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Escola profissionalizante - ENFERTEC

Disciplina: Saúde Coletiva


Docente: Elaine Cristiny Evangelista
Graduada e Licenciada Plena em Enfermagem e Obstetrícia _UFPA
Realizando pós-graduação em Urgência e Emergência - UFPA

Histórico e implantação do Sistema Único de Os primeiros sinais de mudança do modelo de


Saúde (SUS) no cenário da saúde brasileira atenção à saúde no Brasil, surgiram com a criação, em
1979, do PIASS – Programa de Interiorização das
As duas últimas décadas foram marcadas por Ações de Saúde e Saneamento a partir de alguns
intensas transformações no sistema de saúde projetos pilotos medicina comunitária.
brasileiro, intimamente relacionadas com as mudanças Em 1983, se implantou a AIS – Ações
ocorridas no âmbito político-institucional. Integradas de Saúde, o primeiro desenho estratégico
Simultaneamente ao processo de redemocratização de co-gestão, de desconcentração e de
iniciado nos anos 80, o país passou por grave crise na universalização da atenção à saúde.
área econômico-financeira. Em 1986 foi realizada a 8ª Conferência
No início da década de 80, procurou-se Nacional de Saúde e, no ano seguinte, se criou o
consolidar o processo de expansão da cobertura SUDS – Sistema Unificado e Descentralizado de
assistencial iniciado na segunda metade dos anos 70, Saúde, que representou a desconcentração das
em atendimento às proposições formuladas pela OMS atividades do INAMPS para as Secretarias Estaduais
(Organização Mundial de Saúde) na Conferência de de Saúde.
Alma-Ata (1978), que preconizava "Saúde para Todos A Constituição Federal de 1988, incorporando,
no Ano 2000", principalmente por meio da Atenção parcialmente, as propostas estabelecidas pelo
Primária à Saúde. movimento da reforma sanitária brasileira criou o
Nessa mesma época, começa o Movimento da Sistema Único de Saúde, regulamentado dois anos
Reforma Sanitária Brasileira, constituído inicialmente depois pelas Leis 8.080, de 19 de setembro de 1990 e
por uma parcela da intelectualidade universitária e 8.142, de 28 de dezembro de 1990.
dos profissionais da área da saúde. Posteriormente, Um passo significativo na direção do
incorporaram-se ao movimento outros segmentos da cumprimento da definição constitucional de
sociedade, como centrais sindicais, movimentos construção do Sistema Único de Saúde, foi a
populares de saúde e alguns parlamentares. publicação do decreto nº 99.060, de 7 de março de
As proposições desse movimento, iniciado em 1990, que transferiu o Instituto Nacional de
pleno regime autoritário da ditadura militar, eram Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS)
dirigidas basicamente à construção de uma nova do Ministério da Previdência para o Ministério da
política de saúde efetivamente democrática, Saúde.
considerando a descentralização, universalização e Em 27 de julho de 1993, quase três anos após a
unificação como elementos essenciais para a reforma promulgação da lei 8.080, que regulamentou o SUS, o
do setor. INAMPS foi extinto através da Lei n° 8.689, sendo
O cenário da saúde brasileira passou por várias suas funções, competências, atividades e atribuições
mudanças até a criação do SUS como se observa a absorvidas pelas instâncias federal, estadual e
seguir: municipal do SUS.
Em 1975, através da Lei 6.229, foi criado o Ao se preservar as funções, competências,
Sistema Nacional de Saúde, separando as ações de atividades e atribuições do INAMPS, se preservou
saúde pública das ações ditas de atenção às pessoas. também a sua lógica de financiamento e de alocação
Em 1977, se criou INAMPS – Instituto de recursos financeiros, como, por exemplo, o
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, estabelecimento de limites ou tetos físicos e
para tender exclusivamente as pessoas que possuíam financeiros para as Unidades Federadas.
carteira de trabalho. O atendimento dos
desempregados e residentes no interior era de 2. NORMAS DO SUS.
responsabilidade das Secretarias Estaduais de Saúde
e dos serviços públicos federais. O SUS está amparado em uma vasta legislação,
Somente a partir dos anos oitenta, mudanças cujo tripé principal é formado pela Constituição
econômicas e políticas ocorridas no país, passaram a Federal de 1988, a Lei 8.080, de 19 de setembro de
exigir a substituição do modelo médico-assistencial 1990 e a Lei 8.142, de 28 de dezembro de 1990.
privatista por um outro modelo de atenção à saúde. Complementarmente existiram as Normas

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Operacionais do SUS, das quais pode-se fazer o aos Conselhos Estaduais de


seguinte resumo: Saúde, respectivamente;

NOB-SUS 01/91 Instituiu a UCA - Unidade de NOB-SUS 01/96 Instituiu a Gestão Plena
Resolução Nº Cobertura Ambulatorial, para o Portaria Nº Municipal da Saúde com
258/1991 financiamento das atividades 1.742/1996/MS responsabilidade dos
/INAMPS ambulatoriais; municípios pela saúde;
Instituiu a AIH - Autorização O município passa a ser o
de Internação Hospitalar, para responsável imediato pelo
o financiamento das atendimento das necessidades
internações hospitalares; do cidadão;
Definiu recursos para o custeio Os estados passam a ser meros
da máquina administrativa do mediadores;
INAMPS; A União normaliza e financia e
Definiu recursos para o o município gere e executa.
financiamento de Programas Criou os níveis de gestão
Especiais em Saúde; Incipiente, Parcial e Semi-
Definiu recursos para Plena;
investimentos no setor saúde. Instituiu o PAB - Piso da
Atenção Básica;
NOB-SUS 01/92 Criou o CONASS - Conselho Institui a PPI - Programação
Portaria Nº Nacional de Secretários de Pactuada e Integrada.
234/1992/MS Saúde e o CONASEMS -
Conselho Nacional de NOAS-SUS 01/01 Os estados passam da função
Secretários Municipais de Portaria Nº de meros mediadores para a de
Saúde, como instâncias 95/2001/MS coordenadores do SUS em
gestoras colegiadas do SUS; âmbito estadual;
Enfatizou a necessidade de A ênfase na municipalização
descentralização das ações e (atomização) dá lugar à ênfase
serviços de saúde; na regionalização (otimização);
Normalizou o Fundo Nacional
de Saúde; NOAS-SUS 01/02 Aperfeiçoou e revoga a NOAS-
Descentralizou o planejamento Portaria Nº SUS 01/01;
e a distribuição das AIH's 373/2002/MS
pelas Secretarias Estaduais de
Saúde;

NOB-SUS 01/93 Lançou o documento 3. PRINCÍPIOS.


Portaria Nº denominado "Descentralização
545/1993/MS das Ações e Serviços de Saúde O SUS deve ser entendido como um processo
- a ousadia de cumprir e fazer em marcha de produção social da saúde, que não se
cumprir a lei"; iniciou em 1988, com a sua inclusão na Constituição
Deu maior ênfase à Federal, nem tão pouco tem um momento definido
municipalização da saúde; para ser concluído. Ao contrário, resulta de
Criou a CIT - Comissão propostas defendidas ao longo de muitos anos pelo
Intergestores Tripartite e a conjunto da sociedade e por muitos anos ainda estará
CIB - Comissão Intergestores sujeito a aprimoramentos.
Bipartite, como órgãos de Segundo a legislação brasileira, a saúde é um
assessoramento técnico ao direito fundamental do ser humano, cabendo ao poder
Conselho Nacional de Saúde e público (União, Estados, Distrito Federal e
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Municípios) garantir este direito, através de políticas serviços na rede assistencial própria, contratada ou
sociais e econômicas que visem à redução dos riscos conveniada”.
de se adoecer e morrer, bem como o acesso universal
e igualitário às ações e serviços de promoção, 5. FINANCIAMENTO.
proteção e recuperação da saúde.
O acesso universal (princípio da Segundo a Constituição Federal (Parágrafo
universalidade), significa que ao SUS compete Único, do artigo 198) o financiamento do SUS se dá
atender a toda população, seja através dos serviços pelo orçamento da seguridade social, da União, dos
estatais prestados pela União, Distrito Federal, Estados, do Distrito Federal e Municípios, além de
Estados e Municípios, seja através dos serviços outras fontes. Portanto, o SUS é uma
privados conveniados ou contratados com o poder responsabilidade financeira dos três níveis de
público. governo – federal, estadual e municipal.
O acesso igualitário (princípio da eqüidade) não Confirmando esse conceito, em setembro de
significa que o SUS deva tratar a todos de forma 2000, foi aprovada a Emenda Constitucional 29 (EC-
igual, mas sim respeitar os direitos de cada um, 29), que determina a vinculação de receitas das três
segundo as suas diferenças, apoiando-se mais na esferas de governo para o SUS, definindo
convicção íntima da justiça natural do que na letra da percentuais mínimos de recursos para as ações e
lei. serviços de saúde, vinculados à arrecadação de
impostos e às transferências constitucionais.
4. CONTROLE SOCIAL Provisoriamente, até que seja elaborada lei
complementar, a EC-29 acresceu, no Ato das
Tanto a Constituição Federal como as leis Disposições Constitucionais Transitórias, o artigo 77,
orgânicas da saúde (8.080 e 8.142) estabelecem que que define os recursos mínimos a serem aplicados, de
saúde é direito de todos e dever do estado e suas 2000 a 2004, nas ações e serviços públicos de saúde,
ações e serviços devem ser organizados com a pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
participação da comunidade. Isso quer dizer que o Por outro lado, reforçou a obrigatoriedade desses
SUS impõe o direito de cidadania que deve ser recursos serem aplicados por meio dos respectivos
exercido, institucionalmente, através dos Conselhos Fundos de Saúde, que serão acompanhados e
de Saúde, em cada esfera de governo – federal, fiscalizados pelos Conselhos de Saúde
estadual e municipal. correspondentes.
Embora em muitos lugares, os Conselhos de Portanto, desde o ano de 2000, passam a
Saúde não sejam mais do que palco de imposições existir fontes de recursos e percentuais definidos
governamentais e de influências partidárias ou para o SUS, o que antes não havia. Progressivamente,
corporativas, no geral o resultado parece apontar até 2004, a União terá que gastar no SUS, no mínimo,
para a democratização da saúde. o valor empenhado no ano anterior acrescido da
Avaliações dos Conselhos de Saúde existentes variação nominal do PIB – Produto Interno Bruto (5%
apontam para a necessidade de se propiciar a em 1999). Os Estados e o Distrito Federal terão que
capacitação dos conselheiros mediante cursos gastar, no mínimo, 12% do produto da arrecadação
regulares e de prover, de forma sistemática, as dos impostos próprios e dos que lhes são transferidos
informações necessárias para o exercício do controle pela União, deduzidas as parcelas que forem
social da saúde. transferidas aos Municípios.
Manda a Lei 8.689: “O gestor do SUS em cada O Distrito Federal e os Municípios terão que
esfera de Governo, apresentará trimestralmente, ao gastar, no mínimo, 15% o produto da arrecadação dos
conselho de saúde correspondente e em audiência impostos próprios e dos que lhes são transferidos
pública nas câmaras de vereadores e nas assembléias pela União e, no caso dos municípios, também pelos
legislativas respectivas, para análise e ampla Estados.
divulgação, relatório detalhado, contendo, dentre São, fundamentalmente, 3 (três) os
outros , dados sobre o montante e a fonte de mecanismos de transferência dos recursos do SUS
recursos aplicados, auditorias concluídas ou iniciadas da União para os estados, Distrito Federal e
no período, bem como sobre a oferta e produção de Municípios:
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• Transferência fundo a fundo: Os Federal) e a sociedade da co-responsabilidade pela


recursos são repassados diretamente do saúde. (CF, Artigo 194, caput).
Fundo Nacional de Saúde aos Fundos De acordo com a Norma Operacional Básica do
estaduais e municipais, independentemente SUS (NOB-SUS 01/96), GERÊNCIA é a
de convênio ou qualquer outro instrumento administração de um Serviço ou Órgão de Saúde
congênere, segundo as condições de gestão. (Posto ou Centro de Saúde, unidade Mista, Hospital,
• Transferência por Serviços Fundação, etc.), enquanto que GESTÃO é a
Produzidos: Os recursos são pagos administração de um Sistema de Saúde, através das
diretamente a prestadores da rede estadual funções de direção ou comando, coordenação,
ou privados, contratados ou conveniados, planejamento, controle, avaliação e auditoria.
contra apresentação de faturas, referentes A municipalização é determinada: a) em nível
a serviços realizados conforme programação federal pela CIT – Comissão Intergestores
e mediante prévia autorização do gestor, Tripartite, que reúne representantes da União (MS –
obedecendo as tabelas editadas pelo Ministério da Saúde), dos Estados (CONASS –
MS/SAS. Conselho de Secretários Estaduais de Saúde) e dos
• Transferência por Convênio: os Municípios (CONASEMS – Conselho Nacional de
recursos são repassados via convênio, visando secretários Municipais de Saúde); b) em nível
a execução descentralizada de programa e estadual, pela CIB – Comissão Intergestores
ações de saúde, com interesses mútuos, ou Bipartite, que reúne representantes do Estado (SES
cumprimento de emendas parlamentares ou, – Secretaria Estadual de Saúde) e dos Municípios
ainda, a assistência financeira suplementar. (COSEMS – Colegiado de Secretários Municipais de
Os recursos federais, devido à habilitação dos Saúde).
estados e municípios, passam a ser transferidos A habilitação de um município em uma das
diretamente do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos condições de gestão definidas na Norma Operacional
Estaduais e Municipais, em observância ao mecanismo da Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2002 –
instituído pelo Decreto N° 1.232, de 30 de agosto de Plena da Atenção Básica Ampliada e Plena do Sistema
1994. Municipal, significa declarar compromissos assumidos,
Além das transferências do Fundo Nacional de na pessoa do gestor municipal, perante os outros
Saúde, os Fundos Estaduais e Municipais recebem gestores do SUS – União, Estado e demais
aportes de seus próprios orçamentos. E, em alguns Municípios, e perante a população sob sua
estados, há o repasse de recursos próprios para os responsabilidade.
Fundos Municipais de Saúde, de acordo com regras Os municípios que não aderirem ao processo de
definidas no âmbito estadual. habilitação permanecem, como simples prestadores
de serviços, cabendo ao estado a gestão do sistema
7. MUNICIPALIZAÇÃO. de saúde naquele município. Assim, embora possa
exercer a gerência dos serviços próprios ou
A municipalização da saúde, estabelecida na descentralizados, o município não pode exercer a
Constituição Federal (Artigo 30, VII) e na Lei gestão do sistema de saúde.
Federal 8.080 (Artigo 7°, IX, a), compreende sob No Pará, a municipalização da saúde teve como
dois aspectos: a HABILITAÇÃO dos municípios para marco inicial a Portaria SESPA/N°53, de 24 de
assumirem a responsabilidade total pela gestão do agosto de 1993, que constituiu a CIB – Comissão
sistema de saúde em seu território, e a Intergestores Bipartite, com a finalidade de
DESCENTRALIZAÇÃO da gerência das ações e coordenar o processo de descentralização das ações
serviços de saúde para os municípios. de saúde.
Com a municipalização da saúde, o poder Em 26 de março de 1997, a Portaria
público municipal passa a ser o responsável imediato, SESPA/N°76 estabeleceu as normas e procedimentos
porém não o único, pelas necessidades de saúde de para a solicitação /descentralização da gerência de
seus munícipes. unidades de saúde aos municípios.
A municipalização da saúde, todavia, não exime Em 16 de outubro de 1997, o Decreto Estadual
os demais poderes públicos (União, Estados e Distrito N° 2.424, dispôs sobre a municipalização das
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atividades de saúde pública e ensino fundamental, Desde o início se vêem como inimigos potenciais e
sendo regulamentado pela Instrução Normativa N° contendores. Os profissionais de saúde, em especial
003, de 31/10/1977, que normalizou os os médicos, se sentem cada vez mais maltratados e
procedimentos quanto aos servidores estaduais desrespeitados pelos clientes. De outro lado os
envolvidos. cidadãos a cada dia se sentem pior tratados no
Em 31 de outubro de 1997, a Instrução aspecto humano, pelos profissionais de saúde. As
Normativa N° 004 dispôs sobre a cessão de bens queixas se acumulam e, a maioria delas, refere-se à
móveis e imóveis do Estado aos Municípios por força relação interpessoal.
da municipalização das ações. O país tem 207.154 médicos ativos em junho
Em 03 de agosto de 1997, a Portaria N° 92 de 1997. A média nacional é de cerca de 13,04 por 10
alterou o Regimento Interno da CIB-Pa, que passou a mil habitantes. Esse índice é superior ao considerado
ser constituída por sete representantes da satisfatório pela OMS, que é de 10 para cada 10 mil
Secretaria Estadual de Saúde – SESPA, seis habitantes. A distribuição desse profissional, no
Secretários Municipais de Saúde indicados pelo entanto, é bem desigual. Enquanto o Sudeste possui
COSEMS – Colegiado de Secretários Municipais de 18,13 médicos por 10 mil habitantes, o Norte tem
Saúde e pelo Secretário Municipal de Saúde da apenas 6,02. E eles se concentram majoritariamente
capital. nas áreas urbanas: cerca de 64% trabalham nas
capitais brasileiras.
8. RECURSOS HUMANOS. A distribuição de enfermeiros segue um perfil
parecido: os melhores índices são encontrados no
Nos Recursos Humanos não só está o grande Sudeste (5,13/10.000 habitantes) enquanto que no
problema dos sistemas de saúde de hoje, como norte são apenas 2,81/(10.000 habitantes).
também a mais importante das soluções capaz de
mudar o sistema em sua essência que é a ação Texto extraído do portal do Ministério da
terminal (artesanal, interpessoal) junto ao paciente. Saúde e da Secretária Estadual de Saúde do
A atividade de saúde é tipicamente artesanal. Pará.
Nenhuma autoridade, hierarquia, de per si, poderá
modificar o que o artesão está fazendo na ponta do
sistema. Esta compreensão e a busca diuturna de
solução para esta área é o maior dos desafios do
sistema de saúde público e privado. Vários são os
problemas em relação aos Recursos Humanos:
formação, contrato de trabalho, condições de
trabalho, salário, compromisso social e humanização
do atendimento.
Há um grande descompasso entre a
necessidade e a oferta, qualitativa e quantitativa de
profissionais para atuarem no âmbito do SUS. A
evolução dos conhecimentos e a velocidade com que
tem ocorrido, estão a demandar do aparelho
formador de todos os níveis e profissões de saúde
uma agilidade não existente. De outro lado, tem
restado aos serviços de saúde realizar este papel de
“formador” e atualizador dos profissionais que
necessita. Isto ou não tem ocorrido ou tem sido feito
de maneira não adequada ao funcionamento dos
serviços e às modernas técnicas instrucionais .
Há um esgarçamento na relação entre os
cidadãos que demandam os serviços de saúde ,
públicos e privados, e os profissionais de saúde.
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