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Antropologia Forense

Identidade e Identificação

Conjunto de elementos particulares que identifica coisas ou pessoas.


Pode ser didaticamente dividida em:

SUBJETIVA: Pela noção que cada indivíduo tem de si próprio, no tempo e no espaço.
É a sua maneira de ser, sua natureza, sua essência.
"O que se é; o que se tem e o que se apresenta para os outros" (Schopenhauer século
XVIII).

OBJETIVA:

· Físicos ou anatômicos:
Normais: altura, idade, sexo e raça
Patológicos: doenças e deficiências anatômicas, cicatrizes, mutilações.
· Funcionais:
Normais
Patológicos: deficiências e doenças funcionais
· Psicológicos ou mentais:
Normais
Anormais: doenças mentais, distúrbios psicológicos.
Determinação da Identidade
Identificação Genérica: espécie, raça, sexo, idade, estatura etc.
Identificação Específica: cicatrizes, tatuagens, sinais profissionais, mutilações.

Identificação

Método simples
Cédulas de identidade ou registros
Fotografias
Testemunhas
Retrato falado
Vídeo
Sinais individuais
Sinais individuais
Unhas
Névus (pintas)
Hemangiomas
Malformações diversas
Identificação
Sinais Profissionais:
Calosidades nas mãos dos sapateiros
Calos nos lábios sopradores de vidro
Ausência de pêlos em nadadores
Identificação
Métodos Complexos
Estudo Antropológico (antropometria)
Métodos laboratoriais, químico/físicos. DNA cabelo,
secreções, manchas e etc
Superposição de imagens
Datiloscopia (papiloscopia)
Arcada dentária
Íris
Averiguação da identidade de criminosos e
alienados
Averiguação da idade verdadeira
Averiguação da paternidade e maternidade
Averiguação de consangüinidade
Averiguação do sexo
Identificação
Em casos de ossadas:
Remontar as peças em alinhamento
anatômico para a conformação do
esqueleto ou corpo
Em caso de catástrofes:
Envolvimento de grande quantidade de
energia destrutiva (explosões, incêndios)
com muitos indivíduos
Identificação
Objetos pessoais: medalhas, aliança, anéis,
fotos, documentos, vestes
Identificação por testemunhas: nem sempre
fidedigna
Reconstrução fisionômica: crânio
Identidade de certeza: arcada dentária,
impressões digitais (papiloscopia), DNA
Identificação
Impressões Digito-papilares
Dactiloscopia
Impressões plantares e palmares
Impressões digitais
Imutabilidade
Variedade/individuais
Perenidade
Identificação
Impressões no local do delito
As impressões papilares podem ser encontradas
na forma:
Visíveis
Invisíveis ou Latentes
Identificação
Evidenciação, Levantamento e Transporte
Técnicas químicas em função do suor
Fotografadas com luz oblíqua
"Levantadas" ou colhidas com fita gomada
Transportada até o laboratório de análise
Papiloscópica

Uso de conhecimentos científicos no estudo analítico do corpo humano completo


ou despojos, visando a identificação antropológica, a identidade civil, data e
causa provável da morte Antropologia Forense
Ciência que reconstrói a vida a partir do morto
Existência de danos consideráveis induzidos ao cadáver que o torne irreconhecível:
Decomposição
Queimaduras
Amputações
Aplicações
Técnicos especializados com conhecimento em:
Anatomia
Patologia
Criminalística
Fisiologia
Bioquímica
Antropólogo forense

Conhecimentos complemetares:
Escavação arqueológica
Análise de cabelos, pegadas, insetos e
material vegetal
Reconstrução facial
Sobreposição fotográfica
Identificação de variações anatômicas
Antropólogo forense
Técnicas mais forenses:
Análise da cena do crime
Manejo de provas
Fotografia
Balística e armamento
Antropólogo forense
"Apesar de todos os humanos adultos
terem os mesmos 206 ossos, não existem
dois esqueletos iguais"
Antropólogo forense
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Principal preocupação:
Confrontarse com um corpo, vestígios
esqueléticos ou outro qualquer material
que se assemelhe a tecido ósseo
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
Remanescentes não são humanos ou os
vestígios são de caráter histórico ou
mesmo préhistórico:
Caso é encerrado
Transferência para outras áreas de
estudos científicos
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
Interesse legal e forense no material
descoberto:
Processo de identificação de
determinados caracteres de relevância
para a investigação
Reconstituição do indivíduo ante mortem
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
Fatores a identificar:
Idade aquando da morte
Sexo
Estatura
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
Peso
Filiação racial
Patologias e historial médico do indivíduo
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
Para além dos caracteres, o antropólogo
forense deve:
Compreender e concluir o modo e a causa
da morte
Homicídio: identificar o agressor
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE

INVENTÁRIO
Identificação, registro e descrição
pormenorizada de todos os ossos
relevantes na identificação do cadáver
Análise de cada osso individualmente
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
INVENTÁRIO
Quanto à descrição:
· Modo preciso e rigoroso
· Registrar a condição geral dos ossos,
dimensões
· Presença/ausência e qualquer tipo de
anomalia ou saliência de relevância
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
FILIAÇÃO RACIAL
Método de fraca fidelidade
Correlações entre raças e características
morfológicas que podem não ser
verificadas empiricamente
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
FILIAÇÃO RACIAL
Uso de particularidades nomeadamente
da face
· Caucasianos:
Faces mais estreitas
Narizes longos
Queixos proeminentes
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
· Negros:
Grandes aberturas nasais
Cavidades subnasais
· Asiáticos e índios americanos:
Ossos das bochechas salientes
Características dentárias particulares
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
SEXO
Análise de medidas de vários componentes
do esqueleto
Pélvis
Margens supraorbitais
Crânio
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE

Tab. 1. Diferenças entre sexo masculino e feminino


Características Sexo Masculino Sexo Feminino
Estatura Grande Pequeno
Margem Supraorbital Arredondada Aguçado
Processo Mastóide Grande Pequeno
Osso occipital Marcas musculares Marcas musculares
bem marcadas não marcadas
Glabela Ossuda Lisa
Palatinos Grandes e em Forma Pequenos e em
de U forma de parábolas
Côndilos occipitais Grandes Pequenos
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE

Fig. 1. Pelvis Masculina Fig. 2. Pelvis Feminina


PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
IDADE
Análise dos dentes e mandíbula
Técnicas comparativas entre as suturas do
crânio e a fusão das epífises
Inicialmente procedese à análise das
suturas endocranianas
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
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IDADE
Muito pouco rigoroso
Resultado final representado com uma
margem de erro relativamente grande
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
Tab. 2. Correlação da união total das epífises com a idade
Osso Anos
Cotovelo 14
Mãos e Pés 15
Calcanhar 16
Fêmur proximal 17
Joelho 18
Pulso 19
Ombro 20
Anca 21
Clavícula proximal 28
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
ESTATURA E PESO
Fórmula que considera a dimensão de três
ossos pares (tanto o direito como o
esquerdo): úmero, rádio e ulna
Estatura = 3.26 x (úmero) + 62.10 (erro = +/4.43cm)
Estatura = 3.42 x (rádio) + 81.56 (erro = +/4.30)
Estatura = 3.26 x (ulna) + 78.29 (erro = +/4.42)
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
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ESTATURA E PESO
EXEMPLO:
Úmero direito (33,3) e esquerdo (33,4) média (33,35)
3,26 × 33,35 + 62,1 = 170,82cm
Rádio direito e esquerdo (25,9) 3,42 × 25,9 + 81,56 =
170,14cm
Ulna direito (28,5) e esquerdo (28,4) média (28,45)
3,26 × 28,45 + 78,29 = 171,04cm
Média de Alturas 170,67cm
Médias de Erros 4,38
Altura final entre 166,29 (170,67 4,38) e 175,05 (170,67
+ 4,38)
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
ESTATURA E PESO
Após calcular a altura prevista do
indivíduo, pode se alcançar o peso do
mesmo pela aplicação direta da seguinte
fórmula:
P (libras) = 4,4 × altura (em polegadas) 143
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
ESTATURA E PESO
Exemplo:
Altura média = 170,67cm
1 polegada = 2,54cm
P (libras) = 4,4 × altura (em polegadas) 143
P (libras) = 4,4 x 67,19 143 = 152,65 libras
1 libra = 0,45 kg então...
152,65 libras são 68,7kg
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
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TEMPO DESDE A MORTE


Colocarse em relação ao tempo decorrido
entre a morte do indivíduo e o momento
da necropsia
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
Conhecimento prévio:
Ossos não se decompõem tão facilmente
como os outros tecidos
Numa primeira fase de decomposição:
pele e os tecidos moles
Decomposição parcial: apresenta
articulações e cartilagens
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
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TEMPO DESDE A MORTE
Decomposição de um corpo depende de
vários fatores:
· Temperatura do solo
· Acidez no local
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
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· Corpo exposto, atividade de insetos:


Decomposição parcial em duas semanas
Decomposição total em oito meses
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
TEMPO DESDE A MORTE
Se o corpo for queimado:
· Um a dois anos para decomposição total
· Deixado em solo arenoso, pode mumificar
e ser conservado
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
FORENSE
TEMPO DESDE A MORTE
TEMPERATURA CORPÓREA: resfriamento de cerca de
1ºC a cada hora
HIPOSTASES: localizam se nas áreas de maior declive
após 30 minutos. Fixam se com aproximadamente 8 h
TONUS MUSCULAR: RIGIDEZ do pólo cefálico para o
caudal cerca de 2 h após a morte. Regressão no mesmo
sentido cerca de 24h depois da morte
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA
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TEMPO DESDE A MORTE
MANCHA VERDE ABDOMINAL: região inguinal direita cerca de 18h após a morte.
Degradação da bilirrubina em bileverdina
CIRCULAÇÃO PÓSTUMA DE BOURARDEL: tumefação dos vasos em razão da formação
de gases no interior destes
PROCESSOS DA ANTROPOLOGIA FORENSE
MODO E CAUSA DA MORTE
Causa: doença, lesão ou ferimentos.
Modo da morte: homicídio, suicídio, acidental, natural e desconhecida.
Facilitado quando o cadáver ainda apresenta toda a sua estrutura de tecidos,
músculos e carne.
Lesões ósseas, restos de metais, dentes serrados ou fragmentos de balas.
Declaração da causa e modo da morte do indivíduo:
Médico que analisa e avalia a informação cedida pelo antropólogo em conjunto com a
necropsia
TRAUMAS E MARCAS
Identificar particularidades do indivíduo que permitam a sua identificação
Fraturas, vestígios de cirurgias, marcas de agressões passadas ou mesmo envolvidas na
causa da morte
Deformações ósseas causadas por doenças
Malformações ou alterações que são únicas de cada ser

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