartão-resposta deve ser preenchido até o número correspondente de questões da prova, ou seja, 20 (vinte)
questões.
• O cartão-resposta não pode ser dobrado, amassado, rasurado ou conter qualquer registro fora dos locais destinados às respostas.
Caso tenha necessidade de substituir o cartão-resposta, solicite um novo cartão em branco ao professor, e devolva juntos os dois
cartões quando finalizar a prova. A não devolução de ambos os cartões acarretará a anulação de sua prova, gerando grau zero.
• No cartão-resposta, a marcação das letras correspondentes às respostas deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o
retângulo, com um traço contínuo e denso.
Exemplo: A B C D E
• Deve-se usar caneta azul ou preta.
• Marcar apenas 1 (uma) alternativa por questão.
• A leitora não registrará marcação de resposta onde houver falta de nitidez.
• Se você precisar de algum esclarecimento, solicite-o ao professor.
• Você dispõe de duas horas para fazer esta prova.
• Após o término da prova, entregue ao professor o cartão-resposta e esta página devidamente preenchida e assinada.
• Não se esqueça de assinar o cartão-resposta, assim como a lista de frequência.
10
Fórmula de cálculo: Nota= × [nº de questões certas ]
nº de questões da prova

ATENÇÃO:
Confira se o tipo de prova marcado em seu cartão-resposta corresponde
ao tipo indicado nesta prova.

INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS - 1º Semestre / 2010 - P2 - TIPO 1

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INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS
1 conexões ‘objetivas’ entre as ‘coisas’ mas as questões
Alan Dawe, em O cenário medieval, descreve a sociedade da
época como “uma comunidade na qual a vida, desde o
nascimento até a morte, era vivida em público, e, portanto,
não havia nem mesmo a possibilidade de se conceber a
distinção entre as dimensões pública e privada da vida.”
Nessa perspectiva, assinale a alternativa correta que reflete o
padrão de vida na aldeia medieval típica.
(A) O pensamento científico.
(B) A afirmação do individualismo.
(C) A disputa entre diferentes visões da natureza humana.
(D) O questionamento à visão dogmática e religiosa do
mundo.
(E) A inseparabilidade entre a pessoa e o grupo.
2
O surgimento da Sociologia se deu no contexto das
transformações ocorridas no cenário europeu entre os
séculos XVIII e XIX, quando emergiu de forma intensa a
questão social.
Em relação a esse processo, NÃO está correta a seguinte
afirmação:
(A) A Revolução Industrial levou a profundas transformações
econômicas, políticas e sociais.
(B) As estruturas feudais garantiram a manutenção da
sociedade durante a época moderna devido à força da fé
católica.
(C) O racionalismo se impôs, paulatinamente, como forma de
se examinar os aspectos constitutivos da realidade,
inclusive a realidade social.
(D) O pensamento iluminista contribuiu para a crítica em
relação ao Antigo Regime, marcado pelas monarquias
absolutistas e pelos privilégios do clero e da nobreza.
(E) A crescente urbanização ocasionou mudanças culturais
expressas nas formas de vida e de trabalho dos grupos
sociais.
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Segundo Georg Simmel, a sociedade não é uma “coisa” fixa
nem acabada, mas um processo, resultado das interações
sociais. As “formas sociais” são configurações momentâneas
de um complexo de movimentos.
Frente a isso, para o autor, a Sociologia é uma ciência que
deve propor-se a:
(A) Analisar a história da luta de classes.
(B) Avaliar os métodos científicos aplicáveis à solução das
formas de conflito social existentes.
(C) Prever as prováveis mudanças na sociedade, já que esta se
encontra sempre em transição.
(D) Preparar o indivíduo para viver em grupo, defendendo a
solidariedade social.
(E) Estudar as interações sociais por meio das formas de
sociação existentes.
INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS - 1º Semestre / 2010 - P2 - TIPO 1
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“O domínio do trabalho científico não tem por base as
conceituais entre os problemas. Só quando se estuda um
novo problema com o auxílio de um método e se descobrem
verdades que abrem novas e importantes perspectivas é que
nasce uma nova ‘ciência’”.
(WEBER, Max. A ‘objetividade’ do conhecimento nas Ciências
Sociais.
In: COHN, Gabriel (Org.) Weber. São Paulo: Ática, 1979).
Entendendo a impossibilidade de atingir um conhecimento
que seja uma reprodução perfeita da realidade, Weber
propôs um instrumento de análise que se caracteriza por ser
uma construção intelectual do pesquisador. Tal instrumento
chama-se:
(A) Ideologia social.
(B) Tipo Ideal.
(C) Fato social.
(D) Materialismo histórico.
(E) Método Dialético.
5
De acordo com o filósofo Alfred Schutz, a especificidade das
Ciências Sociais está no fato de que o campo de observação
do cientista social – a realidade social – tem um significado
prévio para ele próprio e para as pessoas que são objeto de
sua investigação.
A esse respeito, Schutz desenvolve a ideia de que:
(A) A ciência toma como base os construtos de segundo grau,
que se referem às informações fornecidas pelo senso
comum.
(B) As Ciências Sociais e as Naturais não possuem
semelhanças de natureza lógica nem de rigor na utilização
de métodos de investigação.
(C) A compreensão da realidade social se dá em dois níveis:
em primeiro grau, como forma particular de experiência
(senso comum), e em segundo grau, como tentativa
científica de apreender o significado subjetivo das ações
dos indivíduos.
(D) O cientista social, buscando realizar a neutralidade
científica, não participa das interpretações dos vários
atores sobre a realidade social, colocando-se distante e
alheio a essa realidade.
(E) As Ciências Sociais deveriam utilizar os mesmos métodos
científicos das Ciências Naturais.
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Berger e Luckmann, em A construção social da realidade,
analisam o processo pelo qual os indivíduos se tornam
membros de uma sociedade, o chamado processo de
socialização, que os autores desdobram em socialização
primária e socialização secundária.
A esse respeito, qual das alternativas abaixo é FALSA?
(A) A formação na consciência do “outro generalizado”
implica a interiorização da sociedade enquanto tal e da
realidade objetiva nela estabelecida, além do
estabelecimento de uma identidade que se pretende
coerente e contínua.
(B) Os conteúdos específicos ou fundamentais que são
interiorizados na sociedade sofrem variação de sociedade
para sociedade.
(C) A socialização primária cria na consciência individual uma
abstração progressiva dos papéis e atitudes dos outros
particulares para os papéis e atitudes em geral.
(D) A socialização secundária coincide com a interiorização
dos “outros significativos” na consciência da criança por
meio de um processo de identificação.
(E) A interiorização, em sentido geral, constitui a base
primeira da compreensão de nossos semelhantes e
também da apreensão do mundo como realidade dotada
de sentido.
7 sociais e pelo critério de competência técnica como o
Berger e Luckmann veem a construção social da realidade
como permanentemente “negociada” e “construída”, por
meio da interação entre os indivíduos.
Nessa perspectiva, é INCORRETO afirmar que:
(A) A interação face a face é aquela em que a subjetividade do
outro nos é menos acessível e não pode ser percebida
como real.
(B) A realidade é partilhada com outros indivíduos.
Entretanto, a forma como os outros são experimentados
varia.
(C) Na relação com os outros, enfrentamos as diferenças, o
que ocorre especialmente por meio da situação face a
face.
(D) A interação face a face é aquela em que a subjetividade do
outro nos é mais acessível e percebida como real.
(E) As relações estabelecidas na interação face a face são
muito flexíveis, difíceis de serem rigidamente enquadradas
em padrões fixos.
INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS - 1º Semestre / 2010 - P2 - TIPO 1
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Gilberto Freyre, autor de Casa Grande e Senzala (um dos
maiores clássicos das ciências sociais brasileiras, publicado em
1933), assim descreve algumas das características da empresa
de colonização portuguesa no Brasil: “Formou-se na América
tropical uma sociedade agrária na estrutura, escravocrata na
técnica de exploração econômica, híbrida de índio – e mais
tarde de negro – na composição. (...). A sociedade colonial no
Brasil, principalmente em Pernambuco e no Recôncavo da
Bahia, desenvolveu-se (...) à sombra das grandes plantações
de açúcar, não em grupos a esmo e instáveis; em casas
grandes de taipa ou de pedra e cal, não em palhoças de
aventureiros.” (p. 04 e 17).
Tomando como referência analítica o texto de Max Weber
sobre os três tipos de dominação legítima, que tipo de
dominação prevaleceu no Brasil durante o período colonial
analisado por Freyre?
(A) Podemos afirmar que no período colonial brasileiro
ocorreu o predomínio da dominação tradicional,
subordinada aos costumes, centrada naquilo que Weber
chamou de “o eterno ontem” e na qual o critério da
fidelidade pessoal aparecia como o norte das relações que
se estabeleciam no interior daquela sociedade.
(B) A sociedade colonial brasileira pode ser apontada como
uma formação social e econômica de feições racionais,
marcada, sobretudo, pela despersonalização das relações
norte para o enquadramento dos indivíduos no mundo do
trabalho.
(C) Havia na sociedade colonial brasileira, centrada na
autoridade do patriarca, o predomínio de uma dominação
de feições legais, tendo em vista a utilização de critérios
universais e igualitários na composição daquele quadro
social.
(D) O universo social colonial brasileiro descrito no texto de
Freyre pode ser classificado como um universo dominado
pela lógica da dominação carismática, construída sobre o
heroísmo e nos atributos sobrenaturais do pai de família,
senhor de sua esposa, de seus filhos e escravos.
(E) Surge no texto de Freyre uma descrição do universo
colonial brasileiro que pode ser classificado como um
espaço marcado pela presença da dominação burocrática,
na qual os interesses públicos e privados se misturavam,
formando uma base social centrada na despersonalização
das relações.
9 12
Frederick W. Taylor, em Princípios da Administração Científica
(1911):
(A) Propõe a eliminação gradativa da divisão do trabalho
visando o aumento da eficácia na produção.
(B) Discute a impossibilidade de se adotar procedimentos
mais racionais de trabalho tendo em vista a
heterogeneidade do operariado, sendo este composto por
mulheres, homens e crianças.
(C) Afirma que a eliminação da vadiagem no trabalho levaria à
ampliação dos mercados interno e externo dos Estados
Unidos, porém não asseguraria aumento de salário e
menos horas de trabalho.
(D) Critica a visão dominante entre os operários da época de
que o maior rendimento do homem e da máquina
resultaria em desemprego para um grande número de
operários, o que consistia em uma das causas da vadiagem
no trabalho.
(E) Propõe a substituição, no ambiente de trabalho, dos
métodos científicos (com base na racionalidade técnica)
para os métodos empíricos (com base nas especificidades
de cada setor da produção).
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Sérgio Buarque de Hollanda caracteriza o brasileiro como
“homem cordial”.
A respeito dessa caracterização, segundo o autor, no Brasil:
(A) A distinção entre os domínios do público e do privado
colaborou para a criação de um sistema administrativo
que fortaleceu o nosso Estado burocrático e não
patrimonial.
(B) As relações criadas na vida doméstica não chegaram a
influenciar nossa formação social, pois o modelo das
instituições democráticas conseguiu assentar nossa
sociedade em normas antiparticularistas.
(C) As virtudes do “homem cordial” podem ser consideradas
mais como boas maneiras e civilidade e menos como
expressões de nossa rica emotividade.
(D) A aversão ao ritualismo social se expressa em nosso
desejo de estabelecer intimidade.
(E) O uso do nome de família prevalece no tratamento social
como exemplo da polidez que caracteriza nosso convívio
em sociedade.
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Segundo Berger e Luckmann, em A construção Social da
Realidade, o processo pelo qual um indivíduo se torna
membro de uma sociedade é chamado de socialização.
Sobre a socialização primária e secundária, assinale a
alternativa que se apresenta INCORRETA.
(A) A socialização secundária é a mais importante para o
indivíduo.
(B) Existe grande variação cultural e histórica nos processos
de socialização primária.
(C) A passagem da socialização primária é muitas vezes
marcada por “rituais de passagem”.
(D) A socialização primária é vivenciada pelo indivíduo em sua
infância.
(E) A socialização secundária permite um maior
distanciamento emocional entre os indivíduos.
INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS - 1º Semestre / 2010 - P2 - TIPO 1
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Segundo Adam Smith, em seu texto clássico sobre a divisão do
trabalho em A Riqueza das Nações, uma maior divisão do
trabalho permite:
(A) Uma maior destreza individual do trabalhador, resultando
em mais tempo livre para lazer.
(B) O aumento da riqueza geral e sua difusão para todas as
camadas da população.
(C) A impulsão do processo de divisão igualitária de riquezas
entre patrões e operários.
(D) O desenvolvimento da ética protestante, que se associa ao
capitalismo em expansão.
(E) Uma maior exploração do proletariado, resultando no
acirramento da luta de classes.
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Émile Durkheim (1858 – 1917), considerado um dos pais
fundadores da sociologia, definiu a solidariedade social como
sendo o laço que une as pessoas umas às outras em um grupo
social, e que liga cada indivíduo à sociedade como um todo. A
solidariedade varia de acordo com o grau de divisão do
trabalho existente em uma sociedade, podendo ser de dois
tipos: solidariedade orgânica ou solidariedade mecânica.
Quais são as diferenças entre uma sociedade onde predomina
a solidariedade orgânica e uma sociedade onde predomina a
solidariedade mecânica?
(A) Nas sociedades em que a solidariedade é mecânica, a
consciência coletiva é mais forte, deixando pouco espaço
para as consciências individuais; já nas sociedades em que
há solidariedade orgânica, a consciência coletiva é mais
fraca, abrindo mais espaço para a individualidade.
(B) A solidariedade orgânica é característica das sociedades
primitivas, em que não há divisão do trabalho; já a
solidariedade mecânica está presente nas sociedades
modernas e industrializadas, nas quais existe a divisão do
trabalho e onde há algum espaço para a personalidade
individual.
(C) A solidariedade mecânica implica maior interdependência
entre as partes que compõem a sociedade, uma vez que
há maior diferenciação entre os indivíduos – a sociedade,
portanto, funciona “com uma máquina”. Cada indivíduo
depende da sociedade por depender das partes que a
compõem.
(D) A solidariedade mecânica aumenta na medida em que a
solidariedade orgânica diminui. Isso se deve ao fato de
que o progresso da divisão do trabalho dissolve a
solidariedade orgânica, transformando-a, fazendo
preponderar progressivamente o tipo “mecânico” de
solidariedade.
(E) A solidariedade mecânica implica maior coesão entre as
partes que compõem o grupo social, estando, portanto,
mais sujeita à limitação do espaço para o desenvolvimento
da individualidade, gerando aquilo que Durkheim chamou
de “anomia social”.
14
Em Marginais e Desviantes, o sociólogo norte-americano
Howard Becker argumenta que “Todos os grupos sociais
fazem regras e tentam, em alguns momentos e em algumas
circunstâncias, fazer com que elas sejam seguidas. Regras
sociais definem situações sociais e os tipos de
comportamentos apropriados a elas, especificando algumas
ações como ‘certas’ e proibindo outras como ‘erradas’.
Quando uma regra é imposta, a pessoa que se supõe tê-la
transgredido pode ser vista como um tipo especial de pessoa,
alguém que não se espera que viva segundo as regras com as
quais o grupo concorda. Ela é vista como um marginal ou
desviante”.
Sobre o desvio e a transgressão, Becker afirma que:
(A) As pessoas que transgridem as regras possuem algo
inerentemente transgressor em seus atos.
(B) O desvio é um fenômeno patológico, resultado de uma
doença social, pois contraria valores e regras sociais que
caracterizam o estado saudável da sociedade.
(C) Os grupos sociais criam o desvio ao fazer as regras cuja
infração constitui o desvio.
(D) O desvio é resultado do fracasso em obedecer às regras do
grupo.
(E) O desvio é a causa de anomia social.
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No livro Vigiar e Punir, de Michel Foucault, o pan-óptico é
apontado como o grande símbolo arquitetural da sociedade
disciplinar.
O efeito mais importante do pan-óptico é:
(A) Conseguir a subordinação através das masmorras.
(B) Informar constantemente os indivíduos quanto às regras
de comportamento que não podem ser desobedecidas.
(C) Manter a autoridade visível e os vigiados na invisibilidade.
(D) Ser um mecanismo de vigilância utilizado apenas em
prisões e fábricas.
(E) Induzir no indivíduo vigiado um estado consciente e
permanente de visibilidade, assegurando assim o
funcionamento automático do poder.
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Max Weber, em seu livro sobre A ética protestante e o
espírito do capitalismo, chamou atenção para a relação entre
a ética protestante e o espírito racional da burguesia dos
séculos XVI e XVII. Weber constatou que os protestantes
ocupavam, naquela época, as principais posições no mundo
dos negócios, assim como também eram maioria nos níveis
mais altos da mão de obra qualificada.
Assinale a alternativa correta que, na interpretação de Weber,
explica esse fenômeno:
(A) Acasos históricos e individuais.
(B) As atitudes em relação à atividade econômica eram
marcadas por uma maior tendência para o racionalismo
econômico.
(C) A Reforma impediu a emancipação do tradicionalismo
econômico.
(D) A busca pelo lucro e pela ostentação.
(E) A busca de uma vocação com sentido utilitário.
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Marx define o caráter fetichista da mercadoria como a
aparência de autonomia, de independência que as coisas
assumem na economia capitalista.
A mercadoria assume esse caráter autônomo pelo fato de:
(A) Dissolver as relações de mercado na medida em que se
estabelece como a peça fundamental do seu
funcionamento. É a mercadoria que acaba por definir as
regras de funcionamento das relações de mercado e de
produção.
(B) Estar colocada entre o proletário e o burguês, de modo a
intermediar esta relação de maneira autônoma e
independente. É a mercadoria e seu valor de troca que
estabelecem a maneira como dar-se-ão as relações de
produção.
(C) Encarnar o significado religioso do fetiche de caráter
animista e universal.
(D) Permitir que a relação proletário-burguês se torne mais
igualitária, posto que contabilizada monetariamente. A
mercadoria, ao tornar-se autônoma, não interfere nas
relações de trabalho e também não influencia as regras da
economia de mercado.
(E) O mercado ocultar as relações sociais de produção
concretas, fazendo com que a mercadoria apareça, de
forma alienada, como algo autônomo.
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Marx e Engels afirmam, no Manifesto Comunista de 1848, que
a história de todas as sociedades é a história da luta de
classes. Ao colocar a luta de classes como o motor de
transformação da história, os autores afirmam que opressores
e oprimidos sempre estiveram em oposição, motivando a
transformação revolucionária da sociedade.
Segundo Marx e Engels, quais são as classes opostas no
capitalismo, e qual delas seria responsável por empreender a
revolução socialista?
(A) Proletariado e burguesia. A burguesia iria empreender a
revolução socialista na medida em que percebesse
vantagens nessa transformação, principalmente no que se
refere a conter os levantes dos trabalhadores.
(B) Sindicalistas e capitalistas. Os sindicalistas representariam
a classe descrita por Marx e Engels como a mais apta a
levar a cabo a revolução, principalmente por
representarem o interesse dos trabalhadores.
(C) Socialistas e Comunistas. Os socialistas seriam a classe
responsável por organizar o processo revolucionário e a
posterior instalação do comunismo.
(D) Proletariado e burguesia. O proletariado seria a única
classe realmente revolucionária e, portanto, a única capaz
de empreender a revolução socialista.
(E) Proletariado e comunistas. O proletariado, a partir da
exploração exacerbada de sua força de trabalho, criaria a
consciência de classe necessária à realização da revolução.
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De acordo com o sociólogo Charles Whright Mills, o ofício do
cientista social corresponde a um artesanato intelectual. Ou
seja, a pesquisa social pode valer-se de diferentes métodos
para responder às perguntas que se coloca.
Assinale a alternativa correta que diz respeito aos métodos
qualitativos ou aos métodos quantitativos:
(A) Os métodos quantitativos são classificados em métodos
como a observação participante e as entrevistas não
estruturadas.
(B) O método quantitativo é mais importante do que o
método qualitativo para a pesquisa.
(C) Os surveys de opinião são pesquisas com métodos
qualitativos.
(D) Os resultados de pesquisa obtidos através do método
qualitativo não são, em princípio, menos científicos que os
métodos quantitativos
(E) A pesquisa de campo é um método qualitativo que exclui a
técnica da observação participante.

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Em relação ao conceito de Democracia, pode-se afirmar que:
(A) É um conceito que surgiu na época da I Guerra Mundial
(1914-1918) na Inglaterra, e se espalhou pela Europa e
demais continentes.
(B) A extensão do direito de voto (culminando com o sufrágio
universal) e o desenvolvimento do associacionismo
político (culminando com a formação dos partidos de
massa) são aspectos que demonstram o processo de
consolidação da democracia moderna.
(C) Remonta ao Antigo Egito, porém foi alvo de críticas de
filósofos como Platão, o que contribuiu para o seu
esquecimento, na Idade Média.
(D) É uma forma de governo que dá origem à monarquia e ao
predomínio da aristocracia.
(E) Os países democráticos contemporâneos adotam a
democracia direta, em contraposição à democracia
representativa da Grécia antiga.

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